Respostas de Deus

para a nossa vida hoje

 Para meditação e pequenos grupos

 

  Odilon Massolar Chaves

 

 

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Copyright © 2025, Odilon Massolar Chaves

É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente

Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 643

Livros publicados pelo autor: 714

Capa: Foto pessoal sobre a Rafaela, afilhada

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

É casado com RoseMary. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia. 

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil 

 

 

Índice

 

v Introdução

v Como vencer diversas batalhas

v Como orar de forma sobrenatural para mudar o rumo da história

v Como usar as chaves que abrem as portas espirituais

v Como realizar nossos sonhos

v Como consertar as escolhas erradas feitas no passado

v Como ser servo do Senhor

v Como são os sonhos de Deus para nós

v Como usar o poder da palavra profética

v Como um poço pode ser uma fonte de bênção

v Como ter profundidade no relacionamento com Deus

v Como o pássaro de asa quebrada pode voar

v Como resgatar a identidade perdida

v Como alcançar a santidade

v Como ser um facilitador amigo de Jesus

v Como ser um real discípulo de Jesus

v Como utilizar armas espirituais para vencer o inimigo

v Como experimentar um novo Pentecoste

 

Introdução

 

O “como” está sempre diante de nós. São situações que exigem resposta para resolvermos questões e seguirmos em frente.

Nem sempre as respostas nos satisfazem ou resolvem os problemas. E nem sempre temos respostas.

“Respostas de Deus para a nossa vida hoje” é um livro de 120 páginas que procura mostrar respostas bíblicas para nossas situações hoje.

As respostas são da Bíblia, de Deus.

“Respostas de Deus para a nossa vida hoje” pode ser lido em meditações particular ou pode ser utilizado nos pequenos grupos de discipulado.

Nas células, cada estudo deve ser dividido, pelo menos, em duas partes, podendo chegar a três partes ou três semanas.

Esta é uma forma pedagógica de penetrarmos fundo nestes estudos, que exigem profundidade.

O propósito é que cada discípulo e discípula meditem e estudem cada tema nos dias seguintes.

Esperamos que o discípulo e a discípula, após a primeira ministração do tema da semana, desejem se aprofundar no estudo que está sendo ministrado e voltem ao pequeno grupo com maior interesse.

São estudos atuais para os nossos dias, pois tratam de assuntos dos quais muitos estão esperando uma resposta de Deus para as suas vidas hoje.

Estude em profundidade e você será profundamente beneficiado.

 

O Autor



Como vencer diversas batalhas

 

 

Vencer uma batalha não é fácil! Imagine, então, vencer diversas batalhas uma atrás da outra.

Foi o que fez Davi. Ele era apenas um rapaz.

Certamente, Davi viveu num lar onde a Palavra do Senhor era ministrada. Isso foi fundamental. Ele aprendeu também desde cedo a trabalhar. Mas foi ainda algo, além disso, que fez a grande diferença em sua vida.

Conhecemos bem a batalha de Davi contra Golias (1Sm 17.41-58), mas nem todos conhecem as batalhas que Davi enfrentou antes de enfrentar Golias.

Não são batalhas tão diferentes das que nós enfrentamos também nos dias de hoje. Conheça essas batalhas.

1. Batalha contra um espírito maligno

Saul andava atormentado por um espírito maligno (1Sm 16.14) e procurou alguém que soubesse tocar harpa para que ele se sentisse melhor.

Davi foi essa pessoa. Saul gostou dele e o fez seu escudeiro (1Sm 16.21).

E sucedia que, quando “Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele” (1Sm 16.23).

Davi enfrentou o inimigo e o venceu!

2. Batalha com seu irmão

Jessé, pai de Davi, pediu que ele fosse até seus irmãos que estavam na batalha contra o exército filisteu e Golias, para ver se eles estavam bem. Davi cumpriu fielmente a determinação do pai (1Sm 17.17-22).

Mas depois soube que o rei iria recompensar ao que vencesse Golias e começou a perguntar a cada um se era isso mesmo. Foi quando seu irmão Eliabe começou a acusá-lo de irresponsável e atacou seu caráter: “Bem conheço a tua presunção e a tua maldade” (1Sm 17.28).

Davi não se abalou e a Bíblia diz que “desviou-se dele para outro e falou a mesma coisa...” (1Sm 17.30).

3. Batalha contra uma autoridade

Sabendo das palavras de Davi, o rei Saul mandou chamá-lo, e ele foi logo dizendo que iria pelejar contra o filisteu (1Sm 17.31-32).

A palavra do rei para Davi foi de desmerecimento: “Contra o filisteu não poderás ir para pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade” (1Sm 17.33).

“Não poderás ir”. Uma frase que hoje faz muitos se sentirem derrotados, desmerecidos e desmotivados.

Uma palavra vindo de uma grande autoridade tem mais peso ainda. Algumas pessoas ficam inibidas diante delas. Nem conseguem falar.

Davi convenceu o rei quando falou de sua experiência ao vencer o leão e o urso (1Sm 17.34-37) e mais ainda pela demonstração de sua fé no Senhor.

4. Batalha contra o formato

Com boa intenção, o rei quis que Davi vestisse sua armadura para enfrentar Golias, mas Davi não conseguiu nem andar com ela (1Sm 17.38-40).

Ele pegou, então, as suas próprias armas bem simples, mas eram as armas e o formato que ele conhecia bem. Seu cajado, sua funda e cinco pedras.

Utilizar armas de outros pode não dar certo. Utilizar a forma de outro ministrar, pode não dar certo. Deus é criativo e conhece a capacidade de cada um. Por isso, Ele concede dons e talentos diferentes e dá estratégia particular a cada um.

5. Batalha contra a baixa auto-estima

Quando Golias viu Davi, o desprezou (1Sm 17.42), e, pelos seus deuses, ainda amaldiçoou a Davi (1Sm 17.43).

Esta é uma estratégia que algumas pessoas utilizam para enfraquecer o adversário. Procura retirar sua força pelo olhar negativo fulminante e “mexendo os pauzinhos espirituais”.

Se a pessoa é frágil, sem estrutura, já é um derrotado antes mesmo da real batalha.

Davi não se intimidou e continuou agindo como um guerreiro.

6. Batalha contra os medos

Como última tentativa, Golias disse: “Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às bestas-feras do campo” (1Sm 17.44).

Ele lançou medos sobre Davi. O medo paralisa, enfraquece, trava. Muitos não conseguem ir em frente por causa de medos, alguns imaginários.

Por isso, Golias lançou medo sobre Davi. Imagine um vozeirão de um gigante de quase 3,15 metros de altura - 7 covados (1 covado = 45 cm).[1]

Nada disso, porém, intimidou Davi.

Davi estava bem alicerçado, firme, convicto, inabalável.

Ele disse: “Hoje mesmo o Senhor te entregará nas minhas mãos” (1Sm 17.46).

Foi o que aconteceu!

Vitória histórica, libertadora de Davi livrando o povo de Deus da opressão dos filisteus.

Conclusão

Antes de começar sua série de vitórias, Davi havia sido ungido por Samuel e o “Espírito do Senhor se apossou de Davi” (1Sm 16.13).

Do Espírito do Senhor vinha toda sua força, fé, coragem e determinação.

Jesus, antes de começar seu vitorioso ministério e vencer o diabo logo no início, no deserto, Ele também foi ungido pelo Espírito Santo: “e viu o Espírito de Deus descer como pomba, sobre ele” (Mt 3.16).

Outra comparação entre Davi e Jesus é que houve derramar de sangue na luta entre Davi e Golias. Davi cortou a cabeça de Golias (1Sm 17.51).

Na cruz, também houve derramamento de sangue. A diferença é que Jesus derramou seu próprio sangue derrotando o inimigo na cruz do calvário. Foi assim que Ele cortou a cabeça de Satanás.

A Bíblia diz: “e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.15).

A vitória de Davi livrou o povo de Israel do jugo dos filisteus. Mas a vitória de Jesus na cruz pode livrar toda a humanidade do domínio de Satanás. A única condição é crer em Jesus como Senhor e Salvador.

Duas vitórias fundamentais e direcionadas pelo Senhor. A de Davi foi para a sua época e para a Palestina. A vitória de Jesus foi para todos os tempos e para todas as nações.

  

 

Como orar de forma sobrenatural para mudar o rumo da história

 

A Bíblia está cheia de histórias e orientações sobre como devemos orar. O próprio Jesus nos ensinou a oração do Pai Nosso (Mateus 6.9-13) e sobre a necessidade de pedir ao Pai: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á” (Mateus 7.7-8).

O livro de Atos dos Apóstolos amplia essa orientação ao nos mostrar práticas de orações da Igreja Primitiva que deram certo. 

A seguir, apresento algumas atitudes que precisamos tomar para sermos vitoriosos:

1. Fique ativo na sala de espera

Essa forma de orar que eu chamo "fique ativo na sala de espera" está registrada em Atos 1.14. Os discípulos perseveravam unânimes em oração, no cenáculo (originalmente chamado de sala superior ou sala de jantar). A concordância existia entre eles e precisa existir entre nós hoje.

Eles esperavam a vinda do Espírito Santo. No evangelho de Lucas 24.49 Jesus disse para esperarem até que fossem revestidos de poder do alto. Atos 1.8 confirma que eles receberiam o poder: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo”.

Nessa oração esperar não é ter que implorar insistentemente ou rogar ao Senhor. Isso seria uma falta de confiança no que Jesus prometeu. Esperar em sintonia com Deus e ficar receptivos. Nada deve desviar a nossa atenção e fazer com que percamos a visita tão esperada. Se você discernir que o inimigo procura impedir a sua bênção, lute e persevere em oração como fez Daniel (Daniel 10.11-13).

Essa promessa veio diretamente de Jesus após sua ressurreição. Nos dias atuais ela pode acontecer de diferentes maneiras. Pode ser a espera de uma promessa bíblica de um pedido feito a Deus ou a revelação de uma promessa feita através de profecias.

Só temos que ser confiantes e a nossa espera ser ativa. Diz o Salmo 40.1: "Esperei confiantemente pelo Senhor".

2. Busque no Google de Deus

Essa oração que eu chamo de “Google de Deus” está registrada em Atos 1.24.

Google é uma ferramenta tremenda na internet para encontrarmos palavras, vídeos, fotos etc. A diferença é que no Google encontramos muitas respostas diferentes para uma só determinada busca. No “Google de Deus” Ele não te deixará em dúvida. Algumas vezes, não sabemos que decisão tomar na vida. Precisamos buscar no “Google de Deus” a resposta certa. A direção do Senhor é a melhor orientação porque Ele sabe de todas as coisas e nos apontará o caminho certo e nos revelará a Sua vontade.

Foi isso que a Igreja Primitiva fez. Com a morte de Judas, a Igreja sentiu necessidade de ter um novo apóstolo para completar os doze. Eles oraram: "Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido" (Atos 1.24). Eles foram até o “Google de Deus”.

Essa oração tem três aspectos. Primeiro, a incerteza. Eles não sabiam qual dos dois indicados – José e Matias - deveria ser o novo apóstolo e recorreram ao Senhor. Somente Deus conhece o coração. Em segundo lugar, havia a certeza que Deus poderia revelar-lhes.

Em terceiro lugar, essa  oração traz consigo a necessidade de acontecer um sinal. Com Gideão houve a prova da lã (Juizes 6.36-40). Ele duvidava ser o vencedor contra os medianitas e pediu que, ao amanhecer, o orvalho caísse e estivesse só na lã e a terra em volta estivesse seca. O sinal veio. Para confirmar ele propôs o inverso e Deus enviou o sinal novamente.

Nossa mente racional hoje não aceita ou não percebe os sinais. Mas existem exemplos claros na Bíblia sobre essa prática.

3. Pegue explosivos no arsenal

Essa oração está registrada em Atos 4.29-31. Eu a chamo de "pegue explosivos no arsenal". Nem todos têm a coragem de entrar num arsenal, mas em alguns momentos da vida é preciso fazer isso. 

O motivo dessa oração foi por causa da ameaça que os judeus estavam fazendo aos cristãos. Eles estavam impotentes para testemunhar: "Olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a tua palavra" (Atos 4.29). Eles sentiam fraqueza diante do poderio do inimigo. Exatamente como acontece, em determinados momentos, com policiais em confronto com traficantes.

Quando oraram, tremeu o lugar e eles ficaram cheios de poder espiritual, cheios do Espírito Santo.

Foi uma explosão espiritual como uma bomba que faz tremer o meio onde foi jogada. Foi um sinal da presença de Deus.

Em Êxodo está registrado: "Todo o monte fumegava porque o Senhor descera sobre ele em fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente" (Ex 19.18).

Essa oração mostra que o sobrenatural pode acontecer quando oramos. O mais importante dessa passagem foi que os discípulos passaram a pregar com coragem.

4. Receba a restituição

Essa oração abençoa o justo e restitui o que ele tem por direito. Eu a chamo de ''receba a restituição" como acontece com o Imposto de Renda. Está  registrada em Atos 9.40.

Na Igreja Primitiva havia uma mulher chamada Dorcas ou Tabita. Ela era "notável pelas boas obras e esmolas que fazia". (Atos 9.36). Por isso, era muito amada por todos e pelas irmãs. Havia uma comoção pela sua morte. Todas as viúvas chorando cercaram Pedro e mostraram-lhe as túnicas e vestidos que Dorcas havia feito. Pedro ficou comovido.

Ele fez todas saírem do local onde estava o corpo de Dorcas, orou de joelhos e depois olhando para o corpo disse: "Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se" (Atos 9.40). Por causa disso muitos creram no Senhor.

Essa oração foi motivada pelo amor e reconhecimento da importância de Dorcas continuar viva.

 O rei Ezequias igualmente fez uma oração ao Senhor quando o profeta disse que ele iria morrer. Ezequias lembrou ao Senhor que era fiel e pediu para continuar vivendo: "Lembra-te, Senhor, peço-te de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo" (2 Reis 20.3).

A resposta do Senhor foi: "Ouvi a tua oração e vi as tuas lagrimas; eis que eu te curarei" (2 Reis 20.5).

Você tem sido justo e anda no caminho do Senhor, como Ezequias e Dorcas? Então, coloque-se diante de Deus e peça a restituição de algo que é precioso para sua vida.

5. Use o cartão de crédito

Essa forma de orar eu chamo de "use o cartão de crédito". O cartão possibilita fazer compras mesmo não tendo dinheiro no momento. Na Bíblia esse crédito é adquirido pelo nosso caráter, ou seja, pela nossa semelhança com Jesus. No mundo espiritual ele tem grande valor. A Bíblia diz que "muito pode, por sua eficácia, a suplica do justo" (Tiago 5.16).

Essa oração está registrada em Atos 10.1-2 e aconteceu na vida de Cornélio: que "era piedoso e temente a Deus com toda a sua casa e que fazia muitas esmolas ao povo e, de continuo, orava a Deus".

Essa é a oração feita com o coração humilde e misericordioso. Aberto inteiramente em amor para o próximo e Deus. Esta é a prática dos Atos de Piedade (oração, jejum, estudo da Bíblia, etc.) e Atos de Misericórdia (solidariedade com os pobres e necessitados) descritos por João Wesley.

Uma das grandes dificuldades para sermos abençoados é  que existem bloqueios dentro de nossos corações. Nem sempre há uma plena entrega e nem sempre nos doamos de coração ao próximo. O segredo do crédito divino é ter um coração aberto e doador. O anjo disse: "As tuas orações e as tuas esmolas subiram para memória diante de Deus" (Atos 10.4).

Essa oração produz uma intervenção divina. Um anjo foi enviado a Cornélio porque Deus queria abençoá-lo. Simultaneamente, Pedro teve uma visão para quebrar os seus preconceitos em relação aos gentios e somente assim ele poderia ministrar aos familiares de Cornélio.

O resultado foi o Espírito Santo ser derramado sobre toda a família de Cornélio (Atos 10.44-45). Pedro só começou a pregar e o Espírito foi derramado. Havia um livre curso para a ação do Espírito. Não havia barreira na família de Cornélio. O texto diz: "Ainda Pedro falava essas coisas quando caiu o Espírito Santo sobre todos que ouviam a palavra" (Atos 10.44). Havia um livre fluir da graça de Deus.

Uma vida de fé e um coração aberto são hoje ingredientes necessários para o livre fluir da bênção de Deus em nossas vidas.

6. Disque para a operação resgate

A oração  que eu chamo "disque para a operação resgate" está em Atos 12.5. Um momento dramático da vida da Igreja Primitiva em que o apóstolo Tiago havia sido morto por Herodes (Atos 12.1) e Pedro estava preso correndo o risco de também sacrificado diante do povo.

Não havia muito que fazer. Um advogado não adiantaria. Fazer pressão diante das autoridades poderia piorar as coisas. Os cristãos, em minoria, estavam sendo ameaçados e corriam risco de vida.

A Igreja só tinha o recurso de orar, discar para a operação resgate: "Pedro estava guardado no cárcere, mas havia oração incessante a Deus por parte da Igreja a favor dele". Essa oração moveu o mundo espiritual e Deus enviou um anjo para resgatar Pedro de uma forma sobrenatural. Ele acordou Pedro e disse: "Levanta-te depressa! Então, as cadeias caíram-lhe das mãos" (Atos 12.7).

Essa oração deve acontecer quando sabemos ou sentimos que alguém está preso em cadeias espirituais ou algemado emocionalmente.

7. Golpeie o adversário espiritual

Essa oração que eu chamo "golpeie o adversário espiritual" está registrada em Atos 16.25-26. Nem todos gostam de boxe por causa do uso da violência. Mas aqui estamos nos referindo ao golpear espiritual. Paulo e Silas estavam presos porque haviam expulsado o espírito de advinhação de uma jovem e seus senhores não gostaram de perder o lucro (Atos 16.19).

Eles estavam presos porque haviam lutado contra as trevas. Aparentemente, o inimigo estava ganhando. Paulo e Silas estavam sofridos e poderiam mofar na prisão.

Ambos poderiam ter murmurado e se revoltado contra Deus. Afinal de contas, porque o Senhor havia permitido tal coisa?

Com o inimigo é preciso saber utilizar as armas certas. Se a princípio as trevas pareciam vencer e reinar naquele ambiente, por outro lado os apóstolos decidiram glorificar e entronizar ao Senhor naquele lugar: "Paulo e Silas oravam e  cantavam louvores a Deus" (Atos 16.25).

Deus habita no meio dos louvores e as orações repreendem o inimigo e exalta o Senhor. O fato é que a ordem espiritual foi restaurada naquele lugar.

Como conseqüência, houve um terremoto que sacudiu os alicerces da prisão. As portas se abriram e as cadeias se romperam. O carcereiro temeu pela sua vida e pensou em suicídio, mas a salvação chegou em sua casa.

Onde Deus habita reina a paz, o amor e a alegria. O carcereiro convidou Paulo e Silas para irem até sua casa onde os recebeu com grande alegria (Atos 16.34).

Devemos aprender a restaurar o reinado do Senhor onde habitamos ou estamos. A Bíblia registra que quando Jesus expulsava um demônio, o Reino de Deus chegava naquele lugar.

Pela oração e glorificação do Senhor o Reino de Deus ocupa seu espaço onde estamos e o ambiente fica cheio de paz e alegria.

Lembre-se do que Jesus disse: “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (João 15.7).

 

 

Como usar as chaves que abrem as portas espirituais

 

A história da cura de Naamã, em 2 Reis 5.1-15, traz alguns princípios que podemos aplicar hoje em nossa vida diária para sermos bem-sucedidos. São chaves ou princípios que abrem as portas espirituais.

Entre estes princípios, estão:

1.   O ser humano tem limites e sempre encontrará uma porta fechada diante de si, mas se ele usar a chave da fé, na porta certa, ela se abrirá (2 Reis 5.1).

Naamã era um grande herói na Síria, mas seus deuses não haviam lhe ajudado a vencer outro inimigo: a lepra. Sua força física e sua capacidade não foram suficientes para ajudar em sua cura. Ele não tinha a chave certa para entrar na porta da bênção. Naamã vivia dentro de um quadrado sem ter esperança de sair dessa situação.

Assim vivem muitas pessoas hoje. Têm dinheiro e nome, mas vivem infelizes porque seus deuses não lhe ajudam na solução dos problemas. Muitos não têm um sentido na vida e vivem uma vida infeliz com um grande vazio em sua alma.

Os cristãos têm em Jesus a chave da fé que abre portas e os tornam vencedores.

A Bíblia diz que não podemos nem imaginar o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

2.   A coragem de testemunhar sobre o poder de Deus pode encaminhar uma pessoa aflita para uma porta que trará uma saída para o seu problema (2 Reis 5.3).

Uma jovem levada cativa pelos sírios foi trabalhar na casa do comandante leproso. Vendo a situação do herói sírio disse: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o curaria da sua lepra (2 Reis 5.3).

 O testemunho dessa jovem ajudou Naamã  a encontrar a direção da porta que iria trazer saída para o seu problema.

Quando temos coragem de testemunhar, estamos ajudando pessoas a encontrar a porta da bênção. Quando nós testemunhamos, ao contar nossas experiências, lançamos luzes na mente das pessoas que têm problemas e assim motivamos a se abrirem para o Deus das causas impossíveis.

3.   As pessoas que andam na luz têm as portas abertas com mais facilidade (2 Reis 5.4-5).

Naamã tinha um bom conceito diante do seu rei. Ele o ajudaria a buscar resposta para sua necessidade. Uma pessoa incrédula ou cheia de dúvidas tem as portas espirituais fechadas para si, mas um coração aberto tem as portas espirituais abertas com mais facilidade.

Esse é um princípio que aprendemos na história de Naamã.

Muitas trevas podem entrar na vida das pessoas para prejudicá-las em sua caminhada. Uma pessoa cheia de luz tem os seus caminhos espirituais abertos. Uma pessoa em trevas com atitude insensata, maus pensamentos, falar torpe etc, tem seus caminhos bloqueados. Porque Deus é luz e onde Ele habita não há espaço para escuridão. Nós colhemos o que plantamos

Jesus diz que quem perdoa é perdoado por Deus. Isso é andar na luz e colher o que plantou. Devemos investir no caráter, nas boas ações, nas atitudes justas e honestas, pois as portas espirituais serão abertas para nós com mais facilidade.

4.   O medo é uma tranca que bloqueia nosso entendimento e nos impede de abrirmos as portas (2 Reis 5.6-7).

O rei de Israel demonstrou ser um grande medroso achando que a carta enviada pelo rei da Síria era um pretexto para romper as relações e entrar e provocar uma guerra. Com este pensamento quase prejudicou a cura de Naamã.

Muitas pessoas não realizam seus sonhos e impedem outros de alcançá-los por causa do medo que carregam dentro de si. Alguns pequenos problemas são transformados em gigantes por causa do medo neurótico.

5.   Uma pessoa sem preconceitos ou medo está mais apta a ajudar qualquer pessoa a ter as portas abertas para a solução dos seus problemas (2 Reis 5.8).

Preconceito quer dizer prejuízo. O preconceito fecha as portas, exclui as pessoas e traz prejuízos. Eliseu demonstrou estar pronto para servir e ajudar as pessoas. Ele não carregava trancas em sua mão, mas sim chaves. Com o coração aberto ele se colocou à disposição para solucionar o problema de Naamã. Ele disse: “Deixa-o vir a mim, e saberá que há profeta em Israel” (2 Reis 5.8).

Eliseu viu nesse episódio uma grande oportunidade de testemunhar o poder de Deus

6.   A visão espiritual limitada e o racionalismo são trancas que nos impedem de abrir as portas da bênção (2 Reis 5.11-12).

Naamã era um herói, de bom conceito, mas certos bloqueios quase lhe impediram de ser abençoado.

Primeiro, ele apresentava uma visão espiritual limitada: “pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso” (2 Reis 5.11). Segundo, era muito racional e bairrista: “Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo?” (2 Reis 5.12)

O que impede a nossa bênção pode estar em nosso próprio coração. Veja que Naamã ainda saiu indignado. Existem pessoas que se fecham achando sua verdade a melhor. E isso as impede de conhecerem o novo de Deus.

7.   Uma palavra sábia na hora certa poderá ser a chave que moverá o coração mais racional para caminhar em direção a porta da bênção (2 Reis 5.13).

Como cristãos somos chamados a ser porta-vozes de Deus, das bênçãos e promessas que Ele tem para nós.

Foi uma palavra sábia dos oficiais de Naamã que moveu seu coração e abriu o entendimento: “Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: Lava-te e ficarás limpo”.

Os oficiais tiveram o maior cuidado com as palavras. Se entre eles estivessem os chamados "puxa-sacos" ou interesseiros, certamente, iriam incondicionalmente apoiar Naamã. Mas, o bom-senso ajudou na sua cura.

8.   A humildade e a fé são as chaves certas para as portas das bênçãos serem abertas (2 Reis 5.14).

Quando Naamã com humildade e confiança resolveu descer e mergulhar no Jordão sete vezes, conforme a Palavra do homem de Deus, ele foi curado. Ele só foi abençoado quando obedeceu a palavra profética e abandonou seus conceitos soberbos e preconceituosos.

Muitos precisam descer do pedestal, colocar o coração dependente de Deus e mergulhar em suas promessas. A vitória virá para aqueles que se entregarem ao Senhor: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (Salmo 37.5).

Utilizando as chaves espirituais certas as portas serão abertas.

 

 

Como realizar nossos sonhos

 

“Prosseguiu o anjo: Levanta os teus olhos e vê que todos os machos que cobrem o rebanho são listados, salpicados e malhados; porque vejo tudo o que Labão te está fazendo. Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto” (Gn 31.12-13).

 Todos têm sonhos. Os sonhos da carne nem sempre são realizados.

Os que vêm do espírito, sim! Eles são de Deus e se realizam.

 Mas existem princípios bíblicos e é preciso ter plena compreensão das circunstâncias que envolvem a realização de um sonho.

 A história de Jacó nos ensina como ser vitorioso na vida sentimental, profissional e nos relacionamentos com as pessoas raivosas. 

1.   Os sonhos não são alcançados sem luta e sem a mão de Deus

Veja o que aconteceu com Jacó:

Sendo passado para trás: “Mas vosso pai me tem enganado e por dez vezes me mudou o salário; porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal nenhum” (Gn 31.7).

Oposição:“Vejo que o rosto de vosso pai não me é favorável como anteriormente; porém o Deus de meu pai tem estado comigo” (Gn 31. 5).

Mão de Deus: “Se não fora o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o temor de Isaque, por certo me despedirias agora de mãos vazias. Deus me atendeu ao sofrimento e ao trabalho das minhas mãos e te repreendeu ontem à noite” (Gn 31.42).

Às vezes, temos que retroceder estrategicamente: “Disse o Senhor, então, a Jacó: Volta para a terra de teus pais e para a tua parentela; e eu serei contigo” (Gn 31.3).  

2.   Não podemos desanimar com as circunstâncias negativas

  - Sofrimento físico: “Assim andava eu; de dia me consumia o calor, e de noite a geada; e o sono me fugia dos olhos” (Gn 31.40).

 - Sofrimento sentimental e profissional: “Estive vinte anos em tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; dez vezes mudaste o meu salário” (Gn 31.41).

 - Sofrendo prejuízo: “Nem te apresentei o que era despedaçado pelas feras;  sofri o dano; da minha mão requerias, tanto o furtado de dia como o de noite” (Gn 31.39).  

3.   Devemos andar na integridade e no tempo de Deus

- Perseverar mesmo que demore. Esperar o tempo de Deus: “Vinte anos eu estive contigo” (Gn 31.38).

 - Mesmo no prejuízo manter-se honesto: “...as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi os carneiros do teu rebanho” (Gn 31.38).

4.   Devemos lutar com garra pela nossa bênção

 Ao passar o “vau de Jaboque” com sua família Jacó ficou só: “Jacó, porém, ficou só; e lutava com ele um homem até o romper do dia. Quando este viu que não prevalecia contra ele, tocou-lhe a articulação da coxa, e se deslocou a junta da coxa de Jacó, enquanto lutava com ele. Disse o homem: Deixa-me ir, porque já vem rompendo o dia. Jacó, porém, respondeu: Não te deixarei ir, se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido. Perguntou-lhe Jacó: Dize-me, peço-te, o teu nome. Respondeu o homem: Por que perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou “(Gn 32.24-29).

Colocou o nome do lugar como Peniel: “Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva” (Gn 32.30). 

5.   Deus estará constantemente conosco e mudará nossas circunstâncias negativas

 Nossa determinação, fidelidade a Deus e integridade trarão recompensa:

 - Inimigos serão sensibilizados: “Labão lhe respondeu: Se tenho achado graça aos teus olhos, fica comigo; pois tenho percebido que o Senhor me abençoou por amor de ti” (Gn 30.27).

 - Deus multiplicará nosso trabalho: “Ao que lhe respondeu Jacó: Tu sabes como te tenho servido, e como tem passado o teu gado comigo. Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda tem se multiplicado abundantemente; e o Senhor te tem abençoado por onde quer que eu fui. Agora, pois, quando hei de trabalhar também por minha casa?” (Gn 30.29-30).

- Os anjos estarão em nosso caminho: “Jacó também seguiu o seu caminho; e encontraram-no os anjos de Deus. Quando Jacó os viu, disse: Este é o exército de Deus. E chamou àquele lugar Maanaim” (Gn 32.1-2).

 - As circunstâncias ameaçadoras serão revertidas: “Levantou Jacó os olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele” (Gn 33.1).

- Jacó se humilhou diante de Esaú e as barreiras foram quebradas. Mas ele mesmo passou adiante deles, e inclinou-se em terra sete vezes, até chegar perto de seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles choraram” (Gn 33.3-4).

Ele havia feito um pedido ao Senhor que se cumpriu: “Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque eu o temo; acaso não venha ele matar-me, e a mãe com os filhos” (Gn 32.11).

6. Nossos sonhos serão realizados na dimensão do espírito

- “Num sonho vi...”: “De modo que Deus tem tirado o gado de vosso pai, e mo tem dado a mim. Pois sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, levantei os olhos e num sonho vi que os bodes que cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malhados. Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis aqui” (Gn 31.9-11)

- O Senhor responderá nosso clamor: “Prosseguiu o anjo: Levanta os teus olhos e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te vem fazendo” (Gn 31.12).

- Deus se lembrará de nosso voto: “Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te, pois, sai-te desta terra e volta para a terra da tua parentela” (Gn 31.13).

Conclusão

Toda grande bênção sempre veio após lutas, perseverança e fidelidade a Deus. Foi assim com todos os servos e servas, como Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Gideão, Paulo, Wesley, Lutero, Martin Luther King, Nelson Mandela etc. Foi assim com pessoas simples como a Mulher de Cananéia; a mulher com hemorragia; o aleijado que esperava o mover da água etc.

Hoje ainda é assim. Devemos caminhar no equilíbrio sabendo das dificuldades, mas caminhar também na esperança porque o nosso Deus é o mesmo de Abraão, Isaque e Jacó.

Jacó passou por lutas imensas, mas foi vitorioso na vida profissional, sentimental e espiritual. Você pode ser também...

 

Como consertar as escolhas erradas feitas no passado

 

Quantas escolhas erradas fizemos no passado por acharmos que eram as decisões mais certas! Se soubéssemos como seria o amanhã, certamente não teríamos ido por aquele caminho e a nossa vida seria outra.

Às vezes, vamos até buscar orientação em Deus, mas nem sempre esperamos Sua resposta e, no fundo, conseguimos as repostas que nem são de Deus e sim de nosso coração.

Estudar a história da vida de personagens que passaram por essa situação nos ajuda a rever nossa caminhada e a tomar as melhores decisões hoje e, quem sabe, a consertar o que foi feito de errado no passado.

A história de Jacó é igual de muitos hoje: 

1.Atitudes em família que proporcionaram conflitos

 - A preferência de Isaque por Esaú e de Rebeca por Jacó trouxe desarmonia no lar (Gn 25.28). Esaú agradava a Isaque com a caça e Jacó por ser filho pacato, caseiro acabava agradando a Rebeca. Eram os ingredientes que gerariam conflitos no lar.

 -   O fato de Esaú ter nascido primeiro lhe daria direitos de herança o que deixou Jacó com sentimento de rejeição, inutilidade, frustração e baixa auto-estima. Jacó por isso agiu maquiavelicamente para tirar esse direito de Esaú (Gn 25.31-34)

-    Rebeca propõe ao filho Jacó enganar ao pai Isaque para receber a sua bênção (Gn 27.6-23)

-    Essa situação gerou ódio no coração de Esaú que quis matar Jacó (Gn 27.41).

-    Por Jacó ter agido na carne as conseqüências foram desastrosas para ele que teve que fugir de casa aconselhado pela mãe (Gn 28.43).

-   Rebeca quis dar um jeitinho e complicou a vida da família. Deus havia respondido a oração de Rebeca e lhe dito que o filho mais velho (Esaú) serviria ao mais moço (Jacó). Ela mesmo assim se precipitou (Gn 25.22-23).

 2. A bênção proporciona bênção

 -  O lado bom dessa história foi que Isaque, apesar de tudo que Jacó fez, o abençoou (Gn 28.1-4).

-   Logo ao sair de casa, Jacó tem um sonho em que Deus o abençoava (Gn 28.10-17). Sentiu a presença do Senhor e edificou um altar a Ele.

 3. Na dimensão do Espírito, Jacó reverte sua situação:

 -   Na vida sentimental:

Jacó aceitou trabalhar 7 anos para ter a mulher que amava, mas acabou sendo enganado e teve outra esposa. O pai empurrou a filha Lia para Jacó.

Apesar disso, ele não desistiu. Para ter a mulher dos seus sonhos ele trabalhou mais 7 anos (Gn 29.18-20). Pelo muito que ele a amava pareciam poucos anos...

Na vida profissional:

Deus abençoou financeiramente a Labão pelo trabalho de Jacó (Gn 30.30).

Seu sogro o enrolava e havia mudado seu salário já 14 vezes. Jacó faz um trato com seu sogro, entra na dimensão do Espírito e fica muito rico, mais do que o sogro (Gn 30. 31-43).

 Na vida espiritual:

Jacó, ao sair de casa, teve um sonho com anjos e o Senhor lhe prometeu bênçãos. Jacó fez um voto: “Se Deus for comigo, e me guardar... O Senhor será o meu Deus, e a pedra, que erigi por coluna será a Casa de Deus; e de tudo...eu te darei o dízimo” (Gn 28.20-22).

Jacó procurou entrar em contato profundo com Deus. Jacó ofereceu um sacrifício a Deus na montanha e os anjos saíram ao seu encontro (Gn 31.54-55; Gn 32.1-2).

Certa vez, Jacó segurou o anjo durante toda a noite para que fosse abençoado (Gn 32.24-28).

 -   No relacionamento com o irmão:

Jacó toma a iniciativa de reconciliar-se com seu irmão (Gn 32.2-4).               

Ele teve medo de Esaú, mas buscou e se humilhou diante de Deus pedindo livramento (Gn 32.7-12).

Ofereceu um grande presente ao irmão (Gn 32.13-15).

Pediu a bênção do anjo para sua vida (Gn 32.29).

Jacó se humilhou diante do irmão (Gn 33-3-4).

Os irmãos se reconciliaram. Eles se abraçaram, se beijaram e choraram (Gn 33.4). 

Quando houve reconciliação com seu irmão, Jacó levantou um altar ao Senhor (Gn 33.20).

 Conclusão

 Uma história que começou errada, mas na dimensão do Espírito, pela determinação e fé,  Jacó a reverteu.

 Houve mudança na sua vida espiritual, sentimental, profissional e no relacionamento com seu irmão.

 O mesmo pode acontecer conosco hoje. Somos herdeiros e coerdeiros com Cristo das promessas feitas a Abraão.  

 

 

Como ser servo do Senhor

   

No livro de Atos 4.36 está registrado que os apóstolos deram a José, um levita de Chipre, o nome Barnabé. Seu nome significa “filho da consolação" ou “exortação”. Os apóstolos passaram a chamá-lo de Barnabé, que significa "encorajador". Este nome é citado 29 vezes em Atos e 5 vezes nas cartas de Paulo.

 Barnabé é aquele que dá ânimo, encoraja. Eleva as pessoas. Estimula, edifica.

 Ele formava e reconstruía o caráter dos novos discípulos pela Palavra e pela unção do Espírito.

Quem quiser conhecer o padrão bíblico de um servo de Deus, especialmente de um arquiteto espiritual, deve inspirar-se no exemplo de pessoas como Barnabé, aqui chamado de homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11.24).  

1.Ele amava ao Senhor de todo coração, alma e entendimento

O texto de Atos 4.37 diz que Barnabé vendeu um campo que possuía e “trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”. 

Logo a seguir a Bíblia registra a infidelidade e morte de Ananias e Safira.

Barnabé foi louvado pela transparência e fidelidade; Ananias e Safira foram mortos por sua hipocrisia.

Barnabé levou a sério a vida cristã, Ananias e Safira, não.  

O Senhor não é contra termos bens materiais. Ele promete bênçãos para nós. Mas devemos colocar o Reino em primeiro lugar.

 Se não nos dermos ao Senhor de corpo e alma, em alguma área de nossa vida seremos infiéis.

 Barnabé é um exemplo de plena dedicação e consagração.

2.Ele dava oportunidade aos que queriam mostrar o seu valor

Paulo teve um início difícil. Pela sua má fama anterior, ninguém queria saber dele. Mas Barnabé lhe deu uma oportunidade.

O apóstolo Paulo “procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus” (At 9.26-27).

Como é difícil recomeçar depois de uma fase negativa, depois de uma queda. Somos preconceituosos, medrosos e até mesmo “fariseus”.

Barnabé é um exemplo de alguém que teve discernimento, sabedoria, visão e abriu caminho para Paulo ser o apóstolo que foi.  

3.Ele se entusiasmava e se dedicava à obra de Deus

Para Barnabé não havia dia ruim, falta de tempo ou missão impossível. Ele estava sempre disponível para servir ao Senhor.

 - Ele vibrava: “O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração” (At 11.23).

 - Ele dava tempo para a obra do Senhor: “partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.25-26). 

 - Ele realizava a obra do Senhor com dedicação: “Mas Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando com muitos outros a palavra do Senhor” (At 15.35).  

4. Ele era submisso à liderança e estava pronto para servir

 Barnabé tinha o ego crucificado. Tinha aprendido a ser um servo, submisso porque era cheio do Espírito: 

- Jerusalém envia Barnabé: “E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia” (At 11.22). Quando, mais tarde, foi preciso ser submisso, ele novamente se submeteu:

- Antioquia envia Barnabé e Paulo à Judéia para levarem suprimentos aos cristãos:“Enviando-os aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo” (At 11.30). 

5.  Barnabé vivia em comunhão com a igreja e aceitou o desafio missionário

Um servo do Senhor procura estar em comunhão com o corpo de Cristo e ser sensível à voz do Espírito:

 Na igreja em Antioquia havia alguns profetas e doutores: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio de Cirene, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13.1-2).

 Um servo quer servir, não importa o cargo ou o título. Como Barnabé era humilde ele não se importou em perder o papel de líder na primeira missão cristã. O nome de Barnabé sempre vinha na frente do nome de Saulo (At 13.7). Depois, Paulo passou a ter seu nome citado primeiro (At 13.43). Isso significa o nome de maior liderança.

 6. Ele tinha ousadia na Palavra e não temia tomar decisões radicais

No texto a seguir vemos toda ousadia de Paulo e Barnabé: “Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo e Barnabé; os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de Deus. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (Atos 13.43-45).

Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: “Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios;

Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da terra. 

Os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.

E a palavra do Senhor se divulgava por toda aquela província.

Mas os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos.

Sacudindo, porém, contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio. E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (At 13.46-52).

  7. Ele foi decisivo na preservação da ênfase da graça do Senhor na Igreja

Quando alguns novos cristãos quiseram que os convertidos praticassem as leis do Antigo testamento, alguns cristãos sábios se levantaram, entre eles Barnabé, para defenderem a graça de Deus:

 “Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos. Tendo Paulo e Barnabé contenda e não pequena discussão com eles, os irmãos resolveram que Paulo e Barnabé e mais alguns dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, por causa desta questão.  Eles, pois, sendo acompanhados pela igreja por um trecho do caminho, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos.  E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto Deus fizera por meio deles. Mas alguns da seita dos fariseus, que tinham crido, levantaram-se dizendo que era necessário circuncidá-los e mandar-lhes observar a lei de Moisés” (Atos 15.1-5).

 Pedro se levantou e falou do que Deus havia feito aos gentios.

Palavra de Barnabé e Paulo: “Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios” (At 15.12).

  8. Ele dava nova oportunidade ao que errou pensando em sua restauração

 Como Marcos um dia havia abandonado a obra missionária, Paulo não estava disposto a aceitá-lo de novo. Barnabé queria dar nova oportunidade a Marcos:

“Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (At 15.39-41). 

 Cerca de onze anos mais tarde, ao escrever aos Colossenses e a Filemon (Cl 4.10; Fm 23-24), Paulo se refere a João Marcos como um dos seus cooperadores na prisão, e na segunda carta a Timóteo, já no final da sua vida, ele dá este testemunho: “Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4.11). É a prova de que Barnabé estava certo.

 Conclusão

Nos dias de hoje em que muitos líderes vivem nas manchetes e chegam a ser idolatrados, nada melhor do que recorrer à Palavra de Deus e seguirmos o exemplo de servos e servas que são exemplos para nós.

Barnabé tinha dons do Espírito e o caráter de Cristo.

Somos chamados a ter o mesmo procedimento, as mesmas marcas de Cristo em nós que é obra do Espírito Santo de Deus.

Precisamos de Barnabés hoje, em dias difíceis, que dêem ânimo as pessoas, estimulem a permanecer na graça do Senhor e a se manterem fiéis.

Somos chamados para sermos arquitetos espirituais, para construir e edificar vidas.

Não somos demolidores e sim construtores espirituais.

 

 

     Como usar o poder da palavra profética

 

A parábola do vale de ossos secos nos mostra o poder da ação do Espírito e da palavra profética. Era um tempo em que o povo de Israel precisava de esperança e de restauração. Estavam como mortos, cativos, sem esperança.

O povo de Deus precisava ser fortalecido e o profeta Ezequiel procurou fortalecer e trazer esperança.

Ezequiel significa Deus fortalece.

A parábola do vale dos ossos secos é semelhante à situação de muitas pessoas hoje. Muitos precisam ser revitalizados pelo Espírito Santo.

Há uma necessidade de que haja cristãos com a visão profética e a prática de Ezequiel para que vidas sejam restauradas.

Nesta parábola aprendemos:

1. O Espírito sabe o que faz. Devemos estar submissos a Ele

"Veio sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo Espírito do Senhor e me deixou no meio de um vale que estava cheio de ossos." E completa dizendo: "e me fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam sequíssimos" (Ez 37. 1-2).

Da mesma forma que um dia o Espírito Santo levou Jesus para o deserto, às vezes, o Espírito pode nos levar para lugares inesperados para nos ensinar e para proferirmos a sua palavra. Foi isto o que Deus fez com Ezequiel.

O Espírito nos leva para lugares de paz, alegria e amor mas, nos leva também aos ossos de hoje que estão sem vida para que possamos promover a sua restauração.

Somos chamados a ser instrumentos de restauração.

Somos instrumentos de um Reino para termos vida plena. Jesus disse que o mundo jaz no maligno. Ele disse: se eu expulso demônios é chegado o Reino até vós. Deus enviou Jesus para trazer luz ao um mundo cheio de trevas (Jo 1.5)

2. Devemos crer que por causa da misericórdia e do poder de Deus há esperança no vale

Uma pessoa no vale da sombra da morte ou no vale de ossos secos pode estar sem esperança. Todos os recursos já acabaram. Que fazer agora?

O Senhor provou a Ezequiel dizendo:

“E me disse: Filho do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor DEUS, tu o sabes” (Ez 37.3).

 Essa foi a resposta sábia do profeta. Ele tinha consciência da situação horrível em que se achava; contudo, sabia também que o Deus a quem servia era Deus de milagres, e dependia totalmente dEle para sair daquele vale de ossos secos. Só o Deus de misericórdia e que faz muito além do que pedimos ou pensamos pode tirar alguém do vale.

Muitos estão no vale da sombra da morte e outros no vale dos ossos secos, sem vida, sem esperança. Estão cativos de vícios, problemas emocionais e de trevas.

Por causa do grande amor de Deus temos esperança. Deus quer retirar de nós o jugo. Mas precisamos de fé.

Se crermos, veremos a glória de Deus. Depende de nós.

A verdadeira fé em Deus nos leva a saber que Deus pode fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos.

A verdadeira fé em Deus nos leva a esperar sempre a última palavra decisiva como vinda de Deus.

3. Devemos estar atentos para ouvir e obedecer a Palavra do Espírito

"Disse-me ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR" (Ez 37.4).

Ezequiel deve ter pensado: será que estou ouvindo direito: devo falar a palavra do Senhor a estes ossos secos? Será que estou ficando louco? Às vezes, as ordens divinas nos parecem loucuras, devaneios mentais ouvidos ocasionalmente. Mas quando Deus nos dá uma ordem, ela deve ser cumprida. Notamos aqui que Deus busca no profeta duas coisas: a fé para crer no impossível e a obediência para presenciar a realização do inacreditável.

Então o profeta, em obediência ao Senhor profere as palavras: "Assim diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis" (Ez 37.6). Aqui duas coisas acontecem: o profeta fala em nome do Senhor Deus a sua palavra e ordena ao espírito que assopre sobre os ossos para que vivam.

A palavra foi objetiva sobre os ossos!

Nem mais, nem menos.

É necessário dizer, expressar. No mundo espiritual a palavra tem grande valor.

O antigo líder egípcio Arafat disse: A palavra tem mais poder do que o revólver!

Não podemos profetizar por ritualismo, por brincadeira, pela nossa mente ou por fantasia. Só quando tivermos a certeza do Espírito.

Antonio Conselheiro, místico rebelde e líder espiritual do arraial de Canudos (1893-1897), profetizou para mais de 5 mil pobres no deserto que "O Sertão vai virar Mar e o Mar vai virar Sertão". Eles morreram e essa profecia nunca se cumpriu.

4. Devemos reconhecer que o poder pertence a Deus

O fato de eu orar ou profetizar e alguém ser abençoado, não significa que a glória é minha. Fui apenas canal. A Bíblia é clara ao dizer:

“Assim diz o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o SENHOR” (Ez 37.5-6).

Veja o exemplo de Paul Schoo: Ele andava desanimado porque nada acontecia em sua Igreja na Coréia. Só havia uma meia dúzia de membros. Um dia ele pensou em desistir, mas eis que um membro de sua igreja levou um aleijado para ele curar. Ele ficou desesperado. Como um aleijado espiritual pode orar para um aleijado físico. Ele orava e pedia o aleijado para andar, mas ele caia no chão parecendo que ia se quebrar todo. Então, foi ao altar do Senhor e lhe disse algo assim: Senhor, se Tu não me deres unção e tamanha fé para essa cura, estou desistindo de tudo. Houve uma plena entrega e a unção veio sobre ele. Então, orou para o aleijado andar e ele foi curado.

Nós somos canais, instrumentos, mas o poder e a glória pertencem a Deus.

5. Devemos crer e obedecer integralmente a Palavra do Senhor

"Então, profetizei segundo me fora ordenado" (Ez 37. 7).

Não podemos ir além e nem deixar de fazer o que Ele determina.

Somos servos e servas. Ele é o Senhor. A nós cabe apenas acatar suas determinações.

Se obedecermos, se formos fiéis e tivermos fé, o poder de Deus se moverá através de nós.

6. Quando profetizamos com fé e unção, algo acontece

"...enquanto eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se ajuntavam, cada osso ao seu osso." (Ez 37.7).

Wesley diz que Deus nada faz senão em resposta às nossas orações.

Jesus disse que, se pedir, receberemos. Somos filhos e filhas, herdeiros e co-herdeiros com Cristo.

7. Devemos profetizar para que haja o mover do Espírito

“Então, ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam” (Ez 37.9).

Jesus disse que, se pedíssemos o Espírito Santo, o Pai daria (Lc 11. 13).

Se você não tem o Espírito Santo, como os discípulos em Samaria (Atos 8.14-25) não haviam recebido, peça a Deus.

Se estão faltando a unção e a intrepidez em seu ministério, peça a Deus. Os discípulos oraram e ficaram cheios do Espírito e passaram a pregar com intrepidez.

8. O Espírito irá agir e promover restauração

"Profetizei como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé, um exército sobremodo numeroso...Assim diz o Senhor Deus: Eis que abrirei a vossa sepultura e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel. Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos fizer sair dela, ó povo meu." (Ez 37.10-13).

Deus quer restaurar e trazer vida plena a todos. Jesus veio para que todos pudessem passar do reino das trevas para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13).

O Espírito do Senhor estava sobre Jesus para libertar os cativos, por em liberdade os oprimidos, curar os cegos, etc (Lc 4.16-19).

Conclusão

Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, nos anos 593-570 aC. O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, profetizou a restauração da nação de Israel.

Aos seus desesperados ouvintes, depois da queda de Jerusalém, Ezequiel veio a ser um consolador, um porta-voz da salvação que pregou a necessidade de mudança do coração (Ez 36.25-27). Ele foi um profeta que previu a restauração divina do templo, dos cultos e da terra para um Israel redimido e purificado.

A situação política de Israel nos dá o pano de fundo dessa visão tão conhecida do Antigo Testamento. Após a queda de Jerusalém, o povo se viu sitiado e espalhado entre as nações. A profecia de Ezequiel trouxe ao povo, sem perspectivas, a esperança de restauração e o retorno à terra de sua parentela (Ez 36.24).

Essa possibilidade de resgatar a dignidade e a alegria não se encontrava na casa de Israel, que havia se desviado de Deus e traído a sua confiança, mas residia na imensa misericórdia de Deus.

Hoje, se você também se sente sem vida, seco, é preciso deixar o Espírito restaurar sua vida e lhe fortalecer.

Abra-se ao mover do Espírito de Deus que traz vida hoje também.

Deus quer restaurar as pessoas hoje em toda a terra, mas para isso é preciso que existam homens e mulheres dispostos a proferir a palavra do Senhor com fé e obediência; é preciso que esperemos pelos resultados da palavra que foi proferida.

Como um poço pode ser uma fonte de bênção

 

Nós podemos chegar ao fundo do poço ou fazer de um poço nossa fonte de bênção.

A Bíblia diz: "Tomaram então, a Jeremias e o lançaram na cisterna (...). Na cisterna não havia água, senão lama; e Jeremias se atolou na lama" (Jr 38.6).

Há pessoas que estão como o profeta Jeremias, no fundo do poço. Chegaram ao limite da existência humana, não vêem mais solução para a crise estabelecida, estão sozinhas, machucadas, com feridas internas que ser humano nenhum pode curar, dores profundas que a medicina não consegue explicar. O que está de fato a sua frente são as impossibilidades e muita escuridão.

O fundo do poço é o lugar da não sobrevivência, da lama, da sujeira imposta pelos outros ou por uma circunstância.

Temos que aprender a estar junto do poço de águas cristalinas.

 A Bíblia realça a importância do poço.

 1. Algumas pessoas tiveram sua história mudada junto ao poço

 Veja alguns exemplos na Bíblia:

- Rebeca, a futura esposa de Isaque, foi encontrada junto a um poço - “Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde, hora em que as moças saem a tirar água...Considerava ele ainda, quando saiu Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão, trazendo um cântaro ao ombro” (Gn 24. 11 e 15).

- Jacó conheceu Raquel junto a um poço: “Pôs-se Jacó a caminho...Olhou, e eis um poço no campo...Tendo visto Jacó a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, chegou-se removeu a pedra da boca do poço, e deu de beber ao rebanho de Labão, irmão de sua mãe. Feito isso, Jacó beijou a Raquel e, erguendo a voz, chorou” (Gn 29.1-2, 10-11).

- Moisés encontrou sua esposa, Zípora, junto a um poço: “...porém Moisés fugiu da presença de Faraó, e se deteve na terra de Midiã; e assentou-se junto a um poço. O sacerdote de Midiã tinha sete filhas, as quais vieram a tirar água...” (Ex 2.15-16).

- A mulher samaritana teve seu encontro com Jesus junto ao poço de Jacó: “Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: dá-me de beber” (Jo 4. 6-7).

 Alguns ensinamentos sobre o poço:

 2. Para obter seu poço, caminhe pelo Espírito e não pela obra da carne

 Evite o ódio, as tramas, o ressentimento e o espírito de vingança. A obra da carne fecha os poços: “Semeou Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o Senhor o abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou, ficou riquíssimo; possuía ovelhas e bois, e grande número de servos, de maneira que os filisteus lhe tinham inveja. E, por isso, lhe entulharam todos os poços que os servos de seu pai haviam cavado, nos dias de Abraão, enchendo-os de terra. Disse Abimeleque a Isaque: Aparta-te de nós, porque já és muito mais poderoso do que nós. Então Isaque saiu dali e se acampou no vale de Gerar, onde habitou” (Gn 26.12-17).

 - Isaque caminhou pela humildade e procurou a paz. Quando Abimeleque, invejoso, pediu para Isaque sair dali, ele o fez. Evitou a briga, a polêmica. Por isso foi depois abençoado.

 - Isaque caminhou pela fé. Não pode ser aquele poço? Não importa! O Senhor dará outro.  Por isso, ele partiu...

 3. Procure poços que lhe abram os horizontes

 Não podemos desistir por causa de uma luta ou oposição. Nem podemos aceitar o primeiro poço que aparece.

 Isaque teve critérios para cavar um poço - Isaque primeiro foi aos poços que haviam dado abundante água no passado:E tornou Isaque a abrir os poços que se cavaram nos dias de Abraão, seu pai (porque os filisteus os haviam entulhado depois da morte de Abraão), e lhes deu os mesmos nomes que já seu pai lhes havia posto” (Gn 26.18).

 - Mas eram poços marcados pela polêmica. Isaque não ficou junto a esses poços. Não haveria progresso e bem-estar: “Cavaram os servos de Isaque no vale, e acharam um poço de água nascente. Mas os pastores de Gerar contenderam com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou o poço de Eseque, porque contenderam com ele. Então cavaram outro poço, e também por causa desse contenderam; por isso recebeu o nome de Sitna” (Gn 26.19-20).

- Isaque encontrou um poço que tinha ampla possibilidade de sucesso: “Partindo dali, cavou ainda outro poço; e, como por esse não contenderam, chamou-lhe Reobote, e disse: Porque agora nos deu lugar o Senhor, e prosperaremos na terra.” (Gn 26.22).

 Reobote significa “lugares amplos”.

 4. A bênção virá quando encontrarmos o poço certo

 - Devemos esperar a bênção porque somos filhos e filhas de Deus: “Na mesma noite lhe apareceu o Senhor, e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas porque eu sou contigo; abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.24).

 - Os poços devem ser abertos após a busca do Senhor: “Então levantou ali um altar e, tendo invocado o nome do Senhor, armou a sua tenda; e os servos de Isaque abriram ali um poço” (Gn 26.25).

 - Como resultado da bênção do Senhor os inimigos nos deixarão em paz: “De Gerar foram ter com ele Abimeleque e seu amigo Ausate, e Ficol, comandante do seu exército. Disse-lhe Isaque: Por que vieste a mim, pois me odiais, e me expulsaste do vosso meio?” (Gn 26.26-27).

“Eles responderam: Vimos claramente que o Senhor é contigo; então dissemos: Haja agora juramento entre nós e ti, e façamos aliança contigo.

Jura que nos não farás mal, como também não te havemos tocado, e como te fizemos somente o bem, e te deixamos ir em paz. Tu és agora o abençoado do Senhor.

Então Isaque lhes deu um banquete, e comeram e beberam. Levantando-se de madrugada, juraram de parte a parte; Isaque os despediu, e eles se foram em paz” (Gn 26. 28- 31).

 A bênção do Senhor virá no momento próprio: “Nesse mesmo dia vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia do poço que tinham cavado, lhe disseram: Achamos água. Ao poço chamou-lhe Seba; por isso Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje”  (Gn 26.32-33).

  Conclusão

  Algumas atitudes para sermos abençoados:

 - Evite estar junto dos “pântanos ou dos brejos”, isto é, de situações, lugares e de pessoas negativas.

 Esteja sempre junto ao poço de água cristalina, isto é, de lugares onde se pratica a Palavra e de pessoas que são fiéis e servas do Senhor.  

 - Peça a Deus para abrir teus olhos para enxergar onde está o poço:

“Mas Deus ouviu a voz do menino e, do céu, o anjo de Deus chamou Agar, Disse ele: ‘Agar, que aconteceu? Não tenha medo! Deus ouviu a voz do menino, dali onde ele está. Vamos! Levante-se! Vá lá e trate de animar o rapaz. Pois vou fazer uma grande nação dos descendentes dele’. Deus abriu os olhos de Agar, e ela viu um poço de água. Foi lá, encheu o cantil, e deu água ao filho” (Gn 21.17-19).

 - Não feche e nem deixe ninguém fechar seu poço. Quando você encontrar seu poço, lute por ele. Não deixe ninguém fechar seu poço, mas também não seja descuidado. Zele por ele. Ele é fonte de bênçãos para você.

  - Cave um poço bem alicerçado para que a água não vaze: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas rachadas, que não retêm as águas” (Jr 2.13).

 Não deixe brechas em sua vida para sua bênção não vazar.

   

Como ter profundidade no relacionamento com Deus

 

A TotalFinaElf, em 2002, fez uma descoberta de petróleo na Bacia de Campos numa parceria com a Petrobrás. Na época, o presidente da empresa no Brasil disse que o projeto tinha um desafio muito grande, a profundidade do poço.

O poço está localizado numa lâmina dágua de 2,4 mil metros. Nem a Petrobrás havia perfurado tão fundo.

Um tribunal da Flórida concedeu a um grupo de americanos caçadores de tesouro os direitos limitados sobre o que talvez seja a descoberta submarina mais valiosa do mundo - um tesouro estimado em US$ 3,2 bilhões encontrado a bordo de um navio naufragado que eles afirmam ser o galeão Notre Dame de Deliverance há muito tempo perdido.

Tesouros se encontram em grandes profundidades.

Paulo fala dessa riqueza que há em Deus e coloca a necessidade de algumas atitudes nossas para adquirirmos esse tesouro:

1. Necessidade da profundidade no relacionamento com Deus 

A Bíblia diz: "Ó profundidade das riquezas da sabedoria e da ciência de Deus! Quão incompreensíveis são os seus juízos e imperscrutáveis os seus caminhos! Pois quem conheceu o pensamento do Senhor? Ou que foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu alguma coisa, primeiro, para que tenha que receber em troca? Porque dele, por ele e para ele são todas as coisas; a ele glória por todos os séculos. Amém" (Rm 11.33-36).

Profundidade é o contrário de superficialidade.

A expressão imperscrutável quer dizer não se pode esquadrinhar; investigar minuciosamente, penetrar; sondar atentamente.

Devido a esta profundidade e riqueza incompreendida pela razão humana  não é possível ser superficial no relacionamento com Deus.

Para se relacionar com Deus é preciso obediência, profundidade, humildade, coração quebrantado, entrega, consagração.

 Paulo fala dessa profundidade:

- "E, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade" (Ef 3.17-18).

-  "e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus" (Ef 3.19).

-  "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós" (Ef 3.20).

- Jesus fala dessa profundidade:

- "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Mt 22.37-39).

Por isso, Paulo roga:

"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.1-2). 

É preciso realizar um culto racional, lógico, isto é, com um sentido para Deus. Como as ovelhas eram oferecidas ao Senhor no Antigo Testamento, o culto a Deus deve ser com sacrifício vivo, santo e agradável de nossas vidas.

Como adquirir essa profundidade no relacionamento com Deus?

2. Necessidade de recusar a forma do mundo 

Temos o livre arbítrio. Não culpe a Deus, se você se envolver com as trevas e negar à Palavra. A decisão é sua!

No mundo, os crentes são forasteiros e peregrinos: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1Pe. 2.11.Conferir em Hb 11.13).

Por isso, o cristão não pertence ao mundo (Jo 15.19);  não deve amar o mundo (1Jo 2.15-16); deve vencer o mundo (1Jo 5.4); deve odiar a iniqüidade do mundo (Hb 1.9); deve crucificar o mundo (Gl 6.14) e ser liberto do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4).

Amar o mundo significa estar em estreita comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende e se opõe a Deus.

Não se conformar, não se moldar (Rm 12.2) é não adquirir a forma do que é negativo no mundo.

Nosso pensamento e comportamento têm a tendência de se moldarem de acordo com quem nos rodeia especialmente de quem gostamos ou respeitamos. Também podemos ser moldados por aquilo que lemos e ouvimos. Isso tem acontecido com diversos cristãos. Muitos programas de TV e muitos sites e blogs da Internet apresentam idéias contrárias ao que encontramos na Palavra de Deus.

Quem se conforma é porque cedeu à tentação.

Quem se conforma não tinha uma boa estrutura e não suportou a tentação.

Certamente, viveu um cristianismo superficial sem os fundamentos da fé cristã.

Quem se conforma perde a identidade. Adquire a forma do anti-reino.

3. Necessidade de quebrantamento

Não é possível com a mente carnal ter comunhão profunda e nem amar a Deus. Essa mente precisa ser transformada.

A mente carnal é qualquer pessoa que vive para este mundo e para a aprovação dos homens, em vez de viver para o céu e para a aprovação de Deus. Vive por viver e não tem um propósito de viver uma vida em Deus.
Precisamos, então, quebrar paradigmas, romper com tradições estéreis e a mentalidade quadrada, limitada. Para isso, precisamos de quebrantamento.

Como disse Marcos Witt: Quando Deus nos quebranta, seu objetivo não é nos destruir. Ele quer destruir as atitudes incorretas que há em nós, para que assim a sua glória possa refletir-se por nosso intermédio.

O quebrantamento leva ao arrependimento, e arrependimento leva ao perdão; perdão leva à liberdade e liberdade nos proporciona uma maior capacidade de amar; o amor sempre nos leva de volta para a verdadeira adoração a Deus, e adoração a Deus nos leva a níveis mais profundos de comunhão com Deus.

 

Exemplo do milho: A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a mudar. E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?[6]

É pelo Espírito Santo que adquirimos a forma do caráter de Cristo: comunhão com Deus, solidariedade com próximo, prática da justiça, vida em profundidade.

4. Consequências de uma mente renovada

- Experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus (Rm 12.2). Estaremos em sintonia com a dimensão de Deus e poderemos assim discernir Sua vontade e sermos vitoriosos.

- Alcançaremos à sobriedade no corpo de Cristo (Rm 12.3-8): “Não tenha de si mesmo mais alto conceito do que convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus, repartiu a cada um. Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros”.   

- Exerceremos nosso ministério com fervor. Exerceremos os ministérios com fé, alegria, liberalidade, dedicação, zelo: "Sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor" (Rm 12.11).   

- Teremos verdadeira prática de amor para com o próximo. Amaremos com amor sincero e de doação (Rm 12.9-10 e 13): "O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem” (Rm 12.9). “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros" (Rm 2.10); “Compartilhai as necessidades dos santos, praticai a hospitalidade" (Rm 12.13).

- O fruto do Espírito estará presente na vida do cristão: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração" (Rm 12.12).

Conclusão

 Vivemos em constante tensão no mundo. Se não nos agarrarmos à Palavra de Deus e ao mover constante do Espírito, sofreremos influências e nos moldaremos conforme o mundo. Quando menos esperarmos estaremos repetindo o mundo em sua prática. Poderemos perder a nossa bênção.

 Precisamos, por isso, dar tempo à Palavra, à vida devocional, à Igreja como sendo fundamentais à nossa vida.

   

 

Como um pássaro de asa quebrada pode voar

 

Algumas pessoas nascem com a asa quebrada e não podem voar. Nascem com problemas sérios. Outras na estrada da vida estão sujeitas a ficarem pelo caminho ou a serem devoradas pelos lobos.

Sim, também há pessoas que nascem em um ambiente tão negativo nos levando a pensar que o seu futuro será sombrio. Outras até acreditam terem um “carma”, um destino ruim traçado por Deus onde só um milagre poderia mudar o rumo de suas vidas.

Pode um pássaro de asa quebrada voar?

Pode uma oração renovar e mudar radicalmente a nossa vida?

Sim, orar é entrar em contato com as possibilidades infinitas que há  em Deus. Jesus disse que tudo que pedirmos com fé Deus nos atenderá. Ele reafirmou "tudo". Então é possível voar! Com Deus é possível ir além dos nossos limites humanos.

A história de Jabez nos mostra essa verdade. Ele nasceu marcado pelo seu nome que significa "dor" ou "que causou dores". Ele nasceu com a asa quebrada. A Bíblia afirma: "(...) sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz" (1Cr 4.9). O nome significava o que a pessoa era, como  seria o seu futuro e a sua vida.

A história de Jabez

Uma pessoa marcada pela dor é o que Jabez seria. Na sua vida sentimental ele teria decepções. Na vida profissional nada daria certo por mais que se esforçasse. Assim ele visualizava o seu futuro. Certamente, por causa disso, muitos evitaram entrar em contato com Jabez. As pessoas tinham receio de pegar o mal que nele havia. Afinal, estar em contato com uma pessoa assim é se arriscar a sofrer também. Sentimentos de rejeição e baixa auto-estima deveriam estar no coração de Jabez.

Por outro lado, ele poderia ter desenvolvido um ressentimento contra a sua mãe e o próprio Deus. Afinal, ela escolheu o nome nele e Deus teria permitido isso acontecer.

Muitos dizem: Ah! Senhor, porque permitistes acontecer isso comigo?

Não é assim que muitos procedem?

Jabez, porém, tomou uma atitude que mudaria sua vida: buscou a Deus. Diz a Bíblia: "Jabez invocou o Deus de Israel" (1Cr 4.10).

O que o teria motivado a desejar uma resposta de Deus?

O seu desespero ou inconformismo?

Será que foi uma palavra de esperança que ouviu em algum lugar, uma mensagem bíblica ou a palavra de uma pessoa amiga?

Exemplos de Garrincha e Luanne

Garrincha foi um pássaro que nasceu com a asa quebrada. Ele tinha as  pernas tortas e se transformou num fenômeno no mundo do futebol. Ele foi bi-campeão mundial pelo Brasil. Alguém um dia resolveu lhe dar uma chance e ele foi um vencedor. Garrincha voou.

Uma palavra de esperança na hora mais difícil pode apontar um novo rumo para aquele que está em desespero e dar um suporte ao fraco para ele levantar vôo. Uma palavra de estímulo pode ajudar uma pessoa a sair de uma situação difícil e ser vitoriosa.

Li a história de Luanne que nasceu com paralisia cerebral. Ela só conseguia mexer o dedão de um pé. Podemos dizer que Luanne estava marcada para ser uma inútil. Contudo, seus pais, pessoas religiosas e carinhosas, lhe ensinaram sobre verdade, confiança, fé e amor. Luanne aprendeu digitação num teclado de computador utilizando apenas o dedão do pé e escreveu o livro "Pássaro de asa quebrada". Na verdade, ela nasceu com as duas asas quebradas, mas com seu único recurso escreveu sobre a história da sua vida e sobre como transformar os problemas em triunfo, tragédia em vitória.

A oração de Jabez

Jabez fez uma oração que mudou radicalmente sua vida. Em 1Crônicas 4.10 estão registrados os seus quatro pedidos:

1. “tomara que me abençoes”

2. “e me alargues as fronteiras”

3. “que seja comigo a tua mão”

4. “e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!"

Por ter um traço negativo desde o nascimento Jabez sabia que só seria vitorioso, se esse mal fosse anulado com a graça de Deus. Então pediu primeiro a bênção. Ele usou de sabedoria. São pedidos feitos a Deus com a direção do Espírito Santo. Às vezes, nem sabemos como orar e deixamos de ser abençoados.

Ele demonstrou querer ir além da mesmice das pessoas do seu tempo ao pedir “me alargues as fronteiras”! Deus age na medida da nossa fé. “Seja feito segundo a sua fé” foram palavras de Jesus para alguém que lhe pediu cura.

Jabez pediu o bem mais precioso que podemos ter - a presença de Deus: “que seja comigo a tua mão". Ter o Senhor ao nosso lado é a garantia da paz, amor e vitória.

Por fim, ele pediu livramento: “e me preserves do mal de modo que não me sobrevenha aflição”. Com essa oração as dores pré-determinadas para a sua vida foram anuladas.

A Bíblia diz: “E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Uma oração simples, mas feita do fundo do coração. Uma oração feita no limite de sua resistência e da sua capacidade.

Jabez foi "mais ilustre do que seus irmãos" (1Cr 4.9). Ele teve mais sucesso e foi mais além.

Qual o motivo?

 Seus irmãos, provavelmente se conformaram com a vida que levavam ou confiaram apenas em seus próprios méritos. Deviam ter tido nomes inadequados e aceitaram isso como um destino de Deus para suas vidas. De qualquer maneira eles tinham a asa quebrada e não souberam como voar. Não procuraram a resposta em Deus.

Conclusão

A oração de Jabez ensina que o rumo sombrio de nossa história pode ser mudado, se confiarmos no ilimitado poder de Deus e o buscarmos de todo o coração.

Como diz a Bíblia, “mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças, sobem com asas como águias” (Isaías 40.31).

  

 

Como resgatar a identidade perdida

  

O que é identidade?

 É o conjunto de elementos que permite caracterizar e identificar uma pessoa.

 Todos devem ter uma identidade, pois é o documento que mostra quem somos. Em 29 de Julho de 1904 foi expedida a primeira carteira de identidade.

 Na carteira de identidade há a cor dos olhos, cor da pele, altura, data e local do nascimento, nome dos pais, etc.

 Os cristãos também têm identidade. São aqueles que seguem a Jesus; praticam a Bíblia; têm Deus como Pai; freqüentam a igreja; testemunham Seu amor, poder e têm como marcas o amor, a justiça, a mansidão, a humildade etc.

 I - A perda da identidade de filhos e filhas de Deus

Deus nos criou com uma identidade. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus - com marcas do caráter de Deus - amor, livre arbítreo, senso moral, liberdade, capacidade de evoluir. O pecado nos fez perder parte dessa identidade. É como se um belo retrato nosso ficasse amassado, arranhado e precisasse ser restaurado.

Jesus veio e a Igreja foi criada para resgatar o ser humano – “O Espírito de Deus está sobre mim pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos (Lc 4.18)”.

Mas mesmo os que readquiriram a identidade de filho e filha de Deus podem perdê-la de novo, se não permanecerem com o Senhor.

Os desenhos digitais (impressão digital) existem desde o 6º mês de vida fetal, permanecendo intactos, inclusive após a morte. Na vida cristã é diferente. As marcas digitais aparecem desde o primeiro dia em que uma pessoa nasce de novo, mas desaparecem quando a pessoa morre espiritualmente.

Assim, em vez de amar, ela vai odiar as pessoas. Em vez de ter paz, vai ter tormento. Em vez de ter comunhão com Deus, vai se afastar dele.

   II - A perda da identidade hoje 

Perder uma identidade não é nada bom. Ela revela quem nós somos. Logo precisamos obter outra, pois não podemos andar sem identidade.

 1. Alguns perdem a identidade por causa do curso desse mundo e pelas inclinações da carne

Exemplo de uma reportagem da Revista Isto É: Segundo a revista, os adolescentes têm se identificado com os traficantes. Com a impotência diante do caos da sociedade, o adolescente se identifica com a ousadia, radicalidade e a coragem dos traficantes. Eles se tornam modelos, heróis.

A revista Isto É fez uma reportagem sobre um bandido que matou mais de 100 pessoas e só tem ódio em seu coração. Quando sua mãe estava grávida dele, seu pai deu um chute na barriga da mãe e ele nasceu com uma lesão no cérebro. Aos 14 anos já tinha vontade de matar.

 2. Alguns perdem a identidade por causa da ação das potestades

 Vamos ver o exemplo do Geraseno (Mc 5.1-13). Ele era uma pessoa possessa de espírito imundo. Uma pessoa possessa pode agir assim:

 Vive em ambiente de morte. “Ao desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de espírito imundo” (Mc 5.2). Sem a identidade cristã, a pessoa passa a conviver em ambientes de morte e será uma pessoa sem dignidade - imunda sem a luz, o amor e a paz do Senhor.

O ambiente de morte das pessoas afastadas de Deus hoje são os locais de bebidas, jogos, drogas, cracolândia da vida, sites pornográficos, festas mundanas, seitas que invocam outros deuses, etc.

Usa sempre a violência:  “e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por ele, e os grilhões despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo” (Mc 5.3-4).

As pessoas influenciadas pelos demônios usam de agressividade física e palavras ofensivas. Em vez de unir, dividem. Em vez de edificar, destroem.

Perde a noção do tempo e espaço: “Andava sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras” (Mc 5.5).

 As pessoas que estão sem Deus têm um grande vazio na alma e procuram preenche-lo com drogas, orgias, bebidas, demônios etc. Na verdade, mais se destroem.

As pessoas mortas espiritualmente não têm comunhão com Deus; não gostam dos louvores; não se alimentam da Palavra. Tudo isso é chatice e sem sentido. Fazem uma grande confusão: “Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo! Conjuro-te por Deus que não me atormentes!” (Mc 5.7).

Passam a ter mais de uma personalidade: “E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos” (Mc 5.9). Muitos demônios.

As pessoas sem Jesus têm outros deuses e ídolos e são guiadas pelos espíritos. Alguns se tornam cavalos nos centros espíritas.

 III - Como Jesus agiu e a Igreja deve agir:

1.   Jesus resgatou essa pessoa expulsando os demônios que o atormentavam: “Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem” (Mc 5.8).

 A Igreja também deve exercitar a autoridade que Jesus deu para expulsar demônios. 

2.   Jesus permitiu que os demônios entrassem em porcos porque o ser humano é mais importante do que os animais (Mc 5.11-13).A Igreja não deve ter vergonha de falar em demônios, mas seu objetivo principal deve ser expulsa-los da vida das pessoas. 

3.   Jesus restabeleceu a identidade ao que tivera a legião: “Viram o endemoninhado, o que tivera legião, assentado, vestido, em perfeito juízo” (Mc 5.15).

A Igreja existe para restaurar a dignidade, a identidade do ser humano. O sangue de Jesus purifica de todo pecado, o Espírito Santo forma o caráter cristão. 

4.   Jesus envia a pessoa para testemunhar o que Deus fez em sua vida: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5.19).

As pessoas libertas, restauradas devem testemunhar o que Deus fez em suas vidas.

Um exemplo sobre libertação é Dulce. Na cidade de Teresópolis,  ela praticou o candomblé, kardecismo e umbanda. Fez a “cabeça”. Ela ficou isolada algumas semanas em um local fechado cheio de coisas podres e bichos. Foi possuída pelos demônios. Não tinha paz e sua família vivia em tormento. Um dia, ela foi liberta pelo poder de Jesus. Posteriormente, tornou-se presidente das mulheres e hoje é uma líder metodista em Rio das Ostras.

Conclusão

Jesus veio para resgatar a nossa identidade de filhos e filhos de Deus. Devemos ser instrumento de libertação e restauração.

É o Espírito Santo quem restaura o interior do ser humano. É o Espírito Santo quem nos capacita.

Todos devem ser restaurados e moldados segundo a imagem de Jesus. Para isso Jesus veio. Para isso o Espírito foi enviado. Para isso a Igreja foi criada.

 

Como alcançar a santidade

    

A história mostra que o ser humano almeja alcançar a perfeição. O Guinness Book, o Livro dos Recordes, sediado em Londres, contem um arquivo de mais de 40 mil recordes.  

  Alguns recordes curiosos


- O paulista Alcides Lazarini levantou 100 kilos usando apenas o dedo mínimo.
- Em 1º de janeiro de 1907, o presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, apertou 8513 mãos.
- A corrida de táxi mais cara da história custou U$ 64336, de Londres a Cidade do Cabo.
- O político que mais sofreu tentativas de assassinato foi Charles de Gaulle: 31 ao todo.
- O inglês Dean Gould lambeu 450 selos em 4 minutos.[7]

 

 Em suas profissões, muitos vivem buscando a perfeição procurando alcançar o melhor. O jogador de futebol quer ser o artilheiro e chegar à seleção.

 

Na vida espiritual também é assim. Nossa vida precisa ser pautada por alvos. Sem eles não há motivação alguma para ser vencedor. Os alvos se constituem em grandes desafios para se alcançar o prêmio. A propósito disso, o apóstolo Paulo utiliza a metáfora da competição atlética para explicar esse fenômeno espiritual: "Prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3. 14).

 

 -  Para os Budistas: Para conseguir a perfeição, os monges pedem esmola, vivem em pequenas comunidades, observam as 250 normas para os homens e as 500 para as monjas, ditadas ao longo dos séculos, a partir da grande comunidade fundada por Buda. Ficam obrigados a se purificar de todo desejo e paixão que implique um apego afetivo às coisas e às pessoas, tanto que, até os pais, tornam-se estranhos para os filhos monges[8].  

 

Afinal, o que a Bíblia fala sobre o cristão perfeito?  

 

É importante para nossa vida alcançar a estatura de cristão perfeito ou basta ser um cristão de segunda categoria?  

 

Quais são as marcas de um cristão que é perfeito, maduro e modelo?  

 

A Bíblia traz o exemplo dos discípulos e discípulas de Tessalônica que alcançaram a perfeição.

 

1.  A santificação se alcança em meio às lutas e pela ação do Espírito

 

Não será fugindo do mundo e das lutas que a maturidade será alcançada. Ao contrário, as lutas podem nos ajudar no aperfeiçoamento.

 

Será que tudo sempre correu às mil maravilhas para que Tessalônica se tornasse uma Igreja modelo?

 

Ela foi uma Igreja que nasceu e cresceu com lutas: “Arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades” (Atos 17.6). Eles foram acusados de hospedarem homens que procediam contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei (Atos 17.7).

 

 Mas algo belo aconteceu. O Espírito Santo os ajudou a superar as tribulações: “apesar de muito sofrimento, receberam a palavra com alegria proveniente do Espírito Santo” (1Ts 1.6).

 

 Sem o Espírito Santo não é possível experimentar as riquezas que há no mundo espiritual e nem alcançar o caráter de Cristo. Sem o Espírito não venceremos as lutas.

 

 Jesus também não nos prometeu uma vida cristã sem lutas: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33).

 

2.   A maturidade alcançada pela Igreja de Tessalônica

 

A Igreja cristã na cidade de Tessalônica alcançou maturidade espiritual.

 

Paulo disse: “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.3).

 

Entenda o que Paulo disse sobre as virtudes dessa Igreja.

 - Fé operante:

A fé operante é aquela que traz crescimento, que realiza, aceita os desafios e parte para as conquistas do Senhor. A fé operante é o poder de Deus em nós. A fé operante produz frutos. Não existe vida cristã vitoriosa sem a fé operante.

Exemplo do oficial romano com seu criado pedindo que Jesus enviasse apenas uma palavra que ele seria curado. Jesus disse: “Vai-te, e seja feito conforme a tua fé” (Mt 8.13). E naquele momento o empregado ficou curado.

 - Amor de abnegação:

Devemos amar a Deus, em manifestação integral do nosso ser – sentimento e intelecto:

  • de todo o teu coração;
  • de toda a tua alma;  
  • de todo o teu entendimento.

Essa expressão dá uma cor bem forte e muito especial ao exercício do amor dos tessalonicenses. A expressão “abnegado” é composta do prefixo “ab”, o qual, no latim, tem o sentido de “ausência” e da palavra “negado”, cujo sentido é “recusar”, “renunciar”, “abster-se”.

Essa palavra composta significa, pois, abster-se totalmente, renunciar de forma irreversível. O seu conceito traz implícita a idéia de “sacrifício”. Um bom exemplo é o de Abraão, quando renunciou o seu filho Isaac, dispondo-se a sacrificá-lo, por amor a Deus, amor tão grande que o fez disposto a obedecer o Senhor, aceitando o pagamento do alto preço que lhe foi cobrado.

“Abnegar-se” é renunciar a sua própria vontade, a favor da vontade de outro. Um desprendimento total e desapego completo de tudo o que não diga respeito a Deus e ao seu propósito para as nossas vidas. Foi o que a Igreja de Tessalônica demonstrou.

- Firmeza de esperança:

É uma esperança sem vacilar mesmo nas tempestades e escassez.

É a plena convicção de que depois da tempestade vem a bonança;

É a convicção de que mesmo que haja choro na noite, a alegria vem pela manhã.

É o descansar em Deus na convicção de que, mesmo que demore, Ele trará bênção prometida.

 3. As atitudes dos discípulos e discípulas de Tessalônica que contribuíram para a igreja ser um modelo

“De sorte que vos tornastes modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor, não só na Macedônia e na Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fé para com Deus, a tal ponto de que não termos necessidade de acrescentar coisa alguma” (1Ts 1.7-8).

 O que a fez chegar a esse ponto? 

1.   Tornaram-se imitadores de Paulo e do Senhor: “Com efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1Ts 1.6). 

2.   Deixaram ídolos, convertendo-se e servindo a um Deus vivo: “deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro” (1Ts 1.9).

3.   Acolheram a palavra como sendo de Deus e não de homens: “tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus, acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, que credes” (1Ts 2.13).

  4. Acolheram a palavra com a alegria vinda do Espírito Santo: “tendo       recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1Ts 1.6). 

4. A necessidade de um constante crescimento

 -  Paulo orava para que o Senhor os fizesse crescer e aumentar o amor: “O Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco” (1Ts 3.12).

-  Para que chegassem a uma santificação integral: corpo, alma e espírito: “Que o mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito,  alma e  corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23).

 Apesar de ser uma Igreja modelo e ser muito abençoada, ela deveria continuar almejando bênçãos maiores e vivendo na dimensão do Espírito:

·        Deveriam continuar progredindo cada vez mais (1Ts 4.1 e 10);

·        Deveriam se portar com dignidade (1Ts 4.12);

·        Deveriam procurar entender a Palavra não sendo ignorantes (1Ts 4.13);

·        Deveriam ser sóbrios revestindo-se da couraça da fé e do amor e usando o capacete da salvação (1Ts 5.8);

·        Deveriam acatar com apreço os que trabalhavam entre eles e os que os presidiam (1Ts 5.12-13);

·        Deveriam ser atuantes edificando um ao outro: admoestando os insubmissos, consolando os desanimados, amparando os fracos e sendo pacientes com todos (1Ts 5.14);

·     Deveriam ter uma vida cristã ativa: regozijar-se sempre; orar sem cessar; dar graças em tudo; valorizar as questões espirituais (1Ts 5.16-22).

 Conclusão

Alerta: A Igreja de Tessalônica nos alerta para a necessidade de termos um cristianismo saudável onde a base é a fé operante, o amor de abnegação e uma esperança que tem firmeza. Temos que alinhar nossa vida espiritual com as práticas citadas nessa Igreja.

 

Desafio: Essa Igreja nos desafia a sair da mesmice e a crescer espiritualmente para alcançarmos a estatura de cristão perfeito.

 

Crescimento integral: Paulo fala da importância de nos santificarmos inteiramente: corpo, alma e espírito. Devemos ter os dons, mas também o fruto do Espírito.

 

Lembrete: O crescimento traz vida plena através do amor, paz e alegria que passam a fazer parte do nosso ser. O crescimento traz ainda uma fé que proporciona vitória nas lutas.

  

Como ser um facilitador amigo de Jesus

  

Em nossa caminhada encontramos estradas que apresentam muitos obstáculos e outras que facilitam nossa chegada ao nosso alvo.

Podemos encontrar algumas pessoas amigas que podem ser facilitadores e nos ajudar a abrir caminhos. Podemos também encontrar pessoas não amigas que podem bloquear a nossa caminhada.

Na vida espiritual, podemos também ser facilitadores ou empecilhos para o Reino de Deus.

 Você tem sido alguém que complica ou facilita as coisas?

 I – Filipe é o modelo daquele que vive na dimensão terrena não agindo na dimensão espiritual

O nome Filipe tem origem na palavra grega philippos que significa "amigo dos cavalos". Indica uma pessoa com grande afinidade com a natureza, o esporte e também a vida militar, devido à sua capacidade de se adaptar a novas situações e desafios. Tem uma personalidade forte que mistura doçura e desejo de liderar.

Filipe era uma boa pessoa, mas muito racional. Isso foi um complicador em sua vida.

Vejamos na passagem da multiplicação de pães e peixes: alimentar cerca de 10 mil pessoas. Só homens eram quase 5 mil (Jo 6. 10).

Jesus viu a multidão e perguntou a Filipe para prová-lo: “onde compraremos pães para lhes dar a comer?” (João 6.5).

Filipe usou apenas a razão, a máquina de calcular e lhe respondeu: “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço” (João 6.7).

Filipe revelou ser ótimo em cálculo, mas péssimo na dimensão espiritual. Não trouxe solução, ao contrário, sua resposta colocava um grande problema para Jesus. Ele não facilitou a vida de Jesus.

Se Jesus tivesse seguido o raciocínio de Filipe teria um grande problema pela frente. Mas Jesus entrou depois na dimensão espiritual e conseguiu o milagre da multiplicação dos pães.

Milagres só acontecem na dimensão espiritual. Dali vem a resposta certa e a ação de Deus.

Mais tarde, Filipe demonstrou que continuava agindo apenas na forma racional e não espiritual. Ele pediu a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (João 14.8).

Essa pergunta foi uma decepção para Jesus, que lhe disse: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.9).

Filipe é o exemplo de pessoa que vive na igreja, que conhece  a Jesus, mas não vive na dimensão espiritual de Jesus. Tem os olhos e entendimento espiritual bloqueados vivendo mais o lado racional.

 II - André: modelo de pessoa que sempre procura abrir caminho para encontrar uma solução

Nome que deriva do grego "andréas" que significa viril, corajoso. O André é uma pessoa inteligente, sólida e equilibrada. Otimista e de natureza afável e delicada. Dotado para a arte, contemplativo.

Valor de quem presta assistência: No basquetebol, voleibol e futebol tem sido realçado aquele que presta assistência a outro jogador para ele arremessar a bola.

Foi André quem levou seu irmão Pedro a Jesus:  Ele havia seguido a Jesus e procurou depois seu irmão Pedro e disse: “Achamos o Messias, e o levou a Jesus”. Pedro se tornou um discípulo de Jesus (Jo 1.41-42).

Foi André quem levou a Jesus a informação que trouxe a solução: “André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?” (João 6.8-9).

 Conclusão

Aprendemos dessas histórias:

 1 - Devemos ter o cuidado para não sermos empecilhos na obra da Igreja ao só utilizarmos nossa lógica esquecendo da dimensão espiritual.

Devemos usar sempre a razão, mas a razão iluminada pelo Espírito, como diz Wesley. Assim encontraremos soluções para os desafios e dificuldades. 

2 - Devemos ter o cuidado de só colocarmos nos ministérios de liderança pessoas que caminham na dimensão da fé 

Foi o que a Igreja primitiva fez para colocar pessoas no Ministério da Diaconia: “Escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço” (At 6.3). 

3. Devemos estar atentos, pois o Senhor pode provar a nossa fé colocando desafios diante de nós 

Um problema difícil que surge é também uma oportunidade de Deus agir e a sua glória ser revelada. Foi assim com a morte de Lázaro e é assim também hoje.

 Em vez de murmurarmos devemos exercitar a nossa fé. Lembre-se de que Deus tem sempre o melhor para nós.

 4- Devemos estar disponíveis para levar as pessoas a conhecerem Jesus

Quem tem experiência com Jesus, quer que outras pessoas também o conheçam, pois nele está a vida. Foi assim com André levando Pedro até Jesus.

5- Devemos colocar o que temos diante do Senhor para encontrarmos solução para os problemas e assim a Igreja e as pessoas serem abençoadas;

O que temos colocado diante do Senhor como solução para as dificuldades e problemas que surgem na igreja e na vida das pessoas?

 Coloque seus talentos, seus serviços, sua vida.

 6- Devemos crer que em Deus há sempre uma solução.

Não subestimemos ao Senhor. Ele pode todas as coisas. Nosso Deus é o Deus do impossível. Ele pode fazer além do que pedimos ou pensamos. 

7- O pouco que colocarmos nas mãos do Senhor será transformado no melhor e trará abundância que nos irá saciar   

Deus usa pequenas coisas para realizar grandes milagres. Lembre-se disso. Foi assim com os pães e peixinhos e é assim também hoje nas pequenas coisas. 

 Lembre-se ainda de que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Quanto mais dependentes formos do Senhor mais Ele poderá agir através de nós.

8- Quem facilita as coisas para o Reino dos Céus é amigo de   Deus e por isso é abençoado por Ele

A história do centurião que pediu para Jesus curar seu servo que estava doente. Os anciãos dos judeus disseram para Jesus ir, pois ele “é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga” (Lc 7.5-6). O texto diz logo a seguir: “Então, Jesus foi com eles”.  

A Bíblia diz que Abraão era amigo de Deus: “Meu amigo” (Is 41.8). Seja amigo de Deus e um assistente ou facilitador para o Reino de Deus.  

  

 

Como ser um real discípulo de Jesus

 

Ser discípulo de Jesus é estar em constante aprendizado e aperfeiçoamento.

As multidões procuravam Jesus para satisfazer seus desejos ou resolver um problema qualquer, mas depois voltavam para a vida de mesmice. Hoje ainda acontece o mesmo.

 Você faz parte da multidão ou é um discípulo de Jesus?

 Que faz o discípulo de Jesus? 

1.   O discípulo está pronto para servir e exercita o poder a autoridade que Jesus nos dá 

“Tendo Jesus convocando os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas" (Lucas 9.1).

Um discípulo tem em seu coração o desejo e a alegria de levar vida para os que estão precisando. Ele acredita em seu Mestre e no que aprendeu. Por isso, ele obedece e vai.

Um mestre nunca envia um discípulo sem ferramentas para trabalhar. Jesus deu a cada discípulo o direito de expulsar demônios – eliminar o mal na pessoa e estabelecer o Reino de luz, amor e paz, dentro e fora dos corações.

   2. O discípulo tem a consciência de que luta para implantar o Reino da vida em oposição ao reino da morte

João Batista preparava o caminho da Luz, no tempo em que reinava Herodes, que afirmou: “Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho ouvido tais coisas?" (Lc 9.9).

A oposição aos reais valores do Reino de Deus continua presente hoje na missão do discípulo, mas ela é uma garantia de uma vida de autenticidade do discípulo.

O discípulo tem consciência de que nem todos compreendem a sua missão porque ela é espiritual. Compreende ainda que sofrerá oposição daqueles que vivem no reino da morte para satisfazer seus desejos, mas irá perseverar e será prudente em seu ministério.

De outro lado, a perseverança nas adversidades torna-se uma ocasião privilegiada em que o discípulo pode manifestar sua fidelidade, moldando sua própria vida a partir da missão de Jesus. 

3.   O discípulo sabe que nas dificuldades e nos seus limites deve utilizar a fé

 “Não temos mais que cinco pães e dois peixes” (Lc 9.13)

É de extrema importância saber qual decisão a tomar diante das circunstancias. Quando buscamos intimidade com Deus, através da oração leitura da Palavra, obediência e submissão, passamos a entender a mente do Senhor. Aquilo que antes era oculto passa a ser revelado.

Ser discípulo não é ter ausência de dificuldades, mas é saber utilizar a sabedoria dada por Deus para resolver os problemas, especialmente, na dimensão da fé. 

4.   O discípulo confessa sempre Jesus como o Senhor e Salvador

“Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou? Então falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus” (Lc 9.20).

 Um discípulo segue um mestre. O verdadeiro discípulo segue o Mestre Jesus e o coloca em primeiro lugar em sua vida.

 O verdadeiro discípulo é alguém de vida transparente. Vive na verdade. Pratica a justiça e é misericordioso, pois tem o caráter de Cristo.

5.   O discípulo toma a cruz diariamente

“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).

Jesus sempre advertiu francamente aos futuros seguidores sobre o custo do discipulado. Ele nunca tentou fazer discípulos enganando-os quanto ao que deles se esperava. Isso para o seu próprio bem.

Cristo foi claro ao afirmar que o verdadeiro discípulo é alguém convertido, transformado e separado. Ele acrescenta a verdade maravilhosa que se você confessar a Cristo, Ele confessará você diante do Pai. 

6.   O discípulo busca o revestimento na dimensão espiritual

“Tomando consigo a Pedro, João e Tiago, subiu ao monte com o propósito de orar. E aconteceu que, enquanto ele orava, a aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de brancura” (Lc 9.28-29).

Existem armas espirituais ao nosso alcance e soluções para as nossas dificuldades no mundo espiritual. Devemos buscar o fortalecimento no Senhor, nessa dimensão.

O livro de Atos 4.31 mostra que os discípulos estavam fragilizados diante das lutas e eles pediram reforço ao Senhor, ficaram cheios do Espírito e passaram a ter novamente a coragem de anunciar a palavra. 

7.   O discípulo está pronto para livrar os oprimidos

“Roguei aos teus discípulos que o expelissem, mas eles não puderam. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até quando estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho” (Lc 9.40-41).

 As pessoas hoje ainda vivem oprimidas pelo curso negativo desse mundo; pela inclinação da ruim da natureza humana e pela ação das potestades.

 O discípulo deve estar preparado para poder agir adequadamente e dar uma resposta às necessidades humanas.

8.   O discípulo reconhece quando erra e está aberto a um constante aprendizado para andar nos valores do Reino de Deus

“Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior” (Lc 9.46-48).

 Uma das marcas do discípulo deve ser a humildade. Através dela, ele pode crescer. Usar mecanismos de defesa para justificar seus medos e insegurança em relação ao novo, só prejudicará e retardará seu crescimento.

 O discípulo só pode ser "servo" de Jesus, nunca proprietário.

Crescer é estar aberto a novos ensinamentos, novas experiências e novos desafios. Ser um discípulo é viver com um Deus criativo, que a cada dia faz acontecer algo novo. 

9.   O discípulo aprende que deve ter um espírito fraternal e sem preconceito em relação aos outros grupos fazendo a mesma obra de Jesus

 “Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhes disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós” (Lc 9.49-50).

 Ele aceita o que a Bíblia ensina. Sua prioridade é se adequar a Bíblia, ser moldado por Cristo. Ele segue o seu Mestre.  

10.               O discípulo não age segundo os padrões do mundo e sim do Reino de Deus 

“Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir? Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não sabeis de que espírito sois” (Lc 9.54-55).

Quem deve dar a direção para as nossas ações é a Palavra de Deus. Nem sempre os valores do mundo são valores do Reino, como a justiça, amor, humildade, etc.

Somos chamados por isso a ser sal da terra e luz do mundo. A andar como filhos da luz.

 Conclusão

O testemunho do Evangelho não é reservado a “apóstolos profissionais”. A missão não é só para os doze, a liderança. É para todos nós: “Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois” (Lc 10.1).

 Não devemos agir como a multidão que vai aos estádios torcer pelo seu time. Vaia e aplaude, mas não tem nenhum compromisso com o clube. O discípulo desce da arquibancada e entra no gramado para jogar.

 Mas é necessário ser discípulo antes de fazer discípulos.

Não basta crer. O discípulo tem que aprender da Palavra, ser fortalecido pelo Espírito, ser moldado igual ao caráter do seu Mestre e saber como e o que oferecer ao que nada tem.

 O verdadeiro discípulo faz discípulos. O que é enviado já está preparado..

 Seguindo mestres inferiores, você vai degenerar; seguindo aqueles que estão no mesmo nível, você continuará o mesmo. Seguindo alguém superior, você crescerá. Portanto, você deve seguir a Jesus, o Mestre dos mestres, o Senhor dos senhores. Alegre-se por servir ao Rei dos Reis

  

Como utilizar armas espirituais para vencer o inimigo

  

“Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (Neemias 4.9).

 Desagrada ao inimigo ver o bem dos filhos e filhas de Deus.

Wesley disse que existem maquinações do deus desse século contra os filhos e filhas  de Deus para atrapalhar sua caminhada. Suas maquinações são incontáveis como a areia do mar e as estrelas dos céus.

Jesus quando começou a sua missão foi tentado pelo diabo (Mateus 4). Paulo quando começou sua Missão (Atos 13.1-5) foi atrapalhado pela ação maligna (Atos 13.6-12).

Jesus e Paulo venceram a ação maligna fundamentados na Palavra de Deus. Eles jejuaram e usaram de autoridade espiritual.

A Bíblia mostra que quando Neemias procurou restaurar os muros de Jerusalém ele desagradou o inimigo, que sempre fica irado quando procuramos promover o Reino de Deus:

“Disto ficaram sabendo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita; e muito lhes desagradou que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel” (Neemias 2.10).

A Bíblia mostra que Deus agia na vida de Neemias. Ele utilizou o trabalho, a oração, o discernimento e a sabedoria para prosseguir e erguer os muros de Jerusalém:

“Então à noite me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão aquele que eu montava”. (Neemias 2.12).

Aprendemos na história de Neemias que o inimigo tem estratégias. Porém, devemos aprender também, como Neemias venceu o inimigo:

 1.  O inimigo quer debochar dos servos e servas do Senhor para os enfraquecer

“Ora, quando Sambalate ouviu que edificávamos o muro, ardeu em ira, indignou-se muito, e escarneceu dos judeus. Então, falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria, dizendo: Que fazem estes fracos judeus? Fortificar-se-ão? Oferecerão sacrifícios? Acabarão a obra num só dia? Renascerão, acaso, dos montões de pó as pedras que foram queimadas?” (Neemias 4.1-2).

- Fracos judeus (v.2-3).

 -Deboche das pessoas: Diziam: Vocês são fracos, desqualificados, não são especialistas em muros.  Vocês acham que vão mesmo terminar esta obra?

 -Deboche do trabalho: O inimigo debochava dizendo: que tipo de muralha eles poderão construir? Até mesmo uma raposa poderia derrubá-la!.

- Pedras queimadas (v.2).

    - Quando as pedras calcárias são queimadas, elas se tornam muito moles e perdem a durabilidade. Eles estavam dizendo que o muro iria cair logo, que não iria durar. Diziam que até um animal noturno derrubaria o muro. Diziam também que eles estavam perdendo tempo e que deveriam desistir porque eles eram mais fortes.

- Provocam a ira (v.5).

    - Enquanto os homens estavam trabalhando para reconstruir seus muros o inimigo lá estava, provocando, tentando desviar suas atenções da obra, tentando irritá-los a tal ponto que desistissem de tudo.

 Ação de Neemias: Ele pede que o próprio Deus os defenda e repreenda os inimigos (Neemias 4.4-5). “Assim, edificamos o muro, e todo o muro se fechou até a metade da sua altura; porque o povo se tinha ânimo para trabalhar” (Neemias 4.6).

 As brechas estavam sendo fechadas.

 2. O inimigo se une a outros para fazer confusão e a obra do Senhor não ir adiante

“Mas, ouvindo Sambalate e Tobias, os arábios, os amonitas e os asdoditas que a reparação dos muros de Jerusalém ia avante e que já se começavam a fechar-lhe as brechas, ficaram sobremodo irados. Ajuntaram-se todos de comum acordo para virem atacar Jerusalém e suscitar confusão ali” (Neemias 4.7-8).

- Os arábicos eram liderados por Gesém (Neemias 2.19).

- Os amonitas eram liderados por Tobias (Neemias 2.19).

- Os asdoditas (Filisteu) provavelmente foram instigados por Sambalate.

Ação de Neemias: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de noite” (Neemias 4.9).

 Como Neemias agiu?

- Neemias venceu o inimigo pela oração e se preparou para o ataque do inimigo colocando guardas de dia e de noite.

- Neemias preparou o povo e os armouç (4.13).

 Neemias os organizou  para que cada família tivesse uma parte dos muros para consertar. Logo, a metade  do muro estava levantada. Sambalate organizou um exército para lutar contra os  construtores do muro. Neemias organizou seu povo em duplas. Uma pessoa estaria pronta para lutar enquanto a outra continuaria trabalhando. Neemias colocou  pessoas em partes diferentes do muro, prontas para soar as cornetas se um  inimigo viesse. Soldados mantinham suas armaduras durante todo o dia.

Quando  eles iam dormir, vestiam suas roupas e mantinham suas armas ao lado:

  - A metade trabalhava e a outra metade vigiava (Ne 4.16);
  - Os carregadores tinham uma mão na obra e a outra na espada (Ne 4.17);                                               
  - Os edificadores traziam a espada na cinta (Ne 4.18);
  - Todos estavam prontos com suas vestes e armas (Ne 4.23).

 

 3. O inimigo deseja nos retirar de dentro do muro de proteção

Veja como o inimigo age: “Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: “Vem, encontremo-nos, nas aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal” (Neemias 6.2).

Ação de Neemias não caindo na armadilha: “Enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Neemias 6.3).

4. O inimigo insistirá em nos retirar do muro de proteção

Faça sempre como Neemias, não ceda: “Quatro vezes me enviaram o mesmo pedido; eu, porém, lhes dei sempre a mesma resposta” (Neemias 6.4).

 5. O inimigo usa a calúnia para nos intimidar e pararmos a obra

“Então Sambalate, ainda pela quinta vez, me enviou o seu moço com uma carta aberta na mão na qual estava escrito: Entre as nações se ouviu, e Gesém o diz, que tu e os judeus intentais revoltar-vos, e por isso tu estás edificando o muro, e segundo se diz, queres fazer-te rei deles” (Neemias 6.5-6).

Queriam atrair Neemias para fora da obra, procurando uma oportunidade para matá-lo. Usavam a estratégia das "fofocas" dizendo que Neemias estava preparando uma revolta, que ele queria ser rei. Inventaram até que Neemias havia "contratado" alguns profetas, para que falassem bem dele ao povo (Neemias 6.1-7).

Ação de Neemias: “Então mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes, coisa nenhuma sucedeu, mas tu mesmo o inventas. Pois todos eles nos procuravam atemorizar, dizendo: As suas mãos hão de largar a obra, e não se efetuará. Mas agora, ó Deus, fortalece as minhas mãos” (Neemias 6.8-9).

  6. O inimigo utiliza-se até do nome de Deus para tentar nos enganar e induzir ao erro

“Fui à casa de Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel, que estava em recolhimento; e disse ele: Ajuntemo-nos na casa de Deus, dentro do templo, e fechemos as suas portas, pois virão matar-te; sim, de noite virão matar-te” (Neemias 6.10).

Semaías era um profeta falso. Alegando que iriam matar Neemias, quis despertar o medo no líder, dizendo que ele deveria se esconder no meio do templo. Seu objetivo era induzir Neemias ao erro, pois não era permitido a alguém que não era sacerdote entrar naquele local. Caso Neemias caísse nesta armadilha, ficaria numa situação ruim junto aos líderes religiosos, com o povo e com o próprio Deus! (Conferir em Neemias 6.10-14).

Ação de Neemias se mantendo firme: “Eu, porém, respondi: Um homem como eu fugiria? E quem há que, sendo tal como eu, possa entrar no templo e viver? De maneira nenhuma entrarei” (Neemias 6.11).

Na luta contra o inimigo, o discernimento é fundamental: “E percebi que não era Deus quem o enviara; mas ele pronunciou essa profecia contra mim, porquanto Tobias e Sambalate o haviam subornado. Eles o subornaram para me atemorizar, a fim de que eu assim fizesse, e pecasse, para que tivessem de que me infamar, e assim vituperassem” (Neemias 6.12-13).

 Conclusão

  Aprendemos com Neemias como vencer ao inimigo:

 - Neemias foi prudente: “Então de noite me levantei, eu e uns poucos homens comigo; e não declarei a ninguém o que o meu Deus pusera no coração para fazer por Jerusalém” (Neemias 2.12).

 - Neemias fechou todas as brechas e ficou dentro do muro de proteção:  “...ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que já as brechas se começavam a fechar” (Neemias 4.7).

 - Neemias orava e vigiava: “Nós, porém, oramos ao nosso Deus, e pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (Neemias 4.9).

 - Neemias estava sempre alerta: Como o muro era muito grande e as distâncias bem extensas, se houvesse um ataque de um lado do muro, os trabalhadores do lado oposto poderiam não notar. Para resolver este problema, Neemias circulava por toda a construção, juntamente com um vigia portando uma trombeta. A instrução era clara: quando eles ouvissem a trombeta, deveriam correr em direção ao seu som, pois o ataque seria naquele setor (Neemias 4.18-20).

 - Neemias foi sábio e por nada parou a obra: “E enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer. Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Neemias 6.3).

 - Neemias usou da oração para se fortalecer e vencer o inimigo: “Mas agora, ó Deus, fortalece as minhas mãos” (Neemias 6.9).

 - Neemias teve discernimento espiritual: “E percebi que não era Deus que o enviara” (Neemias 6.12).

 


Como experimentar um novo Pentecoste

 

O Pentecoste foi um fato único e fundamental para os discípulos de Jesus. Eles receberam poder espiritual para ministrar e cumprir o mandato de Jesus (Atos 1.8; Atos 2.1-13). Posteriormente, os discípulos precisaram de uma nova unção, pois estavam sendo perseguidos e necessitavam pregar com ousadia. Eles clamaram e o mover do Espírito foi grande e eles saíram pregando com toda intrepidez (Atos 4.29-31).

Durante a história da Igreja muitos avivamentos aconteceram e Deus se fez presente entre o povo. Precisamos sempre de um renovo, de reavivamento. Precisamos sempre de um novo Pentecoste para sermos reais testemunhas de Jesus e também experimentarmos o Seu mover nos dias de hoje.

Veja alguns exemplos de Pentecostes que aconteceram em diferentes lugares, como eles aconteceram e as suas características marcantes:


1. Pentecoste no movimento metodista 


Textos bíblicos: Atos 2.1-13; Atos 4.23-31; Atos 10.44-45

Em 1761, havia um avivamento nas sociedades metodistas, na Inglaterra. A maior prova disso foi que as pessoas se despertaram mais para a missão e santidade. Em 1762 foi notório o mover do Espírito Santo junto ao povo de coração aquecido.

Wesley afirmou: “Aprouve a Deus derramar seu Espírito este ano”[9]. Na época, foi o maior avivamento dos últimos 20 anos, na Inglaterra.       

“Nosso Pentecoste finalmente chegou”[10], afirmou Wesley, em 1762, “ao contemplar os progressos da obra missionária. Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades testificaram que foram libertos de todo o pecado. Em Liverpool, a sociedade passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição, e Wesley achou ali um notável crescimento da piedade na maioria dos cristãos”[11].

Em seu diário, em 28 de abril de 1762, ele escreveu que após o sermão tiveram uma Festa de Amor: “Foi hora deliciosa. Deus derramou abundantemente seu Espírito sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação”[12].

Em Dublim, o avivamento foi grande e foi liderado por um pregador chamado João Manners. “Essa gente está tomada pelo fogo divino”[13], afirmou Wesley. Apesar disto, ele escreveu em 28 de outubro de 1762, em seu diário: "O dia de pentecoste não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido que venha; e então você verá tantas pessoas santificadas como justificadas" [14].

Wesley escreveu em seu diário, em 18 de fevereiro de 1750: "Hoje, também, onde nós reunimos, Deus manifestou seu poder; mas particularmente em nossa Festa de Amor. A simplicidade com que muitos falaram, declarando a maneira como Deus lhes tinha falado, inflamou o coração de outros; e a chama se espalhou mais e mais, e, tendo ficado quase uma hora mais do que o costume, estávamos constrangidos por ter de separar-nos"[15].

                         

2. O Pentecoste de Tonga

 

Em Tonga, na Oceania, ocorreu um maravilhoso Pentecoste, um mover do Espírito que mudou o país. Missionários metodistas enfrentaram grandes dificuldades na evangelização dos habitantes da ilha. Alguns morreram, mas algo maravilhoso aconteceu. Acompanhe esse relato:

     

Tonga durante muito tempo foi governada por um rei cristão, um pregador leigo na Igreja Wesleyana Livre. Tonga é conhecida no mundo como as ilhas amigáveis. Visitá-las é experimentar uma hospitalidade que tem equivalentes em pouquíssimos lugares no mundo.

     

A história de Tonga está ligada ao metodismo e a algo que aconteceu na ilha ‘Itui, que tem cerca de 3 mil pessoas: “Em 3 de julho de 1834 um milagre aconteceu em Itui que teria um impacto em todo o Pacífico Sul. Um grupo de fiéis cristãos metodistas reuniu-se num campo perto da vila para jejuar e orar. Durante esta reunião de oração, as pessoas experimentaram uma visitação pentecostal. O Espírito Santo desceu sobre as pessoas com tal poder que toda a comunidade foi transformada.

 

As pessoas sentiram-se abrasadas neste ‘Pentecostes Tonganiano’ a espalhar o evangelho através de todo o reino de Tonga. A igreja cresceu com rapidez impressionante. Novas congregações foram estabelecidas em todo o reino.

     

Em 1835 tonganianos subiram em suas canoas marítimas e o poder do Pentecostes os empurrou 800 quilômetros a oeste para compartilhar o evangelho com seus vizinhos nas ilhas Fiji. Um ano depois eles viajaram pelo mar 540 quilômetros ao norte até Samoa para testemunhar o evangelho aos seus antigos e ferrenhos inimigos. Este é um dos mais notáveis fatos na história da atividade missionária”. 

Um monumento foi erguido na praia para comemorar a visitação do Espírito Santo. Hoje em Tonga 51% da população são de metodistas. 

 

3. Avivamento nas Ilhas Fiji 

 

Atos 2.1-13; Atos 4.23-31; Atos 13.1-12 

O jovem casal recém-casados John Hunt e Hannah Summers aceitou o desafio de evangelizar canibais em Fiji. O casal partiu da Inglaterra em 1838. Eles recusaram uma lucrativa oferta de permanecerem na Austrália e partiram para Fiji chegando no dia 22 de dezembro de 1838. Embora John fosse dominar o idioma em curto tempo, as conversões eram lentas. Varani, um rei cruel, ameaçava com a morte, se eles fechassem as suas janelas para manter fora o cheiro de corpos cozidos a uma curta distância da sua casa. 

Eventualmente, porém, em uma das ilhas menores aconteceu um reavivamento. Muitas vidas foram transformadas e os rostos dos fijianos brilharam com a nova esperança. John traduziu o Novo Testamento para a língua nativa.

Varani era um chefe de Viwa, em Fiji, em meados do século 19. Ele era um líder importante. Temido por todos, reconhecido como um guerreiro, respeitado como um líder.  Era aliado do rei de Fiji Cakobau. O canibalismo era praticado nessa época.

O missionário metodista inglês John Hunt evangelizava os habitantes da ilha. Para surpresa de Hunt, Varani um dia leu sobre a crucificação de Jesus no Evangelho de Mateus traduzido recentemente pelo missionário. 

Varani estava visivelmente agitado. Quando Hunt lhe ensinava a ler, formou o hábito de ir para o mato para orar imitando Hunt. 

A história da crucificação  foi decisiva. Ele disse que iria se tornar um cristão. Cakobau, chefe de Fiji e canibal, incrédulo, ameaçou comê-lo, se ele fizesse isso, mas nunca realizou esta ameaça. Varani "publicamente curvou o joelho ao Senhor", na Sexta-Feira Santa de 1845. 

Casou-se com sua esposa principal e se uniu a Igreja Metodista Wesleyana como um candidato para o batismo. No final de junho, disse, "todo o seu espírito e conduta davam provas mais agradáveis da grande mudança que ocorreu em sua mente. Tudo era exclusivamente obra de Deus. 

Varani passou a ser um verdadeiro chefe cristão e um fervoroso discípulo de Cristo. 

Hunt located the change in his mind - his thought and his will.No segundo semestre de 1845, Viwa tornou-se palco de avivamentos. As cHunt described in October how private houses and the publicasas particulares serviram de igrejas com soluços, orações simultâneas e convulsões físicas. 

Hunt não os depreciou. Para ele, eram sinais de um fervor wesleyano que ele ansiava por ver,  desde os dias de John Wesley. Mas por trás da emoção, ele procurou uma forma mais permanente de change mudança de coração e da mente.

"Durante a primeira semana do avivamento, escreveu ele, cerca de 100 pessoas  professaram obter o perdão dos pecados, pela fé em Jesus Cristo”. 

Varani desempenhou um papel vital na proteção dos primeiros missionários, como John Hunt e Lyth Wiliam, no início do século 19. Sob a sua proteção, os missionários cristãos conseguiram espalhar a influência do cristianismo muito mais rapidamente do que seria esperado. 

Depois de 10 anos de trabalho missionário, John Hunt morreu de disenteria, em 1848. Posteriormente, Cakobau também se converteu na Igreja Metodista[16]. 

Hoje, mais de 36% dos fijianos são metodistas, a maior denominação cristã de Fiji.

Conclusão

O Pentecoste foi um fato ocorrido num determinado momento histórico. Aconteceu num momento em que a Igreja precisava de uma grande força espiritual para enfrentar as oposições e cumprir o mandato missionário de Jesus.

Esse mover do Espírito se repetiu de maneiras diferentes em diversas ocasiões, inclusive, na própria Igreja Primitiva. Nos relatos acima, vimos alguns desses Pentecostes ocorridos em alguns países, em nossa época.

Não podemos esperar que os mesmos fatos ocorridos no Pentecoste de Atos 2 se repitam da mesma maneira nos dias de hoje.

O que é permanente nos Pentecostes é o Espírito Santo derramado gerar confissão de pecado, arrependimento e mudança de vida.

O que é permanente nos “Pentecostes” é o Espírito Santo trabalhar o nosso caráter levando-nos à santidade.

O que é permanente no mover do Espírito é o recebimento de um poder espiritual com o propósito de testemunhar Jesus Cristo ao mundo.

O que é permanente nos Pentecostes é a fidelidade de Deus em capacitar a sua Igreja para sinalizar o Reino de Deus no mundo para que as portas do Inferno não prevaleçam contra ela.

O que é permanente no mover do Espírito é passar a haver uma maior intimidade e compromisso com o Senhor.

O que é permanente no derramar do Espírito Santo é o crescimento espiritual e numérico da Igreja.

 

                                      



[1]www.pt.wikipedia.org/wiki/Golias

[2] http://cleiditongqm.wordpress.com/2010/05/10/fe-o-titulo-de-propriedade/

[3] http://www.lepanto.com.br/dados/DCMartir.html

[4] http://www.arqnet.pt/portal/discursos/agosto05.html

[5] http://www.tonicampos.net/tabernaculo.htm

[6] http://www.rubemalves.com.br/apipoca.htm

[7] http://www.revelacaoonline.uniube.br/a2002/esporte/recordes.html

[8] http://www.pime.org.br/mundoemissao/religg31.htm

[9] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 217.

[10] Idem.                                                                                                                                        

[11] Idem.

[12] Idem, p.105.

[13] Idem, p.218.

[14] Idem, p.130.

[15] Idem, p.103.

[16] www.aim25.ac.uk/cgi-bin/search2?coll_id=5490&inst_id=19 -

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