As
três matriarcas que deixaram grande legado
Sara, Susanna Wesley e
Barbara Heck
Odilon
Massolar Chaves
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Odilon Massolar Chaves
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Livros
publicados pelo autor: 727
Fonte
capa: https://www.umc.org/pt/content/unsung-heroes-of-methodism-barbara-heck
https://aecep.org.br/biografias-que-inspiram-suzanna-wesley/
https://www.jw.org/pt/biblioteca/revistas/wp201705/sara-biblia/
Toda
gloria a Deus!
Odilon
Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História
pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua
tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua
contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi
editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
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Índice
·
Introdução
·
Sara, mãe de nações
·
Susanna Wesley, mãe do metodismo
·
Barbara Heck, a mãe do metodismo americano
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Introdução
“As três matriarcas que deixaram grande legado” é um livro de 23 páginas
que relata a história de Sara, Susanna Wesley e Barbara Heck.
Três mulheres, que em diferentes países e tempo contribuíram para o
Reino de Deus.
Sara foi esposa de Abraão que é reconhecida
pela sua fé. Apesar de ser estéril, deu origem ao povo judeu. Seu filho Isaque
é o ancestral do povo judeu.
Nascido de Agar, a serva de Sara, Ismael é
considerado o ancestral dos árabes pelos muçulmanos.[1]
Susanna Wesley, mãe de Carlos e João Wesley,
é considerada a mãe do metodismo.
Barbara Heck é chamada de mãe do metodismo
americano.
Histórias que nos edificam e motivam outras mulheres à
participação no reino de Deus.
O Autor
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Sara,
mãe de nações
Sara é chamada de "mãe de
nações" porque
Deus prometeu a ela e a seu marido, Abraão, que ela seria a matriarca de uma
grande descendência, incluindo reis e príncipes. Apesar de ter tido seu filho, Isaque, já na velhice, o
cumprimento da promessa se tornou o marco para o início de uma nação poderosa e
de seu legado. A mudança de nome de Sarai para Sara, que significa "princesa de
todas as nações", simbolizou a capacitação de Deus para que ela cumprisse
essa promessa”.[2]
Sara foi a esposa de Abraão, a mãe de Isaque e ficou
conhecida por sua fé em Deus (Hb 11.11).
“Apesar de ser estéril, ela deu à luz Isaque na velhice,
cumprindo a promessa de Deus de que Abraão seria pai de uma grande nação. A
história de Sara inclui momentos de dúvida e fé, além de acompanhá-lo em sua
jornada a partir de Ur dos Caldeus e tornar-se a matriarca do povo judeu”. [3]
Ela foi uma pessoa humana que teve conflitos, mas foi
uma “mulher virtuosa na edificação de sua casa, tanto que se tornou a matriarca
do povo judeu. Ela, juntamente com Abraão, confiou na direção de Deus e abriu
mão do conforto que usufruía para viver em tendas. Sua atitude é colocada na
Bíblia como exemplo a ser seguido: “…como fazia Sara […], da qual vós vos
tornastes filhas…” (1Pe 3:6)”.[4]
- “Relação com Abraão: Sara era a esposa de Abraão, com quem partiu de Ur dos
Caldeus para Canaã. A Bíblia menciona que ela era cerca de dez anos mais
nova que Abraão e sua meia-irmã por parte de pai”. [5]
·
Sara obedeceu a Abraão,
chamando-o de senhor, em sinal de respeito e submissão.
·
Beleza e desafios: “Sara
era uma mulher de grande beleza e fé, mas sua vida não foi fácil. Ela enfrentou
grandes desafios, sendo o maior deles sua esterilidade — Sara não podia ter
filhos. No entanto, Deus fez uma promessa surpreendente: mesmo em sua idade
avançada, ela se tornaria mãe. Quando ouviu isso pela primeira vez, Sara riu,
incrédula, achando impossível”.[6]
·
“Ansiosa por um herdeiro para Abraão, Sara tomou uma difícil
decisão e ofereceu sua serva, Agar, para gerar um filho. Assim, Ismael nasceu.
No entanto, Deus não esqueceu a sua promessa. Contra todas as expectativas, aos
90 anos, Sara finalmente deu à luz Isaque, o filho da promessa, o verdadeiro
herdeiro das bênçãos de Deus”. [7]
- “O nascimento de Isaque: Após a renovação da promessa de Deus, Sara, mesmo aos 90
anos, concebeu e deu à luz Isaque, o filho prometido. Ela expressou
alegria e fé, apesar de sua descrença inicial.
- Fé e submissão: Sara é retratada como uma mulher de fé, que seguiu Abraão e
acreditou nas promessas divinas, mesmo enfrentando desafios e incertezas.
Ela é mencionada no Novo Testamento como um exemplo de santidade e
esperança em Deus, submissa ao seu marido e confiante na proteção divina.
- Liderança e legado: A história de Sara, especialmente o nascimento de Isaque, é
fundamental para a promessa de Deus de formar um povo para Ele. Ela é
considerada a matriarca do povo judeu.
- Morte e sepultamento: Sara viveu até os 127 anos e foi
enterrada na Caverna de Macpela, em Hebrom, comprada por Abraão, que foi
um sinal da fé na promessa de Deus sobre a terra de Canaã”. [8]
- Honrada: “Honrada como uma
heroína da fé em Hebreus 11 do Novo Testamento, Sara é lembrada por sua
confiança inabalável em Deus e sua participação crucial na realização do
plano divino. Seu exemplo de vida continua a inspirar e ensinar sobre a
importância da fé, paciência e obediência a Deus”. [9]
Deus
promete um filho a Abrão e Sara
Gênesis
18
E o SENHOR
apareceu-lhe
E o SENHOR apareceu-lhe nas planícies de Mamre; e
ele se sentou na porta da tenda no calor do dia;
Wesley
comentou: Essa aparência de Deus a Abraão parece ter tido mais liberdade e
familiaridade, e menos grandeza e majestade, do que aquelas que lemos até
agora, e portanto se assemelha mais àquela grande visita que, na plenitude do
tempo, o Filho de Deus faria ao mundo. Ele sentava-se na porta da tenda no
calor do dia – não tanto para descansar, mas para buscar uma oportunidade de
fazer o bem, entretendo estranhos.
três homens
estavam ao seu lado
E ele ergueu os olhos e olhou, e, eis, três homens
estavam ao seu lado; e quando os viu, correu para encontrá-los pela porta da
tenda e se curvou para o chão,
Wesley
comentou:
E lá eram três homens — Esses três homens eram três seres
celestiais espirituais, agora assumindo formas humanas, para que pudessem ser
visíveis para Abraão e conversar com ele. Alguns acham que eles foram os três
anjos criados; outros, que um deles era o Filho de Deus.
Ele se inclinou para o chão — A religião não destrói, mas melhora os bons
modos, e nos ensina a honrar todos os homens.
Onde está
Sara
E disseram-lhe: Onde está Sara, tua esposa? E ele
disse: Eis que está na tenda.
Wesley
comentou:
Onde está Sarah, tua esposa? — Ao nomeá-la, deram a entender a Abraham
que, embora parecessem estranhos, conheciam bem ele e sua família: ao perguntarem
por ela, demonstraram uma preocupação gentil pela família de um deles, que
consideraram respeitosa para com eles. E ao falar dela, ouvindo aquilo, eles a
atraíram a ouvir o que ainda estava a ser dito.
eis que
Sara, tua esposa, terá um filho
E ele disse: certamente voltarei a ti conforme o
tempo da vida; e, eis que Sara, tua esposa, terá um
filho. E Sarah ouviu na porta da tenda, que ficava atrás dele.
Certamente voltarei a ti — E te visitarei. Deus retornará àqueles que
o receberem, disse Wesley.
Sarah riu
dentro de si
Por isso, Sarah riu dentro
de si, dizendo: Quando eu envelhecer, terei prazer, pois meu senhor também
é velho?
Wesley
comentou:
Sarah riu dentro de si mesma — Não era uma risada de fé, como a
de Abraão, Gênesis 17:17, mas uma risada de dúvida e desconfiança. A grande
objeção que Sarah não conseguia superar era sua idade. Já sou velho e já não
tive filhos em um curso da natureza, especialmente por ter sido até então
estéril, e isso agrava a dificuldade, Meu senhor também é velho. Observe aqui
que Sara chama Abraão de seu senhor, e o Espírito Santo presta atenção a isso
em sua honra, recomendando isso à imitação de todas as esposas cristãs, 1 Pedro 3:6.
Sara obedeceu a Abraão, chamando-o de senhor, em sinal de respeito e submissão.[10]
Falecimento de Sara
Gênesis 23
Verso 2
Abraão veio
chorar por Sara
E Sarah morreu em Kirjatharba; o mesmo é Hebron na
terra de Canaã: e Abraão veio chorar por Sara e chorar por ela.
Wesley
comentou:
Abraão veio para lamentar por Sarah e chorar — Ele não apenas realizou as cerimônias de
luto conforme o costume da época, mas lamentou sinceramente a grande perda que
sofreu e deu prova da constância de seu afeto. Por isso usam essas duas
palavras, ele veio tanto para chorar quanto para lamentar.
para que eu
possa enterrar meus mortos
Sou um estranho e um viajante com você: dê-me um
bem de um local de sepultamento com você, para que eu possa enterrar meus
mortos fora da minha vista.
Wesley
comentou:
Sou um estranho e um viajante com você — Portanto, não sou providenciado, e devo me
tornar um pretendente para você como local de sepultamento. Essa foi uma
ocasião em que Abraão aproveitou para confessar que era um estranho e um
peregrino na terra. A morte de nossos parentes deve, na prática, nos lembrar de
que não estamos em casa neste mundo.
Wesley
comentou:
Para que eu possa enterrar meus mortos fora da
minha vista — A morte tornará
desagradáveis aos nossos olhos, que enquanto viveram eram o desejo dos nossos
olhos. O semblante que era fresco e vivo torna-se pálido e horrível, e digno de
ser levado para a terra das trevas.
na escolha
de nossos sepulcros enterra os teus mortos
Ouça-nos, meu senhor: tu és um príncipe poderoso
entre nós: na escolha de nossos sepulcros enterra os teus mortos; Nenhum de nós
te negará seu sepulcro, a não ser que Tu possas enterrar os teus mortos.
Wesley
comentou:
Tu és um príncipe de Deus entre nós — Assim é a palavra; não só ótimo, mas bom. Ele se
chamava de estranho e viajante, eles o chamam de grande príncipe.[11]
Susanna Wesley,
mãe do metodismo
Susanna Wesley é conhecida como
a "Mãe do Metodismo" por sua profunda influência religiosa e
educacional sobre seus filhos, John e Charles Wesley, que se tornaram líderes
do movimento metodista. Ela não pregava sermões públicos nem fundou igrejas,
mas o exemplo de fé, disciplina e devoção que deu aos seus 19 filhos (dentre
eles John e Charles) formou a base espiritual que impulsionou o Metodismo. Ela
organizava cultos domésticos, dedicava uma hora diária à oração e ensinava
lições morais e teológicas aos seus filhos em casa. [12]
Contribuições de Susanna Wesley
para o Metodismo
- Educação e disciplina: Implementou um sistema rígido de educação para seus filhos,
enfatizando o controle da obstinação, a confissão das mentiras e o
respeito pela propriedade alheia.
- Fé no lar: Realizava cultos religiosos e orações diárias com a família,
transformando a casa em um centro de devoção espiritual.
- Influência intelectual: Com sua curiosidade intelectual e habilidade como escritora,
ela inspirou seus filhos a buscar a verdade e a vida com Deus.
- Legado espiritual: A firmeza de sua fé e a sensibilidade espiritual que
transmitiu a John e Charles Wesley foram essenciais para que eles se
tornassem os líderes espirituais do movimento metodista. [13]
A vida de Susanna Wesley
Susanna Wesley (1669-1742)
era a 25ª filha do Dr. Samuel Annesley e Mary White.
Ela gostava de Teologia.
Dominava bem francês, latim e o grego. Em 1688, com 19 anos, casou-se com
Samuel Wesley, que tinha 26 anos, e tiveram 19 filhos.
Samuel e Susanna “eram
descendentes de não-conformistas, seus avós estavam entre os clérigos expulsos
em 1662. O pai, Samuel Wesley (1662-1735), preferira o ministério da Igreja
estabelecida e fora, desde 1696 até a morte, pároco da igreja campesina de Epworth.
Homem de sincera tendência religiosa, no entanto era pouco prático. Escreveu a
Vida de Cristo em verso e um comentário ao livro de Jó. A mãe, Suzana Annesley,
era mulher de notável fortaleza de caráter, sendo, como seu marido, anglicana
devota. Os filhos tinham muito dos pais, mais talvez da força materna. Num lar
de dezenove filhos, dos quais oito morreram na infância, a regra era do
trabalho duro e de estrita economia.”[14]
Susanna Wesley foi a
precursora das mulheres pregadoras do metodismo e foi quem inspirou João Wesley
para a abertura da pregação às mulheres e apoiou a pregação ao ar livre para os
leigos. “Ela praticava o que pregava a seus filhos”.[15]
Apesar de toda
responsabilidade em casa, Susanna reservava duas horas por dia para ter
comunhão com Deus e tempo em Sua Palavra, e ela aderiu a essa agenda fielmente.
Seus pais eram dissidentes
da Igreja Anglicana. Aos 13 anos, Susanna deixou a Igreja de seu pai e foi para
a Igreja Anglicana.
“As frequentes ausências de
seu marido no negócio da igreja deixaram a gerência da casa em suas mãos.
Através dela, ela permaneceu uma cristã firme que ensinava não somente através
das Escrituras, mas através de seu próprio exemplo de confiança diária em Deus.
Uma vez ela escreveu: ‘Precisamos conhecer Deus por experiência, a menos que o
coração perceba e o conheça como sendo o bem supremo, a sua única felicidade, a
menos que a alma sinta e reconheça que não pode ter repouso, paz, alegria, Amar
e ser amado por Ele”.[16]
Samuel nunca “foi um homem
prático, não conseguia viver dentro do orçamento de sua família e, se não fosse
pela gerência de sua mulher, com frequência não teriam tido alimento.”[17]
Mesmo quando Samuel Wesley
esteve preso, a oração e o estudo da Palavra eram prioridades em sua vida.
Em carta escrita a seu
esposo, em 6 de fevereiro de 1711, Susanna comenta sobre sua função e
responsabilidade:
“Como sou mulher, assim
também sou dona de numerosa família; e ainda que a maior responsabilidade,
pelas almas deste lar, cai sobre você, contudo, na sua ausência não deixo de
considerar cada alma que você deixa aqui sob meu cuidado, como um talento entregue
a mim, pelo grande Senhor de todas as famílias, tanto no céu como na terra; e
se eu for infiel a Deus ou a você, pela negligência de melhorar estes talentos,
como posso eu responder a Ele, quando Ele exigir contas da minha mordomia?”[18]
A falta de dinheiro
dificultava a vida de Susanna. Quando Samuel voltou da prisão, Susanna o
recebeu com toda alegria.
Sua casa foi queimada também
duas vezes. Em uma delas, quase João Wesley morreu. Ela passou a dar maior
atenção ao seu filho João, pois entendeu que Deus tinha algo especial para o
menino.
Após o segundo incêndio, a
Igreja decidiu construir uma casa de tijolos vermelhos onde nem o vento e nem o
fogo poderiam destruir. Susanna foi obrigada a colocar seus filhos e filhas em
casas diferentes por logo período até a casa ser construída.
Passava uma hora por dia com
cada uma das crianças na semana. Ela começava a ensinar o alfabeto aos filhos
no dia do aniversário de cinco anos.
A falta de diversos
ensinamentos espirituais na Igreja levou Susanna a reunir seus filhos e filhas
na tarde de domingo para cultos.
“Eles cantavam um salmo e
então Susanna lia um sermão do arquivo do sermão de seu marido ou do pai
seguido de outro salmo. A população local começou a perguntar se eles poderiam
participar. Em um ponto, havia mais de duzentas pessoas que iriam assistir ao
serviço da tarde de domingo de Susanna, enquanto o serviço da manhã de domingo
diminuiu para quase nada”.[19]
Susanna escreveu várias
peças que seriam fundamentais na educação dos seus filhos. Ela disse: (...)
“Insisto na conquista da vontade dos filhos, pois este é o único fundamento
forte e racional de uma educação religiosa, quando isso é feito, então uma criança
é capaz de ser governada pela razão e pela piedade”.[20]
Em 1735, ficou viúva e foi
morar com uma filha. Em 1740, Wesley a levou para a Fundição, em Londres, onde
ela viveu ao redor dos metodistas, que eram pessoas amorosas.
A “Fundição”, uma antiga
fundição de canhões, foi a primeira propriedade dos metodistas em Londres.
“Era a sede do movimento
metodista, localizada num subúrbio de Londres; foi comprada do governo por
John; próximo fica o cemitério onde foram sepultados Susanna Wesley”[21]
e outros.
Uma mulher exemplar
Susanna Wesley foi exemplar
mesmo sendo mãe de dezenove filhos e filhas. Passou por lutas iguais às da
família de hoje. Na verdade, muito mais.
Seu marido Samuel foi preso
por causa de dívida e ela teve que manter sozinha sua casa por um período.
Naquele tempo, enquanto não pagasse a dívida, a pessoa permanecia presa.
Sofreu a dor da perda. Nove
de seus filhos morreram ainda bebes. “Seus gêmeos morreram, assim como sua
primeira filha, Susanna. Entre 1697 e 1701, cinco de seus bebês morreram (...).
Alguns de seus filhos tiveram varíola”.[22]
E ela foi mãe exemplar a
ponto de haver diversos livros sobre sua educação e cuidado com seus filhos e
filhas. Mas ela era uma mulher determinada e com uma visão a frente de seu
tempo.
Seus filhos e filhas quando
aprendiam a ler, ela ensinava primeiramente os primeiros versículos da Bíblia.
Reservava cada dia para um dos seus filhos e filhas para conversar e saber de
suas dificuldades e desenvolvimento.
Foi muito metódica. Dois de
seus filhos revolucionaram a vida espiritual na Inglaterra, no século XVIII.
Eles se chamavam João e Carlos Wesley.
João Wesley foi grande
organizador, administrador. Pregava de forma maravilhosa e foi extremamente
dedicado na busca da santidade. Restaurou as doutrinas do Espírito Santo e da
Perfeição Cristã que estavam esquecidas em sua época. Carlos Wesley foi pregador
e compôs cerca de nove mil hinos, que o povo metodista cantava com entusiasmo.
Susanna foi pregadora da
Palavra em uma época em que as mulheres não pregavam. Seu lar foi transformado
em local de culto. Com a prisão de seu esposo, ela abriu as portas de sua casa
e ministrava a Palavra para cerca de 200 pessoas.
Susanna foi conselheira de
Wesley. Depois da morte de seu marido Samuel, em 1735, ela foi morar com uma
filha e, depois, com João Wesley na chamada Fundição, que era o “Quartel
General” do metodismo.
Em diversas ocasiões,
orientou seus filhos e filhas por carta e pessoalmente. Quando um leigo do
grupo chamado metodista começou a pregar nas ruas, Wesley pensou em impedir,
mas sua mãe o aconselhou primeiro a ouvi-lo.
Não era costume pregar nas
ruas. Wesley foi ouvi-lo e aprovou a nova estratégia. Ele mesmo constantemente
pregou nas ruas. Quando foi impedido de pregar nos templos anglicanos, Wesley
disse: “O mundo é a minha paróquia”.
Veja algumas práticas de
Susanna com seus filhos e filhas:
- Seus filhos eram ensinados
sobre a importância da confissão. Quando eles faziam algo errado e confessavam,
ela não os punia, mas louvava suas atitudes.
- Quando era necessário
disciplinar, ela era gentil e moderada.
- O respeito pelos outros
era uma obrigação.
- Nenhuma das crianças podia
invadir a privacidade de um irmão ou irmã por mais insignificante que fosse.[23]
A mestre em Psicologia
Janete Suárez escreveu um artigo onde ela comenta sobre a educação
para crianças e faz uso de dicas de Susanna Wesley:
“Não permita que as crianças
comam entre as refeições e estejam na cama após às 20h.
As crianças devem tomar seu
remédio sem reclamar e nada deve ser dado se pedem chorando. Apenas
educadamente.
As crianças devem aprender a
orar tão logo comecem a falar. Elas também devem ficar em silêncio durante o
culto familiar.
Para evitar mentiras, não
deve ser punido nenhum erro confessado e do qual logo os filhos se arrependam.
A obstinação dos filhos deve ser dominada e trabalhada com Deus para salvar sua
alma.
Não permita que um ato
pecaminoso da criança passe impune.
Não puna os filhos duas
vezes por uma única ofensa.
O bom comportamento dos filhos
deve ser sempre elogiado e recompensado e toda tentativa de agradar, mesmo que
pequena, também deve ser elogiada.
As crianças devem preservar
o direito de propriedade, mesmo em caso de menor importância.
Os filhos devem ser
ensinados a temer a vara e cumprir com rigor todas as promessas feitas.
Não exija que uma filha
trabalhe antes que aprenda a ler bem”.[24]
Susanna teve os mesmos
problemas da família atual ou muito mais. Mas foi uma vencedora e hoje é vista
como uma mãe modelo, uma mãe virtuosa.
Barbara Heck, a mãe do
metodismo americano
Barbara
Heck é conhecida como a "mãe do metodismo americano" por ter
sido uma das primeiras metodistas a incentivar o movimento nos Estados Unidos e
por ajudar a organizar a sua expansão inicial. Sua história começou na Irlanda e ela se tornou uma figura
central ao encorajar o pregador Philip Embury a iniciar seu trabalho em Nova
York, além de ter sido fundamental para a construção da primeira Capela John
Street.[25]
“Logo
Barbara Heck percebeu que muitas das famílias não conseguiam manter sua fé
cristã. Na nova terra, buscar fortuna e diversão se tornou o foco principal de
suas vidas”
Barbara Ruckle Heck (1734-1804) nasceu no condado de Limerick, Irlanda.
Era filha de Bastian (Sebastian) Ruckle e Margaret Embury.[26]
Seus pais eram Palatinos e haviam fugido da perseguição religiosa na Alemanha e foram em 1709 para Limerick.
“Barbara foi alfabetizada em inglês e sua educação inicial provavelmente ocorreu em Ballingrane”.[27]
Ela se converteu aos 18 anos através da pregação de João Wesley.
Em 1760, ela se casou com Paul Heck e partiu com um grupo de Palatinos irlandeses para o Novo Mundo, estabelecendo-se na colônia de Nova York.
“Os Hecks inicialmente frequentaram a Igreja Luterana da Trindade em Nova York, onde os três primeiros de seus filhos foram batizados”.[28]
Apesar de frequentarem a Igreja Luterana construída
por emigrantes Palatinos, uma boa parte se acomodou espiritualmente. Dentre
eles, estava Philip Embury.
“Logo Barbara Heck
percebeu que muitas das famílias não conseguiam manter sua fé cristã. Na nova
terra, buscar fortuna e diversão se tornou o foco principal de suas vidas”.[29]
Barbara Heck
explodiu de raiva uma noite quando entrou na casa de uma amiga vizinha. “Lá,
ela descobriu um jogo barulhento de jogar cartas. Acompanhando essa reunião
barulhenta havia um suprimento interminável de bebidas para adultos. Pior
ainda, seu marido, Paulo, estava presente. Ela abruptamente pegou as garrafas
de vidro de uísque e as jogou na lareira. Enquanto os homens se sentavam em
suas cadeiras com medo, ela limpou a mesa das cartas de baralho. Ela pegou
todas as cartas que podia e as jogou no fogo. Bárbara Heck não ficou feliz. [30]
“Para que não formemos todos juntos para o inferno e Deus exigirá nosso
sangue em suas mãos!"
“Ela saiu da
festa assim que chegou. Ela imediatamente pisou três portas na rua até a casa
de Philip Embury. Entrando na casa de seus queridos amigos, ela confrontou
Philip e pediu que ele começasse a pregar mais uma vez. Suas palavras foram
claras: "para que não formemos todos juntos para o inferno e Deus exigirá
nosso sangue em suas mãos!"[31]
Ele aceitou na repreensão e “pregou o primeiro
sermão metodista em Nova York para uma congregação cuja tradição diz que é
composta por sua esposa Margaret, os Hecks, outro palatino irlandês John
Lawrence e a serva afro-americana de Embury, Betsy”.[32]
“Em março de 1768, Embury e outros metodistas ingleses e irlandeses compraram um lote em John St., onde construíram uma capela, cujo projeto é atribuído a Barbara Heck (que, diz a tradição, também branqueou o interior). Esta foi a primeira capela do mundo a receber o nome de John Wesley, e foi aqui em 30 de outubro de 1768 que Embury pregou seu primeiro sermão formal”. [33]
Barbara Heck é considerada a mãe do metodismo na
América.
Palatinos na
América e Canadá
“A família recebeu uma doação de terras em Maynard
onde realizaram a primeira classe metodista em sua pequena cabana na floresta”
Os Hecks e Emburys
deixaram Nova Iorque em 1770, “mas o trabalho na John Street continuou. Francis
Asbury pregou lá inúmeras vezes, e as primeiras Conferências Gerais realizaram
suas sessões na capela”.[34]
Liderados por
Philip Embury, akfybs Palatinos se mudaram para o Vale de Camden, no que é hoje
a fronteira do estado de Nova York/Vermont, quase 300 km ao norte da cidade de
Nova York. Quando a Guerra da Independência Americana eclodiu, a maioria deles
tomou o lado britânico. Foram os britânicos que tiveram pena de seus
antepassados setenta anos antes e lhes deram refúgio da fome, e eles mantiveram
um sentimento de gratidão”. [35]
Bárbara Heck se mudou
com a família para Montreal (1774); “quando o marido recebeu uma concessão de
terras para seu serviço militar em Maitland, perto de agosto, no Alto Canadá,
ela e a família se mudaram e permaneceram lá pelo resto de suas vidas (1785)”.[36]
Muitos dos
metodistas Palatinos que emigraram da Irlanda para a América foram para o
Canadá.
Quando a Guerra Revolucionária Americana estourou,
Paul Heck pegou em armas para lutar pelos britânicos. Sua fazenda, em Vermont,
foi confiscada e eles fugiram para Montreal, em 1783.
A família recebeu uma doação de terras em Maynard
onde realizaram a primeira classe metodista em sua pequena cabana na floresta. [37]
Barbara Heck teve
um papel importante no estabelecimento do metodismo no Canadá. Paul e Barbara
Heck, os Emburys e Lawrences mudaram-se para Canadá. Eles
viveram “por alguns anos em Montreal e outras partes do Baixo Canadá. Em 1785,
mudaram-se para o município de Augusta, no condado de Grenville, na terceira
concessão, onde novamente estabeleceram uma classe metodista com
Samuel Embury, um filho do falecido Phillip como seu líder.”[38]
Primeira
capela metodista no Canadá
“Em 1786, após a
mudança da família para terras fornecidas pelo governo britânico para serviços
de guerra perto de Augusta, Heck incentivou a construção de uma capela
wesleyana, e trouxe o estilo de oração metodista para esta área. Acredita-se
que esta seja a primeira capela metodista no Canadá e foi liderada por Samuel
Embury, filho de Philip Embury. O marido de Heck, Paul, morreu em 1792, ou
1795, e Barbara continuou sua devoção e liderança nesta comunidade metodista
como líder leiga até sua morte em 1804. Ela está enterrada ao lado de seu
marido no Old Blue Churchyard da Capela Wesley em Maitland, Canadá.[39]
Bárbara
"levou uma vida humilde, santa, irrepreensível, e morreu entre seus
parentes com sua Bíblia (...) de joelhos".[40]
[1] Visão geral criada por IA do Google
[2] Visão geral criada por IA do Google
[3] Visão geral criada por IA do Google
[4] https://ministeriospaodiario.org/sara-esposa-de-abraao-uma-mulher-virtuosa/
[5] Visão geral criada por IA do Google
[6] https://www.bibliaon.com/a_historia_de_sara_na_biblia/
[7] Visão geral criada por IA do Google
[8] Visão geral criada por IA do Google
[9] https://www.bibliaon.com/a_historia_de_sara_na_biblia/
[10]
https://www.studylight.org/ comentários/eng/wen/genesis-18.html
[11]
https://www.studylight.org/ comentários/eng/wen/genesis-23.html
[12] Visão geral criada por IA do Google
[13] Visão geral criada por IA do Google
[14]https://pt.scribd.com/document/416974780/08-Historia-II-Walker-O-Reavivamento-Evangelico-Na-Gra-Bretanha#
[15] https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/susanna-wesley/
[16]https://www.christianity.com/church/church-history/timeline/1701-1800/susanna-wesley-christian-mother-11630240.html
[17] https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/susanna-wesley/
[18] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. São Paulo:
Imprensa Metodista, 1965, p.222.
[19] https://en.wikipedia.org/wiki/Susanna_Wesley
[20] https://pt.scribd.com/document/110645339/Criacao-de-Filhos-
A#
[21]http://www.hinologia.org/os-wesleys-e-o-canto-congregacional-rolando-de-nassau/
[22] https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/susanna-wesley/
[23] https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/susanna-wesley/
[24]https://guiame.com.br/gospel/familia/mae-do-pregador-john-wesley-deixou-dicas-de-como-educar-criancas-luz-do-evangelho.html
[25] Visão geral criada por IA do Google
[26] https://www.wikitree.com/wiki/Ruckle-30
[27] https://www.dib.ie/biography/heck-barbara-a3909
[28] Idem.
[29] https://www.francisasburytriptych.com/barbara-heck/
[30] Idem.
[31] https://www.francisasburytriptych.com/barbara-heck/
[32] https://www.irishpalatines.org/about/methodism.html
[33] https://www.dib.ie/biography/heck-barbara-a3909
[34]
http://www.gcah.org/research/travelers-guide/john-street-united-methodist-church
[35]
https://www.irishpalatines.org/ about/methodism.html
[36]
https://www.encyclopedia.com/women/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/heck-barbara-ruckle-1734-1804
[37] Pesquisa: www.en.wikipedia.org/wiki/Barbara_Heckwww.victorshepherd.on.ca/Heritage/barbara.html; www.home.ripnet.com/.../barbara_and_paul_heck.html; http://home.ripnet.com/legacy/colonel_edward_jessup/UEL_Col_J/barbara_and_paul_heck.htmlwww.interpretermagazine.org ›... › April 2004
[38]
http://www.sfredheritage.on.ca/emburys.html
[39]
https://www.encyclopedia.com/women/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/heck-barbara-ruckle-1734-1804
[40]
http://www.biographi.ca/en/bio/ruckle_barbara_5E.html
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