O legado de escritores e escritoras do movimento metodista

 

 O legado de 6 homens e 4 mulheres

  

Odilon Massolar Chaves

 

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Copyright © 2025, Odilon Massolar Chaves

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Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 625

Livros publicados pelo autor: 696

Fonte da Capa:

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

É casado com RoseMary. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil

 

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Índice

 

 

 

·       Introdução

·       Wesley, o primeiro escritor metodista

·       Grande teólogo do Movimento Metodista

·       Primeiro teólogo e santo do metodismo

·       Escritora e modelo de mulher metodista

·       Escritor e pintor dos retratos de João e Carlos Wesley

·       Escritor, pregador, compositor e editor de Wesley

·       Escritor, compositor e amigo de Wesley

·       Escritor e Pai das missões do metodismo

·       A poetisa do movimento metodista

·       Pregadora, profeta e escritora


 


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Introdução

 

“O legado de escritores e escritoras do movimento metodista” é um livro de 44 páginas relatando o legado de 6 homens e 4 mulheres que viveram junto a Wesley. 

O primeiro e grande escritor do Movimento metodista foi John Wesley. Com seus livros, ele sustentava seu ministério e garantiu até a realização do casamento de Carlos Wesley com Sally. 

“Sim, John Wesley utilizou a venda dos seus escritos, como o seu tratado sobre a escravidão e outras obras, para apoiar financeiramente o seu ministério”.[1]  

“As vendas das suas publicações e escritos foram uma fonte significativa de rendimento para Wesley, que as utilizava para sustentar o seu trabalho missionário e evangelizador, incluindo a construção de instituições como capelas, escolas, orfanatos e abrigos”. [2]  

Seus livros foram grande instrumento de evangelização. Muitas vezes, ele chegava num lugar e distribuía seus livros. 

Mas as mulheres tiveram grande destaque também como escritoras, dentre elas, Agnes Bulmer e Hester Ann Roe. 

Os homens aqui relatados foram especialmente pregadores. 

Dois grandes destaques foram Adam Clark e John William Fletcher. Foram os primeiros teólogos do Movimento Metodista. 

Ainda outros líderes escreveram livros, mas destacamos esses. 

Histórias que mostram a importância da literatura para edificação e evangelização.

 

O Autor

 

 

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Wesley, o primeiro escritor metodista

 

Os livros sempre fizeram parte da vida de Wesley. Na sua formação espiritual foi muito fundamental. No Clube Santo era utilizado semanalmente. 

Os livros foram muitos importantes para a saúde de Wesley. Na leitura de escritos do Dr. George Cheyne, aprendeu a comer com moderação e a beber água. 

Resolveu até para garantir o casamento de Carlos Wesley e Sally. Foi ainda importante para seu sustento no ministério. 

Mas Wesley distribuiu muitos livros em suas viagens para pessoais simples e autoridades como governador. 

No Clube Santo livros eram lidos semanalmente. 

Segundo Wesley, consultar os escritos dos cristãos primitivos até o terceiro século é um dos cinco fundamentos para chegar à verdade. Um outro dele e principal é a Bíblia. 

No seu testamento, Wesley deixou livros para várias pessoas. 

“Aqui passei algumas semanas escrevendo; só indo para a cidade aos sábados à noite”

Escrivaninha 

“Suas viagens evangelísticas eram principalmente a cavalo, que servia como uma espécie de escrivaninha” 

“Suas viagens evangelísticas eram principalmente a cavalo, que servia como uma espécie de escrivaninha onde ele corrigia as provas dos impressores, resumia livros puritanos para seus pregadores leigos, escrevia cartas e preparava sermões. 

Suas viagens de pregação geralmente seguiam um padrão triangular – de Bristol a Londres, a Newcastle e vice-versa, embora nem sempre nessa ordem. Ele fez desvios frequentes para cidades e vilarejos ao longo do caminho, mas as três cidades se tornaram os grandes centros de influência metodista”. [3]

Notas Explicativas Sobre o Novo Testamento

As “Notas Explicativas Sobre o Novo Testamento” é um comentário bíblico do Novo Testamento por Wesley.

Foi publicada pela primeira vez em 1755, mas obra passou por cinco edições em vida de Wesley. 

“Em 1753, Wesley ficou gravemente doente, deixando-o temporariamente incapaz de viajar e pregar. Como resultado disso, ele começou a trabalhar em um comentário bíblico e tradução. Ele começou a escrever em 4 de janeiro de 1754 e continuou sem pregar até março, quando ele produziu um rascunho da tradução. O ritmo de Wesley foi diminuído por outras atividades, e ele completou o comentário em 23 de setembro de 1755, publicando no mesmo ano. Outras atualizações foram feitas em 1759 e 1787. Em 1790, a tradução foi publicada sem um comentário que a acompanhasse. [1][2] Ele foi ajudado em seu trabalho por seu irmão Charles Wesley”. [4] 

“Aqui passei algumas semanas escrevendo” 

Na quarta-feira, 3 abril de 1754, Wesley disse: “Resolvi todos os negócios que pude e na manhã seguinte retirei-me para Paddington. Aqui passei algumas semanas escrevendo; só indo para a cidade aos sábados à noite, e deixando-a novamente na segunda-feira de manhã”.[5]

Coletânea de receitas para uso dos pobres 

Em 1746, Wesley publicou seu primeiro guia medicinal chamado “Coletânea de receitas para uso dos pobres. 

Primitive Physick 

 

Em 1747, ele publicou Primitive Physick, ou um método fácil e natural de curar a maioria das doenças. Um livro de remédios caseiros para doenças comuns. 

“Esse volume encadernado de 119 páginas custou um xelim e se tornou um dos livros mais populares de sua época, com 20 edições exigidas em 1781 e 36 em 1840”.[6]

O guia medicinal popular Primitive physick circulou entre 1747 e 1791. 

No seu livro sobre medicina popular, "Primitive Physick", que foi um best-seller na época,[7] Wesley aborda sobre o estilo de vida saudável. 

Wesley recomenda o máximo de exercício diário ao ar livre. Ele ainda recomenda um alimento mais leve e ir para a cama cedo. 

E pede para acrescentar “aquele velho remédio fora de moda, a oração. E tende fé em Deus que ‘mata e vivifica, que se eleva à graça e se eleva”.

O estudo da medicina básica havia se tornado parte do treinamento de candidatos ao clero anglicano no século XVII”,[8] do qual Wesley participou. 

Vários outros escritos 

“Ele publicou vários outros trabalhos relacionados à manutenção ou restauração da saúde, incluindo uma carta a um amigo sobre o chá (1748); O Desideratum, ou eletricidade tornada simples e útil (1760); Pensamentos sobre o pecado de Onan, extraído principalmente deTissot] (1767); Conselhos sobre saúde, extraído de [Tissot] (1769); “Extrato de [William] Cadogan no Gota ”(no vol. 26 de suas Obras , 1774); e uma estimativa das maneiras de Present Times (1782)”.  [9] 

 

Pensamentos sobre a Escravidão

No seu livro “Pensamentos sobre a Escravidão” publicado em 1774, Wesley contrastou a vida idílica dos negros no seu habitat, natural da África com o seu cativeiro infeliz. 

“Ele condenou a escravidão nos seguintes pontos: (1) Os meios cruéis de capturar os escravos; (2) os horrores da viagem pelo mar, durante a qual muitos morriam; (3) o tratamento cruel dos mesmos pelos donos. Refutou também o argumento que afirmava que um negro capturado na guerra, ou em que se vendia a si mesmo, ou um filho de escravos podia, legitimamente, ser escravizado, mostrando que a escravidão não era justificável por motivo algum”.[10]

Lazer para terminar “Discursos”

“Trabalhei para terminar o quarto volume de "Discursos".

Na segunda-feira, 1º de outubro de 1759, Wesley escreveu: “Todo o meu tempo de lazer, durante minha estadia em Bristol, trabalhei para terminar o quarto volume de "Discursos"; provavelmente a última que publicarei.[11]

Wesley havia cumprido seu propósito original. Ele publicou trinta e seis sermões mostrando a "matéria" de seu ensino.

 “Mas ele não estava totalmente satisfeito; então, em I759, nós o vemos ocupado mais uma vez. Sob a data de segunda-feira, 1º de outubro de 1759, ele escreve: "Todo o meu tempo de lazer durante minha estada em Bristol, empreguei na conclusão do quarto volume dos Discursos; provavelmente o último que publicarei. (Standard Journal, iv., 355)”.[12]

Bristol é a sexta cidade mais populosa, que se localiza no sudoeste da Inglaterra.

O livro publicado por Wesley foi chamado originalmente de “Sermões para Diversas Ocasiões”.

“O livro é intitulado Sermões para Diversas Ocasiões, como os volumes que o precederam, e Wesley, no extrato de seus Diários que citamos, chama-o de “O Quarto Volume de Discursos”. [13]

Um apelo aos homens de razão e religião

“Wesley tratou o assunto cuidadosamente, sem dar sua opinião. Apenas utilizou o testemunho de 33 pessoas que foram agredidas e lesadas”

No seu livro “Um apelo aos homens de razão e religião”, João Wesley conta parte dos acontecimentos de 1743, em Wednesbury.[14]

Wesley escreveu ainda o “Cristianismo moderno, exemplificado em Wednesbury e outros locais adjacentes em Staffordshire”.

Wesley escreveu e publicou em 1745, após os tumultos e perseguições em Wednesbury. [15]

No livro, Wesley cita as pessoas lesadas e um prejuízo de 504 libras, valor da época. Um total hoje de 700.896,87 reais. 

 

 

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Grande teólogo do Movimento Metodista

 

 

Adam Clarke (1760 ou 1762-1832) nasceu na aldeia de Moybeg, na atual Irlanda do Norte.[16] Sua mãe era presbiteriana e seu pai anglicano.[17]

Ele teve uma educação limitada e trabalhou como aprendiz de um fabricante de roupas e na fazenda de seu pai: “Aos 14 anos, Adam foi levado da fazenda e da escola e colocado com o sr.Barnett, um fabricante de linho, para aprender esse negócio”.[18]

Não viveu luxuosamente e ainda trabalhava. “Ele passou sua infância em uma cabana de
palha em Cappagh perto de Portstewart enquanto trabalhava como aprendiz de cortina em Coleraine”.[19] Pouco meses depois voltou para sua casa por achar o emprego desmotivador.[20]

Adam Clarke teve dificuldades na sua formação educacional. “Clarke passou por muitas dificuldades em seu caminho para se tornar educado, e como um pregador de piloto de circuito. A vida de Clarke é bem contada por Douglass Gorrie[21] na vida de eminentes ministros metodistas.”[22]

Seu pai tinha formação universitária e era professor paroquial, mas ganhava pouco e não pôde dar uma boa educação aos filhos.

Adam era cheio de vida, mas não gostava de estudar. Depois de ser ridicularizado pelos colegas, começou a estudar avidamente e se tornou um aluno estudioso.

Depois e ser indicado por um dos pregadores, João Wesley convidou Adam para se tornar um aluno em um seminário que ele estabeleceu em Kingswood.”[23]

Depois, Wesley lhe perguntou se desejava se tornar um pregador itinerante. Ele prontamente concordou. Adam ministrou em circuitos por 26 anos.

Seu ministério

Em 1777, aos 17 anos, ele ouviu o metodista John Brettel pregar e se converteu. Em 1782, um dos pregadores do circuito Londonderry viu nele uma promessa e escreveu a Wesley, que o convidou para a Escola Metodista de Kingswood.

Ele foi o pregador mais jovem do metodismo. “Aos 17 anos, tornou-se líder de classe. Ele foi enviado por John Wesley em 1782 para Kingswood, onde comprou uma Bíblia hebraica e aprendeu a língua”. [24]

Passou a caminhar três ou quatro milhas para a reunião metodista. Começou a estudar a Bíblia e visitava as aldeias vizinhas exortando.

“Clarke tornou-se metodista em 1778, e foi em uma sucessão um exortador, pregador local, e pregador regular. Seu primeiro circuito foi o de Bradford, Wiltshire, para o qual foi nomeado em 1782. Ele serviu em vários lugares e viajou por toda a Grã-Bretanha, alcançando fama como pregador, e sendo presidente da Conferência Britânica em 1806, 1814 e 1822”.[25]

Ele se casou com Mary Cooke, em 1788. Serviu duas vezes no circuito de Londres. [26]

Em 1831, ele construiu seis pequenas casas escolares metodistas/capelas em Antrim e Londonderry.

“Um deles foi em Portrush, onde a Igreja Memorial dr. Adam Clarke está agora. Nesta pequena escola/capela foram realizadas reuniões para todas as classes da comunidade, e os metodistas eram de fato uma minoria distinta. Infelizmente ele faleceu em 1832 antes da escola ser concluída, mas chegou a visitar o estágio de construção da escola”.[27]

A pequena casa/capela metodista foi o primeiro local de adoração construído em Portrush “desde uma antiga abadia, que ficava no local dos jardins em frente ao antigo hotel dos Condados do Norte, foi destruída pelo General Munroe em 1642.”[28]

Sua oposição à escravidão

Adam Clarke se juntou a outros metodistas como um dos primeiros críticos da escravidão na Inglaterra, no século XVIII.

Em seu comentário de Isaías 58: 6, ele escreve: "Deixe os oprimidos irem em liberdade - Como pode qualquer nação fingir jejuar ou adorar a Deus, ou ousar professar que acredita na existência de tal Ser, enquanto pratica o comércio de escravos e o tráfico de almas, sangue, e corpos, de homens! Ó vocês, mais infelizes dos patifes e piores dos hipócritas, joguem fora de uma vez a máscara da religião; e não aprofundem sua perdição sem fim professando a fé de nosso Senhor Jesus Cristo, enquanto vocês continuam neste comércio!".[29]

Sua teologia

Clarke ou Clark reforçou os ensinamentos de João Wesley sobre a santidade.

“Como teólogo, Clarke ensinou que a Bíblia fornece uma interpretação completa da vontade e da natureza de Deus. Ele considerava a própria Escritura um milagre da graça de Deus’, ‘... que tira o véu da escuridão e da ignorância. Com tal compreensão, Clarke era, antes de tudo, um teólogo bíblico, muitas vezes inquieto com abordagens puramente sistemáticas da teologia”.[30]

Um hábil escritor

Adam Clarke escreveu e também traduziu livros do “alemão para o inglês (Reflexões sobre as Obras de Deus na Natureza e Providência para Todos os Dias do Ano, Christopher Christian Sturm, 1833)”. [31]

Dentre o cronograma de suas publicações e atividades, estão:

“1802: Clark publicou 'Dicionário Biográfico'.

1806: Tornou-se presidente da Conferência Britânica e publicou "A Miscelânea Biográfica".

1810: Ele começou a trabalhar no "Comentário sobre a Bíblia" que levou quarenta anos para ser concluído.

1814: Tornou-se membro da Sociedade Missionária Wesleyana”.[32]

Ele escreveu as “Memórias da família Wesley” (1823). Dominou diversas línguas, dentre elas: latim, hebraico, caldeu e línguas da Europa Ocidental.

“O mais importante de seus numerosos trabalhos foi seu Comentário sobre a Bíblia (originalmente publicado em oito volumes, 1810-26), que teve uma longa e extensa circulação e levou Clarke mais de quatro décadas para produzir. Ele também publicou um Dicionário Biográfico (1802) e seu suplemento, The Bioical Miscellany (1806). Suas Obras Diversas foram editadas em treze volumes por J. Everett (1836-37)”.[33]

Adam se dedicou ardentemente ao trabalho pastoral, como pregador itinerante, mas encontrou ainda tempo para o estudo diligente do hebraico e de outras línguas orientais, realizada principalmente com a intenção de qualificar-se para a grande obra da sua vida, seu comentário sobre as Sagradas Escrituras (8 vols., 1810-1826).”[34]

A British and Foreign Bible Society o contratou para trabalhar na preparação da Bíblia em árabe.

Foram dezenas de livros escritos por Adam Clarke.

“Seu comentário e notas críticas sobre toda a Bíblia foi concluído em 1826 e representou mais de 30 anos de intensa pesquisa e escrita. Outros estudiosos escreveram comentários sobre toda a Bíblia, mas Clarke é um dicionário de aprendizagem bíblica, oriental, filosófica e clássica inigualável por qualquer outro. Quando se lembra que todo esse trabalho foi feito enquanto Clarke era um pregador wesleyano ocupado e itinerante que nunca teve uma hora de ajuda de secretariado em sua vida, isso, juntamente com todas as suas outras publicações, indica uma realização literária prodigiosa”.[35]

Adam Clark foi um ardente expositor da santidade bíblica.

 

 

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Primeiro teólogo e santo do metodismo

 

Jean Guillaume de la Fléchère ou John William Fletcher (1729-1785), foi um suíço de língua francesa que nasceu em Nyon, Suiça.[36]

Era “filho de Jacques, juiz do Landvogteigericht, e Suzanne-Elisabeth Crinsoz de Colombier”.[37]

Fletcher foi educado em Genebra. “Ele frequentou a academia em Genebra (mais tarde, a Universidade de Genebra)”.[38]

Em Genebra, “ele se distinguiu como um brilhante estudioso de clássicos. Possuindo as qualificações intelectuais para o trabalho como professor ou clérigo”.[39]

Ele foi para a Inglaterra na década de cinquenta.  “No outono de 1751, ele se tornou tutor para os filhos de Thomas e Susanna Hill, uma família rica de Shropshire.”[40]

Foi através de um bispo que Fletcher entrou para a vida sacerdotal. “Um bispo anglicano, tendo revisado o histórico acadêmico de Fletcher da universidade suíça, ordenou-o. Logo ele estava ministrando com outro anglicano, John Wesley, na Capela West Street, bem como onde quer que os refugiados protestantes de língua francesa ("Huguenots") se reuniam em Londres”.[41]

Fletcher descobriu sua vocação pastoral. “Em 1757 Fletcher foi ordenado diácono (6 de março 1757) e sacerdote (13 de março de 1757) na Igreja da Inglaterra, depois de pregar seu primeiro sermão em Atcham ser nomeado coadjutor ao Rev. Rowland Chambre na freguesia de Madeley, Shropshire”.[42]

Fletcher ouviu dizer bem dos metodistas como um povo que orava muito. Ele se interessou em conhecer. Sua alma sentia necessidade de algo mais profundo.

Trabalhando como tutor, seus patrões costumam viajar para Londres para passar alguns dias.

Em 1751, em “uma das estadias da família em Londres, Fletcher ouviu pela primeira vez dos metodistas e tornou-se pessoalmente familiarizado com John e Charles Wesley, assim como sua futura esposa, Mary Bosanquet”.[43]

Assim, tendo se mudado para a Inglaterra, em 1751, e conhecendo Wesley e o metodismo, “começou a trabalhar com John Wesley, tornando-se um intérprete-chave da teologia wesleyana no século XVIII e um dos primeiros grandes teólogos do Metodismo”.[44]

Era amigo pessoal de Wesley e um metodista convicto de suas doutrinas.

“No mesmo dia de sua ordenação, em 1757, Fletcher correu para a Capela West Street, em Londres, para ajudar Wesley a servir a Santa Comunhão, e para sempre se tornou o coadjutor de Wesley”.[45]

Fletcher se dedicou ao movimento de renovação e reavivamento espiritual e se comprometeu com Wesley por correspondência a ir em seu “auxílio como um teólogo, mantendo um compromisso nunca vacilando para a Igreja da Inglaterra”.[46]

João Fletcher era um arminiano. “Na teologia, ele confirmou as doutrinas arminianas do livre-arbítrio, a redenção universal e expiação geral, contra as doutrinas calvinistas da eleição incondicional e expiação limitada. Sua teologia arminiana é mais claramente delineado em seus cheques famosos para Antinomianismo. Ele tentou confrontar seus adversários teológicos com cortesia e justiça (e de John Wesley), embora alguns de seus contemporâneos julgou severamente por seus escritos”.[47]

Quando João Wesley tinha 58 anos e seu amigo João Fletcher apenas 32 anos, ele pediu a Fletcher para que fosse seu sucessor na liderança metodista.

“Wesley ficou desiludido quando Fletcher decidiu restringir-se a Madeley. Wesley não imaginava que viveria mais 6 anos do que John Fletcher.”[48] Fletcher faleceu em 1785 e Wesley em 1791.

Ao longo dos anos, mantiveram uma grande amizade e Fletcher defendeu Wesley e o metodismo em controvérsias doutrinarias.

João Wesley escreveu um comentário sobre os últimos momentos de vida de João Fletcher:

“Durante os últimos dias, em meio à dor, ouviam-se, de quando em quando, estas exclamações: “Deus é amor! Proclamai-o, proclamai-o com força! Oh! que uma onda de louvor se estenda até aos confins da terra!” Seu espírito arminiano, segundo o qual o amor de Deus está sempre permanente e ativo, acompanhou-o até aos últimos momentos de vida. No último dia, quando estava agonizando, os pobres que ele havia socorrido vieram de toda parte desejando vê-lo pela última vez, e deixaram que passassem diante da porta do quarto onde jazia para que dessem uma última olhadela em seu rosto. Não podendo falar mais, a esposa se inclinou sobre ele e lhe disse: ‘Conheço tua alma, mas por amor aos demais, se Jesus está mui perto de ti, levanta tua mão direita.’ Imediatamente a levantou. Outra vez ela lhe disse: ‘Se as perspectivas de glória se abrem amplamente sobre ti, repete o sinal.’ Instantaneamente a levantou outra vez e passado meio minuto, uma vez mais. Ato contínuo levantou-a tão alto como se quisesse alcançar a cabeceira da cama. Depois disso as mãos não se moveram mais, e como se estivesse dormindo, morreu”. [49]

O sermão no funeral de João Fletcher foi pregado por seu amigo, o reverendo Thomas Hatton, clérigo de uma paróquia vizinha,

Meses após a morte de Fletcher, Wesley escreveu um sermão elegíaco refletindo sobre o texto do Salmo 37:37, “Marcos – O homem perfeito.”

Wesley caracterizou Fletcher “como o homem mais santo que já conhecera, ou nunca deve se reunir ‘neste lado da eternidade.’ Southey disse que ‘nenhuma idade nunca forneceu um homem de piedade mais ardente ou mais perfeita caridade, e nenhuma igreja jamais possuiu um ministro mais apostólico”.[50]

Após a sua morte, um jornal local escreveu sobre seu ministério pastoral e falecimento:

“No dia 14 deixou esta vida John Fletcher, de Madeley, para indescritível dor e apreensão do seu rebanho, e de todos os que tiveram a felicidade de o conhecer. Se falarmos dele como homem, e como cavalheiro, ele era detentor de todas as virtudes que adornam e dignificam a natureza humana. Se tentarmos falar dele como ministro do Evangelho, será extremamente difícil transmitir ao mundo uma ideia justa deste grande homem de Deus. Os seus conhecimentos profundos, a sua exaltada piedade, os seus labores incessantes para realizar o importante dever das suas funções, juntamente com as capacidades e bom efeito com que o conseguia, são bem conhecidos e nunca serão esquecidos na vinha em que labutou”.[51]

O seu caráter foi destacado pelo autor do jornal: “A sua caridade, a sua generosidade universal, a sua mansidão, e a sua bondade exemplar, são dificilmente igualadas pelos filhos dos homens”,[52] continuou o autor do texto no jornal. “Ansioso por cumprir os sagrados deveres do seu ministério até aos últimos momentos da sua vida, ele pregou a cerca de 200 pessoas no Domingo que antecedeu a sua morte, confiado no poder Todo-Poderoso e entregando a sua vida nas mãos d’Aquele que lha deu, com a serenidade e a alegre esperança de uma ressurreição feliz, que acompanham os últimos momentos dos justos.” Que os dias que nos restam sejam como os seus!”.[53]

É considerado o primeiro teólogo metodista, o santo do Metodismo, o primeiro metodista suíço.[54]

Um dos seus escritos foi sobre a perfeição cristã: “Fletcher sobre a perfeição cristã: texto clássico de teologia metodista de John Fletcher” publicado pela Amazon.

Wesley gostava muito de João Fletcher. Um amigo, de fato. Ele sentiu muito a sua morte. Não foi sem motivo que a única biografia que Wesley escreveu foi sobre João Fletcher.

“Wesley queria que a memória de Fletcher fosse uma fixação permanente nas mentes dos metodistas em todos os lugares. Wesley desejava que sua vida santa e escritos nunca se perderiam para o metodismo. Em seu sermão memorial, Wesley descreveu a vida de Fletcher nestes termos: "Eu o conhecia intimamente há mais de trinta anos. Conversei com ele de manhã, meio-dia e noite, sem a menor reserva, durante uma jornada de muitas centenas de milhas; e nesse tempo, eu nunca o ouvi falar uma palavra imprópria, nem o vi fazer uma ação imprópria. Muitos homens exemplares eu conheci, santo no coração e na vida, dentro de quatro anos. Mas um igual a ele eu não conheço - um tão interior e externamente dedicado a Deus. Um personagem tão insuperável em todos os aspectos que não encontrei nem na Europa nem na América. Também não espero encontrar outro tal neste lado da eternidade”.[55]

Não foi só Wesley que o admirava tanto. Na América, o bispo Francis Asbury colocou alguns escritos de João Fletcher como leitura obrigatória para os pregadores metodistas americanos.

“Havia treze impressões dos vários escritos de Fletcher na América, incluindo cinco reedições de suas obras completas, mesmo antes das obras completas de Wesley serem publicadas pela primeira vez em 1826 na América”. [56]

João Guilherme de La Flechére era a pessoa cuja combinação de conhecimento e piedade vital se encaixava no modelo que Wesley tinha em mente para substituí-lo. Ele escreveu a Fletcher em janeiro de 1773, perguntando quem está capacitado para presidir o trabalho.

Wesley fez uma extensa descrição do líder perfeito e, depois, perguntou se Deus havia providenciado alguém qualificado:

 “Quem é ele? Você é o homem!” [57]

Sobre ele, Wesley escreveu:

“No decurso de 80 anos, disse ele, ‘conheci muitos homens de coração excelente e de vida perfeita; mas nunca vi outro como ele; outro que se iguale em profunda devoção para com Deus. Homem tão imaculado como ele (...).”[58]

Ele faleceu de febre tifoide em 14 de agosto de 1785 durante uma epidemia em Madeley.[59]

John Fletcher foi o melhor amigo e mais hábil dos conselheiros de Wesley.

Bispo Sante Uberto Barbieri o chamava de “O Paladino da Divina Misericórdia”.


 

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Escritora e modelo de mulher metodista

 

 

Hester Ann Roe (1756-1794) nasceu em Macclesfield, Inglaterra. Era filha do Rev. James Roe, da Igreja Anglicana, curador de São Miguel. Hester era uma menina religiosa, que se sentia sempre caindo em pecado: "eu caí em todos os vãos costumes e prazeres de um mundo ilusório”. Ela vivia em culpa e longe da alegria do Senhor. 

Em 1774, ela ouviu as pregações de Samuel Bardsley, um pregador metodista, e buscou o novo nascimento orando em casa e cortando laços com o mundo. Depois, ela disse: "Meus pecados se foram, minha alma estava feliz; e eu desejava partir e estar com Jesus. Eu era verdadeiramente uma nova criatura, e parecia estar em um mundo novo!". 

Em 1776, ela conheceu Wesley com quem manteve contato pessoal e por correspondência.  Em 1782, ela conheceu e se casou com o pregador metodista James Rogers. Eles ministraram em Dublin, Irlanda, Cork e Londres. Haster era próxima de Wesley. Em 1791, ela estava no quarto quando Wesley morreu. Ela liderou reuniões de "Reuniões de Classe", as "Bandas" para os que buscavam o "amor perfeito" e liderou as "Festas do Amor". 

Hester foi pregadora, líder de classe, escritora, visitadora dos doentes, etc. Ela escreveu o livro: “A experiência da Sra. HA Rogers”. Hester foi considerado por John Wesley como “um grande exemplo vivo de sua doutrina da perfeição cristã”.

Após a morte de Hester, o sermão do rev.Thomas Coke, chamado “O Caráter e Morte da Sra. Hester Ann Rogers”, foi publicado e apresentou a vida de Hester como um modelo para as metodistas femininas. Durante as décadas seguintes, sua história foi reeditada dezenas de vezes.[60]

 

 

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Escritor e pintor dos retratos de João e Carlos Wesley

 

 

John Russell (1745-1806) nasceu em Guildford, Surrey, Inglaterra. Era filho de John Russell Snr, vendedor, artista  e cinco vezes prefeito da cidade. Russell  foi educado na Royal Grammar School, Guildford. Tinha uma enorme energia. Foi um pintor de retrato em óleos, escritor e professor de técnicas de pintura. 

Era astrônomo amador e estudioso literário, cujos retratos de giz de cores brilhantes foram muito apreciados no século 18. 

Era profundamente religioso tendo se convertido aos 19 anos ao metodismo, em 1764. Seus pontos de vista religiosos podiam ser vistos nas suas pinturas. Seu diário mostra suas preocupações com seu próprio bem-estar espiritual. Ele se recusou a trabalhar aos domingos ou sair para jantar com medo da conversa blasfemas. Escreveu vários tratados estéticos e técnicas sobre literatura e pintura. Russell montou seu próprio estúdio, em Londres, em 1767. 

Em 1770, ele se casou com Hannah Faden com quem teve doze filhos. O trabalho de Russell levou-o a viajar bastante pela Grã-Bretanha ganhando prêmios com seus desenhos da Society of Arts em 1759 e 1760. Entrou na escola Royal Academy of Art em 1770. Expôs na Sociedade de Artistas da Grã-Bretanha em 1768 e apresentou 330 trabalhos na Academia entre 1769 e até sua morte. 

Ele pintou os retratos de George Whitefield, William Wilberforce, Charles Wesley, John Wesley e muitos outros. Em 1790 foi nomeado Crayon pintor do rei George III, Queen Charlotte, o Príncipe de Gales e o duque de York. 

Russell também estava interessado em astronomia e fez um mapa lunar com um globo que mostra a superfície visível da lua. Ele levou 20 anos para terminar. Em 1788, depois de esperar doze anos, foi eleito um acadêmico real. 

Russell foi um pintor de sucesso e um metodista apaixonado.[61]


 

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Escritor, pregador, compositor e editor de Wesley

 

 

Thomas Olivers (1725-1799) nasceu na aldeia de Tregynon, em Montgomeryshire, País de Gales. Seus pais morreram quando ele era bem pequeno (1728 e 1729). Isso o levou a ser repassado para o cuidado de um parente após o outro sendo criado de forma um tanto descuidada e com pouca educação.

 

Ele se tornou um sapateiro viajando de um lado para outro. Era imprudente,  miseravelmente pobre e muito infeliz. Era ocioso e inquieto. Após um escândalo, deixou sua casa. Em Bristol ouviu Whitefield pregar a partir do texto "Não é este um tição tirado do fogo?" Esse sermão mudou o curso de sua vida e ele se tornou um cristão decidido e entrou para a sociedade metodista. Inicialmente, esteve com Whitefield, mas depois seguiu Wesley.

 

Logo se tornou um pregador local. Inicialmente esteve estacionado para pregar na Cornualha e depois por toda a Grã-Bretanha e Irlanda. Sua pregação era sem medo. Wesley o convenceu a ser um pregador itinerante, o que ele fez por 22 anos. Viajou a cavalo mais de 100 mil milhas.

 

Em 1775, Wesley o nomeou para ser co-editor da Revista Arminian Magazine (1775-1789). Apesar de alguns erros de grafia, Wesley o manteve até 1789. Era amigo de Wesley. Um relacionamento quase pai-filho. Olivers, várias vezes escreveu defendendo Wesley e o metodismo de ataques dos opositores.

 

Ele foi autor de alguns livros. Escreveu vinte hinos, dentre eles: “Vem, imortal Rei da glória”; “Nossos corações e mãos para Cristo se levantam” e o mais conhecido: “Ao Deus de Abrahão louvai”.

 

Ele escreveu também uma elegia (poesia triste) sobre a morte de João Wesley. Ele foi enterrado na sepultura de João Wesley.[62]

 

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Escritor, compositor e amigo de Wesley

 

 

Robert Carr Brackenbury (1752-1818) nasceu em Panton House, Lincolnshire, Inglaterra. Ele foi educado na Felsted School e no St Catharine's College, na Universidade de Cambridge. Uma reunião com um pregador metodista, em Hull, o levou a se tornar um metodista e um pregador. Em 1776, ele conheceu John Wesley quando estava vivendo em Raithby como herdeiro de uma grande fortuna e propriedade. 

Ele desenvolveu uma profunda amizade com Wesley e o acompanhou-o em algumas viagens. 

Ele era muito influente e suas habilidades reconhecidas em todo o país. Em 1779, ele construiu uma capela metodista em sua propriedade em Raithby, Lincolnshire. Wesley pregou inaugurando a capela. Era grande amigo e tinha alta consideração por Wesley. Em 1784, ele foi nomeado por Wesley para fazer parte do "Legal Hundred", uma conferência que aconselhava Wesley sobre a nomeação de pregadores. 

Em 1791, foi pioneiro no trabalho na Ilha de Portland e influenciou no crescimento em Lincolnshire. Em 1792 construiu uma grande capela na vila de Fortuneswell. Em 1792, alugou uma casa de palha em Wakeham onde foram realizadas as primeiras escolas dominicais. Ele falava um Frances fluente e, em 1783, foi enviado por Wesley para o trabalho pioneiro nas Ilhas Anglo-Normandas e durante sete anos esteve em Jersey e Guernsey. 

Com o falecimento de sua esposa Jane, em 1782, ele se casou novamente, em 1795, com Sarah Holland, uma metodista dedicada, que até morrer, em 1847, apoiou as causas metodistas onde Brackenbury tinha trabalhado. Era compositor e escritor. Dentre suas obras, estão: Poemas Sagrados, em 3 partes (1797). Era homem modesto. 

A amizade com Wesley era muito real. Em vista do respeito que cada um tinha pelo outro, Wesley visitou Raithby pelo menos quatro vezes, que ele descrevia como um paraiso. Uma vez e Brackenbury escreveu a Wesley dizendo: "O que é meu é teu, és o meu irmão, o meu amigo.”[63]


 

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Escritor e Pai das missões do metodismo

 

Thomas Coke era filho único e viveu entre 1747-1814. Thomas Coke nasceu em Brecon, Brecknockshire, País de Gales.

Seu pai era “um cirurgião rico e influente. Sua educação inicial incluiu educação preparatória antes de ser colocado sob a tutela do Rev. Griffiths até sua entrada no Jesuit College of Oxford aos dezessete anos”.[64]

Thomas foi eleito conselheiro aos 22 anos e, um ano depois, em 1770, eleito oficial de justiça.

Recebeu ordens anglicanas em 1772 e o diploma de doutor em leis.

Ele, entretanto, não tinha ainda tido um encontro com Cristo e se convertido genuinamente.

“Em sua busca, Coke acabou se convencendo de que a ênfase metodista na justificação pela fé e no testemunho do Espírito era verdadeira. Pregando em South Pemberton, a verdade da redenção mostrada cada vez mais em seu próprio coração, ele logo se converteu genuinamente”.[65]

Ele passou a subir ao púlpito e pregar de improviso e sua mensagem tocou em alguns corações que foram despertados, mas suas mensagens também traíram a ira de algumas pessoas e do bispo. Acabou expulso.

Em 13 de agosto de 1776, Wesley registrou no seu diário que havia se encontrado com um jovem clérigo que havia viajado 30 quilômetros para se encontrar com ele.

O primeiro encontro de Thomas Coke com Wesley foi decepcionante. “Em 13 de agosto de 1776, Coke encontrou o Rev’d John Wesley pela primeira vez e esperava uma oferta de emprego como Pregador Metodista, para sua decepção, Wesley o aconselhou a retornar à sua Curacy. Em um ano, Cock foi expulso de sua paróquia quando ficou evidente que ele a dirigia como um circuito metodista. Em desespero, ele foi até Wesley para apresentar seu caso e foi aconselhado a ‘ir pregar o evangelho a todo o mundo. Thomas Coke tornou-se um valioso ajudante para Wesley e foi fundamental para o início da Igreja Metodista Episcopal, e logo se tornou um de seus Bispos”.[66]

No seu diário Wesley disse que havia conversado muito com ele e afirmou que havia começado uma união que ele acreditava que nunca terminaria.  Em 19 de agosto de 1777, Wesley escreveu: “Eu fui para Taunton, com o Dr. Coke, que, sendo demitido de sua curadoria, se despediu de seu nome honorável e está determinado a lançar sua sorte conosco”. Dr. Coke iria investir toda sua energia, fortuna e vida com os metodistas”.[67]

Wesley o considerava seu “braço direito” e foi chamado “ministro das Relações Exteriores do Metodismo” por sua paixão missionária.

Inicialmente, Thomas Coke “se manteve ocupado viajando a cavalo pelo país, usando seu treinamento jurídico para trabalhar em nome de Wesley para resolver os problemas que surgiram quando o movimento metodista começou a desenvolver uma existência própria”.[68]

Ele se tornou o primeiro presidente da Conferência Irlandesa dos metodistas em 1782.

Juntamente com Francis Asbury, Wesley ordenou Thomas Coke, em 1784, como superintendentes da Igreja Metodista nas colônias americanas, com o poder de ordenar outros superintendentes no Novo Mundo.

Thomas Coke pregou em Paris. Promoveu a criação de Missões na Escócia e Canadá. Após seu navio mudar de curso numa tempestade, chegou, em I786, a Antígua, no Caribe, onde encontrou uma congregação metodista composta quase só de negros.

“O Dr. Thomas Coke, fundador e diretor de missões estrangeiras dentro do Metodismo, visitou Antígua em 1786. Durante sua visita, Anne Hart Gilbert e sua irmã, Elizabeth Hart, converteram-se ao Metodismo após seu batismo na fé”.[69]

O Plano de Missões e o pioneirismo de Thomas Coke no Caribe

É importante ressaltar a importância de Thomas Coke no desenvolvimento do metodismo no Caribe.

Em 12 de março de 1786 ele propôs um movimento de Missões para o metodismo. Ele fez uma carta introdutória para João Wesley e imprimiu um panfleto de doze páginas propondo um movimento para Missões.

Wesley aprovou o que seria chamado de 'Missões Locais' e 'Missões Estrangeiras.

O Plano de Missões tinha esses objetivos:

O primeiro objetivo foi estabelecer e apoiar uma missão nas terras altas e nas ilhas adjacentes da Escócia.

O segundo objetivo foi um projeto de língua francesa.

O propósito era “para cuidar e continuar o trabalho ... em nossas ilhas de Jersey e Guernsey.' A Igreja Episcopal Metodista dos EUA havia começado a trabalhar na Nova Escócia, Quebec e Newfoundland”.

Thomas Coke queria enviar missionários para as províncias na América e na ilha de Newfoundland.

Ele destacou o trabalho nas Índias Ocidentais e o ministério de John Baxter entre os escravos negros de Antígua e as possibilidades em São Cristóvão. O terceiro objetivo era estabelecer e apoiar missões nas ilhas das Índias Ocidentais. [70]

Thomas Coke visitou Anguila, no Caribe, em 1786. Pregou e batizou.

Em 1786, homens e mulheres de raça mista que eram ex-escravos e servos, foram pioneiros metodistas em St Kitts, São Cristovão.  Thomas Coke visitou St Kitts, em 16 de janeiro de 1787.[71]

Thomas Coke também visitou uma ilha holandesa. Ele “foi saudado por vários negros livres quando desembarcou na ilha holandesa de Sint Eustatius em 24 de janeiro de 1787”.[72]

Prosseguindo sua viagem missionária, Thomas Coke chegou a Dominica, no Caribe, em 5 de janeiro de 1787 o “Dr. Thomas Coke com três outros pregadores metodistas itinerantes, John Baxter e William Hammet, chegaram à Dominica, desembarcando em Portsmouth. O capitão do saveiro havia lhes falado sobre um simpático fazendeiro chamado Burn, e eles o procuraram imediatamente após o desembarque. Ele os deu as boas-vindas e os encorajou a começar uma missão na ilha. Coke e seu grupo seguiram para Roseau, onde encontraram uma mulata - a Sra. Webley - que havia se convertido em Antígua sob a pregação de John Baxter. Ela abriu sua casa para os missionários e foi lá que Cock pregou para um público lotado”.[73]

Thomas Coke levou o Evangelho à Jamaica, em 1789.

E foi a providencia de Deus que conduziu Thomas Coke à Jamaica. Não era seu plano, mas sim de Deus. Uma tempestade o levou à Jamaica. Ele havia deixado a “Inglaterra em 24 de setembro de 1786 com destino aos EUA levando três missionários para sua estação. No caminho, seu barco foi engolfado por uma tempestade, fazendo com que ele se desviasse do curso. Ainda no mar em dezembro, Coke e seus companheiros quase foram lançados ao mar como comida de peixe porque foram considerados um mau presságio. No início da manhã de Natal, o barco deles chegou ao porto de St. John em Antígua, a mais de 3.000 quilômetros de seu destino, a Nova Escócia.”[74]

E mais uma vez entrou a providencia de Deus e portas improváveis se abriram para Thomas Coke e o metodismo. Um cavaleiro lhe deu as boas-vindas, outro lhe ofereceu sua casa para os cultos e um católico romano lhe ofereceu uma sala de concerto para suas pregações.

“Tendo desembarcado em Port Royal em 17 de janeiro de 1789. Ele recebeu as calorosas boas-vindas de um certo Sr. Fishley, o mestre Calafate do estaleiro a quem apresentou sua carta de apresentação. O primeiro sermão de Coke foi diante de uma grande congregação na casa de um certo Sr. Treble em Kingston. A casa do Sr. Treble era pequena e, portanto, o Sr. Burn, um cavalheiro católico romano, deu-lhe o uso de uma grande sala de concertos. A segunda noite trouxe um total de seiscentas pessoas, 400 brancos e 200 negros”.[75]

Thomas Coke também visitou a ilha holandesa Sint Eustatius. Ele “foi saudado por vários negros livres quando desembarcou na ilha holandesa de Sint Eustatius em 24 de janeiro de 1787”.[76]

Liderança nas Missões

Em 1790, Thomas Coke também participou da última conferência com a presença de John Wesley em Bristol. Ele Coke “nomeado para chefiar o primeiro comitê missionário metodista (ele mais tarde foi nomeado seu presidente, após a revisão da organização em 1804). ‘Eu imploro de porta em porta’, disse ele a seus amigos sem constrangimento, e doou a riqueza de sua família ao esforço missionário. A partir de 1792, ele liderou o envio de missionários pioneiros para a maioria das ilhas nas Índias Ocidentais, bem como para novas missões em Serra Leoa, Nova Escócia, Irlanda e França”.[77]

Em 1800, como parte do trabalho da Conexão Metodista, Coke “foi o principal responsável por estabelecer o Metodismo Wesleyano Galês como parte do trabalho missionário da conexão Metodista, da mesma forma que pregadores foram enviados em sua iniciativa para pregar em Erse, na Irlanda, em 1799”.[78]

Estabeleceu uma missão em Gibraltar, em 1803. Viajou cinco anos pela causa de missões metodistas, incluindo uma visita a Serra Leoa.

Pregou sempre com veemência contra a escravidão na América.

Thomas Coke se casou no dia 1º de abril de 1805 com Penelope Goulding Smith, uma mulher rica que gastou sua fortuna em missões. Ela faleceu em 1811. Thomas Coke se casou novamente com  Anne Loxdale, que faleceu em 1812.[79]

Além dessas perdas, foram “enormes dificuldades das viagens que empreendeu, tanto por terra como por mar. Em terra, havia árduas jornadas a cavalo por vastas florestas e rios largos, às vezes cheios de enchentes. No mar, muitos dias - e às vezes meses - foram passados ​​em pequenos veleiros de madeira, com a ferocidade dos vendavais do meio do Atlântico para enfrentar”.[80]

Reconhecimento e legado

Thomas Coke publicou diversos livros, dentre eles:  Comentários da Bíblia Sagrada; Uma história das Índias Ocidentais (1808-1811); Uma vida de John Wesley (com Henry Moore, 1792); Ata de 1784, Conferencia da Igreja Metodista Episcopal na América,  etc. [81]

Thomas Coke esperava abrir missões metodistas nas Índias Orientais. Partiu para o Ceilão em 30 de dezembro de 1813 pagando suas próprias despesas.

Ele morreu aos 66 anos após quatro meses no mar a caminho do Ceilão (Sri Lanka). Morreu no dia 3 de maio de 1814 a bordo de um navio, no Oceano Índico, onde também foi sepultado.[82]

O desejo de evangelizar o Ceilão (hoje Sri Lanka) de Thomas Coke não foi em vão. Ele é reconhecido pela Igreja Metodista do Sri Lanka como o “principal responsável pela missão no exterior ao Ceilão (atual Sri Lanka) que zarpou do porto de Portsmouth em 30 de dezembro de 1813. Durante a viagem, Coke adoeceu, morreu e foi enterrado no mar em 3 de maio de 1814. James Lynch, Thomas Hall Squance, William Ault, George Erskine e Benjamin Clough chegaram a Galle em 29 de junho de 1814”.[83]

Os companheiros de Thomas Coke logo iniciaram a missão. Eles se espalharam para diferentes lugares do país.

Thomas Coke durante muito tempo “foi o principal promotor e pioneiro das missões metodistas estrangeiras. Nomeado por John Wesley como co-superintendente com Francis Asbury da Igreja Metodista na América (onde eram conhecidos como Bispos), Coke fez dezoito viagens transatlânticas, visitou treze ilhas caribenhas, presidiu muitas conferências irlandesas e organizou sozinho o recrutamento, viagens e apoio dos primeiros missionários”.[84]

Um dos livros sobre Thomas Coke o denomina de apóstolo: “Thomas Coke: Apostolo do Metodismo” de John A. Vicke, 2013.

Ele também é chamado de Pai das Missões Metodistas.[85]


 

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A poetisa do movimento metodista

 

Agnes Bulmer (1775-1836) nasceu em 31 de agosto de 1775 em Londres, Inglaterra.[86] Era filha de Edward e Elizabeth Collinson, uma família da classe média.[87] 

Os pais de Bulmer eram metodistas e amigos de John Wesley. “Bulmer foi batizado por Wesley e ela foi internada em sua escola, em dezembro de 1789. Ela frequentou a Capela da Estrada da Cidade, e permaneceu um membro da sociedade até sua morte. Ela também era uma patrona devota da Igreja da Inglaterra”.[88]

A educação de Agnes proporcionou-lhe acesso à literatura, da qual ela gostava muito. Aos 12 anos leu os Pensamentos da Noite de Edward Young. Foi uma grande influência em seu próprio estilo. Aos quatorze anos. Em 1788, ela publicou seu primeiro trabalho “Na morte de Charles Wesley”, em 1788, publicado na Revista Arminian. Parte da elegia diz: 

“Ah homem feliz! Teus pesares são passados;

Tua alma lutadora para o céu tomou o seu voo:

Para a felicidade eterna alada seu caminho maravilhoso,

E segurança alojada em reinos de puro deleite

Convocado por Deus para se juntar à banda celestial,

E habite com Ele em descanso eterno

Tu agora és feliz na terra de Emanuel,

Onde o pesar e a dor nunca serão mais molestos”(...). 

Wesley lhe escreveu agradecendo pela peça[89] e a aconselhou-a a "Cuidado com o orgulho; cuidado com lisonja; não sofra nenhum para recomendá-lo ao seu rosto; lembre-se, um bom temperamento é de mais valor, à vista de Deus, que mil versos bons. Tudo que você quer é ter a mente que estava em Cristo, e andar como Cristo andou."

Agnes continuou a escrever poesia enquanto se envolvia cada vez mais com a sociedade metodista na City Road. Em 1789, Wesley a nomeou como líder de classe.

Na escola, ela fez amizade com outras líderes metodistas como Elizabeth Richie Mortimer e Sarah Wesley, filha de Charles Wesley. Ela estudou com a metodista Hester Ann Rogers, o exemplo metodista de perfeição cristã. . Após a morte prematura de Hester Ann Rogers, em 1793, Agnes escreveu uma elegia intitulada Pensamentos sobre um Estado Futuro, que foi publicada em 1794. 

Em 1793, aos 18 anos, ela se casou com Joseph Bulmer, um metodista e trabalhador de armazém, em Londres, e comerciante. Um homem financeiramente bem-sucedido e popular dentro da igreja e outras comunidades locais não relacionadas à igreja. 

O casamento entre Joseph e Agnes foi feliz. “Para Agnes, “o casamento é um meio pelo qual Deus capacita homens e mulheres a servi-lo melhor no mundo”. 

Em 1795, Agnes se familiarizou com Dr. Adam Clarke (1760-1832), teólogo e Presidente da Conferência Metodista.  Adam Clarke afirmou que ela o "surpreendeu" com seu intelecto e habilidade. 

A filha de Adam Clark, Anna Rowley, descreveu o primeiro encontro da família Clark com Agnes: “Ela estava então no vigésimo primeiro ano de sua idade; e, ouvi minha mãe dizer, foi uma das moças mais interessantes que já conheceu. Lembro-me dela narrando para mim sua primeira impressão a respeito da sra. Bulmer, nas seguintes palavras: “A primeira vez que a vi foi na antiga capela de Spitalfields; e tão forte foi o sentimento em minha mente em relação a ela, que não pude evitar, no final do culto, indagar quem era a moça a quem eu sentira uma atração tão irresistível”.

Agnes ensinou na City Road Chapel, até 1822. Esteve envolvida em atividades sociais, incluindo a Sociedade de Trabalho das Senhoras, e também fazia visitas em hospitais e com os pobres. 

Durante esse período, ela trabalhou em histórias bíblicas para crianças, que foram publicadas como Histórias das Escrituras. Seu marido morreu em 1822. A mãe de Agnes também morreu. Ela entrou em um profundo período de luto e escreveu muitas poesias relacionadas à morte. Agnes morreu em 1836.

“Ela escreveu O Reino do Messias, um poema épico. Este último foi publicado em uma série de doze livros, em 1833. O Reino de Messias é considerado o poema mais longo já escrito por uma mulher.  A peça levou nove anos para ser concluída, com mais de 14.000 linhas.”[90]

Seu hino mais conhecido é "Tu que tens estabelecido em Sião".

Um dos versos diz:

“Pai, Filho e Espírito mandam 
A chama consagradora; 
Agora em majestade descem 
Escreva o nome vivo: 
Aquele grande nome pelo qual vivemos 
Agora escreva sobre essa pedra aceita; 
Nós em Tuas mãos recebemos; 
Nosso templo faz o teu trono”. 

Em 1833, ela escreveu “Poesia: Mulheres”.

“Ela escreveu o Reino de Messias, um épico poema. Este último foi publicado em uma série de doze livros, em 1833. Reino dos Messias é considerado o mais longo poema já escrito por uma mulher.  A peça levou nove anos para ser concluída, com mais de 14.000 linhas.  As histórias bíblicas de seus filhos, Histórias das Escrituras, eram publicadas regularmente em publicações metodistas. Ela escreveu sua primeira biografia em 1835, sobre sua amiga Elizabeth Mortimer, as Memórias de Elizabeth Mortimer.”

Agnes Bulmer era uma intelectual que podia enfrentar os homens em conversas e discussões sobre todos os assuntos. Tinha um intelecto inteligente que sempre analisava uma situação ou argumento e fornecia pensamentos claros e convincentes sobre o assunto.

Anne Collinson escreveu sobre Agnes em suas Memórias de Agnes Bulmer: “Suas maneiras eram alegres e animadas, embora nunca frívolas; e ela achava que o intercurso social era uma das principais bênçãos dessa vida transformadora.”

Por mais de trinta anos foi Líder de Classe. Visitava os doentes e pobres. Passava a maior parte do tempo escrevendo. Ela também participou de uma Sociedade de Trabalho de Senhoras semanal que, além de discutir assuntos religiosos, fez roupas para a assistência dos pobres.

Nesse período, além de líder de classe, ela publicou poemas e ensaios para as Revista Metodista e Juventude e começou a publicação de suas Histórias das Escrituras , adaptações de histórias da Bíblia para o uso de crianças.

Agnes Bulmer morreu em 20 de agosto de 1836, na Ilha de Wight. Rev. William M. Bunting, Presidente da Conferência Metodista, pregou no seu oficio fúnebre. Seu epitáfio diz: "A doce lembrança do justo florescerá quando ele dorme em pó".[91]



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Pregadora, profeta e escritora

 

 

Dorothy Ripley (1767-1832) nasceu em Whitby, Yorkshire, na Inglaterra. Seu pai enfrentou a pobreza. Foi um mestre pedreiro e um pregador metodista que acompanhou Wesley e construiu a primeira Igreja Metodista em Whithy. Dorothy conheceu Wesley e seus pregadores na casa de seu pai. 

Em 1797, ela teve uma forte experiência espiritual e sentiu que Deus lhe havia ordenado a deixar sua casa na Inglaterra e viajar para os EUA em uma missão para ajudar os escravos africanos. Foi a pé até Londres onde conseguiu embarcar. 

Em 1802, ela viajou para Washington para falar com o Presidente Jefferson, especialmente sobre seu desejo de ajudar as mulheres escravas e o desafiou a ter compaixão de seus 300 escravos. Este fato abriu as portas para ela ser a primeira mulher a falar, em 12 de janeiro de 1806, na Câmara de Representantes, na presença do Presidente Thomas Jefferson. Ela fez sua base em Charleston, a fortaleza da escravidão americana do sul. 

Sua teologia Wesleyana se revela na sua pregação sobre, na justiça social; doutrina de expiação que assume a salvação universal, a garantia da nossa salvação, e doutrina da santidade de Wesley. Proclamou "o anúncio jubiloso de salvação" para crianças etíopes e se envolveu na reforma das prisões. Ela se reuniu com Thomas Jefferson Presidente dos EUA e pregou em várias igrejas e escreveu vários livros. 

Em 12 de janeiro de 1806, ela se tornou a primeira mulher a pregar no Capitólio EUA e a primeira mulher a falar há oficialmente sob quaisquer circunstâncias. Ela lutou também contra a imoralidade da pena de morte. Em 1818, abriu a primeira capela metodista no condado de Bingham em Nottinghamshire. 

Foi presa acusada de incitar montins. Dorothy era uma mulher de oração, pregadora, escritora e missionária que passou 30 anos nos EUA e atravessou o Atlântico nove vezes procurando melhorar a vida dos escravos. Proclamou "o anúncio jubiloso de salvação" para crianças etíopes e se envolveu na reforma prisional. Ela pregou em várias igrejas e escreveu vários livros.[92] 

Dorothy Ripley publicou cinco livros:

“A Extraordinária Conversão e Experiência Religiosa de Dorothy Ripley (1810); O Banco de Fé e Obras Unidas (1819); Um relato de Rose Butler (1819); Cartas endereçadas a Dorothy RIpley (1807), que incluía um livro de poemas chamado ‘Um endereço para todas as dificuldade’s; e as memórias e notas coletadas de seu pai. Ela publicou tudo isso às suas próprias custas. Os três primeiros receberam uma segunda impressão. Ripley usou os lucros para financiar seu ministério de pregação itinerante contínuo”.[93]

 

 

 

 

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[1] Visão geral criada por IA do Google.

[2] Visão geral criada por IA do Google.

[3] https://www.evangelical-times.org/john-wesley-genius-on-horseback/

[4] https://en.wikipedia.org/wiki/Explanatory_Notes_Upon_the_New_Testament

[5] A Revista, op.cit.

[6] https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/

[7] https://www.umnews.org/en/news/wesleys-diet-exercise-tips-promote-health

[8] https://core.ac.uk/download/pdf/37749078.pdf

[9] https://core.ac.uk/download/pdf/37749078.pdf

[10] A Influência do Metodismo na Reforma Social da Inglaterra no Século XVIII1 Duncan Reilyhttps://www.metodista.org.br/content/interfaces/cms/userfiles/files/Influencia_Social_Metodismo_Seculo18.pdf 

[11] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/11

[12] https://www.biblicalstudies.org.uk/pdf/whs/09-2.pdf

[13] https://www.biblicalstudies.org.uk/pdf/whs/09-2.pdf

[14] https://godrules.net/library/wesley274wesley_h5.htm

[16]https:// findbiographies.com/adam-clarke-81.php

[17] http://www.causewaymethodistchurches.com/home/portrush/history?msclkid=9cfdcb94d13011ec83690912cf8e8a9

[18] https://www.libraryireland.com/CIL/AdamClarke.php?msclkid=fbcecdbcd12d11ec902a395c73c84b57

[19] https://causewaymethodistchurches.com/home/portrush/history?msclkid=fc6a67c7d05e11ec978097016571e732

[20] https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Clarke

[22] https://www.conservapedia.com/Adam_Clarke?msclkid=32744f8bd06211ecb075bf7bf5b39725

[23] https://michaelfisherreporter.com/2013/03/11/adam-clarke-methodist-theologian/?msclkid=3274661ed06211ecb4dd53a2d11d5d54

[24] https://holyjoys.org/biographical-adam-clarke/?msclkid=fbce79a3d12d11ecba42d5c8899401ba

[25]https:// www.swordsearcher.com/christian-authors/adam-clarke.html?msclkid=fc6a1342d05e11ecb1850153cddca851

[26] https://www.findbiographies.com/adam-clarke-81.php

[27] https://causewaymethodistchurches.com/home/portrush/history?msclkid=fc6a67c7d05e11ec978097016571e732

[28] Idem.

[29] https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Adam_Clarke

[30] https://www.theopedia.com/adam-clarke

[31]holyjoys.org/biographical-adam-clarke/?msclkid=f470bc6ad12f11ec911849aadcc655e2

[32] https://www.findbiographies.com/adam-clarke-81.php

[33]https://www.swordsearcher.com/christian-authors/adam-clarke.html?msclkid=9cfd6f8ed13011ecba824ac9f8f6bd41

[35] https://biblehub.com/library/clarke/entire_sanctification/about_adam_clarke.htm

[36] https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785

[37] https://hls-dhs-dss.ch/de/articles/029084

[38] https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar

[41] https://victorshepherd.ca/john-fletcher-jean-guillaume-de-la-flechere

[42]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.

[43]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.

[44] https://wikimili.com/en/John_William_Fletcher

[45]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar

[46]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.

[47] Idem.

[48]https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785

[49] Sante Uberto Barbieri. Estranha Estirpe de Audazes,Cap.7 – O Paladino da Divina Misericórdia. https://arminianismo.wordpress.com/john-fletcher

[51] https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785

[52] Idem.

[53] Idem.

[54]https://hls-dhs-dss.ch/de/articles/029084

[55]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar

[56]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar

[57] HEITZENHATER, Richard. Wesley e o povo chamado metodista. Editeo – pastoral Bennett, 1996., p.254.

[58] HEITZENHATER, Richard,, p.305.

[59]www.dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=205

[62] Imagem: www.hymnary.org/person/Olivers_T

     www.cyberhymndl.org/bio/o/l/i/olivers_+.htm

     HEITZENHATER, Richard. Wesley e o povo chamado metodista. Editeo – pastoral Bennett, 1996.

     http://hu.wikipedia.org/wiki/Thomas_Olivers

[64] https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/ 

[65] https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/

[67] https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/

[68] http://www.methodistheritage.org.uk/thomas-coke-memorial-celebrations-readings-from-brecon-cathedral-0514.pdf

[69] http://www.bu.edu/missiology/gilbert-anne-hart-1768-1833/

[71] www.methodistheritage.org.uk/missionary-history-neal-in-the-beginning-2011.pdf 

[73] https://www.localprayers.com/DM/Roseau/138256516537928/Dominica-Circuit-of-the-Methodist-Church-in-the-Caribbean-and-the-Americas

[77]http://www.bu.edu/missiology/missionary-biography/c-d/coke-thomas-1747-1814/

[78] https://biography.wales/article/s-COKE-THO-1747?&query=Lewis%20Owen&sort=sort_name&page=6

[79] https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Coke_(bishop)

[80] http://www.methodistheritage.org.uk/thomas-coke-memorial-celebrations-readings-from-brecon-cathedral-0514.pdf

[81] https://www.goodreads.com/author/list/2842681.Thomas_Coke

[82] https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Coke_(bishop)

[83] https://en.wikipedia.org/wiki/Methodist_Church_in_Sri_Lanka

[84] http://www.methodistheritage.org.uk/missionaryhistory-overview.htm

[85] https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/

[86]https://www.findagrave.com/memorial/142079345

[88] Idem.

[89] Idem.

[90] https://en.wikipedia.org/wiki/Agnes_Bulmer

 http://www.cbeinternational.org/files/u1/free-art/brp171_her_own_story.pdf

https://en.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Ripley

https://personalpedia.wordpress.com/2008/06/10/dorothy-ripley-1767-1832-believe-it-or-not/

http://www.politico.com/story/2015/01/this-day-in-politics-114159

[93]https://en.wikipedia.org/w wiki/Dorothy_Ripley

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