O legado de wesleyanos na promoção da Paz no Mundo

 

História de 28 metodistas em 25 países que lutaram pela paz

 

Odilon Massolar Chaves

 



 

Copyright © 2025, Odilon Massolar Chaves 

Todos os direitos reservados ao autor. 

É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente

Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 660

Livros publicados pelo autor: 710

Capa: https://jovempan.com.br/edicase/dia-internacional-da-paz-por-que-e-comemorado-em-21-de-setembro.html

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil7

 

 

Índice 

 

·       Introdução

·       Chefe indígena, apóstolo e mártir da paz

·   Indicado três vezes ao Nobel da Paz por ter salvado milhares de judeus na 2ª Guerra Mundial

·       Indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho missionário na Índia

·       Pagou com a vida ao procurar a paz entre tribos em Fiji

·       Primeiro metodista a ganhar o Prêmio Nobel da Paz

·       Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria

·    Ganhador do Prêmio Nobel da Paz colocava o Reino de Deus em primeiro lugar

·       Professor da Escola Dominical ganha Prêmio Nobel da Paz

·       Pregador leigo ganha o Prêmio Nobel da Paz

·       Filho de pastor metodista do Canadá ganhou Prêmio Nobel da Paz

·       Viveu fundamentado na fé e ganhou o Prêmio Nobel da Paz

·       Ganhador do Prêmio Nobel e Presidente África do Sul

·  Presidente do Comitê Internacional de Paz de Burundi e Copresidente da Rede de Paz dos Líderes da Igreja Burundiana

·       Figura importante no acordo de paz entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina

·       Secretário Geral do CMI ganhou o Prêmio Niwano da Paz

·       Foi vice-presidente da Conferência Cristã para a Paz

·       Da tragédia no ataque terrorista à promoção da paz

·       Membro da Comissão de Paz do Estado de Taraba, Nigéria

·       Líder do Movimento da Paz na Itália

·       Prêmio Mundial Metodista da Paz

·       Prêmio Mundial Metodista da Paz

·       Membro da Coalizão Nacional para a Paz em Benim

·       Herói da paz e da reconciliação no Japão

·       Amante da paz que orou pelos seus inimigos

·       Líder da Conferência de Paz no Congo

·       Prêmio Mundial Metodista da Paz

·    Primeira mulher a receber a maior menção presidencial civil pelos esforços em prol da paz mundial

·   Prêmio da Paz Mundial Metodista por seus esforços para trazer reconciliação e cura para a Bulgária

·       Juíza da Coreia ganhou Prêmio Mundial Metodista da Paz

·       Prêmio da Paz da ONU pela luta na Rodésia

·       De pregador a primeiro-ministro da Austrália

·    Representou a Austrália após a 1a Guerra Mundial na Conferência de Paz de Versalhes

·       Coordenador do Movimento pela Paz em Moçambique

·       Apóstolo da Paz na Nigéria

·       Presidiu negociações de paz no Sudão trabalhando para promover o diálogo entre cristãos e muçulmanos

·       Premiado por promover a paz na Irlanda do Norte

·       Prêmio Mundial Metodista da Paz

·       O cavaleiro do Evangelho da Paz

·       Prêmio Mundial Metodista da Paz

·       Presidiu a Conferência “Teologia, política e Paz”


Introdução

 

“O legado de wesleyanos na promoção  da Paz no Mundo” é um livro de 59 páginas relatando a história de 28 metodistas em 25 países que lutaram pela paz.

Diversos tiveram reconhecimento mundial e ganharam o Prêmio Nobel da Paz, outros tiveram reconhecimento do Conselho Mundial Metodista que lhes outorgou o Prêmio Mundial Metodista.

Outros ainda, em seus países, organizaram e presidiram Conferência e Comissões para promover a paz. Alguns foram reconhecidos e ganharam prêmios.

A própria ONU premiou um bispo metodista pela sua luta pela paz na África na antiga Rodésia. Aliás, a África é onde tem havido mais metodistas lutando pela paz

Alguns pagaram com a vida ao promoverem a reconciliação e a paz em meio aos conflitos.

Um é chamado de herói em outro país por ter promovido a reconciliação.

Histórias que nos edificam e estimula a sempre promover a paz. 

 

O Autor

 

 

Chefe indígena, apóstolo e mártir da paz

 

Maskepetoon (1807-1869) era chefe indígena da tribo Cree. Nasceu na região do Rio Saskatchewan, Canadá. Era respeitado por sua habilidade como caçador, sua generosidade e sabedoria. Na juventude, foi violento e escalpelou sua esposa Susewisk.

Em 1831, ele e outros chefes indígenas foram convidados pelo presidente Andrew Jackson para se reunir em Washington. O famoso artista George Catlin pintou seu retrato. Em 1841, tornou-se amigo do pastor da Igreja Metodista Wesleyana Robert Terrill Rundle. Maskepetoon o convidou para visitar a Casa da Montanha.

Ele se converteu e foi batizado com a esposa e filhos. O reverendo James Evans criou o sistema silábico da língua Cree, que foi um dos grandes fatores para o sucesso das missões indígenas. O pastor Thomas Woolsey ensinou Maskepetoon a ler e a escrever. Ele se transformou em apóstolo da paz e procurou fazer as pazes com as tribos inimigas.

Quando conheceu quem havia matado seu pai, convidou-o para ir ao seu alojamento, o perdoou e lhe presenteou com um traje de chefe.

Em 1869, quando aumentaram as hostilidades entre a tribo Cree e as tribos da nação Kainai, Blackfoot e Piegan, ele procurou promover a paz e foi visitar o acampamento Blackfoot, levando uma bandeira branca e a Bíblia aberta, mas o chefe Big Swan o matou. Foi chamado de “Mártir da Paz” e “Gandhi dos Campos”. Ele se tornou herói em muitos livros.

Revistas da Escola Dominical destacaram sua capacidade de perdoar. Em sua homenagem, seu nome foi incluído no mural em Collicut Centre de Red Deer Alberta. Hugh A. Dempsey escreveu o livro Maskepetoon: líder, guerreiro, pacificador.[1]

 

Indicado três vezes ao Nobel da Paz por ter salvado milhares de judeus na 2ª Guerra Mundial

 

Carl Lutz (1895-1975) nasceu em Walzenhausen, na Suíça. Emigrou para os EUA e estudou para ser diplomata suíço no Wesleyan College Central e Universidade George Washington. Foi criado como um devotado metodista e ensinado na Escola Dominical. 

Foi vice-cônsul da Suíça em Jajja (Israel). Foi transferido na 2ª Guerra Mundial para Budapeste, na Hungria (1942-1945). Em 1944, a Alemanha invadiu a Hungria. 

Como vice-cônsul, emitiu milhares de documentos suíços falsos enganando o tenente-coronel Adolf Eichmann, que queria deportar os judeus. Lutz salvou mais de 62 mil judeus. 

Metodista desde a juventude, Lutz procurou servir ao Senhor em alta conta. Lutz colocou a Agência Judaica sob a sua proteção diplomática e retirou milhares de judeus húngaros das linhas de marcha dos campos de concentração, entregando-lhes documentos de proteção. 

Foi a maior operação de resgate de civis judeus no mundo durante o Holocausto. Após o seu regresso à Suíça, foi repreendido por ter se excedido em sua autoridade. 

É chamado “O herói esquecido”. Mas no exterior sua ação foi reconhecida e ele recebeu vários prêmios e honrarias. Em 1964, recebeu a medalha de Righteous por ações corajosas. O filme Caminhando com o inimigo retrata sua história. Theo Tschuy escreveu o livro Diplomata corajoso. 

Carl Lutz foi indicado três vezes ao Prêmio Nobel da Paz e condecorado com a Cruz de Honra, Ordem do Mérito da Alemanha. Em 2006, em Budapeste, foi erguido um memorial em sua homenagem.

Em Jerusalém, há o Memorial Yad Vashem em sua homenagem. Em 1999, um selo especial foi lançado pelos Correios Suíços para homenageá-lo.[2]

 

 

Indicado ao Prêmio Nobel da Paz pelo trabalho missionário na Índia

 

Eli Stanley Jones (1884-1973) nasceu em Baltimore, Maryland, EUA. Seu pai era alcoólatra. Com cinco anos, Jones começou a frequentar a Escola Dominical da Igreja Episcopal Metodista. Foi profundamente convertido aos 17 anos.

 

Pensava ser advogado, mas aos 23 anos foi como missionário metodista para a Índia, onde esteve por mais de 50 anos. Foi ainda missionário na China. 

 

Em 1938, a revista Time chamou Stanley Jones de “o maior evangelista missionário do mundo”. Para outros, foi o maior missionário cristão desde o apóstolo Paulo. Fundou o Movimento Christian Ashram.

 

Em 1959, Stanley Jones foi nomeado pela Igreja Metodista “missionário extraordinário”. Ele foi chamado de “conciliador” por causa de seus esforços na Birmânia, Coreia e no Congo Belga, entre a China e o Japão, entre o Japão e os Estados Unidos.

 

Foi considerado o “Billy Graham” da Índia e foi chamado “Apóstolo de Cristo às Índias”. Pregou 60 mil sermões e escreveu 28 livros.

 

 Este esforço de contextualizar o cristianismo para a Índia foi o tema de sua obra O Cristo da estrada indiana, que vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo após a sua publicação em 1925.

 

No Brasil, lançou livros como O Cristo de todos os caminhos, A conversão e Jesus é Senhor. Amigo de Mahatma Gandhi, procurava disseminar o entendimento e a paz entre as nações. Em 1941, foi um confidente constante do presidente americano Franklin D. Roosevelt e dos líderes japoneses que tentavam evitar a guerra.

 

Chegou a ser indicado ao Prêmio Nobel da Paz.[3]

 

 

Pagou com a vida ao procurar a paz entre tribos em Fiji

 

Ilaijia Varani era chefe da ilha Viwa, em Fiji, e aliado de Cakobau, que era guerreiro, temido e respeitado como líder.

O missionário metodista inglês John Hunt evangelizava em Fiji e sofreu várias ameaças de Varani. Quando Hunt o ensinou a ler, Varani ficou impressionado com a crucificação de Jesus, no Evangelho de Mateus, traduzido por Hunt. Ele disse que ia se tornar cristão.

Cakobau ameaçou comê-lo. Varani se converteu na sexta-feira santa de 1845. Ele se casou com sua esposa principal e foi batizado na Igreja Metodista. Tornou-se um fervoroso discípulo de Cristo, com reais mudanças em sua vida.

Em 1845, um grande avivamento ocorreu em Viwa. Na primeira semana, cerca de cem pessoas se converteram com choros e arrependimento.

Varani mudou seu nome para Elias e, sob sua proteção, os missionários conseguiram espalhar o cristianismo.

Cakobau, na ilha vizinha de Bau, ficou impressionado com as pregações e ações de Hunt. Com a conversão de Varani, ele também se converteu, em 1854. Mudou seu nome para Epenisa (Ebenezer).

Foi batizado na Igreja Metodista e conseguiu unificar as tribos em guerra e criar um reino unido em Fiji, em 1871.[4]

Varani pagou com a própria vida ao se esforçar em levar a paz às tribos das ilhas Lovoni e Levuka que guerreavam entre si.

 

Primeiro metodista a ganhar o Prêmio Nobel da Paz

 

William Randal Cremer (1828-1908) nasceu em Fareham, Inglaterra. Sua família era da classe trabalhadora e vivia na miséria. Para piorar, seu pai, pintor de carruagens, abandonou a família quando ele era criança. 

Sua mãe, Harriet Cremer, era uma mulher devotada e indomável. Ela criou os três filhos apesar da pobreza severa. Sua mãe, provavelmente foi um membro fundador da Igreja Wesleyana de Fareham. 

Ela enviou seu filho William Cremer para a escola metodista local. Ele aumentou seu conhecimento participando de palestras gratuitas. Aos 15 anos, foi aprendiz de construtor e se tornou um carpinteiro qualificado. 

“Em uma ocasião, ele ouviu uma palestra sobre a paz, na qual o orador sugeria que as disputas internacionais fossem resolvidas por meio de arbitragem, uma ideia que Cremer nunca esqueceu”. 

William Cremer foi professor da Escola Dominical, na igreja wesleyana, até trabalhar em Londres em 1852. Sua irmã, Ellen foi membro fundador da Escola Dominical, em 1859. 

Em 1852, William Cremer se mudou para Londres em 1852 onde sua capacidade de administração foi reconhecida. William tornou-se ativo como organizador sindical e se tornou um líder trabalhista reconhecido. 

Foi eleito secretário da Associação Internacional dos Trabalhadores em 1865, mas renunciou dois anos depois, em 1867, por sentir que a organização estava se tornando radical demais. 

Em 1858, foi eleito para um conselho que realizava uma campanha pelo dia de nove horas. Ele foi fundamental na formação de um único sindicato: a Amalgamated Society of Carpenters and Joiners. Participou da formação da Associação Internacional dos Trabalhadores, mas se afastou quando a Associação passou a ter pensamentos radicais. 

Para William Cremer, o trabalho deveria ser representado ativamente no Parlamento. “Ele defendeu a educação obrigatória, desestabilização irlandesa, tributação direta, reforma agrária, emenda das leis que regem os sindicatos, criação de tribunais de conciliação para lidar com disputas de gestão trabalhista e de conselhos internacionais de arbitragem para julgar disputas entre nações”. 

Em 1874, foi derrotado várias vezes. Mas foi eleito para o Parlamento em 1885, 1886 e 1892. Derrotado em 1895 foi reeleito em 1900 e se manteve no Parlamento até 1908, quando faleceu de pneumonia. 

Como membro do parlamento, William Cremer defendeu a paz como o único estado aceitável pra a humanidade. 

Em 1871, o comitê de trabalhadores que ele formou, em 1870, para promover a neutralidade da Inglaterra durante o conflito franco-prussiano tornou-se a Associação de Paz dos Trabalhadores. 

Este comitê forneceu a pedra angular da Liga Internacional de Arbitragem, uma associação à qual ele contribuiu posteriormente com seu tempo e seu dinheiro. 

Em 1887, William Cremer garantiu assinaturas suficientes para uma resolução dirigida ao Presidente e ao Congresso dos Estados Unidos, “exortando-os a concluir com o governo da Grã-Bretanha um tratado estipulando as disputas que surgiam entre os dois deveriam ser encaminhados à arbitragem”. 

A resolução despertou o interesse de deputados franceses que convidaram William Cremer e seus colegas para uma reunião exploratória, em Paris, em 1888. Como resultado, a União Interparlamentar foi formada e sua primeira reunião realizada em Paris, em 1889, com representantes de oito nações. William Cremer foi eleito vice-presidente da União e secretário da seção britânica. 

Em 1903, ganhou o Prêmio Nobel da Paz. 

William Cremer foi solitário, pois sua primeira esposa morreu em 1876, e a segunda em 1884. Seus casamentos não lhe deram filhos. Gostava da natureza e trabalhava longas horas. Tinha um coração generoso. O valor em dinheiro do Prêmio Nobel da Paz foi doado para a Liga da qual ele era secretário.[5]

 

 

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria

 

Ellen Johnson Sirleaf nasceu em Monróvia, na Libéria, em 1938. Seu avô era alemão e se casou com uma mulher da área rural cujas avós eram liberianas indígenas.

 

Ellen se formou na Faculdade de África Ocidental, um colégio da Igreja Metodista Unida. Ela é bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Wisconsin, EUA.

 

É formada em economia pela Universidade do Colorado, EUA, e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade de Harvard, EUA.

 

Em 1985, foi candidata ao Senado e criticou o regime militar, o que lhe valeu uma condenação de dez anos de prisão. Depois da passagem pela cadeia, viveu no exílio até 1997, quando regressou à Libéria como economista do Banco Mundial e do Citibank na África.

 

Foi eleita presidente da Libéria em 2005. Como metodista, falou na Conferência Geral da Igreja Metodista Unida de 2008. Lutou contra a corrupção e por profundas reformas institucionais na Libéria. Foi reeleita presidente da Libéria em 2011.

 

Em 2007, o presidente George W. Bush lhe concedeu a Medalha da Liberdade, a mais alta condecoração civil dos EUA.

 

Ela é mãe de quatro filhos. Foi a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado de um país africano. Ela fez da educação de meninas uma prioridade.

 

Criou a Liberia Education Trust e um ambicioso programa de formação de professores. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2011 por seu trabalho sobre os direitos das mulheres.

 

Ela é chamada de “a dama de ferro da Libéria”.[6] 

 

 

 

Ganhador do Prêmio Nobel da Paz colocava o Reino de Deus em primeiro lugar

.

John Raleigh Mott (1865-1955) nasceu em Livingston Manor, New York, e cresceu numa família de colonos em Iowa, EUA, influenciada por ideais puritanos. Ele se tomou bacharel em história na Universidade de Cornell.

 

Em Postville, Iowa, seu pai foi comerciante de madeira e se tornou o primeiro prefeito da cidade. Aos 16 anos, Mott matriculou-se na Mott Upper Iowa University, uma pequena escola preparatória metodista, e na faculdade em Fayette.

Sua vida mudou quando ouviu esta frase numa palestra de J. Kynaston Studd em 14 de janeiro de 1886: “Você procura grandes coisas para si mesmo? Não procure por elas. Busque em primeiro lugar o Reino de Deus”.

Em 1891, casou-se com Leila Ada White, com quem teve dois filhos e duas filhas. Foi o idealizador e realizador da Conferência Internacional de Missão, em Edimburgo, em 1910.

Recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1946.

Em 1954, presidiu o Conselho Mundial de Igrejas. Foi presidente do Conselho Missionário Internacional e da Aliança Mundial das Associações Cristãs de Moços.

Recebeu prêmios honoríficos da China, Tchecoslováquia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Itália, Japão, Jerusalém, Polônia e de outros países. Atravessou o Atlântico mais de cem vezes e o Pacífico 16 vezes.

Escreveu 16 livros. Seu livro mais conhecido é A evangelização do mundo nesta geração.[7]


Professor da Escola Dominical ganha Prêmio Nobel da Paz

Arthur Henderson (1863-1935) nasceu em Glasgow, Inglaterra. Filho ilegítimo de um trabalhador têxtil. Com nove anos, Arthur deixou a escola para trabalhar na loja de um fotógrafo. Quando seu pai morreu, a família ficou na pobreza.

Em sua adolescência, ouviu o famoso evangelista Gipsy Smith, que era capitão do Exército da Salvação. Ele se tornou membro da Igreja Metodista Wesleyana, à qual se dedicou imensamente.

No curso de seu trabalho na Igreja Metodista, conheceu Eleanor e se casou com ela em 1888. Era dedicado à família. Eles tiveram três filhos.

Um deles morreu na 1ª Guerra Mundial e os outros dois deles se tornaram colegas de seu pai na Câmara dos Comuns.

Arthur foi arquiteto, herói do Partido Trabalhista e serviu como secretário de Relações Exteriores (1929-1931). Presidiu a Conferência Mundial do Desarmamento, que se reuniu em Genebra em 1932. 

Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 1934. Sua abordagem era conciliatória e de temperança.

Trabalhou de forma incansável para a cooperação internacional e o desarmamento. Foi conhecido como uma "bússola moral” em seu tempo. Era um evangelista eloquente na igreja local.

Foi professor na Escola Dominical. Teve profundo compromisso com o metodismo.[8]

 

 Pregador leigo ganha o Prêmio Nobel da Paz

Albert John Luthuli (1898-1967) era também conhecido como Zulu. Ele nasceu na Rodésia do Sul (Zimbábue) numa missão Adventista, Luthuli era filho de um missionário que passou a maior parte dos últimos anos de sua vida nas missões entre os Ndebele da Rodésia, hoje Zimbábue.

Depois da morte do pai, mudou-se para a África do Sul. Estudou numa instituição metodista em Edendale, concluindo o curso de professor em 1917.Luthuli foi chefe tribal, professor e político da África do Sul. Foi confirmado na Igreja Metodista e se tornou pregador leigo.

Ele também foi muito ativo no trabalho missionário. A linguagem da Bíblia e princípios cristãos afetaram profundamente seu estilo político e as crenças para o resto de sua vida.

Foi presidente-geral do Congresso Nacional Africano a de dezembro de 1952 até sua morte em 1967.

Em 1960, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, por seu papel não violento contra o apartheid. Ele não apoiou a violência porque sua carreira política estava fundamentada em sua fé. Era frequentemente preso por suas atividades antiapartheid.

Em 1962, foi eleito reitor da Universidade de Glasgow pelos alunos, cargo que exerceu até 1965. Foi o líder africano mais conhecido e respeitado de sua época.

Em sua homenagem, hoje é concedida a Ordem dos Luthuli, a mais alta condecoração da África do Sul, a quem contribui para a democracia, os direitos humanos, a justiça e a paz.[9]

 

 

Filho de pastor metodista do Canadá ganhou Prêmio Nobel da Paz

Lester Bowles Pearson (1897-1972) nasceu em Newtonbrook, município de York, Ontário, Canadá.

Era filho de Annie Sarah e Edwin Arthur Pearson (1868-1931), ministro metodista.

Lester cresceu em Aurora e frequentou a escola pública na Church Street. A família vivia na mansão metodista. Pearson era um membro da equipe Aurora Rugby.

Seu avô paterno, Marmaduke Louis, foi um ministro metodista conhecido. Pearson entrou na Universidade de Toronto Victoria College em 1913, aos 16 anos. Foi professor, diplomata e político.

Ficou conhecido pela sensibilidade diplomática, perspicácia política e popularidade pessoal. Foi primeiro-ministro do Canadá (1963-1968). 

Entre 1945 e 1946, foi embaixador canadense nos Estados Unidos; subsecretário de Estado para Assuntos Externos (1946); presidente do Conselho da Nato (1951-1952); presidente da ONU (1952-1953); professor e chanceler da Universidade Carleton (1969-1972).

A Crise do Suez ocorreu em 1956. As hostilidades dos britânicos e franceses contra os egípcios ameaçavam uma nova guerra mundial.

Pearson sugeriu à Organização das Nações Unidas (ONU) uma força de paz internacional para supervisionar a retirada dos combatentes.

Pacato e simpático, ganhou a confiança de muitas nações, o que o levou a receber uma das maiores honrarias do mundo.

Por seus esforços, Pearson ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1957.

O aeroporto Internacional de Toronto foi renomeado, em 1984, para Aeroporto Internacional Lester B. Pearson.

Em 2004, Pearson foi eleito o sexto maior canadense em uma pesquisa popular.[10]

 

Viveu fundamentado na fé e ganhou

o Prêmio Nobel da Paz

 

Albert John Luthuli (1898-1967) era também conhecido como Zulu. Ele nasceu na Rodésia do Sul (Zimbábue) numa missão Adventista, Luthuli era filho de um missionário que passou a maior parte dos últimos anos de sua vida nas missões entre os Ndebele da Rodésia, hoje Zimbábue. Depois da morte do pai, mudou-se para a África do Sul.

Estudou numa instituição metodista em Edendale, concluindo o curso de professor em 1917.Luthuli foi chefe tribal, professor e político da África do Sul. Foi confirmado na Igreja Metodista e se tornou pregador leigo. Ele também foi muito ativo no trabalho missionário.

A linguagem da Bíblia e princípios cristãos afetaram profundamente seu estilo político e as crenças para o resto de sua vida. Foi presidente-geral do Congresso Nacional Africano a de dezembro de 1952 até sua morte em 1967.

Em 1960, recebeu o Prêmio Nobel da Paz, por seu papel não violento contra o apartheid. Ele não apoiou a violência porque sua carreira política estava fundamentada em sua fé. Era frequentemente preso por suas atividades antiapartheid. Em 1962, foi eleito reitor da Universidade de Glasgow pelos alunos, cargo que exerceu até 1965.

Foi o líder africano mais conhecido e respeitado de sua época. Em sua homenagem, hoje é concedida a Ordem dos Luthuli, a mais alta condecoração da África do Sul, a quem contribui para a democracia, os direitos humanos, a justiça e a paz.[11] 

 

Ganhador do Prêmio Nobel e

 Presidente África do Sul

Nelson Mandela (1918-2013) nasceu em Mvezo, Transkei, África do Sul. Filho da metodista Noqaphi Nosekeni e de Henry Gadla, descendente de Thembu, chefe de um clã dos Xhosas. Mandela foi o primeiro da família a ter uma educação formal, na Escola Missionária Wesleyana, perto de Qunu.

Ele foi batizado na Igreja Metodista. O chefe Jongintaba e sua esposa se tornaram tutores de Mandela quando o pai dele morreu.

Eles eram cristãos devotos e levaram Mandela para frequentar a Clarkesbury School, a mais antiga missão wesleyana em Thembuland.

Em 1939, Mandela foi para Healdstown, Faculdade Metodista em Fort Beaufort, onde lecionou aulas bíblicas aos domingos junto com o metodista Oliver Tambo e morou no dormitório Wesley House.

Em 1943, entrou para o Congresso Nacional Africano, que, em 1952, articulou a resistência ao apartheid com a Campanha do Desafio.

Em 1964, Mandela e toda a diretoria do Congresso Nacional Africano foram presos. Depois que saiu da prisão, acabou com a segregação racial, tornando-se o primeiro presidente negro da África do Sul (1994-1999).

Mandela sempre manteve ligação com a Igreja Metodista em toda a sua vida. Ele foi visitado por um capelão metodista durante sua prisão em Robben Island e após sua libertação participou da Conferência Anual da Igreja Metodista da África do Sul, em 1994, 1998 e 2001.

Casou-se com a metodista Machel. No ano de 2000, ganhou o Prêmio Metodista Mundial da Paz. Em 1993, ganhou o Prêmio Nobel da Paz.

Por determinação da ONU, o Dia Internacional de Nelson Mandela passou a ser celebrado desde 18 de julho de 2010.[12]

 

Presidente do Comitê Internacional de Paz de Burundi e Copresidente da Rede de Paz dos Líderes da Igreja Burundiana 

 

John Alfred Ndorichimpa nasceu em 1946, na vila Mihama, província de Rutana, Burundi, em uma família hutu, uma etnia bantu. Ele se converteu em 1958, no país que tem 86% de cristãos, a maioria católica. Sabine Ngeza é sua esposa e eles têm dois filhos adotados. Sua educação primária foi em Gitwa e Kayero. Depois estudou no Instituto Teológico Evangélico de Mweya em Gitega, Burundi (1969). 

Em Mwanza, Tanzânia, fez treinamento de administração. Também se especializou em Evangelismo Infantil no Instituto de Formação de Professores em Bujumbura (1971). Em 1972, obteve um diploma em Contabilidade e Administração Pública da British Tutorial College. Ele fala Kirundi, francês, Kiswahili e Inglês. 

Em 1972, com a agitação política no Burundi houve massacres e muitos da etnia hutu foram exilados ou mortos. Em 1973, a Igreja em Kayero, Burundi, convidou Ndorichimpa para ser seu pastor. Ele deixou seu trabalho na gráfica, em Mweya-Gitega, e foi eleito moderador da Igreja Evangélica Mundial (depois Igreja Evangélica Episcopal no Burundi).  

Ndorichimpa foi consagrado bispo da Igreja. Em 1984, ele e outros líderes negociaram e se filiaram a Igreja Metodista Unida. A Igreja Metodista se tornou forte e cresceu de 11.119 (1984), para 32.70,6 (1990). Hoje, a Igreja tem mais 71.000 membros, no Burundi, e se expandiu para Uganda, Quênia, Sudão e Ruanda. Devido à situação política, Ndorichimpa teve que fugir para o Quênia, em 1994. 

Ndorichimpa foi eleito Presidente do Comitê Internacional de Paz do Burundi e Co-Presidente da Rede de Paz dos Líderes da Igreja Burundiana (1995 e 1996); foi Presidente da Conferência Central Africana das Igrejas Metodistas Unidas (1992-1996); foi conselheiro espiritual e capelão dos Presidentes Pierre Buyoya e Melchior Ndadaye (1989-1993). 

Em 1993, foi nomeado membro da Comissão Nacional para estudar a unidade entre os hutus e os tutsis do Burundi. Foi membro do Comitê de Direitos Humanos na Conferência das Igrejas de Toda a África e um orador no Parlamento Lesotho (1986-1995). .[13]


 

Figura importante no acordo de paz entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina

 

Warren Christopher (1925-2010) nasceu em Scranton, North Dakota, EUA. Seus pais eram Ernest W. e Catherine Anne (Lemen). Christopher. Seu pai, um banqueiro, morreu quando ele era jovem. Sua mãe levou a família para a Califórnia. Sua mãe era filha de um pastor metodista. Casou-se com Marie Josephine Wyllis e tiveram quatro filhos.

Warren recebeu o título de "Magna cum laude" da Universidade da Califórnia do Sul em 1945. Prestou serviço militar na reserva naval dos EUA, na Guerra do Pacífico (1943-1946). Freqüentou a Faculdade de Direito  na Universidade de Stanford (1946-1949) e foi o fundador e presidente da Revista de Leis de Stanford. Durante um ano, trabalhou para Supremo Tribunal de Justiça William O. Douglas.

Em 1965, foi nomeado pelo governador Pat Brown para dirigir a investigação sobre os motins em Watts. Serviu como vice-procurador-geral na administração Johnson.

Foi vice-secretário de Estado (1977-1981). O Presidente Bill Clinton depois o escolheu como Secretário de Estado. Warren foi Secretário de Estado (1993-1997).  Participou do governo Jimmy Carter, e ajudou na libertação de 52 reféns americanos no Irã.

Liderou as relações sino-americanas com a República Popular da China; ajudou a ganhar a ratificação do Canal do Panamá, e chefiou o primeiro grupo interinstitucional sobre direitos humanos.

O Presidente Carter concedeu-lhe a Medalha Presidencial da Liberdade, o mais elevado prêmio civil nacional. Warren desempenhou um papel importante em vários sucessos da política externa, incluindo um acordo de paz histórico entre Israel e a Organização de Libertação da Palestina (OLP).[14]

 

Secretário Geral do CMI ganhou o Prêmio Niwano da Paz

 

Philip Alford Potter (1921-2015), nasceu  em Roseau, Dominica, Caribe. Sua mãe Violet Peters era metodista e seu pai católico. Sua mãe foi uma vencedora. Parte do sucesso de Philip pode ser atribuído à  fé de sua mãe e a sua Igreja. Philip era ativo em assuntos da igreja desde pequeno. Ganhou bolsa de estudos para a Dominica Grammar School. Começou a trabalhar em práticas jurídicas. Aos 19 anos se tornou o mais jovem superintendente da Escola Dominical da Igreja Metodista em Dominica e sentiu a chamada para ser pastor. Em 1944, Philip foi estudar no Seminário Teológico Metodista na Jamaica. Philip foi recomendado para Richmond College, em Londres para uma licenciatura em divindade. Tornou-se  ministro ordenado. Trabalhou na ilha de Nevis e foi enviado ao Haiti como pastor missionário trabalhando entre os pobres.

 

Philip representou o Movimento Cristão de Estudantes da Jamaica, na conferência de 1947 sobre a juventude cristã em Oslo, Noruega. Foi porta-voz para a juventude nas duas primeiras assembléias do Conselho Mundial de Igrejas, em Amesterdã (1948) e Evanston (1954). Philip se transferiu para Genebra em 1954 para trabalhar no departamento de Juventude do CMI. Foi presidente da Federação Mundial de Estudantes Cristãos (1960-1968);  Secretário-Geral do CMI (1972-1984) e o primeiro presidente do Fundo Centenário da FUMEC. Viúvo desde 1980 casou-se com Potter Bärbel Wartenberg, Bispa de Lübeck, Alemanha, em 1985.

 

Como Secretário Geral do CMI conseguiu o desenvolvimento do documento “Batismo, Eucaristia e Ministério”; uma campanha contra o apartheid na África do Sul etc. Philip usou os princípios bíblicos para pressionar por um papel mais forte para as mulheres e os leigos na Igreja. Recebeu diversas homenagens: Honorário doutoramentos das Universidades de Hamburgo, Marburg, Genebra, UWI, Birmingham, Berlin, Uppsala, Viena, etc,   e os prêmios: O Prêmio Dominica de Honra (1988);  Prêmio Niwano da Paz (1986) etc. E a criação do Fundo Potter Philip pela Federação Mundial de Estudantes Cristãos. [15]


Foi vice-presidente da Conferência Cristã para a Paz 

 

Emilio Castro nasceu em uma família humilde e de tradição sindicalista, em Montevidéu, Uruguai (1927-2013). Aos 17 anos foi para Buenos Aires estudar na Faculdade Evangélica de Teologia. Ele se casou com Gladys Nieves e foi designado pastor da Igreja de Trinidad. 

Nos anos 50 continuou seus estudos de graduação em Teologia em Buenos Aires. Depois fez um curso de pós-graduação na Suíça, com o professor e teólogo suíço Karl Barth. 

 

Voltou e foi nomeado pastor na cidade de La Paz, na Bolívia. Aos 29 anos, foi nomeado para a Igreja Metodista Central em Montevidéu. Acompanhou pastoralmente sindicalistas, políticos e estudantes. Foi presidente da Sociedade de Cristãos e Judeus (1957-1966). Foi vice-presidente da Conferência Cristã para a Paz. Foi assessor do Estudante Federação Mundial Cristã (FUMEC). Em 1964, foi nomeado secretário-geral do Unelam (Comissão para a América Latina Evangélica Unity). 

Ele foi fundamental na fundação da Federação de Igrejas Evangélicas do Uruguai (1956). 

Durante os anos 1960-1972 era difícil defender os direitos e liberdades das pessoas humanas dentro de um contexto da ditadura.  Apesar de sua atitude não-violenta, ele foi atacado por grupos antidemocráticos. A tortura foi aplicada cada vez mais, templos foram danificados e sua família ameaçada. 

Em 1973 foi exilado com sua família. O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) o nomeou diretor da Comissão Mundial sobre Missão e Evangelismo Foi eleito Secretário-Geral do CMI entre 1985 e 1993 abrindo caminhos para uma participação ativa das Igrejas do Leste europeu no CMI. 

Participou em vários programas de TV e rádio. Trabalhou incansavelmente pelo diálogo ecumênico e pelas relações judaico-Cristãs. Ele tinha um compromisso com uma Igreja renovada, aberta, inclusiva e que estivesse a serviço dos excluídos. 

Em 2009, foi homenageado como um “incansável lutador pela verdade e a democracia”, recebendo a ordem Bernardo O’ Higgins, em Genebra.[16] 

 

Da tragédia no ataque terrorista à promoção da paz 

 

Myrna Bethke é pastora da Igreja Metodista Unida em Freehold e Superintende Distrital no Distrito Sul em Gateway, EUA. Ela supervisiona 63 igrejas e seu lazer são os jogos online e caminhar na praia. É casada com Drew Burrus, um organista da Igreja, e têm dois filhos. 

Myrna perdeu seu irmão mais novo no atentado terrorista nas Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Foi uma trágica perda e grande dor. Ela entendeu que tinha dois caminhos: afundar ou subir. Ela decidiu subir percorrendo o caminho da reconciliação e da promoção da justiça e paz. 

Decidiu ajudar seus fiéis, e outros, trabalhando no sentido de tornar o mundo um lugar mais pacífico. Em 2002, Myrna fez parte de um grupo chamado Peaceful Tomorrows, uma delegação de paz inter-religiosa para o Afeganistão organizado pela Global Exchange. Ela entrou para o grupo na esperança de ter uma melhor compreensão das circunstâncias que levaram os terroristas a atacarem e ver como os grupos religiosos poderiam fazer conexões preliminares com os muçulmanos.  

Em 2002, viajou ao Afeganistão e passou duas semanas com judeus, cristãos e muçulmanos. Os exemplos de hospitalidade afegã a influenciam até hoje. 

Ela afirma que escolhemos o amor de Deus ou as ações de terror. Ela pergunta: será que nossas ações devem ser definidas por aquilo que o amor de Deus quer que façamos ou vamos permitir que o medo governe nossos dias? Como pastora, ela fez um esforço para a reconciliação quando a comunidade em New Jersey polarizou-se sobre a questão dos imigrantes sem documentos. 

Desde o dia 11 de setembro, ela tem procurado as relações com os muçulmanos em sua comunidade. 

Ao desenvolver e defender opções e ações não-violentas na busca da justiça, ela espera quebrar os ciclos de violência gerados pela guerra e terrorismo. Seus dois filhos sempre foram envolvidos em marchas pela paz.[17]

 

 

Membro da Comissão de Paz do Estado de Taraba, Nigéria

 

Done Peter Dabale (1949-2006) nasceu em Nyabalang-Yotti, Nigéria. Órfão de mãe foi criado por uma das seis mulheres de seu pai, que era um adivinho. Dabale se casou com Kerike C. Dabale, uma evangelista e agricultora. Tiveram onze filhos. Fez diversos cursos, dentre eles: em 1967, estudou na Escola de Enfermagem de Numan em Adamawa, Nigéria. 

Em 1974, fez o Curso Teológico em Bukuru Jos, Nigéria. Em 1980, obteve o diploma internacional na criação de animais, pela Barneveld College, Holanda e um diploma em Teologia pela Theological College em Bukuru-Jos. Em 1987, obteve o doutorado em Teologia pela Gbarnga School de Teologia, na Libéria. 

Foi professor na Banyam Bible College e diretor do Instituto Bíblico Kakulu, na Nigéria. Foi superintendente distrital do East District Muri (EUB). 

Fez trabalho pastoral em Zing e Yonko, Muri Leste, na Nigéria. Em 1992, foi eleito o primeiro bispo da Igreja Metodista Unida, na Nigéria. Falava cinco línguas. Sua reputação permitiu-lhe viajar por todo o mundo fazendo parceria com outros grupos religiosos e não-religiosos. 

Sua liderança foi essencial no ministério nigeriano atendendo o povo em suas necessidades humanas enfatizando a educação e cuidado com as crianças deslocadas ou órfãs pela guerra e pela doença. Ele procurou reconstruir escolas e clínicas destruídas pela guerra e desenvolver programas de saúde e nutrição. 

Em seu episcopado, a Igreja cresceu de 10.000 para 400.000 membros. É autor de livros sobre agricultura e teologia. 

Foi um membro do conselho de governadores do Colégio Teológico do Norte da Nigéria, presidente da Associação Cristã da Nigéria; um membro da Comissão de Paz do Estado de Taraba; membro do Comitê Consultivo para a guerra contra indisciplina etc.[18]

 

Líder do Movimento da Paz na Itália

 

Lucio Schiro (1877-1961) nasceu em Park, Palermo, Itália. Seus pais eram de origem albanesa. Desde 1908 foi pastor em Scicli, centro agrícola do sudeste da Sicília e um ambiente de exploração dos proprietários de terras. 

Ele fundou "O Simplista" (1913-1915 e 1919-1924), órgão da Igreja Metodista atento para a situação local e as questões da política nacional. Schiro era fascinado pela espiritualidade de John Wesley. Foi ser pastor em Umbria e fundou uma escola primária para os filhos de agricultores. 

Ele foi eleito vereador em Modica. Quando chegou a guerra na Europa, como um pacifista, ardentemente lutou contra a guerra considerando-a bárbara e anticristã. Schiro era um orador carismático que citava a Bíblia unindo-a ao socialismo. Suas armas eram a palavra, discutir, dialogar. 

Em 1919, foi eleito secretário da Federação Socialista do Syracuse. Ele foi detestado pelos fascistas, que o perseguiram. Em 1920, tornou-se prefeito de Scicli e vice-presidente do Conselho Provincial Syracuse. Ele e sua família foram ameaçados e ele foi forçado a renunciar ao cargo de prefeito. Lucio foi ferido e o seu único objetivo era lutar pela paz e a unidade de toda a comunidade. 

Em 1921, ele escreveu: "nós temos que ir para pregar o Evangelho, para construir consciências, para ensinar as pessoas nas escolas”. Como pastor metodista e diretor de uma escola foi advertido e monitorado pelos fascistas. 

Em 1924, o regime fascista fechou “O Simplista”. Em 1943, caiu o fascismo e Schiro retomou seu lugar no PSI e foi um dos líderes na sede provincial. Foi presidente do Comitê para a purificação do Ragusa. 

Foi prefeito de Scicli (1944-1947) e líder do Movimento da Paz. Foi um lutador desarmado. Ele teve uma fé inabalável e foi capaz de provar ao mundo que podemos praticar o maior mandamento: "Ame o seu próximo como a si mesmo”. 

Foi uma das figuras mais representativas e carismáticas do metodismo italiano do século XX. Foi chamado o Martin Luther King da Sicília.[19] 

 

 

Prêmio Mundial Metodista da Paz

 

Jo Anne Lyon nasceu em 1940 em Blackwell, Oklahoma, EUA.  É casada com o Rev. Wayne Lyon e têm quatro filhos e 10 netos. Ela mora em Indianápolis. Em 1996, foi ordenada pastora na Igreja Wesleyana. 

É bacharel em educação pela Universidade de Cincinnati e tem mestrado em Aconselhamento da Universidade de Missouri-Kansas City. Ela recebeu o doutorado honorário da Divindade do Seminário Nordeste Colégio Wesleyano Unido e um honorário de Doutor em Letras Humanas tanto Universidade Wesleyana do Sul e Universidade Wesleyana de Indiana. 

Foi professora Adjunta de Igreja na Universidade Wesleyana de Indiana e Seminário Teológico Asbury. 

Em 1996, ela fundou e dirigiu a World Hope International (2006-2008), que procura aliviar o sofrimento e a injustiça através da educação em mais de 30 países dirigindo as organizações humanitárias e de desenvolvimento baseadas na fé. Em 2008, foi eleita a primeira mulher Superintendente Geral na Conferência Geral da Igreja Wesleyana. 

Em 2012, foi eleita como a única Superintendente Geral.  Ela é a vice-presidente de Seminário Wesley, em Marion, Indiana. Ela tem escrito vários artigos e publicações, incluindo o livro “A bênção final” e serve há mais de 30 anos no Ministério Pastoral. 

Durante o Governo Bush, ela participou do conselho baseado na fé na Casa Branca durante o fazendo uma grande quantidade de trabalho na área de combate à Aids e ao desenvolvimento econômico. Ela sempre olhou para sua mãe em busca de inspiração. 

Em 2015, ela foi nomeada pelo Presidente Obama para fazer parte do Conselho Consultivo do Presidente sobre fé. Em 2015, ela ganhou o Premio Mundial Metodista da Paz.[20] 

 

Membro da Coalizão Nacional para a Paz em Benim

 

Nicodemos Ibilade Lagbada nasceu em 1959, em Takon (Sakété), Benin, África. É pastor da Igreja Metodista Protestante do Benin e o atual Presidente desde 2015. O metodismo foi a primeira denominação a chegar e a se organizar em Benin, em 1843. Lagbada é doutor em Teologia, em Antigo Testamento, pela  Faculdade de Teologia protestante Yaounde, nos Camarões. Lagbada é também Vice-Presidente do quadro de consulta das Confissões Religiosas (CRBC). 

Desde 2013, é Presidente do Conselho Administração da Universidade protestante da África Central nos Camarões e membro da Coalizão Nacional para a Paz (Benim), onde ingressou em setembro de 2011. 

Lagbada é membro da câmara de resposta SES e autor de diversas publicações teológicas, dentre elas: “O profeta Miquéias face à corrupção das classes dirigentes”. 

Por ter sido criada por missionários metodistas ingleses, a Igreja Metodista de Benin não tem a figura de Bispo e sim de presidente e Lagbada assumiu a liderança da Igreja diante de uma crise de 19 anos, desde o Sínodo de Dassa-Zoumé em 1998, quando a Igreja se dividiu em dois grupos. 

Com a mediação discreta, suave e eficaz do Presidente da República de Benin, Patrice Talon, os dois grupos finalmente se reconciliaram com um culto em 3 de julho de 2016 transmitido ao vivo pela televisão em Benin. O culto contou com a presença de uma delegação governamental chefiada pelo Presidente da República. Um sínodo será realizado no final da transição para eleger novos líderes da Igreja. Alagbada é quem preside um Conselho de Administração transitória. 

Em sua mensagem no culto da reconciliação, Alagbada viu nessa reconciliação um exemplo de Benin de diálogo inter-religioso para a paz. Benin pode ser vista como uma vitrine deste diálogo realizado sob a graça divina. [21]

 

 

Herói da paz e da reconciliação no Japão

Jacob Daniel DeShazer (1912-2008) nasceu no Oregon, EUA, e se formou na High School de Madras em Madras, Oregon, em 1931. Entrou para o Exército dos EUA em 1940, tornando-se sargento. Após o ataque japonês a Pearl Harbor em 1941, decidiu se vingar e participar da unidade especial “Os Caçadores da Doolittle” para atacar o Japão.

 

Após o ataque, Jacob foi capturado e ficou preso durante 40 meses, quando foi muito espancado. Três amigos foram executados e outro morreu de inanição lenta. Após o fim da guerra, foi resgatado. Ele se converteu, em 1944, lendo a Bíblia na prisão, que o ajudou a sobreviver. Ouviu o chamado de Deus para voltar e evangelizar o Japão.

Nos EUA, ele se tornou pastor da Metodista Livre. Em 1948, voltou ao Japão com a esposa, Florence. Conheceu Mitsuo Fuchida, que liderou o ataque a Pearl Harbor, e ambos se tornaram amigos íntimos.

 

De origem budista, Fuchida se converteu em 1950, após ler um texto escrito por DeShazer intitulado “Eu era um prisioneiro do Japão”. Decidiu ler a Bíblia.

Leu Lucas 23 sobre o perdão de Jesus na cruz e se converteu. Colegas o acusaram de ser um oportunista e traidor. Recusou oferta do governo japonês para reorganizar a Força Aérea.

Ele se tornou um evangelista. Fuchida e Jacob logo pregaram juntos no Japão. Fuchida se tornou missionário na Ásia e nos EUA. Escreveu três livros, entre eles De Pearl Harbor ao calvário. Em 1959, Jacob se mudou para Nagoya, onde estabeleceu uma igreja na cidade que havia bombardeado. Ele ajudou a iniciar 23 congregações metodistas.

Em 2008, Jacob ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha de Ouro do Congresso Americano como herói de guerra e por seu serviço heroico para o povo do Japão, onde ele é visto como um herói da paz e da reconciliação. O filme Pearl Harbor retrata sua história.[22]


 

Amante da paz que orou pelos seus inimigos

 

 

John Evans Atta Mills (1944-2012) nasceu em Tarkw, na região oeste de Gana. Ele teve sua educação em Huni Valley Methodist Primary School e na Komenda Methodist Middle School, licenciatura em Direito pela Universidade de Gana e doutorado em Direito pela Universidade de Londres.

 

Casou-se com Ernestina Naadu Mills. Foi advogado, jurista, especialista em impostos e administrador de esportes. Foi vice-presidente de Gana entre 1997-2001. Foi eleito presidente de Gana (2009-2012). Praticava hóquei em campo e natação.

 

Em seu oficio fúnebre, na Catedral Metodista Wesley e com a presença de 67 delegações estrangeiras, a Palavra foi ministrada pelo reverendo Prof. Emmanuel Asante, bispo presidente da Igreja Metodista de Gana.

 

Ele era um verdadeiro cavalheiro e trabalhava muito duro. Foi um homem amante da paz, que orou por seus inimigos, mesmo quando eles abusaram dele. Foi um metodista que contribuiu imensamente para o crescimento e bem-estar da Igreja de diversas maneiras, com humildade e generosidade.

Foi uma das pessoas mais patrióticas e nacionalistas, que se preocupava muito com o país de Gana.[23]

 

 

Líder da Conferência de Paz no Congo

 

 

Ntambo Nkulu Ntanda nasceu em 1947, em Kailo, Zaire (República Democrática do Congo). Casado com Nshimba Nkulu, tem oito filhos. Estudou no seminário em Mulungwishi. Tem mestrado em Divindade pela International School of Theology, em Nairobi, Quênia.

 

Entre os cargos que ocupou, estão: vice-presidente do Comitê Executivo; diretor da Junta Geral de Ministérios Globais; intérprete, em 1992, da Conferência Geral em Louisville; presidente da Comissão de Aviação do Norte. Foi eleito bispo em 1996, em plena guerra civil.

 

Em 2004, moderou uma conferência de paz no Norte de Katanga. Nos conflitos no Congo, abrigou pessoas e chamou clérigos e líderes leigos para organizarem sistemas de socorro e apoio para os deslocados internos e para aqueles que permaneceram nas áreas de violência pesada.

 

Em 2004, o governo pediu a Ntambo para convocar uma Conferência de Paz com o Mai-Mai, uma milícia em Katanga. O sucesso da conferência ajudou na cessação das hostilidades, no desarmamento e na integração de membros da milícia no exército nacional.

 

Em 2007, tornou-se senador, como representante da província de Katanga. Foi o bispo presidente da Conferência Anual do Norte de Katanga, que em 2008-09 tinha 1.392.826 membros.

 

Recebeu, em 2011, o Prêmio Peacemaker, concedido pelo Centro Tanenbaum para o Entendimento Inter-Religioso. Seu avô era feiticeiro. Ele é grato à Igreja Metodista, que lhe ensinou sobre Jesus Cristo, tirando-o do paganismo.

 

Em 2013, o governo congolês honrou Ntambo com a mais alta condecoração civil do serviço público, a Ordem do Leopard.[24]

 

 

Prêmio Mundial Metodista da Paz

Boris Trajkovski (1956-2004) nasceu na aldeia Strumica, na Macedônia. Era de uma família metodista num país onde apenas 0,01% são cristãos. Foi advogado e político. Serviu como secretário da Juventude Metodista por 12 anos. Foi presidente do Conselho da Igreja Metodista da Macedônia, na Europa.

Estudou Teologia nos EUA para se tornar um ministro leigo. Em 1999, foi vice-chanceler e vice-ministro dos Negócios Estrangeiros. Foi presidente da República da Macedônia (1999-2004), um embaixador de Cristo. Casado com Vilma, teve dois filhos.

Ele dizia: “Minha fé é uma parte muito importante da minha vida [...]. Eu não sinto que me tornei presidente deste país por acidente, mas que fui escolhido porque ninguém pode me acusar de favorecer os muçulmanos albaneses ou os ortodoxos”.

Ele foi ativo na igreja desde sua infância em Strumica. Permaneceu presidente do conselho da Igreja após ter sido eleito presidente da Macedônia. Ele uniu um país dividido.

Em 2002, foi agraciado com o Prêmio Mundial Metodista da Paz. Faleceu num desastre aéreo em 2004 quando ainda era presidente. Uma grande perda para a Macedônia e para o metodismo.[25]

 

Primeira mulher a receber a maior menção presidencial civil pelos esforços em prol da paz mundial

 

Anna Howard Shaw (1847-1919) nasceu na Inglaterra. Sua família, muito pobre, foi para os EUA. Quando ela tinha 12 anos, seu pai deixou a maior parte de sua família sozinha numa fazenda isolada em Michigan. Depois que seu irmão mais velho ficou doente, Shaw procurou manter suas terras. Ela trabalhou na plantação, cortou madeira e ainda cavou um poço.

Estudou Teologia, foi pregadora, médica e ativista pelos direitos da mulher. Foi a primeira mulher nomeada na Igreja Metodista Protestante. Pregava sobre a temperança e defendia o voto das mulheres. Por dez anos, foi presidente da Associação Nacional do Voto Feminino, lutando pelo voto das mulheres e seus direitos como cidadãs, o que aconteceu em 1920.

Foi presidente da Comissão de Defesa do Trabalho da Mulher. Foi a primeira mulher a receber a maior menção presidencial civil, o Distinguished Service Medal, pelos esforços em prol da paz mundial.

Em sua homenagem, foi criado o Centro Anna Howard Shaw, filiado à Faculdade de Teologia da Universidade de Boston. Na data do seu nascimento, 14 de fevereiro, é comemorado o Anna Howard Shaw Day. Anna foi retratada por Lois Smith no filme Iron jawed angels, exibido na TV em 2004.[26]


Prêmio da Paz Mundial Metodista por seus esforços para trazer reconciliação e cura para a Bulgária


Zdravko Beslov (1920-1993) nasceu em Sofia, Bulgária. Quando tinha oito meses de vida, seu pai faleceu. Zdravko cresceu com as crianças e jovens da igreja. Ele se tornou pastor da Igreja Metodista em 1943. Ele ganhou uma bolsa de estudo para o doutorado nos EUA, mas com a guerra decidiu pastorear o rebanho e estar com sua mãe.

A oposição ao regime comunista o levou a ser preso em campos de prisioneiros pela Rússia por 14 anos. Trabalhou em condições desumanas nas minas de carvão e nas pedreiras. Depois de solto, ainda foi perseguido. É considerado um mártir do cristianismo, mesmo não tendo morrido na perseguição. Depois de 1989, procurou restaurar a Igreja Metodista.

Foi eleito superintendente do metodismo búlgaro em 1990. Depois de 45 anos, com 72 anos e após um acidente vascular cerebral, Zdravko Beslov dirigiu a Igreja com o mesmo zelo. Ele foi fundamental na obtenção de reconhecimento oficial pelo Estado da Igreja Metodista, na Bulgária. Ele se encontrou cara a cara com seus perseguidores e disse: “Eu não quero que eles sejam punidos, nem devem ser tratados como fui tratado”.

Em 1992, ganhou o Prêmio da Paz Mundial Metodista por seus esforços para trazer reconciliação e cura para a Bulgária.[27]

 

Juíza da Coreia ganhou Prêmio Mundial Metodista da Paz

 

Tai-Young Lee (1914-1998) nasceu em Pukjin, Unsan County, hoje  Coreia do Norte. Seu pai era minerador de ouro. Foi a primeira advogada do gênero feminino e a primeira juíza da Coreia.

Ela lutou pelos direitos das mulheres por toda a sua vida. Uma de suas frases mais citadas é: “nenhuma sociedade pode ou vai prosperar sem a cooperação das mulheres”. Ela é da terceira geração de metodistas. Seu avô fundou a Igreja Metodista na cidade de Pukjin.

Após estudar na escola em Pukjin, formou-se na Chung Ei Girls High School, em 1931. Estudou na Ewha Womans University, Seul, graduando-se em Economia Doméstica. Em 1936, casou-se com Yil Hyung Chyung, pastor metodista, que foi preso sob a acusação de ser espião dos EUA. Mais tarde, ele se tornou ministro dos Negócios Estrangeiros da República da Coreia.

Em 1938, eles se mudaram para Seul, onde seu esposo ensinou no Seminário Teológico Metodista. Foi a fundadora do primeiro Centro de Assistência Jurídica da Coreia, em 1956. Em 1971, participou da Conferência Mundial da Paz. Em 1975, recebeu o Prêmio Ramon Magsaysay, pela atuação na causa dos direitos judiciais iguais para a libertação de mulheres coreanas. Em 1977, foi presa e no ano seguinte recebeu o prêmio da Associação Internacional de Assistência Jurídica. Em 1981, recebeu o doutorado honorário em Direito pela Universidade de Maddison.

Em 1984, recebeu o Prêmio Metodista Mundial da Paz. Tai-Young Lee escreveu 15 livros.[28]

 

Prêmio da Paz da ONU pela luta na Rodésia

Abel Muzorewa Tendekayi (1925-2010) nasceu em Umtali, Rodésia. Seu pai era agricultor, pastor metodista e professor. Abel foi educado numa escola da missão e no internato Old Umtali Metodista.

Em 1951, se casou com Maggie Chigodora, com quem teve cinco filhos. Aos 19 anos, tornou-se pregador e ensinou em escolas metodistas. Ele se formou no Old Mutare e se graduou na Universidade Metodista em Missouri, EUA.

Foi ordenado pastor em 1953. Em 1966, tornou-se secretário do Movimento Estudantil Cristão e, em 1968, tornou-se o primeiro bispo metodista negro da África. Em 1973, recebeu o Prêmio da Paz da ONU pela luta pelos direitos humanos na Rodésia. Um dos fatores determinantes que levaram a Igreja Metodista Unida a selecionar Zimbábue como o local para a Universidade África foi a liderança do bispo Muzorewa.

Em 1976, Abel foi para o exílio em Moçambique e, ao voltar, foi recebido por uma multidão de 100 mil pessoas. Em 1978, foi eleito primeiro-ministro negro do Zimbábue, servindo como um símbolo de autossacrifício, amor e compaixão pelos desfavorecidos.

Foi primeiro primeiro-ministro de Zimbábue-Rodésia. Liderou a delegação do seu partido na conferência em Londres, em 1979, que resultou um ano depois na República Independente do Zimbábue, ex-Rodésia do Sul. Foi eleito para o parlamento, mas foi detido (1983-1984). Em 1985, retornou ao Seminário Teológico Scarritt, em Memphis.

A força do bispo Muzorewa foi a humildade absoluta. Foi um gigante que enfrentou as adversidades e lutou pelos pobres e desprezados.[29]

 

Representou a Austrália após a 1a Guerra Mundial na Conferência de Paz de Versalhes

 

Joseph Cooke (1860-1947) nasceu em Staffordshire, Inglaterra. Filho de William e Margaret (Fletcher) Cooke. Aos nove anos, começou a trabalhar nas minas. Quando seu pai morreu, passou a ser o único arrimo da família com a idade de 12 anos.

Mas isso não o impediu de estudar para o ministério metodista e se envolver nos assuntos sindicais. Com 16 anos, ele era um pregador leigo e ativo no sindicato local. Em 1885, Cook foi ganhar a vida como trabalhador ferroviário. Ele se casou com a professora Mary Turner, em 1885, e na véspera de Natal emigrou para a Austrália.

Estudou para ser pastor. Tornou-se secretário-geral do sindicato. Em 1898, tornou-se ministro das Minas e Agricultura. Em 1891, ganhou uma cadeira na Câmara dos Deputados e foi ministro da Defesa (1909-1910).

Foi primeiro-ministro da Austrália (1913-1914). Foi condecorado, em 1918, como Cavaleiro da Grande Cruz da Ordem de São Miguel e São Jorge. Demitiu-se do Parlamento em 1921 e foi nomeado alto comissário da Austrália, em Londres, onde atuou até 1927. Representou a Austrália após a 1a Guerra Mundial na Conferência de Paz de Versalhes, em 1919.

Em 1972, foi homenageado em um selo com seu retrato, emitido pela Australia Post.[30]

 

Coordenador do Movimento pela Paz em Moçambique

Jamisse Uilson Taimo nasceu em 1955, em Cambine, Moçambique. Filho de pais metodistas. Em 1976, decidiu estudar para o ministério pastoral e foi para a Faculdade de Teologia, na Umesp, Brasil (1977-1980). Depois, fez licenciatura em nível de mestrado na PUC-SP (1981-1984).

De volta a Moçambique, foi nomeado professor do Seminário Unido de Ricatla e foi seu diretor acadêmico. Em 1986, foi nomeado pastor conselheiro da Juventude Metodista e, em 1987, nomeado para a Paróquia da Liberdade, organizada por ele. Deu aulas na Universidade Eduardo Mondlane e foi membro do Departamento de Combate ao Racismo e membro do Conselho de Paz e Reconciliação em Moçambique. 

Foi nomeado coordenador do Movimento pela Paz em Moçambique, em 1992, e diretor acadêmico do Instituto Superior de Relações Internacionais (Isri), em 1994. Em 1995, foi o primeiro reitor do Isri nomeado pelo governo. Voltou ao Brasil e fez doutorado na Universidade Metodista de Piracicaba (2006-2010). 

Jamisse recomenda aos jovens estudar educação secular e religiosa. Quando foi para o Brasil estudar Teologia, seu foco foi a educação. Para ele, Susanna Wesley soube educar seus filhos. Jamisse lembra que sua mãe sempre quis que ele tivesse um diploma. Ele se sentiu vocacionado para ser pastor. 

Em 2014, o governo, por intermédio do Conselho de Ministro, aprovou a Universidade Metodista Unida de Moçambique (Umum). Jamisse foi o presidente da Comissão Instaladora da Umum. É uma grande figura da Igreja Metodista e do país.[31]

 

Apóstolo da Paz na Nigéria


Eminence Sunday Mbang nasceu em 1936, em Idua-Eket, Nigéria. Filho de Coffie Eka-Mbang, pastor da Igreja Qua Iboe, e de Judith Udo-Ekpo, descendentes da família real. Entre 1941 e 1950, Mbang fez sua formação primária. Entre as escolas que frequentou estava a Methodist Boys High School. Mbang participou de banda de música e foi escoteiro e atleta.

Em 1958, ele se qualificou como professor num colégio metodista, em Uzuakoli. Na morte de seu pai, sentiu que deveria completar seu ministério na terra. Sua formação teológica (1962-1964) foi no Trinity College, Umuahia. Fez pós-graduação na Universidade Hebraica de Jerusalém (1972-1974). Foi para a Universidade de Harvard, Cambridge, em Massachusetts, EUA, onde obteve o mestrado em Teologia e o doutorado. Voltou à Nigéria em 1978 e foi professor da Universidade de Ibadan.

É casado com a professora Enobong Essien e tem três meninos. Em 1984, foi eleito patriarca da Igreja Metodista da Nigéria e enfatizou a reconciliação, a reconstrução e o avivamento. Foi hábil nos conflitos da Igreja, trazendo reconciliação, e se tornou modelo para Igrejas Metodistas no mundo.

O número de igrejas e dioceses cresceu enormemente, bem como o número de arcebispos, bispos, presbíteros, pastores, diáconos e diaconisas. Apoiou os camponeses e fez uma cruzada contra a desigualdade. Foi um líder piedoso, honesto, compassivo, humilde, reconciliador, um ser humano de paz. Em 2001, tornou-se presidente do Conselho Metodista Mundial e se aposentou em 2006. Nesse mesmo ano, ganhou o Prêmio Mundial Metodista da Paz.[32]

 

Presidiu negociações de paz no Sudão trabalhando para promover o diálogo entre cristãos e muçulmanos

Samuel Kobia nasceu em 1947, em Miathene, Meru, no Quênia. Kobia é casado com Ruth, e eles têm duas filhas, Kaburo e Nkatha, e dois filhos, Mwenda e Mutua. Estudou na Faculdade Teológica Unida São Paulo em Limuru, Quênia, onde se graduou em Teologia em 1971.

Mudou-se para Chicago e se matriculou no Seminário Teológico McCormick para estudar ministério urbano. Estudou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde obteve o mestrado em Planejamento Urbano (MCP), em 1978. Nesse ano, Kobia e sua família foram para Genebra, Suíça, onde ele assumiu o cargo de secretário executivo para a Missão Urbana Rural no Conselho Mundial de Igrejas (CMI).

Em 1993, o reverendo Dr. Kobia recebeu o título de doutor em Divindade (grau honorário) do Seminário Teológico Cristão em Indianápolis. Primeiro africano eleito secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), entre 2004 e 2009.

Em 2010, Kobia foi nomeado enviado especial para o Sudão pela Conferência Pan-Africana de Igrejas (AACC). Ele continua seu papel pacificador e de líder global, empenhado em resolver conflitos religiosos.

Ele se envolveu com vários grupos pacifistas e antirracismo ligados à Igreja e presidiu negociações de paz no vizinho Sudão, em 1991, trabalhando para promover o diálogo entre cristãos e muçulmanos.[33]

 

Premiado por promover a paz

na Irlanda do Norte

Harold Good nasceu em Londonderry, Irlanda, em 1937. Foi ordenado ministro da Igreja Metodista em 1962. Foi presidente da Igreja Metodista na Irlanda (2001-2002) e atuou como diretor do Centro para a Reconciliação Corrymeela por cinco anos, lugar de refúgio para aqueles que são afetados pelos conflitos na Irlanda. 

Tem tido uma posição corajosa e fez amizade com todos os lados nos conflitos na Irlanda do Norte. Nos tumultos de 1969, feridos foram trazidos para a sua igreja, e, quando uma bomba do IRA explodiu antes do Natal, em 1971, ele foi um dos que ajudaram a retirar as crianças mortas dos escombros.

Ministrou para prisioneiros da Estrada Crumlin e foi vital para o IRA pedir desculpas no 30º aniversário da “Sexta-Feira Sangrenta”. Ele tem promovido a reconciliação na Irlanda do Norte.

Ganhou o Prêmio Mundial Metodista da Paz, em 2007. Recebeu o Gandhi Peace Award e o Prêmio Rene Casin dos Direitos Humanos, do governo basco. A rainha Elizabeth II o nomeou membro da Ordem do Império Britânico, em 1970, e Oficial da Ordem do Império Britânico, em 1985.[34]

 

Prêmio Mundial Metodista da Paz

Lawi Imathiu nasceu em Menru, no Quênia, em 1932. Seu pai se converteu ainda criança, em 1910, sendo um dos primeiros cristãos da tribo Meru. Imathiu frequentou a Escola da Missão Metodista e aprendeu a tocar órgão e a amar a música. A Igreja o encorajou a se tornar ministro da Igreja e ele devotou sua vida à obra de Deus.

Foi para a Universidade Teológica de St. Paul em Nairóbi e para as universidades de Londres e Epworth, no Zimbábue. Tornou-se mestre em Divindade e doutor em Teologia, em Claremont, na Califórnia, 1990.

Foi o primeiro africano presidente do Conselho Metodista Mundial (1986-1991) e o primeiro bispo da Igreja Metodista do Quênia, de forma independente (1970-2000). Com ele, a Igreja cresceu de 8 mil para 225 mil membros.

Realizou missões em Borana, Kisii e Masai, no Quênia, e começou o trabalho metodista em Uganda e na Tanzânia. Foi membro do Parlamento queniano. Quando o ditador de Uganda, Idi Amin, tentou silenciar a Igreja, Imathiu tomou uma posição corajosa contra ele. Foi cofundador da Universidade Metodista do Quênia. Em 2005, recebeu o Prêmio Mundial Metodista da Paz.

Em 2013, a Kenya Methodist University (Kemu) concedeu doutorado honoris causa ao bispo Imathiu por contribuir com sua liderança para o desenvolvimento do país.[35]

 

O cavaleiro do Evangelho da Paz

Alan Walker (1911–2003) nasceu em Sydney, Austrália. Filho de pastor metodista, foi um teólogo australiano e evangelista. Ele se casou com Winifred Channon. Estudou Missões na Inglaterra (1938-39).

Em 1949, com o arcebispo J. D. Simmonds, de Melbourne, foi destacado como consultor de relações humanas para a delegação da Austrália para as Nações Unidas. Participou da formação do Conselho Mundial de Igrejas. Foi diretor mundial de evangelismo para o Conselho Mundial Metodista (1978-1988).

Participou da fundação do World Methodist Evangelism Institute. Foi diretor da Faculdade de Evangelismo do Pacífico (atual Colégio de Evangelismo Alan Walker), em Sydney (1982-1995).

Ele foi um pastor fiel do Evangelho da salvação, um profeta apaixonado e um dos grandes pacificadores de Deus. Era defensor dos valores da família e da santidade. Seu estilo foi profético. Recebeu o título de “Cavaleiro”, em 1981. Foi agraciado com o Prêmio Mundial Metodista da Paz, em 1986, e premiado como um tesouro de vida australiano.[36]

 

Prêmio Mundial Metodista da Paz

Casimira Rodriguez Romero nasceu numa família pobre, em 1966, província Mizque, comunidade San Vicentena, Bolívia. Entrou na luta pela sobrevivência desde cedo. “Éramos uma pobre família, três irmãos e três irmãs. Lembro-me de minha mãe, que nos criou com amor”, disse ela.

Aos 13 anos, foi trabalhar numa casa em troca de casa e comida, mas sem remuneração, a primeira injustiça sofrida. Em 1992, conheceu Jesus Cristo como seu Salvador.Em 1996, assumiu o cargo de secretária-executiva do sindicato e coordenou a organização do trabalho de vários departamentos da Bolívia.

Ajudou a fundar a União dos Trabalhadores Domésticos. Ganhou o Prêmio Mundial Metodista da Paz em 2003. Foi nomeada ministra da Justiça da Bolívia (2006-2007). Foi a primeira mulher indígena a servir como ministra do governo.

Ela afirmava que, antes de ser ministra de um grupo político, queria ser ministra do Senhor. Ela disse: “Eu vim de uma comunidade metodista e não deixei de frequentá-la a cada domingo, quando era possível”. Disse mais: “Ser ministra era como estar numa jaula de ouro: muitos policiais, corpos de segurança, muita gente ao redor, como para proteger a rainha”.

Sua luta pela defesa dos direitos das mulheres continua intensa. Ela atua com as trabalhadoras domésticas e está formando uma fundação cujo objetivo é lutar pelos direitos humanos das mulheres bolivianas.[37]

 

Presidiu a Conferência “Teologia, política e Paz”

Theodore Hubert Runyon, Jr (1930-2017) foi professor na Escola de Teologia Candler da Universidade Emory durante 40 anos. 

Ele era filho do Rev. Theodore H. Runyon, Sr. e Carol Jett Runyon em Tomahawk, Wisconsin. 

Depois de se formar no Lawrence College em Appleton, WI, ele frequentou o Seminário na Drew University em Madison, Nova Jersey.  

Theodore se casou com Cindy e os dois partiram para a Europa, onde Theodore recebeu uma bolsa Fulbright para estudar na Universidade de Göttingen, na Alemanha. 

“Ele participou e presidiu inúmeras conferências ao longo de sua carreira, incluindo a copresidência do Simpósio Internacional do Centenário de Paul Tillich e do Instituto de Estudos Teológicos Metodistas de Oxford. Ele serviu na Comissão da Associação Geral "Nossa Tarefa Teológica" e presidiu "Teologia, Política e Paz", uma conferência realizada no Carter Center e na Emory University. As numerosas publicações de Ted Runyon incluíam mais notavelmente The New Creation: John Wesley's Theology Today”. [38] 

Um outro livro seu: “Repensando a teologia de Wesley para o metodismo contemporâneo”.[39]

Foi ganhador do primeiro Prêmio Emory Williams de Ensino Distinto da Candler School of Theology.

 

 

 



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[10] Pesquisa: Em 1925, a Igreja Metodista, junto com a Igreja Presbiteriana, Congregacional e Associação de Igrejas Locais da União, formaram a Igreja Unida do Canadá. https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Unida_do_Canadá

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[39] https://scholar.google.com/ccitations?user=ez6BO6cAAAAJ&hl=en

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