Construindo um Alicerce Espiritual

 

 

  Odilon Massolar Chaves


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Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

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Livros publicados pelo autor: 697

Foto capa: https://depositozonasul.blogspot.com/2/2016/08/calcule-quantidade-de-tijolo-baiano-ou.html

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil

 

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Índice  


- Introdução

- Testemunhas de Jesus

- Valores do Reino

- Marcas do amor de Deus

- Promessas ao vencedor

- A prática do jejum

- Uma mãe realizada

- O homem e a mulher de Deus

- Reconstruindo o muro

- O encontro com o Cristo ressurreto

- O amor de Deus apesar de nós

- A pessoa que Deus ouve

- Manifestações do pleno amor

- A intimidade com Deus

- Profetiza

- Vivendo pela fé

- Uma constante conquista

- A soberania de Deus

- Como tratar o inimigo

- Um conselho sábio

- O arrebatamento da Igreja

- Sustentando lutas e sofrimentos

- O verdadeiro amor

- Orações que Deus atende

- Necessidade da visitação de Deus

- Palavra revelada

- Experiência com Deus

- Riquezas em Cristo

- O radicalismo do Evangelho

- Alcançando a paz

- Condições para os milagres

  

 

 

Introdução


         Construindo um Alicerce Espiritual” para sermos vencedores” é um livro de 55 páginas. Ele é resultado de uma série de mensagens transmitidas à igreja através, especialmente, de pregações. Fizemos uma seleção para que ajudemos a todos a alcançarem a bênção desejada. 

        “Um alicerce espiritual é uma base fundamental na vida de uma pessoa, geralmente firmada em princípios religiosos ou espirituais, para dar estabilidade e força diante das adversidades. Essa fundação sólida é construída através da prática da fé, estudo das escrituras, oração, adoração e serviço a Cristo e aos outros. O objetivo é criar uma vida inabalável e forte, onde o indivíduo possa resistir a "terremotos espirituais" e receber a força e orientação necessárias para o caminho”. [1]  

         Na conquista da terra, alguns princípios precisamos seguir e algumas práticas precisam ser exercitadas. Jesus, por exemplo, deixou claro: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra” (Mt 5.5). 

         O Povo de Deus precisou caminhar quarenta anos para chegar à terra prometida. Talvez você precise passar também pelo deserto, enfrentar o inimigo, esquecer as panelas do Egito, quebrar o bezerro de ouro, confiar plenamente em Deus e se submeter aos líderes. 

         Não sei por quanto tempo você vai precisar caminhar, nem o que você precisa deixar para trás. Uma coisa, porém, é certa: Deus nos ama e quer nos abençoar. O que conta para Ele é a nossa fé e a fidelidade à Sua Palavra. 

 

O autor

 

 

Testemunhas de Jesus  

 

         O mundo precisa de testemunhas de Jesus. Precisamos mostrar o que Ele tem feito por nós. João Batista mudou situações por causa de seu testemunho. 

         Ele testemunhou Jesus como: 

A verdadeira Luz (Jo 1.9). 

        Precisamos dizer às pessoas que usam velas para terem luz que Jesus é a verdadeira Luz. 

A Palavra criadora (Jo 1.10). 

      Para aqueles que dizem que Oxalá, considerado filho de Oledumaré, foi encarregado de criar o mundo, devemos dizer que Jesus é o princípio e o fim de tudo. 

     Nele tudo subsiste. 

     Ele participou da criação do mundo. 

O Cordeiro de Deus (Jo 1.29). 

      Para aqueles que fazem oferendas de animais, sacrifícios, devemos dizer que Jesus é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Uma só vez foi suficiente. 

Aquele que batiza com o Espírito (Jo 1.33). 

         O Espírito de Deus vem a nós através de Jesus. Ele disse que enviaria o Consolador. Portanto, todo poder e autoridade vêm de Jesus. 

O Filho de Deus (Jo 1.34). 

        Para aqueles que confiam em outros líderes religiosos devemos anunciar Jesus, o Filho de Deus: Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida.. 

       O mundo de hoje ainda precisa de verdadeiras testemunhas. 


Valores do Reino  

 

         Estamos sujeitos a fazer a nossa própria religião, a continuar e a adquirir costumes e práticas, valores que nada têm a ver com o Reino. 

         O Senhor nos aponta os verdadeiros valores do Reino: 

Conhecer a glória de Deus (Lc 9.28-29); 

Ser instrumento de libertação (Lc 9.40-41); 

Aceitar os que não estão junto a nós (Lc 9.49-50); 

Perdoar os que nos rejeitam (Lc 9.53-55); 

Ser um trabalhador do Rei (Lc 10.1-2); 

Ter a alegria da certeza da vitória final (Lc 10.20); 

Usar de misericórdia com os que sofrem (Lc 10.37). 

         São valores eternos que devem existir em nossas vidas. Por nós mesmos, não temos nada, mas o Espírito do Senhor forma o nosso caráter à semelhança do de Jesus.  

 

 

Marcas do amor de Deus  

 

         O Senhor nos mostra o verdadeiro amor através dos Seus atos. Ele nos aponta o mesmo caminho. 

         O Senhor perdoou e abençoou o culpado (Rm 5.1). 

         Ele Se deu por quem não era nada (Rm 5.6).

      Deus nos deu Jesus, o que mais  precioso tinha para que fôssemos felizes (Jo 3.16). 

      Na verdade, o Senhor deixou a Sua realeza para viver entre nós, os mendigos (Jo 1.14). 

         São essas as verdadeiras provas de um grande amor. Quem ama procede dessa maneira. Como cristãos, somos chamados a manifestar a glória de Deus através do amor. Somente assim, o mundo conhecerá que o Senhor está em nós. 

        O amor faz a diferença. 

         Ame verdadeiramente e você será um discípulo do Senhor e muito mais feliz, e bênçãos receberá.   

 

Promessas ao vencedor  

 

         Deus nos ama tanto que faz imensas promessas para que permaneçamos firmes até o fim: 

- Comer da árvore da vida (Ap 2.7); 

- Não sofrer dano da segunda morte (Ap 2.11); 

- Perceber o maná escondido e a pedrinha branca, símbolo da pureza e da vitória (Ap 2.17); 

- Receber autoridade sobre as nações e a estrela da manhã (Ap 2.26,28); 

- Vestir as vestes brancas e ter o nome escrito no livro da vida (Ap 3.5); 

- Ser coluna no santuário e ter o nome de Deus gravado (Ap 3.12); 

- Sentar-se no trono com o Senhor (Ap 3.21). 

         Essas e outras promessas estão em toda a Bíblia. O Senhor “cobre” qualquer promessa. Seu desejo é que seus filhos e filhas não percam a bênção da vida eterna. Por isso a promessa para aqueles que permanecerem fiéis até o fim:  receberão a coroa da vida. 

 

A prática do jejum

        

         Jejum significa “afligir a alma” (Lv 23.26) que está soberba, em pecado e longe de Deus.  Mente, vontade e sentimentos, é a alma. O objetivo é levá-la à humildade, à submissão total ao Senhor para que Ele possa, então, agir nas nossas vidas. 

         A Bíblia fala do jejum de 40 dias, de um dia,  de  meio-jejum  (até  às 3 h da tarde), de abstinência (deixar de comer em parte devido a fraqueza física ou enfermidade) e fala ainda da abstinência de manjares (Dn 1.12). 

         O jejum é para aplacar a ira de Deus e atrair as bênçãos do Senhor.         A mais poderosa razão para o jejum é como auxílio para a oração. 

         O jejum aceitável ao Senhor é aquele que é praticado na presença de Deus. Nossa intenção deve ser glorificar ao Senhor. Junto ao jejum, devem haver orações fervorosas. Por isso, devemos adicionar a ele a prática das obras de misericórdia (At 10.4). 

         Isaías 58.6 fala do verdadeiro jejum: “Parte o teu pão com o que tem fome, e introduza em tua casa os pobres e peregrinos; quando vires o nu, cobre-o ... então romperá a tua luz como a aurora, e a tua saúde mais depressa nascerá, e a tua justiça irá diante de tua face, e a glória do Senhor te recolherá. Então invocarás tu o Senhor, e Ele te atenderá”.


Uma mãe realizada       

 

         Diante da opressão e da tribulação, temos tomado diferentes atitudes: sofrimento passivo,  fuga, reação violenta ou reação positiva. 

         A história de Ana relatada no primeiro livro de Samuel revela que, diante da opressão de uma rival, Ana sofria passivamente. Ela aceitava a derrota (1Sm1.6-7). 

        Ana não tinha filhos. E mesmo com seu marido demonstrando todo amor, ela não tinha alegria (1Sm1.5-8). 

         Mas Ana tomou algumas atitudes positivas: 

         Orou ao Senhor derramando a sua alma e fez um voto (1Sm1.11). Ela daria ao Senhor o que ela tanto queria. Isso quebrou as barreiras entre ela e Deus. Abriu seu coração à gratidão e ao amor. 

         O sacerdote Eli a abençoou no seu propósito (1Sm1.17). Ela saiu de uma situação de maldição para a bênção. 

         Ela tomou posse dessa bênção. Saiu do templo com outro aspecto (1Sm1.18). 

         Em vez de lamento, Ana passou a adorar ao Senhor de madrugada (1Sm1.19).

         Como consequência, o Senhor lhe deu um filho: Samuel (1Sm 1.20). E ele foi oferecido para o serviço ao Senhor (1Sm 1.28). 

         O sacerdote Eli a abençoou e ela teve mais cinco filhos (1Sm 2.21). O que damos ao Senhor de coração recebemos muito mais em troca.

 

 

O homem e a mulher de Deus  

        

         Há uma grande diferença entre o homem carnal e o homem espiritual, entre a mulher do mundo e a mulher de Deus. 

         Eliseu era chamado de homem de Deus. 

         Quais são as características de um homem de Deus? 

         Tem consciência de que o inimigo ataca (2Rs 6.8) e tem também o discernimento para perceber as investidas do inimigo (2Rs 6.9). Ele se torna instrumento para salvação (2Rs 6.10). Por isso também é que as trevas muito mais se oporão aquele que é de Deus (2Rs 6.13-14).        

         Mas o homem e a mulher de Deus também enxergam a presença do Senhor nos momentos difíceis, nos ataques do inimigo (2Rs6.15-17). O “moço”, o escravo não percebe nada, pois é cego espiritualmente (2Rs 6.15).        

         O homem e a mulher de Deus têm poder na palavra porque têm fé e estão em sintonia com o Senhor. Eles, na verdade, são a boca de Deus no mundo (2Rs 6.18). 

         Tratar os inimigos comuns com amor também é uma marca fundamental daqueles que são do Senhor (2Rs 6.22). Temos consciência de que há trevas, espíritos atuando atrás daqueles que nos ofendem. 

         Por fim, o homem e a mulher de Deus, pela autoridade, aniquilam o poder do inimigo e ele não volta mais à sua casa (2Rs 6.23).        

         Por isso tudo, procure ser um homem e uma mulher de Deus.

 

Reconstruindo o muro

 

         Neemias foi tocado pelo Senhor para reconstruir os muros de Jerusalém para que o inimigo não mais empobrecesse e humilhasse o Povo de Deus. De toda maneira, porém, o inimigo procurou impedir a reconstrução. Na nossa vida, acontece a mesma coisa hoje. 

         Desagrada ao inimigo ver você desejando o bem dos outros (Ne 2.10). Ele irá zombar e lhe desmerecer (Ne 2.19). Você não deve se intimidar. Responda corajosamente ao inimigo (Ne 2.20). Ele ainda vai dizer que você não pode, que você é fraco (Ne 4.2). Mas, repreenda e ore ao Senhor (Ne 4.4). 

         Como você não se intimida, ele vai procurar lhe atacar para trazer confusão (Ne 4.8), mas o Senhor lhe dará livramento. Ele vai lhe revelar (Ne 4.12). Você deverá ficar em vigilância (Ne 4.9). Coloque todos de prontidão com armas nas mãos (Ne 4.13). Ore ao Senhor (Ne 4.14). O inimigo vai ver frustrado o seu plano. 

         Ele, então, vai procurar tirar você de dentro do muro espiritual (fé, mansidão, amor, benignidade, autoridade, etc.). Ele vai insistir para ver você na carne (Ne 6.2). Diga não à tentação do inimigo. 

         Mas ainda ele tentará mais uma vez; vai mentir a seu respeito para lhe atemorizar (Ne 6.8). Ore na Palavra: “Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos”(Ne 6.9). 

         Como última tentativa, vai usar pessoas que você confia - falsos profetas - mas o discernimento vai lhe dar a vitória (Ne 6.10-13). 

         Com o muro reconstruído, o inimigo vai temer e reconhecer que Deus agiu na sua vida. A vitória é certa (Ne 6.15-16).

 

 

O encontro com o Cristo ressurreto  

 

         Todos nós precisamos ter um encontro com o Cristo ressurreto. Não só os discípulos no passado. São vários os benefícios: 

·       Recebemos a sua paz (Lc 24.36). As dúvidas saem e os conflitos terminam. Quando Ele reina, há paz.

 

·       Nosso entendimento espiritual é aberto (Lc 24.45). Éramos cegos, com a mente obscurecida. No encontro com Jesus, o espírito é recriado e há um fluir do Espírito. 

·       Passamos a ser testemunhas (Lc 24.48). Vamos ter a alegria de falar de Jesus. É impossível reter essa bênção. Vamos anunciar aos amigos e estranhos.

 

·       Recebemos o batismo do Espírito (Lc 24.49). Sem o Espírito, não somos cristãos. É ele quem forma o nosso caráter à semelhança de Jesus. Ele dá poder e santidade.

 

·       Herdamos a vida eterna (Lc 24.51). Como Jesus foi para os céus, assim iremos também, pois nos tornamos herdeiros dessa bênção. Ele foi preparar lugar para nós.

 

·       Constantemente iremos querer adorá-lo (Lc 24.51-52). A alegria, a gratidão, o amor nos levarão a ter comunhão constante com o Senhor. Nele está a vida. 

         A experiência dos discípulos foi maravilhosa. A nossa também será. Se você não teve ainda um encontro com o Senhor ressurreto, abra seu coração e você terá todas essas bênçãos enumeradas acima.

 

 

O amor de Deus apesar de nós  

 

            O propósito do Senhor é nos resgatar. Nem sempre agimos corretamente e nem sempre respondemos ao chamado de Deus. Apesar disso Ele nos ama. 

            Ele ama a todo o tempo (Os 11.1). Quer sempre nos tirar do lugar ruim. E mesmo virando as costas ao Senhor, Ele continua nos chamando (Os 11.2). 

            Entre diversas outras atitudes de Deus para conosco estão: 

·       Ensina o caminho certo, fértil (Os 11.3);

·       Toma nos braços para curar (Os 11.3);

·       Atrai com laços de amor (Os 11.4);

·       Alivia o peso (Os 11.4);

·     Ele chega a se inclinar para nos dar o que comer, como um pai e uma mãe fazem com o filho pequeno (Os 11.4). 

         Sim, nosso Deus nunca nos abandonará, apesar dos nossos erros (Os 11.8). Ele não agirá com ira, pois Ele não é humano. Ele é Deus. É Santo (Os 11.9). 

             Mas agirá como um leão, para que seus filhos e filhas caiam em si (Os 11.10). Eles voltarão tremendo, mas o Senhor lhes dará conforto (Os 11.11). 

            É assim o grande amor de Deus por nós, apesar de nossos erros.

  

 

A pessoa que Deus ouve  

 

         Evidentemente, é necessária a fé, a plena confiança no Senhor. É preciso descansar em Seus braços. Mas, às vezes, somos do Senhor, mas temos barreiras em nossas vidas. O exemplo de Cornélio nos ajuda muito. Vejamos algumas de suas atitudes: 

         Ele era piedoso, temente a Deus e de contínuo orava ao Senhor (At 10.2). Ele tinha intimidade com o Senhor. Tinha comunhão com o Pai, por isso, o Senhor lhe disse: “A tua oração foi ouvida” (At 10.31). É preciso, pois, um coração aberto para Deus. 

         Mas temos ainda mais o que aprender: a Bíblia diz que o anjo lhe disse: “As tuas esmolas foram lembradas na presença de Deus” (At 10.31). Não significa que temos que sair distribuindo esmolas para todas as pessoas. Esse ato de Cornélio mostra, contudo, que ele tinha um coração sensível às necessidades do próximo. Ele tinha um coração cheio de amor pelo sofredor. Corações fechados, egoístas não podem ser abençoados por Deus. 

         Cornélio foi também obediente à voz do Senhor (At 10.5-7). Não questionou. Obedeceu. 

         Como consequência, o Senhor o abençoou enviando o seu Espírito Santo (At 10.44-45).

 

 

Manifestações do pleno amor  

        

         Como cristãos, somos chamados a manifestar a glória de Deus em nossos atos. Somos chamados a amar as pessoas. Deus manifestou Seu amor de diversas maneiras. 

        Jesus nos mostrou algumas atitudes que revelam um grande, um pleno amor: 

·       Ele se inclinou para curar (Lc 4.39);

·       Ele tocou no leproso (Lc 5.13);

·       Ele se arriscou para curar alguém (Lc 6.7-11);

·       Ele reconheceu o valor das pessoas (Lc 7.28);

·       Ele perdoou e colocou a pecadora como tendo feito a vontade de Deus (Lc 4.47);

·       Ele nos faz membros de Sua família (Lc 8.21);

·       Ele nos revela a Sua glória (Lc 9.28-30). 

         Só seremos reconhecidos como cristãos quando amarmos uns aos outros. 

         Podemos ter e fazer tudo, mas sem amor, nada somos diante de Deus. Por isso, procure ser cheio desse amor.


A intimidade com Deus

 

         A Bíblia diz que a intimidade do Senhor é para os que o temem, “aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança” (Sl 25.14). 

         Intimidade é familiaridade, amizade, contato íntimo. Moisés era uma pessoa que tinha contato íntimo com o Senhor. A Bíblia diz que o Senhor falava face a face com Moisés, como alguém fala a um amigo (Ex 33.11). 

         Como consequência dessa intimidade, Moisés ouvia do Senhor o que ele devia fazer: “Vai, sobe daqui” (Ex 33.1). 

         Também o Senhor disse: “Enviarei o Anjo diante de ti; lançarei fora os cananeus, os amorreus ...” (Ex 33.2). 

         Por causa dessa afinidade, o Senhor lhe dava a direção certa para receber a bênção: “Sobe para  uma terra que mana leite e mel ... “ (Ex 33.3). O Senhor nunca vai enviar os que Ele ama para um local ruim. 

         Por causa, ainda, dessa intimidade, o Senhor nos conhece pelo nome. 

         Ele chamava Moisés pelo nome, como depois chamou Samuel, Paulo, etc. Ele também conhece você pelo nome (Ex 33.17).

         Ele ainda colocou sobre a tenda de Moisés a nuvem da sua bênção (Ex 33.9), e o encheu da sua glória (Ex 34.29). 

         Tenha também intimidade com o Senhor. Conte os seus problemas sem nenhum medo ou vergonha. Descanse no Senhor. Ele tem um grande amor por cada um de nós.

 

Profetiza  

 

         O Senhor disse para Ezequiel: “Profetiza! “        

         O que aprendemos com a Palavra do Senhor é que o Espírito leva servos e servas até o vale para que passe a existir vida (Ez 37. 1). 

         O vale, na Bíblia, na maior parte das vezes, é considerado um lugar negativo: Vale da sombra da morte, Vale da matança, Vale dos ossos secos, Vale do sal, etc. 

         Nós precisamos da fé para anunciar a Palavra que o Senhor colocou em nosso coração (Ez 37.3-4). A Palavra que o Senhor nos trouxe tem poder, tem vida. 

         Temos que profetizar em direção ao problema, em direção aos  “ossos secos ” (Ez 37.4). Isso é fé! Isso é determinação! 

         Devemos dizer claramente o que o Senhor pediu para anunciarmos: tendões, carne, pele, espírito (Ez 37.6). É importante sermos fiéis e objetivos. 

         Não devemos baratear a Palavra e a toda hora, sem mais nem menos, dizer que estamos profetizando. Só devemos profetizar aquilo que temos certeza que vem do Senhor.  Ezequiel disse: “Então profetizei segundo me fora ordenado” (Ez 37. 7). 

         Se temos unção, se profetizarmos pelo Espírito, segundo o que Ele determinou, então a resposta virá.  Os “tendões, pele, carne e o espírito ” virão. 

         Profetiza!

  

Vivendo pela fé         

 

         Diante de tanta injustiça, violência, muitas vezes ficamos desanimados, alarmados. Mas essa também foi a experiência do profeta Habacuque. Havia um caos na sociedade. Sua atitude foi: 

         Ser muito franco com Deus (Hc 1.1-4). Ele disse: “Até quando, Senhor, clamarei eu, e Tu não me escutarás?” 

         Precisamos dizer o que sentimos, precisamos por para fora o que está em nosso interior. O Senhor quer corações sinceros. 

         Em segundo lugar, precisamos aprender a esperar a resposta do Senhor (Hc 2.1). Ele se colocou numa torre de vigia para ouvir a resposta do Senhor à sua queixa (Hc 2.1). O Senhor nos responde de diversas maneiras. 

         A Habacuque, Ele respondeu através da visão (Hc 2.2). E quando o Senhor revela no tempo determinado, a Sua resposta vai se cumprir. Não falhará (Hc 2.3). 

         O Senhor lhe respondeu dizendo que os injustos seriam disciplinados. Ele diz: “ai dos que roubam” (Hc 2.6); “ai dos que têm bens mal adquiridos” (Hc 2.9); “ai dos que prejudicam o próximo, que se envolvem com bebidas, consultam a ídolos” (Hc 2.12-19).

         O Senhor diz também para o profeta que ele deve viver pela fé (Hc 2.4). Não olhar as circunstâncias e achar que Deus não está agindo. Ao contrário, Ele é Senhor da História e age. 

         O profeta ora e pede avivamento (Hc 3.2). Diante do caos, precisamos de restauração, fortalecimento, avivamento. Assim, seremos perseverantes, firmes e vitoriosos.                                                

                                                                           

Uma constante conquista  

 

         Do Egito a Canaã, o Povo de Deus passou por diferentes momentos. É assim, também, a nossa caminhada espiritual.        

         O momento do deserto (Js 5.6) significa provação, purificação, tentação. Jesus também foi ao deserto (Mt 4). 

         O momento de passar o Jordão (Js 5.6) significa a necessidade de um milagre em nossas vidas. 

         O momento de tirar o opróbrio (Js 5.9), isto é, a vergonha que nos acompanha e impede o nosso crescimento. 

         O momento de cessar o maná (Js 5.12). Quando o Povo pôde ter alimento produzido pelas próprias mãos, o Senhor fez cessar o maná. Ele ainda abençoou, e o Povo amadureceu e não ficou mais tão dependente no que poderia fazer. 

         O momento da chegada da escritura (Js 5.14; 6.2) significa uma profunda experiência com Deus; a certeza de que chegou a bênção esperada. Uma fé inabalável. 

         O momento de derrubar as muralhas (Js 6.20) significa que os problemas não cessarão, mas poderão ser destruídos pela unidade, o louvor, as armas espirituais e o poder da Palavra.

         O momento de derrota (Js 7.13) por haver coisas condenadas em nosso meio como as brechas (falta de perdão, ídolos, maledicência, etc.). 

         Certamente, passaremos por esses diferentes momentos em nossas vidas. Até o final, precisaremos estar conquistando espaços e lutando contra o inimigo (Js 12.24; 13.1).

 

A soberania de Deus  

 

         Por mais que passemos por lutas, Deus conduz a história para um final feliz. Por mais que o inimigo procure desviar o Povo de Deus, o Senhor já nos mostrou na Palavra a nossa vitória final: 

         Há uma garantia na Bíblia do poder maior dos anjos sobre Satanás (Ap 20 2-3). O anjo tem a chave do abismo e uma corrente para prender o inimigo. Ele será lançado no abismo. 

         Há uma certeza do cumprimento das promessas de Deus na Bíblia. Nas cartas às sete igrejas, há diversas promessas ao vencedor. Para Laodicéia, é dito: “Dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono” (Ap 3.21). E, mais à frente, o Senhor revela: “Vi tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar” (Ap 20.4). 

         Há galardão para os que se dedicam grandemente à obra do Senhor como testemunhas. Serão sacerdotes de Deus e de Cristo.  Reinarão com o Senhor (Ap 20.5-6). 

         Temos que ter a certeza de que há um plano do Senhor se cumprindo. A última palavra é do Senhor. Palavra de vitória.  



Como tratar o inimigo        

  

         Por ciúme, inveja, doenças e trevas somos atingidos. O que fazer? 

         A Palavra do Senhor diz para: 

·       Abençoá-los (Rm 12.14);

·       Não revidar (Rm 12.17);

·       Fazer o possível para viver bem (Rm 12.18);

·       Deixar a vingança com o Senhor (Rm 12.19);

·       Dar ao inimigo o que ele precisa (Rm 12.20). 

         Enfim, o cristão sempre deve vencer o mal com a prática do bem. Essa é a lei de Cristo (Rm 12.21). 

         É difícil levar um tapa e oferecer a outra face. Só conseguiremos fazer isso quando o pleno amor de Deus estiver em nossos corações. Por isso, Paulo diz que devemos amar com um amor fraternal, não fingindo (Rm 12.10). 

         Se você tem dificuldade de perdoar e de amar, se humilhe na presença do Senhor. Ele te compreenderá e lhe encherá de amor.


UM CONSELHO SÁBIO        

 

         Certa vez, o sogro de Moisés chegou para ele e disse: “Que é isto que fazes ao povo?” (Ex 18.14). Moisés sozinho fazia todo o trabalho junto ao povo. Por isso, o sogro disse: “Sem dúvida desfalecerás ... Tu só não o podes fazer” (Ex 18.18). 

         E aconselhou a Moisés o seguinte: 

·       Interceder perante Deus pelo povo (Ex 18.19);

·       Ensinar ao povo (Ex 18.20);

·       Escolher homens capazes, íntegros para auxiliá-lo na liderança (Ex 18.21);

·    As pequenas coisas, eles resolveriam; as graves seriam trazidas a Moisés (Ex 18.22). 

         E o texto diz mais: “... será assim mais fácil para ti, e eles levarão a carga contigo” (Ex 18.22). 

         Moisés o atendeu. 

         Seu sogro se chamava Jetro e era sacerdote de Midiã (Ex 18.1). 

         Jetro havia ensinado coisas importantes a Moisés. Ensinou que ser líder não é fazer todo o trabalho. Mas sim, conseguir meios para que o trabalho seja realizado eficientemente. 

         Ensinou, também, que somos humanos e temos limites. 

         Por fim, ensinou que o trabalho principal deve ser feito por ele que foi escolhido por Deus para a liderança. 

         Conselho sábio que Moisés atendeu. 


O ARREBATAMENTO DA IGREJA

        

         O arrebatamento da igreja é um dos planos de Deus para salvar a igreja de um período de grande tribulação. 

         É um “rapto”. A expressão “arrebatamento” significa “arrancar”, “retirar”,  “libertar”, “ser tomado”(Lc 17.30-36). 

Os que forem arrebatados se encontrarão com Cristo nos ares. 

Os que ficarem passarão pela fase de domínio do anticristo, da Besta, do 666.          

No encontro com Jesus, os salvos irão perante o tribunal de Cristo onde serão julgados. 

         Nós receberemos a nossa recompensa proporcional. 

         Wesley diz que a nossa recompensa é proporcional a: 

·       Nossa santidade interior, à semelhança de Deus (Hb 12.14; Mt 5.8);

 

·       Nossas obras e frutos (Ap 20.12);


·   Nossos sofrimentos por Cristo (Lc 10.29). 

      Como cristãos, não devemos pensar em datas da volta de Jesus, pois não nos compete conhecer tempos ou épocas. 

         Devemos, sim, ser fiéis e estar vigilantes, trabalhando na obra do Senhor.

 

 

Sustentando lutas e sofrimentos  

 

         No livro de Hebreus, a Palavra diz: “(...) depois de iluminados, sustentastes grande luta e sofrimento” (Hb 10.32). 

         O cristão não deve sofrer por estar em pecado, mas deve ter a alegria de sofrer, passar por lutas por amor ao Reino de Deus. 

         Na verdade, nós podemos sofrer após o novo nascimento, pois o inimigo se levantará contra nós. Mas não é um sofrimento por ódio, ansiedade, depressão, vazio na alma. É por ser fiel ao Senhor.        

O cristão também chora com os que choram. O seu coração agora é sensível, está aberto ao próximo. Sofremos por sentir o que o outro está sentindo (Hb 10.34). Jesus se comoveu com a morte de Lázaro e com o sofrimento de Maria e Marta (Jo 11.33-35). 

         Mas existe uma alegria por sermos fiéis ao Senhor e por sabermos que as nossas perdas terrenas não são nada em comparação ao que haveremos de receber (Hb 10.34). 

         O Senhor, por isso, nos chama a permanecer confiantes (Hb 10.35) e perseverantes (Hb 10.39).  

 

O verdadeiro amor  

        

         Todos falam em amor. Contudo, o verdadeiro amor poucos conhecem e poucos o expressam. Paulo fala das marcas desse verdadeiro amor em 1 Coríntios 13: 

 

·       É paciente, persevera, renuncia voluntariamente.

·       É benigno, torna o viver agradável, pois faz bem.

·       Não é levado a se consumir em ciúme, Cuida e zela com carinho.

·       Não leva à vaidade, pois sua atenção está na pessoa amada.

·       Não humilha a pessoa amada, pois não se julga superior. A pessoa amada é vista como superior.

·       Não é grosseiro. É amável, meigo.

·       Não procura levar vantagens. Deseja o melhor para a pessoa amada.

·       Não se irrita. O amor acalma, traz mansidão, compreensão.

·       Não guarda ressentimentos. Perdoa, esquece, valoriza o positivo.

·   O amor nos leva a estar em sintonia com a verdade, o que traz grande alegria. 

         O apóstolo, por fim, ainda coloca algumas marcas importantes: o amor leva a suportar o sofrimento. Traz bálsamo, alívio. O amor nos leva a crer no impossível aos olhos humanos. O amor nos leva a aguardar a vinda do melhor e assim suportar provações e tribulações. Ele fortalece, renova.


Orações que Deus atende  

 

         As orações que Deus atende têm sempre por trás a fé. Mas há diversas formas de orarmos. 

         A Bíblia mostra como os desejos foram atendidos imediatamente pela fé: a mulher sírio-fenícia que tinha uma filha endemoniada (Mc 7.26), a mulher que sofria de hemorragia (Lc 8.43). 

         Nos dois casos, não houve oração. Houve expressão de fé. 

         Desejos atendidos imediatamente pela oração: a Igreja Primitiva pediu para ficar cheia do Espírito novamente (At 4.31). A ressurreição de Dorcas/Tabita (At 9.40). 

         Desejos atendidos pela intercessão perseverante: Daniel orou e jejuou por 21 dias (Dn 10.13), Pedro estava preso, mas “havia oração incessante a Deus por parte da igreja” (At 12.5). 

         Desejos atendidos ao se completar a sétima vez: a queda da muralha de Jericó (Js 6.4), a cura de Naamã (2Rs5.10). 

         Há momentos em que não temos mais que clamar pois a decisão do Senhor foi liberada. Temos apenas que agradecer e tomar posse. Mas há momentos em que precisamos orar sem cessar.

         Seja qual for o caso, o fato é que a fé é essencial.

  

Necessidade da VISITAÇÃO de Deus  

 

         No tempo do profeta Isaías, por volta do ano 700 a.C., Israel e Judá estavam cativas e destruídas: cidades desoladas (Is 64.10), o templo queimado (Is 64.11), as coisas preciosas em ruínas (Is 64.11). 

         A causa era o pecado do povo: “Por muito tempo temos pecado e havemos de ser salvos?” (Is 64.5). 

         Entre as manifestações de pecado estavam: corrupção, magia e alianças com pessoas ligadas às trevas (Is 2.6), rebeldia (Is 5.1), idolatria (Is 2.8), soberba (Is 2.12), culto hipócrita (Is 1.13), injustiças (Is 10.1), blasfêmia (Is 1.4), etc. 

         Isaías reconheceu o pecado do povo e intercedeu: “Olha, pois, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64.9). 

         A necessidade da visitação de Deus naquele meio e momento era preciso. A situação estava assim porque a iniquidade fazia separação entre o povo e Deus (Is 59.2). 

         Isaías reconheceu que, se Deus abrisse os céus e descesse (Is 64.1), o nome e a presença do Senhor fariam tremer os povos (Is 64.2). 

         O profeta do Senhor havia aprendido a conhecer um Deus diferente, “que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4), que sai “ao encontro daquele que com alegria pratica justiça” (Is 4.5). 

         Um Deus que é Pai e Oleiro (Is 64.8). 

         Precisamos da visitação desse Deus. 

  

PALAVRA   REVELADA  

 

         Nós devemos clamar ao Senhor pelas nossas bênçãos até termos a certeza de que Ele já liberou a decisão sobre nós. 

         Podemos ter essa certeza através de uma forte convicção no nosso espírito, através de uma visão ou profecia, através de sonhos, etc. 

         Quando tivermos a certeza da decisão favorável do Senhor a nosso respeito, não devemos mais, então, clamar e, sim, agradecer e tomar posse. 

         O Senhor disse a Josué: “Vá contra Ai” (Js 8.1). Depois disse: “Olha que te entreguei nas tuas mãos” (Js 8.2). 

         O Senhor libera a decisão quando estamos clamando aos céus. Ele não diz que vai dar. Ele diz que já deu a bênção: “Entreguei na tua mão a Jericó” (Js 6.2). 

         É verdade que o inimigo pode se opor às nossas bênçãos, como procurou impedir que o anjo do Senhor chegasse com a bênção até Daniel. Este, porém, orou e jejuou e o inimigo não teve mais condições de resistir. 

         Faça o mesmo e você será assim mais do que vencedor através de Jesus Cristo.

         É verdade, também, que Deus tem o seu tempo certo. Temos, então, que esperar o momento de Deus. Mas, se Ele já liberou, essa bênção chegará.


 

Experiência com Deus  

 

         Uma experiência com Deus muda radicalmente a nossa vida. Impossível ter um encontro com o Senhor e continuar o mesmo. Ele atua, principalmente, no nosso caráter. 

         Jó teve esse encontro e disse: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (Jo 42.5). Foi no momento de sofrimento que ele teve esse encontro. 

         Jacó teve um encontro com o Senhor na fuga. Ele sonhou com anjos vindos do céu até ele, e disse: “Na verdade, o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia” (Gn 28.16). 

         Mas podemos ter um encontro com o Senhor, principalmente em  casa. Foi assim com o jovem Samuel. Sua mãe Ana já tinha tido essa experiência. Faltava o jovem que havia sido consagrado ao Senhor. Um dia ele ouviu uma voz: “Samuel, Samuel”  (1Sm 3.11). O Senhor veio e lhe revelou coisas  sobre Israel. Samuel foi uma bênção. 

         Podemos ainda ter um encontro com o Senhor nas perseguições. Não necessariamente temos que ver e ouvir o Senhor, mas pela fé, perceber que Ele está conosco. Foi a experiência de José. Apesar das perseguições, prisão, calúnia, inveja contra ele, no final, ele acabou sendo governador e não culpou os irmãos, mas viu em suas ações a mão do Senhor: “Deus me enviou adiante de vós” (Gn 45.8). 

         Em todas as circunstâncias, podemos ter um encontro com o Senhor que mudará a nossa vida.

 

Riquezas em Cristo

        

         Pelo menos 44 vezes, o apóstolo Paulo fala da importância de estarmos em Cristo, de sermos de Jesus Cristo no livro de Efésios. 

         Ele fala também das insondáveis riquezas de Cristo (Ef 3.9). Fala também do poder que opera em nós (Ef 3.20). 

         Há um grande poder de Jesus Cristo que opera em nós.        

Pela Palavra ministrada, o poder de Cristo é liberado (Ef 3.8). 

         Pela oração, as portas são abertas (Ef 3.14). 

         Pelo amor de Cristo, vidas são curadas, transformadas (Ef 3.19). 

         Pela fé em Jesus Cristo, milagres acontecem (Ef 3.12). 

     Pela autoridade espiritual, em nome de Jesus Cristo, as trevas são destruídas (Ef 6.11). 

         Pelo poder do Espírito, somos capacitados e fortalecidos (Ef 3.16). 

         Sim, devemos tomar posse das riquezas de Jesus Cristo, pois o Senhor realiza em nós infinitamente mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20).

                                                           


O RADICALISMO DO EVANGELHO

 

         O Evangelho é confronto com o pecado e as trevas. Não pode haver meio termo, por isso a  conversão significa “meia volta”, mudança, transformação, nova vida. 

         Jesus chegou a dizer que veio lançar fogo sobre a terra (Lc 12.49). Ele disse que cinco estariam divididos numa casa.        

Quando fazemos uma opção pelo Evangelho, necessariamente haverá um revide das trevas. Por isso, Jesus disse que nos enviava para o meio de lobos (Mt 10.16), disse para nos acautelar das pessoas (Mt 10.17), disse que seríamos odiados (Mt 10.22), etc. 

         Quando fazemos uma opção pelo Evangelho, necessariamente tem que haver uma renúncia aos prazeres do mundo. Paulo disse: “Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios” (ICo 10.21). 

         Quando fazemos uma opção pelo Evangelho, necessariamente temos que viver nos valores do Reino. 

        Paulo disse que não usou de bajulação, ganância e nem pensou em sua glória. Seu desejo não era agradar a homens e, sim, a Deus (ITs 2.4-5). 

         Optar pelo Evangelho é amar a Deus acima de todas as coisas.

 

 ALCANÇANDO a paz         

 

         A paz é tão importante que todas as cartas de Paulo têm no início as expressões “Graça e paz” ou “Graça, misericórdia e paz”. Quando Jesus enviou os discípulos, Ele falou: “Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta casa!“ (Lc 10.5). 

         Mas, como alcançar a paz? 

         Tendo a certeza do perdão (Rm 5.1), descansando no Senhor (Fl 4.7), vivendo no Espírito (Gl 5.20-23), havendo reconciliação com as pessoas (Jó 22.21), tendo os olhos espirituais abertos para ver a presença do Senhor (2Rs 6.16). 

         Há diversas promessas aos que vivem em paz: 

         Deus será com eles (IICo 13.11). 

         Terão um futuro (Sl 37.37), pois lhes sobreviverá o bem (Jó 22.21). 

         Dormirão em paz (Sl 4.8). 

         “Em paz me deito e logo pego no sono, porque, Senhor, só Tu me fazes repousar seguro”. 

         A paz é um estado de espírito que traz satisfação, harmonia, bem-estar, ânimo, saúde, tranquilidade.

         A paz é um tesouro dado por Deus. Em Jesus temos essa paz, pois Jesus é a nossa paz (Ef 2.14).


 Condições para os milagres

 

         O Senhor intervém na história por amor a nós. Há, contudo, algumas condições básicas para Ele agir: 

         O Senhor realiza uma mudança radical através de corações humildes. Com os discípulos, Ele disse: “Vinde após mim e eu vos farei pescadores de homens” (Mt 4.19). E eles?  “Deixaram imediatamente as redes e o seguiram” (Mt 4.20). 

Ele realiza milagres quando a nossa fé está acima dos problemas. O leproso aproximou-se vencendo preconceitos. Ele adorou ao Senhor mesmo na dor. Ele pediu (Mt 8.1-3). Por isso, o Senhor o atendeu.        

         Jesus afasta os problemas, as tempestades quando sem forças clamamos pelo Senhor (Mt 8.26). Nesse momento não ficamos firmados em nada a não ser em Jesus. E é nesse instante que Ele mais pode agir. 

         Caminhos são abertos quando Jesus vai à frente (Mt 8.28,32). Há espíritos que dominam certas áreas e bloqueiam certos caminhos. É preciso que Jesus esteja presente. Ele tem o poder de abrir portas e caminhos.        

         O Senhor multiplica as bênçãos quando há impossibilidades humanas e olhamos para os céus (Mt 14.19-20). Essa lição aprendemos na multiplicação dos pães e com a viúva que teve as vasilhas cheias de azeite. 

         Quando nos colocamos no centro da vontade do Senhor, há plena manifestação da glória do Senhor. 

 



[1] Visão geral da IA do Google

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