Vinho Novo em Odres Novos
Odilon Massolar Chaves
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Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de
fevereiro de 1998.
Livros publicados na Biblioteca Digital
Wesleyana: 646
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Foto capa: https://portalamoregraca.com.br/_site/mobile/espiritual/noticias/o-vinho-novo
Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista
na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio
público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da
Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.
Rio de
Janeiro – Brasil
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Índice
· Introdução
· Como superar uma perda
· De fugitivo a libertador
· Da vida estéril à vida cheia da graça
· De amaldiçoado a abençoado
· Histórias semelhantes, finais diferentes
· Uma personalidade tratada por Deus
· Fechando as brechas
· Sete mergulhos para a vitória
· Sete passos para a cura
· Como ser um odre novo
Introdução
“Vinho Novo em Odres Novos” é um livro que traz esperança, trata sobre a superação e mudança de vida.
Temos visto centenas de pessoas serem curadas pela graça de Deus nas ministrações. Uns de uma forma mais simples, outros sendo necessária muita dedicação e perseverança de ambas as partes.
Há muitos anos ajudamos às pessoas a se libertarem e a serem felizes. Não somos psicólogos, apesar de termos conhecimento nessa área. Somos apenas servos do Senhor contando com a ajuda preciosa do Espírito Santo nos atendimentos.
Constantemente as pessoas agridem umas às outras. Uns sentem mais do que outros. As agressões podem trazer feridas emocionais. A Bíblia diz: “ferido como a erva, secou-se o meu coração” (Sl 102.4).
As feridas trazem enfermidades. A Bíblia adverte: “Cuidado para que ninguém se torne como planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno” (Hb 12.15).
Uma pessoa ferida sente dor, reage com violência, perde o equilíbrio, sente instabilidade e falta de paz. Uma pessoa ferida não consegue ter intimidade com Deus.
Por isso, temos que cuidar das feridas emocionais para que não tragam doenças e a própria morte. Conhecemos muitas pessoas que ficaram magoadas, passaram a ter ressentimentos e raiz de amargura. Como consequência, passaram a ter úlcera, pressão alta, desânimo, depressão e até síndrome do pânico.
Pessoas feridas precisam ser curadas de forma adequada e profundamente: “Curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jr 6.14).
O propósito do Senhor é curar: “Eu curarei as vossas rebeliões” (Jr 3.22). Diz mais: “Ouviu o Senhor a Ezequias, e sarou a alma do povo” (2Cr 30.20).
Nós podemos ser curados através da fé e posse dos méritos de Jesus na cruz. Somos perdoados mediante a fé e alcançamos a paz (Rm 5.1). Jesus é a nossa paz (Ef 2.14).
Somos curados através do perdão. Perdoar quer dizer desatar cadeias, ataduras. Quem não perdoa está preso aos espíritos, está em trevas.
Quem age contra nós, deve ser perdoado, para sermos perdoados pelo Pai (Mt 18.21-35).
Somos curados também quando recebemos o amor. O amor cobre multidão de pecados. O amor é o remédio criado por Deus para sarar as feridas emocionais. A Bíblia diz: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31.3).
Somos curados ainda quando Jesus visita o nosso interior, o arquivo da nossa vida, retira os traumas emocionais e remove as raízes de amargura. É obra do Espírito Santo.
Nós herdamos sentimentos, pensamentos, costumes, crenças que nos prejudicam: “Nossos pais herdaram só mentiras e coisas vãs, em que não há proveito” (Jr 16.19).
Nem sempre percebemos o que há em nós, pois já faz parte da nossa personalidade. Só a ação do Espírito Santo, como aconteceu com Pedro (Atos 10.9-35), é que poderá nos conscientizar e curar.
A Bíblia está cheia de exemplos de homens e mulheres de Deus que foram tratados, curados e se tornaram instrumentos de Deus. Tornaram-se odres novos.
Esse segredo bíblico está nas entrelinhas, ele é sutil, simples e profundo. Deus agiu de diversas formas para curar seus servos e servas.
Nesse processo de cura, está sempre presente a graça de Deus e a ação do Seu Espírito.
Este livro tem a participação especial de Eliede Castro Massolar.
Vinho novo em odres novos "refere-se à passagem bíblica em que Jesus explica que sua mensagem e o novo relacionamento com Deus não podem ser contidos nas velhas estruturas e tradições religiosas da época, que eram inflexíveis e não estavam prontas para a renovação espiritual que Ele trazia.”. [1]
Este livro quer ajudá-lo a tomar consciência das enfermidades existentes e, também, trazer a cura para a sua vida, levando-o a deixar de ser um odre velho para ser um odre novo e receber o vinho novo do Senhor.
Autor
Como superar uma perda
As perdas são inevitáveis. Uma perda esperada pode ser até um alívio. Como exemplo, cito o caso de uma pessoa sofrendo durante muito tempo em uma cama sem chance de ser curada. Sua morte pode significar até mesmo alívio para ela e para a família.
Mas algumas perdas são muito sofridas. Especialmente, se for resultado de uma agressão à vítima ou por causa de um acidente.
Na nossa vida diária perdemos e ganhamos algo. Algumas perdas são trágicas e marcam profundamente a nossa vida.
Perder um pai ou uma mãe na infância não é a mesma coisa que perdê-los na vida adulta.
Perder um parente de forma trágica não é a mesma coisa que perder um parente que já esperávamos, ou até achávamos que era o melhor para ele.
O valor que damos a algo que perdemos também marcará, ou não, a nossa vida. Quem está muito ligado aos bens materiais e tem o carro roubado entrará em desespero. Mas quem tem a sua vida centralizada na vontade do Senhor vai superar com mais facilidade.
Paulo fez algumas famílias perderem seus queridos, pois perseguia a Igreja de Jesus (Atos 9.1-2). Estevão foi uma dessas pessoas. Foi apedrejado com o consentimento de Paulo (At 8.1-3). Muitos sofreram por causa dessa perseguição.
Mas Paulo foi transformado pelo poder de Jesus e passou a ser um defensor de Jesus (Atos 9.3-19). Isso o levou a perceber que ganhou algo muito precioso: o Senhor Jesus e não lamentou o que havia perdido no mundo, que ele considerava lixo.
Ele perdeu coisas, mas ele declarou: “Sim, deveras considero tudo como perda por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Fp 3.8).
Ele conclui: “(...) por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3.8).
Paulo colocou o seu alvo conhecer a Cristo e experimentar o poder da ressurreição, por isso, ele deixou tudo para trás (Fp 3.10).
Existem ainda outras perdas que podem nos marcar: emprego, prestígio, casamento, um membro do corpo, casa, carro, etc.
Nós não devemos esconder a dor. Temos que pôr para fora o que sentimos, caso contrário, isso trará depois consequências negativas. Não podemos negá-las. Na cultura judaica um luto leva 40 dias. Tempo para a pessoa assumir a perda e procurar superar a sua dor.
Certa vez, uma senhora ouvia a minha fita de cura interior que ministrava em cada fase da vida. Quando ela ouvia sobre o período da infância, começou a chorar sem parar. Sua irmã correu para ajudá-la. Depois, ela se acalmou e com o passar dos dias voltou a sorrir. A vida toda ela havia vivido triste e não chorava. Quando era pequena, perdeu a mãe e ninguém a ajudou a superar aquele momento. Ela conteve o choro e, por isso, ficou doente. Quando abriu o seu coração, ela superou um trauma que tinha desde a infância.
O psiquiatra e pastor Fábio Damasceno em seu livro Psicologia do Perdão descreve as etapas, as sequências vivenciadas
diante da perda. Toda essa sequência não acontecerá necessariamente no processo
de cura pela perda:
1. Negação da perda
Por isso essa fase pode durar alguns dias, semanas ou até durante boa parte da vida. A pessoa diz: “Não, não é possível! Não aconteceu! Não acredito nisso! Não foi bem assim”.
A primeira atitude de muitas pessoas diante de alguma perda é a negação. Essa negação do fato dura, geralmente alguns minutos, mas podem durar algumas horas, dias e até a vida toda.
A negação é, até certo ponto, pode ser saudável, pois nos dá tempo para
podermos ir gradativamente entrando em contato com aquela realidade difícil.[2]
Isso acontece mais com uma perda violenta e sofrida.
2. Confronto com a
realidade
Essa fase acontece quando a pessoa se permite andar mais um pouco. Ela decide enfrentar a dura realidade.
Sentimentos, então sofridos, começam a invadir a sua alma. A pessoa se dá conta do que realmente aconteceu.
Ela atravessa um vale sofrido e passa a ter uma consciência maior da situação.
3. Fase da revolta
É a reação de
uma pessoa que não se conformou com a perda. Costuma se irar e até arranjar um
culpado. Os sentimentos ficaram feridos.
Irar não é
necessariamente errado. Jesus, que era sem pecado, algumas vezes se irou. A
Bíblia diz em Efésios 4.26: “Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a
vossa ira”.
Às vezes, a
pessoa revoltada exige até explicações de Deus. Essa atitude retarda o processo
de cura.
Mas é melhor
desabafar do que guardar esses sentimentos. Não enganamos a Deus. Ele conhece
nossos corações. É melhor desabafar.
4. Fase da rendição
É o momento em que quem sofreu passa a aceitar a perda. Reconhece que não pode mudar a realidade. Só pode mesmo aceitá-la.
Essa atitude ajuda no processo de cura. A revolta não permite que avancemos para essa fase da rendição, pois ficamos presos ao passado.
Quando mais
nos distanciamos cronologicamente do fato mais possibilidades temos de superar
a perda. Quanto menos sentimentos estão envolvidos na perda mais temos
possibilidade de apressar a cura.
5. Cicatrização
Após essa fase, a ferida aberta vai se cicatrizando lentamente e parando de doer.
A atitude saudável é voltar aos poucos à vida normal. Não é necessário sentir a dor eternamente.
A cicatrização não nos faz necessariamente esquecer o fato, mas vamos lembrar-nos dele sem sofrimento.
A cicatrização não irá retirar a saudade de um querido que partiu.
Alguns fatos podem ajudar a cicatrizar mais rapidamente a ferida
Perdi um dos meus irmãos de forma trágica. Isso me trouxe angústia durante um bom tempo. Um dia, porém, tive um sonho. Sonhei com esse meu irmão sorrindo e dizendo que eu não deveria me preocupar mais, pois o lugar que ele estava era muito bom. Isso me deu tranqüilidade e paz.
Quando estamos na dependência de Deus, nós vamos ter a cicatrização mais rápida. Jó, nas perdas, declarou: “O SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21).
A consciência de Jó era de ter vindo a esse mundo sem nada. Ele sabia que sem nada também voltaria (Jó 1.21). Por isso, ele não blasfemou contra Deus. Sempre o louvou.
Para superar uma dor precisamos de uma ajuda, de um apoio, de fortalecimento. Paulo encontrou em Jesus: “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Ele chegou a declarar: “(...) mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12.9).
Sua fé era de que Deus conforta os abatidos (2Co 7.6). Diz ainda:
“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de
glória, acima de toda comparação” (2Co 4.17). Ele aprendeu a superar a dor e a
tribulação pela graça de Deus.
Muitas mulheres perderam a capacidade de gerar filhos. Isso pode trazer angústia, sofrimento e frustração. Mas isso pode ser compensado com uma ação amorosa na área social ou na área espiritual fazendo discípulos e gerando filhos e filhas na fé etc.
Outras se tornam líderes usando sua capacidade fazendo a diferença na sociedade. Outras ainda passam a ser pastoras, missionárias ou excelentes companheiras de seus maridos.
Conheço mulheres que agiram assim. Foram cheias da graça de Deus.
Para ser um odre novo, você precisa aprender a superar a dor da perda entregando-a para Jesus e buscando nele o consolo e o alívio através da Sua paz.
De fugitivo a libertador
Na vida encontramos muitas pessoas marcadas, feridas, traumatizadas, mas que foram curadas nas ministrações que fizemos.
Uma pessoa com dificuldades emocionais, geralmente é marcada negativamente. Quando é curada e se torna um odre novo, ela passa a ser um instrumento do Senhor.
Foi o que
aconteceu com Moisés. Muitos só se lembram do Moisés salvo no Rio Nilo, criado
na casa de Faraó e tendo encontrado o Senhor no Monte Sinais. Mas Moisés foi
muito marcado negativamente em sua vida.
Quais eram as
dificuldades de Moisés?
- Moisés matou o
Egípcio;
- Teve medo e fugiu do Egito;
- Não se sentiu capaz e rejeitou,
inicialmente, o chamado de Deus;
- Revelou ter grandes dificuldades de se comunicar;
- Demonstrou insegurança de voltar ao Egito.
A origem das suas
dificuldades
Nasceu num ambiente de insegurança e violência
Moisés nasceu em um ambiente onde a família
vivia num contexto de violência e falta de liberdade.
O ambiente era de medo e morte. Faraó ordenou: “se for filho, matai-o” (Ex
1.16).
Moisés precisou ser escondido pelos seus pais para ser salvo.
Quantos medos foram passados para ele?
Sentimento de abandono
Quando a filha de faraó o achou num cesto, no rio Nilo, “o menino chorava” (Ex 2.6). O bebê Moisés chorava pela situação de medo, de separação de seus pais e até pelo sentimento de rejeição, pois sua família o deu para outra família.
Dificuldades com a sua identidade
Quando Moisés cresceu: “Sendo o menino já
grande, ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe
chamou Moisés” (Ex 2.10).
Não foi tão fácil a situação de
Moisés.
Ele teve várias mudanças forçadas em sua vida:
- mudou de família,
- mudou de casa;
- mudou de mãe;
- mudou de convívio;
- mudou de Deus;
- mudou de nome.
Qual era a sua identidade?
Toda essa situação trouxe grandes dificuldades para Moisés. Ele se tornou um
odre velho.
Um odre velho
não consegue manter a graça de Deus.
As dificuldades
emocionais adquiridas
Como consequência, Moisés passou a agir negativamente:
- Tornou-se um assassino:
Ele matou o egípcio que maltratava o hebreu e escondeu o corpo na areia (Ex 2.11-12).
Provavelmente, Moisés carregava dentro de si um ódio pelos egípcios porque desde o ventre materno percebeu a agressividade dos egípcios contra os hebreus, que foi transmitida pelos seus pais e parentes.
- Revelou ter baixa auto-estima quando Deus o chamou para ir falar ao
rei do Egito:
“Quem sou eu para ir a Faraó” (Ex 3.11; 4.1);
Apesar de ser criado numa corte, Moisés era um plebeu, um intruso colocado pela filha rebelde do faraó. Ele não se sentia seguro e amado;
- Moisés revelou ter dificuldades de se comunicar (Ex 4.10).
Uma possibilidade para isso ter acontecido é que desde o seu nascimento Moisés foi bloqueado e impedido de chorar para não despertar os egípcios e assim ser morto.
- Moisés revelou insegurança pedindo para Deus enviar outra pessoa (Ex
4.13);
Moisés não se sentia seguro por tudo que passou na infância e por não ter uma
identidade própria.
- Moisés, por um
momento, viu Deus como sendo um mal
Moisés reage e pergunta a Deus porque é que Ele trata o povo tão mal e não faz
nada para ajudá-lo (Ex 5.22-23).
No fundo, Moisés estava transferindo a imagem ruim e agressiva que ele tinha do
seu “pai Faraó” para Deus ou até a imagem de “abandono” do seu verdadeiro pai. Muitos
não conseguem sentir Deus como Pai por causa de suas dificuldades com o seu
próprio pai.
Contribuíram para sua cura
-O acolhimento familiar
A fugir para o deserto, ele foi acolhido
por Jetro: “Chamai-o para que coma pão” (Ex 2.20).
Moisés se sentia rejeitado pela família e não aceito pela família de Faraó. Ao ser acolhido por Jetro sentiu apoio, confiança e segurança.
A família é fundamental para a estabilidade do nosso ser.
- Um casamento abençoado
Causou-se com Zípora, filha de Jetro, que significa passarinho (Ex 2.21).
A ternura de sua esposa o ajudou no tratamento. Um casamento abençoado traz equilíbrio, paz e esperança.
- Contato com a natureza
Ele passou a viver na tranquilidade da natureza: “Apascentava Moisés o rebanho
de Jetro” (Ex 3.1).
Moisés saiu de um ambiente de violência e idolatria para um lugar de paz.
O estresse de hoje causado pelo caos do nosso trânsito e pelas exigências de uma sociedade cada vez mais eletrônica prejudica a saúde física, emocional e espiritual.
A harmonia com a natureza traz bem-estar e revigora a alma.
- A influência espiritual de Jetro
Jetro era sacerdote de Mídiã (Ex 2.16).
Jetro (Excelência) ou Reuel (Amigo de Deus - Ex 2.18) eram a mesma pessoa.
Essa convivência com Jetro foi uma Escola de Treinamento para o posterior encontro
pessoal com Deus. A figura paterna e amorosa de Jetro foi positiva para Moisés.
-Encontro
pessoal com Deus
Deus proporcionou um encontro pessoal com
Moisés e o chamou pelo nome despertando-o para a sua identidade (Ex 3.1-4) e
para a sua autoestima.
Deus o chamou pelo nome: “Moisés! Moisés!” (Ex 3.4). Isso certamente trouxe à memória de Moisés a sua ligação com os seus antepassados: “Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Ex 3.6).
- O Senhor proporcionou segurança interior
O Senhor procurou dar segurança para
Moisés dizendo que estaria com ele quando
fosse falar com o rei do Egito (Ex 3.11-12): “Eu serei contigo” (Ex
3.12).
O Senhor usou
de pedagogia e passou segurança quando disse a Moisés que seu irmão Arão
falaria por ele e que Ele (Deus) os ensinaria (Ex 4.13-16): “Tu, pois, lhe
falarás e lhe porás na boca as palavras; eu serei com a tua boca e com a dele e
vos ensinarei o que deveis fazer” (Ex 4.15); “Ele falará por ti e ao povo” (Ex
4.16).
O resultado
da cura
- Moisés, posteriormente, falou a faraó com autoridade: “E disse Moisés a Faraó: Digna-te dizer-me quando é que hei de rogar por ti, pelos teus oficiais e pelo teu povo, para que as rãs sejam retiradas de ti” (Ex 8.9);
- Moisés foi instrumento de libertação do povo de Deus: “Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível” (Hb 11.27);
- Moisés de violento passou a ser o homem mais manso daquele tempo: “Era o varão Moisés mui manso, mais que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3);
- Moisés
passou a ser um intercessor junto a Deus: “Assim,
tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, o povo cometeu grande pecado, fazendo
para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa-lhe pecado; ou, se não, risca-me,
peço-te, do livro que escreveste” (Ex 32.31-32).
Fatos que ajudaram Moisés no processo de cura:
- Acolhimento familiar
- Um casamento abençoado
- Contato com a natureza
- Apoio ou influência espiritual
- Encontro pessoal com Deus
- Segurança interior proporcionada pelo Senhor
Você também pode alcançar essa cura. Nós não iremos necessariamente passar por todo esse processo, mas o mesmo princípio se aplica a nós hoje também: Deus nos ama e quer a nossa restauração e sonha que tenhamos vida em abundância.
Jesus já pagou um alto preço pelos nossos pecados para nos livrar.
A cura pode levar um bom tempo. Uma cura não se realiza num determinado momento relâmpago ou de um jeito fácil. Ela tem um preço: dedicação e perseverança.
O processo de cura de Moisés pode ter levado mais de 40 anos (At 7.30).
A história de Moisés é semelhante à história de muitos de nós hoje. O nosso processo de cura pode ser também semelhante ao de Moisés.
O que vai fazer a diferença é desejarmos e perseverarmos para alcançar essa cura.
Para ser um odre novo, você precisa buscar seu processo de cura e crer que Jesus estará sempre ao seu lado.
Da vida estéril à vida cheia
da graça
Podemos sair de um deserto para uma terra
fértil?
A história de Ana ensina que sim. Este texto
mostra como tudo começou: “E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e
teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao
Senhor” (1Sm 1.20).
A
história de muitas pessoas
A história de Ana (significa graça) é a
história de muitos de nós. Ela se casou e depois viu que era estéril. Ficou com
isso frustrada. Naquela época era fundamental a mulher ter filhos. Ela vivia
quase que exclusivamente para isso.
Nós também temos sonhos, mas por causa das
lutas parece que eles nunca irão se realizar.
A vida fica como um deserto e ficamos
paralisados quando chegamos ao nosso limite. Às vezes, achamos que
Deus não nos ama, pois não temos aquilo que sonhamos.
Deus deseja a felicidade de todos. Temos que ter essa perspectiva e
descobrir as raízes que nos atrapalham e o que precisamos fazer para
sermos felizes. Depois basta ter a fé de ousadia e a perseverança.
A história de Ana nos ajuda a seguir os passos para a bênção:
1. Não desista de seus sonhos só por causa dos problemas que surgem
Na nossa vida sempre teremos
oposição ou lutas. As provas fazem parte do processo de nosso crescimento
espiritual.
Lembre-se de José do Egito que foi desprezado pelos seus irmãos.
Como Ana, às vezes,
sofremos críticas ou oposição:
- De uma
forma bem consciente: “E a sua rival a provocava excessivamente para a
irritar, porquanto o Senhor lhe havia cerrado a madre” (1Sm 1.6).
- De uma forma equivocada: “E
disse-lhe Eli: “Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti esse vinho” (1Sm 1.14).
Lembre-se sempre das promessas do Senhor para
sua vida e para os filhos e filhas de Deus.
Como diz a
letra de um hino:
“Não é dos fortes a vitória
nem dos que correm melhor,
mas dos fiéis e sinceros
que seguem junto ao Senhor”.
2.
Não deixe que os problemas emocionais fiquem sem solução pois eles atingem todo
nosso ser. São entulhos no caminho dos nossos sonhos
Ana sofria e acumulava males dentro de si:
"E assim o fazia ele de ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia à Casa
do Senhor, a outra a irritava; pelo que
chorava e não comia" (1Sm 1.7).
Veja o que Ana sentia por causa de seu
sonho fracassado:
- Ela chorava e não comia (1Sm 1.7).
- Tinha amargura de alma (1Sm 1.10).
- Era atribulada de espírito
(1Sm 1.15).
- Vivia em ansiedade e aflição
(1Sm 1.16).
3. Enquanto não
resolvermos nossos problemas emocionais não teremos plena alegria
- O
marido de Ana a amava e cuidava dela: "A Ana, porém dava porção dupla,
porque ele a amava, mesmo que o SENHOR a houvesse deixado estéril" (1Sm
1.5).
- Ana sentia-se rejeitada por Deus
porque não tinha filhos e ainda sentia-se mal porque sua rival sempre a
magoava: “Penina tinha dois filhos; Ana, porém, não os tinha” (1Sm 1.2). “E a
sua rival excessivamente a irritava” (1Sm 1.6).
Ela se sentia rejeitada por Deus e vivia
magoada e, por isso, não conseguia ser feliz, mesmo seu marido sendo um bom
homem e demonstrando amor por ela.
4. Para sermos
curados e restaurados é necessário derramar nossa alma perante o Senhor
Sobre Ana a Bíblia diz: “tenho derramado
a minha alma perante o SENHOR" (1Sm 1.15).
Precisamos chorar aos pés do Senhor. Jogar
todo lixo do nosso interior nas mãos do Senhor. O sangue de Jesus nos purifica
de todo pecado. Seu Espírito derrama o amor em nossos corações e nos cura.
5. A chave para
abrir as portas do mundo espiritual é dando de todo o coração o que temos de
mais precioso para Deus
“E fez um voto, dizendo: SENHOR dos
Exércitos, se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te
lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao
SENHOR o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não
passará navalha” (1Sm 1.11).
Essa atitude abriu as portas para Ana.
6.
É necessário ter um desejo ardente e expressar claramente esse desejo
A Bíblia diz: “Demorando-se ela no orar
perante o SENHOR” (1Sm 1.12).
Ana falou claramente ao Senhor o que
desejava: um filho varão.
- Tenha um objetivo claro
"A fé é a certeza das coisas que se
esperam, a convicção de fatos que se não veem” (Hb 11-1), ou seja, certeza das
coisas nítidas, objetivos claros, que se esperam. Se você tiver uma vaga idéia
de sua meta, então Deus não saberá o que fazer para responder a sua oração. É
preciso ter uma meta clara e definida.
- Tenha um desejo ardente de alcançar o
objetivo
Se você já tem um
objetivo definido e consegue visualizá-lo, agora precisa ter um desejo ardente
de alcançar este objetivo.
Em Provérbios 10.24 está escrito: "(...)
o anelo ardente dos justos Deus o cumpre", e em Salmo 37.4 diz:
"Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração”.
Precisamos ter este desejo ardente no
coração, e se não o temos, então devemos pedir a Deus e esperar pacientemente
que Ele nos conceda.
Se tivermos o desejo ardente, então teremos
resultados.
7. Tome posse da
bênção sacerdotal
“Então, lhe respondeu Eli: Vai-te em paz, e o
Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe fizeste” (1Sm 1.17).
Não aceite as desgraças dos seus antepassados
em sua vida. Você faz parte do povo de Deus. O Senhor nos fez promessas de
bênçãos.
Profetiza, declare a tua bênção, louve ao
Senhor. Tome posse da tua bênção.
8. Quando
entregamos tudo nas mãos do Senhor somos restaurados
Ana disse para o sacerdote: “Ache a tua
serva mercê diante de ti. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o seu semblante
já não era triste” (1Sm 1.18).
Jesus veio para levar nosso fardo. Ele disse:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei” (Mt 11.28).
“Entrega teu caminho ao SENHOR, confia nele e
o mais Ele fará” (Sl 37.5).
9. Quando
entregarmos tudo nas mãos do Senhor devemos passar a glorificá-lo e
deixar que o Espírito gere vida e o Senhor traga à existência aquilo que ainda
não existe
- “E
levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e chegaram
à sua casa, a Rama” (1Sm 1.19).
- "Então, orou Ana e disse: O meu
coração se regozija no SENHOR; a minha força está exaltada no SENHOR; a minha
boca se ri dos meus inimigos, porquanto me alegro na tua salvação" (1Sm
2.1).
Princípios para sermos vencedores
A história de Ana é a história de muitos de
nós. Temos nossos sonhos, mas passamos por lutas imensas. A história de Ana nos
mostra que é possível tornar sonhos em realidade:
1. Quando agimos por fé e de acordo com a
vontade do Senhor Ele age em nossas vidas
“Ela concebeu, e, passado o devido tempo, teve
um filho, a que chamou de Samuel, pois dizia: do SENHOR o pedi” (1Sm 1.20).
Ana se deu ao Senhor e Ele lhe deu o filho
que ela tanto queria. Deus realizou seu sonho.
2. Quando damos algo ao Senhor de coração
receberemos muitas vezes mais
“Abençoou, pois, o SENHOR a Ana, e ela concebeu
e teve três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do
SENHOR" (1Sm 2.21).
Ana deu seu único filho, aquele que ela tanto
sonhou. Deus, contudo, depois, lhe deu cinco vezes mais. A Bíblia diz que
é dando que se recebe. É mais bem-aventurado dar do que receber.
3. Nossos sonhos são realizados quando nos
adequamos aos sonhos de Deus para nós
Ana tinha um sonho. Deus também tinha um
sonho para aquele momento histórico. O sonho de Deus era levantar um novo
líder para o povo de Israel. O sacerdote Eli e seus filhos não andavam de
acordo com a vontade de Deus.
Ana se adequou aos sonhos de Deus e o seu
sonho foi também realizado. Ana gerou Samuel e através desse filho ele
ungiu os dois primeiros reis de Israel: Saul e Davi.
Somos iguais a Ana. Se você tem sonhos, Deus
tem também sonhos para realizar em sua vida. Procure ouvir o Senhor, deixar Ele
agir e seguir os passos de Ana para você ser abençoado.
Não deixe o inimigo, os invejosos, as lutas diárias matarem seus sonhos. Se seus sonhos estão de acordo com os sonhos de Deus, eles serão realizados:
De amaldiçoado a abençoado
Algumas pessoas nascem com a asa quebrada e não podem voar. Nascem com
problemas sérios. Na estrada da vida, estão sujeitas a ficarem pelo caminho ou
a serem “devoradas pelos lobos”.
Sim, há pessoas que nascem também em um ambiente tão negativo que,
geralmente, pensamos que o seu futuro será sombrio. Outras até acreditam que
têm um carma, um destino ruim traçado por Deus. Só um milagre poderia mudar o
rumo de suas vidas.
Pode um pássaro de asa quebrada voar?
Pode uma oração mudar radicalmente a nossa vida?
Orar é entrar em contato com as possibilidades infinitas que há em
Deus. Foi Jesus quem disse que tudo que pedirmos com fé Deus nos atenderá. Ele
disse "tudo". Então é possível voar! Podemos ir além dos nossos
limites humanos.
A história de Jabez nos mostra essa verdade. Ele nasceu marcado pelo seu
nome que significa "dor" ou "que causou dores". Ele nasceu
com a asa quebrada. A Bíblia diz: "(...) sua mãe chamou-lhe Jabez,
dizendo: Porque com dores o dei à luz" (1Cr 4.9).
O nome significava o que a pessoa era e como seria o seu futuro, a
sua vida.
Uma pessoa marcada pela dor é o que Jabez seria. Na sua vida sentimental
ele teria decepções. Na vida profissional nada daria certo por mais que se
esforçasse. Era o que ele visualizava para seu futuro. Certamente, por causa
disso, muitos evitaram entrar em contato com Jabez. As pessoas tinham receio de
pegar o mal que havia nele. Afinal, estar em contato com uma pessoa assim é se
arriscar a sofrer também. Sentimentos de rejeição e a baixa autoestima
possivelmente estavam no coração de Jabez.
Por outro lado, ele poderia desenvolver um ressentimento contra a sua
mãe e o próprio Deus. Afinal, foi ela quem colocou o nome nele e foi Deus quem
permitiu que isso acontecesse.
"-Ah! Senhor, porque permitistes acontecer isso comigo?"
Não é assim que muitos procedem?
Jabez, porém, tomou uma atitude que mudaria sua vida: buscou a Deus. Diz
a Bíblia: "Jabez invocou o Deus de Israel" (1Cr 4.10).
O que o teria levado a buscar uma mudança em Deus?
Será que foi seu desespero ou inconformismo?
Será que foi uma palavra de esperança que ouviu em algum lugar? Será que
foi uma mensagem bíblica ou a palavra de uma pessoa amiga?
Garrincha foi um “pássaro” que nasceu com a asa quebrada. Ele tinha
as pernas tortas e se tornou um fenômeno no futebol. Ele foi bi-campeão
mundial de futebol. Alguém um dia resolveu lhe dar uma chance e ele foi um
vencedor. Garrincha voou.
Uma palavra de esperança na hora mais difícil pode apontar um novo rumo
para aquele que está em desespero e pode dar um suporte ao fraco para ele
levantar vôo. Uma palavra de estímulo pode ajudar uma pessoa a sair de sua
situação negativa e ser vitoriosa.
Li a história de Luanne Bellarts ([3])
que nasceu com paralisia cerebral. Ela só conseguia mexer um dedão de um pé.
Podemos dizer que Luanne estava marcada para ser uma inútil.
Contudo, seus pais eram cristãos e lhes ensinaram sobre verdade,
confiança, fé e amor. Luanne aprendeu digitação utilizando apenas o dedão do pé
e escreveu o livro "Pássaro de asa quebrada". Na verdade, ela nasceu
com as duas asas quebradas. Ela escreveu como transformar os problemas em
triunfo e a tragédia em vitória.
Jabez fez uma oração que mudou radicalmente sua vida. Nela estão quatro
pedidos registrados em 1Crônicas 4.10:
1. "que me abençoes
2. e me alargues as fronteiras,
3. que seja comigo a tua mão
4. e me preserves do mal de modo que não me sobrevenha aflição!"
Por ter uma marca negativa desde o nascimento Jabez sabia que só seria
vitorioso, se anulasse esse mal com a bênção de Deus. Por isso pediu primeiro a
bênção. Jabez usou de sabedoria. São pedidos feitos a Deus com a direção do
Espírito Santo. Às vezes, nem sabemos como orar e, por isso, perdemos a bênção.
Ele demonstrou que queria ir além da mesmice das pessoas do seu tempo ao
pedir que "me alargues as fronteiras". Deus age na medida da nossa
fé. "Seja feito segundo a sua fé". Jesus disse isso um dia para
alguém que lhe pediu cura.
Jabez pediu o que de mais
precioso podemos ter: a presença de Deus: "que seja comigo a tua
mão". Ter o Senhor ao nosso lado é a garantia da paz, amor e vitória.
Por fim, ele pediu livramento: "e me preserves do mal de modo que
não me sobrevenha aflição". Com essa oração as dores pré-determinadas para
a sua vida foram anuladas.
A Bíblia diz que "E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido” (1Crônicas
4.10). Uma oração simples, mas feita do fundo do coração. Uma oração feita ao
chegar no limite de sua resistência e no limite de sua capacidade.
O texto sobre Jabez começa dizendo que ele foi "mais ilustre do que
seus irmãos" (1Cr 4.9). Teve mais sucesso. Foi mais além.
Qual o motivo?
É provável que seus irmãos se conformaram com a vida que levavam ou
confiaram apenas em seus próprios méritos. É possível que tivessem nomes
inadequados colocados também pela falta de sabedoria de sua mãe e tenham
aceitado isso como um destino de Deus para suas vidas. Com ou sem nomes
inadequados eles tinham a asa quebrada e não souberam como voar.
A oração de Jabez nos ensina que o rumo sombrio de nossa história pode
ser mudado, se confiarmos no ilimitado poder que há em Deus e o buscarmos de
todo o coração.
A Bíblia diz: “Mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem
com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” (Is
40.31).
Não se conforme com as dificuldades. Deus nos chama para conquistas. Vá em frente!
Para ser um odre novo, você precisa desejar sair da situação negativa em que se encontra e buscar alcançar as promessas do Senhor.
Histórias semelhantes, finais diferentes
Jefté e José foram dois personagens bíblicos com histórias semelhantes, mas que tiveram resultados de vida completamente diferentes.
Ambos foram rejeitados por seus irmãos. Jefté recebeu a indiferença do seu pai e José recebeu o amor de seu pai. Ambos saíram de suas casas. Cada um reagiu à situação de forma diferente e ambos tiveram resultados diferentes.
O que podemos aprender na história de cada um poderá nos ajudar em nossa caminhada e ao final feliz que tantos almejamos na vida – a felicidade e paz.
“Era, então, Jefté, o gileadita, homem valente, porém filho de uma prostituta; Gileade gerara a Jefté” (Jz 11.1). Seus irmãos não o aceitavam em casa. Não queriam dividir a herança de seu pai. A vida em família tornou-se tão insuportável que Jefté teve que sair de casa. Ele não tinha uma família que o amava.
Havia um abismo profundo na vida de Jefté. Um vazio criado pela falta de imagem positiva da sua mãe; a falta de apoio e amor do pai e a rejeição de seus irmãos adotivos.
Jefté não tinha um referencial familiar e a imagem positiva de amor de seu pai. Ele não foi abençoado. Sabemos que o diabo trabalha justamente no referencial do pai para que assim possa ser destruída a imagem de Deus-Pai dentro de nós.
O diabo destrói a referência da mãe consoladora e assim fica difícil sentir a presença do Espírito consolador.
Assim podemos entender porque tantas pessoas não conseguem amar a Deus e se firmarem na fé, em seus ministérios e na igreja.
Muitos de nós temos em nossa vida um pouco ou muito da vida de Jefté. Conheci uma senhora que veio para oração com um referencial de família destruído. Ela nunca conheceu seu pai e sua mãe a tratava com grosseria e indiferença. Por isso, apesar de ser uma jovem bem casada, evangélica, ela não queria ter filhos. Ela nunca se sentiu amada.
O vazio deixado pela falta do pai e pela falta de carinho da mãe criou em seu coração uma profunda tristeza e revolta. Como ela poderia gerar um filho e se doar totalmente, se, ela própria estava carente desde criança e com sentimentos de rejeição e profunda amargura?
Jefté sentia o peso da rejeição dos seus irmãos que o expulsaram da casa de seu pai e lhe disseram: “não herdarás em casa do nosso pai, porque és filho doutra mulher” (Jz 11.2).
A maldição pesou sobre sua vida e ele fugiu de casa, sob o jugo da rejeição e acabou por se juntar com pessoas de má conduta na cidade de Tobe. Ele saiu de Gileade, a cidade do bálsamo e cura, para a cidade de Tobe, a terra da orfandade. Ela se sentia um órfão.
Muitos de nós nos sentimos assim, órfãos de pai ou de mãe. Sim, nos sentimos estranhos em família como a história do Patinho Feio que sai de casa por não se sentir amado.
Muitos carregam dentro de sua alma sentimentos amargurados de um passado de dor, de agressões, de estupros, de indiferença e mesmo que em adultos tenham uma vida em família, um trabalho e dignidade, a memória desse passado continua trazendo tristeza, depressão e muitos casos síndromes de pânico.
Quando isso acontece, faltaram a bênção, a proteção e a direção do pai. Faltaram em muitos casos o cuidado e o colo carinhoso da mãe. Em muitas famílias, os irmãos com ciúmes e carências, rejeitam uns aos outros.
Assim age o diabo em nossas vidas, roubando nossa maior identidade que é de filhos e filhas de Deus. Uma pessoa que não se sentiu amada também não se sente amada por Deus. E a mesma distância criada em sua família referencial passa a ser a mesma com relação a Deus e a Palavra de Deus. Não há intimidade e confiança.
Muitas vezes a pessoa vai para a igreja, se batiza com aquela alegria e logo depois volta e mesma vida de antes. Falta firmeza, falta fé, falta um referencial de amor. A pessoa vive ainda um passado que a puxa para trás.
Mas Jefté era um homem que buscava o Senhor. Ele foi chamado para comandar o povo de Gileade contra os amonitas. Ele fez um voto para o Senhor e o cumpriu.
“O Espírito do Senhor veio sobre Jefté (...) e fez Jefté um voto ao Senhor” (Jz 11.29-30). Mas as motivações do coração dele eram de revolta e agressividade.
O passado não pode impedir o trabalho de Deus na vida de uma pessoa. Deus está sempre olhando para quem o clama. Ele vê o seu coração e os seus anseios.
Ele quer que você seja um odre novo para receber o seu vinho novo, para abençoar outras vidas que também estão precisando de cura para suas feridas.
Existe uma grande diferença na história de José. Ele recebeu a bênção do seu pai e uma túnica especial de filho amado: “Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos (...) e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas” (Gn 37.3).
Talvez isso tenha feito toda a diferença na vida de José, apesar da rejeição dos seus irmãos, foi um vencedor. Ao contrário de José, Jefté guardou rancor pelos seus irmãos. E mesmo tendo feito um voto ao Senhor ele colocou sua família e sua casa numa situação de risco, quando ele disse:
“Quem primeiro da porta de minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do Senhor, e eu oferecerei um holocausto” (Jz 11.31).
Ele foi vitorioso nas batalhas, mas não foi assim na sua vida pessoal. Ele não usou a sabedoria de Deus e acabou colocando sua única filha numa situação de morte.
José teve um caminho diferente. Ele foi vendido pelos irmãos, foi escravo no Egito, foi preso injustamente. Mas sua mansidão, humildade, perdão e sabedoria de Deus o levou a ser Governador do Egito e a abençoar seu povo, seus irmãos e seu pai.
José viveu uma provação de 13 anos até ser governador. A bênção do seu pai o direcionou, o protegeu e o fez firme diante das adversidades e tentações.
Muitos não receberam a bênção de seu pai e continuam sem direção, sem saber o que fazer, sem firmeza, se comportando como crianças, adultos, mas fazendo coisas de criança e até prejudicando a vida dos outros.
Todos nós
precisamos da bênção do Deus-Pai e todos os dias nos firmarmos na certeza que
fomos criados à sua imagem e semelhança. Todos precisamos de esperança.
Nosso passado necessita ser curado, as feridas tratadas e fechadas. Precisamos crer no amor de Deus-Pai para nos sentirmos abençoados e fortes para seguirmos em frente.
Aquela senhora que falei no início deste capítulo buscou ajuda para a cura das suas feridas e, através da oração e do perdão, sua depressão foi sarada e hoje ela é mãe de uma linda menina. Ela deixou o passado sofrido na cruz de Jesus e escolheu uma vida de paz.
O Senhor quer curar a sua vida para te libertar das correntes do passado, para que haja paz interior, amor e alegria no coração. Ele quer que você se sinta filho e filha amados para que seus sonhos se realizem.
Assim como José, precisamos ter o Espírito de Deus habitando em nós para sermos sábios e vencedores: “Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus? (...). Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu” (Gn 41.38-39). José tinha a motivação da sua vida em Deus.
José teve um sonho. Ele olhou para adiante. Não deixou sentimentos de amargura dominarem sua mente. Sua mente estava ligada em Deus. E Deus fortalecia José dia-a-dia para vencer todos os obstáculos e dificuldades.
Se você também se sente rejeitado. Se você teve um passado triste.
Ore ao Senhor para te libertar de todo jugo do passado.
Trabalhe o perdão no seu coração. O mesmo que motivou José a perdoar seus irmãos.
Lembre-se de
Jesus que foi rejeitado e humilhado, mas liberou perdão na cruz.
Que Ele te dê força para perdoar e criar em você um coração puro onde o Espírito Santo habite e faça a diferença.
Você tem tudo para se transformar numa pessoa segundo o coração de Deus, ser cheia do Espírito Santo de Deus e ser um vencedor como José.
José não ouvia a voz de seus irmãos. Ele ouvia a voz de seu pai amoroso.
Devemos ter cuidado com o que nos falam. Não ouça seu passado sofrido. Ouça a voz de Deus-Pai falado ao seu coração como falou a Jesus: Tu és meu filho, minha filha amada.
Um odre novo
busca viver uma nova vida em Jesus.[4]
Uma personalidade tratada por Deus
Não existe pessoa tão ferida que não possa ser curada pelo toque de amor de Cristo.
Muitos homens e mulheres bíblicos foram transformados pela presença de Jesus em suas vidas. Os discípulos, principalmente, cada um com uma personalidade, se prostraram diante da humildade e do amor de Cristo. Maria Madalena, Zaqueu, a mulher samaritana e muitos outros tiveram suas vidas mudadas e curadas pelo toque amável do Senhor.
Em nossa caminhada, sofremos, ficamos vazios e nos decepcionamos com as pessoas significativas. Ficamos deprimidos e nos rebelamos fechando o coração. Costumamos transferir esses sentimentos para outras pessoas, principalmente para aquelas que convivemos intimamente. Passamos a adorar outros ídolos como o dinheiro, a sensualidade, as diversões do mundo, o celular, o facebook, uma pessoa, roupas, qualquer coisa para preencher o vazio da alma não sarada. Continuamos a repetir as mesmas práticas das pessoas.
Iludimo-nos que tantas coisas poderiam dar significado a nossa vida. Assim é a história de todos nós. Nossa personalidade ou identidade foi sendo construída ao longo dos anos, em meio a tantas pessoas e acontecimentos tristes ou alegres da nossa vida cotidiana.
Como é nossa personalidade hoje e o que estamos vivendo?
Muitos de nós crescemos com uma autoimagem deteriorada.
Assim também aconteceu com Paulo: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1).
Paulo era judeu, mas nascido como cidadão romano da cidade de Tarso. Seu nome, a princípio, era Saulo. Viveu em Jerusalém e foi aluno do mestre da lei de nome Gamaliel. Por ser fiel à tradição da lei judaica, perseguiu os cristãos até sua conversão.
Paulo, não só presenciou e consentiu no apedrejamento de Estevão, homem de Deus e cheio do Espírito Santo que pregava sobre Jesus e fazia milagres, como perseguia os cristãos, homens e mulheres, indo de casa em casa para levá-los para prisão. Conseguiu inclusive, uma autorização para ir à cidade de Damasco para prender os cristãos judeus que lá estavam residindo.
Ele tinha uma personalidade austera e convicções próprias. Ele viu muitas guerras, austeridade e mortes na sua infância vivendo dentro do Império Romano. Para ele tudo isto era certo. Mas será que ele estava agindo certo para Deus?
Foi no caminho para Damasco, que Paulo teve um encontro com o Senhor e a partir daí, tudo mudou em sua vida. A luz que vinha do céu brilhou e ele escutou a voz de Deus dizendo: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (At 9-4).
A luz o cegou e durante três dias nada comeu, nada bebeu e permaneceu em oração. Deus enviou Ananias para curá-lo. Ele foi batizado com o Espírito Santo e a partir daí passou para ter fé em Cristo, amar os cristãos e pregar o evangelho aos pagãos.
A presença do Espírito Santo em sua vida fez toda a diferença e ele passou a ser um instrumento nas mãos de Deus. Sua personalidade foi transformada.
De perseguidor se tornou um defensor do cristianismo. Ele mesmo diz: “Outrora era blasfemo, perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia porque agi por ignorância, na incredulidade. Superabundou em mim a graça do nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo” (1Tm 12-14).
Todos nós agimos tantas vezes assim. Repetimos o que aprendemos na infância e agimos muitas vezes de uma forma distorcida. Tantas vezes agressivos, explosivos, amargurados, tímidos, angustiados, adúlteros, briguentos, não convertidos, mas convencidos que é mesmo assim. Na verdade, dormindo para o poder que “ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3.4-5).
Nunca diga sou assim e não mudo, pois “foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gálatas 5.1).
Assim como nós, Paulo experimentou o sofrimento. Ele foi encarcerado diversas vezes, açoitado, exposto à morte repetidas vezes. Trabalhou arduamente; muitas vezes ficou sem dormir, passou fome e sede, e, muitas vezes, ficou em jejum, suportou frio e nudez (2Co 11.23-27).
Mas ele encarou o sofrimento sentindo que isso o aproximava mais para ser como Jesus. Ele foi testemunha de Jesus como Deus, Senhor e Salvador.
Paulo nunca
desistiu do seu propósito por causa de tribulações, lutas e provações, mas em
tudo foi mais que vencedor por amor e fidelidade a Jesus. No final de sua vida
afirmou: “Combati o bom combate, terminei a carreira e conservei a fé” (1Tm
4.7).
Muitos de nós precisamos desse lavar regenerador e renovador do Espírito Santo para que o amor de Cristo restaure nosso coração e nossa identidade semelhante à daquele que nos criou. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Você está conformado ou quer se tornar uma pessoa melhor diante de Deus?
Aprendemos na escola da vida, mas é hora de aprendermos do Senhor e termos nossa personalidade restaurada. Nossa verdadeira identidade é filhos e filhas de Deus, feitos a Sua imagem e semelhança, por Ele abençoados para ser luz do mundo e sal da terra. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá luz da vida” (Jo 8.12).
Como diz a Palavra de Deus em 2 Crônicas 7.14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”
Nossa vida precisa ser tratada e sarada pelo Senhor. Não podemos nos conformar só com o que aprendemos em nossa família, na escola, na sociedade, etc. Precisamos colocar nossa personalidade diante do Senhor, com humildade, quebrantamento e buscar Nele a restauração para ser uma pessoa segundo o coração de Deus.
Muitos de nós carregamos um jugo pesado do passado e nos tornamos escravos de emoções perturbadoras. Muitos viram brigas em suas famílias e continuam brigando; muitos viram bebedeiras e continuam bebendo; muitos viram adultério e continuam adulterando; muitos ouviram palavras duras e continuam falando palavras duras; muitos viveram em ambiente de depressão e têm depressão também em suas vidas.
Até quando vamos continuar a repetir as coisas de criança? É tempo de crescer!
”Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para traz as coisas de menino” (1 Coríntios 13.11).
É tempo de amadurecer e deixas as coisas da infância para trás porque nosso alvo é Cristo. Imitar Cristo, sua maturidade, sua mansidão, humildade e sabedoria em lidar com as pessoas, circunstâncias da vida e com as tentações do diabo. Jesus também foi criança, mas sempre buscou sabedoria e o agir e viver em obediência ao Pai.
Precisamos como pessoas adultas pensar, refletir, examinar, escolher, comparar, tirar conclusões e não ser levado pelas ondas do passado. Temos uma vida pela frente e amadurecer como cristão é o caminho para a vitória e bem-aventurança.
O Senhor quer nos dar um fardo leve, mas o querer ser uma nova pessoa depende de nossa vontade e é nossa responsabilidade. Devemos manter os olhos no Senhor, perseverando com fé, orando humildemente e sempre estando em alerta, vigiando por todo o tempo.
Precisamos aprender a superar a irritabilidade e trocar a ira pelo amor. Sair dos extremos e entrar no caminho da vontade do Pai. O amor não é um dom para meninos na fé. O amor é uma atitude de maturidade espiritual para ser vivida.
É tempo de se
libertar das emoções negativas do passado e viver o novo de Deus.
É tempo de buscar o Senhor para ser como Ele é; um odre novo para receber o vinho novo, porque “o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio” (Gl 5.22-23).
Precisamos ajoelhar nossa personalidade aos pés do Senhor e de nossas lágrimas de arrependimento beber da fonte da água da vida e dizer: quero ser uma pessoa renovada e transformada para me anelar ao coração do Senhor.
Ser mais como Ele: mais sábios, mais puros, mais amáveis, mais perdoadores, mais compreensivos, mais pacientes, mais alegres, mais agradáveis, mais pacificadores, mais santos, mais espirituais, mais filhos e filhas de Deus.
Atendi uma senhora que me contou que estava com síndrome de pânico. Ela não conseguia mais dar aula como professora; não andava mais de bicicleta; não conseguia cuidar de suas filhas; estava sendo agressiva com seu marido e só queria ficar deitada na cama. Ela chorava muito e estava vivendo à mercê dos remédios para depressão.
Durante a ministração, o Espírito Santo revelou que ela guardava grande mágoa e raiva da sua mãe que tinha sido muito agressiva com ela na infância. Ela não conseguia, como adulta, ter uma relação cordial com sua mãe e viviam brigando. Mas o Senhor nos fala de algo profundamente curativo – o perdão. Ela conseguiu perdoar sua mãe e assim se libertou daquele processo. Ela voltou para a escola, anda de bicicleta e tem uma vida feliz.
“Porque assim diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força...” (Is 30.15).
Você tem um valor ilimitado que foi dado por Deus: “Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).
Nunca pense que por causa da sua criação que você não tem valor. Nada pode ser comparado ao valor que Deus nos dá e esse valor ninguém pode tirar.
Precisamos nos sentir filhos e filhas de Deus e buscar em nós essa semelhança do Pai.
Fomos feitos por Ele e para Ele. Isso será cura para o seu coração e para sua vida. Amadureça na fé, na esperança e no amor e seu verdadeiro valor que está em Deus será completo.
Precisamos interromper em nós as heranças amargas de nossas famílias para não passarmos para as gerações futuras.
Nossos filhos e filhas precisam ser criados com paz e amor. Precisam ver no seu pai um exemplo de caráter abençoador e sentir na sua mãe o colo protetor e consolador.
“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
Nunca mais se separe do Senhor e ande sempre nos seus caminhos.
A Bíblia diz: “Mas
em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os
principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem
a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.37-39).
Lembre-se que pais ausentes e opressores geram filhos inseguros e desajustados.
Use sempre uma linguagem sábia e pacífica como Jesus usava.
Sejam sempre um homem e uma mulher controlados e harmonizados por Cristo.
Para ser um odre novo você precisa ter suas palavras e atitudes controladas e moldadas pelo Espírito Santo.
Fechando as brechas
O odre velho pode ter brechas e o vinho colocado pode ser perdido. Como ser humano, podemos também ter brechas e assim a nossa bênção pode ser perdida. Ela escoa.
A alma (sentimentos, vontade, mente) precisa ser tratada para que Jesus possa habitar nos corações.
Paulo afirma:
“Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda
família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza
da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu
Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé,
estando vós arraigados e alicerçados em amor” (Ef 3.14-17).
Precisamos fechar as brechas
Não basta aceitar a Jesus, nascer de novo e até ser batizado pelo Espírito Santo. Todos, inclusive líderes também podem ter brechas e, por isso, precisam da armadura da santidade (Ef 6.10-20).
As brechas se encontram em nossa alma ferida ou doente.
Pedro teve problemas e negou ao Senhor por causa de brechas em sua vida. Brechas trazem ação direta do inimigo.
Veja o que Jesus disse para ele: “Jesus continuou: - Simão, Simão, escute bem! Satanás já conseguiu licença para pôr vocês à prova. Ele vai peneirar vocês como o lavrador peneira o trigo a fim de separá-lo da palha. Mas eu tenho orado por você, Simão, para que não lhe falte fé. E, quando você voltar para mim, anime os seus irmãos” (Lucas 22.31-34).
Para sermos vencedores, precisamos fechar as brechas.
O que é uma brecha?
Brecha é o mesmo que fenda ou abertura em alguma coisa. É um espaço
vazio, ferida ou corte largo e profundo.
No aspecto espiritual brecha pode representar uma área vulnerável de nossa personalidade que o inimigo se utiliza: sexo, dinheiro, relacionamentos, etc.
Como surgem as brechas em nossa vida?
Somos marcados negativamente em nossa vida especialmente na infância. As atitudes dos pais influenciam muito na formação da criança. Muitos adolescentes, jovens e adultos estão sem direção e confusos por causa da imagem negativa de seus pais. Muitas vezes, imorais, adúlteros, agressivos, distantes e indiferentes.
Muitos estão sem uma vida espiritual e vazios sem conseguirem ter uma intimidade com Deus por causa da imagem negativa de seus pais.
Certa vez, uma jovem começou a ter atitudes inadequadas em seus relacionamentos, apesar de ser cristã. Nas ministrações com essa jovem foi revelado que, quando era pequena, ela viu muitas atitudes negativas do pai em relação ao sexo. Isso mexeu com sua personalidade. Ela passou a agir como ele e passou a envolver-se com diversos meninos e isso acabou mal.
Podemos chamar de santificação o processo para fechar as brechas.
A santificação é como uma massa que colocamos entre os tijolos em um muro para que ele fique firme e sem buracos.
A santificação nos leva a ser iguais ao
caráter de Cristo tendo o mesmo sentimento, humildade, intimidade com Deus. A
santificação nos leva a ter o mesmo amor, mansidão, domínio próprio e
fidelidade de Jesus.
No tempo da Igreja Primitiva, as conversões levavam a uma mudança radical: “Muitos dos que haviam praticado artes mágicas, reunindo os seus livros, os queimaram diante de todos” (Atos 19.18-20).
A mudança de quem estava nas trevas e tomou a decisão por Jesus não pode ser superficial ou parcial. Tem que ser total e radical. Não pode haver brechas.
Quem está nas trevas ou tem práticas estranhas ao cristianismo deve renunciar, renegar e destruir tudo que lembra ou pode ligar novamente às trevas. Entre isso podem estar incluído livros, amuletos, imagens, cordões, roupas etc.
Quem precisa perdoar, perdoe! Quem precisa pedir perdão, peça!
Não pode haver meio termo. Jesus tem que ocupar todo coração da pessoa para que não haja brecha.
A jovem citada acima precisa perdoar ao seu pai para poder fechar essa brecha em seu comportamento.
Exemplos bíblicos de líderes que estavam com brechas
O Rei Uzias andava segundo o Senhor, mas se exaltou e quis fazer ministrações no templo, que cabiam somente aos sacerdotes. Foi ferido pelo Senhor e perdeu o reinado. Morreu doente de lepra (2 Crônicas 26.16-23).
Davi foi escolhido pelo Senhor para ser rei, venceu Golias, mas caiu em tentação com uma mulher: “Então, enviou Davi mensageiros que a trouxessem; ela veio, e ele se deitou com ela” (2 Samuel 11.4).
Gideão foi escolhido pelo Senhor (Juízes 6.11-16). Ele foi um grande vencedor
com apenas 300 homens. Mas no final da vida foi violento com algumas pessoas (Juízes
8.7-21) e levou o povo de volta à idolatria (Juízes 8.24-28).
Passos para a cura
Em primeiro lugar, aqueles que caem precisam ter a humildade para reconhecer que precisam de ajuda.
Em segundo lugar, precisam desejar a cura. Em terceiro lugar precisam procurar ajuda espiritual e emocional para a cura. E, em quarto lugar, precisam perseverar nesse caminho.
Um jovem da igreja em que eu pastoreava veio em minha casa pedindo ajuda para poder voltar para a Igreja. Estava envolvido com vícios. Havia caído em tentação.
Ele seguiu os passos para a cura; humildade, desejar e procurar a cura.
Na oração que eu fiz com esse jovem, o Senhor lhe pediu três coisas:
- Andar em
Seus caminhos;
- Confiar
nEle;
- Lançar sobre Ele todos os problemas.
Iniciei logo
depois um processo de cura com esse jovem.
Jesus, o modelo de santidade e de vencedor
Jesus como ser
humano foi um vencedor e deixou o exemplo do caminho a ser seguido por nós. Ele
cresceu em meio a uma família que vivia debaixo da graça do Senhor (Lc 2.52).
Este é um texto que revela como Jesus era visto por Deus e como Ele se sentia: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3.17). Ele mostra que Jesus era maduro emocionalmente e preparado para ser tentado.
Confira:
1. Jesus tinha o sentimento de pertencer a Deus
Deus disse: “Este é o meu Filho...”
2. Jesus tinha o sentimento de ser amado pelo Pai
Deus o chama de “Filho amado”
3. Jesus tinha o sentimento de fazer a vontade e agradar ao Pai
Deus disse: “Em quem me comprazo”.
Por isso, Jesus era resolvido emocionalmente porque sabia que agradava a seu Pai. Ele venceu as tentações porque tinha um coração sarado. O Espírito Santo o levou para ser tentado porque Jesus estava preparado (Mt 4.1).
Ele venceu e abriu o caminho para nós.
Precisamos hoje recuperar a imagem e semelhança de Deus atingida pelo pecado. Por isso, Paulo disse: "E vos revistais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade" (Ef 4.24).
Para ser um odre novo, precisamos recuperar o caráter de Cristo. Isso significa buscar a santidade, a perfeição: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai” (Mt 5.48).
Sete mergulhos para a cura
Podemos aprender muito com as histórias da Bíblia. Elas foram reais e também são ensinamentos para os dias de hoje. A história de Naamã é muito rica e pode nos ajudar muito.
A Bíblia diz que “Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito conceito, porque por ele o SENHOR dera vitória à Síria; era ele herói da guerra, porém leproso” (2 Reis 5.1).
Ele tinha tudo para ser feliz: posição, poder, dinheiro, sucesso, prestígio, era um herói de guerra e tinha soldados sob seu comando.
Atrás de toda essa aparência, Naamã tinha algo, porém que o tornava uma pessoa marcada. Por baixo das belas roupas de comandante, existia dor e vergonha. Ele era leproso.
A lepra na época de Naamã era uma doença tida como fruto do pecado. As pessoas eram excluídas e tinham que anunciar que eram leprosas quando passavam. Ninguém queria chegar perto. Não havia cura e existiam leprosários onde ficavam. Naamã por ser amado pelo rei ocupava uma posição de destaque.
Essa pode ser a história de muitos de nós. Temos uma aparência de que está tudo bem, mas existe um PORÉM, algo que está doente em nós, que não nos deixa ter alegria verdadeira, plenitude, paz e felicidade. Muitos de nós temos marcas e feridas escondidas.
Você pode ter muitas coisas como Naamã. Você pode ter dinheiro, uma boa casa, família, ter roupas bonitas, ter uma boa aparência, mas pode ter também um porém não revelado, algo escondido dentro do seu ser que causa dor, vergonha, raiva ou culpa. Uma inconstância de sentimentos e falta de saúde física, ou emocional e espiritual.
Você pode estar carregando uma memória sofrida do passado. Existem muitas pessoas com memórias que machucam, que causam dor porque foram abandonadas ou porque passaram por abusos; sofrem dor por terem sido criticadas severamente ou porque foram odiadas; sofrem dor porque não foram desejadas ou porque passaram por abusos sexuais etc.
Você pode viver em busca de algo que complete sua vida, mas que nunca encontra.
Qual o seu PORÉM?
Naamã precisou mergulhar sete vezes no rio Jordão ao invés de uma única vez.
Com certeza, a sua lepra era muito maior que uma doença de pele. Ele precisava ser tratado por Deus em algumas áreas da sua vida e da sua personalidade que estavam doentes.
Faltava ainda algo na vida de Naamã.
Existem verdades profundas nessa história e elas poderão ajudar você no seu processo de cura e libertação da sua alma e da sua vida.
Mergulhe profundo nesse estudo e busque se examinar e se conhecer melhor. Todos nós temos alguma ferida escondida. Que feridas emocionais precisam ser tratadas pelo SENHOR? O que você precisa praticar?
Você está
alerta para os sinais de Deus? Ou vive
no mundo alienado? Deixando pra lá.
Jesus pode curar todas as suas feridas. Ele curou todos os tipos de doenças físicas, emocionais e espirituais. Existem coisas lá dentro de você que precisa da cura de Jesus.
O Salmo 147.3 afirma que o SENHOR “sara os de coração partido e lhes trata as feridas”.
Para que isso aconteça:
1 – Você precisa desejar ser curado
Naamã ouviu a serva de sua esposa, na sua própria casa, falando de um profeta que poderia curá-lo (2 Reis 5.3). Ele estava em busca de cura e tomou a palavra da serva para si e foi falar ao rei. Ele estava alerta, percebeu o sinal e correu atrás da sua cura.
Muitos estão escondendo a sua dor atrás de um copo de bebida, outros se drogam, outros se tornam alcoólicos, outros trabalham, trabalham, outros explodem os seus nervos.
É preciso abrir o coração e desejar intensamente o melhor de Deus para sua vida.
2 – Dirija-se à pessoa certa que pode realmente lhe ajudar no seu processo de cura
Naamã se dirigiu ao rei de Israel e não ao profeta (2 Reis 5.7) e quase perdeu sua cura. Ele estava acostumado com o rei a quem servia. Existem muitas pessoas que estão buscando sua cura em lugares errados e em pessoas erradas.
Jesus é o verdadeiro profeta que pode curar e libertar. Mas se você precisa de uma ajuda, procure alguém confiável, uma serva ou um servo do SENHOR que irá te conduzir em oração até a presença de Deus.
3 – Seja humilde diante de Deus para que você possa abrir seu coração e contar sua dor.
Naamã se dirigiu a casa do profeta Eliseu cheio de pompa, com seus cavalos e carros (2 Reis 5.9). Mas Eliseu não se impressionou com tudo aquilo e enviou um mensageiro.
Deus não se sensibiliza diante da soberba, da vaidade ou da agressividade. Naamã precisava se quebrantar e deixar cair toda sua arrogância e vaidade. Tenha um coração quebrantado e humilde diante de Deus.
A palavra de Deus afirma: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (2 Crônicas 7.14).
Isaías 65.17 diz: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.”
Tudo na vida é temporário, mas em Jesus há cura e libertação! Com Ele ficamos serenos e fortes para vencermos os obstáculos da vida. As memórias passadas de dor serão curadas por Jesus e isso é cura divina. Haverá paz em seu interior.
Em 2 Coríntios 1.4 afirma: “É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus.”
4 – Busque a simplicidade que há em Jesus e tenha fé no poder de Deus
Naamã se indignou (2 Reis 5.10-12). Ele esperava algo fantástico. O profeta apenas disse para ele se banhar sete vezes no rio Jordão. Na sua vaidade ele não via a simplicidade de Deus e chegou a murmurar que havia rios melhores que o Jordão e mais limpos.
Muitas pessoas estão correndo atrás de muito movimento, mas que podem
não ter a graça de Deus.
Naamã não queria se banhar no rio Jordão ainda mais sete vezes. Mas ele só foi curado na sétima vez. Ele, com certeza, aprendeu que a cura só acontece através da obediência a Deus.
Naamã estava acostumado a dar ordens. Mas aqui ele só poderia ser curado através do banho da obediência.
A Bíbliz diz: “Então ele desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, consoante a palavra do homem de Deus” (2 Reis 5.14).
Para recebermos as bênçãos do SENHOR, ser tratado, curado e livre, precisamos aprender a obedecer os seus mandamentos, as suas ordens que estão na Sua Palavra.
6 – Busque a santidade para ficar limpo
A Bíblia afirma: “(...) e a sua carne se tornou como a carne de uma criança, e ficou limpo” (2 Reis 5.14).
Lava-te e ficarás limpo. Nossa carne ou natureza humana está doente e contaminada de pecados, desobediências diante do Senhor. Muitas vezes estamos repetindo as mesmas iniqüidades de nossos pais. Mas, para se viver uma vida de paz, é preciso nos lavar no sangue de Jesus e andarmos no caminho do seu amor, como sábios e como filhos da luz.
A escolha é nossa. A Palavra afirma que quem anda no Caminho Santo não errará: “E ali haverá um bom caminho, caminho que se chamará Caminho Santo; o mundo não passará por ele, pois será somente para seu povo; quem quer que por ele caminhe não errará, nem mesmo o louco” (Isaias 35.8).
7 – Reconheça o SENHOR como o Deus da sua vida
“Eis que, agora, reconheço que em toda terra não há Deus, senão em Israel” (2 Reis 5.15).
Não se curve diante do mundo e suas paixões e desejos. Existe uma alegria no Senhor que o mundo não oferece. Existe uma paz no Senhor que não há no mundo. Ele oferece de graça. Porque Dele vem toda a graça para nos completar. No Senhor não há tristeza nem amargura.
Disse Naamã: “(...) porque nunca mais oferecerá este teu servo holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao SENHOR” (2 Reis 5.17).
Peça perdão ao Senhor e o adore em espírito e em verdade. Peça perdão pelo tempo longe do seu amor e luz. Peça sempre perdão pelos seus pecados.
“Nisto perdoe o Senhor a teu servo” (2 Reis 5.18).
“Eliseu lhe disse: Vai em paz” (2 Reis 5.19).
A Bíblia diz que “Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo; alegria eterna coroará a sua cabeça; gozo e alegria alcançarão, e deles fugirá a tristeza e o gemido” (Isaias 35.10).
Naamã foi curado na sua pele e muito mais na sua alma que voltou sarada. Aquele comandante do exército, um homem ferido e sofrido voltou cheio de paz e alegria no coração. Não havia mais feridas e dor. Sua identidade foi resgatada e ele poderia conviver com as pessoas sem constrangimento.
Mais do que isso tudo.
Agora ele assumira um compromisso de servir somente a um Deus único e verdadeiro.
Mergulhe como Naamã no rio de água viva que é o Senhor. Prostre-se diante Dele e sirva o verdadeiro Deus da sua vida. Ele caminhará contigo e te dará o Seu melhor.
Deus tem muito para realizar na sua vida, mas o teu coração precisa estar voltado para Deus. Às vezes, estamos na igreja, mas ainda voltados para as coisas do mundo. A Bíblia diz: “Pensai nas coisas lá do Alto, não nas que são aqui da terra” (Cl 3.2).
Existem coisas que você precisa deixar para ter e herdar a vida e a vida eterna.
O Senhor quer curar sua dor e muito mais. Ele quer sarar a tua alma. Nada pode ser um empecilho para nos atrapalhar de servir ao Senhor.
A Bíblia afirma: “De novo, lhes falava Jesus dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8.12).
Para ser um
odre novo, faça uma opção por Deus e tome atitude de estar disposto de fazer a
Sua vontade. [5]
Sete passos para a vitória
Este estudo é para você que já se sentiu derrotado e desanimado em seguir em frente.
Também há momentos em nossas vidas que o pecado nos enrola e nos desanima em seguirmos os caminhos do Senhor e principalmente em sermos guiados por Ele.
A história de
Josué nos ensina esses passos para a verdadeira conquista. Josué foi escolhido
por Deus para substituir Moisés e levar o povo além do Jordão até a terra
prometida.
Deus prometeu a Josué que estaria com ele, que nunca o deixaria e nem o desampararia (Js 1.5).
Mas Deus falou a Josué: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem sucedido por onde quer que andares” (Js 1.7).
Existe um segredo aqui, que para sermos bem-sucedidos em nossa caminhada, precisamos seguir os mandamentos do Senhor e não nos desviarmos para nenhum lado. A desobediência é um desvio e não nos levará a vitória.
Mas por causa de Acã, que tocou nas coisas condenadas por Deus, os filhos de Israel foram derrotados (Js 7.1-5). Acã desobedeceu e isso trouxe conseqüências ruins porque a ira de Deus se voltou para o povo.
Josué “rasgou as suas vestes e se prostrou em terra sobre o rosto perante a arca do Senhor” (Js 7.7).
Ele ficou desanimado, lamentou com o Senhor e ficou sem saber o que dizer. Mas o Senhor diz a Josué: “Levanta-te! Por que estás prostrado assim sobre o rosto? (Js 7.10).
Precisamos ouvir essa voz do Senhor para nossa vida. Por que está abatido na alma? Por que está triste e em depressão? Por que está prostrado e paralisado diante dos acontecimentos? Por que se lamenta pelo que passou?
Não podemos desanimar diante de algum obstáculo e ter a vontade de largar tudo e desistir. Mas, podemos encontrar forças no Senhor e fazer a Sua vontade.
Levanta-te!
A partir daqui o Senhor fala a Josué como fazer para levantar o povo, levá-lo a vitória e a terra que mana leite e mel.
Primeiro passo: “Santificai-vos para amanhã” (Josué 7.13). Nossa vitória está ligada a santificação porque ela nos cura e nos coloca no caminho e na vontade do Senhor.
Precisamos eliminar de nossas vidas as coisas condenadas pela Palavra de Deus, porque isso nos tira a resistência ao inimigo “aos vossos inimigos não podereis resistir, enquanto não eliminardes do vosso meio as coisas condenadas”.
Não faça a vontade do inimigo. Faça a vontade de Deus. Purifique-se de todo mal e obedeça. “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus” (Mt 5.8).
Tenha a santidade como um propósito de vida.
Santifique-se!
Segundo passo: “Não temas, não te atemorizes” (Js 8.1). O medo nos faz encolher diante da vida e ficamos enfraquecidos para tomar decisões e seguir em frente. Quem tem medo acaba por atrair coisas ruins para sua vida. O medo, na verdade, é falta de fé no poder de Deus e um grande inimigo. Por isso Deus falou a Josué quando o escolheu: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres o cuidado de fazer segundo toda a lei não te desvies nem para a direita nem para esquerda, para que sejas bem sucedido por onde quer que andares” (Js 1.7).
Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder (2Tm 1.7).
Precisamos ter bom ânimo e a força do Senhor para vencer. Jesus disse: “(...) mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).
Se você está andando conforme a Palavra de Deus e fazendo a Sua vontade não há o que temer. Deus te encoraja a confiar na vitória.
A Palavra de Deus afirma que o amor de Deus lança fora todo o medo (1Jo 4.18).
Sê forte e corajoso! Não temas!
Terceiro passo: “Toma contigo toda a gente de guerra, e dispõe-te” (Js 8.1). Devemos ter muito cuidado com quem nos aliamos. Uma pessoa que não é do Senhor, com certeza vai nos levar para longe dos Seus caminhos.
Existem pessoas que vão dizer palavras para te desanimar. Outras vão fazer você se sentir incapaz. Se junte a pessoas de oração e de visão espiritual. Guerreiros do Senhor.
Muitas pessoas estão voltando às bebidas, às drogas por estarem se aliando a pessoas do mundo e se afastando da Igreja e do Senhor.
Cuidado ao escolher parceiros de namoro e casamento. Você pode entrar num caminho perigoso e triste. Saiba escolher seus amigos. Você pode ser levado para um abismo. Lembre-se que Deus é o nosso maior aliado.
Toma contigo pessoas do Senhor dos Exércitos.
Quarto passo: “Olha que entreguei nas tuas mãos o rei de Ai” (Js 7.1). Precisamos tomar posse de nossa promessa e ter fé que do Senhor é a vitória. Quando entregamos nossa vida e nossos sonhos para o Senhor realizar, Ele é fiel e justo em cumprir. Mas, lembre-se de que é Ele quem realiza, no seu devido tempo.
Não vá pela onda, por impulsos ou pela cabeça dos outros. Cuidado com as emoções. Haja com sabedoria. Se a mão de Deus está com você, vai em frente.
Creia que o
Senhor te entregará a sua vitória.
Quinto passo: “Põe emboscadas à cidade, por detrás dela” (Js 8.2). O Senhor nos dá as
estratégias perfeitas para chegarmos a nossa vitória e a realização dos nossos
sonhos.
Nossa mente é falha e se baseia em nossas
experiências de vida e no mundo que nos cerca. Nossa visão das coisas é muito
limitada e humana.
O Senhor tem visão de águia. Ele é
onisciente, onipresente e onipotente. O
prefixo “oni” significa “todo”. Assim, podemos concluir: Deus sabe tudo, Deus
está em tudo e Deus pode tudo.
Veja o que diz o Salmo 91.1: "Aquele que
habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará".
Jeremias 23.24 afirma: "Esconder-se-ia
alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não
encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR".
E o Salmo 147.5 declara: “Grande é o Senhor
nosso e mui poderoso; o seu entendimento não se pode medir”.
Assim, “Entrega o teu caminho ao SENHOR,
confia nele, e o mais ele fará” (Sl 37.5).
Deus fará tudo por você.
Sexto passo: “Estende para Ai a lança que tens na mão; porque a esta darei na tua
mão; e Josué estendeu” (Js 8.18).
Estende a tua mão para o teu sonho, profetiza
com o Senhor. Você precisa ser específico com o Senhor. O que você deseja que o
Senhor realize na tua vida?
Busque o sobrenatural de Deus. Profetiza
sobre a sua benção estendendo a sua mão.
Sétimo passo: Porque Josué não retirou a mão que estendera com a lança até haver
destruído totalmente os moradores de Ai (Js 8.26).
Não desista da tua vitória. Não desista do
teu sonho. Não pare de crer. Mantenha a tua mão estendida. Continue orando e
perseverando. Muitos desistem da corrida perto da chegada. Muitos se desviam do
caminho e por isso não alcançam a vitória e se contentam com migalhas.
A obediência gera perseverança.
O Senhor quer nos dar o melhor. Mas, é
preciso perseverar Nele e com Ele.
Deus tinha um plano para a vida de Josué.
Deus também ama você e tem um plano para sua
vida.
Conheço a história de uma jovem que não
desiste de orar pelo seu varão há muito tempo. Ela não desiste de esperar a
pessoa certa. Ela tem fé e esperança que no momento certo, tudo vai acontecer
com a perfeição de Deus.
Não desista! Vá em frente com Deus. Ele vai a
tua frente abrindo teus caminhos.
Persevere com alegria e esperança.
Como consequência, seja grato:
“Então, Josué edificou um altar ao Senhor”
(Js 8.30).
Qual o lugar que o Senhor ocupa na sua vida?
Sua vida está edificada no altar do Senhor?
Ele disse: “Sem mim nada podereis fazer”.
“Entretanto não habita o Altíssimo em casas feitas por mãos humanas, como diz o profeta” (At 7.48).
O Senhor quer habitar nosso coração. Para que o vinho novo do Senhor (sua vida, seu amor, sua paz, sua alegria) seja derramado em nós, precisamos ser um odre novo (uma pessoa que tenha o Senhor entronizado em sua vida).
Respondeu Jesus: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo 14.23).
Um lugar santo e puro. Um lugar de verdadeira adoração ao Senhor. O Senhor está buscando aqueles que o adoram em espírito e em verdade.
Seja essa verdade e não só aparência.
A nossa vitória na vida sentimental, profissional, espiritual e familiar depende dessa dependência continuidade com Deus.
Para ser um odre novo, faça do seu coração um
altar para o Senhor habitar.
Como ser um odre novo
As lutas e as cargas negativas herdadas podem nos transformar num caco, num odre velho onde a graça de Deus não consegue permanecer. Tudo se esvai.
Recebemos de Deus, mas tudo vai pelo ralo porque um odre velho não consegue suportar e manter o vinho novo do Senhor.
Geralmente, são questões emocionais que enfraquecem nossas forças e nos tiram da graça.
É necessário cura!
Uma cura emocional para acontecer depende muito de cada pessoa.
Algumas pessoas também têm uma estrutura emocional mais frágil do que as outras e as dificuldades podem ser maiores.
É verdade que algumas pessoas são mais
marcadas também do que outras, mas sempre depende da própria pessoa e da
qualidade da ministração que ela receberá.
Somos marcados em nossa vida por diferentes fatores, dentre eles:
1. Heranças negativas
2. Problemas diários
3. Ação das trevas
1.
Heranças negativas dos
nossos antepassados
Recebemos heranças positivas e negativas de nossos antepassados. Jeremias afirmou: "... Nossos pais herdaram só mentiras e cousas vãs, em que não há proveito" (Jr 16.19).
Muitos repetem ações negativas dos pais nas diversas áreas da vida. É só olhar para uma família maior que veremos pessoas com algumas repetições negativas de seus antepassados. Uns na área de bebida, outros na área sexual e outros ainda na área financeira, outros na agressividade, etc.
Precisamos fazer um exame sério na vida de nossos antepassados para tomar consciência de suas dificuldades e procurar assim tratar das marcas recebidas negativas e das doenças emocionais.
Certa vez, ministrei em uma pessoa que tinha, entre outras coisas, insatisfação em trabalhar na cozinha. Não entendia a razão. Na ministração, o Espírito Santo reativou a sua memória, ela reviu cenas da vida da bisavó. Ela viu que a bisavó havia se casado ainda nova com um viúvo que já tinha dois filhos. Ela teve ainda mais doze filhos.
A cozinha passou a ser um local de constante frequência, pois tinha que dar alimento para muitas pessoas. A cozinha passou a ser associada a um local de sofrimento. Isso ficou registrado em seu inconsciente. Seus filhos, netos e bisnetos herdaram essa sensação; inclusive a neta que tinha pavor de cozinha.
É evidente que essa imagem, esse sentimento pode ser mudado através do poder de Deus através de conselheiros e conselheiras capacitadas para essa ministração.
A jovem índia estuprada que influenciou gerações
Certa vez, ministrei numa jovem psicóloga que tinha dificuldades no relacionamento sentimental. Sua irmã era separada e seu irmão também. Uma família com uma marca negativa no relacionamento conjugal, apesar de serem dedicadas na igreja. Essa jovem senhora vivia com um vazio interior e tinha bloqueios na vida sexual com o marido.
Na ministração da terapia espiritual, o Espírito Santo trouxe a essa jovem a imagem
do seu tataravô, que era frio e egocêntrico.
Ele era de descendência suíça e, há algumas gerações passadas, havia obrigado
uma índia a ter relações com ele de uma forma agressiva.
Na ministração, o Espírito Santo revelou a dor da índia e a sua revolta contra a figura masculina, que passou para outras gerações e chegou até essa jovem.
2. Influência dos
problemas diários
Vivemos num mundo neurótico, pecaminoso e desumano. Não ficamos sem sofrer influências negativas através de relacionamentos inadequados, traumas, decepções, stress etc.
Somos marcados também pelos nossos parentes, pelos nossos amigos e até por estranhos.
Uma pessoa violentada sexualmente poderá ficar marcada a vida toda.
Um lar desfeito trará marcas da quebra da unidade dentro do ser humano.
O casal que parecia ser modelo e vivia em meio
ao ódio
Uma mulher parecia viver bem com o marido. Eu os via sempre sentados num determinado local nos cultos e me parecia ser um casal exemplar de mansidão. Um dia, ela me procurou para dizer que tinha ódio dele.
Quando ela me disse isso, levei um susto.
Na ministração da terapia, ela confessou que havia sido estuprada, quando menor, pelo cunhado.
O Espírito Santo tanto revela à própria pessoa a causa do problema, bem como nos ilumina para dirigirmos a ministração. Quando fui ministrar em seu interior, o Espírito Santo me conduziu a perguntá-la quem ela estava vendo no momento de ter relação com seu marido.
Ela respondeu que estava vendo o rosto de seu cunhado e não do seu marido. O que ela estava fazendo era transferir a imagem de seu cunhado para a imagem do seu marido. Ela tinha ódio de seu cunhado e não de seu marido. Ela não o havia perdoado.
Nossa orientação foi para que ela perdoasse o seu cunhado para apagar sua imagem negativa e assim viver bem nos relacionamento com o seu marido.
A criança que interpretou o ato sexual dos pais de uma forma negativa
Certa vez, atendi a uma jovem psicóloga que estava tendo sérias dificuldades de relacionamento conjugal com seu marido, apesar de terem dois filhos e ele a amar muito.
Ela aceitou fazer a terapia, muito contra a vontade, a pedido de seu marido. Na ministração, o Espírito Santo lhe mostrou uma cena que revelou a origem de sua dificuldade.
Ela viu sua imagem, por volta dos quatro anos de idade, indo por um corredor. Ela viu a porta aberta do quarto dos pais e notou que a mãe procurava afastar o marido quando ele desejava ter relação sexual com ela.
Foi a primeira imagem de um ato sexual que ela viu e não foi nada agradável.
Essa imagem ficou registrada como sendo o normal, numa relação, a mulher recusar seu marido. Quando ela se casou passou também a afastar o marido na hora da relação.
Com as ministrações, ela ficou curada e, anos mais tarde, eu a reencontrei
em Campinas, SP, quando eu ministrava num Seminário de Cura Interior. Ela pediu
para dar o testemunho de sua cura. Ela passou também a semanalmente a ministrar
cura interior na vida das pessoas, como gratidão a Deus.
3. Atuação das trevas
O inimigo procura perturbar a vida das pessoas: " (...) nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Ef 2.2-3).
Ministramos em casos de pessoas molestadas sexualmente e o que foi
revelado à própria pessoa que sofreu o dano é que houve ação das trevas.
Quase toda ação de violência tem um comando de demônios.
Essa consciência abre caminho para o perdão ao transgressor e ajuda no processo de cura.
Tratando das raízes do coração
Só consolo ou conselhos não cortarão a raiz. E essa raiz cresce e produz ervas venenosas e amargas que contaminam às pessoas (Dt 29.18; Hb 12.15).
Wesley chamava de charlatanismo os que queriam resolver os problemas espirituais das pessoas apenas com conselhos ou consolo. É preciso ir mais fundo.
A chave para entendermos nossas atitudes na vida sentimental
A chave para entendermos a vida sentimental e sexual está ligada ao relacionamento dos nossos pais.
A psicóloga Renate Jost de Moraes diz que "a mulher identifica-se inconscientemente à mãe e à maneira de a mãe ter tratado o pai, e o homem identifica-se inconscientemente ao pai e à maneira deste ter tratado a mãe"[6].
Os pais influenciam tremendamente aos seus
filhos que procuram imitá-los. Eles repetem seus pais nos gestos, nas atitudes,
nas palavras etc.
De odre velho ao odre novo
Uma das características do odre velho é a insatisfação que gera murmurações e cobranças.
Por ter feridas e estar rachado, nada satisfaz, nada completa.
Uma pessoa com brechas fala mal das pessoas porque só vê os defeitos e não as qualidades.
Vamos lembrar o povo que foi liberto do Egito. Deus mandava todos os dias o maná dos céus e todas as noites a carne para alimentá-los, mas o povo vivia insatisfeito e queria mais e reclamavam com Moisés. Deus todos os dias derramava sua graça e supria suas necessidades, mas eles não agradeciam.
Eles eram odres velhos, com velhos hábitos e costumes. Em outras palavras eram “sacos sem fundos” onde nada preenche.
Como deixar de ser um odre velho para ser um
odre novo onde o vinho do Senhor é derramado?
Primeiro passo é a tomada de consciência
Nem sempre sabemos que temos a enfermidade e muito menos uma raiz em nosso interior. Ela passa a fazer parte da nossa vida diária e, muitas vezes, faz parte da própria família.
A Bíblia diz: “Nem haja raiz de amargura que, brotando, vos perturbe, e,
por meio dela, muitos sejam contaminados” (Hb 12.15).
O primeiro passo para a cura é a tomada de consciência de que existe um
problema.
Durante uma ministração em grupo, numa Igreja em que pastoreava, uma jovem senhora exclamou:
- Ah! Agora entendo porque nunca peço nada a Deus!
Confesso que fiquei sem entender. Como uma pessoa que é do Senhor nunca pediu nada a Ele?
Eu lhe fiz lembrar a orientação de Jesus: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á” (Lc 11.9).
Ela respondeu que nunca tinha visto esse texto e explicou o que passou a entender. Seu pai nunca lhe dava nada. Sempre dizia que não tinha. Ela transferiu essa atitude do seu pai para a atitude de Deus-Pai.
Como seu pai não lhe dava nada, no seu inconsciente estava registrado que não adiantava pedir algo ao seu Pai do céu.
Nós temos a tendência de transferir as atitudes de nosso pai para Deus
crendo que Ele faz a mesma coisa.
Segundo passo é desejar a cura
Precisamos tomar uma atitude de buscar a cura e perseverar para que isso aconteça.
Não adianta só saber. É necessário tomar uma atitude e perseverar no objetivo de ser curado.
Há muitas pessoas que se acomodam. Outras pessoas até têm sentimento de culpa por querer mudar uma “tradição” da família.
Mas Jesus veio quebrar o pesado jugo que está sobre nós. Ele veio libertar os oprimidos pelo diabo. Jesus veio nos dar vida em abundância.
Tome posse dessa bênção que Deus tem para a sua vida.
Terceiro passo é retirar os dardos
Nós somos marcados, agredidos, feridos e os dardos ficam cravados no nosso interior. Quando isso acontece e não há liberação de perdão, nascem as raízes que crescem e produzem ervas venenosas e amargas. Por isso, é preciso retirar esses dardos.
João Wesley ([7]) afirmou: "Uma ferida não pode ser curada enquanto o dardo estiver encravado na carne".[8]
Certa vez, ministrei em uma senhora evangélica. Ela tinha 51 anos e vivia com uma angústia interior e tinha dificuldades de manter um relacionamento.
Aos 20 dias de vida, ela perdeu a sua mãe. Seu pai era bêbado e agredia a mãe.
Sua mãe morreu ao ir apanhar lenha e beber um copo de água gelado. Quebrou o
resguardo.
Essa criança recebeu a influência da revolta da mãe e nunca perdoou a figura do
pai transferindo essa imagem para todo homem.
Após a terapia do Espírito Santo, ela aprendeu a perdoar e passou a ter paz em sua vida.
Quarto passo é proporcionar o surgimento de raízes saudáveis
Retirar somente as raízes venenosas e amargas não é o suficiente. É preciso colocar algo no lugar. É preciso proporcionar o surgimento de raízes de amor.
Isso é obra da graça de Deus.
Quando o Espírito Santo passa a habitar em nosso interior, ele gera amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22-23).
Falando sobre o processo de cura, Wesley afirma que os que são de Cristo, os que nele permanecem crucificam a carne e, "embora sintam em si mesmos a raiz de amargura, são, todavia, dotados do poder do Alto para recalcá-la continuamente debaixo dos pés, de modo que não possa florescer para os perturbar".[9]
O segredo, segundo Wesley, é andar no Espírito. Ele disse: "O Espírito lhes ensina a amar a Deus e ao próximo (...). Pelo Espírito são levados a todo desejo santo, a toda disposição divina e celestial até que todo pensamento que brote de seu coração resuma santidade ao Senhor".[10]
Com o coração curado e andando no Espírito
viveremos em amor. Seremos odres novos que recebem o vinho novo e ficam cheios
do Espírito Santo.
O coração grato agradece a Deus todos os dias
pela vida, pelo pão de cada dia, pelo ar que respira. Alegra-se ao acordar e se
alegra com a presença do Senhor.
Vive num estado de contentamento, tem sonhos e
esperança.
Um odre novo se torna discípulo de Jesus e anuncia Suas boas novas. O odre novo é fortalecido a cada dia pela força que atua através da fé.
Por estar pleno da presença de Deus, ele transborda amor e alegria amando seu próximo.
O pastor pode pregar a Palavra com unção; os irmãos orarem com fervor; o louvor proporcionar verdadeira adoração, mas o vinho novo somente será derramado pela presença viva do Senhor.
Um odre novo recebe vinho novo e fica cheio do
Espírito Santo.
[1]
AI Overview Google
[2]
http://nelson-teixeira.blogspot.com.br/2012/11/quando-sofremos-perdas.html
[3] http://annypinheiro.blogspot.com.br/2011/02/o-passaro-de-asa-quebrada-pode-voar.html. No livro In the Meantime, por Iyanla Vanzant, ela fala sobre uma mulher chamada Luanne Bellarts, que nasceu com paralisia cerebral. Ela era uma ilustração viva de amor. Durante o período de sua vida, ela ensinou aos outros sobre o verdadeiro significado do amor, fé e confiança que escreveu Pássaro com uma asa quebrada é a sua história de vida. http://lindaleestudio.blogspot.com.br/2011/07/reason-season-lifetime.html.
[4]
Estudo preparado pela Eliede;
[5]
Estudo preparado pela Eliede;
[6] MORAES, Renat
Jost. As chaves do inconsciente.
Editora Agir, 7ª edição, 1992, p. 178.
[7] João Wesley
(1703-1791) nasceu na Inglaterra e foi o organizador do movimento metodista.
[8] A totalidade deste estudo está em Sermões
de Wesley, volume 2, entre as páginas 402 e 418.
[9] WESLEY, João. Sermões de Wesley. Os primeiros frutos do Espírito. 1v. São Paulo, Imprensa Metodista, 1981,
p. 161.
[10] WESLEY, João. Sermões
de Wesley. Idem.
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