A chave para abrir as portas das prisões
emocionais
Odilon Massolar Chaves
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Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de
fevereiro de 1998.
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Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista
na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio
público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da
Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.
Rio de
Janeiro – Brasil
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Índice
· Introdução
· Como vencer batalhas emocionais e espirituais
· Curando a dor da perda
· Atitudes que mudam nossa vida emocional
· Moisés, curado e instrumento de Deus
·
A chave para a cura emocional
"Quando eu saí em direção ao portão que me levaria
à liberdade, eu sabia que, se eu não deixasse minha amargura e meu ódio para
trás, eu ainda estaria na prisão."[1]
(Nelson Mandela)
Introdução
“A chave para abrir as portas das prisões emocionais” é um livro de 44 páginas.
Constantemente somos agredidos pelas pessoas. Uns sentem mais do que outros. As agressões podem trazer feridas emocionais. A Bíblia diz: “ferido como a erva, secou-se o meu coração” (Sl 102.4).
As feridas podem trazer enfermidades. A Bíblia adverte: “Cuidado para que ninguém se torne como planta amarga que cresce e prejudica muita gente com o seu veneno” (Hb 12.15).
Uma pessoa ferida sente dor, reage com violência, perde o equilíbrio, sente instabilidade e falta de paz. Pode também ficar prisioneira do passado. “Nos aprisionamos em situações, recordações e emoções”.[2]
Por isso, temos que cuidar das feridas emocionais para que não tragam doenças e a própria morte. Conheço muitas pessoas que ficaram magoadas, passaram a ter ressentimentos e raiz de amargura. Como consequência, passaram a ter úlcera, pressão alta, desânimo, depressão.
Pessoas feridas precisam ser curadas adequadamente: “curam superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: paz, paz; quando não há paz” (Jr 6.14).
O propósito do Senhor é curar: “Eu curarei as vossas rebeliões” (Jr 3.22). Diz mais: “Ouviu o Senhor a Ezequias, e sarou a alma do povo” (2 Cr 30.20).
Nós podemos ser curados através da fé e posse dos méritos de Jesus na cruz. Somos perdoados mediante a fé e alcançamos a paz (Rm 5.1). Jesus é a nossa paz (Ef 2.14).
Somos curados através do perdão. Perdoar quer dizer desatar cadeias, ataduras. Quem não perdoa está preso aos espíritos, está em trevas.
Quem peca contra nós, deve ser perdoado, para sermos perdoados pelo Pai (Mt 18.21-35).
Somos curados também quando recebemos o amor. O amor cobre multidão de pecados. O amor é o remédio criado por Deus para sarar as feridas emocionais. A Bíblia diz: “Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí” (Jr 31.3).
Somos curados ainda quando Jesus visita o nosso interior, o arquivo da nossa vida, e retira os traumas emocionais. É obra do Espírito Santo.
Nós herdamos sentimentos, pensamentos, costumes, crenças que nos prejudicam: “... nossos pais herdaram só mentiras e vaidades ...” (Jr 16.19). Nem sempre percebemos o que há em nós, pois já faz parte da nossa personalidade. Só a ação do Espírito Santo, como aconteceu com Pedro (At 10.9-35), é que poderá nos conscientizar e curar.
Este livro quer ajudá-lo a
tomar consciência das enfermidades existentes e, também, trazer a cura para a
sua vida.
O Autor
Como vencer batalhas emocionais e espirituais
Diariamente
somos desafiados a vencer batalhas. Elas podem ser espirituais, emocionais,
propositais ou acidentais.
Se quisermos
vencê-las, devemos estar preparados.
Vencer uma
batalha não é fácil! Imagine, então vencer diversas batalhas uma atrás da
outra.
Foi o que fez
Davi. Ele era apenas um rapaz.
Certamente,
Davi viveu num lar onde a Palavra do Senhor era ministrada. Isso é fundamental.
Ele aprendeu também desde cedo a trabalhar e a ir para a batalha. Mas foi ainda
algo, além disso, que fez a grande diferença em sua vida.
Conhecemos bem
a batalha de Davi contra Golias (1Sm 17.41-58), mas nem todos conhecem as
batalhas que Davi enfrentou antes de enfrentar Golias. Não são batalhas
diferentes das que nós enfrentamos também nos dias de hoje.
1. Batalha contra um espírito maligno
Saul andava
atormentado por um espírito maligno (1Sm 16.14) e procurou alguém que soubesse
tocar harpa para que ele se sentisse melhor.
Davi foi essa
pessoa. Saul gostou dele e o fez seu escudeiro (1Sm 16.21). E sucedia que,
quando “Davi tomava a harpa e a dedilhava; então, Saul sentia alívio e se
achava melhor, e o espírito maligno se retirava dele” (1Sm 16.23).
Davi enfrentou
o inimigo e o venceu!
2. Batalha com seu irmão
Jessé, pai de
Davi, pediu que ele fosse até seus irmãos que estavam na batalha contra o
exército filisteu e Golias, para ver se eles estavam bem. Davi cumpriu
fielmente a determinação do pai (1Sm 17.17-22).
Mas depois
soube que o rei iria recompensar ao que vencesse Golias e começou a perguntar a
cada um se era isso mesmo. Foi quando seu irmão Eliabe começou a acusá-lo de
irresponsável e atacou seu caráter: “Bem conheço a tua presunção e a tua
maldade” (1Sm 17.28).
Davi não se
abalou e a Bíblia diz que “desviou-se dele para outro...” (1Sm 17.30).
3. Batalha contra uma autoridade
Sabendo das
palavras de Davi, o rei Saul mandou chamá-lo, e ele foi logo dizendo que iria
pelejar contra o filisteu (1Sm 17.31-32).
A palavra do
rei para Davi foi de desmerecimento: “Contra o filisteu não poderás ir para
pelejar com ele; pois tu és ainda moço, e ele, guerreiro desde a sua mocidade”
(1Sm 17.33).
“Não poderás
ir”. Uma frase que hoje faz muitos se sentirem derrotados, desmerecidos e
desmotivados.
Uma palavra
vinda de uma grande autoridade tem mais peso ainda. Algumas pessoas ficam
inibidas diante delas. Nem conseguem falar.
Davi convenceu
o rei quando falou de sua experiência ao vencer o leão e o urso (1Sm 17.34-37)
e mais ainda pela demonstração de sua fé no Senhor.
4. Batalha contra o formato
Com boa
intenção, o rei quis que Davi vestisse sua armadura para enfrentar Golias, mas
Davi não conseguiu nem andar com ela (1Sm 17.38-40).
Ele pegou,
então, as suas próprias armas bem simples, mas eram as armas e o formato que
ele conhecia bem. Seu cajado, sua funda e cinco pedras.
Utilizar armas
de outros pode não dar certo. Utilizar a forma de outro ministrar, pode não dar
certo. Deus é criativo e conhece a capacidade de cada um.
Por isso, Ele
concede dons e talentos diferentes e dá estratégia particular a cada um.
5. Batalha contra a baixa auto-estima
Quando Golias
viu Davi, o desprezou (1Sm 17. 42), e, pelos seus deuses, ainda amaldiçoou a
Davi (1Sm 17.43).
Esta é uma
estratégia que algumas pessoas utilizam para enfraquecer o adversário. Procura
retirar sua força pelo olhar negativo fulminante e “mexendo os pauzinhos
espirituais”.
Se a pessoa é
frágil, sem estrutura, já é um derrotado antes mesmo da real batalha.
Não foi assim
com Pedro? Ele reparou na força do vento, ficou com medo e começou a afundar.
Davi olhava
firmemente para a força que vinha do Senhor.
6. Batalha contra os medos
Como última
tentativa, Golias disse: “Vem a mim, e darei a tua carne às aves do céu e às
bestas-feras do campo” (1Sm 17.44).
Ele lançou
medos sobre Davi. O medo paralisa, enfraquece, trava. Muitos não conseguem ir
em frente por causa de medos, alguns imaginários.
Por isso,
Golias lançou medo sobre Davi. Imagine um vozeirão de um gigante de cerca de
3,10 metros de altura. Ele tinha 7 côvados. Cada côvado equivale a 45 cm.[3]
Nada disso,
porém, intimidou Davi.
Davi estava
bem alicerçado, firme, convicto, inabalável.
Ele disse:
“Hoje mesmo o Senhor te entregará nas minhas mãos” (1Sm 17.46).
Foi o que
aconteceu!
Vitória
histórica, libertadora de Davi livrando o povo de Deus da opressão dos
filisteus.
Conclusão
Antes de
começar sua série de vitórias, Davi havia sido ungido por Samuel e o “Espírito
do Senhor se apossou de Davi” (1Sm 16.13).
Do Espírito do
Senhor vinha toda sua força, fé, coragem e determinação.
Jesus, antes
de começar seu vitorioso ministério e vencer o diabo logo no início, no
deserto, Ele também foi ungido pelo Espírito Santo: “e viu o Espírito de Deus
descer como pomba, sobre ele” (Mt 3.16).
Outra
comparação entre Davi e Jesus é que houve derramar de sangue na luta entre Davi
e Golias. Davi cortou a cabeça de Golias (1Sm 17.51).
Na cruz,
também houve derramamento de sangue. A diferença é que Jesus derramou seu
próprio sangue derrotando o inimigo na cruz do calvário. Foi assim que Ele
cortou a cabeça de Satanás.
A Bíblia diz:
“e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao
desprezo, triunfando deles na cruz” (Cl 2.15).
A vitória de
Davi livrou o povo de Israel do jugo dos filisteus. Mas a vitória de Jesus na
cruz pode livrar toda a humanidade do domínio de Satanás. A única condição é
crer em Jesus como senhor e Salvador.
Duas vitórias
fundamentais e direcionadas pelo Senhor. A de Davi foi para a sua época e para
a Palestina. A vitória de Jesus foi para todos os tempos e para todas as
nações.
Curando a dor da perda
Uma perda esperada pode ser até um alívio. Como exemplo, cito uma pessoa sofrendo durante muito tempo em uma cama sem chance de ser curada e salva. Sua morte pode significar até mesmo alívio para ela e para a família. Mas algumas perdas são muito sofridas. Especialmente, se for resultado de uma agressão à vítima ou de um acidente.
Na nossa vida diária perdemos e ganhamos algo. Algumas perdas são trágicas e marcam profundamente. Algumas podem nos fazer ficar presos ao passado. Atendi uma senhora que vivia lamentando o divórcio de 30 anos atrás. Era uma pessoa depressiva, pois não perdoava ao ex-marido.
Perder um pai ou uma mãe na infância não é a mesma coisa que perdê-los na vida adulta.
Perder um parente de forma trágica não é a mesma coisa que perder um parente que já esperávamos, ou até achávamos que era o melhor para ele.
O valor que damos a algo que perdemos também marcará, ou não, a nossa vida.
Quem está muito ligado aos bens materiais e tem o carro roubado entrará em desespero. Mas quem tem a sua vida centralizada na vontade do Senhor vai superar com mais facilidade.
Paulo perdeu coisas, mas ele declarou: “... considero tudo como completa perda por causa daquilo que tem muito mais valor: o conhecimento de Cristo Jesus, o meu Senhor” (Fp 3.8).
Ele conclui: “Por causa dele joguei fora. Considero tudo isso somente como lixo, para que eu possa ganhar a Cristo” (Fp 3.8).
Paulo colocou o seu alvo conhecer a Cristo e experimentar o poder da ressurreição, por isso, ele deixou tudo para trás (Fp 3.10).
Existem ainda outras perdas que podem nos marcar: emprego, prestígio, casamento, parte do corpo, casa etc.
Nós não devemos esconder a dor. Temos que pôr para fora o que sentimos, caso contrário, isso trará depois consequências negativas. Não podemos negá-las.
Na cultura judaica um luto leva 40 dias. Tempo para a pessoa superar a sua dor. Ela assumia a perda, mas procurava superá-la.
Certa vez, uma senhora ouvia a minha fita de cura interior que ministrava em cada fase da vida. Quando ela ouvia sobre o período da infância, começou a chorar sem parar. Sua irmã correu para ajudá-la. Depois, ela se acalmou e com o passar dos dias voltou a sorrir. A vida toda ela havia vivido triste e não chorava. Quando era pequena, perdeu a mãe e ninguém a ajudou a superar aquele momento. Ela conteve o choro e, por isso, ficou doente. Quando abriu o seu coração, ela superou um problema de sua infância.
O psiquiatra cristão e pastor Fábio Damasceno descreve as etapas vivenciadas diante da perda:
1.
O indivíduo procura negar. Pode durar alguns
minutos ou a vida toda.
2. Confronto com a realidade. No falecimento de um parente, muitas vezes, só quando vemos o corpo é que tomamos consciência da realidade.
Uns têm sentimento de culpa, outros choram muito e ainda outros procuram ser fortes.
3. Fase da revolta. É a reação de uma pessoa que não se conformou com a perda. Costuma se irar e até arranjar um culpado. Exige de Deus explicações.
4. Fase da rendição ao fato consumado. Reconhece que não pode mudar a realidade. Só pode mesmo aceitar a realidade.
5. Cicatrização: a ferida aberta vai se cicatrizando lentamente e parando de doer.
Alguns, por sentimento de culpa, acham que têm que continuar sofrendo até por medo de trair o outro.
A atitude saudável é voltar aos poucos à vida normal. Não é necessário sentir a dor eternamente. Alguns fatos podem ajudar a cicatrizar mais rapidamente a ferida. Perdi um dos meus irmãos de forma trágica. Isso me trouxe angústia durante um bom tempo.
Um dia, porém, tive um sonho. Sonhei com esse meu irmão sorrindo e dizendo que eu não deveria me preocupar mais, pois o lugar que ele estava era muito bom. Isso me deu tranquilidade e paz.
Quando estamos na dependência de Deus, nós vamos ter a cicatrização mais rápida. Jó, nas perdas, declarou: “O Senhor o deu, e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21).
A consciência de Jó era de ter vindo a esse mundo sem nada. Ele sabia que sem nada também voltaria (Jó 1.21). Por isso, ele não blasfemou contra Deus. Sempre o louvou.
Para superar uma dor precisamos de uma ajuda, de um apoio, de fortalecimento. Paulo encontrou em Jesus: “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13).
Ele chegou a declarar: “... mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2 Co 12.9).
Sua fé era de que Deus conforta os abatidos (2 Co 7.6). Diz ainda: “... a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação” (2 Co 4.17).
Ele aprendeu a superar a dor, a tribulação que não negava pela graça de
Deus.
Atitudes que mudam nossa vida emocional
Uma cura emocional para acontecer depende muito de cada pessoa.
Algumas pessoas também têm uma estrutura emocional mais frágil do que as
outras e as dificuldades podem ser maiores. É verdade que algumas pessoas são
mais marcadas também do que outras, mas sempre depende da própria pessoa e da
qualidade da ministração que ela receberá.
Somos marcados em nossa vida por diferentes fatores, dentre eles:
1. Heranças negativas
2. Problemas diários
3. Ação das trevas
1. Heranças negativas dos nossos antepassados
Recebemos heranças positivas e negativas de nossos antepassados. Jeremias afirmou: "... Nossos pais herdaram só mentiras e cousas vãs..." (Jr 16.19).
Muitos repetem ações negativas dos nossos pais nas diversas áreas de nossa vida. É só olhar para uma família maior que veremos pessoas com algumas repetições negativas de seus antepassados.
Uns na área de bebida, outros na área sexual e outros ainda na área financeira, etc.
Precisamos fazer um exame sério na vida de nossos antepassados, para tomarmos consciência de suas dificuldades e procurar assim tratar das marcas recebidas e das doenças emocionais.
Certa vez, ministrei em uma pessoa que tinha, entre outras coisas, insatisfação em trabalhar na cozinha. Não entendia a razão. Na ministração, reativando a memória, ela reviu cenas da vida da bisavó. Ela havia se casado ainda nova com um viúvo que já tinha dois filhos. Teve muitos outros. Cerca de doze.
A cozinha passou a ser um local de constante frequência, pois tinha que dar alimento para muitas pessoas. A cozinha passou a ser associada a um local de sofrimento. Isso ficou registrado em seu inconsciente. Seus filhos, netos e bisnetos herdaram essa sensação; inclusive a neta que tinha pavor de cozinha.
É evidente que essa imagem, esse sentimento pode ser mudado através do poder de Deus utilizando uma técnica especial.
A jovem índia estuprada que influenciou gerações
Certa vez, ministrei numa jovem psicóloga evangélica que tinha dificuldades no relacionamento sentimental. Sua irmã era separada e seu irmão também. Uma família com uma marca negativa no relacionamento conjugal, apesar de serem dedicadas na igreja.
Essa jovem senhora vivia com um vazio interior e tinha bloqueios na vida sexual com o marido.
Na ministração, o Espírito Santo trouxe a essa jovem a imagem do seu tataravô, que era frio e egocêntrico.
Ele era de descendência suíça e, há algumas gerações passada, havia obrigado uma índia a ter relações com ele de uma forma agressiva.
Na ministração, o Espírito Santo revelou a dor da índia e a sua revolta contra a figura masculina, que passou para outras gerações e chegou até essa jovem
2. Influencia dos problemas diários
Vivemos num mundo neurótico, pecaminoso e desumano. Não ficamos sem sofrer influências negativas através de relacionamentos inadequados, traumas, decepções, stress etc.
Somos marcados também pelos nossos pais, pelos nossos amigos e até por estranhos.
Uma pessoa violentada sexualmente poderá ficar marcada a vida toda.
Um lar desfeito trará marcas da quebra da unidade dentro do ser humano.
O casal que
parecia ser modelo e vivia em meio ao ódio
Uma mulher parecia viver bem com o marido. Eu os via sempre sentados num determinado local nos cultos e me parecia ser um casal exemplar de mansidão. Um dia, ela me procurou para dizer que tinha ódio dele.
Quando ela me disse isso, levei um susto.
Na ministração da terapia, ela confessou que havia sido estuprada, quando menor, pelo cunhado.
O Espírito Santo tanto revela à própria pessoa a causa do problema, bem como nos ilumina para dirigirmos a ministração.
Quando fui ministrar em seu interior, o Espírito Santo me conduziu a perguntá-la quem ela estava vendo no momento de ter relação com seu marido.
Ela respondeu
que estava vendo o rosto de seu cunhado e não do seu marido. O que ela estava
fazendo e transferir a imagem de seu cunhado para a imagem do seu marido. Ela
tinha ódio de seu cunhado e não de seu marido.
Nossa orientação foi para que ela perdoasse o seu cunhado para apagar a imagem do seu cunhado e assim vier bem nos relacionamentos com o seu marido.
A criança que
interpretou o ato sexual dos pais de uma forma negativa
Certa vez, atendi a uma jovem psicóloga que estava tendo serias dificuldades de relacionamento conjugal com seu marido, apesar de terem dois filhos e ele a amar muito.
Ela aceitou fazer a terapia, muito contra a vontade, a pedido de seu marido. Na ministração, o Espírito Santo lhe mostrou uma cena que revelou a origem de sua dificuldade.
Ela viu sua imagem, por volta dos quatro anos de idade, indo por um corredor. Ela viu a porta aberta do quarto dos pais e notou que a mãe procurava afastar o marido quando ele desejava ter relação sexual com ela.
Foi a primeira imagem de um ato sexual que ela viu e não foi nada agradável.
Essa imagem ficou registrada como sendo o normal numa relação e ela, quando se casou, afastava o marido na hora da relação. Com as ministrações, ela ficou curada e, anos mais tarde, eu a encontrei em Campinas, SP, quando eu ministrava num Seminário de Cura Interior. Ela pediu para dar o testemunho de sua cura.
Ela passou também a semanalmente a ministrar cura interior na vida das pessoas, como gratidão a Deus.
3. Atuação das trevas
O inimigo procura perturbar a vida das pessoas: "... andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais" (Ef 2.2-3).
Ministramos em
casos de pessoas molestadas sexualmente e o que foi revelado à própria pessoa
que sofreu o dano é que houve ação das trevas.
Toda ação de violência tem um comando de demônios.
Essa consciência abre caminho para o perdão ao transgressor e ajuda no processo de cura.
Tratando das raízes do coração
Só consolo ou
conselhos não cortarão a raiz. E essa raiz cresce e produz ervas venenosas e
amargas que contaminam às pessoas (Dt 29.18; Hb 12.15).
Wesley chamava de charlatanismo os que queriam resolver os problemas
espirituais das pessoas apenas com conselhos ou consolo.
A chave para entendermos nossas atitudes na vida sentimental
A chave para
entendermos a vida sentimental e sexual está ligada ao relacionamento amoroso
dos nossos pais.
A psicóloga Renate Jost diz que "a mulher identifica-se inconscientemente
à mãe e à maneira de a mãe ter tratado o pai, e o homem identifica-se
inconscientemente ao pai e à maneira deste ter tratado a mãe".
Como arrancar as raízes venenosas e proporcionar o surgimento de raízes saudáveis
Primeiro passo: Tomando consciência
Nem sempre sabemos que temos uma enfermidade. Ela passa a fazer parte da nossa vida diária e, muitas vezes, faz parte da própria família.
O primeiro passo para a cura é a tomada de consciência de que existe um problema. Durante uma ministração em grupo, numa Igreja em que pastoreava, uma jovem senhora exclamou:
- Ah! Agora entendo porque nunca peço nada a Deus!
Confesso que fiquei sem entender. Como uma pessoa que é do Senhor nunca pediu nada a Ele?
Eu lhe fiz lembrar a orientação de Jesus: “Pedi e dar-se-vos-á”.
Ela respondeu que nunca viu esse texto e explicou o que passou a entender. Seu pai nunca lhe dava nada. Sempre dizia que não tinha. Ela transferiu essa atitude do seu pai para a atitude de Deus-Pai. Como seu pai não lhe dava nada, no seu inconsciente estava registrado que não adiantava pedir algo ao seu Pai do céu.
Nós temos s
tendência de transferir as atitudes de nosso pai para Deus crendo que Ele faz a
mesma coisa.
O segundo passo é desejar a cura
Precisamos tomar uma atitude de buscar a cura e perseverar para que isso aconteça. Não adiante só saber. É necessário tomar uma atitude e perseverar no objetivo de ser curado.
Há muitas pessoas que se acomodam. Outras até tem sentimento de culpa por querer mudar uma “tradição” da família. Mas Jesus veio quebrar o pesado jugo que está sobre nós. Ele veio libertar os oprimidos pelo diabo. Jesus veio nos dar vida em abundância. Tome posse dessa benção que Deus tem para a sua vida.
Retirando os dardos
Nós somos marcados, agredidos, feridos e os dardos ficam cravados no nosso interior. Nascem as raízes que crescem e produzem ervas venenosas e amargas. Por isso, é preciso retirar esses dardos. Wesley afirmou: "Uma ferida não pode ser curada enquanto o dardo estiver encravado na carne".
Certa vez, ministrei em uma senhora evangélica, 51 anos, que vivia com uma angústia interior e tinha dificuldades de manter um relacionamento.
Aos 20 dias de
vida, ela perdeu a sua mãe. Seu pai era bêbado e agredia a mãe. Sua mãe morreu
ao ir apanhar lenha e beber um copo de água gelado. Quebrou o resguardo.
Essa criança recebeu a influência da revolta da mãe e nunca perdoou a figura do
pai transferindo essa imagem para todo homem.
Após a terapia do Espírito Santo, ela aprendeu a perdoar e passou a ter paz em sua vida.
Proporcionando
o surgimento de raízes saudáveis
Retirar somente as raízes venenosas e amargas não é o suficiente. É preciso
colocar algo no lugar. É preciso proporcionar o surgimento de raízes de amor.
Quando o Espírito Santo passa a habitar em nosso interior, ele gera amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22-23).
Falando sobre o processo de cura, Wesley afirma que os que são de Cristo, os que nele permanecem crucificam a carne e, "embora sintam em si mesmos a raiz de amargura, são, todavia, dotados do poder do Alto para recalcá-la continuamente debaixo dos pés, de modo que não possa florescer para os perturbar".
O segredo, segundo Wesley, é andar no Espírito. Ele disse: "O Espírito lhes ensina a amar a Deus e ao próximo (...). Pelo Espírito são levados a todo desejo santo, a toda disposição divina e celestial até que todo pensamento que brote de seu coração resuma santidade ao Senhor".
Com o coração curado e andando no Espírito viveremos em amor.
Moisés, curado e instrumento
de Deus
Na minha caminhada pastoral, encontrei muitas pessoas marcadas, feridas, traumatizadas que foram curadas.
Uma pessoa com dificuldades emocionais, geralmente foi marcado negativamente. Quando é curado ele passa a ser um instrumento do Senhor.
Foi o que aconteceu com Moises. Muitos só lembram do Moisés salvo no Rio Nilo, criado na casa de Faraó e tendo encontrado o Senhor no Monte Sinais. Mas Moisés foi muito marcado negativamente em sua vida.
Quais eram as dificuldades de Moisés?
- Moisés
matou o Egípcio;
- Teve medo e fugiu do Egito;
- Não se sentiu capaz e rejeitou,
inicialmente, o chamado de Deus;
- Revelou ter grande dificuldades de se comunicar;
- Demonstrou insegurança de voltar ao Egito.
A origem das suas dificuldades
Nasceu num ambiente de insegurança e violência
Moisés nasceu
em um ambiente onde a família vivia num contexto de violência e falta de
liberdade.
O ambiente era de medo e morte. Faraó ordenou: “se for filho, matai-o” (Ex 1.16). Moisés precisou ser escondido pelos seus pais para ser salvo.
Quantos medos
foram passados para ele?
Sentimento de abandono
Quando a filha de faraó o achou num cesto, no rio Nilo, “o menino chorava” (Ex 2.6).
O bebê Moisés chorava pela situação de medo, de separação de seus pais e até pelo sentimento de rejeição, pois sua família o deu para outra família.
Dificuldades com a sua identidade
Quando Moisés
cresceu, “ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta
lhe chamou Moisés” (Ex 2.10).
Não foi tão fácil a situação de
Moisés.
Ele teve várias mudanças forçadas em sua vida:
- mudou de família;
-
mudou de casa;
-
mudou de mãe;
-
mudou de convívio;
- mudou de Deus;
- mudou de nome.
Qual era a sua identidade?
Toda essa situação trouxe grandes dificuldades para Moisés.
As dificuldades emocionais adquiridas
Como consequência, Moisés passou a agir negativamente.
Veja algumas dessas atitudes:
- Tornou-se um assassino. Ele matou o egípcio que maltratava o hebreu e escondeu o corpo (Ex 2.11-12).
Provavelmente, Moisés carregava dentro de si um ódio pelos egípcios porque desde o ventre materno percebeu a agressividade dos egípcios contra os hebreus, que foi transmitida pelos seus pais e parentes;
Revela ter baixo autoestima quando Deus o chama para ir falar ao rei do Egito (Ex 3.11; 4.1);
Moisés revela ter dificuldades com o nome, com a identidade de uma pessoa e, no fundo, com o seu próprio nome.
Isso pode ser visto ao perguntar sobre o nome de Deus (Ex 3.13).
Apesar de ser criado numa corte, Moisés era um plebeu, um intruso colocado pela filha rebelde do faraó. Ele não se sentia seguro e amado;
- Moisés
revela ter dificuldades de se comunicar (Ex 4.10).
Desde o seu nascimento, Moisés foi bloqueado e impedido de chorar para não
despertar os egípcios e assim ser morto.
- Revela insegurança pedindo para Deus enviar outra pessoa (Ex 4.13);
Moisés não se sentia seguro por tudo que passou na infância e por não ter uma
identidade própria.
- Moisés, por um momento, vê Deus como sendo
mal.
Ele reage e pergunta a Deus porque Ele trata o povo tão mal e não faz nada para
ajudá-lo (Ex 5.22). No fundo, Moisés estava transferindo a imagem ruim e
agressiva do seu “pai faraó” para Deus ou até de seu verdadeiro pai.
O processo de cura de Moisés
Pode ter levado mais de 40 anos o processo de cura de Moisés (At 7.30).
Contribuíram para sua cura:
- O acolhimento familiar
“Chamai-o para que coma pão” (Ex 2.20).
Moisés se sentia rejeitado pela família e não aceito pela família de faraó. Ao
ser acolhido por Jetro foi restaurado.
- Um casamento abençoado
Causou-se com Zípora, que significa passarinho (Ex 2.21). A ternura de sua
esposa o ajudou no tratamento. Um casamento abençoado traz equilíbrio, paz e
esperança.
- Contato com a natureza
“Apascentava Moisés o rebanho de Jetro” (Ex 3.1).
Moisés saiu de um ambiente de violência e idolatria para um lugar de paz.
O estresse de hoje causado pelo caos do nosso trânsito e pelas exigências de uma sociedade cada vez mais eletrônica prejudica a saúde física, emocional e espiritual.
A harmonia com a natureza traz bem-estar.
Influência espiritual de Jetro
Jetro era sacerdote de Mídiã, que era filha
de Abraão e Quentura.
Jetro (Excelência) ou Reuel (Amigo de Deus - Ex 2.18).
Essa convivência com Jetro foi uma Escola de Treinamento para um encontro pessoal e amigo com Deus.
Encontro pessoal com Deus
Deus proporcionou um encontro pessoal com
Moisés e o chamou pelo nome despertando-o para sua identidade (Ex 3.1-4):
“Moisés! Moisés!” (Ex 3.4).
Trouxe à memória sua ligação com seus antepassados:
“Eu sou o Deus de teu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó” (Ex 3.6).
- O Senhor
proporcionou segurança interior
O Senhor
procurou dar segurança para Moisés dizendo que estaria com ele quando fosse
falar com o rei do Egito (Ex 3.11-12): “Eu serei contigo” (Ex 3.12).
O Senhor usou de pedagogia e passou segurança quando disse a Moisés que seu irmão Arão falaria por ele (Ex 4.13-16): “Tu, pois, lhe falarás e lhe porás na boca as palavras” (Ex 4.15).
Disse mais: “Ele falará por ti e ao povo” (Ex 4.16).
O resultado da cura
Moisés,
posteriormente, falou a faraó com autoridade:
“E disse Moisés a Faraó: Digna-te dizer-me quando é que hei de rogar por
ti, e pelos teus servos, e por teu povo, para tirar as rãs de ti” (Ex 8.9);
Foi instrumento de libertação do povo de Deus;
“Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei” (Hb 11.27);
“Era o varão Moisés mui manso, mais que todos os homens que havia sobre a terra” (Nm 12.3);
Moisés passou a ser um intercessor junto a Deus: “Assim, tornou Moisés ao Senhor e disse: Ora, este povo pecou pecado grande, fazendo para si deuses de ouro. Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito (Ex 32.30-32).
Nosso processo
de cura pode seguir os passos de Moisés:
Pode levar um bom tempo. Uma cura não se realiza num determinado momento
relâmpago de jeito fácil. Ela tem um preço: dedicação e perseverança.
Ajuda muito
nesse processo de cura:
- Acolhimento
familiar
- Um casamento abençoado
- Contato com a natureza
- Apoio ou influência espiritual
- Encontro pessoal com Deus
- Segurança interior proporcionada pelo
Senhor
A história de Moisés é semelhante a de muitos hoje. O processo de cura pode ser também semelhante.
O que vai fazer a diferença é desejarmos e perseverarmos para alcançar a cura.
A chave para a cura emocional
A história da cura de Ana
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana
concebeu, e teve um filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o
tenho pedido ao Senhor” (1 Sm 1.20).
A história de muitas pessoas
A história de Ana é a história de muitos de
nós. Ela se casou e depois viu que era estéril. Ficou com isso frustrada...
Nós também temos sonhos, mas por causa
das lutas parece que eles nunca irão se realizar.
Tudo parece um deserto e ficamos paralisados
quando chegamos ao nosso limite. Às vezes, achamos que Deus não nos
ama, pois não temos aquilo que sonhamos.
Caminhos errados
Às vezes, desenvolvemos um ressentimento
contra Deus e as barreiras tornam-se maiores ainda.
Às vezes, estamos querendo pela mente
realizar nossos sonhos, mas é no nosso espírito, no homem interior que o
sobrenatural acontece
Algumas pessoas não realizam seus
sonhos porque estão reproduzindo somente a infelicidade:
1 - Essas pessoas reproduzem os desejos
negativos dos pais
Mesmo sendo para sua infelicidade, os filhos acabam reproduzindo e
satisfazendo desejos insensatos de pais doentes.
2 - Essas pessoas têm vida amaldiçoada por causa dos pactos com
trevas
É preciso quebrar esses pactos e tomar posse da libertação em Jesus:
"Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o
reino do Filho do seu amor" (Cl 1.13).
Deus deseja a felicidade de todos. Temos que ter essa perspectiva e
descobrir as raízes que nos atrapalham e o que precisamos fazer para sermos
felizes. Depois basta ter a fé de ousadia e a perseverança.
A
história de Ana nos ajuda a seguir os passos para a benção:
1. Não desista de seus sonhos só por
causa dos problemas que surgem
Na nossa vida
sempre teremos oposição ou lutas.
As provas fazem parte do processo de nosso crescimento espiritual.
Lembre-se de José do Egito.
Como Ana, às vezes,
sofremos críticas ou oposição...
- De uma
forma bem consciente: “E a sua competidora excessivamente a
irritava para a embravecer” (1 Sm 1.6).
De uma forma equivocada: “E
disse-lhe Eli: Até quando estarás tu embriagada?
Aparta de ti o
teu vinho” (1Sm 1.14).
Como diz a letra de um hino:
“Não é dos fortes a vitória
nem
dos que correm melhor,
mas dos fiéis e sinceros
que seguem junto ao Senhor”.
Lembre-se sempre das promessas do Senhor para
sua vida e para os filhos e filhas de Deus.
2. Não deixe que os problemas
emocionais fiquem sem solução. Os problemas emocionais atingem todo nosso ser.
São entulhos no caminho dos nossos sonhos
Ana sofria e acumulava males dentro de si: "E assim o fazia ele de ano em ano; quando ela subia à Casa do
SENHOR, assim a outra a irritava; pelo que chorava e não comia" (1Sm 1.7).
Veja o que Ana sentia por causa de
seu sonho fracassado:
Ela chorava e não comia" (1Sm 1.7);
Tinha amargura de alma (1Sm 1.10);
Era
atribulada de espírito (1Sm 1.15);
Vivia em ansiedade e desgosto” (1Sm 1.16).
3. Enquanto não
resolvermos nossos problemas emocionais não teremos plena alegria na vida
O marido
de Ana cuidava dela: "Porém a Ana dava
uma parte excelente, porquanto ele amava Ana; porém o SENHOR lhe tinha cerrado
a madre" (1 Sm 1.5).
Mas Ana sentia-se rejeitada por Deus porque
não tinha filhos e ainda sentia-se mal porque sua rival sempre a magoava: “E a sua rival excessivamente a irritava para a embravecer,
porquanto o SENHOR lhe tinha cerrado a madre” (1 Sm 1.6).
4. Para sermos curados e restaurados
é necessário derramar nossa alma perante o Senhor:
Sobre Ana a Bíblia diz: “tenho derramado
a minha alma perante o SENHOR" (1 Sm 2.15).
Precisamos chorar aos pés do Senhor.
Jogar todo lixo do nosso interior nas mãos do Senhor. O sangue de Jesus nos
purifica de todo pecado. Seu Espírito derrama o amor em nossos corações e nos
cura.
5. A chave para abrir as portas do
mundo espiritual é dando de todo o coração o que temos de mais precioso para
Deus: “E fez um voto, dizendo: SENHOR dos Exércitos! Se benignamente
atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva te
não esqueceres, mas à tua serva deres um filho varão, ao SENHOR o darei
por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”
(1Sm 1.11).
6. É necessário ter um desejo
ardente e expressar claramente esse desejo:
A Bíblia diz: “perseverando ela em orar
perante o SENHOR” (1Sm 1.12).
Ana falou claramente ao Senhor o que
desejava: um filho varão.
- Tenha um objetivo claro
"A fé é a CERTEZA das coisas que se
ESPERAM...", ou seja, certeza das coisas nítidas,
objetivos claros, que se esperam. Se você
tiver uma vaga idéia de sua meta, então Deus não saberá o que fazer para
responder a sua oração. É preciso ter uma meta clara e definida.
-Tenha um desejo ardente de alcançar o
objetivo
Se você já tem um objetivo definido e consegue visualizá-lo, agora
precisa ter um desejo ardente de alcançar este objetivo.
Em Provérbios 10.24 está escrito: "O desejo ardente dos justos Deus o cumpre", e em Salmo 37.4
diz: "Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração.
Precisamos ter este anelo ardente no coração,
e se não o temos, então devemos pedir a Deus e esperar pacientemente que Ele
nos conceda.
"Se termos o desejo ardente, então
teremos resultados"
7.Tome posse da benção sacerdotal:
“Então, respondeu Eli e disse: Vai em
paz, e o Deus de Israel te conceda a tua petição que lhe pediste” (1Sm 1.17).
Não aceite as desgraças dos seus
antepassados em sua vida. Você faz parte do povo de Deus que é filho de Abraão
para quem Deus fez promessas de bênçãos.
Profetiza, declare a tua benção, louve
ao Senhor. Tome posse da tua benção.
8. Quando entregamos tudo nas mãos do Senhor
somos restaurados.
Ana disse para o sacerdote: “ Ache a
tua serva graça em teus olhos. Assim, a mulher se foi seu caminho e comeu, e o
seu semblante já não era triste” (1Sm 1.18).
Jesus veio para levar nosso fardo. Ele
disse: “Vinde a mim os que estão cansados e oprimidos e eu vos
aliviarei...”
Entrega teu caminho ao Senhor, confia
nele e o mais Ele fará...
9. Quando entregarmos tudo nas mãos do Senhor
devemos passar a glorificá-lo e deixar que o Espírito gere vida e o
Senhor traga à existência aquilo que ainda não existe:
“E levantaram-se de madrugada, e
adoraram perante o SENHOR, e voltaram, e vieram à sua casa, a Rama” (1Sm 1.19).
- "Meu coração exulta no SENHOR;
no SENHOR minha força é exaltada. Minha boca se exalta sobre os meus inimigos,
pois me alegro em tua libertação" (1Sm 2.1).
Princípios para sermos vencedores
A história de Ana é a história de muitos de
nós.
Temos nossos sonhos, mas passamos por lutas imensas.
A história de Ana nos mostra que é possível tornar sonhos em realidade:
1. Quando agimos por fé e de acordo com a vontade do Senhor Ele
age em nossas vidas
“E sucedeu que, passado algum tempo, Ana concebeu, e teve um
filho, e chamou o seu nome Samuel, porque, dizia ela, o tenho pedido ao SENHOR”
(1Sm 1.20).
Ana se deu ao Senhor e Ele lhe deu o filho que ela tanto queria. Deus
realizou seu sonho.
2. Quando damos algo ao Senhor de coração receberemos muitas
vezes mais
“Visitou, pois, o SENHOR a Ana, e concebeu e teve três filhos e
duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do SENHOR" (1Sm 2.21).
Ana deu seu único filho, aquele que ela tanto sonho. Deus, contudo,
depois, lhe deu cinco vezes mais.
A Bíblia diz que é dando que se recebe. É mais bem-aventurado dar do que
receber.
3. Nossos sonhos são realizados quando nos adequamos aos sonhos
de Deus para nós
Ana tinha um sonho. Deus também tinha um sonho para aquele momento
histórico. O sonho de Deus era levantar um novo líder para o povo de
Israel. O sacerdote Eli e seus filhos não andavam de acordo com a vontade de
Deus.
Ana se adequou aos sonhos de Deus e o seu sonho foi também
realizado. Ana gerou Samuel e através desse filho ele ungiu os dois
primeiros reis de Israel: Saul e Davi.
Somos iguais a Ana. Se você tem sonhos, Deus tem também sonhos
para realizar em sua vida. Procure ouvir o Senhor, deixar Ele agir e seguir os
passos de Ana para você ser abençoado.
Não deixe o inimigo, os invejosos, as lutas diárias matarem seus
sonhos. Se seus sonhos estão de acordo com Deus, eles serão realizados:
Como diz a letra do cântico
Sonho de Deus:
Se tentaram matar os seus sonhos
Sufocando o seu coração Se lançaram você numa cova E ferido perdeu a visão Não desista não pare de crer Os sonhos de Deus jamais vão morrer Não desista, Não pare de lutar, Não pare de adorar Levante os teus olhos e vê Deus está restaurando os seus sonhos E a sua visão Recebe a cura, Recebe a unção Unção de ousadia Unção de conquista.[4]
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