Respostas de Deus
para a nossa vida hoje
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Copyright © 2025, Odilon Massolar
Chaves
É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente
Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998.
Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 643
Livros publicados pelo autor: 714
Capa: Foto pessoal sobre a Rafaela, afilhada
Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia
e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
É casado com RoseMary. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século
XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio
público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da
Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.
Rio de Janeiro – Brasil
Índice
v Introdução
v Como vencer diversas batalhas
v Como orar de forma sobrenatural para mudar o
rumo da história
v Como usar as chaves que abrem as portas
espirituais
v Como realizar nossos sonhos
v Como consertar as escolhas erradas feitas no
passado
v Como ser servo do Senhor
v Como são os sonhos de Deus para nós
v Como usar o poder da palavra profética
v Como um poço pode ser uma fonte de bênção
v Como ter profundidade no relacionamento com
Deus
v Como o pássaro de asa quebrada pode voar
v Como resgatar a identidade perdida
v Como alcançar a santidade
v Como ser um facilitador amigo de Jesus
v Como ser um real discípulo de Jesus
v Como utilizar armas espirituais para vencer o inimigo
v Como experimentar um novo Pentecoste
Introdução
O “como” está sempre diante de nós. São situações que exigem resposta
para resolvermos questões e seguirmos em frente.
Nem sempre as respostas nos satisfazem ou resolvem os problemas. E nem
sempre temos respostas.
“Respostas de Deus para a nossa vida hoje” é um livro de 120 páginas que procura
mostrar respostas bíblicas para nossas situações hoje.
As respostas são da Bíblia, de Deus.
“Respostas de Deus para a nossa vida hoje” pode ser lido em meditações
particular ou pode ser utilizado nos pequenos grupos de discipulado.
Nas células, cada estudo deve ser dividido, pelo menos, em duas partes,
podendo chegar a três partes ou três semanas.
Esta é uma forma pedagógica de penetrarmos fundo nestes estudos, que
exigem profundidade.
O propósito é que cada discípulo e discípula meditem e estudem cada tema
nos dias seguintes.
Esperamos que o discípulo e a discípula, após a primeira ministração do
tema da semana, desejem se aprofundar no estudo que está sendo ministrado e voltem
ao pequeno grupo com maior interesse.
São estudos atuais para os nossos dias, pois tratam de assuntos dos quais
muitos estão esperando uma resposta de Deus para as suas vidas hoje.
Estude em profundidade e você será profundamente beneficiado.
O Autor
Como vencer diversas batalhas
Vencer uma
batalha não é fácil! Imagine, então, vencer diversas batalhas uma atrás da
outra.
Foi o que fez
Davi. Ele era apenas um rapaz.
Certamente,
Davi viveu num lar onde a Palavra do Senhor era ministrada. Isso foi fundamental.
Ele aprendeu também desde cedo a trabalhar. Mas foi ainda algo, além disso, que
fez a grande diferença em sua vida.
Conhecemos bem
a batalha de Davi contra Golias (1Sm 17.41-58), mas nem todos conhecem as
batalhas que Davi enfrentou antes de enfrentar Golias.
Não são
batalhas tão diferentes das que nós enfrentamos também nos dias de hoje.
Conheça essas batalhas.
1. Batalha contra um espírito maligno
Saul andava
atormentado por um espírito maligno (1Sm 16.14) e procurou alguém que soubesse
tocar harpa para que ele se sentisse melhor.
Davi foi essa
pessoa. Saul gostou dele e o fez seu escudeiro (1Sm 16.21).
E sucedia que,
quando “Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se
achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele” (1Sm 16.23).
Davi enfrentou
o inimigo e o venceu!
2. Batalha com seu irmão
Jessé, pai de
Davi, pediu que ele fosse até seus irmãos que estavam na batalha contra o exército
filisteu e Golias, para ver se eles estavam bem. Davi cumpriu fielmente a
determinação do pai (1Sm 17.17-22).
Mas depois
soube que o rei iria recompensar ao que vencesse Golias e começou a perguntar a
cada um se era isso mesmo. Foi quando seu irmão Eliabe começou a acusá-lo de
irresponsável e atacou seu caráter: “Bem conheço a tua presunção e a tua
maldade” (1Sm 17.28).
Davi não se
abalou e a Bíblia diz que “desviou-se dele para outro e falou a mesma coisa...”
(1Sm 17.30).
3. Batalha contra uma autoridade
Sabendo das
palavras de Davi, o rei Saul mandou chamá-lo, e ele foi logo dizendo que iria
pelejar contra o filisteu (1Sm 17.31-32).
A palavra do
rei para Davi foi de desmerecimento: “Contra o filisteu não poderás ir para
pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade”
(1Sm 17.33).
“Não poderás
ir”. Uma frase que hoje faz muitos se sentirem derrotados, desmerecidos e
desmotivados.
Uma palavra
vindo de uma grande autoridade tem mais peso ainda. Algumas pessoas ficam
inibidas diante delas. Nem conseguem falar.
Davi convenceu
o rei quando falou de sua experiência ao vencer o leão e o urso (1Sm 17.34-37)
e mais ainda pela demonstração de sua fé no Senhor.
4. Batalha contra o formato
Com boa
intenção, o rei quis que Davi vestisse sua armadura para enfrentar Golias, mas
Davi não conseguiu nem andar com ela (1Sm 17.38-40).
Ele pegou,
então, as suas próprias armas bem simples, mas eram as armas e o formato que
ele conhecia bem. Seu cajado, sua funda e cinco pedras.
Utilizar armas
de outros pode não dar certo. Utilizar a forma de outro ministrar, pode não dar
certo. Deus é criativo e conhece a capacidade de cada um. Por isso, Ele concede
dons e talentos diferentes e dá estratégia particular a cada um.
5. Batalha contra a baixa auto-estima
Quando Golias
viu Davi, o desprezou (1Sm 17.42), e, pelos seus deuses, ainda amaldiçoou a
Davi (1Sm 17.43).
Esta é uma
estratégia que algumas pessoas utilizam para enfraquecer o adversário. Procura
retirar sua força pelo olhar negativo fulminante e “mexendo os pauzinhos
espirituais”.
Se a pessoa é
frágil, sem estrutura, já é um derrotado antes mesmo da real batalha.
Davi não se
intimidou e continuou agindo como um guerreiro.
6. Batalha contra os medos
Como última
tentativa, Golias disse: “Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às
bestas-feras do campo” (1Sm 17.44).
Ele lançou
medos sobre Davi. O medo paralisa, enfraquece, trava. Muitos não conseguem ir
em frente por causa de medos, alguns imaginários.
Por isso,
Golias lançou medo sobre Davi. Imagine um vozeirão de um gigante de quase 3,15
metros de altura - 7 covados (1 covado = 45 cm).[1]
Nada disso,
porém, intimidou Davi.
Davi estava
bem alicerçado, firme, convicto, inabalável.
Ele disse:
“Hoje mesmo o Senhor te entregará nas minhas mãos” (1Sm 17.46).
Foi o que
aconteceu!
Vitória
histórica, libertadora de Davi livrando o povo de Deus da opressão dos
filisteus.
Conclusão
Antes de
começar sua série de vitórias, Davi havia sido ungido por Samuel e o “Espírito
do Senhor se apossou de Davi” (1Sm 16.13).
Do Espírito do
Senhor vinha toda sua força, fé, coragem e determinação.
Jesus, antes
de começar seu vitorioso ministério e vencer o diabo logo no início, no
deserto, Ele também foi ungido pelo Espírito Santo: “e viu o Espírito de Deus
descer como pomba, sobre ele” (Mt 3.16).
Outra
comparação entre Davi e Jesus é que houve derramar de sangue na luta entre Davi
e Golias. Davi cortou a cabeça de Golias (1Sm 17.51).
Na cruz,
também houve derramamento de sangue. A diferença é que Jesus derramou seu
próprio sangue derrotando o inimigo na cruz do calvário. Foi assim que Ele
cortou a cabeça de Satanás.
A Bíblia diz:
“e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.15).
A vitória de
Davi livrou o povo de Israel do jugo dos filisteus. Mas a vitória de Jesus na
cruz pode livrar toda a humanidade do domínio de Satanás. A única condição é
crer em Jesus como Senhor e Salvador.
Duas vitórias
fundamentais e direcionadas pelo Senhor. A de Davi foi para a sua época e para
a Palestina. A vitória de Jesus foi para todos os tempos e para todas as
nações.
Como orar de forma sobrenatural para mudar o rumo da história
A Bíblia está
cheia de histórias e orientações sobre como devemos orar. O próprio Jesus nos
ensinou a oração do Pai Nosso (Mateus 6.9-13) e sobre a necessidade de pedir ao
Pai: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á” (Mateus
7.7-8).
O livro de
Atos dos Apóstolos amplia essa orientação ao nos mostrar práticas de orações da
Igreja Primitiva que deram certo.
A seguir,
apresento algumas atitudes que precisamos tomar para sermos vitoriosos:
1. Fique
ativo na sala de espera
Essa forma de
orar que eu chamo "fique ativo na sala de espera" está registrada em
Atos 1.14. Os discípulos perseveravam unânimes em oração, no cenáculo
(originalmente chamado de sala superior ou sala de jantar). A concordância
existia entre eles e precisa existir entre nós hoje.
Eles esperavam
a vinda do Espírito Santo. No evangelho de Lucas 24.49 Jesus disse para
esperarem até que fossem revestidos de poder do alto. Atos 1.8 confirma que
eles receberiam o poder: “Recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo”.
Nessa oração
esperar não é ter que implorar insistentemente ou rogar ao Senhor. Isso seria
uma falta de confiança no que Jesus prometeu. Esperar em sintonia com Deus e
ficar receptivos. Nada deve desviar a nossa atenção e fazer com que percamos a
visita tão esperada. Se você discernir que o inimigo procura impedir a sua
bênção, lute e persevere em oração como fez Daniel (Daniel 10.11-13).
Essa promessa
veio diretamente de Jesus após sua ressurreição. Nos dias atuais ela pode
acontecer de diferentes maneiras. Pode ser a espera de uma promessa bíblica de
um pedido feito a Deus ou a revelação de uma promessa feita através de
profecias.
Só temos que
ser confiantes e a nossa espera ser ativa. Diz o Salmo 40.1: "Esperei
confiantemente pelo Senhor".
2. Busque
no Google de Deus
Essa oração
que eu chamo de “Google de Deus”
está registrada em Atos 1.24.
Google é uma
ferramenta tremenda na internet para encontrarmos palavras, vídeos, fotos etc. A
diferença é que no Google encontramos muitas respostas diferentes para uma só determinada
busca. No “Google de Deus” Ele não te deixará em dúvida. Algumas vezes, não
sabemos que decisão tomar na vida. Precisamos buscar no “Google de Deus” a
resposta certa. A direção do Senhor é a melhor orientação porque Ele sabe de
todas as coisas e nos apontará o caminho certo e nos revelará a Sua vontade.
Foi isso que a
Igreja Primitiva fez. Com a morte de Judas, a Igreja sentiu necessidade de ter
um novo apóstolo para completar os doze. Eles oraram: "Tu, Senhor, que
conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido"
(Atos 1.24). Eles foram até o “Google de Deus”.
Essa oração
tem três aspectos. Primeiro, a incerteza. Eles não sabiam qual dos dois
indicados – José e Matias - deveria ser o novo apóstolo e recorreram ao Senhor.
Somente Deus conhece o coração. Em segundo lugar, havia a certeza que Deus
poderia revelar-lhes.
Em terceiro
lugar, essa oração traz consigo a necessidade de acontecer um sinal. Com
Gideão houve a prova da lã (Juizes 6.36-40). Ele duvidava ser o vencedor contra
os medianitas e pediu que, ao amanhecer, o orvalho caísse e estivesse só na lã
e a terra em volta estivesse seca. O sinal veio. Para confirmar ele propôs o
inverso e Deus enviou o sinal novamente.
Nossa mente
racional hoje não aceita ou não percebe os sinais. Mas existem exemplos claros
na Bíblia sobre essa prática.
3. Pegue
explosivos no arsenal
Essa oração
está registrada em Atos 4.29-31. Eu a chamo de "pegue explosivos no
arsenal". Nem todos têm a coragem de entrar num arsenal, mas em alguns
momentos da vida é preciso fazer isso.
O motivo dessa
oração foi por causa da ameaça que os judeus estavam fazendo aos cristãos. Eles
estavam impotentes para testemunhar: "Olha para as suas ameaças e concede
aos teus servos que anunciem com toda intrepidez a tua palavra" (Atos
4.29). Eles sentiam fraqueza diante do poderio do inimigo. Exatamente como
acontece, em determinados momentos, com policiais em confronto com traficantes.
Quando oraram,
tremeu o lugar e eles ficaram cheios de poder espiritual, cheios do Espírito
Santo.
Foi uma
explosão espiritual como uma bomba que faz tremer o meio onde foi jogada. Foi
um sinal da presença de Deus.
Em Êxodo está
registrado: "Todo o monte fumegava porque o Senhor descera sobre ele em
fogo; a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia
grandemente" (Ex 19.18).
Essa oração
mostra que o sobrenatural pode acontecer quando oramos. O mais importante dessa
passagem foi que os discípulos passaram a pregar com coragem.
4. Receba a
restituição
Essa oração
abençoa o justo e restitui o que ele tem por direito. Eu a chamo de ''receba a
restituição" como acontece com o Imposto de Renda. Está registrada
em Atos 9.40.
Na Igreja
Primitiva havia uma mulher chamada Dorcas ou Tabita. Ela era "notável
pelas boas obras e esmolas que fazia". (Atos 9.36). Por isso, era muito
amada por todos e pelas irmãs. Havia uma comoção pela sua morte. Todas as
viúvas chorando cercaram Pedro e mostraram-lhe as túnicas e vestidos que Dorcas
havia feito. Pedro ficou comovido.
Ele fez todas
saírem do local onde estava o corpo de Dorcas, orou de joelhos e depois olhando
para o corpo disse: "Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a
Pedro, sentou-se" (Atos 9.40). Por causa disso muitos creram no Senhor.
Essa oração
foi motivada pelo amor e reconhecimento da importância de Dorcas continuar
viva.
O rei Ezequias igualmente fez uma oração ao
Senhor quando o profeta disse que ele iria morrer. Ezequias lembrou ao Senhor
que era fiel e pediu para continuar vivendo: "Lembra-te, Senhor, peço-te
de que andei diante de ti com fidelidade, com inteireza de coração, e fiz o que
era reto aos teus olhos; e chorou muitíssimo" (2 Reis 20.3).
A resposta do
Senhor foi: "Ouvi a tua oração e vi as tuas lagrimas; eis que eu te
curarei" (2 Reis 20.5).
Você tem sido
justo e anda no caminho do Senhor, como Ezequias e Dorcas? Então, coloque-se
diante de Deus e peça a restituição de algo que é precioso para sua vida.
5. Use o
cartão de crédito
Essa forma de
orar eu chamo de "use o cartão de crédito". O cartão possibilita
fazer compras mesmo não tendo dinheiro no momento. Na Bíblia esse crédito é
adquirido pelo nosso caráter, ou seja, pela nossa semelhança com Jesus. No
mundo espiritual ele tem grande valor. A Bíblia diz que "muito pode, por
sua eficácia, a suplica do justo" (Tiago 5.16).
Essa oração
está registrada em Atos 10.1-2 e aconteceu na vida de Cornélio: que "era
piedoso e temente a Deus com toda a sua casa e que fazia muitas esmolas ao povo
e, de continuo, orava a Deus".
Essa é a
oração feita com o coração humilde e misericordioso. Aberto inteiramente em
amor para o próximo e Deus. Esta é a prática dos Atos de Piedade (oração,
jejum, estudo da Bíblia, etc.) e Atos de Misericórdia (solidariedade com os
pobres e necessitados) descritos por João Wesley.
Uma das
grandes dificuldades para sermos abençoados é que existem bloqueios
dentro de nossos corações. Nem sempre há uma plena entrega e nem sempre nos
doamos de coração ao próximo. O segredo do crédito divino é ter um coração
aberto e doador. O anjo disse: "As tuas orações e as tuas esmolas subiram
para memória diante de Deus" (Atos 10.4).
Essa oração
produz uma intervenção divina. Um anjo foi enviado a Cornélio porque Deus
queria abençoá-lo. Simultaneamente, Pedro teve uma visão para quebrar os seus
preconceitos em relação aos gentios e somente assim ele poderia ministrar aos
familiares de Cornélio.
O resultado
foi o Espírito Santo ser derramado sobre toda a família de Cornélio (Atos
10.44-45). Pedro só começou a pregar e o Espírito foi derramado. Havia um livre
curso para a ação do Espírito. Não havia barreira na família de Cornélio. O
texto diz: "Ainda Pedro falava essas coisas quando caiu o Espírito Santo
sobre todos que ouviam a palavra" (Atos 10.44). Havia um livre fluir da
graça de Deus.
Uma vida de fé
e um coração aberto são hoje ingredientes necessários para o livre fluir da bênção
de Deus em nossas vidas.
6. Disque
para a operação resgate
A oração
que eu chamo "disque para a operação resgate" está em Atos 12.5. Um
momento dramático da vida da Igreja Primitiva em que o apóstolo Tiago havia
sido morto por Herodes (Atos 12.1) e Pedro estava preso correndo o risco de
também sacrificado diante do povo.
Não havia
muito que fazer. Um advogado não adiantaria. Fazer pressão diante das
autoridades poderia piorar as coisas. Os cristãos, em minoria, estavam sendo
ameaçados e corriam risco de vida.
A Igreja só
tinha o recurso de orar, discar para a operação resgate: "Pedro estava
guardado no cárcere, mas havia oração incessante a Deus por parte da Igreja a
favor dele". Essa oração moveu o mundo espiritual e Deus enviou um anjo
para resgatar Pedro de uma forma sobrenatural. Ele acordou Pedro e disse:
"Levanta-te depressa! Então, as cadeias caíram-lhe das mãos" (Atos
12.7).
Essa oração
deve acontecer quando sabemos ou sentimos que alguém está preso em cadeias espirituais
ou algemado emocionalmente.
7. Golpeie
o adversário espiritual
Essa oração
que eu chamo "golpeie o adversário espiritual" está registrada
em Atos 16.25-26. Nem todos gostam de boxe por causa do uso da violência. Mas
aqui estamos nos referindo ao golpear espiritual. Paulo e Silas estavam presos
porque haviam expulsado o espírito de advinhação de uma jovem e seus senhores
não gostaram de perder o lucro (Atos 16.19).
Eles estavam
presos porque haviam lutado contra as trevas. Aparentemente, o inimigo estava
ganhando. Paulo e Silas estavam sofridos e poderiam mofar na prisão.
Ambos poderiam
ter murmurado e se revoltado contra Deus. Afinal de contas, porque o Senhor
havia permitido tal coisa?
Com o inimigo
é preciso saber utilizar as armas certas. Se a princípio as trevas pareciam
vencer e reinar naquele ambiente, por outro lado os apóstolos decidiram
glorificar e entronizar ao Senhor naquele lugar: "Paulo e Silas oravam
e cantavam louvores a Deus" (Atos 16.25).
Deus habita no
meio dos louvores e as orações repreendem o inimigo e exalta o Senhor. O fato é
que a ordem espiritual foi restaurada naquele lugar.
Como
conseqüência, houve um terremoto que sacudiu os alicerces da prisão. As portas
se abriram e as cadeias se romperam. O carcereiro temeu pela sua vida e pensou
em suicídio, mas a salvação chegou em sua casa.
Onde Deus
habita reina a paz, o amor e a alegria. O carcereiro convidou Paulo e Silas
para irem até sua casa onde os recebeu com grande alegria (Atos 16.34).
Devemos
aprender a restaurar o reinado do Senhor onde habitamos ou estamos. A Bíblia
registra que quando Jesus expulsava um demônio, o Reino de Deus chegava naquele
lugar.
Pela oração e
glorificação do Senhor o Reino de Deus ocupa seu espaço onde estamos e o
ambiente fica cheio de paz e alegria.
Lembre-se do que Jesus disse: “Se permanecerdes em mim, e as minhas
palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (João
15.7).
Como usar as chaves que abrem as portas espirituais
A história da cura de Naamã, em 2 Reis 5.1-15, traz alguns princípios
que podemos aplicar hoje em nossa vida diária para sermos bem-sucedidos. São
chaves ou princípios que abrem as portas espirituais.
Entre estes princípios, estão:
1.
O ser humano tem limites e
sempre encontrará uma porta fechada diante de si, mas se ele usar a chave da
fé, na porta certa, ela se abrirá (2 Reis 5.1).
Naamã era um grande herói na Síria, mas seus
deuses não haviam lhe ajudado a vencer outro inimigo: a lepra. Sua força
física e sua capacidade não foram suficientes para ajudar em sua cura. Ele não
tinha a chave certa para entrar na porta da bênção. Naamã vivia dentro de um
quadrado sem ter esperança de sair dessa situação.
Assim vivem muitas pessoas hoje. Têm dinheiro
e nome, mas vivem infelizes porque seus deuses não lhe ajudam na solução dos
problemas. Muitos não têm um sentido na vida e vivem uma vida infeliz com um
grande vazio em sua alma.
Os cristãos têm em Jesus a chave da fé que
abre portas e os tornam vencedores.
A Bíblia diz que não podemos nem imaginar o
que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
2.
A coragem de testemunhar
sobre o poder de Deus pode encaminhar uma pessoa aflita para uma porta que
trará uma saída para o seu problema (2 Reis 5.3).
Uma jovem levada cativa pelos sírios foi
trabalhar na casa do comandante leproso. Vendo a situação do herói sírio
disse: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria;
ele o curaria da sua lepra (2 Reis 5.3).
O testemunho dessa jovem ajudou Naamã a
encontrar a direção da porta que iria trazer saída para o seu problema.
Quando temos coragem de testemunhar, estamos
ajudando pessoas a encontrar a porta da bênção. Quando nós testemunhamos, ao
contar nossas experiências, lançamos luzes na mente das pessoas que têm
problemas e assim motivamos a se abrirem para o Deus das causas impossíveis.
3.
As pessoas que andam na
luz têm as portas abertas com mais facilidade (2 Reis 5.4-5).
Naamã tinha um bom conceito diante do seu
rei. Ele o ajudaria a buscar resposta para sua necessidade. Uma pessoa
incrédula ou cheia de dúvidas tem as portas espirituais fechadas para si, mas
um coração aberto tem as portas espirituais abertas com mais facilidade.
Esse é um princípio que aprendemos na
história de Naamã.
Muitas trevas podem entrar na vida das
pessoas para prejudicá-las em sua caminhada. Uma pessoa cheia de luz tem os
seus caminhos espirituais abertos. Uma pessoa em trevas com atitude insensata,
maus pensamentos, falar torpe etc, tem seus caminhos bloqueados. Porque Deus é
luz e onde Ele habita não há espaço para escuridão. Nós colhemos o que
plantamos
Jesus diz que quem perdoa é perdoado por
Deus. Isso é andar na luz e colher o que plantou. Devemos investir no caráter,
nas boas ações, nas atitudes justas e honestas, pois as portas espirituais
serão abertas para nós com mais facilidade.
4.
O medo é uma tranca que
bloqueia nosso entendimento e nos impede de abrirmos as portas (2 Reis 5.6-7).
O rei de Israel demonstrou ser um grande
medroso achando que a carta enviada pelo rei da Síria era um pretexto para
romper as relações e entrar e provocar uma guerra. Com este pensamento quase
prejudicou a cura de Naamã.
Muitas pessoas não realizam seus sonhos e
impedem outros de alcançá-los por causa do medo que carregam dentro de si.
Alguns pequenos problemas são transformados em gigantes por causa do medo
neurótico.
5.
Uma pessoa sem
preconceitos ou medo está mais apta a ajudar qualquer pessoa a ter as portas
abertas para a solução dos seus problemas (2 Reis 5.8).
Preconceito quer dizer prejuízo. O
preconceito fecha as portas, exclui as pessoas e traz prejuízos. Eliseu
demonstrou estar pronto para servir e ajudar as pessoas. Ele não carregava
trancas em sua mão, mas sim chaves. Com o coração aberto ele se colocou à
disposição para solucionar o problema de Naamã. Ele disse: “Deixa-o vir a mim,
e saberá que há profeta em Israel” (2 Reis 5.8).
Eliseu viu nesse episódio uma grande
oportunidade de testemunhar o poder de Deus
6.
A visão espiritual
limitada e o racionalismo são trancas que nos impedem de abrir as portas da bênção (2
Reis 5.11-12).
Naamã era um herói, de bom conceito, mas
certos bloqueios quase lhe impediram de ser abençoado.
Primeiro, ele apresentava uma visão
espiritual limitada: “pensava eu que ele sairia a ter comigo, pôr-se-ia de pé,
invocaria o nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e
restauraria o leproso” (2 Reis 5.11). Segundo, era muito racional e
bairrista: “Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do
que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo?” (2
Reis 5.12)
O que impede a nossa bênção pode estar em nosso próprio coração. Veja
que Naamã ainda saiu indignado. Existem pessoas que se fecham achando sua
verdade a melhor. E isso as impede de conhecerem o novo de Deus.
7.
Uma palavra sábia na hora
certa poderá ser a chave que moverá o coração mais racional para caminhar em
direção a porta da bênção (2 Reis 5.13).
Como cristãos somos chamados a ser
porta-vozes de Deus, das bênçãos e promessas que Ele tem para nós.
Foi uma palavra sábia dos oficiais de Naamã
que moveu seu coração e abriu o entendimento: “Meu pai, se te houvesse dito o
profeta alguma coisa difícil, acaso, não a farias? Quanto mais, já que apenas
te disse: Lava-te e ficarás limpo”.
Os oficiais tiveram o maior cuidado com as
palavras. Se entre eles estivessem os chamados "puxa-sacos" ou
interesseiros, certamente, iriam incondicionalmente apoiar Naamã. Mas, o
bom-senso ajudou na sua cura.
8.
A humildade e a fé são as
chaves certas para as portas das bênçãos serem abertas (2 Reis 5.14).
Quando Naamã com humildade e confiança
resolveu descer e mergulhar no Jordão sete vezes, conforme a Palavra do homem
de Deus, ele foi curado. Ele só foi abençoado quando obedeceu a palavra
profética e abandonou seus conceitos soberbos e preconceituosos.
Muitos precisam descer do pedestal, colocar o
coração dependente de Deus e mergulhar em suas promessas. A vitória virá para
aqueles que se entregarem ao Senhor: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia
nele, e o mais ele fará” (Salmo 37.5).
Utilizando as chaves espirituais certas as
portas serão abertas.
Como realizar nossos sonhos
“Prosseguiu o
anjo: Levanta os teus olhos e vê que todos os machos que cobrem o rebanho são
listados, salpicados e malhados; porque vejo tudo o que Labão te está fazendo.
Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto” (Gn
31.12-13).
Todos têm sonhos. Os sonhos da carne
nem sempre são realizados.
Os que vêm do espírito, sim! Eles são de Deus
e se realizam.
Mas existem princípios bíblicos e é
preciso ter plena compreensão das circunstâncias que envolvem a realização de
um sonho.
A história de Jacó nos ensina como ser
vitorioso na vida sentimental, profissional e nos relacionamentos com as
pessoas raivosas.
1. Os sonhos não são alcançados sem luta e sem a mão de Deus
Veja o que
aconteceu com Jacó:
Sendo passado para trás: “Mas vosso pai me tem enganado e por dez vezes me mudou o salário;
porém Deus não lhe permitiu que me fizesse mal nenhum” (Gn 31.7).
Oposição:“Vejo
que o rosto de vosso pai não me é favorável como anteriormente; porém o Deus de
meu pai tem estado comigo” (Gn 31. 5).
Mão de Deus: “Se
não fora o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o temor de Isaque, por certo me
despedirias agora de mãos vazias. Deus me atendeu ao sofrimento e ao trabalho
das minhas mãos e te repreendeu ontem à noite” (Gn 31.42).
Às vezes, temos que retroceder
estrategicamente: “Disse o Senhor, então, a Jacó: Volta para
a terra de teus pais e para a tua parentela; e eu serei contigo” (Gn
31.3).
2. Não podemos desanimar com as circunstâncias negativas
- Sofrimento físico:
“Assim andava eu; de dia me consumia o calor, e de noite a geada; e o sono me
fugia dos olhos” (Gn 31.40).
- Sofrimento sentimental e
profissional: “Estive vinte anos em tua casa; catorze anos te servi por
tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; dez vezes mudaste o meu salário”
(Gn 31.41).
-
Sofrendo prejuízo: “Nem te apresentei o que era despedaçado
pelas feras; sofri o dano; da minha mão
requerias, tanto o furtado de dia como o de noite” (Gn 31.39).
3. Devemos andar na integridade e no tempo de Deus
- Perseverar mesmo que demore. Esperar o
tempo de Deus: “Vinte anos eu estive contigo” (Gn 31.38).
- Mesmo no prejuízo manter-se
honesto: “...as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi
os carneiros do teu rebanho” (Gn 31.38).
4. Devemos lutar com garra pela nossa bênção
Ao passar o “vau de Jaboque” com sua
família Jacó ficou só: “Jacó, porém, ficou só; e lutava com ele um homem até o
romper do dia. Quando este viu que não prevalecia contra ele, tocou-lhe a
articulação da coxa, e se deslocou a junta da coxa de Jacó, enquanto lutava com
ele. Disse o homem: Deixa-me ir, porque já vem rompendo o dia. Jacó, porém,
respondeu: Não te deixarei ir, se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Qual
é o teu nome? E ele respondeu: Jacó. Então disse: Não te chamarás mais Jacó,
mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido.
Perguntou-lhe Jacó: Dize-me, peço-te, o teu nome. Respondeu o homem: Por que
perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou “(Gn 32.24-29).
Colocou o nome do lugar como Peniel: “Vi a
Deus face a face, e a minha vida foi salva” (Gn 32.30).
5. Deus estará constantemente conosco e mudará nossas circunstâncias
negativas
Nossa
determinação, fidelidade a Deus e integridade trarão recompensa:
- Inimigos serão sensibilizados:
“Labão lhe respondeu: Se tenho achado graça aos teus olhos, fica comigo; pois
tenho percebido que o Senhor me abençoou por amor de ti” (Gn 30.27).
- Deus multiplicará nosso trabalho:
“Ao que lhe respondeu Jacó: Tu sabes como te tenho servido, e como tem passado
o teu gado comigo. Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda tem se
multiplicado abundantemente; e o Senhor te tem abençoado por onde quer que eu
fui. Agora, pois, quando hei de trabalhar também por minha casa?” (Gn
30.29-30).
- Os anjos estarão em nosso caminho: “Jacó também seguiu o seu caminho; e encontraram-no os anjos de Deus.
Quando Jacó os viu, disse: Este é o exército de Deus. E chamou àquele lugar
Maanaim” (Gn 32.1-2).
- As circunstâncias ameaçadoras
serão revertidas: “Levantou Jacó os olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e
quatrocentos homens com ele” (Gn 33.1).
- Jacó se humilhou diante
de Esaú e as barreiras foram quebradas. Mas ele
mesmo passou adiante deles, e inclinou-se em terra sete vezes, até chegar perto
de seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, lançou-se-lhe ao
pescoço, e o beijou; e eles choraram” (Gn 33.3-4).
Ele havia feito um pedido ao Senhor que se cumpriu: “Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque eu o
temo; acaso não venha ele matar-me, e a mãe com os filhos” (Gn 32.11).
6. Nossos
sonhos serão realizados na dimensão do espírito
- “Num sonho vi...”: “De modo que Deus
tem tirado o gado de vosso pai, e mo tem dado a mim. Pois sucedeu que, ao tempo
em que o rebanho concebia, levantei os olhos e num sonho vi que os bodes que
cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malhados. Disse-me o anjo de Deus
no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis aqui” (Gn 31.9-11)
- O Senhor responderá
nosso clamor: “Prosseguiu o anjo: Levanta os teus olhos e
vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e
malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te vem fazendo” (Gn 31.12).
- Deus se lembrará de
nosso voto: “Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma
coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te, pois, sai-te desta terra e volta
para a terra da tua parentela” (Gn 31.13).
Conclusão
Toda grande bênção sempre veio após lutas,
perseverança e fidelidade a Deus. Foi assim com todos os servos e servas, como
Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Gideão, Paulo, Wesley, Lutero, Martin Luther King,
Nelson Mandela etc. Foi assim com pessoas simples como a Mulher de Cananéia; a
mulher com hemorragia; o aleijado que esperava o mover da água etc.
Hoje ainda é assim. Devemos caminhar no
equilíbrio sabendo das dificuldades, mas caminhar também na esperança porque o
nosso Deus é o mesmo de Abraão, Isaque e Jacó.
Jacó passou por lutas imensas, mas foi
vitorioso na vida profissional, sentimental e espiritual. Você pode ser
também...
Como consertar as escolhas erradas feitas no passado
Quantas escolhas erradas fizemos no passado
por acharmos que eram as decisões mais certas! Se soubéssemos como seria o
amanhã, certamente não teríamos ido por aquele caminho e a nossa vida seria
outra.
Às vezes, vamos até buscar orientação em
Deus, mas nem sempre esperamos Sua resposta e, no fundo, conseguimos as
repostas que nem são de Deus e sim de nosso coração.
Estudar a história da vida de personagens que
passaram por essa situação nos ajuda a rever nossa caminhada e a tomar as
melhores decisões hoje e, quem sabe, a consertar o que foi feito de errado no
passado.
A história de Jacó é igual de muitos
hoje:
1.Atitudes em família que proporcionaram
conflitos
- A preferência de Isaque por Esaú e de
Rebeca por Jacó trouxe desarmonia no lar (Gn 25.28). Esaú agradava a Isaque com
a caça e Jacó por ser filho pacato, caseiro acabava agradando a Rebeca. Eram os
ingredientes que gerariam conflitos no lar.
- O fato de Esaú ter
nascido primeiro lhe daria direitos de herança o que deixou Jacó com sentimento
de rejeição, inutilidade, frustração e baixa auto-estima. Jacó por isso agiu
maquiavelicamente para tirar esse direito de Esaú (Gn 25.31-34)
- Rebeca propõe ao filho
Jacó enganar ao pai Isaque para receber a sua bênção (Gn 27.6-23)
- Essa situação gerou ódio
no coração de Esaú que quis matar Jacó (Gn 27.41).
- Por Jacó ter agido na
carne as conseqüências foram desastrosas para ele que teve que fugir de casa
aconselhado pela mãe (Gn 28.43).
- Rebeca quis dar um
jeitinho e complicou a vida da família. Deus havia respondido a oração de
Rebeca e lhe dito que o filho mais velho (Esaú) serviria ao mais moço (Jacó).
Ela mesmo assim se precipitou (Gn 25.22-23).
2. A bênção proporciona bênção
- O lado bom dessa história
foi que Isaque, apesar de tudo que Jacó fez, o abençoou (Gn 28.1-4).
- Logo ao sair de casa, Jacó
tem um sonho em que Deus o abençoava (Gn 28.10-17). Sentiu a presença do Senhor
e edificou um altar a Ele.
3. Na dimensão do Espírito, Jacó
reverte sua situação:
- Na vida sentimental:
Jacó aceitou trabalhar 7 anos para ter a
mulher que amava, mas acabou sendo enganado e teve outra esposa. O pai empurrou
a filha Lia para Jacó.
Apesar disso, ele não desistiu. Para ter a
mulher dos seus sonhos ele trabalhou mais 7 anos (Gn 29.18-20). Pelo muito que
ele a amava pareciam poucos anos...
- Na vida
profissional:
Deus abençoou financeiramente a Labão pelo
trabalho de Jacó (Gn 30.30).
Seu sogro o enrolava e havia mudado seu
salário já 14 vezes. Jacó faz um trato com seu sogro, entra na dimensão do
Espírito e fica muito rico, mais do que o sogro (Gn 30. 31-43).
-
Na vida espiritual:
Jacó, ao sair de casa, teve um sonho com
anjos e o Senhor lhe prometeu bênçãos. Jacó fez um voto: “Se Deus for comigo, e
me guardar... O Senhor será o meu Deus, e a pedra, que erigi por coluna será a
Casa de Deus; e de tudo...eu te darei o dízimo” (Gn 28.20-22).
Jacó procurou entrar em contato profundo com
Deus. Jacó ofereceu um sacrifício a Deus na montanha e os anjos saíram ao seu
encontro (Gn 31.54-55; Gn 32.1-2).
Certa vez, Jacó segurou o anjo durante toda a
noite para que fosse abençoado (Gn 32.24-28).
- No relacionamento com
o irmão:
Jacó toma a iniciativa de reconciliar-se com
seu irmão (Gn 32.2-4).
Ele teve medo de Esaú, mas buscou e se
humilhou diante de Deus pedindo livramento (Gn 32.7-12).
Ofereceu um grande presente ao irmão (Gn
32.13-15).
Pediu a bênção do anjo para sua vida (Gn
32.29).
Jacó se humilhou diante do irmão (Gn 33-3-4).
Os irmãos se reconciliaram. Eles se
abraçaram, se beijaram e choraram (Gn 33.4).
Quando houve reconciliação com seu irmão, Jacó
levantou um altar ao Senhor (Gn 33.20).
Conclusão
Uma história que começou errada, mas na
dimensão do Espírito, pela determinação e fé, Jacó a reverteu.
Houve mudança na sua vida espiritual,
sentimental, profissional e no relacionamento com seu irmão.
O mesmo pode acontecer conosco hoje. Somos herdeiros e coerdeiros com Cristo das promessas feitas a Abraão.
Como ser servo do Senhor
No livro de Atos
4.36 está registrado que os apóstolos deram a José, um levita de Chipre, o nome
Barnabé. Seu nome significa “filho da consolação" ou “exortação”. Os
apóstolos passaram a chamá-lo de Barnabé, que significa
"encorajador". Este nome é citado 29 vezes em Atos e 5 vezes nas
cartas de Paulo.
Barnabé
é aquele que dá ânimo, encoraja. Eleva as pessoas. Estimula, edifica.
Ele
formava e reconstruía o caráter dos novos discípulos pela Palavra e pela unção
do Espírito.
Quem quiser conhecer o padrão bíblico de um
servo de Deus, especialmente de um arquiteto espiritual, deve inspirar-se no
exemplo de pessoas como Barnabé, aqui chamado de “homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé”
(At 11.24).
1.Ele amava ao Senhor de todo coração,
alma e entendimento
O texto de Atos 4.37 diz que Barnabé vendeu
um campo que possuía e “trouxe o preço
e o depositou aos pés dos apóstolos”.
Logo a seguir a Bíblia registra a
infidelidade e morte de Ananias e Safira.
Barnabé foi louvado pela transparência e
fidelidade; Ananias e Safira foram mortos por sua hipocrisia.
Barnabé levou a
sério a vida cristã, Ananias e Safira, não.
O Senhor não é
contra termos bens materiais. Ele promete bênçãos para nós. Mas devemos colocar
o Reino em primeiro lugar.
Se não
nos dermos ao Senhor de corpo e alma, em alguma área de nossa vida seremos
infiéis.
Barnabé é
um exemplo de plena dedicação e consagração.
2.Ele dava oportunidade aos que queriam
mostrar o seu valor
Paulo teve um início difícil. Pela sua má
fama anterior, ninguém queria saber dele. Mas Barnabé lhe deu uma oportunidade.
O apóstolo Paulo “procurou juntar-se com os
discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo.
Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele
vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara
ousadamente em nome de Jesus” (At 9.26-27).
Como é difícil recomeçar depois de uma fase
negativa, depois de uma queda. Somos preconceituosos, medrosos e até mesmo
“fariseus”.
Barnabé é um exemplo de alguém que teve
discernimento, sabedoria, visão e abriu caminho para Paulo ser o apóstolo que
foi.
3.Ele se entusiasmava e se dedicava à obra de
Deus
Para Barnabé não havia dia ruim, falta de
tempo ou missão impossível. Ele estava sempre disponível para servir ao Senhor.
- Ele
vibrava: “O qual, quando chegou, e viu a graça de
Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com
propósito de coração” (At 11.23).
- Ele dava tempo para a obra do
Senhor: “partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado,
levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e
ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira
vez, chamados cristãos” (At 11.25-26).
- Ele realizava a obra do Senhor com
dedicação: “Mas Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, ensinando e
pregando com muitos outros a palavra do Senhor” (At 15.35).
4. Ele era submisso à liderança e estava
pronto para servir
Barnabé tinha
o ego crucificado. Tinha aprendido a ser um servo, submisso porque era cheio do
Espírito:
- Jerusalém envia Barnabé: “E chegou a
fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram
Barnabé a Antioquia” (At 11.22). Quando, mais tarde, foi preciso ser submisso,
ele novamente se submeteu:
- Antioquia envia Barnabé e Paulo à Judéia
para levarem suprimentos aos cristãos:“Enviando-os aos presbíteros por
intermédio de Barnabé e de Saulo” (At 11.30).
5. Barnabé vivia em comunhão com a igreja e aceitou o desafio
missionário
Um servo do Senhor procura estar em comunhão com o corpo de Cristo e ser
sensível à voz do Espírito:
Na igreja em
Antioquia havia alguns profetas e doutores: Barnabé e Simeão chamado Níger, e
Lúcio de Cirene, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E,
servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a
Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (At 13.1-2).
Um servo quer servir, não importa o
cargo ou o título. Como Barnabé era humilde ele não se importou em perder o
papel de líder na primeira missão cristã. O nome de Barnabé sempre vinha na
frente do nome de Saulo (At 13.7). Depois, Paulo passou a ter seu nome citado
primeiro (At 13.43). Isso significa o nome de maior liderança.
6. Ele tinha ousadia na Palavra e
não temia tomar decisões radicais
No texto a seguir vemos toda ousadia de Paulo
e Barnabé: “Despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos
religiosos seguiram Paulo e Barnabé; os quais, falando-lhes, os exortavam a que
permanecessem na graça de Deus. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a
cidade para ouvir a palavra de Deus.Então os judeus, vendo a multidão,
encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava” (Atos
13.43-45).
Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia,
disseram: “Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra
de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna,
eis que nos voltamos para os gentios;
Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te constituí
para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da
terra.
Os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e
glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para
a vida eterna.
E a palavra do Senhor se divulgava por toda
aquela província.
Mas os judeus incitaram algumas mulheres
religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora
dos seus termos.
Sacudindo, porém, contra eles o pó dos seus
pés, partiram para Icônio. E os discípulos estavam cheios de alegria e do
Espírito Santo” (At 13.46-52).
7. Ele foi decisivo na
preservação da ênfase da graça do Senhor na Igreja
Quando alguns novos cristãos quiseram que os
convertidos praticassem as leis do Antigo testamento, alguns cristãos sábios se
levantaram, entre eles Barnabé, para defenderem a graça de Deus:
“Então alguns que tinham descido da
Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de
Moisés, não podeis ser salvos. Tendo Paulo e Barnabé contenda e não
pequena discussão com eles, os irmãos resolveram que Paulo e Barnabé e mais
alguns dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, por causa
desta questão. Eles, pois, sendo acompanhados pela igreja por um trecho
do caminho, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos
gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos. E, quando
chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos,
e relataram tudo quanto Deus fizera por meio deles. Mas alguns da seita
dos fariseus, que tinham crido, levantaram-se dizendo que era necessário
circuncidá-los e mandar-lhes observar a lei de Moisés” (Atos 15.1-5).
Pedro se levantou e falou do que
Deus havia feito aos gentios.
Palavra de Barnabé e Paulo: “Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que
contavam quantos sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os
gentios” (At 15.12).
8. Ele dava nova oportunidade
ao que errou pensando em sua restauração
Como
Marcos um dia havia abandonado a obra missionária, Paulo não estava disposto a aceitá-lo de novo. Barnabé queria dar nova
oportunidade a Marcos:
“Houve entre eles tal desavença, que vieram a
separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas
Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do
Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (At 15.39-41).
Cerca de onze anos mais tarde,
ao escrever aos Colossenses e a Filemon (Cl 4.10; Fm 23-24), Paulo se refere a
João Marcos como um dos seus cooperadores na prisão, e na segunda carta a
Timóteo, já no final da sua vida, ele dá este testemunho: “Somente Lucas está comigo. Toma contigo
Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2Tm 4.11). É a
prova de que Barnabé estava certo.
Conclusão
Nos dias de hoje em que muitos líderes vivem
nas manchetes e chegam a ser idolatrados, nada melhor do que recorrer à Palavra
de Deus e seguirmos o exemplo de servos e servas que são exemplos para nós.
Barnabé tinha dons do Espírito e o caráter de
Cristo.
Somos chamados a ter o mesmo procedimento, as
mesmas marcas de Cristo em nós que é obra do Espírito Santo de Deus.
Precisamos de Barnabés hoje, em dias
difíceis, que dêem ânimo as pessoas, estimulem a permanecer na graça do Senhor
e a se manterem fiéis.
Somos chamados para sermos arquitetos
espirituais, para construir e edificar vidas.
Não somos demolidores e sim construtores
espirituais.
Como usar o poder da palavra profética
A parábola do
vale de ossos secos nos mostra o poder da ação do Espírito e da palavra
profética. Era um tempo em que o povo de Israel precisava de esperança e de
restauração. Estavam como mortos, cativos, sem esperança.
O povo de Deus
precisava ser fortalecido e o profeta Ezequiel procurou fortalecer e trazer
esperança.
Ezequiel
significa Deus fortalece.
A parábola do
vale dos ossos secos é semelhante à situação de muitas pessoas hoje. Muitos
precisam ser revitalizados pelo Espírito Santo.
Há uma
necessidade de que haja cristãos com a visão profética e a prática de Ezequiel
para que vidas sejam restauradas.
Nesta parábola
aprendemos:
1. O Espírito sabe o que faz. Devemos estar submissos a Ele
"Veio
sobre mim a mão do Senhor; ele me levou pelo Espírito do Senhor e me deixou no
meio de um vale que estava cheio de ossos." E completa dizendo: "e me
fez andar ao redor deles; eram mui numerosos na superfície do vale e estavam
sequíssimos" (Ez 37. 1-2).
Da mesma forma
que um dia o Espírito Santo levou Jesus para o deserto, às vezes, o
Espírito pode nos levar para lugares inesperados para nos ensinar e para
proferirmos a sua palavra. Foi isto o que Deus fez com Ezequiel.
O Espírito nos
leva para lugares de paz, alegria e amor mas, nos leva também aos ossos de hoje
que estão sem vida para que possamos promover a sua restauração.
Somos chamados
a ser instrumentos de restauração.
Somos
instrumentos de um Reino para termos vida plena. Jesus disse que o mundo jaz no
maligno. Ele disse: se eu expulso demônios é chegado o Reino até vós. Deus
enviou Jesus para trazer luz ao um mundo cheio de trevas (Jo 1.5)
2. Devemos
crer que por causa da misericórdia e do poder de Deus há esperança no vale
Uma pessoa no
vale da sombra da morte ou no vale de ossos secos pode estar sem esperança.
Todos os recursos já acabaram. Que fazer agora?
O Senhor
provou a Ezequiel dizendo:
“E me disse: Filho
do homem, acaso, poderão reviver estes ossos? Respondi: Senhor DEUS, tu o sabes”
(Ez 37.3).
Essa foi a resposta sábia do profeta. Ele
tinha consciência da situação horrível em que se achava; contudo, sabia também
que o Deus a quem servia era Deus de milagres, e dependia totalmente dEle para
sair daquele vale de ossos secos. Só o Deus de misericórdia e que faz muito
além do que pedimos ou pensamos pode tirar alguém do vale.
Muitos estão
no vale da sombra da morte e outros no vale dos ossos secos, sem vida, sem
esperança. Estão cativos de vícios, problemas emocionais e de trevas.
Por causa do
grande amor de Deus temos esperança. Deus quer retirar de nós o jugo. Mas
precisamos de fé.
Se crermos,
veremos a glória de Deus. Depende de nós.
A verdadeira
fé em Deus nos leva a saber que Deus pode fazer infinitamente mais do que
pedimos ou pensamos.
A verdadeira
fé em Deus nos leva a esperar sempre a última palavra decisiva como vinda de
Deus.
3. Devemos
estar atentos para ouvir e obedecer a Palavra do Espírito
"Disse-me
ele: Profetiza a estes ossos e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do SENHOR"
(Ez 37.4).
Ezequiel deve
ter pensado: será que estou ouvindo direito: devo falar a palavra do Senhor a
estes ossos secos? Será que estou ficando louco? Às vezes, as ordens divinas
nos parecem loucuras, devaneios mentais ouvidos ocasionalmente. Mas quando Deus
nos dá uma ordem, ela deve ser cumprida. Notamos aqui que Deus busca no profeta
duas coisas: a fé para crer no impossível e a obediência para presenciar a
realização do inacreditável.
Então o
profeta, em obediência ao Senhor profere as palavras: "Assim diz o Senhor
Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis"
(Ez 37.6). Aqui duas coisas acontecem: o profeta fala em nome do Senhor Deus a
sua palavra e ordena ao espírito que assopre sobre os ossos para que vivam.
A palavra foi
objetiva sobre os ossos!
Nem mais, nem
menos.
É necessário
dizer, expressar. No mundo espiritual a palavra tem grande valor.
O antigo líder
egípcio Arafat disse: A palavra tem mais poder do que o revólver!
Não podemos
profetizar por ritualismo, por brincadeira, pela nossa mente ou por fantasia.
Só quando tivermos a certeza do Espírito.
Antonio
Conselheiro, místico rebelde e líder espiritual do arraial de Canudos
(1893-1897), profetizou para mais de 5 mil pobres no deserto que "O Sertão
vai virar Mar e o Mar vai virar Sertão". Eles morreram e essa profecia nunca
se cumpriu.
4. Devemos
reconhecer que o poder pertence a Deus
O fato de eu
orar ou profetizar e alguém ser abençoado, não significa que a glória é minha.
Fui apenas canal. A Bíblia é clara ao dizer:
“Assim diz o
Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.
E porei nervos sobre vós e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós
estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis, e sabereis que eu sou o
SENHOR” (Ez 37.5-6).
Veja o exemplo
de Paul Schoo: Ele andava desanimado porque nada acontecia
em sua Igreja na Coréia. Só havia uma meia dúzia de membros. Um dia ele pensou
em desistir, mas eis que um membro de sua igreja levou um aleijado para ele
curar. Ele ficou desesperado. Como um aleijado espiritual pode orar para um
aleijado físico. Ele orava e pedia o aleijado para andar, mas ele caia no chão
parecendo que ia se quebrar todo. Então, foi ao altar do Senhor e lhe disse
algo assim: Senhor, se Tu não me deres unção e tamanha fé para essa cura, estou
desistindo de tudo. Houve uma plena entrega e a unção veio sobre ele. Então,
orou para o aleijado andar e ele foi curado.
Nós somos canais,
instrumentos, mas o poder e a glória pertencem a Deus.
5. Devemos
crer e obedecer integralmente a Palavra do Senhor
"Então,
profetizei segundo me fora ordenado" (Ez 37. 7).
Não podemos ir
além e nem deixar de fazer o que Ele determina.
Somos servos e
servas. Ele é o Senhor. A nós cabe apenas acatar suas determinações.
Se
obedecermos, se formos fiéis e tivermos fé, o poder de Deus se moverá através
de nós.
6. Quando
profetizamos com fé e unção, algo acontece
"...enquanto
eu profetizava, houve um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e
se ajuntavam, cada osso ao seu osso." (Ez 37.7).
Wesley diz que
Deus nada faz senão em resposta às nossas orações.
Jesus disse
que, se pedir, receberemos. Somos filhos e filhas, herdeiros e co-herdeiros com
Cristo.
7. Devemos
profetizar para que haja o mover do Espírito
“Então, ele me
disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim
diz o Senhor Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes
mortos, para que vivam” (Ez 37.9).
Jesus disse
que, se pedíssemos o Espírito Santo, o Pai daria (Lc 11. 13).
Se você não
tem o Espírito Santo, como os discípulos em Samaria (Atos 8.14-25) não haviam
recebido, peça a Deus.
Se estão faltando
a unção e a intrepidez em seu ministério, peça a Deus. Os discípulos oraram e
ficaram cheios do Espírito e passaram a pregar com intrepidez.
8. O Espírito
irá agir e promover restauração
"Profetizei
como ele me ordenara, e o espírito entrou neles, e viveram e se puseram em pé,
um exército sobremodo numeroso...Assim diz o Senhor Deus: Eis que abrirei a
vossa sepultura e vos farei sair dela, ó povo meu, e vos trarei à terra de
Israel. Sabereis que eu sou o Senhor, quando eu abrir a vossa sepultura e vos
fizer sair dela, ó povo meu." (Ez 37.10-13).
Deus quer
restaurar e trazer vida plena a todos. Jesus veio para que todos pudessem
passar do reino das trevas para o reino do Filho do seu amor (Cl 1.13).
O Espírito do
Senhor estava sobre Jesus para libertar os cativos, por em liberdade os
oprimidos, curar os cegos, etc (Lc 4.16-19).
Conclusão
Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no
começo do exílio babilônico, nos anos 593-570 aC. O profeta Ezequiel, fazendo
da Babilônia o seu palco de acontecimentos, profetizou a restauração da nação
de Israel.
Aos seus desesperados ouvintes, depois da queda de Jerusalém, Ezequiel
veio a ser um consolador, um porta-voz da salvação que pregou a necessidade de
mudança do coração (Ez 36.25-27). Ele foi um profeta que previu a restauração
divina do templo, dos cultos e da terra para um Israel redimido e purificado.
A situação política de Israel nos dá o pano de fundo dessa visão tão
conhecida do Antigo Testamento. Após a queda de Jerusalém, o povo se viu sitiado
e espalhado entre as nações. A profecia de Ezequiel trouxe ao povo, sem
perspectivas, a esperança de restauração e o retorno à terra de sua parentela
(Ez 36.24).
Essa possibilidade de resgatar a dignidade e
a alegria não se encontrava na casa de Israel, que havia se desviado de Deus e
traído a sua confiança, mas residia na imensa misericórdia de Deus.
Hoje, se você também se sente sem vida, seco, é preciso deixar o
Espírito restaurar sua vida e lhe fortalecer.
Abra-se ao mover do Espírito de Deus que traz vida hoje também.
Deus quer restaurar as pessoas hoje em toda a terra, mas para isso é
preciso que existam homens e mulheres dispostos a proferir a palavra do Senhor
com fé e obediência; é preciso que esperemos pelos resultados da palavra que
foi proferida.
Como um poço pode ser uma fonte de bênção
Nós podemos chegar ao fundo do poço ou fazer
de um poço nossa fonte de bênção.
A Bíblia diz: "Tomaram então, a Jeremias
e o lançaram na cisterna (...). Na cisterna não havia água, senão lama; e
Jeremias se atolou na lama" (Jr 38.6).
Há pessoas que estão como o profeta Jeremias,
no fundo do poço. Chegaram ao limite da existência humana, não vêem mais
solução para a crise estabelecida, estão sozinhas, machucadas, com feridas
internas que ser humano nenhum pode curar, dores profundas que a medicina não
consegue explicar. O que está de fato a sua frente são as impossibilidades e
muita escuridão.
O fundo do poço é o lugar da não
sobrevivência, da lama, da sujeira imposta pelos outros ou por uma
circunstância.
Temos que aprender a estar junto do poço de águas cristalinas.
A Bíblia realça a importância do poço.
1. Algumas pessoas tiveram sua
história mudada junto ao poço
Veja alguns exemplos na Bíblia:
- Rebeca, a futura esposa de Isaque, foi encontrada junto a um poço
- “Fora da cidade, fez ajoelhar os camelos junto a um poço de água, à tarde,
hora em que as moças saem a tirar água...Considerava ele ainda, quando saiu
Rebeca, filha de Betuel, filho de Milca, mulher de Naor, irmão de Abraão,
trazendo um cântaro ao ombro” (Gn 24. 11 e 15).
- Jacó conheceu Raquel junto a um poço:
“Pôs-se Jacó a caminho...Olhou, e eis um poço no campo...Tendo visto Jacó a
Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, chegou-se
removeu a pedra da boca do poço, e deu de beber ao rebanho de Labão, irmão de
sua mãe. Feito isso, Jacó beijou a Raquel e, erguendo a voz, chorou” (Gn
29.1-2, 10-11).
- Moisés encontrou sua esposa, Zípora, junto a um poço: “...porém Moisés
fugiu da presença de Faraó, e se deteve na terra de Midiã; e assentou-se junto
a um poço. O sacerdote de Midiã tinha sete filhas, as quais vieram a tirar
água...” (Ex 2.15-16).
- A mulher samaritana teve seu encontro
com Jesus junto ao poço de Jacó: “Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da
viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto veio
uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: dá-me de beber” (Jo 4. 6-7).
Alguns ensinamentos sobre o poço:
2. Para obter seu poço, caminhe pelo
Espírito e não pela obra da carne
Evite o ódio, as tramas, o
ressentimento e o espírito de vingança. A obra da carne fecha os poços: “Semeou
Isaque naquela terra e, no mesmo ano, recolheu cento por um, porque o Senhor o
abençoava. Enriqueceu-se o homem, prosperou, ficou riquíssimo; possuía ovelhas
e bois, e grande número de servos, de maneira que os filisteus lhe tinham
inveja. E, por isso, lhe entulharam todos os poços que os servos de seu pai
haviam cavado, nos dias de Abraão, enchendo-os de terra. Disse Abimeleque a
Isaque: Aparta-te de nós, porque já és muito mais poderoso do que nós. Então
Isaque saiu dali e se acampou no vale de Gerar, onde habitou” (Gn 26.12-17).
- Isaque
caminhou pela humildade e procurou a paz. Quando Abimeleque, invejoso,
pediu para Isaque sair dali, ele o fez. Evitou a briga, a polêmica. Por isso
foi depois abençoado.
- Isaque caminhou pela fé. Não
pode ser aquele poço? Não importa! O Senhor dará outro. Por isso, ele partiu...
3. Procure poços que lhe abram os
horizontes
Não podemos
desistir por causa de uma luta ou oposição. Nem podemos aceitar o primeiro poço
que aparece.
Isaque teve critérios para cavar um
poço - Isaque primeiro foi aos poços que haviam dado abundante água no passado:
“E tornou Isaque a abrir os poços que
se cavaram nos dias de Abraão, seu pai (porque os filisteus os haviam entulhado
depois da morte de Abraão), e lhes deu os mesmos nomes que já seu pai lhes
havia posto” (Gn 26.18).
- Mas
eram poços marcados pela polêmica. Isaque não ficou junto a esses poços. Não
haveria progresso e bem-estar: “Cavaram os servos de Isaque no vale, e
acharam um poço de água nascente. Mas os pastores de Gerar contenderam
com os pastores de Isaque, dizendo: Esta água é nossa. Por isso chamou o poço
de Eseque, porque contenderam com ele. Então cavaram outro poço, e também por
causa desse contenderam; por isso recebeu o nome de Sitna” (Gn 26.19-20).
- Isaque
encontrou um poço que tinha ampla possibilidade de sucesso: “Partindo dali,
cavou ainda outro poço; e, como por
esse não contenderam, chamou-lhe Reobote, e disse: Porque agora nos deu
lugar o Senhor, e prosperaremos na terra.” (Gn 26.22).
Reobote
significa “lugares amplos”.
4. A
bênção virá quando encontrarmos o poço certo
- Devemos esperar a bênção porque somos filhos e
filhas de Deus: “Na mesma noite
lhe apareceu o Senhor, e disse: Eu sou o Deus de Abraão, teu pai. Não temas
porque eu sou contigo; abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por
amor de Abraão, meu servo” (Gn 26.24).
- Os
poços devem ser abertos após a busca do Senhor: “Então levantou ali um
altar e, tendo invocado o nome do Senhor, armou a sua tenda; e os servos de
Isaque abriram ali um poço” (Gn 26.25).
- Como resultado da bênção do Senhor
os inimigos nos deixarão em paz: “De Gerar foram ter com ele Abimeleque e
seu amigo Ausate, e Ficol, comandante do seu exército. Disse-lhe Isaque: Por
que vieste a mim, pois me odiais, e me expulsaste do vosso meio?” (Gn
26.26-27).
“Eles responderam: Vimos claramente que o
Senhor é contigo; então dissemos: Haja agora juramento entre nós e ti, e
façamos aliança contigo.
Jura que nos não farás mal, como também não
te havemos tocado, e como te fizemos somente o bem, e te deixamos ir em paz. Tu
és agora o abençoado do Senhor.
Então Isaque lhes deu um banquete, e comeram
e beberam. Levantando-se de madrugada, juraram de parte a parte; Isaque os
despediu, e eles se foram em paz” (Gn 26. 28- 31).
A bênção do Senhor virá no momento
próprio: “Nesse mesmo dia vieram os servos de Isaque e, dando-lhe notícia
do poço que tinham cavado, lhe disseram: Achamos água. Ao poço chamou-lhe Seba;
por isso Berseba é o nome daquela cidade até ao dia de hoje” (Gn
26.32-33).
Conclusão
Algumas atitudes para sermos
abençoados:
- Evite estar junto dos “pântanos ou
dos brejos”, isto é, de situações,
lugares e de pessoas negativas.
Esteja sempre junto ao poço de água
cristalina, isto é, de lugares onde se pratica a Palavra e de pessoas que são
fiéis e servas do Senhor.
- Peça a Deus para abrir teus olhos
para enxergar onde está o poço:
“Mas Deus ouviu a voz do menino e, do céu, o
anjo de Deus chamou Agar, Disse ele: ‘Agar, que aconteceu? Não tenha medo! Deus
ouviu a voz do menino, dali onde ele está. Vamos! Levante-se! Vá lá e trate de
animar o rapaz. Pois vou fazer uma grande nação dos descendentes dele’. Deus
abriu os olhos de Agar, e ela viu um poço de água. Foi lá, encheu o cantil, e
deu água ao filho” (Gn 21.17-19).
- Não feche e nem deixe ninguém
fechar seu poço. Quando você encontrar seu poço, lute por ele. Não deixe
ninguém fechar seu poço, mas também não seja descuidado. Zele por ele. Ele é
fonte de bênçãos para você.
- Cave um poço bem alicerçado para
que a água não vaze: “Porque o meu povo fez duas maldades: a mim me
deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram para si cisternas, cisternas
rachadas, que não retêm as águas” (Jr 2.13).
Não
deixe brechas em sua vida para sua bênção não vazar.
Como ter
profundidade no relacionamento com Deus
A TotalFinaElf, em 2002, fez uma descoberta
de petróleo na Bacia de Campos numa parceria com a Petrobrás. Na época, o presidente
da empresa no Brasil disse que o projeto tinha um desafio muito grande, a
profundidade do poço.
O poço está localizado numa lâmina dágua de 2,4 mil metros. Nem a Petrobrás havia
perfurado tão fundo.
Um tribunal da Flórida concedeu a um grupo de
americanos caçadores de tesouro os direitos limitados sobre o que talvez seja a
descoberta submarina mais valiosa do mundo - um tesouro estimado em US$ 3,2
bilhões encontrado a bordo de um navio naufragado que eles afirmam ser o galeão
Notre Dame de Deliverance há muito tempo perdido.
Tesouros se encontram em grandes profundidades.
Paulo fala dessa riqueza que há em Deus e
coloca a necessidade de algumas atitudes nossas para adquirirmos esse tesouro:
1. Necessidade da profundidade no
relacionamento com Deus
A Bíblia diz: "Ó profundidade das
riquezas da sabedoria e da ciência de Deus! Quão incompreensíveis são os seus
juízos e imperscrutáveis os seus caminhos! Pois quem conheceu o pensamento do Senhor?
Ou que foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu alguma coisa, primeiro, para que
tenha que receber em troca? Porque dele, por ele e para ele são todas as
coisas; a ele glória por todos os séculos. Amém" (Rm 11.33-36).
Profundidade é o contrário de
superficialidade.
A expressão imperscrutável quer dizer não se pode esquadrinhar; investigar
minuciosamente, penetrar; sondar atentamente.
Devido a esta profundidade e riqueza
incompreendida pela razão humana não é possível ser superficial no
relacionamento com Deus.
Para se relacionar com Deus é preciso obediência,
profundidade, humildade, coração quebrantado, entrega, consagração.
Paulo fala dessa profundidade:
- "E, assim, habite Cristo no vosso
coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de
poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e
a altura, e a profundidade" (Ef 3.17-18).
- "e conhecer o amor de Cristo,
que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de
Deus" (Ef 3.19).
- "Ora, àquele que é poderoso para
fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu
poder que opera em nós" (Ef 3.20).
- Jesus fala dessa
profundidade:
- "Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o
teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e
primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como
a ti mesmo" (Mt 22.37-39).
Por isso, Paulo roga:
"Rogo-vos, pois, irmãos, pelas
misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo
e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com
este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que
experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" (Rm
12.1-2).
É preciso realizar um culto racional, lógico,
isto é, com um sentido para Deus. Como as ovelhas eram oferecidas ao Senhor no
Antigo Testamento, o culto a Deus deve ser com sacrifício vivo, santo e
agradável de nossas vidas.
Como adquirir essa profundidade no
relacionamento com Deus?
2. Necessidade de recusar a forma do
mundo
Temos o livre arbítrio. Não culpe a Deus, se
você se envolver com as trevas e negar à Palavra. A decisão é sua!
No mundo, os crentes são forasteiros e
peregrinos: “Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos
absterdes das paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1Pe. 2.11.Conferir
em Hb 11.13).
Por isso, o cristão não pertence ao mundo (Jo
15.19); não deve amar o mundo (1Jo 2.15-16); deve vencer o mundo (1Jo
5.4); deve odiar a iniqüidade do mundo (Hb 1.9); deve crucificar o mundo (Gl
6.14) e ser liberto do mundo (Cl 1.13; Gl 1.4).
Amar o mundo significa estar em estreita
comunhão com ele e dedicar-se aos seus valores, interesses, caminhos e
prazeres. Significa ter prazer e satisfação naquilo que ofende e se opõe a Deus.
Não se conformar, não se moldar (Rm 12.2) é
não adquirir a forma do que é negativo no mundo.
Nosso pensamento e comportamento têm a
tendência de se moldarem de acordo com quem nos rodeia especialmente de quem
gostamos ou respeitamos. Também podemos ser moldados por aquilo que lemos e
ouvimos. Isso tem acontecido com diversos cristãos. Muitos programas de TV e muitos
sites e blogs da Internet apresentam idéias contrárias ao que encontramos na
Palavra de Deus.
Quem se conforma é porque cedeu à tentação.
Quem se conforma não tinha uma boa estrutura
e não suportou a tentação.
Certamente, viveu um cristianismo superficial
sem os fundamentos da fé cristã.
Quem se conforma perde a identidade. Adquire
a forma do anti-reino.
3. Necessidade de quebrantamento
Não é possível com a mente carnal ter
comunhão profunda e nem amar a Deus. Essa mente precisa ser transformada.
A mente carnal é qualquer pessoa que vive
para este mundo e para a aprovação dos homens, em vez de viver para o céu e
para a aprovação de Deus. Vive por viver e não tem um propósito de viver uma
vida em Deus.
Precisamos, então, quebrar paradigmas, romper com tradições estéreis e a mentalidade
quadrada, limitada. Para isso, precisamos de quebrantamento.
Como disse Marcos Witt: Quando Deus nos
quebranta, seu objetivo não é nos destruir. Ele quer destruir as atitudes
incorretas que há em nós, para que assim a sua glória possa refletir-se por
nosso intermédio.
O quebrantamento
leva ao arrependimento, e arrependimento leva ao perdão; perdão leva à
liberdade e liberdade nos proporciona uma maior capacidade de amar; o amor
sempre nos leva de volta para a verdadeira adoração a Deus, e adoração a Deus
nos leva a níveis mais profundos de comunhão com Deus.
Exemplo do
milho: A transformação do milho duro em pipoca
macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que
eles venham a ser o que devem ser. O milho de pipoca não é o que deve ser. Ele
deve ser aquilo que acontece depois do estouro. Mas a transformação só acontece
pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser
milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com gente. As grandes
transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo
fica do mesmo jeito, a vida inteira. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a
estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente se recusam a
mudar. E você o que é? Uma pipoca estourada ou um piruá?[6]
É pelo Espírito Santo que adquirimos a forma
do caráter de Cristo: comunhão com Deus, solidariedade com próximo, prática da
justiça, vida em profundidade.
4. Consequências de uma
mente renovada
- Experimentaremos a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus (Rm 12.2). Estaremos em sintonia com a dimensão de
Deus e poderemos assim discernir Sua vontade e sermos vitoriosos.
- Alcançaremos à sobriedade no corpo de
Cristo (Rm 12.3-8): “Não tenha de si mesmo mais alto conceito do que
convém; mas que pense de si sobriamente, conforme a medida da fé que Deus,
repartiu a cada um. Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem
todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só
corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros”.
- Exerceremos nosso ministério com fervor.
Exerceremos os ministérios com fé, alegria, liberalidade, dedicação, zelo:
"Sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor" (Rm 12.11).
- Teremos verdadeira prática de amor para
com o próximo. Amaremos com amor sincero e de doação (Rm 12.9-10 e 13):
"O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem” (Rm 12.9). “Amai-vos
cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos
outros" (Rm 2.10); “Compartilhai as necessidades dos santos, praticai a
hospitalidade" (Rm 12.13).
- O fruto do Espírito estará presente na
vida do cristão: "Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, perseverai na oração" (Rm 12.12).
Conclusão
Vivemos em constante tensão no mundo.
Se não nos agarrarmos à Palavra de Deus e ao mover constante do Espírito,
sofreremos influências e nos moldaremos conforme o mundo. Quando menos
esperarmos estaremos repetindo o mundo em sua prática. Poderemos perder a nossa
bênção.
Precisamos, por isso, dar tempo à
Palavra, à vida devocional, à Igreja como sendo fundamentais à nossa vida.
Como um pássaro de asa
quebrada pode voar
Algumas pessoas nascem com a asa quebrada e não podem voar. Nascem com
problemas sérios. Outras na estrada da vida estão sujeitas a ficarem pelo
caminho ou a serem devoradas pelos lobos.
Sim, também há pessoas que nascem em um ambiente tão negativo nos
levando a pensar que o seu futuro será sombrio. Outras até acreditam terem um “carma”,
um destino ruim traçado por Deus onde só um milagre poderia mudar o rumo de
suas vidas.
Pode um pássaro de asa
quebrada voar?
Pode uma oração renovar e mudar radicalmente a nossa vida?
Sim, orar é entrar em contato com as possibilidades infinitas que
há em Deus. Jesus disse que tudo que pedirmos com fé Deus nos atenderá.
Ele reafirmou "tudo". Então é possível voar! Com Deus é possível ir
além dos nossos limites humanos.
A história de Jabez nos mostra essa verdade. Ele nasceu marcado pelo seu
nome que significa "dor" ou "que causou dores". Ele nasceu
com a asa quebrada. A Bíblia afirma: "(...) sua mãe chamou-lhe Jabez,
dizendo: Porque com dores o dei à luz" (1Cr 4.9). O nome significava o que
a pessoa era, como seria o seu futuro e a sua vida.
A história de Jabez
Uma pessoa marcada pela dor é o que Jabez seria. Na sua vida sentimental
ele teria decepções. Na vida profissional nada daria certo por mais que se
esforçasse. Assim ele visualizava o seu futuro. Certamente, por causa disso,
muitos evitaram entrar em contato com Jabez. As pessoas tinham receio de pegar
o mal que nele havia. Afinal, estar em contato com uma pessoa assim é se
arriscar a sofrer também. Sentimentos de rejeição e baixa auto-estima deveriam
estar no coração de Jabez.
Por outro lado, ele poderia ter desenvolvido um ressentimento contra a
sua mãe e o próprio Deus. Afinal, ela escolheu o nome nele e Deus teria
permitido isso acontecer.
Muitos dizem: Ah! Senhor, porque permitistes acontecer isso comigo?
Não é assim que muitos procedem?
Jabez, porém, tomou uma atitude que mudaria sua vida: buscou a Deus. Diz
a Bíblia: "Jabez invocou o Deus de Israel" (1Cr 4.10).
O que o teria motivado a desejar uma resposta de Deus?
O seu desespero ou inconformismo?
Será que foi uma palavra de esperança que ouviu em algum lugar, uma
mensagem bíblica ou a palavra de uma pessoa amiga?
Exemplos de Garrincha e
Luanne
Garrincha foi um pássaro que nasceu com a asa quebrada. Ele tinha
as pernas tortas e se transformou num fenômeno no mundo do futebol. Ele
foi bi-campeão mundial pelo Brasil. Alguém um dia resolveu lhe dar uma chance e
ele foi um vencedor. Garrincha voou.
Uma palavra de esperança na hora mais difícil pode apontar um novo rumo
para aquele que está em desespero e dar um suporte ao fraco para ele levantar
vôo. Uma palavra de estímulo pode ajudar uma pessoa a sair de uma situação
difícil e ser vitoriosa.
Li a história de Luanne que nasceu com paralisia cerebral. Ela só
conseguia mexer o dedão de um pé. Podemos dizer que Luanne estava marcada para
ser uma inútil. Contudo, seus pais, pessoas religiosas e carinhosas, lhe
ensinaram sobre verdade, confiança, fé e amor. Luanne aprendeu digitação num
teclado de computador utilizando apenas o dedão do pé e escreveu o livro
"Pássaro de asa quebrada". Na verdade, ela nasceu com as duas asas
quebradas, mas com seu único recurso escreveu sobre a história da sua vida e sobre
como transformar os problemas em triunfo, tragédia em vitória.
A oração de Jabez
Jabez fez uma oração que mudou radicalmente sua vida. Em 1Crônicas 4.10 estão
registrados os seus quatro pedidos:
1. “tomara que me abençoes”
2. “e me alargues as fronteiras”
3. “que seja comigo a tua mão”
4. “e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição!"
Por ter um traço negativo desde o nascimento Jabez sabia que só seria
vitorioso, se esse mal fosse anulado com a graça de Deus. Então pediu primeiro
a bênção. Ele usou de sabedoria. São pedidos feitos a Deus com a direção do
Espírito Santo. Às vezes, nem sabemos como orar e deixamos de ser abençoados.
Ele demonstrou querer ir além da mesmice das pessoas do seu tempo ao
pedir “me alargues as fronteiras”! Deus age na medida da nossa fé. “Seja feito
segundo a sua fé” foram palavras de Jesus para alguém que lhe pediu cura.
Jabez pediu o bem mais precioso que podemos ter - a presença de Deus: “que
seja comigo a tua mão". Ter o Senhor ao nosso lado é a garantia da paz,
amor e vitória.
Por fim, ele pediu livramento: “e me preserves do mal de modo que não me
sobrevenha aflição”. Com essa oração as dores pré-determinadas para a sua vida
foram anuladas.
A Bíblia diz: “E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. Uma oração
simples, mas feita do fundo do coração. Uma oração feita no limite de sua
resistência e da sua capacidade.
Jabez foi "mais ilustre do que seus irmãos" (1Cr 4.9). Ele
teve mais sucesso e foi mais além.
Qual o motivo?
Seus irmãos, provavelmente se
conformaram com a vida que levavam ou confiaram apenas em seus próprios
méritos. Deviam ter tido nomes inadequados e aceitaram isso como um destino de
Deus para suas vidas. De qualquer maneira eles tinham a asa quebrada e não
souberam como voar. Não procuraram a resposta em Deus.
Conclusão
A oração de Jabez ensina que o rumo sombrio de nossa história pode ser
mudado, se confiarmos no ilimitado poder de Deus e o buscarmos de todo o
coração.
Como diz a Bíblia, “mas os que esperam no Senhor renovam as suas forças,
sobem com asas como águias” (Isaías 40.31).
Como resgatar a identidade perdida
O que é identidade?
É o conjunto de elementos que permite
caracterizar e identificar uma pessoa.
Todos devem ter uma identidade, pois é
o documento que mostra quem somos. Em 29 de Julho de 1904 foi expedida a
primeira carteira de identidade.
Na carteira de identidade há a cor dos
olhos, cor da pele, altura, data e local do nascimento, nome dos pais, etc.
Os cristãos também têm identidade. São
aqueles que seguem a Jesus; praticam a Bíblia; têm Deus como Pai; freqüentam a
igreja; testemunham Seu amor, poder e têm como marcas o amor, a justiça, a
mansidão, a humildade etc.
I - A perda da identidade de filhos
e filhas de Deus
Deus nos criou com uma identidade. Fomos
criados à imagem e semelhança de Deus - com marcas do caráter de Deus - amor,
livre arbítreo, senso moral, liberdade, capacidade de evoluir. O pecado nos fez
perder parte dessa identidade. É como se um belo retrato nosso ficasse amassado,
arranhado e precisasse ser restaurado.
Jesus veio e a Igreja foi criada para
resgatar o ser humano – “O Espírito de Deus está sobre mim pelo que me ungiu
para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e
restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos (Lc 4.18)”.
Mas mesmo os que readquiriram a identidade de
filho e filha de Deus podem perdê-la de novo, se não permanecerem com o Senhor.
Os desenhos digitais (impressão digital)
existem desde o 6º mês de vida fetal, permanecendo intactos, inclusive após a morte.
Na vida cristã é diferente. As marcas digitais aparecem desde o primeiro dia em
que uma pessoa nasce de novo, mas desaparecem quando a pessoa morre
espiritualmente.
Assim, em vez de amar, ela vai odiar as
pessoas. Em vez de ter paz, vai ter tormento. Em vez de ter comunhão com Deus,
vai se afastar dele.
II - A perda da
identidade hoje
Perder uma identidade não é nada bom. Ela
revela quem nós somos. Logo precisamos obter outra, pois não podemos andar sem
identidade.
1. Alguns perdem a identidade por causa do curso desse mundo e
pelas inclinações da carne
Exemplo de uma reportagem da Revista Isto
É: Segundo a revista, os adolescentes têm se identificado com os
traficantes. Com a impotência diante do caos da sociedade, o adolescente se
identifica com a ousadia, radicalidade e a coragem dos traficantes. Eles se
tornam modelos, heróis.
A revista Isto É fez uma reportagem
sobre um bandido que matou mais de 100 pessoas e só tem ódio em seu coração.
Quando sua mãe estava grávida dele, seu pai deu um chute na barriga da mãe e
ele nasceu com uma lesão no cérebro. Aos 14 anos já tinha vontade de matar.
2. Alguns perdem a identidade por
causa da ação das potestades
Vamos ver o exemplo do Geraseno (Mc
5.1-13). Ele era uma pessoa possessa de espírito imundo. Uma pessoa possessa
pode agir assim:
Vive em ambiente de morte. “Ao
desembarcar, logo veio dos sepulcros, ao seu encontro, um homem possesso de
espírito imundo” (Mc 5.2). Sem a identidade cristã, a pessoa passa a conviver
em ambientes de morte e será uma pessoa sem dignidade - imunda sem a luz, o
amor e a paz do Senhor.
O ambiente de morte das pessoas afastadas de
Deus hoje são os locais de bebidas, jogos, drogas, cracolândia da vida, sites
pornográficos, festas mundanas, seitas que invocam outros deuses, etc.
Usa sempre a
violência: “e nem mesmo com cadeias alguém podia prendê-lo; porque, tendo
sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram quebradas por
ele, e os grilhões despedaçados. E ninguém podia subjugá-lo” (Mc 5.3-4).
As pessoas influenciadas pelos demônios usam
de agressividade física e palavras ofensivas. Em vez de unir, dividem. Em vez
de edificar, destroem.
Perde a noção do tempo e espaço: “Andava
sempre, de noite e de dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes,
ferindo-se com pedras” (Mc 5.5).
As pessoas que estão sem Deus têm um
grande vazio na alma e procuram preenche-lo com drogas, orgias, bebidas,
demônios etc. Na verdade, mais se destroem.
As pessoas mortas espiritualmente não têm
comunhão com Deus; não gostam dos louvores; não se alimentam da Palavra. Tudo
isso é chatice e sem sentido. Fazem uma grande confusão: “Que tenho eu contigo,
Jesus, Filho do Deus Altíssimo! Conjuro-te por Deus que não me atormentes!” (Mc
5.7).
Passam a ter mais de uma personalidade: “E
perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu ele: Legião é o meu nome, porque
somos muitos” (Mc 5.9). Muitos demônios.
As pessoas sem
Jesus têm outros deuses e ídolos e são guiadas pelos espíritos. Alguns se
tornam cavalos nos centros espíritas.
III - Como Jesus agiu e a Igreja
deve agir:
1.
Jesus resgatou essa pessoa expulsando os
demônios que o atormentavam: “Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai
desse homem” (Mc 5.8).
A Igreja também deve exercitar a
autoridade que Jesus deu para expulsar demônios.
2.
Jesus permitiu que os demônios entrassem em
porcos porque o ser humano é mais importante do que os animais (Mc 5.11-13).A
Igreja não deve ter vergonha de falar em demônios, mas seu objetivo principal
deve ser expulsa-los da vida das pessoas.
3.
Jesus restabeleceu a identidade ao que tivera
a legião: “Viram o endemoninhado, o que tivera legião, assentado, vestido, em
perfeito juízo” (Mc 5.15).
A Igreja existe para restaurar a dignidade, a
identidade do ser humano. O sangue de Jesus purifica de todo pecado, o Espírito
Santo forma o caráter cristão.
4.
Jesus envia a pessoa para testemunhar o que
Deus fez em sua vida: “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que
o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5.19).
As pessoas libertas, restauradas devem
testemunhar o que Deus fez em suas vidas.
Um exemplo sobre libertação é Dulce. Na
cidade de Teresópolis, ela praticou o candomblé, kardecismo e umbanda.
Fez a “cabeça”. Ela ficou isolada algumas semanas em um local fechado cheio de
coisas podres e bichos. Foi possuída pelos demônios. Não tinha paz e sua
família vivia em tormento. Um dia, ela foi liberta pelo poder de Jesus.
Posteriormente, tornou-se presidente das mulheres e hoje é uma líder metodista
em Rio das Ostras.
Conclusão
Jesus veio para resgatar a nossa identidade
de filhos e filhos de Deus. Devemos ser instrumento de libertação e
restauração.
É o Espírito Santo quem restaura o interior
do ser humano. É o Espírito Santo quem nos capacita.
Todos devem ser restaurados e moldados
segundo a imagem de Jesus. Para isso Jesus veio. Para isso o Espírito foi
enviado. Para isso a Igreja foi criada.
Como alcançar a santidade
A história mostra que o ser humano almeja alcançar a perfeição. O Guinness Book, o Livro dos Recordes,
sediado em Londres, contem um arquivo de mais de 40 mil recordes.
Alguns recordes curiosos
- O paulista Alcides Lazarini levantou 100 kilos usando apenas o dedo mínimo.
- Em 1º de janeiro de 1907, o presidente dos EUA, Theodore Roosevelt, apertou
8513 mãos.
- A corrida de táxi mais cara da história custou U$ 64336, de Londres a Cidade
do Cabo.
- O político que mais sofreu tentativas de assassinato foi Charles de Gaulle:
31 ao todo.
- O inglês Dean Gould lambeu 450 selos em 4 minutos.[7]
Em suas profissões, muitos vivem
buscando a perfeição procurando alcançar o melhor. O jogador de futebol quer
ser o artilheiro e chegar à seleção.
Na vida espiritual também é assim. Nossa vida
precisa ser pautada por alvos. Sem eles não há motivação alguma para ser
vencedor. Os alvos se constituem em grandes desafios para se alcançar o prêmio.
A propósito disso, o apóstolo Paulo utiliza a metáfora da competição atlética
para explicar esse fenômeno espiritual: "Prossigo para o alvo, para o
prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fp 3. 14).
- Para os Budistas:
Para conseguir a perfeição, os monges pedem esmola, vivem em pequenas
comunidades, observam as 250 normas para os homens e as 500 para as monjas,
ditadas ao longo dos séculos, a partir da grande comunidade fundada por Buda.
Ficam obrigados a se purificar de todo desejo e paixão que implique um apego
afetivo às coisas e às pessoas, tanto que, até os pais, tornam-se estranhos
para os filhos monges[8].
Afinal, o que a Bíblia fala sobre o cristão
perfeito?
É importante para nossa vida alcançar a
estatura de cristão perfeito ou basta ser um cristão de segunda categoria?
Quais são as marcas de um cristão que é
perfeito, maduro e modelo?
A Bíblia traz o exemplo dos discípulos e
discípulas de Tessalônica que alcançaram a perfeição.
1. A santificação se alcança em meio
às lutas e pela ação do Espírito
Não será fugindo do mundo e das lutas que a
maturidade será alcançada. Ao contrário, as lutas podem nos ajudar no
aperfeiçoamento.
Será que tudo sempre correu às mil maravilhas
para que Tessalônica se tornasse uma Igreja modelo?
Ela foi uma Igreja que nasceu e cresceu com
lutas: “Arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades” (Atos 17.6). Eles
foram acusados de hospedarem homens que procediam contra os decretos de César,
afirmando ser Jesus outro rei (Atos 17.7).
Mas algo belo aconteceu. O Espírito
Santo os ajudou a superar as tribulações: “apesar de muito sofrimento,
receberam a palavra com alegria proveniente do Espírito Santo” (1Ts 1.6).
Sem o Espírito Santo não é possível
experimentar as riquezas que há no mundo espiritual e nem alcançar o caráter de
Cristo. Sem o Espírito não venceremos as lutas.
Jesus também não nos prometeu uma vida
cristã sem lutas: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu
venci o mundo” (Jo 16.33).
2.
A maturidade alcançada pela Igreja de Tessalônica
A Igreja cristã na cidade de Tessalônica
alcançou maturidade espiritual.
Paulo disse: “recordando-nos, diante do nosso
Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza
da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 1.3).
Entenda o que Paulo disse sobre as virtudes
dessa Igreja.
- Fé operante:
A fé operante é aquela que traz crescimento,
que realiza, aceita os desafios e parte para as conquistas do Senhor. A fé
operante é o poder de Deus em nós. A fé operante produz frutos. Não existe vida
cristã vitoriosa sem a fé operante.
Exemplo do oficial romano com seu criado
pedindo que Jesus enviasse apenas uma palavra que ele seria curado. Jesus
disse: “Vai-te, e seja feito conforme a tua fé” (Mt 8.13). E naquele momento o
empregado ficou curado.
- Amor de abnegação:
Devemos amar a
Deus, em manifestação integral do nosso ser – sentimento e intelecto:
- de todo o teu coração;
- de toda a tua alma;
- de todo o teu entendimento.
Essa expressão
dá uma cor bem forte e muito especial ao exercício do amor dos tessalonicenses.
A expressão “abnegado” é composta do prefixo “ab”, o qual, no latim, tem o
sentido de “ausência” e da palavra “negado”, cujo sentido é “recusar”,
“renunciar”, “abster-se”.
Essa palavra
composta significa, pois, abster-se totalmente, renunciar de forma
irreversível. O seu conceito traz implícita a idéia de “sacrifício”. Um bom
exemplo é o de Abraão, quando renunciou o seu filho Isaac, dispondo-se a
sacrificá-lo, por amor a Deus, amor tão grande que o fez disposto a obedecer o
Senhor, aceitando o pagamento do alto preço que lhe foi cobrado.
“Abnegar-se” é
renunciar a sua própria vontade, a favor da vontade de outro. Um desprendimento
total e desapego completo de tudo o que não diga respeito a Deus e ao seu
propósito para as nossas vidas. Foi o que a Igreja de Tessalônica demonstrou.
- Firmeza
de esperança:
É uma esperança sem vacilar mesmo nas
tempestades e escassez.
É a plena convicção de que depois da
tempestade vem a bonança;
É a convicção de que mesmo que haja choro na
noite, a alegria vem pela manhã.
É o descansar em Deus na convicção de que,
mesmo que demore, Ele trará bênção prometida.
3. As atitudes dos discípulos e
discípulas de Tessalônica que contribuíram para a igreja ser um modelo
“De sorte que vos tornastes modelo para todos
os crentes na Macedônia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra do
Senhor, não só na Macedônia e na Acaia, mas também por toda parte se divulgou a
vossa fé para com Deus, a tal ponto de que não termos necessidade de
acrescentar coisa alguma” (1Ts 1.7-8).
O que a fez chegar a esse ponto?
1.
Tornaram-se imitadores de Paulo e do Senhor: “Com
efeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto
que em meio de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo” (1Ts 1.6).
2.
Deixaram ídolos, convertendo-se e servindo a
um Deus vivo: “deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o
Deus vivo e verdadeiro” (1Ts 1.9).
3.
Acolheram a palavra como sendo de Deus e não
de homens: “tendo vós recebido a palavra que de nós ouvistes, que é de Deus,
acolhestes não como palavra de homens, e sim como, em verdade é, a palavra de
Deus, a qual, com efeito, está operando eficazmente em vós, que credes” (1Ts
2.13).
4. Acolheram a palavra com a
alegria vinda do Espírito Santo: “tendo
recebido a palavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria
do Espírito Santo” (1Ts 1.6).
4. A necessidade de um constante crescimento
- Paulo orava para que o
Senhor os fizesse crescer e aumentar o amor: “O Senhor vos faça crescer e
aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco”
(1Ts 3.12).
- Para que chegassem a uma
santificação integral: corpo, alma e espírito: “Que o mesmo Deus da paz vos
santifique em tudo; e o vosso espírito,
alma e corpo sejam conservados
íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5.23).
Apesar de ser uma Igreja modelo e ser
muito abençoada, ela deveria continuar almejando bênçãos maiores e vivendo na
dimensão do Espírito:
·
Deveriam continuar progredindo cada vez mais
(1Ts 4.1 e 10);
·
Deveriam se portar com dignidade (1Ts 4.12);
·
Deveriam procurar entender a Palavra não
sendo ignorantes (1Ts 4.13);
·
Deveriam ser sóbrios revestindo-se da couraça
da fé e do amor e usando o capacete da salvação (1Ts 5.8);
·
Deveriam acatar com apreço os que trabalhavam
entre eles e os que os presidiam (1Ts 5.12-13);
·
Deveriam ser atuantes edificando um ao outro:
admoestando os insubmissos, consolando os desanimados, amparando os fracos e
sendo pacientes com todos (1Ts 5.14);
· Deveriam ter uma vida cristã
ativa: regozijar-se sempre; orar sem cessar; dar graças em tudo; valorizar as
questões espirituais (1Ts 5.16-22).
Conclusão
Alerta: A
Igreja de Tessalônica nos alerta para a necessidade de termos um cristianismo
saudável onde a base é a fé operante, o amor de abnegação e uma esperança que
tem firmeza. Temos que alinhar nossa vida espiritual com as práticas citadas
nessa Igreja.
Desafio: Essa
Igreja nos desafia a sair da mesmice e a crescer espiritualmente para
alcançarmos a estatura de cristão perfeito.
Crescimento integral: Paulo fala da importância de nos santificarmos inteiramente: corpo,
alma e espírito. Devemos ter os dons, mas também o fruto do Espírito.
Lembrete: O
crescimento traz vida plena através do amor, paz e alegria que passam a fazer
parte do nosso ser. O crescimento traz ainda uma fé que proporciona vitória nas
lutas.
Como ser um facilitador amigo de Jesus
Em nossa caminhada encontramos estradas que apresentam muitos obstáculos
e outras que facilitam nossa chegada ao nosso alvo.
Podemos encontrar algumas pessoas amigas que
podem ser facilitadores e nos ajudar a abrir caminhos. Podemos também encontrar
pessoas não amigas que podem bloquear a nossa caminhada.
Na vida espiritual, podemos também ser
facilitadores ou empecilhos para o Reino de Deus.
Você tem sido alguém que complica ou
facilita as coisas?
I – Filipe é o modelo daquele que
vive na dimensão terrena não agindo na dimensão espiritual
O nome Filipe tem origem na palavra grega philippos que significa
"amigo dos cavalos". Indica uma pessoa com grande afinidade com a
natureza, o esporte e também a vida militar, devido à sua capacidade de se
adaptar a novas situações e desafios. Tem uma personalidade forte que mistura
doçura e desejo de liderar.
Filipe era uma boa pessoa, mas muito racional. Isso foi um complicador
em sua vida.
Vejamos na passagem da multiplicação de pães e peixes: alimentar cerca
de 10 mil pessoas. Só homens eram quase 5 mil (Jo 6. 10).
Jesus viu a multidão e perguntou a Filipe
para prová-lo: “onde compraremos pães para lhes dar a comer?” (João 6.5).
Filipe usou apenas a razão, a máquina de
calcular e lhe respondeu: “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para
receber cada um o seu pedaço” (João 6.7).
Filipe revelou ser ótimo em cálculo, mas
péssimo na dimensão espiritual. Não trouxe solução, ao contrário, sua resposta
colocava um grande problema para Jesus. Ele não facilitou a vida de Jesus.
Se Jesus tivesse seguido o raciocínio de
Filipe teria um grande problema pela frente. Mas Jesus entrou depois na
dimensão espiritual e conseguiu o milagre da multiplicação dos pães.
Milagres só acontecem na dimensão espiritual.
Dali vem a resposta certa e a ação de Deus.
Mais tarde, Filipe demonstrou que continuava
agindo apenas na forma racional e não espiritual. Ele pediu a Jesus: “Senhor,
mostra-nos o Pai, e isso nos basta” (João 14.8).
Essa pergunta foi uma decepção para Jesus,
que lhe disse: “Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido?
Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.9).
Filipe é o exemplo de pessoa que vive na
igreja, que conhece a Jesus, mas não vive na dimensão espiritual de
Jesus. Tem os olhos e entendimento espiritual bloqueados vivendo mais o lado
racional.
II - André: modelo de pessoa que
sempre procura abrir caminho para encontrar uma solução
Nome que deriva do grego "andréas"
que significa viril, corajoso. O André é uma pessoa inteligente, sólida e
equilibrada. Otimista e de natureza afável e delicada. Dotado para a arte,
contemplativo.
Valor de quem presta assistência: No
basquetebol, voleibol e futebol tem sido realçado aquele que presta assistência
a outro jogador para ele arremessar a bola.
Foi André quem levou seu irmão Pedro a
Jesus: Ele havia seguido a Jesus e procurou depois seu irmão Pedro e
disse: “Achamos o Messias, e o levou a Jesus”. Pedro se tornou um discípulo de
Jesus (Jo 1.41-42).
Foi André quem levou a Jesus a informação que
trouxe a solução: “André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um
rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta
gente?” (João 6.8-9).
Conclusão
Aprendemos dessas
histórias:
1 - Devemos ter o cuidado para não
sermos empecilhos na obra da Igreja ao só utilizarmos nossa lógica esquecendo
da dimensão espiritual.
Devemos usar sempre a razão, mas a razão iluminada pelo Espírito, como diz Wesley. Assim encontraremos soluções para os desafios e dificuldades.
2 - Devemos ter o cuidado de só colocarmos nos ministérios de liderança pessoas que caminham na dimensão da fé
Foi o que a Igreja primitiva fez para colocar pessoas no Ministério da Diaconia: “Escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço” (At 6.3).
3. Devemos estar atentos, pois o Senhor pode provar a nossa fé colocando desafios diante de nós
Um problema difícil que surge é também uma oportunidade de Deus agir e a
sua glória ser revelada. Foi assim com a morte de Lázaro e é assim também hoje.
Em vez de murmurarmos devemos exercitar
a nossa fé. Lembre-se de que Deus tem sempre o melhor para nós.
4- Devemos estar disponíveis para levar
as pessoas a conhecerem Jesus
Quem tem experiência com Jesus, quer que
outras pessoas também o conheçam, pois nele está a vida. Foi assim com André
levando Pedro até Jesus.
5- Devemos colocar o que temos diante do
Senhor para encontrarmos solução para os problemas e assim a Igreja e as
pessoas serem abençoadas;
O que temos colocado diante do Senhor como
solução para as dificuldades e problemas que surgem na igreja e na vida das
pessoas?
Coloque seus talentos, seus serviços, sua vida.
6- Devemos crer que em Deus há sempre uma solução.
Não subestimemos ao Senhor. Ele pode todas as coisas. Nosso Deus é o Deus do impossível. Ele pode fazer além do que pedimos ou pensamos.
7- O pouco que colocarmos nas mãos do Senhor será transformado no melhor e trará abundância que nos irá saciar
Deus usa pequenas coisas para realizar grandes milagres. Lembre-se disso. Foi assim com os pães e peixinhos e é assim também hoje nas pequenas coisas.
Lembre-se ainda de que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza.
Quanto mais dependentes formos do Senhor mais Ele poderá agir através de nós.
8- Quem facilita as coisas para o Reino dos
Céus é amigo de Deus e por isso é abençoado por Ele
A história do centurião que pediu para Jesus curar seu servo que estava doente. Os anciãos dos judeus disseram para Jesus ir, pois ele “é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga” (Lc 7.5-6). O texto diz logo a seguir: “Então, Jesus foi com eles”.
A Bíblia diz que Abraão era amigo de Deus: “Meu amigo” (Is 41.8). Seja
amigo de Deus e um assistente ou facilitador para o Reino de Deus.
Como ser um real discípulo de Jesus
Ser discípulo de Jesus é estar em constante
aprendizado e aperfeiçoamento.
As multidões procuravam Jesus para satisfazer
seus desejos ou resolver um problema qualquer, mas depois voltavam para a vida
de mesmice. Hoje ainda acontece o mesmo.
Você faz parte da multidão ou é um
discípulo de Jesus?
Que faz o discípulo de Jesus?
1.
O discípulo está pronto
para servir e exercita o poder a autoridade que Jesus nos dá
“Tendo Jesus convocando os doze, deu-lhes
poder e autoridade sobre todos os demônios, e para efetuarem curas" (Lucas 9.1).
Um discípulo tem em seu coração o desejo e a
alegria de levar vida para os que estão precisando. Ele acredita em seu Mestre
e no que aprendeu. Por isso, ele obedece e vai.
Um mestre nunca envia um discípulo sem
ferramentas para trabalhar. Jesus deu a cada discípulo o direito de expulsar demônios –
eliminar o mal na pessoa e estabelecer o Reino de luz, amor e paz, dentro e
fora dos corações.
2. O
discípulo tem a consciência de que luta para implantar o Reino da vida em
oposição ao reino da morte
João Batista
preparava o caminho da Luz, no tempo em que reinava Herodes, que afirmou: “Eu mandei decapitar a João; quem é, pois, este a respeito do qual tenho
ouvido tais coisas?" (Lc 9.9).
A oposição aos reais valores do Reino de Deus
continua presente hoje na missão do discípulo, mas ela é uma garantia de uma
vida de autenticidade do discípulo.
O discípulo tem consciência de que nem todos
compreendem a sua missão porque ela é espiritual. Compreende ainda que sofrerá
oposição daqueles que vivem no reino da morte para satisfazer seus desejos, mas
irá perseverar e será prudente em seu ministério.
De outro lado, a perseverança nas
adversidades torna-se uma ocasião privilegiada em que o discípulo pode
manifestar sua fidelidade, moldando sua própria vida a partir da missão de
Jesus.
3.
O discípulo sabe que nas
dificuldades e nos seus limites deve utilizar a fé
“Não temos
mais que cinco pães e dois peixes” (Lc
9.13).
É de extrema importância saber qual decisão a
tomar diante das circunstancias. Quando buscamos intimidade com Deus, através
da oração leitura da Palavra, obediência e submissão, passamos a entender a
mente do Senhor. Aquilo que antes era oculto passa a ser revelado.
Ser discípulo não é ter ausência de
dificuldades, mas é saber utilizar a sabedoria dada por Deus para resolver os
problemas, especialmente, na dimensão da fé.
4.
O discípulo confessa
sempre Jesus como o Senhor e Salvador
“Mas vós, perguntou ele, quem dizeis que eu
sou? Então falou Pedro e disse: És o Cristo de Deus” (Lc 9.20).
Um discípulo segue um mestre. O
verdadeiro discípulo segue o Mestre Jesus e o coloca em primeiro lugar em sua
vida.
O
verdadeiro discípulo é alguém de vida transparente. Vive na verdade. Pratica a
justiça e é misericordioso, pois tem o caráter de Cristo.
5.
O discípulo toma a cruz
diariamente
“Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se
negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lc 9.23).
Jesus sempre
advertiu francamente aos futuros seguidores sobre o custo do discipulado. Ele
nunca tentou fazer discípulos enganando-os quanto ao que deles se esperava.
Isso para o seu próprio bem.
Cristo foi
claro ao afirmar que o verdadeiro discípulo é alguém convertido, transformado e
separado. Ele acrescenta a verdade maravilhosa que se você confessar a Cristo,
Ele confessará você diante do Pai.
6.
O discípulo busca o
revestimento na dimensão espiritual
“Tomando consigo a Pedro, João e Tiago, subiu
ao monte com o propósito de orar. E aconteceu que, enquanto ele orava, a
aparência do seu rosto se transfigurou e suas vestes resplandeceram de
brancura” (Lc 9.28-29).
Existem armas espirituais ao nosso alcance e
soluções para as nossas dificuldades no mundo espiritual. Devemos buscar o
fortalecimento no Senhor, nessa dimensão.
O livro de Atos 4.31 mostra que os discípulos
estavam fragilizados diante das lutas e eles pediram reforço ao Senhor, ficaram
cheios do Espírito e passaram a ter novamente a coragem de anunciar a palavra.
7.
O discípulo está pronto
para livrar os oprimidos
“Roguei aos teus discípulos que o expelissem,
mas eles não puderam. Respondeu Jesus: Ó geração incrédula e perversa! Até
quando estarei convosco e vos sofrerei? Traze o teu filho” (Lc 9.40-41).
As pessoas hoje ainda vivem oprimidas
pelo curso negativo desse mundo; pela inclinação da ruim da natureza humana e
pela ação das potestades.
O discípulo deve estar preparado para poder
agir adequadamente e dar uma resposta às necessidades humanas.
8.
O discípulo reconhece
quando erra e está aberto a um constante aprendizado para andar nos valores do
Reino de Deus
“Levantou-se entre eles uma discussão sobre
qual deles seria o maior” (Lc 9.46-48).
Uma das marcas do discípulo deve ser a
humildade. Através dela, ele pode crescer. Usar mecanismos de defesa para
justificar seus medos e insegurança em relação ao novo, só prejudicará e
retardará seu crescimento.
O discípulo só
pode ser "servo" de Jesus, nunca proprietário.
Crescer é estar aberto a novos ensinamentos,
novas experiências e novos desafios. Ser um discípulo é viver com um Deus
criativo, que a cada dia faz acontecer algo novo.
9.
O discípulo aprende que
deve ter um espírito fraternal e sem preconceito em relação aos outros grupos
fazendo a mesma obra de Jesus
“Mestre, vimos certo homem que, em teu
nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus
lhes disse: Não proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós” (Lc 9.49-50).
Ele aceita o que a Bíblia ensina. Sua
prioridade é se adequar a Bíblia, ser moldado por Cristo. Ele segue o seu
Mestre.
10.
O discípulo não age
segundo os padrões do mundo e sim do Reino de Deus
“Senhor, queres que mandemos descer fogo do
céu para os consumir? Jesus, porém, voltando-se os repreendeu e disse: Vós não
sabeis de que espírito sois” (Lc
9.54-55).
Quem deve dar a direção para as nossas ações
é a Palavra de Deus. Nem sempre os valores do mundo são valores do Reino, como
a justiça, amor, humildade, etc.
Somos chamados por isso a ser sal da terra e
luz do mundo. A andar como filhos da luz.
Conclusão
O testemunho do Evangelho não é reservado a “apóstolos
profissionais”. A missão não é só para os doze, a liderança. É para todos nós:
“Depois disto, o Senhor designou outros setenta; e os enviou de dois em dois” (Lc
10.1).
Não devemos agir como a multidão que
vai aos estádios torcer pelo seu time. Vaia e aplaude, mas não tem nenhum
compromisso com o clube. O discípulo desce da arquibancada e entra no gramado
para jogar.
Mas é necessário ser discípulo
antes de fazer discípulos.
Não basta crer. O discípulo tem que aprender
da Palavra, ser fortalecido pelo Espírito, ser moldado igual ao caráter do seu
Mestre e saber como e o que oferecer ao que nada tem.
O verdadeiro discípulo faz discípulos.
O que é enviado já está preparado..
Seguindo mestres inferiores, você vai
degenerar; seguindo aqueles que estão no mesmo nível, você continuará o mesmo.
Seguindo alguém superior, você crescerá. Portanto, você deve seguir a Jesus, o
Mestre dos mestres, o Senhor dos senhores. Alegre-se por servir ao Rei
dos Reis
Como utilizar armas espirituais para vencer o inimigo
“Porém nós
oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda contra eles, de dia e de
noite” (Neemias 4.9).
Desagrada
ao inimigo ver o bem dos filhos e filhas de Deus.
Wesley disse
que existem maquinações do deus desse século contra os filhos e filhas de
Deus para atrapalhar sua caminhada. Suas maquinações são incontáveis como a
areia do mar e as estrelas dos céus.
Jesus quando
começou a sua missão foi tentado pelo diabo (Mateus 4). Paulo quando começou
sua Missão (Atos 13.1-5) foi atrapalhado pela ação maligna (Atos 13.6-12).
Jesus e Paulo venceram
a ação maligna fundamentados na Palavra de Deus. Eles jejuaram e usaram de
autoridade espiritual.
A Bíblia
mostra que quando Neemias procurou restaurar os muros de Jerusalém ele desagradou
o inimigo, que sempre fica irado quando procuramos promover o Reino de Deus:
“Disto ficaram
sabendo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita; e muito lhes
desagradou que alguém viesse a procurar o bem dos filhos de Israel” (Neemias
2.10).
A Bíblia
mostra que Deus agia na vida de Neemias. Ele utilizou o trabalho, a oração, o
discernimento e a sabedoria para prosseguir e erguer os muros de Jerusalém:
“Então à noite
me levantei, e uns poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus
me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum,
senão aquele que eu montava”. (Neemias 2.12).
Aprendemos na
história de Neemias que o inimigo tem estratégias. Porém, devemos aprender também,
como Neemias venceu o inimigo:
1.
O inimigo quer debochar dos servos e servas do Senhor para os enfraquecer
“Ora, quando
Sambalate ouviu que edificávamos o muro, ardeu em ira, indignou-se muito, e
escarneceu dos judeus. Então, falou na presença de seus irmãos e do exército de
Samaria, dizendo: Que fazem estes fracos judeus? Fortificar-se-ão? Oferecerão
sacrifícios? Acabarão a obra num só dia? Renascerão, acaso, dos montões de pó
as pedras que foram queimadas?” (Neemias 4.1-2).
-
Fracos judeus (v.2-3).
-Deboche
das pessoas: Diziam: Vocês
são fracos, desqualificados, não são especialistas em muros. Vocês acham que vão mesmo terminar esta obra?
-Deboche
do trabalho: O inimigo debochava dizendo: que tipo de
muralha eles poderão construir? Até mesmo uma raposa poderia derrubá-la!.
-
Pedras queimadas (v.2).
-
Quando as pedras calcárias são queimadas, elas se tornam muito moles e perdem a
durabilidade. Eles estavam dizendo que o muro iria cair logo, que não iria
durar. Diziam que até um animal noturno derrubaria o muro. Diziam também que
eles estavam perdendo tempo e que deveriam desistir porque eles eram mais
fortes.
-
Provocam a ira (v.5).
-
Enquanto os homens estavam trabalhando para reconstruir seus muros o inimigo lá
estava, provocando, tentando desviar suas atenções da obra, tentando irritá-los
a tal ponto que desistissem de tudo.
Ação
de Neemias: Ele pede que o próprio Deus os defenda e repreenda os inimigos
(Neemias 4.4-5). “Assim, edificamos o muro, e todo o muro se fechou até a
metade da sua altura; porque o povo se tinha ânimo para trabalhar” (Neemias
4.6).
As
brechas estavam sendo fechadas.
2. O
inimigo se une a outros para fazer confusão e a obra do Senhor não ir adiante
“Mas, ouvindo
Sambalate e Tobias, os arábios, os amonitas e os asdoditas que a reparação dos
muros de Jerusalém ia avante e que já se começavam a fechar-lhe as brechas,
ficaram sobremodo irados. Ajuntaram-se todos de comum acordo para virem atacar
Jerusalém e suscitar confusão ali” (Neemias 4.7-8).
- Os arábicos
eram liderados por Gesém (Neemias 2.19).
- Os amonitas
eram liderados por Tobias (Neemias 2.19).
- Os asdoditas
(Filisteu) provavelmente foram instigados por Sambalate.
Ação de
Neemias: “Porém nós oramos ao nosso Deus e, como proteção, pusemos guarda
contra eles, de dia e de noite” (Neemias 4.9).
Como
Neemias agiu?
- Neemias
venceu o inimigo pela oração e se preparou para o ataque do inimigo colocando
guardas de dia e de noite.
- Neemias
preparou o povo e os armouç (4.13).
Neemias
os organizou para que cada família tivesse uma parte dos muros para
consertar. Logo, a metade do muro estava levantada. Sambalate organizou
um exército para lutar contra os construtores do muro. Neemias organizou
seu povo em duplas. Uma pessoa estaria pronta para lutar enquanto a outra
continuaria trabalhando. Neemias colocou pessoas em partes diferentes do
muro, prontas para soar as cornetas se um inimigo viesse. Soldados
mantinham suas armaduras durante todo o dia.
Quando
eles iam dormir, vestiam suas roupas e mantinham suas armas ao lado:
- A metade trabalhava e a outra
metade vigiava (Ne 4.16);
- Os carregadores tinham uma mão na obra e a outra na espada (Ne
4.17);
- Os edificadores traziam a espada na cinta (Ne 4.18);
- Todos estavam prontos com suas vestes e armas (Ne 4.23).
3. O
inimigo deseja nos retirar de dentro do muro de proteção
Veja como o
inimigo age: “Sambalate e Gesém mandaram dizer-me: “Vem, encontremo-nos, nas
aldeias, no vale de Ono. Porém intentavam fazer-me mal” (Neemias 6.2).
Ação de
Neemias não caindo na armadilha: “Enviei-lhes
mensageiros a dizer: Estou fazendo grande obra, de modo que não poderei descer;
por que cessaria a obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Neemias
6.3).
4. O inimigo
insistirá em nos retirar do muro de proteção
Faça sempre
como Neemias, não ceda: “Quatro vezes me enviaram o mesmo pedido; eu,
porém, lhes dei sempre a mesma resposta” (Neemias 6.4).
5. O
inimigo usa a calúnia para nos intimidar e pararmos a obra
“Então
Sambalate, ainda pela quinta vez, me enviou o seu moço com uma carta aberta na
mão na qual estava escrito: Entre as nações se ouviu, e Gesém o diz, que tu e
os judeus intentais revoltar-vos, e por isso tu estás edificando o muro, e
segundo se diz, queres fazer-te rei deles” (Neemias 6.5-6).
Queriam atrair
Neemias para fora da obra, procurando uma oportunidade para matá-lo. Usavam a
estratégia das "fofocas" dizendo que Neemias estava preparando uma
revolta, que ele queria ser rei. Inventaram até que Neemias havia
"contratado" alguns profetas, para que falassem bem dele ao povo (Neemias
6.1-7).
Ação de
Neemias: “Então mandei dizer-lhe: De tudo o que dizes, coisa nenhuma sucedeu,
mas tu mesmo o inventas. Pois todos eles nos procuravam atemorizar, dizendo: As
suas mãos hão de largar a obra, e não se efetuará. Mas agora, ó Deus, fortalece
as minhas mãos” (Neemias 6.8-9).
6.
O inimigo utiliza-se até do nome de Deus para tentar nos enganar e induzir ao
erro
“Fui à casa de
Semaías, filho de Delaías, filho de Meetabel, que estava em recolhimento; e
disse ele: Ajuntemo-nos na casa de Deus, dentro do templo, e fechemos as suas
portas, pois virão matar-te; sim, de noite virão matar-te” (Neemias 6.10).
Semaías era um
profeta falso. Alegando que iriam matar Neemias, quis despertar o medo no
líder, dizendo que ele deveria se esconder no meio do templo. Seu objetivo era
induzir Neemias ao erro, pois não era permitido a alguém que não era sacerdote
entrar naquele local. Caso Neemias caísse nesta armadilha, ficaria numa
situação ruim junto aos líderes religiosos, com o povo e com o próprio Deus! (Conferir
em Neemias 6.10-14).
Ação de
Neemias se mantendo firme: “Eu, porém, respondi: Um homem como eu fugiria? E
quem há que, sendo tal como eu, possa entrar no templo e viver? De maneira
nenhuma entrarei” (Neemias 6.11).
Na luta contra
o inimigo, o discernimento é fundamental: “E percebi que não era Deus quem o
enviara; mas ele pronunciou essa profecia contra mim, porquanto Tobias e
Sambalate o haviam subornado. Eles o subornaram para me atemorizar, a fim de
que eu assim fizesse, e pecasse, para que tivessem de que me infamar, e assim
vituperassem” (Neemias 6.12-13).
Conclusão
Aprendemos
com Neemias como vencer ao inimigo:
-
Neemias foi prudente: “Então de noite me levantei, eu e uns poucos homens
comigo; e não declarei a ninguém o que o meu Deus pusera no coração para fazer
por Jerusalém” (Neemias 2.12).
-
Neemias fechou todas as brechas e ficou dentro do muro de proteção: “...ia
avante a reparação dos muros de Jerusalém e que já as brechas se começavam a
fechar” (Neemias 4.7).
-
Neemias orava e vigiava: “Nós, porém, oramos ao nosso Deus, e pusemos guarda
contra eles de dia e de noite” (Neemias 4.9).
-
Neemias estava sempre alerta: Como o muro era muito grande e as distâncias bem
extensas, se houvesse um ataque de um lado do muro, os trabalhadores do lado
oposto poderiam não notar. Para resolver este problema, Neemias circulava por
toda a construção, juntamente com um vigia portando uma trombeta. A instrução
era clara: quando eles ouvissem a trombeta, deveriam correr em direção ao seu
som, pois o ataque seria naquele setor (Neemias 4.18-20).
-
Neemias foi sábio e por nada parou a obra: “E enviei-lhes mensageiros a dizer:
Estou fazendo uma grande obra, de modo que não poderei descer. Por que cessaria
esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter convosco?” (Neemias 6.3).
-
Neemias usou da oração para se fortalecer e vencer o inimigo: “Mas agora, ó
Deus, fortalece as minhas mãos” (Neemias 6.9).
-
Neemias teve discernimento espiritual: “E percebi que não era Deus que o
enviara” (Neemias 6.12).
Como experimentar um novo
Pentecoste
O Pentecoste foi um fato único e fundamental para os discípulos de
Jesus. Eles receberam poder espiritual para ministrar e cumprir o mandato de
Jesus (Atos 1.8; Atos 2.1-13). Posteriormente, os discípulos precisaram de uma
nova unção, pois estavam sendo perseguidos e necessitavam pregar com ousadia.
Eles clamaram e o mover do Espírito foi grande e eles saíram pregando com toda
intrepidez (Atos 4.29-31).
Durante a história da Igreja muitos avivamentos aconteceram e Deus se
fez presente entre o povo. Precisamos sempre de um renovo, de reavivamento.
Precisamos sempre de um novo Pentecoste para sermos reais testemunhas de Jesus
e também experimentarmos o Seu mover nos dias de hoje.
Veja alguns exemplos de Pentecostes que aconteceram em diferentes
lugares, como eles aconteceram e as suas características marcantes:
1. Pentecoste no movimento
metodista
Textos bíblicos: Atos 2.1-13; Atos 4.23-31;
Atos 10.44-45
Em 1761, havia um avivamento nas sociedades metodistas, na Inglaterra. A
maior prova disso foi que as pessoas se despertaram mais para a missão e
santidade. Em 1762 foi notório o mover do Espírito Santo junto ao povo de
coração aquecido.
Wesley afirmou: “Aprouve a Deus derramar seu Espírito este ano”[9].
Na época, foi o maior avivamento dos últimos 20 anos, na Inglaterra.
“Nosso Pentecoste finalmente chegou”[10],
afirmou Wesley, em 1762, “ao contemplar os progressos da obra missionária.
Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades testificaram que foram
libertos de todo o pecado. Em Liverpool, a sociedade passou por uma verdadeira
metamorfose em sua perfeição, e Wesley achou ali um notável crescimento da piedade
na maioria dos cristãos”[11].
Em seu diário, em 28 de abril de 1762, ele escreveu que após o sermão
tiveram uma Festa de Amor: “Foi hora deliciosa. Deus derramou abundantemente
seu Espírito sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação”[12].
Em Dublim, o avivamento foi grande e foi liderado por um pregador chamado
João Manners. “Essa gente está tomada pelo fogo divino”[13],
afirmou Wesley. Apesar disto, ele escreveu em 28 de outubro de 1762, em seu
diário: "O dia de pentecoste não chegou ainda na sua plenitude; mas não
duvido que venha; e então você verá tantas pessoas santificadas como
justificadas" [14].
Wesley escreveu em seu diário, em 18 de fevereiro de 1750: "Hoje,
também, onde nós reunimos, Deus manifestou seu poder; mas particularmente em
nossa Festa de Amor. A simplicidade com que muitos falaram, declarando a
maneira como Deus lhes tinha falado, inflamou o coração de outros; e a chama se
espalhou mais e mais, e, tendo ficado quase uma hora mais do que o costume,
estávamos constrangidos por ter de separar-nos"[15].
2. O Pentecoste de Tonga
Em Tonga, na
Oceania, ocorreu um maravilhoso Pentecoste, um mover do Espírito que mudou o
país. Missionários metodistas enfrentaram grandes dificuldades na evangelização
dos habitantes da ilha. Alguns morreram, mas algo maravilhoso aconteceu.
Acompanhe esse relato:
Tonga durante
muito tempo foi governada por um rei cristão, um pregador leigo na Igreja
Wesleyana Livre. Tonga é conhecida no mundo como as ilhas amigáveis. Visitá-las
é experimentar uma hospitalidade que tem equivalentes em pouquíssimos lugares
no mundo.
A história de
Tonga está ligada ao metodismo e a algo que aconteceu na ilha ‘Itui, que tem
cerca de 3 mil pessoas: “Em 3 de julho de 1834 um milagre aconteceu em Itui que
teria um impacto em todo o Pacífico Sul. Um grupo de fiéis cristãos metodistas
reuniu-se num campo perto da vila para jejuar e orar. Durante esta reunião de
oração, as pessoas experimentaram uma visitação pentecostal. O Espírito Santo
desceu sobre as pessoas com tal poder que toda a comunidade foi transformada.
As pessoas
sentiram-se abrasadas neste ‘Pentecostes Tonganiano’ a espalhar o evangelho
através de todo o reino de Tonga. A igreja cresceu com rapidez impressionante.
Novas congregações foram estabelecidas em todo o reino.
Em 1835 tonganianos subiram em suas canoas marítimas e o poder do Pentecostes os empurrou 800 quilômetros a oeste para compartilhar o evangelho com seus vizinhos nas ilhas Fiji. Um ano depois eles viajaram pelo mar 540 quilômetros ao norte até Samoa para testemunhar o evangelho aos seus antigos e ferrenhos inimigos. Este é um dos mais notáveis fatos na história da atividade missionária”.
Um monumento foi erguido na praia para comemorar a visitação do Espírito Santo. Hoje em Tonga 51% da população são de metodistas.
3. Avivamento nas Ilhas Fiji
Atos 2.1-13; Atos 4.23-31; Atos 13.1-12
O jovem casal recém-casados John Hunt e Hannah Summers aceitou o desafio de evangelizar canibais em Fiji. O casal partiu da Inglaterra em 1838. Eles recusaram uma lucrativa oferta de permanecerem na Austrália e partiram para Fiji chegando no dia 22 de dezembro de 1838. Embora John fosse dominar o idioma em curto tempo, as conversões eram lentas. Varani, um rei cruel, ameaçava com a morte, se eles fechassem as suas janelas para manter fora o cheiro de corpos cozidos a uma curta distância da sua casa.
Eventualmente,
porém, em uma das ilhas menores aconteceu um reavivamento. Muitas vidas foram
transformadas e os rostos dos fijianos brilharam com a nova esperança. John
traduziu o Novo Testamento para a língua nativa.
Varani era um chefe de Viwa, em Fiji, em
meados do século 19. Ele era um líder importante. Temido
por todos, reconhecido como um guerreiro, respeitado como um líder. Era aliado do rei de Fiji Cakobau. O
canibalismo era praticado nessa época.
O missionário metodista inglês John Hunt evangelizava os habitantes da ilha. Para surpresa de Hunt, Varani um dia leu sobre a crucificação de Jesus no Evangelho de Mateus traduzido recentemente pelo missionário.
Varani estava visivelmente agitado. Quando Hunt lhe ensinava a ler, formou o hábito de ir para o mato para orar imitando Hunt.
A história da crucificação foi decisiva. Ele disse que iria se tornar um cristão. Cakobau, chefe de Fiji e canibal, incrédulo, ameaçou comê-lo, se ele fizesse isso, mas nunca realizou esta ameaça. Varani "publicamente curvou o joelho ao Senhor", na Sexta-Feira Santa de 1845.
Casou-se com sua esposa principal e se uniu a Igreja Metodista Wesleyana como um candidato para o batismo. No final de junho, disse, "todo o seu espírito e conduta davam provas mais agradáveis da grande mudança que ocorreu em sua mente. Tudo era exclusivamente obra de Deus.
Varani passou a ser um verdadeiro chefe cristão e um fervoroso discípulo de Cristo.
No segundo semestre de 1845, Viwa tornou-se palco de avivamentos. As casas particulares serviram de igrejas com soluços, orações simultâneas e convulsões físicas.
Hunt não os depreciou. Para ele, eram sinais de um fervor wesleyano que ele ansiava por ver, desde os dias de John Wesley. Mas por trás da emoção, ele procurou uma forma mais permanente de change mudança de coração e da mente.
"Durante a primeira semana do avivamento, escreveu ele, cerca de 100 pessoas professaram obter o perdão dos pecados, pela fé em Jesus Cristo”.
Varani desempenhou um papel vital na proteção dos primeiros missionários, como John Hunt e Lyth Wiliam, no início do século 19. Sob a sua proteção, os missionários cristãos conseguiram espalhar a influência do cristianismo muito mais rapidamente do que seria esperado.
Depois de 10 anos de trabalho missionário, John Hunt morreu de disenteria, em 1848. Posteriormente, Cakobau também se converteu na Igreja Metodista[16].
Hoje, mais de
36% dos fijianos são metodistas, a maior denominação cristã de Fiji.
Conclusão
O Pentecoste
foi um fato ocorrido num determinado momento histórico. Aconteceu num momento
em que a Igreja precisava de uma grande força espiritual para enfrentar as
oposições e cumprir o mandato missionário de Jesus.
Esse mover do
Espírito se repetiu de maneiras diferentes em diversas ocasiões, inclusive, na
própria Igreja Primitiva. Nos relatos acima, vimos alguns desses Pentecostes ocorridos
em alguns países, em nossa época.
Não podemos
esperar que os mesmos fatos ocorridos no Pentecoste de Atos 2 se repitam da
mesma maneira nos dias de hoje.
O que é
permanente nos Pentecostes é o Espírito Santo derramado gerar confissão de
pecado, arrependimento e mudança de vida.
O que é
permanente nos “Pentecostes” é o Espírito Santo trabalhar o nosso caráter
levando-nos à santidade.
O que é
permanente no mover do Espírito é o recebimento de um poder espiritual com o
propósito de testemunhar Jesus Cristo ao mundo.
O que é
permanente nos Pentecostes é a fidelidade de Deus em capacitar a sua Igreja
para sinalizar o Reino de Deus no mundo para que as portas do Inferno não
prevaleçam contra ela.
O que é
permanente no mover do Espírito é passar a haver uma maior intimidade e
compromisso com o Senhor.
O que é
permanente no derramar do Espírito Santo é o crescimento espiritual e numérico
da Igreja.
[1]www.pt.wikipedia.org/wiki/Golias
[2] http://cleiditongqm.wordpress.com/2010/05/10/fe-o-titulo-de-propriedade/
[3] http://www.lepanto.com.br/dados/DCMartir.html
[4] http://www.arqnet.pt/portal/discursos/agosto05.html
[5] http://www.tonicampos.net/tabernaculo.htm
[6] http://www.rubemalves.com.br/apipoca.htm
[7] http://www.revelacaoonline.uniube.br/a2002/esporte/recordes.html
[8] http://www.pime.org.br/mundoemissao/religg31.htm
[9]
LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida
e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 217.
[10]
Idem.
[11] Idem.
[12] Idem,
p.105.
[13] Idem,
p.218.
[14] Idem,
p.130.
[15] Idem,
p.103.
[16]
www.aim25.ac.uk/cgi-bin/search2?coll_id=5490&inst_id=19 -
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