O
casal nas mãos de Deus
Estudos
para células de casais
Odilon
Massolar Chaves
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© 2025, Odilon Massolar Chaves
Todos os
direitos reservados ao autor.
É
permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente
Art. 184
do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998.
Livros
publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 612
Livros
publicados pelo autor: 683
1ª edição: 2017
Impressão: Gráfica e Editora O Lutador
1ª publicação pela Amazon:
2020 - Impresso
2ª publicação pela Amazon: 2023
– Ebook
3ª publicação pela Biblioteca Digital Wesleyana: 2025
Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon
Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História
pela Universidade Metodista de São Paulo.
É casado
com RoseMary. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.
Sua tese
tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua
contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor
do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
Declaração
de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são
derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca
Etérea dos Clássicos Cristãos.
Rio de Janeiro – Brasil
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Sumário
·
Introdução
·
Princípios para uma vida feliz e saudável - Lição 1
·
Princípios para uma vida feliz e saudável - Lição 2
·
Família abençoada e abençoadora - Lição 1
·
Família abençoada e abençoadora – Lição 2
·
Família, profissão e ministério
·
Casamento, profissão e vida espiritual
·
Trancas e chaves – Lição 1
·
Trancas e chaves – Lição 2
·
Nossas escolhas, nosso futuro
·
À prova de tempestades – Lição 1
·
À prova de tempestades – Lição 2
·
Entre a ira e o perdão – Lição 1
·
Entre a ira e o perdão – Lição 2
·
Entre a ira e o perdão – Lição 3
·
Entre a ira e o perdão – Lição 4
·
O poder da língua – Lição 1
·
O poder da língua
– Lição 2
·
Histórias semelhantes, finais diferentes – Lição 1
·
Histórias semelhantes, finais diferentes – Lição 2
·
Histórias semelhantes, finais diferentes – Lição 3
·
Feridas curadas, relacionamento sadio – Lição 1
·
Feridas curadas, relacionamento sadio – Lição 2
·
Feridas curadas, relacionamento sadio – Lição 3
·
Nos braços do cônjuge, nos braços do Pai
·
Família abençoada por amor aos nossos antepassados
·
Derrote três inimigos para o seu lar ser feliz
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Introdução
O
livro “O Casal nas mãos de Deus” traz uma série de estudos focando o tema da
família e o relacionamento conjugal.
A
Bíblia diz: “Que o amado do Senhor descanse nele em segurança, pois ele o
protege o tempo inteiro e aquele a quem o Senhor ama descansa nos seus braços”
(Dt 33.12). E assim é com a família, que foi criada por Deus. A mão do Senhor é
acolhedora e amorosa.
São estudos para uso pessoal e para ser
estudado em grupo.
Numa
célula é importante a participação do grupo para que os corações sejam abertos
e curados; possa haver testemunho das bênçãos e as pessoas posam falar de seus
anseios e sonhos. E assim, no final, orem pelos anseios e sonhos de cada casal.
Nossa
oração é para que o Senhor possa dar sabedoria aos dirigentes e possa haver
aprendizado e assim a família e o relacionamento do casal seja aperfeiçoado.
Quando
a crise familiar chegar, corra para os braços do Pai. Esteja debaixo do governo
de Deus. Ele tem cuidado de nós.
A
Bíblia diz: “Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus
caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A
tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus
filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. Eis que assim será
abençoado o homem que teme ao Senhor” (Salmo 128.1-4).
A
percentagem de divórcios tem aumentado, mas é possível dizer sim e viver unido
e feliz até o fim.
Deus
os abençoe!
O
Autor
Princípios para uma vida feliz e
saudável Estudo
1 – Texto Base: Mateus 5.1-5 - Lição 1 |
A
família é para ser uma benção. O casamento é para os dois serem felizes. Este
foi o propósito do Senhor desde o início. Mas para que isso aconteça precisamos
estar nas mãos do Senhor. Precisamos estar debaixo do Seu governo. Ele tem
cuidado de nós. Devemos nos refugiar em Seus braços e obedecer a Sua Palavra.
Pautar
nossa vida em princípios saudáveis e bíblicos será o caminho excelente para ter
essa felicidade.
Priorizar
a família e o relacionamento amável com o cônjuge proporcionará alegria e paz
no lar. Com Jesus no centro do casamento o casal será feliz, mesmo enfrentando
lutas.
Como
diz aquele cântico: “Segura na mão de Deus”.
A
Bíblia utiliza a expressão “bem-aventurado” para dizer sobre a felicidade
plena.
Todos
querem ser felizes, mas nem todos sabem o caminho para encontrar a real
felicidade. Às vezes, é uma falsa felicidade, uma alegria passageira.
A
Bíblia fala do Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Ef 3.8). Temos
então onde procurar os recursos para a nossa felicidade.
Entre
os princípios que nos levam à felicidade, estão:
Buscar
a real riqueza da vida
Não
corra atrás das “ondas do momento” ou festinhas onde rolam a bebida, drogas e
orgias, nem corra atrás de amizades e atividades que prejudiquem a sua vida. A
vida é um presente de Deus.
A
Bíblia alerta sobre os que andam no caminho da morte: segundo o curso desse
mundo, segundo o inimigo, segundo as inclinações da carne (Ef 2.1-3)
Busque
os reais valores da vida!
Entre
os reais valores, estão: bondade, verdade e justiça (Ef 5.8-9).
Somos
chamados a ser imitadores de Deus (Ef
5.1-17).
Valorize
a família, a espiritualidade, a boa companhia etc. Esses valores você encontra
através de Jesus. Nele está toda a riqueza da vida (Cl 2.1-3).
Jesus
disse: buscai, antes de tudo, o Seu Reino e todas estas coisas vos serão
acrescentadas (Lc 12.31).
Deixemos
de lado o orgulho e a vaidade. Jesus disse também: Bem-aventurado os humildes
de espírito, porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5.3).
Lembre-se
de que como filhos de Deus, através de Jesus, somos herdeiros e co-herdeiros
com Jesus (Rm 8.17). E nosso Pai é dono de tudo.
Jesus
disse: Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra (Mt 5.5).
Estabelecer
nossa vida sob o firme alicerce da fé
O
salmista disse, numa crise: Esperei confiantemente pelo Senhor (Sl 40.1). Ele
clamou, Deus trouxe livramento.
A fé
é um dom dado por Deus (Ef 2.8) para utilizarmos sempre, especialmente nas
crises. É como nós tocarmos a companhia da Casa de Deus. Ele nos atenderá.
A fé
é uma certeza, uma convicção (Hb 11.1).
A fé
é também um escudo (Ef 6.16).
Entregue
a sua vida a Jesus. Procure ter intimidade com Ele.
Se
construirmos uma casa sobre a areia, ela não resistirá nas tempestades.
Você
é um daqueles que se desespera com uma crise ou consegue se manter de pé pela
fé?
Todos
nós passamos por lutas e choramos com dor, mas temos um Deus que cuida de nós e
nos consola. Jesus enxuga nossas lágrimas.
Ele
disse: Bem-aventurados os que choram porque serão consolados (Mt 5.4).
Faça
seu lar ser bem-aventurado!
Princípios para uma vida feliz e
saudável Estudo
2 – Texto Base: Mateus 5.6-13 - Lição 2 |
Vimos
na lição anterior alguns princípios para termos uma vida feliz e saudável:
-
Buscar a real riqueza da vida;
-
Estabelecer nossa vida sob o firme alicerce da fé.
A
seguir veremos mais dois princípios:
Eliminar
o que prejudica a vida
Algumas
pessoas precisam perdoar para que não fiquem presas ao passado e nem dêem
direitos ao inimigo para nos atormentar (Mt 18.23-35).
Outras
precisam curar lembranças doentias ou quebrar maldições. O casamento é afetado
por essas lembranças. O pecado atrapalha em muito a vida conjugal.
Jesus
disse: Bem-aventurado os limpos de coração porque eles verão a Deus (Mt 5.8).
A boa
notícia é que é possível, em Jesus, ser feliz!
Abrahão
precisou tomar a decisão de “sacrificar” Isaque porque ele o tinha colocado em
primeiro lugar. Em primeiro lugar deve estar o Reino de Deus.
E
qual tem sido o “Isaque” que tem ocupado o primeiro lugar e tem lhe
prejudicado?
Se
você tem uma ansiedade, que o deixa com noites sem dormir, pratique esse
princípio bíblico de Fp 4.6-7: “não andeis ansiosos”. Mas confie em Deus.
Entregue tudo em Suas mãos.
Coloque
tudo nas mãos de Deus e descansa n’Ele (Sl 37).
Andar com Deus
Precisamos
de segurança mais do que nunca hoje. Ela vem do Senhor! Paulo disse: Tudo posso
naquele que me fortalece (Fp 4.13).
Muitos
andam com espíritos ou más companhias. Não pode ser feliz uma pessoa que age
assim. Veja o que diz o Salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda no
conselho dos ímpios”.
Enoque
foi uma pessoa que andou com Deus e foi abençoado (Jim 5.24).
Ande
com Jesus. Você estará seguro. Ele prometeu que estaria conosco todos os dias.
Ele disse: Não vos deixareis órfãos (Jo 14.18).
Como
ter certeza disso?
Pela
fé, pela confiança. Andar com Deus é deixar Ele ser o dono de sua vida e
confiar nele.
Quem
anda com Deus anda em amor (Ef 5.2). Creia nisso e ande com Jesus. Você será
feliz.
Invista
em seu relacionamento conjugal. Priorize a sua família.
Família abençoada e abençoadora Estudo
3 – Texto Base: Josué 24.15
– Lição 1 |
Quando
Deus criou o homem e a mulher Ele viu que era bom (Gn 1.26-3).
A
família é um projeto de Deus.
A
família foi criada para ser abençoada e abençoadora (Gênesis 12.1-3).
Para
Abrão foi dito: “(...) e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gênesis 12.3).
“Seu
nome original era Abrão (Gn 11.26), que significava “pai elevado”, ou “pai das
alturas”.
Posteriormente,
depois de uma aliança feita com o Deus Altíssimo, seu nome passou a chamar-se
Abraão, que quer dizer “pai de uma multidão” (Jim. 17.5)”.[1]
Essa
é uma promessa para todos que crêem em Jesus: “E, se sois de Cristo, então sois
descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gálatas
3.28-29).
A
promessa foi: “(...) e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gênesis 12.3). Então, já
temos a benção de Deus.
Dois
grandes problemas que podem impedir esta benção na família cristã:
Deus
criou a família para ser abençoada e abençoadora, sim. Mas existem dois
pequenos problemas: o diabo quer destruir a família e o pecado leva a fazer
coisas que destroem a família.
Muitos
filhos são marcados emocionalmente por causa das agressividades e falta de amor
no lar.
Portanto,
devemos cuidar principalmente desses dois grandes problemas, se quisermos que
nossa família seja abençoada.
O
pecado não existindo em nossa casa, as portas estarão fechadas para o diabo.
Para
isso acontecer, o lar precisa ter Deus reinando. Precisa do Deus da Paz e do
Amor.
Os
pais devem ser os sacerdotes dos filhos e filhas
Os
pais devem ser sacerdotes dos filhos, ou seja, deve encaminhá-los a vida de
comunhão com Deus.
O
homem tem uma influencia espiritual muito maior nos filhos. Como o pai for os
filhos entenderão que assim é Deus.
Josué
assumiu esse sacerdócio e disse: “(...) porém eu e a minha casa serviremos ao
Senhor (Josué 24.15).
Desde
cedo, os país devem ser exemplos para os filhos de integridade, verdade,
justiça. Os filhos seguirão seus passos.
O
homem tem como dever implantar os princípios divinos no seu lar.
As
atitudes amorosas e espirituais do pai trarão edificação à sua família. O pai
deve ser um intercessor dos filhos e ensiná-los no caminho bíblico.
Na próxima lição concluímos este tema.
Família abençoada e abençoadora Estudo
4 – Texto Base: Gênesis 12.1-3 – Lição 2 |
Vimos
na lição duas afirmações sobre o propósito da família cristã:
A
família foi criada para ser abençoada e abençoadora (Gênesis 12.1-3).
O casal
deve ser o sacerdote dos filhos
A
seguir veremos mais uma afirmação bíblica sobre a família cristã:
Para
a casa ser edificada, a mulher deve ser sábia
“A
mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata destrói o
seu lar” (Pv 14.1).
Edificar significa
erguer; levantar; ou construir algo.
- A
esposa deve ser a mulher sábia para edificar a sua casa.
- Na
ausência de um marido cristão, a mulher deve tomar a frente na educação
espiritual dos filhos.
- Ela
deve ser a intercessora da família.
Li na
internet sobre uma mulher que se chama de “Mulher Sábia e Virtuosa”, mas que
errou muito no início do casamento. Ela passou a orar e a buscar sabedoria e
aprendeu que a mulher deve ter esses princípios:
– Ser
proativa – prever (alguém que age antecipadamente, evitando ou
resolvendo situações e problemas futuros.).
– ser
submissa
– ser
grata
– ser
atenta.[2]
A
Bíblia cita o exemplo da mulher Sunamita (2 Reis 4.8-37) que era uma mulher de
Deus.
Era
bondosa, abnegada, hospitaleira dos que serviam ao Senhor e proativa.
Na
história do sacerdote Eli e de Samuel, seus filhos tenderam para fazer coisas
erradas. Foi uma vergonha em Israel. Um pecado que desagradou a Deus.
Certamente,
houve erro na educação. Alguém diz que o sacerdote Eli se omitiu na educação
dos filhos. O mesmo pode ter acontecido com Samuel.
Mas
uma coisa me chama a atenção. A Bíblia não cita os nomes das esposas do Eli (1
Samuel 2.12-17) e nem de Samuel (1 Samuel 8.2-4). Certamente, não foram tão
exemplos assim.
Quando
uma mulher é exemplo, como Ana, mãe de Samuel, a Bíblia a destaca. Maria é
outro exemplo de ser serva, por isso foi escolhida para gerar Jesus.
A mãe
insensata destrói o seu lar (Pv 14.1).
De um
modo geral, as mães são responsáveis pelo bem-estar de seus filhos ou pelo mal
procedimento dos filhos.
A
mulher Cananéia correu atrás de Jesus para que sua filha fosse liberta dos
demônios em sua vida. Mas como esses demônios chegaram até sua filha? Onde essa
mãe estava?
Pais
sejam responsáveis pelo cuidado espiritual de seus filhos.
Cuide
de seus filhos agora para que mais tarde eles possam ter uma família abençoada
e venha também a cuidar de você.
Família, profissão e ministério Estudo
5 – Texto Base: Atos 18.3 |
Priscila
e Áquila foram exemplos de caráter e dedicação ao Senhor. Eles tinham a mesma
profissão e o mesmo ministério de discipulado. Quando Priscila e Áquila o
ouviram, convidaram-no para ir à sua casa e lhe explicaram com mais exatidão o
caminho de Deus” (Atos 18. 26).
Eles
trabalham com confecção de tendas e serviam juntos ao Senhor. Paulo disse:
"E como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por
ofício fazer tendas" (Atos 18.3).
Além
da vida profissional não impedir dos dois servirem intensamente ao Senhor, o
que aprendemos mais com eles?
"Saudai
Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida
arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas
também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na
casa deles (...)" (Rm 16.3-5).
Perseguidos
pelo Governo permaneceram totalmente firmes em Cristo. Priscila, casada com
Áquila, natural de Ponto. Outrora, moravam em Roma, até que o Imperador Cláudio
por volta de 50 d.C. decidiu expulsar todos os judeus de Roma (At 18.1).
Tinham
um coração cheio de amor que acolhia totalmente a um irmão em Cristo. Acolheram
Paulo em Atenas. Eram da mesma profissão – tecelões (At 18.1-3).
Deixaram
tudo e seguiram Paulo em viagem missionária. Comprometidos com Cristo, Áquila e
Priscila foram com Paulo para Éfeso (Atos 18.18-21). O casal ficou em Éfeso e
lançou o alicerce para a próxima visita do apóstolo. Viviam pelo Evangelho.
Eram cooperadores de Jesus (Rm 16.3).
Arriscaram
suas vidas por Paulo e impactaram todas as igrejas que passaram a ter grande
gratidão por eles (Rm 16.4). Abriram toda a sua casa para ministração do
Evangelho (Rm 16.5).
Se
não somos totalmente do Senhor, haverá brechas. Pequenas coisas fazem com que
um dia a carne e o diabo tomem conta totalmente de você. Cuidado, o diabo entra
pelas brechas.
Preencha
seu coração e a mente com boas coisas: "Finalmente, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro,
tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, (...) seja isso o que ocupe o
vosso pensamento" (Fp 4.8).
Ame totalmente ao Senhor. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças” (Mc 12.30).
Casamento, profissão e vida
espiritual Estudo
6 – Texto Base: Atos 18.3 |
Áquila
e Priscila tinham a mesma profissão e ministério. A profissão não atrapalhava o
ministério. Uma das razões era que eles eram autônomos, mas principalmente
porque o foco era Cristo.
Vamos
aprender um pouco dessa relação profissão x ministério ou casamento x
ministério com Maria Bosanquet e John Fletcher, ambos metodistas no tempo de
João Wesley.
Maria
Bosanquet (1739-1815) nasceu Leytonstone, Waltham Forest no bairro na periferia
de Londres. Seus pais eram ricos. Desde pequena mostrou interesse espiritual
perguntando a si mesma o que ela seria. Reconhecia que era pecadora e indagava
se tinha fé em Cristo.
Sua
família era da alta sociedade e mesmo contra a vontade tinha que participar das
etiquetas da sociedade. Mas uma conversa entre sua irmã e uma empregada
metodista confirmou a sua fé.
Conheceu
algumas mulheres metodistas de Londres que a levou a abandonar a vida social
frívola para se dedicar a Cristo. Ela experimentou a presença de Jesus e
desejou ser santa e dedicada ao seu Salvador.
Aos
21 anos, em 1760, deixou seus pais e tendo uma propriedade desocupada em
Laytonstone mudou-se para lá e abriu com Sara Crosby e Ryan uma escola para os
órfãos desamparados se mudou para outra casa. Os pregadores metodistas
itinerantes encontravam ali repouso. Wesley visitou varias vezes Laytonstone.
Ela
se uniu ao movimento metodista e, em 1762, em Leytonstone, com Sara Crosby e
Ryan fundaram uma sociedade metodista para cuidar de crianças carentes.
Em
1768, ela transferiu a instituição para Cross Hall, em Yorkshire. Em 1771,
escreveu uma carta para o Wesley dizendo que tinha o chamado para pregar e
solicitou conselhos.
Wesley
considerou o metodismo como uma extraordinária concessão de Deus, inclusive as
mulheres ministrarem. Bosanquet organizou uma sociedade com 25 membros.
Foi
amiga intima de Wesley e gastou sua fortuna na manutenção do orfanato e fazendo
outras caridades.
Casou-se
em novembro de 1781 com John Fletcher, pastor e grande líder do metodismo.
Foram muito felizes. Durante os quatro anos de casados abriram novos pontos de
pregação em Madeley.
Empregaram
todas as suas economias no socorro dos pobres.
O
casamento de Maria Fletcher oferece um modelo para a mulher que deseja
continuar o seu desenvolvimento espiritual e vida profissional.
Maria
Bosanquet foi solicitada por muitos para ministrar após autorização de Wesley.
Depois da morte do seu marido, ela continuou o trabalho por mais 29 anos.
Sua
casa foi um centro de grande atividade espiritual. Não somente hospedava os
pregadores, mas ela mesma dirigia cultos. As suas palestras eram edificantes e
bem frequentadas. Foi uma guia de classe.[3]
Um grande exemplo para as mulheres de hoje!
Trancas e chaves Estudo
7 – Texto Base: 2 Reis 5.1-15 – Lição 1 |
Muitos
casamentos não conseguem ir para frente por causa de trancas nos corações dos
cônjuges. São amarrações que impedem a caminhada. Enquanto a tranca não for
retirada, o relacionamento ficará prejudicado.
Algumas
trancas no casamento são: falta de perdão, bloqueio sexual, vaidade,
materialismo, falta de cumplicidade, desequilíbrio financeiro, frieza
espiritual, repetição de erros dos pais, medo, preconceito etc.
Qual
é a sua tranca?
A história da cura de Naamã traz alguns
princípios que podemos aplicar hoje em nossa vida diária e em nosso casamento
para sermos bem-sucedidos. São chaves ou princípios para abrirem as portas
espirituais.
Uma
porta foi aberta para a cura de Naamã, mas ele vivia em meio a trancas, Dentre
as diversas chaves para termos uma porta aberta, estão:
O
testemunho é uma chave - A coragem de testemunhar sobre o poder de Deus pode
encaminhar uma pessoa aflita para uma porta que trará uma saída para o seu
problema (5.3).
Uma
jovem levada cativa pelos sírios foi trabalhar na casa do comandante leproso.
Vendo a situação do herói sírio disse: “Tomara o meu senhor estivesse diante do
profeta que está em Samaria; ele o curaria da sua lepra (5.3). O testemunho
dessa jovem ajudou Naamã a encontrar a direção da porta que iria trazer
saída para seu problema..
Quando
temos coragem de testemunhar estamos ajudando pessoas a encontrar a porta da
benção. Quando nós testemunhamos, ao contar nossas experiências, lançamos luzes
na mente das pessoas que têm problemas e assim
motivamos se abrirem para o Deus
das causas impossíveis.
2.O
medo é uma tranca - O medo é uma tranca que bloqueia nosso entendimento e nos
impede de abrirmos as portas (5.6-7).
“Assim
que o rei de Israel leu a carta, rasgou as vestes e disse: “Por acaso sou Deus,
capaz de conceder vida ou morte? Por que este homem me envia alguém para que eu
o cure da lepra? Vejam como ele procura um motivo para se desentender comigo!”
O rei
de Israel demonstrou ser um grande medroso, pois achou que a carta enviada pelo
rei da Síria era, na verdade, um pretexto para romper as ralações e entrar em
guerra com ele. Com este pensamento negativo quase prejudicou a cura de Naamã.
Muitas
pessoas não realizam seus sonhos e impedem outros de alcançá-los por causa do
medo que carregam dentro de si.
3.A
disponibilidade para ajudar é uma chave - Uma pessoa sem preconceitos ou medo
está mais apta a ajudar qualquer pessoa a ter as portas abertas para a solução
dos seus problemas (5.8).
Preconceito
quer dizer prejuízo. O preconceito fecha as portas, exclui as pessoas e traz
prejuízos. Eliseu demonstrou estar pronto para servir e ajudar as pessoas. Ele
não carregava trancas em sua mão, mas sim chaves.Tendo o coração aberto ele se
colocou à disposição para solucionar o problema de Naamã.
Eliseu
disse: “Por que rasgaste tuas vestes? Envia o homem a mim, e ele saberá que há
profeta em Israel” (2 Rs 5.8).
Eliseu
viu ainda nesse episódio uma grande oportunidade de testemunhar o poder de
Deus.
Na próxima lição concluímos este tema.
Trancas e chaves Estudo
8 – Texto Base: 2 Reis 5.1-15 – Lição 2 |
Algumas
chaves que podem ser usadas para abrir as trancas e portas em seu casamento
são: fé, disponibilidade, companheirismo, humildade, determinação,
perseverança, amor, alegria, sabedoria, etc.
Vimos
na lição anterior alguns aprendizados sobre a cura de Naamã:
O
testemunho é uma chave - A coragem de testemunhar sobre o poder de Deus pode
encaminhar uma pessoa aflita para uma porta que trará uma saída para o seu
problema (5.3).
O
medo é uma tranca - O medo é uma tranca que bloqueia nosso entendimento e nos
impede de abrirmos as portas (5.6-7).
A
disponibilidade para ajudar é uma chave - Uma pessoa sem preconceitos ou medo
está mais apta a ajudar qualquer pessoa a ter as portas abertas para a solução
dos seus problemas (5.8).
A
visão espiritual limitada e o racionalismo são trancas. Elas nos impedem de
abrir as portas da benção (5.11-12).
Naamã
era um herói, de bom conceito, mas tinha bloqueios que quase lhe impediram de
ser abençoado.
Primeiro,
ele apresentava uma visão espiritual limitada: “pensava eu que ele sairia a ter
comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão
sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso” (5.11).
Segundo,
era muito racional e bairrista: “Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de
Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me
neles e ficar limpo?” (5.11)
O que
impede a nossa benção pode estar em nosso próprio coração. Veja que Naamã ainda
saiu indignado. Existem pessoas que não querem conhecer o novo e se fecham
achando que sua verdade é a melhor.
5.Uma
palavra sábia na hora certa poderá ser a chave que moverá o coração mais
racional para caminhar em direção a porta da benção (5.13).
Como
cristãos somos chamados a ser porta-vozes de Deus, das bênçãos e promessas que
Ele tem para nós.
Foi
uma palavra sábia dos oficiais de Naamã que moveu seu coração e abriu o seu
entendimento: “Meu pai, se te houvesse
dito o profeta alguma coisa difícil, acaso não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: lava-te e
ficarás limpo”.
Veja
que os oficiais tiveram o maior cuidado com as palavras. O bom-senso ajudou na
cura de Naamã.
6.A
humildade e a fé são as chaves certas para as portas das bênçãos serem abertas
(5.14).
Quando
Naamã, humilde e confiante, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a
Palavra do homem de Deus, ele ficou curado.
Ele
só foi abençoado quando agiu conforme a Palavra profética e não mais conforme
seus conceitos soberbos e preconceituosos.
Se
utilizarmos as chaves espirituais, as portas serão abertas.
Nossas escolhas, nosso futuro Estudo
9 – Texto Base: Gn 25.27-34 |
As
escolhas podem determinar nosso futuro e a nossa felicidade bem como de outras
pessoas que estão ao nosso redor.
No
relacionamento conjugal as escolhas devem ser feitas em comum acordo. Deve
haver diálogo, bom senso, calma e especialmente consultar ao Senhor em oração.
Veja a seguir alguns princípios:
1. As
melhores escolhas não são necessariamente as que nos dão prazer
A
escolha de Eva e Adão pelo prazer do fruto afetou toda a humanidade.
O que
parece ser belo pode significar um grande problema.
- Ló,
sobrinho de Abrão, escolheu ir pela “campina verde” que ia dar em Sodoma e
Gomorra: “E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era
toda bem regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o
jardim do Senhor...armou suas tendas até
Sodoma.” (Gn 13.10).
Provérbios
14.12: “Há caminhos que ao ser humano parecem ser as melhores opções de vida,
mas ao final conduzem à morte”.
2.A
melhor escolha pode significar passar pela doação e mesmo dor
A
escolha de Jesus pelo sacrifício na cruz abriu a porta para a salvação de todo
o ser humano.
Barbara
Fergunson decidiu doar 1 milhão de dólares para a campanha da Igreja Metodista
“Imagine No malária”, na África. Salvou milhares de crianças da malária. Sua
atitude de amor vai salvar 8500 pessoas no continente Africano.
3.Nossas
escolhas podem ser influenciadas
Devemos
entendê-las para fazermos as melhores escolhas.
-Valores
negativos que Influenciam: baixa auto estima, medos, vaidade, ganância,
precipitação, ansiedade, etc.
A
escolha de Judas foi pelo dinheiro. Traiu Jesus e depois se suicidou.
-
Valores positivos que influenciam: fé, amor a Deus, amor ao próximo; princípios
bíblicos, vida saudável em família etc.
A
história de Esaú e Jacó nos ajuda a compreender isso:
4.Temperamentos
influenciam nas escolhas, cônjuge e profissão
·
Esaú (sanguíneo)
era caçador.
·
Jacó (fleumático)
era caseiro.
5.As
atitudes dos pais influenciam nas escolhas dos filhos
-
Isaque amava mais a Esaú porque gostava de sua caça.
Como
consequência Esaú desprezou seu direito de primogenitura. Valorizou mais a
comida.
-
Rebeca preferia mais a Jacó porque esse vivia em casa perto dela certamente a
ajudando.
Como
consequência, ajudou Jacó a enganar o pai Isaque e fugir de seu irmão.
Como deve ser a nossa escolha
Como
resultado de princípios bíblicos, oração, profundo conhecimento do que almeja e
saber qual é a vontade do Senhor.
José é um exemplo de ter sabido escolher: em sua caminhada sofreu muito com seus irmãos, mas perdoou seus irmãos, manteve-se fiel, quando foi tentado, pagou um preço, mas Deus o honrou sendo governador do Egito e contribuindo para salvar o povo de Deus.
À prova de tempestades Estudo 10 –
Texto Base: Mt 7.24-27 – Lição 1 |
Cedo
ou tarde, as tempestades virão sobre o lar e tentações virão para destruir os
relacionamentos lançadas por Satanás ou motivadas pela nossa própria fraqueza.
Mas nosso lar pode suportar as tempestades. Nosso relacionamento pode vencer as
investidas do inimigo.
Jesus
disse:
“Todo
aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei
ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e
correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu,
porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras,
e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa
sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e
combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” (Mt 7.24-27).
O
segredo para construir um relacionamento à prova de tempestades é investir no
fundamento, na base, no alicerce. Jesus nos ensina sobre isso. O material a ser
utilizado é fundamental.
O
ex-deputado federal Sérgio Naya sempre procurou ganhar o máximo em todas as
situações. Tanto que não hesitou em misturar areia da praia com cimento na
construção do Palace 2, edifício no Rio de Janeiro que desabou em 1998, matando
oito pessoas. Naya teve seu mandato de deputado cassado, e também seu registro
de engenheiro. Foi preso por falsificar documento público.
O
material que você utiliza é suficiente para resistir grandes tempestades?
“Cerca
de 1.000 tornados baixam nos Estados Unidos anualmente. Os tornados
freqüentemente causam devastação de fazendas, povoados, e cidades que são
golpeadas por sua violência natural. Cinqüenta e duas pessoas foram mortas por
tornados só em 2002 e centenas foram feridas.
Os
tornados explodem escombros em todas as direções – freqüentemente em
velocidades de centenas de milhas por hora. A maioria das casas é feita para
resistir velocidades de vento de até 70 milhas por hora, mas um tornado não é nem registrado, se não
alcança o mínimo de 73milhas por hora”.[4]
O
melhor material, a rocha, que é à prova de tempestade deve ter esses
ingredientes:
A fé – Fé é uma rocha porque em sua
constituição está a segurança, a resistência. Ela sustenta. É escudo contra as
investidas do inimigo.
Paulo
a chama de “escudo”. Quem tem fé anda sobre o mar. Quem não tem fé naufraga.
Paulo disse que Alexandre naufragou na fé.
2Já a
incredulidade é areia – que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante
das tempestades, pois em sua c
O amor – Cantares diz que o amor é mais
forte do que a morte
O
amor constrói, sustenta, fortalece: "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta" (1Co 13.7).
O
amor, portanto, é uma rocha que permanece para sempre. Já o ódio é areia porque
não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois divide,
destrói, derruba, mata.
Na
próxima lição concluímos este tema.
À prova de tempestades Estudo
11 – Texto Base: Mt 7.24-27 – Lição 2 |
Vimos
na lição anterior a importância do alicerce, da base. O melhor material, a
rocha, que é à prova de tempestade deve ter esses ingredientes:
- Fé
-
Amor.
Outros
ingredientes essenciais são:
A mansidão – é rocha. Ela é a marca do
equilíbrio, firmeza de caráter. Nas tempestades (agressividades), quem é manso
permanece calmo, tranquilo.
Já a
agitação é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das
tempestades, pois perturba, traz insegurança, desarmoniza.
Humildade – é rocha porque depende de Deus,
leva à intimidade com Deus, se submete ao Corpo de Cristo e unido fica forte.
Já a
soberba é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das
tempestades, pois em sua constituição está a autossuficiência e por isso cai,
derruba e ainda arrasta outros, como fizeram Lúcifer e Adão.
O
exemplo do Titanic: 10 de abril de 1912: Um grande dia na história da
navegação. O Titanic, o maior e mais luxuoso transatlântico construído até
aquela data, parte com 2.200 passageiros a bordo para sua primeira viagem de
Southampton para Nova Iorque. Devido ao seu engenhoso e bem planejado sistema
de compartimentos estanques, ele era considerado praticamente insubmergível.
"Nem Deus consegue afundar esse navio!", afirmaram alguns.
Na
madrugada do dia 11 ele afundou matando mais de 1500 pessoas.
Santidade – é rocha por não se misturar com
o mal e sim com a luz, com o amor de Deus. Santidade é uma vida liberta do
domínio do pecado e cheia de amor. É uma vida em comunhão com Deus
Já a
impureza é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das
tempestades, pois está associada a coisas negativas que a tornam fragilizada.
Paulo chega a dizer: não vos associeis aos impuros.
O
alerta de Paulo sobre o cristão se associar com alguém não cristão: “Já em
carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto,
não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou
idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo
que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou
avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal,
nem ainda comais “(1Co 5.9-11).
Verdade – é rocha, pois tem a fonte em
Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6). Ela leva à
transparência, confiança e protege, é escudo, é cinturão espiritual.
O
cinturão é uma peça que nos dá confiança, ela ajuda a segurar a roupa do corpo.
Ajustando a esta verdade para a nossa vida espiritual, estaremos cingidos com o
cinturão da verdade.
Já a
mentira é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das
tempestades, pois tem a marca da falsidade, é engano. Uma mentira não sustenta
nada.
Como consequência
da fé, amor, mansidão, humildade, santidade e verdade haverá os elementos que
constituem uma rocha e, consequentemente haverá unidade. Unidade traz
edificação, consolidação, solidificação.
Através
da unidade há força, proteção, compreensão, cumplicidade, vida em comum: Jesus
disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Para termos comunhão precisamos viver
no espírito.
A
Bíblia diz: “Melhor é serem dois do que um... o cordão de três dobras não se
rebenta com facilidade” (Ec 4.9-12).
E
assim é constituída a rocha que é o alicerce contra qualquer tempestade.
Entre a ira e o perdão Estudo
12 – Texto Base: Tg 1.19 – Lição 1 |
Jesus
disse que veio para que tivéssemos vida em abundância. Nem todos os cristãos,
porém têm tido uma vida em abundância. No relacionamento conjugal, a ira não
deve fazer parte. Por outro lado, o perdão deve sempre ser exercido.
Nosso
casamento terá saúde, vida, se seguirmos algumas das dicas a seguir:
Algumas
dicas para termos uma boa saúde:
-
Mantenha um peso constante e adequado à sua idade, altura e sexo. O excesso de
gordura corporal aumenta as probabilidades de vir a sofrer de tensão arterial
elevada, doença coronária, diabetes etc.[5]
-
Manter a serenidade, pois a ansiedade eleva os níveis de adrenalina e aumentam
o estresse.[6]
-
Deixar os vícios de lado. Cigarro, cafeína e outros estimulantes ampliam e
prolongam os efeitos do estresse sobre o sistema cardiovascular.[7]
-
Cuidar da dieta sem deixar de comer o que gosta. Com moderação, todos os
alimentos são bem-vindos.[8]
O que diz a Bíblia
A
Bíblia afirma ainda que a ira prejudica todo o nosso ser: “A ira do louco o
destrói” (Jó 5.2).
Ira é
o descontrole cerebral, por perda do autodomínio. Ira é a paixão que nos incita
contra alguém; é a cólera, raiva, ódio, fúria. É o desejo da vingança.[9]
John
Hunter viveu na Inglaterra de 1728 a 1793. Ele desde cedo demonstrou grande
habilidade na sala de dissecções, tendo feito algumas descobertas importantes
em anatomia.
Era
um trabalhador infatigável a quem bastavam quatro a cinco horas de sono e que
se aborrecia com a especulação teórica, muito em voga na época, sobre doutrinas
e conceitos, sem nenhuma base experimental.
Foi o
fundador da cirurgia experimental e a ele se deve a descoberta da circulação
colateral nos casos de aneurisma, permitindo a ligadura da artéria logo acima do saco
aneurismático.
Sofria
insuficiência coronariana com crises de angina do peito e chegou e prever o seu
fim com as seguintes palavras: "minha vida está nas mãos de qualquer
canalha que queira me aborrecer e contrariar". Em uma reunião da Diretoria
do Hospital St. George em que se discutia quem seria o seu sucessor no Hospital
teve uma discussão acalorada com seus interlocutores e caiu fulminado por um
infarto agudo do miocárdio.[10]
A
Bíblia recomenda: “Todo homem, pois seja pronto para ouvir, tardio para falar,
tardio para se irar” (Tg 1.19).
Esaú
foi uma pessoa que não seguia esse princípio bíblico:
“Passou
Esaú a odiar a Jacó por causa da benção que seu pai o tinha abençoado” (Gn
27.41).
Na
próxima lição continuamos sobre este tema.
Entre a ira e o perdão Estudo
13 – Texto Base: Tg 1.19 – Lição 2 |
Continuando
a lição anterior veremos alguns princípios que nos ajudam no relacionamento
conjugal.
O que
causa a ira?
Quando
a pessoa sente que perdeu seus direitos, direitos baseados no egoísmo, ela
reage com agressividade. Isso acontece em muitos relacionamentos.
Quando
alguém o impede de exercer seus supostos direitos, a pessoa tende a reagir com
agressão, com ira.
Às
vezes, reagimos até mesmo contra Deus. Ficamos com raiva dele.
Reagimos
com violência até mesmo contra as pessoas que nem conhecemos. Certa vez, atendi
uma pessoa que perdeu seu filho e ela passou a ficar com raiva dos mendigos.
Ela dizia: meu filho era maravilhoso e morreu e esse mendigo está aqui vivo.
A ira
é uma forma da pessoa revelar um sentimento de superioridade e desejo de
controle. Quando achamos que o outro não faz aquilo que queremos, do jeito que
gostamos ou esperamos, então achamos que esta pessoa precisa sofrer a punição
da nossa ira.
A
ira, contudo, produz também agressividade em nosso próprio corpo. Na verdade,
através da ira a pessoa se morde por dentro. A pessoa agride interiormente o
seu corpo.
Certo
homem queria plantar uma horta no jardim em frente a sua casa. Sua esposa não
concordou. O homem sentiu que seus direitos foram violados. Ele ficou irado e
passou a ter colite e úlcera. Só quando ele a perdoou é que melhorou.
A receita de Deus
Devemos
abrir mão dos nossos direitos egoístas
Paulo
diz para a igreja em Corinto: “O só existir entre vós demandas é completa
derrota. Por que não sofreis antes a injustiça, o dano?” (1Co 6.7).
Certa
vez, uma pessoa estranha procurou a igreja e, na conversa, disse que o ódio
contra o irmão foi o combustível que a moveu durante muito tempo.
Percebi
que essa pessoa era doente emocionalmente.
Precisamos
renunciar ao ódio e a vingança. Deixar Deus operar na situação. Ele vai
proporcionar paz interior e não ira.
Devemos
perdoar aos que nos ofendem no mesmo dia.
É
natural que fiquemos magoados. Existem pessoas invejosas ou maldosas que nos
agridem. Só não devemos deixar essa mágoa se tornar ressentimento e desejo de
vingança.
Perdoar
é optar pela liberação da pessoa.
Perdoar
é uma decisão. Não é um sentimento.
Perdoar
é desatar cadeias e correntes.
Quem
perdoa é perdoado por Deus.
Quem
não perdoa dá lugar ao diabo. Por isso Paulo afirma: “Não se ponha o sol sobre
a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.26-27).
Ele
nos ensina a perdoar no mesmo dia. Esse é o segredo de não sermos prejudicados.
Na
próxima lição continuaremos com este tema.
Entre a ira e o perdão Estudo
14 – Texto Base: Tg 1.19 – Lição 3 |
Na
lição anterior vimos sobre a receita de Deus para nos livrar da ira:
Devemos
abrir mão dos nossos direitos egoístas;
Devemos
perdoar aos que nos ofendem no mesmo dia
Isso
salva muitos relacionamentos e casamentos. Continuando sobre a receita de Deus:
Devemos deixar Deus fazer justiça
Não
adianta querer se vingar. “Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus”
(Tg 1.20).
A
justiça de Deus é diferente da justiça humana. A justiça humana dá a cada um o
que merece, e, às vezes nem isto. A justiça de Deus é amorosa. Deus nos aceita
assim como somos, nos perdoa, por pura graça e nos justifica, ou seja, Ele nos
aceita como justos. Esta foi a grande descoberta do Reformador Martinho Lutero.
Devemos
pedir que o Senhor realize a circuncisão do nosso coração
Vejamos
três espécies de coração que a Bíblia apresenta:
- Coração Obstinado
"Ouvi-me,
vós os que sois de obstinado coração, que estais longe da justiça” (Is 46.12).
A
obstinação é uma doença que anula o senso do comportamento compatível com a
verdade. O sujeito obstinado é teimoso, inflexível e irredutível rumo ao
pecado. Prefere não medir as conseqüências, embora saiba do perigo. Está sempre
longe da justiça (Is 46. 12). A obstinação e o obscurecimento do coração são
doenças graves. Uma cega o coração, o
outro encaminha o coração para o erro.[11]
Coração
dividido
Tiago
fala do homem de ânimo dobre: pessoa que é inconstante em todos os seus
caminhos (Tg 1.8).
São
pessoas que precisam da limpeza do coração. Ela apresenta duas personalidades
em uma. É pessoa que finge servir a Deus, porém dedica-se ao mundo; instável na
sua trajetória de vida. Mostra-se com lábios amorosos, porém com coração
maligno (Pv 26. 23). [12]
Jesus
falou sobre a hipocrisia: “(...) Este povo honra-me com os lábios, mas o seu
coração está longe de mim” (Mc 7.6). O
coração dividido demonstra freqüentemente ações e reações hipócritas, isto é,
uma doença que anula a graça de Deus e separa o crente dos valores espirituais.
- Coração
incircunciso
Um
coração incircunciso é cheio de ira, discórdia, malícia, soberba etc.
Precisamos da circuncisão espiritual em nosso coração. Deus quer que nos
cheguemos a Ele, com mudança de coração (1Sm 10.9), lavando o coração da
malícia (Jr 4.14); lançando fora as transgressões (Ez 18.31), guardando os seus
mandamentos e nos convertendo de todo o coração (Dt 30.10); se nos convertermos
e nos afastar da injustiça (Jó 22.22-23).
Deus
quer que o sirvamos com o coração íntegro (Dt 11.13; Js 22.5; 1Sm 12.24; 1Cr
28.9); que o busquemos (Dt 4.29; Sl 119.2); que o amemos (Dt 6.5; 30.6); que o
louvemos (Sl 9.1); que o invoquemos (Sl 119.145), de todo o coração.
Não
pode, portanto, haver espaço para a ira em nosso coração.
Na
próxima lição concluímos este tema.
Entre a ira e o perdão Estudo
15 – Texto Base: Tg 1.19 – Lição 4 |
Vimos
na lição anterior duas receitas de Deus para nos livrar da ira:
Devemos
deixar Deus fazer justiça;
Devemos
pedir que o Senhor realize a circuncisão do nosso coração.
Outras receitas de Deus:
Devemos
nos revestir da armadura do amor
“Revestindo-nos
da couraça da fé e amor” (1Ts 5.8).
Você
sabia que a enorme couraça óssea que o dinossauro Triceratops possuía em volta
do pescoço protegia seus ombros, permitindo-lhe resistir aos violentos golpes
de outros dinossauros? A couraça óssea no pescoço deixava o Triceratops protegido
contra as cabeçadas do rival.[13]
O
mesmo acontece com nosso coração. Se tivermos a couraça da fé e amor, seremos
protegidos contra a agressividade das pessoas. Com um coração cheio de amor não
haverá espaço para a ira, ressentimento e mágoas.
Precisamos
por isso ter o fruto do Espírito Santo: amor, alegria, paz, mansidão,
bondade...
Foi
assim com Estevão. Cheio do Espírito, cheio de amor conseguiu perdoar seus
agressores: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7.60).
Quem
anda com o amor em baixa, por qualquer coisa fica ressentido ou revida com
agressividade.
Por
isso, a Bíblia recomenda que cresçamos em amor (Ef 4.15).
Só
assim iremos nos pautar pelos reais valores do Evangelho.
Devemos procurar ter longanimidade
Como
cristãos devemos ter todo o fruto do Espírito, mas para vencer a ira a
longanimidade é fundamental.
A
Bíblia diz: “Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o
seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32).
No
idioma em que o apóstolo Paulo escreveu (o grego koiné),
"longanimidade" (makrothumia, em que "makros" é
"grande", "longo" e "thumos" quer dizer
"paixão", "sentimento") significa ser equilibrado em vez de
ter pavio curto, ser demorado em irritar-se, ter boa vontade para com quem
fere, sofrer por um longo tempo.[14]
Longanimidade
é a capacidade de ser infinitamente paciente, suportando as constantes ofensas.[15]
No latim, longânimo é ânimo longo.[16]
Por
isso a Bíblia diz ainda que todo aquele que odeia seu irmão é assassino (...)
não tem a vida eterna permanente (1Jo 3.15).
Já a
natureza do cristão é andar em amor: “Sede, pois, imitadores de Deus, como
filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si
mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5.1-2).
A
Bíblia nos orienta dizendo: “Deixe a ira, abandona o furor, não te impacientes;
certamente, isso acabará mal. Porque os maus feitores serão exterminados, mas
os que esperam no Senhor possuirão a terra” (Sl 37.8-9).
O poder da língua Estudo
16 – Texto Base: Cl 4.6 – Lição 1 |
A
agressividade verbal destrói os relacionamentos. A palavra temperada, doce,
agradável aperfeiçoa e aprofunda os relacionamentos.
É
sábio quem procura colocar as palavras certas, no momento certo, da forma
correta. Há momentos de tensões, crises e pressão sobre o lar, sobre o
casamento.
É
preciso ter calma e saber usar a temperança, a palavra correta. Uma palavra
“mal dita” pode ferir ou destruir para sempre um relacionamento.
Em
Provérbios quem tem comportamento inadequado é chamado de insensato e quem tem
comportamento adequado é chamado de sábio.
Sábio
é aquele que sabe muito. Ele é prudente (cauteloso, moderado).
O
sábio tem a capacidade para tomar decisões corretas e fazer escolhas piedosas
na vida, segundo a vontade de Deus.
Insensato
é quem tem falta de senso: juízo claro, saber aplicar a razão de uma forma
perfeita para julgar ou raciocinar em cada caso particular da vida.
“Está
na boca do insensato a vara para a sua própria soberba, mas os lábios do
prudente o preservarão” (Pv 14.3).
Vamos
abordar, especialmente, sobre a atitude sábia e insensata no uso da língua.
I -
Atitudes erradas no uso da língua pelo insensato
Na
Bíblia, aprendemos sobre isso:
1 -
Ser precipitado e descontrolado
-
Responder antes de ouvir (Pv 18.13)
-
Falar demais – não faltará transgressão (Pv 10.19).
- Ser
tagarela - é como ponta de espada (Pv 12.18).
2 -
Não ser verdadeiro
- Ter
duas palavras – cairá no mal (Pv 17.20).
- Ser
falso – falará mentiras (Pv 14.5).
3 -
Usar a língua para o mal
-
Usar a língua para contendas (Pv 18.6).
-
Escarnecer de quem o corrige (Pv 15.12).
-
Trazer um erro de uma pessoa para o meio de outras pessoas – irá separar os
maiores amigos (Pv 17.9);
II.
Procedimentos corretos no uso da língua pelo sábio
A
Bíblia também nos ensina como ser correto:
1 -
Saber responder
- Ter
resposta branda – desvia o furor (Pv 15.1).
-
Responder adequadamente é bom e traz alegria (Pv 15.23): “Como beijo nos lábios
é a resposta com palavras retas” (Pv 24.26).
-
Meditar no que vai responder a cada pessoa (Pv 15.28): “A vossa palavra seja
sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada
um” (Cl 4.6).
Na
próxima lição encerraremos este tema.
O poder da língua Estudo
17 – Texto Base: Cl 4.6 – Lição 2 |
No
final da lição anterior vimos os “Procedimentos corretos no uso da língua pelo
sábio”.
Continuando
veremos mais alguns procedimentos corretos:
2 -
Utilizar a língua de uma forma agradável
- Ter
a língua serena – é árvore de vida (Pv 15.4).
-
Usar palavras bondosas agrada ao Senhor (Pv 15.26).
- Ter
doçura no falar aumenta a sabedoria (Pv 16.21).
-
Utilizar palavras agradáveis – são como favo de mel: doce para a alma e
medicina para o corpo (Pv 16.24).
3 -
Usar a palavra no tempo certo
Como
maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo (Pv
25.11).
Conclusão
A
morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto.
A Bíblia diz que o fruto da nossa boca nos fará fartar de bens (Pv 12.14).
Siga
esses passos para ser sábio:
1 -
Deseje adquirir a sabedoria: Melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro (Pv
16.16). Muitas pessoas estão sempre repetindo frases feitas...frases vazias,
“abobrinhas”.
2 -
Peça sabedoria ao Senhor: “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a
a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tg 1.5).
-
“Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o
entendimento” (Pv 2.6 ).
-
“Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que
caminham na sinceridade (Pv 2.7).
3 -
Ande com o sábio e serás sábio: “Quem anda com os sábios será sábio, mas o
companheiro dos insensatos se tornará mau” (Pv 13.20).
4.
Enche tua mente com a Palavra do Senhor: ”Habite, ricamente em vós a palavra de
Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a
Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso
coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome
do Senhor Jesus...” (Cl 3.16-17).
5 -
Siga o exemplo dos sábios: “Quatro coisas há, entretanto são extremamente
sábias; as formigas são um povo sem força, todavia no verão preparam a sua
comida; os coelhos selvagens (querogrilo) são um povo frágil, contudo fazem a
sua casa nas rochas; os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos
enfileirados; a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos
reis” (Pv 30.24-28).
Lembrem-se:
-
Formigas: fazem planejamento.
-
Coelhos selvagens: fazem sua casa na rocha.
-Gafanhotos:
marcham unidos e disciplinados como um exército.
-
Lagartixa: Anda nos palácios dos reis.
O que você pode aprender com eles?
Histórias semelhantes, finais
diferentes Estudo
18 – Texto Base: Jz 11.1-2– Lição 1 |
Jefté
e José foram dois personagens bíblicos com histórias semelhantes, mas que
tiveram resultados de vida completamente diferentes.
Ambos
foram rejeitados por seus irmãos. Jefté recebeu a indiferença do seu pai e José
recebeu o amor de seu pai. Ambos saíram de suas casas. Cada um reagiu à
situação de forma diferente e ambos tiveram resultados diferentes.
O que
podemos aprender na história de cada um poderá nos ajudar em nossa caminhada e
ao final feliz que tantos almejamos na vida – a felicidade e paz.
“Era,
então, Jefté, o gileadita, homem valente, porém filho de uma prostituta;
Gileade gerara a Jefté” (Jz 11.1). Seus irmãos não o aceitavam em casa. Não
queriam dividir a herança de seu pai. A vida em família tornou-se tão
insuportável que Jefté teve que sair de casa. Ele não tinha uma família que o
amava.
Havia
um abismo profundo na vida de Jefté. Um vazio criado pela falta de imagem
positiva da sua mãe; a falta de apoio e amor do pai e a rejeição de seus irmãos
adotivos.
Jefté
não tinha um referencial familiar e a imagem positiva de amor de seu pai. Ele
não foi abençoado. Sabemos que o diabo trabalha justamente no referencial do
pai para que assim possa ser destruída a imagem de Deus-Pai dentro de nós.
O
diabo destrói a referência da mãe consoladora e assim fica difícil sentir a
presença do Espírito consolador.
Assim
podemos entender porque tantas pessoas não conseguem amar a Deus e se firmarem
na fé, em seus ministérios e na Igreja.
Muitos
têm em suas vidas um pouco ou muito da vida de Jefté. Conheci uma senhora que
veio para oração com um referencial de família destruído.
Ela
nunca conheceu seu pai e sua mãe a tratava com grosseria e indiferença. Por
isso, apesar de ser uma jovem bem casada, evangélica, ela não queria ter
filhos. Ela nunca se sentiu amada.
O
vazio deixado pela falta do pai e pela falta de carinho da mãe criou em seu
coração uma profunda tristeza e revolta. Como ela poderia gerar um filho e se
doar totalmente, se, ela própria estava carente desde criança e com sentimentos
de rejeição e profunda amargura?
Jefté
sentia o peso da rejeição dos seus irmãos que o expulsaram da casa de seu pai e
lhe disseram: “não herdarás em casa do nosso pai, porque és filho doutra
mulher” (Jz 11.2).
A
maldição pesou sobre sua vida e ele fugiu de casa, sob o jugo da rejeição e
acabou por se juntar com pessoas de má conduta na cidade de Tobe. Ele saiu de
Gileade, a cidade do bálsamo e cura, para a cidade de Tobe, a terra da
orfandade. Ela se sentia um órfão.
Muitos
de nós nos sentimos assim, órfãos de pai ou de mãe. Sim, nos sentimos estranhos
em família como a história do Patinho Feio que sai de casa por não se sentir
amado.
Muitos
carregam dentro de sua alma sentimentos amargurados de um passado de dor, de
agressões, de estupros, de indiferença e mesmo que em adultos tenham uma vida
em família, um trabalho e dignidade, a memória desse passado continua trazendo
tristeza, depressão e muitos casos síndromes de pânico.
Continuamos
este tema no próximo estudo.
Histórias semelhantes, finais
diferentes Estudo
19 – Texto Base: Jz 11.1-2– Lição 2 |
Continuando
o estudo anterior...
Quando
isso acontece, faltaram a bênção, a proteção e a direção do pai. Faltaram em
muitos casos o cuidado e o colo carinhoso da mãe. Em muitas famílias, os irmãos
com ciúmes e carências, rejeitam uns aos outros.
Assim
age o diabo em nossas vidas, roubando nossa maior identidade que é de filhos e
filhas de Deus. Uma pessoa que não se sentiu amada também não se sente amada
por Deus.
E a
mesma distância criada em sua família referencial passa a ser a mesma com
relação a Deus e a Palavra de Deus. Não há intimidade e confiança.
Muitas
vezes a pessoa vai para a igreja e é batizado com aquela alegria, mas logo
depois volta e mesma vida de antes. Falta firmeza, falta fé, falta um
referencial de amor. A pessoa vive ainda um passado que a puxa para trás.
Mas
Jefté era um homem que buscava o Senhor. Ele foi chamado para comandar o povo
de Gileade contra os amonitas. Ele fez um voto para o Senhor e o cumpriu.
“O
Espírito do Senhor veio sobre Jefté (...) e fez Jefté um voto ao Senhor” (Jz
11.29-30). Mas as motivações do coração dele eram de revolta e agressividade.
O
passado não pode impedir o trabalho de Deus na vida de uma pessoa. Deus está
sempre olhando para quem o clama. Ele vê o seu coração e os seus anseios.
Ele
quer que você seja um odre novo para receber o seu vinho novo, para abençoar
outras vidas que também estão precisando de cura para suas feridas.
Existe
uma grande diferença na história de José. Ele recebeu a bênção do seu pai e uma
túnica especial de filho amado: “Ora, Israel amava mais a José que a todos os
seus filhos (...) e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas” (Gn 37.3).
Talvez
isso tenha feito toda a diferença na vida de José, apesar da rejeição dos seus
irmãos, foi um vencedor. Ao contrário de José, Jefté guardou rancor pelos seus
irmãos. E mesmo tendo feito um voto ao Senhor ele colocou sua família e sua
casa numa situação de risco, quando ele disse:
“Quem
primeiro da porta de minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos
filhos de Amom, esse será do Senhor, e eu oferecerei um holocausto” (Jz 11.31).
Ele
foi vitorioso nas batalhas, mas não foi assim na sua vida pessoal. Ele não usou
a sabedoria de Deus e acabou colocando sua única filha numa situação de morte.
José
teve um caminho diferente. Ele foi vendido pelos irmãos, foi escravo no Egito,
foi preso injustamente. Mas sua mansidão, humildade, perdão e sabedoria de Deus
o levou a ser Governador do Egito e a abençoar seu povo, seus irmãos e seu pai.
José
viveu uma provação de 13 anos até ser governador. A bênção do seu pai o
direcionou, o protegeu e o fez firme diante das adversidades e tentações.
Muitos
não receberam a bênção de seu pai e continuam sem direção, sem saber o que
fazer, sem firmeza, se comportando como crianças, adultos, mas fazendo coisas
de criança e até prejudicando a vida dos outros.
Todos
nós precisamos da bênção do Deus-Pai e todos os dias nos firmarmos na certeza
que fomos criados à sua imagem e semelhança. Todos precisamos de esperança.
Encerramos este tema no próximo estudo.
Histórias semelhantes, finais
diferentes Estudo
20 – Texto Base: Jz 11.1-2– Lição 3 |
Continuando
o estudo anterior...
Nosso
passado necessita ser curado, as feridas tratadas e fechadas. Precisamos crer
no amor de Deus-Pai para nos sentirmos abençoados e fortes para seguirmos em
frente.
Aquela
senhora que falei no início deste capítulo buscou ajuda para a cura das suas
feridas e, através da oração e do perdão, sua depressão foi sarada e hoje ela é
mãe de uma linda menina. Ela deixou o passado sofrido na cruz de Jesus e
escolheu uma vida de paz.
O
Senhor quer curar a sua vida para te libertar das correntes do passado, para
que haja paz interior, amor e alegria no coração. Ele quer que você se sinta
filho e filha amados para que seus sonhos se realizem.
Assim
como José, precisamos ter o Espírito de Deus habitando em nós para sermos
sábios e vencedores: “Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o
Espírito de Deus? (...). Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão
ajuizado e sábio como tu” (Gn 41.38-39).
José
tinha a motivação da sua vida em Deus. José teve um sonho. Ele olhou para
adiante. Não deixou sentimentos de amargura dominarem sua mente. Sua mente
estava ligada em Deus. E Deus fortalecia José dia-a-dia para vencer todos os obstáculos e
dificuldades.
Se
você também se sente rejeitado, se você teve um passado triste, ore ao Senhor
para te libertar de todo jugo do passado.
Trabalhe
o perdão no seu coração. O mesmo que motivou José a perdoar seus irmãos. Lembre-se
de Jesus que foi rejeitado e humilhado, mas liberou perdão na cruz.
Que
Ele te dê força para perdoar e criar em você um coração puro onde o Espírito
Santo habite e faça a diferença.
Você
tem tudo para se transformar numa pessoa segundo o coração de Deus, ser cheia
do Espírito Santo de Deus e ser um vencedor como José. Ele não ouvia a voz de
seus irmãos. Ele ouvia a voz de seu pai amoroso.
Um
odre novo busca viver uma nova vida em Jesus.
Feridas curadas, relacionamento sadio Estudo
21 – Texto Base: Gálatas 5.1 – Lição 1 |
Alguns
casais têm dificuldades no relacionamento conjugal por terem sido marcados
negativamente no passado e por não serem curados. Repetimos em nosso
relacionamento os erros dos nossos antepassados. Muitas vezes, agredimos porque
fomos agredidos. Somos prisioneiros do passado.
Precisamos
ser curados. Eis uma boa notícia: não existe pessoa tão ferida que não possa
ser curada pelo toque de amor de Cristo.
Muitos
homens e mulheres bíblicos foram transformados pela presença de Jesus em suas
vidas. Os discípulos, principalmente, cada um com uma personalidade, se
prostraram diante da humildade e do amor de Cristo. Maria Madalena, Zaqueu, a
mulher samaritana e muitos outros tiveram suas vidas mudadas e curadas pelo
toque amável do Senhor.
Em
nossa caminhada, sofremos, ficamos vazios e nos decepcionamos com as pessoas
significativas. Ficamos deprimidos e nos rebelamos fechando o coração.
Costumamos transferir esses sentimentos para outras pessoas, principalmente
para aquelas que convivemos intimamente.
Passamos
a adorar outros ídolos como o dinheiro, a sensualidade, as diversões do mundo,
o celular, o facebook, uma pessoa, roupas, qualquer coisa para preencher o
vazio da alma não sarada. Continuamos a repetir as mesmas práticas das pessoas.
Iludimo-nos
que tantas coisas poderiam dar significado a nossa vida. Assim é a história de
todos nós. Nossa personalidade ou identidade foi sendo construída ao longo dos
anos, em meio a tantas pessoas e acontecimentos tristes ou alegres da nossa
vida cotidiana.
Como
é nossa personalidade hoje e o que estamos vivendo?
Muitos
de nós crescemos com uma autoimagem deteriorada.
Assim
também aconteceu com Paulo: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser
apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1).
Paulo
era judeu, mas nascido como cidadão romano da cidade de Tarso. Seu nome, a
princípio, era Saulo. Viveu em Jerusalém e foi aluno do mestre da lei de nome
Gamaliel. Por ser fiel à tradição da lei judaica, perseguiu os cristãos até sua
conversão.
aulo,
não só presenciou e consentiu no apedrejamento de Estevão, homem de Deus e
cheio do Espírito Santo que pregava sobre Jesus e fazia milagres, como
perseguia os cristãos, homens e mulheres, indo de casa em casa para levá-los
para prisão. Conseguiu inclusive, uma autorização para ir à cidade de Damasco
para prender os cristãos judeus que lá estavam residindo.
Ele
tinha uma personalidade austera e convicções próprias. Ele viu muitas guerras,
austeridade e mortes na sua infância vivendo dentro do Império Romano. Para ele
tudo isto era certo. Mas será que ele estava agindo certo para Deus?
Foi
no caminho para Damasco, que Paulo teve um encontro com o Senhor e a partir
daí, tudo mudou em sua vida. A luz que vinha do céu brilhou e ele escutou a voz
de Deus dizendo: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (At 9-4).
A luz
o cegou e durante três dias nada comeu, nada bebeu e permaneceu em oração. Deus
enviou Ananias para curá-lo. Ele foi batizado com o Espírito Santo e a partir
daí passou para ter fé em Cristo, amar os cristãos e pregar o evangelho aos
pagãos.
A
presença do Espírito Santo em sua vida fez toda a diferença e ele passou a ser
um instrumento nas mãos de Deus. Sua personalidade foi transformada.
De
perseguidor se tornou um defensor do cristianismo. Ele mesmo diz: “Outrora era
blasfemo, perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia porque agi por
ignorância, na incredulidade. Superabundou em mim a graça do nosso Senhor com a
fé e o amor que há em Cristo” (1Tm 12-14).
Continuamos
este tema na próxima lição.
Feridas curadas, relacionamento sadio Estudo
22 – Texto Base: Gálatas 5.1 – Lição 2 |
Continuando
o estudo anterior...
Paulo
era blasfemo, perseguidor e insolente. Muitos de nós agimos tantas vezes assim.
Repetimos o que aprendemos na infância e agimos muitas vezes de uma forma
distorcida.
Tantas
vezes agressivos, explosivos, amargurados, tímidos, angustiados, adúlteros,
briguentos, não convertidos, mas convencidos que é mesmo assim. Na verdade,
dormindo para o poder que “ele nos salvou mediante o lavar regenerador e
renovador do Espírito Santo” (Tt 3.4-5).
Nunca
diga sou assim e não mudo, pois “foi para a liberdade que Cristo nos libertou”
(Gálatas 5.1).
Assim
como nós, Paulo experimentou o sofrimento. Ele foi encarcerado diversas vezes,
açoitado, exposto à morte repetidas vezes. Trabalhou arduamente; muitas vezes
ficou sem dormir, passou fome e sede, e, muitas vezes, ficou em jejum, suportou
frio e nudez (2Co 11.23-27).
Mas
ele encarou o sofrimento sentindo que isso o aproximava mais para ser como
Jesus. Ele foi testemunha de Jesus como Deus, Senhor e Salvador.
Paulo
nunca desistiu do seu propósito por causa de tribulações, lutas e provações,
mas em tudo foi mais que vencedor por amor e fidelidade a Jesus. No final de
sua vida afirmou: “Combati o bom combate, terminei a carreira e conservei a fé”
(1Tm 4.7).
Muitos
de nós precisamos desse lavar regenerador e renovador do Espírito Santo para
que o amor de Cristo restaure nosso coração e nossa identidade semelhante à
daquele que nos criou. “E não vos conformeis com este século, mas
transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja
a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).
Você
está conformado ou quer se tornar uma pessoa melhor diante de Deus?
Aprendemos
na escola da vida, mas é hora de aprendermos do Senhor e termos nossa
personalidade restaurada. Nossa verdadeira identidade é de filhos e filhas de
Deus, feitos a Sua imagem e semelhança, por Ele abençoados para ser luz do
mundo e sal da terra. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não
andará nas trevas; pelo contrário, terá luz da vida” (Jo 8.12).
Como
diz a Palavra de Deus em 2 Crônicas 7.14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu
nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos,
então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”
Nossa
vida precisa ser tratada e sarada pelo Senhor. Não podemos nos conformar só com
o que aprendemos em nossa família, na escola, na sociedade, etc. Precisamos
colocar nossa personalidade diante do Senhor, com humildade, quebrantamento e
buscar Nele a restauração para ser uma pessoa segundo o coração de Deus.
Muitos
de nós carregamos um jugo pesado do passado e nos tornamos escravos de emoções
perturbadoras. Muitos viram brigas em suas famílias e continuam brigando;
muitos viram bebedeiras e continuam bebendo; muitos viram adultério e continuam
adulterando; muitos ouviram palavras duras e continuam falando palavras duras;
muitos viveram em ambiente de depressão e têm depressão também em suas vidas.
Até
quando vamos repetir as coisas de criança?
“Quando
eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como
menino. Quando me tornei homem, deixei para traz as coisas de menino” (1
Coríntios 13.11).
Continuamos
este tema no próximo estudo.
Feridas curadas, relacionamento sadio Estudo
23 – Texto Base: Isaías 30.15– Lição 3 |
Continuando
o estudo anterior...
É
tempo de amadurecer e deixas as coisas da infância para trás porque nosso alvo
é Cristo. Imitar Cristo, sua maturidade, sua mansidão, humildade e sabedoria em
lidar com as pessoas, circunstâncias da vida e com as tentações do diabo. Jesus também foi criança, mas sempre buscou
sabedoria e o agir e viver em obediência ao Pai.
Precisamos
como pessoas adultas pensar, refletir, examinar, escolher, comparar, tirar
conclusões e não ser levado pelas ondas do passado. Temos uma vida pela frente
e amadurecer como cristão é o caminho para a vitória e bem-aventurança.
O
Senhor quer nos dar um fardo leve, mas o querer ser uma nova pessoa depende de
nossa vontade e é nossa responsabilidade. Devemos manter os olhos no Senhor,
perseverando com fé, orando humildemente e sempre estando em alerta, vigiando
por todo o tempo.
Precisamos
aprender a superar a irritabilidade e trocar a ira pelo amor. Sair dos extremos
e entrar no caminho da vontade do Pai. O amor não é um dom para meninos na fé.
O amor é uma atitude de maturidade espiritual para ser vivida.
É
tempo de se libertar das emoções negativas do passado e viver o novo de Deus. É
tempo de curtir de forma sadio nosso relacionamento conjugal.
É
tempo de buscar o Senhor para ser como Ele é; um odre novo para receber o vinho
novo, porque “o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência,
a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio” (Gl
5.22-23)
Precisamos
ajoelhar nossa personalidade aos pés do Senhor e de nossas lágrimas de
arrependimento beber da fonte da água da vida e dizer: quero ser uma pessoa
renovada e transformada para me anelar ao coração do Senhor.
Ser
mais como Ele: mais sábios, mais puros, mais amáveis, mais perdoadores, mais
compreensivos, mais pacientes, mais alegres, mais agradáveis, mais
pacificadores, mais santos, mais espirituais, mais filhos e filhas de Deus.
“Porque assim diz o SENHOR Deus, o Santo de
Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na
tranqüilidade e na confiança, a vossa força...” (Is 30.15).
Você
tem um valor ilimitado que foi dado por Deus: “Criou Deus, pois o homem à sua
imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).
Nunca
pense que por causa da sua criação que você não tem valor. Nada pode ser
comparado ao valor que Deus nos dá e esse valor ninguém pode tirar.
Precisamos
nos sentir filhos e filhas de Deus e buscar em nós essa semelhança do Pai.
Fomos feitos por Ele e para Ele. Isso será cura para o seu coração e para sua
vida. Amadureça na fé, na esperança e no
amor e seu verdadeiro valor que está em Deus será completo.
Precisamos
interromper em nós as heranças amargas de nossas famílias para não passarmos
para as gerações futuras.
Nossos
filhos e filhas precisam ser criados com paz e amor. Precisam ver no seu pai um
exemplo de caráter abençoador e sentir na sua mãe o colo protetor e consolador.
“Porque
somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus
preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).
Nunca
mais se separe do Senhor e ande sempre nos seus caminhos. A Bíblia diz que
somos mais do que vencedores (Rm 8.37-39).
Lembre-se
que pais ausentes e opressores geram filhos inseguros e desajustados.
Use
sempre uma linguagem sábia e pacífica como Jesus usava. Sejam sempre um homem e
uma mulher controlados e harmonizados por Cristo.
Para ser um odre novo você precisa ter suas palavras e atitudes controladas e moldadas pelo Espírito Santo.
Nos braços do cônjuge, nos braços do
Pai Estudo
24 – Texto Base: Oseías 11.1-4 |
Uma
das delícias da vida conjugal é estar nos braços do cônjuge. Mas nem todos
fazem isso. Alguns têm bloqueios.
Na Bíblia
vemos expressões assim entre um casal: “A sua mão esquerda esteja debaixo da
minha cabeça, e a sua mão direita me abrace” (Cânticos 8.3).
O
livro de Oséias, no capítulo 11, mostra detalhes do amor de Deus pelo seu povo.
Deus é amor. Ele só pode agir dentro dessa dimensão. No livro do profeta Oséias
há expressões que lembram o cuidado de um pai para com seu filho revelando
assim todo o amor de Deus por nós: “Quando Israel era menino, eu o amei” (Oséias
11.1).
Mostrando
que o Deus-Pai se preocupa com cada fase de nossa vida, em Oséias é dito: “Eu o
ensinei a andar” (Oseías 11.3). Ele ainda hoje nos ensina a andar em Seus
caminhos.
Revelando
todo carinho, contato físico e amor pelo povo de Deus, o texto ainda diz:
“tomei-os nos meus braços” (Oseías 11.3). Nas horas difíceis, devemos nos
atirar nos braços do Pai.
Deus
nos ama tanto que usa estratégia para nos atrair: “Atrai-os com laços de amor”
(Oseías 11.4).
Quem
ama se dá. Da mesma forma que Jesus se deu por nós na cruz levando nosso pecado
e lembrando o cuidado de um pai para com seu filho ainda pequenino, o Senhor
diz: “(...) me inclinei para dar-lhes de comer” (Oséias 11.4).
Deus
tem um grande amor por nós. Lembre-se disso. Ele tudo faz para nos restaurar e
nos elevar à condição de filho ou filha de Deus para vivermos de forma digna.
Ele é um Pai de amor que cuida de cada um de nós. Afinal, “Ele tem cuidado de
nós” (1Pe 5.7).
Acredito
que você quando era pequeno correu algum dia para os braços do seu pai ou sua
mãe. Podem ter sido em momentos alegres ou em momentos de busca de proteção. Como
casal, precisamos aprender a estar nos braços do cônjuge onde temos aconchego,
carinho e nos sentimos pertencendo um do outro, numa só carne.
Em
determinados momentos é possível um dos cônjuges correr para os braços da mãe
onde encontra apoio e segurança.
Alguns
chegam a gritar: “Quero minha mãe”!
Mas
precisamos também aprender como casal ou cônjuge a correr para os braços do Pai
nos momentos difíceis. Nos braços do Pai vamos ter proteção, apoio e segurança.
Jesus
disse para a cidade de Jerusalém: “(...) quantas vezes quis eu ajuntar os teus
filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não
quiseste!” (Mateus 23.37).
Não
recuse os braços do Pai. Ele tem cuidado de nós: “Lançando sobre ele toda a
vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5.7).
Na
história do Filho Pródigo aprendemos que Deus também corre para nos abraçar:
“E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu
pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o
beijou” (Lucas 15.20).
Esteja
sempre que possível nos braços do seu cônjuge! Como filho e filha aprendam
também a correr para os braços do Pai.
Um
verso do cântico “Família nas mãos de Deus” (Casiane) diz:
Na
minha casa irá brotar
Um
rio de águas novas pra curar
A
vida vai chegar
Porque
o meu Deus trará
A
existência o que me fez sonhar
Os
meus celeiros irão transbordar
A
benção do senhor vai me alcançar
O
tempo de bonança vai chegar
Minha
família nas mãos de Deus está.
Família abençoada por amor aos nossos
antepassados Estudo
25 – Texto Base: Gn 26.24 |
Nossa
família pode ser abençoada por causa da fidelidade de nossos pais.
Minha
avó era fiel no dízimo. Se ela faltava um domingo, reservava a oferta daquele
domingo e juntava com a oferta do domingo seguinte. Era desse jeito.
Meus
pais foram abençoados. Vejo hoje que meus irmãos e irmãs são abençoados
financeiramente. É verdade que eles são fiéis ao Senhor. Se rejeitarmos ao
Senhor, perderemos essas bênçãos.
A fé
e a fidelidade ao Senhor são suficientes para nós e nossa família serem
abençoadas.
A
Bíblia mostra que a benção de Deus pode vir para nossa vida pela fidelidade de
nossos antepassados.
1. O
Senhor é presente e promete bênçãos
Por
amor a Abrahão o Senhor era com Isaque e prometeu abençoa-lo – Gn 26.24: “Não
temas, porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência
por amor de Abrahão, meu servo”.
2. O
Senhor abençoa financeiramente
Labão
foi abençoado pelo Senhor por amor a Jacó – Gn 30.27: “Tenho experimentado que
o Senhor me abençoou por amor de ti”.
3.Os
descendentes são abençoados
- O
Senhor deu a Salomão uma tribo em Israel por amor a Davi – 1Rs 11.32: “Ele terá
uma tribo por amor de Davi, meu servo”.
- O
Senhor fez a Salomão príncipe em seus dias por amor a Davi – 1Rs 11.34:
“Fá-lo-ei príncipe todos os dias da sua vida, por amor de Davi”.
4.
Somos protegidos do inimigo
Jerusalém
foi protegida pelo Senhor dos inimigos por amor a Davi – 2Rs 19.34: “Porque eu
defenderei esta cidade (Jerusalém) por amor de mim e por amor de meu servo
Davi”.
5.
Por amor o Senhor não destrói o que errou
- Por
amor a Davi o Senhor não quis destruir Judá – 2 Reis 8.19: “Porém, o Senhor não
quis destruir a Judá por amor de Davi, seu servo”
- Por
amor da aliança com Abrahão, Isaque a Jacó o Senhor não destruiu Israel – 2Reis
13.23: “Porém, o Senhor teve misericórdia de Israel, e se compadeceu dele, e se
tornou para ele, por amor da aliança com Abrahão, Isaque e Jacó; e não o quis
destruir...”
6. O Senhor Abençoa a casa
- Por
amor a José o Senhor abençoou a casa de Potifar – Gn 39.5: “O Senhor abençoou a
casa do egípcio por amor de José; a benção do Senhor estava sobre tudo o que
tinha, tanto em casa como no campo”.
- Por
amor da arca de Deus, o Senhor abençoou a casa de Obede-Edon – 2Sm 6.12:“Ficou
a arca do Senhor em casa de Obede-Edom, o geteu, três meses; e o Senhor o
abençoou e a toda sua casa. Então avisaram a Davi, dizendo: O Senhor abençoou a
cada de Obede-Edom e tudo quanto tem, por amor da arca de Deus...”
Nossa
fé e fidelidade a Deus nos garantem sempre a vitória. Invista no Reino de Deus
e seus descendentes serão abençoados.
Diga
como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15).
Derrote três inimigos para o seu lar
ser feliz Estudo
26 – Texto Base: Efésios 5.21-31 |
Em 10
anos, a taxa de divórcios cresceu mais de 160% no Brasil. O Brasil registrou
341,1 mil divórcios em 2014, ante 130,5 mil registros em 2004. É um salto de
161,4% em dez anos. No período entre 1984 e 2014, constatou-se redução na
duração dos casamentos, de 19 para 15 anos.[17]
Portugal
é o campeão dos divórcios na Europa. Por cada 100 casamentos, há 70 divórcios.[18]
Por
outro lado, foi realizada “pesquisa com casais entre quarenta e cinco e
sessenta anos de relacionamento e identificaram como variáveis importantes para
a satisfação: estar casado com alguém que se valorize como pessoa e aprecie
estar junto; compromisso com o cônjuge e com o casamento; senso de humor;
consenso sobre vários assuntos, tais como objetivos e projeto de vida, amigos e
tomada de decisão”.[19]
Deus
criou o casal para ser feliz e para ser uma só carne. Criou para dizer sim e
viver unido e feliz até o fim. E no Jardim do Éden tudo era lindo, pois o
pecado não existia e o inimigo não tinha espaço na vida do primeiro casal.
Com o
pecado passando a existir por causa da desobediência do primeiro casal o
relacionamento entre os dois passou a ficar fragilizado e doentio. Um passou a
acusar ao outro. Passou a haver falta de amor e respeito. O companheirismo
deixou de existir. Passou a haver competição entre os dois.
A
nossa realidade hoje é outra. Não vivemos mais no “paraíso”. Vivemos no mundo
que jaz no maligno (1Jo 5.19). Para
sermos felizes é necessário batalhar, lutar espiritualmente.
Nos
dias atuais, o casal para ser feliz precisa vencer três inimigos:
O
diabo (1Pedro 5.8; 1Jo 2.13);
A
natureza humana pecadora (Efésios 5.1-5);
As
memórias doentias herdadas (Jeremias 16.19; Hebreus 12.15).
O
casamento é um presente de Deus, mas hoje o casal vive em um terreno minado. Se
não soubermos desarmar essas “minas”, o lar pode ser destruído.
Mas
há solução, sim!
Para
vencer o inimigo, que atormenta e quer dividir o casal, devemos utilizar a
couraça da fé e do amor (1Ts 5.8). A fé apaga os dardos inflamados do maligno.
O amor é um antídoto contra toda agressividade. Ele apaga multidão de pecados.
Para
vencer a natureza humana pecadora, precisamos do perdão de Jesus e andar no
Espírito, que é fonte de vida.
A
carne nos induz para o mal e nos leva a ter ciúmes, inveja, agressividade,
falta de perdão, falta de respeito etc. Andando no Espírito jamais satisfaremos
os desejos da carne.
E,
por fim, precisamos curar as memórias doentias recebidas de nossos
antepassados.
Repetimos
exemplos de nossos pais, parentes e outros antepassados. Atitudes ou palavras
dos nossos antepassados são repetidas por nós hoje no casamento. Não basta
dizer que ama. É preciso vencer as forças externas e as forças internas
negativas que nos impulsionam hoje e nos levam a ter atitudes negativas em
relação ao cônjuge.
É
possível viver com harmonia, respeito e companheirismo. Em Jesus tudo subsiste.
Ele precisa ser o alicerce do lar. Ele é a fonte de vida e de sabedoria.
É
possível, sim, viver hoje de uma forma feliz no casamento.
Podemos
sair das garras do inimigo e ir para os braços do Pai sob a poderosa mão do
Senhor.
[1]
http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=8462
[2] http://mulhersabiaevirtuosa.com/como-ser-uma-esposa-sabia-feliz/
[3]
http://es.123rf.com/photo_24245302_maria-bosanquet-fletcher-1739--1815-diaconisa-ingles-a-principios-del-movimiento-metodista-se-caso-c.html
https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/.../4411
https://histometodista.wordpress.com/2016/01/29/los-predicadores-laicos-maria-bosanquet-xix/
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=1242
http://www.academia.edu/11871419/That_Peculiar_Voice_Jane_Eyre_and_Mary_Bosanquet_Fletcher_an_Early_Wesleyan_Preacher
[4]
http://www.starnews2001.com.br/storm.html
[5]
http://www.deficientesemacao.com/component/content/article/79-manual-do-lesado-medular/1890-saiba-todas-as-informacoe
[6]
http://www2.uol.com.br/vyaestelar/nutricaofuncional_estresse.htm
[7] www.baneses.com.br/noticias.asp?Cod_Noticia=295
[8]
http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/nutricao-hidratacao/21606-alimentacao-o-excesso-faz-mal-e-o-moderado-e-bem-vindo
[9] www.dicio.com.br/ira
[10]
http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Hunter
[11] www.agaguerrero.blogspot.com/2010/.../homem-incomum.
[12] www.iprb.org.br/artigos/textos/art01_50/art17.htm
[13] http://afreire3.br.tripod.com/triceratops.html
[14] www.prazerdapalavra.com.br
[15] www.ibfpatriarca.org.br/estudos/44_08.pdf
[16] Idem.
[17]
http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/11/em-10-anos-taxa-de-divorcios-cresce-mais-de-160-no-pais
[18]
https://www.publico.pt/2016/10/20/sociedade/noticia/por-cada-100-casamentos-ha-70-divorcios-em-portugal-1748189
[19]
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2004000300020
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