10 Mulheres Notáveis da Bíblia

Para meditação e estudo em Células

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

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Copyright © 2025, Odilon Massolar Chaves

É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente

Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 627

Livros publicados pelo autor: 697

Fonte capa:

https://wildadarzan.blogspot.com/p/blog-page_3.html 

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

É casado com RoseMary. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil



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“Então disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador,
pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada,
pois o Poderoso fez grandes coisas em meu favor; santo é o seu nome”.

(Lucas 1.46-49)

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Índice

 

·        Introdução

·        Dorcas

·        Mulher Cananéia

·        Mulher Sunamita

·        Maria Madalena

·        Maria

·        Priscila

·        Mulher de Jó

·        Rute

·        Ana

·        Zípora


 

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Introdução

 

O livro “10 Mulheres Notáveis da Bíblia” é um livro de 46 páginas que destaca a história de mulheres que no Antigo e Novo Testamento tiveram uma participação importante na história do povo de Deus, na fé ou em atos de amor.

Outras mulheres foram também muito importantes na Bíblia, apesar de serem diferentes. Dentre elas, estão: Maria era cheia de graça e foi escolhida para gerar Jesus; Marta era dinâmica e trabalhadora; Sara tinha influência sobre seu marido Abraão, etc. Assim foram muitas das mulheres da Bíblia.

As 10 mulheres registradas neste livro também tiveram temperamentos diferentes e se envolveram em eventos diferentes, mas foram destacadas pelo seu caráter, amor ou fé.

Foram notáveis.

Este livro pode ser utilizado para meditação e estudo em Células ou pequenos grupos.

Que o Espírito Santo ilumine sua vida na leitura deste livro.

O Autor


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Dorcas,

Uma discípula notável

 

Texto Base: Atos 9.36

 

A Bíblia conta a história de Dorcas, um nome grego (Atos 9. 36-46). Em aramaico é Tabita, que significa gazela.

João Wesley disse: Tabitha, que é por interpretação Dorcas - Ela era provavelmente uma judia helenista, conhecida entre os hebreus pelo nome siríaco Tabitha, enquanto os gregos a chamavam em sua própria língua, Dorcas (...)”.[1]

Não foi sem motivo que Dorcas foi comparada a uma gazela, um animal admirado por sua beleza. A gazela era ajudadora natural do rebanho. As gazelas tinham facilidade de encontrar bons pastos, por isso os pastores procuravam as gazelas para protegerem e guardarem seus rebanhos.

Por isso, o nome gazela para Dorcas. Era exatamente o que ela fazia ajudando as viúvas e os pobres. Ela protegia e guardava essas vidas.

Dorcas foi a única mulher na Bíblia chamada de discípula. Foi a única mulher chamada de notável. Somente Silas e Judas, chamado Barsabás (Atos 15.22) foram chamados de notáveis.

Jesus disse que nós seriamos reconhecidos como seus discípulos, se amássemos uns aos outros (João 13.35).

Dorcas era notável. Era digna de nota, de registro. No meio dos outros, ela fazia a diferença. Ela realizava boas obras. Ela fazia roupas para as viúvas e ajudava aos pobres.

A Bíblia diz: “Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia" (At 9.36). Esmolas, em grego “Eleos”, significa compaixão, misericórdia, solidariedade e partilha.[2]

Hoje, muitos consideram quem faz sucesso com a música gospel como alguém notável. A Bíblia tem uma outra visão. Jesus foi notável por assumir a forma de servo (Fp 2.5-8). Somos chamados a ter o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.

Algo que Jesus veio restaurar na Palestina foi a misericórdia esquecida pelos líderes da época. A aplicação da Lei de uma forma fria excluía pessoas, considerava os doentes como pecadores e os que erravam como dignos de morte.

Jesus disse, em sua época, aos líderes que eles haviam esquecido os preceitos mais importantes da Lei, a justiça, a misericórdia e a fé (Mateus 23.23).

Na Parábola do Bom Samaritano, Jesus realça a importância da misericórdia. Nas Bem-Aventuranças, Jesus disse: “Bem-aventurado os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mateus 5.7).

Dorcas alcançou essa misericórdia. Dorcas um dia adoeceu e faleceu e isso comoveu os discípulos que a conheciam muito bem. Todos sentiram uma falta imensa dela, pois era amada e uma pessoa muito especial.

Os discípulos foram atrás de Pedro para orarem por Dorcas, que havia morrido. As viúvas cercaram Pedro e todas as viúvas mostraram as túnicas e vestidos que Dorcas tinha feito para os necessitados.

Pedro orou e ressuscitou Dorcas (Atos 9.37-43).

Para João Wesley, “a ligação entre fé e obras é tão inquebrável quanto aquela entre o coração e a vida. ‘É necessário que todos os que são justificados sejam zelosos de boas obras’, diz Wesley, ‘E estes são tão necessários que se um homem voluntariamente os negligencia, ele não pode razoavelmente esperar que ele seja santificado”.[3]

Dorcas foi uma discípula notável. Ela demonstrou sua fé através das obras que realizava em benefício dos pobres e das viúvas.

Na verdade, só podemos amar depois de recebermos o amor de Deus. Nós amamos porque Ele nos amou primeiro (1Jo 4.19).

 

Para refletir: Você tem sido notado pelo bem que faz aos outros?  

 


Mulher Cananéia,

A fé que trouxe vitória 

 

Texto base: Hebreus 11.1

 

Fé, graça preveniente dada por Deus 

A história da mulher Cananéia (Mt 15.21-28) nos revela que a fé deve ter expressões. Deus já havia colocado essa fé em seu coração desde quando ela nasceu, é a graça preveniente, que todos têm. 

Ela não é estática. Ela tem vida. Ela é móvel. Alguém disse que a fé é um pulo no escuro. Fé é confiança, certeza (Hb 11.1). 

Essa história mostra como a mulher Cananéia conseguiu voar bem alto e realizar seu sonho. 

Aprendemos com a mulher cananeia sobre sua grande fé:  

A fé tem ouvidos e desperta. A mulher ouviu falar de Jesus e foi atrás dele. Ela ouviu dos seus feitos e creu. A Bíblia diz que a vem. Paulo disse: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10.17). 

Podemos dizer que a fé tem pernas. A mulher “viera daquelas regiões” e foi até Jesus para ser abençoada. 

Quem tem fé corre atrás de sua benção. A pessoa se move. 

A fé verdadeira anda de mãos dadas com o amor. 

Paulo fala da “A fé que atua pelo amor” (Gálatas 5.6). 

A mulher cananéia demonstrou fé e um grande amor pela sua filha. 

A fé faz nascer a esperança. A mulher correu até Jesus. Ela havia ouvido falar dos milagres e do amor que Jesus tinha por todos. A fé faz nascer a esperança. 

Por isso, precisamos nos alimentar da Palavra e estar em comunhão constante com Deus. 

A fé enxerga a vitória e traz paz. A mulher viu possibilidade da cura para sua filha. Ela enxergou a sua benção. Por isso deixou tudo e foi até Jesus. Ela voou alto. 

A fé tem boca. A mulher clamou: “Senhor, filho de Davi, tem compaixão de mim”. 

Jesus disse que quem pede recebe. 

A verdadeira fé reconhece quem é Deus. A mulher “veio e o adorou”. Quem tem fé reconhece que todo poder vem de Deus. 

Toda glória deve ser dada ao Senhor. 

A fé gera entendimento 

Jesus havia vindo para salvar primeiros as ovelhas perdidas casa de Israel. Por isso, Ele disse que não era bom tirar o pão dos filhos (Israel, filhos de Deus) e dar aos cachorrinhos. 

Os cananeus eram chamados de cães pelos judeus. Os cães viviam sujos e doentes nas ruas. 

Jesus, porém,  fala com ternura com a mulher e emprega o diminutivo de cães (kunaria). Os kunaria não eram os cães vagabundos, mas os cães de estimação que viviam nas casas. A mulher cananeia percebeu isso. 

A mulher argumentou com Jesus que os cachorrinhos pegam as migalhas que caem debaixo da mesa dos seus donos.  Jesus ficou impressionado com a mulher. Disse que ela tinha grande fé. 

A fé tem, por fim, mãos e demonstra gratidão. Quem tem fé levanta suas mãos aos céus e toma posse das bênçãos de Deus. Ela segura sua benção. 

Foi o que mulher Cananéia fez. 

Onde estão os pés da tua fé? 

Onde estão os ouvidos da tua fé? 

Onde está a boca da tua fé? 

Jesus lhe disse: "Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como tu queres!' E desde aquele momento sua filha ficou curada" (Mt 15.28). 

Essa fé nos traz grande vitória! 

 

Para refletir: Qual é a fé que você tem?

 


Mulher Sunamita,

A sua grande riqueza

 

 

Texto base:  2 Reis 4.8-10

 

A mulher sunamita é assim chamada porque não é mencionado seu nome na Bíblia e ela era originária de Suném.

 

“Suném vem do original hebraico Shunem que significa "lugar de repouso". A cidade ficava a sudeste do mar da Galileia, localizada na planície de Jezreel entre os montes Gilboa e Tabor. Fazia parte dos domínios da tribo de Issacar. Era um lugar fértil com boa vocação para a agricultura”.[4]

 

A mulher sunamita era rica, mas sua maior riqueza vem de seu caráter. Uma mulher sem nome, mas cujas atitudes revelam uma grande riqueza.

 

Era uma mulher rica financeiramente e rica em amor e bondade.  Constrangeu Eliseu a se alimentar em sua casa (2Rs 4.8). Abençoou ao homem de Deus construindo um quarto para ele (2Rs 4.9-10).

 

Era abnegada. Eliseu lhe disse: “Eis que nos tem tratado com muita abnegação” (2Rs 4.13).

 

Era uma mulher simples. Quando Eliseu se propôs a interceder por ela junto às autoridades em alguma questão, ela apenas demonstrou que estava satisfeita com o que tinha: “Habito no meio do meu povo” (2Rs 4.13).

 

O Senhor abençoou a sunamita, mesmo ela não pedindo. Quando o profeta disse que ela iria ter um filho, emocionada, ela respondeu: “Não, senhor, não mintas à tua serva” (2Rs 4.16).

 

Era uma mãe cuidadosa. Quando seu filho ficou gravemente doente, a mulher sunamita ficou com a criança no colo até que morreu (2Rs 4.19-20).

 

Era uma mulher cuja vida estava voltada para a dimensão espiritual. Ela colocou a criança morta em cima da cama do homem de Deus e foi atrás dele (2Rs 4.21-22).

Era uma mulher determinada. Quando seu filho morreu, ela foi atrás do homem de Deus deixando tudo para trás (2Rs 4.22). Mesmo o marido tendo argumentado de que não era um dia próprio: “Porque vai a ele hoje? Não é dia de Festa da Lua Nova e nem sábado”, ela disse: “Não faz mal” (2Rs 4.23).

 

Era uma mulher de domínio próprio e mansidão. Era de poucas palavras e não usava de agressividade, desequilíbrio ou ofensa. Quando o homem de Deus a viu, mandou perguntar se tudo estava bem. Ela disse: “Tudo bem” (2Rs 4.25-26).

 

Era uma mulher humilde. Quando ela foi ao encontro de Eliseu para falar sobre seu filho, ela abraçou os seus pés (2Rs 4.27).

 

Era uma mulher de poucas palavras e franca. Porque seu filho havia morrido, ela disse: “Pedi ao senhor alguém filho? Não disse eu: não me enganes” (2Rs 4.28). Ela não deixou Eliseu até ele decidir ir com ela ver seu filho.

 

Era uma mulher de caráter em quem se podia confiar.  O profeta prometeu não a deixar e a seguiu (2Rs 4.30). Orou depois pelo menino e ele reviveu (2Rs 4.36).

 

Era uma mulher de fé. A verdadeira fé reivindica a Deus direitos, quebra ferrolhos e traz à existência as coisas que não existem. Seu filho lhe foi restituído: “Toma o teu filho” (2Rs 4.36).

 

Era uma mulher de coração grato.  Lançou-se aos pés de Eliseu e prostrou-se com o rosto em terra (2Rs 4.37).

 

Anos depois, Eliseu preveniu a mulher sunamita que viria uma fome lhe disse: "Saia do país com sua família e vá morar onde puder, pois o Senhor determinou para esta terra uma fome, que durará sete anos" (2 Reis 8.1). Ela obedeceu (2 Reis 8.2). Ao retornar, em Israel, suas terras e propriedades tinham sido invadidas. Ela fez um apelo ao rei para que suas terras fossem restituídas. Ela teve o valor da colheita indenizada e suas terras restauradas (2 Reis 8.3-6).

Um coração rico que abençoa é também ricamente abençoado.

 

Para refletir: Qual riqueza da mulher sunamita você tem? 

 

 

 


Maria Madalena,

Nos passos de Jesus


 

Texto base: João 20.11

Os evangelhos contam a história de Maria Madalena de quem Jesus expulsou sete demônios (Lc 8.2). Maria Madalena mudou radicalmente a sua vida após ser liberta e seguir os passos de Jesus. Dentre as suas virtudes por seguir os passos de Jesus, estão:

Um coração doador. Maria Madalena e outras mulheres ajudavam a manter o ministério de Jesus com seus bens: "as quais lhes prestavam assistência com os seus bens" (Lc 8.3). 

Maria aprendeu que mais bem-aventurado é dar do que receber. Quem tem o amor ágape sempre se doa ao próximo e a Deus. Quem vive segundo somente a sua própria natureza, a tendência é sempre querer mais de uma forma descontrolada e, muitas vezes, desumana e injusta.

Era movida pelo amor. No dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada" (Jo 20.1). 

Cá entre nós, quem levantaria de madrugada para ir ao cemitério ver um morto? É verdade que ela esperava encontrar o corpo de Jesus. Deus expulsou o espírito de medo e lhe deu espírito de coragem e de amor!

O que moveu Maria Madalena para ter essa coragem foi o amor que ela tinha por Jesus. A Bíblia diz que o perfeito amor lança fora o medo (1Jo 4.18). Quem tem experiência com Jesus e experimenta seu amor passa a ter qualidade de vida e sabe que nEle está o manancial da vida. 

Tinha a alegria de compartilhar sobre Jesus: “(...) correu e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo, a quem Jesus amava" (Jo 20.2).

Ela compartilhou do que sabia. Mostrou ser responsável e ter compromisso. Isso se aplica ao nosso compromisso com a comunidade, Igreja, trabalho, família e relacionamento com os amigos e amigas. Isso se chama também cidadania.

Era serva, submissa e membro do corpo de Cristo. Quando viu que Jesus não estava mais no túmulo, ela procurou à liderança da igreja mostrando ser submissa aos líderes e contou sobre o desaparecimento do corpo de Jesus que poderia até mudar a história do cristianismo (Jo 20.2). 

O individualismo é prejudicial. Trabalhar em equipe produz mais e erramos menos. Respeitar os líderes é fundamental. Traz unidade ao grupo. Devemos compartilhar uns com os outros.

Era uma mulher perseverante. Os discípulos viram o túmulo vario e voltaram para casa (Jo 20.10)."Maria, entretanto, permanecia junto à entrada do túmulo" (Jo 20.11). 

O Senhor lhe deu espírito de persistência, perseverança nas dificuldades. Ela não olhou para as circunstâncias. Se os discípulos haviam esmorecido, talvez com medo ou decepção, ela permaneceu firme à procura de Jesus.

Maria Madalena seguiu somente a Jesus. Ela olhou para dentro do túmulo e viu dois anjos (Jo 20.12), que foram até cordiais com ela e lhes perguntaram porque ela chorava. Mas ela queria era Jesus e ela respondeu: "porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram" (Jo 20.13).

Há uma onda de esoterismo no mundo onde muitos anjos são cultuados. Eles acabam sendo mais importantes do que Jesus. Eles são, sim, nossos auxiliares (Hb 1.14), mensageiros de Deus, mas o mais importante é Jesus.

Aprendendo com Maria Madalena

Essa história de Maria Madalena nos mostra que Jesus está perto daqueles que o amam e o buscam: "Tendo dito isso, voltou-se para trás e viu Jesus em pé" (Jo 20.14).

Jesus se preocupa com a nossa dor. Jesus perguntou a Maria: "Mulher, por que choras? A quem procuras?" (Jo 20.15). Jesus nos conhece pelo nosso nome. Jesus disse somente "Maria" (Jo 20.16). Uma palavra bastou para abrir os olhos de Maria e ela entender que Jesus estava ali vivo.

Jesus nos conhece pelo nosso nome. Jesus nos chama a viver na família da fé. Jesus disse para Maria Madalena: "Vai ter com meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus" (Jo 20.17).

Voltar ao convívio fraternal num ambiente de fé é extremamente saudável e necessário. Precisamos ouvir, expressar nossa fé, aprender e compartilhar em comunidade.

Para refletir: Você tem alguma das virtudes de Maria Madalena

 a,

Aos pés de Jesus

 

 

Texto base: Lucas 10.39

 

Maria, irmã de Marta e de Lázaro, tinha prazer em estar aos pés de Jesus: “Tendo, pois, Maria chegado aonde Jesus estava, e vendo-o, lançou-se aos seus pés, dizendo-lhe: Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11.32).

Curvar-se aos pés de uma pessoa revela humildade, submissão ou adoração. Pode também significar humildade. Humildade vem de “Humus: terra”, uma palavra de origem latina significando: aquele que tem os pés no chão [5]. Estar aos pés de Jesus é sinal de humildade.

Paulo foi discípulo de Gamaliel, seu mestre: “Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel” (Atos 22.3).

Uma mulher, cuja filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar de Jesus se lançou aos seus pés pedindo socorro (Mc 7.25).

Leproso curado reconheceu o poder de Jesus: “E um deles, vendo que estava são, voltou glorificando a Deus em alta voz; E caiu aos seus pés, com o rosto em terra, dando-lhe graças; e este era samaritano” (Lucas 17.15-16).

Pedro se lançou aos pés de Jesus reconhecendo ser Ele o Senhor: "Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador" (Lucas 5.8).

Maria esteve três vezes aos pés de Jesus

Maria, irmã de Marta e de Lázaro, três vezes, pelo menos, se encontrou com Jesus e nestas ocasiões se lançou aos seus pés. 

Maria agiu como discípula do seu Mestre Jesus ficando aos seus pés 

Marta estava ocupada na cozinha e Maria estava sentada aos pés de Jesus escutando.  A Bíblia diz: “Tinha ela uma irmã, chamada Maria, e esta quedava-se assentada aos pés do Senhor a ouvir-lhe os ensinamentos” (Lucas 10.39). Marta ficou transtornada e pediu que Jesus exortasse Maria, mas Jesus abençoou Maria por haver escolhido o melhor: estar aos pés dEle (Lucas 10.42).  

Maria se lançou aos pés de Jesus o reconhecendo como o Messias que tem o poder de ressuscitar 

O seu irmão Lázaro tinha morrido e Jesus acabara de chegar, quatro dias depois. 

As Escrituras dizem que Maria correu e se lançou aos pés de Jesus chorando, não de derrota, mas num ato de grande fé afirmando que se Jesus estivesse ali, Lázaro não teria morrido (João 11.32). 

Jesus ficou comovido pela tristeza de Maria e também chorou (João 11.33). E, depois, Jesus ressuscitou Lázaro. 

 Maria ofertou o seu melhor a Jesus como gratidão 

Parece que foi um jantar de gratidão porque Jesus havia ressuscitado a Lázaro: “Então, ofereceram-lhe um jantar; Marta servia, enquanto Lázaro era um dos convidados, sentado à mesa com Jesus. Maria pegou uma libra de bálsamo de nardo puro, um óleo perfumado muito caro, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com seus cabelos. E a casa encheu-se com a fragrância daquele bálsamo” (João 12.2-3).

Assim, o nardo derramado por Maria valia praticamente o salário de um ano de trabalho. Maria mostrou que Jesus é mais precioso do que o mais puro nardo. Ele havia ressuscitado seu irmão Lázaro. Provavelmente, Jesus e seus discípulos estavam alojados na casa de Maria, Marta e Lázaro, disse João Wesley.[6] Foi a última semana de Jesus antes da crucificação.

João Wesley lembrou que havia duas pessoas que derramaram unguento em Cristo. Uma para o início de seu ministério (Lucas 7.37) e outra seis dias antes de sua última Páscoa, em Betânia.[7] Somos chamados a estar aos pés de Jesus. É sinal de humildade, reverência, submissão e adoração.

 

Para refletir: Você costuma estar aos pés de Jesus?

 

 

Priscila,

Líder, abnegada e cooperadora 

 

 

Texto base: Romanos 16.3-4

 

O nome de Priscila é mencionado seis vezes na Bíblia (At 18.2,18,26; Rm 16.3; 1Co 16.19; 2Tm 4.19).[8]

Ela foi importante na história da Igreja tendo uma participação efetiva no evangelismo, discipulado e cultos em sua casa.

Priscila era cooperadora de Paulo 

Paulo disse: “Saudai a Priscila e a Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus” (Rm 16.3). Junto com seu marido, serviu ao Senhor. 

“Tudo que a Bíblia cita sobre Priscila, a forma como foi a única mulher a acompanhar, com o marido, o ministério do Apóstolo Paulo tão de perto mostra-nos que era madura, auxiliadora e preparada para toda a boa obra. Que ela era uma líder nata, não há dúvidas, assim também como não podemos negar quão notável ela foi”.[9]

Era uma mulher unida ao seu marido nas alegrias e na dor

Permaneceram unidos quando o imperador romano Cláudio expulsou os judeus de Roma. Eles eram parte desses judeus expulsos.

Áquila e Priscila, unidos, enfrentaram essa situação: Tiveram que deixar Roma por causa de decreto do Imperador: “Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma” (Atos 18.2).

Eles trabalham juntos na mesma profissão: fabricavam tendas (Atos 18.2).

Estavam juntos na realização dos cultos na casa deles. Paulo diz:” (...) saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles (...)" (Rm 16.3-5).

Era uma mulher unida ao seu marido nas alegrias e na dor

Permaneceram unidos quando o imperador romano Cláudio expulsou os judeus de Roma. Eles eram parte desses judeus expulsos.

Áquila e Priscila, unidos, enfrentaram essa situação: Tiveram que deixar Roma por causa de decreto do Imperador: “Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma” (Atos 18.2).

Eles trabalham juntos na mesma profissão: fabricavam tendas (Atos 18.2).

Estavam juntos na realização dos cultos na casa deles. Paulo diz:” (...) saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles (...)" (Rm 16.3-5).

Era uma líder reconhecida por Paulo

No tempo de Jesus e Paulo, a mulher era desconsiderada em termos de liderança e participação efetiva na sociedade.  “Normalmente as mulheres viviam reclusas em suas residências”. 

Jesus interfere na ordem da sociedade patriarcal, desperta a potencialidade da mulher, as chama para serem também suas discípulas e isto aconteceu.

Essa mudança é possível ver na atuação de Priscila. Em determinadas situações, Priscila assumia a direção por ela provavelmente ser uma grande líder.

Em quatro ocasiões (At 18.18,26; Rm 16.3; 2Tm 4.19), a citação de seu nome ocorre antes de Áquila.

Num desses textos está escrito: “Ele (Apolo) começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áquila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus” (Atos 18.26).

Outro texto diz: “Saudações a Priscila e ao seu marido Áquila e também à família de Onesíforo” (2 Timóteo 4.19).

Priscila arriscou sua vida em prol do Reino

"Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles (...)" (Rm 16.3-5).

Priscila dedicou a sua vida pelo Evangelho não julgando valiosa sua vida terrena, mas olhou para o Reino de Deus que é eterno sempre ao lado do seu marido.

Nos dias de hoje, o Reino de Deus precisa de outras “Priscilas”.

Para refletir: Você destaca qual virtude em Priscila? 

 


Mulher de Jó,

Juntos na saúde e na doença

 

Texto base: Jó 1.13-21

 

Quando os noivos estão no altar, eles assumem os votos de casamento afirmando um para o outro que irão amar seu cônjuge tanto na alegria, como na tristeza; na fartura e na escassez; na saúde e na doença.

Na Bíblia há uma história de um homem chamado Jó que era muito rico. Ele e sua esposa tinham sete filhos e três filhas (Jó 1. 2). Possuíam sete mil ovelhas, três mil camelos, mil juntas de bois e quinhentas jumentas. Tinham ainda muitos servos; de modo que era Jó o maior de todos do Oriente (Jó 1.2-3).

Mas um dia ele perdeu tudo (Jo 1.13-21). Mesmo assim, sua esposa permaneceu firme ao seu lado. Para piorar mais, ele ficou muito doente (Jó 2.7-8). E mesmo assim, sua esposa permaneceu ao seu lado.

Quando seus amigos o viram com tanta dor choraram muito e não conseguiram nem falar nada para ele (Jó 2.11-13). Sua esposa, porém, estava ali junto dele.

Mas “no imaginário judaico/cristão a mulher de Jó sempre foi considerada como o protótipo da mulher insana, afetada, sem juízo, e antagônica a seu marido”.[10]

Tudo isso porque a Bíblia afirma que ela disse para Jó: "Você ainda mantém a sua integridade? Amaldiçoe a Deus, e morra!" (Jó 2.9).

Jó a chamou de louca (Jó 2.10). Foi o único momento em que ela é citada e nem sequer teve seu nome revelado como outras mulheres também da Bíblia.

Alguns estudiosos defendem a mulher de Jó argumentando que ela não era nenhuma estranha e nem um dos seus amigos que resolveram dar suas opiniões, mas depois viraram as costas e foram para suas casas. Na verdade, não é bem assim. Eles sentiram a dor de Jó e choraram muito (Jó 2.1-13).

Mas a mulher de Jó o acompanhou e sofreu junto com Jó em cada perda, especialmente na morte de seus filhos e filhas. Sofreu muito com o grande sofrimento de Jó. Ela não estava mais suportando tudo isso vendo seu marido sofrendo tanto. Mas ela permaneceu ao seu lado.

 “Não, ela era a pessoa mais próxima de Jó. E se Jó sofreu com os infortúnios que caíram sobre ele, ela também sofreu junto e amargou todas as perdas. Diferente dos amigos de Jó, ela estava padecendo conjuntamente do mesmo mal que se abateu sobre seu marido. Ela perdera seus filhos, sua casa, seus bens, sua dignidade e, naquele momento, via o homem a quem havia devotado uma vida ali, sobre um monturo, cheio de chagas malignas que iam da cabeça aos pés, coçando-se com um caco para aliviar sua agonia.”[11]

Sim, a mulher de Jó permaneceu ao seu lado. Importante entendermos que uma pessoa que convive muito tempo com uma pessoa doente física e emocionalmente vai também sofrer junto. Seus sentimentos e pensamentos são afetados e essa pessoa pode viver momentos de anormalidade.

Mas se a mulher de Jó foi tão insensata assim, porque Deus também a abençoou ao restituir tudo para Jó?

Um argumento é que a tradução da palavra “maldição”, na verdade é “adorar”, ela disse “Barech Elohim”. Mas, o que significa “Barech Elohim”? Barech significa “abençoar, bendizer, louvar”.[12]

A mulher de Jó, então, não disse: “Amaldiçoa a Deus e morre”, mas ela disse “Abençoa a Deus e morre”. [13]. Jó a repreendeu e a chamou de “doida” porque ela estava fazendo uma proposta derrotista para ele.

“No idioma original (no hebraico) a mulher de Jó disse “Barech Elohim”. Mas, o que significa “Barech Elohim”?

Barech significa “abençoar, bendizer, louvar”.[14]

“Um dos hagiografistas do início do século XIX de Wesley, o poeta britânico laureado Southey, classificou Molly-junto com Xantippi, a esposa estudada de Sócrates e esposa de Jó - como "uma das três más esposas" da história”.[15]

Não podemos julgar também uma pessoa só por causa de uma frase infeliz ou inadequada.

Passar pelo luto e pela perda não é nada fácil. A dor é intensa, o vazio tremendo”.

A esposa de Jó havia perdido todos seus filhos e todos seus bens e ainda estava vendo seu marido sofrendo muito.

Coloque-se no lugar dela.

Jesus não disse: “lembrai-vos da mulher de Jó” e sim de Ló (Lucas 17.32).

A mulher de Jó não foi repreendida por Deus, mas os amigos de Jó, sim (Jó 42.7).

O fato é que ela foi incluída nas bênçãos de Deus: “O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de boi e mil jumentos. Também teve ainda sete filhos e três filhas” (Jó 42.12-13). O Senhor lhe deu em dobro de tudo que havia perdido.

A Bíblia não diz que Jó se casou de novo e nem que ela havia morrido ou foi embora. Esses filhos e filhas, então, nasceram da esposa de Jó.

Muitos, por isso, a consideram uma injustiçada. Outros a consideraram uma “adoradora”[16] e uma mulher fiel que permaneceu lado a lado do seu marido nos piores momentos e, por isso, foi recompensada no final da vida.

 

Para refletir: Você tem estado ao lado de seu cônjuge nos momentos adversos?

 


Rute,

O mesmo Deus e o mesmo povo

 

 

Texto Base: Rute 1.16 

A história de Noemi parece mais um drama de filmes de Hollywood. Situação desesperadora de Noemi e de seu marido Elimeleque, que diante de uma fome extrema decidiram sair de Belém, a terra do pão, para procurar a sobrevivência em Moabe: “Nos dias em que os juízes julgavam, houve fome na terra, e um homem de Belém de Judá, saiu a habitar no país de Moabe, ele, sua mulher e seus dois filhos” (Rute 1.1). 

Os seus dois filhos se casaram com moabitas, mas os dois filhos e Elimeleque morreram (Rute 1.3-5). Uma mulher viúva e sozinha num país que não era o seu.Mas como nos roteiros dos filmes de Hollywood, os sonhos podem se realizar e acabar em final feliz. 

Tudo começa quando a nora Rute toma uma decisão inesperada. Ela decide acompanhar a sogra Noemi, que decidiu voltar para Belém,  e decide ter o Deus de Israel como o seu Deus: “Disse, porém, Rute: Não me instes para que te abandone, e deixe de seguir-te; porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus” (Rute 1.16).

Israel vivia tempos de infidelidade a Deus. Por diversas vezes se repetiu o ciclo: Israel peca adorando os deuses dos países vizinhos. Deus, então, envia males e depois de anos de sofrimento, Israel decide se arrepender. Deus, então, levanta um juiz ou juíza para livrar Israel das mãos dos inimigos (Juízes 3.7-11; 3.12-31; 4.1-24; 6.1-8.35, etc). 

Deus está à procura de verdadeiros adoradores, servos e servas, homens e mulheres fieis e dispostos a servi-lo de todo coração. Deus tem plano de estabelecer Seu Reino de paz, justiça, amor. 

Maria foi contemplada para fazer parte dos antepassados de Jesus por causa de sua humildade e fidelidade: “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lucas 1.30). 

O cântico de reconhecimento e gratidão de Maria inclui ela dizendo: “Então disse Maria: "Minha alma engrandece ao Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, pois atentou para a humildade da sua serva. De agora em diante, todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1.46-48). 

Rute também foi contemplada para fazer parte da linhagem de Davi que traria Jesus ao mundo. Seu filho Obede gerou Jessé, que foi o pai de Davi, de onde veio Jesus Cristo (Rute 4.15-22; Mateus 1.1). 

Muitos têm sonhos de se casar com uma pessoa de caráter, bem financeiramente e fiel ao Senhor. Humanamente, o casamento de Boaz com Rute era muito pouco provável. Ela era viúva, pobre e moabita. Boaz era solteiro, judeu e um homem rico, poderoso e respeitado proprietário de terras em Belém (Rute 2.1-3). 

Mas Deus tinha um plano para gerar a descendência que traria Jesus ao mundo. Rute preenchia os requisitos de Deus: serva, humilde, fiel ao Senhor, caridosa e amiga (Rute 4.15). Afinal, seu nome significa “amizade”. 

Uma das primeiras palavras de Boaz para Rute quando a conheceu foi: “O Senhor retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do Senhor Deus de Israel, sob cujas asas te vieste abrigar” (Rute 2.12). 

Com o passar do tempo, Boaz toma Rute como esposa, que tem um filho chamado Obede (Rute 4.10-13). Assim, Rute e Boaz tornam-se antepassados do rei Davi e, consequentemente, de Jesus Cristo. 

Noemi foi abençoada em sua velhice por causa do caráter de Rute e isso foi reconhecido em Israel (Rute 4.15). 

Importante entender a raiz dessa história com final feliz: num tempo de infidelidade de Israel, aparece Rute, uma estrangeira que abandona os deuses de sua terra e se torna fiel ao Deus Altíssimo. É a partir desta fidelidade que Deus põe Rute na história da redenção, colocando-a num lugar importante da linhagem do nosso Salvador!”[17] 

Deus nos chama a cumprir Seus eternos desígnios através da humildade, fidelidade e das coisas simples da vida. A família é chamada a ser instrumento de Deus. 

 

Para refletir: Você acredita que Deus abençoa seu casamento?

 

 

Ana,

Emocional tratado, felicidade conquistada

 

Texto Base: 1 Samuel 1.6-10

 

A história de Ana é a história de muitas pessoas. Ela sonhou em se casar, mas depois viu que era estéril. Ficou, com isso, frustrada e passou a ter problemas emocionais e com seu marido. 

Ana tinha o mesmo problema que Sara, a esterilidade.

Só que Ana era melancólica, um temperamento com tendência a depressão, choro, tristeza, aflição etc.

Ana, então diante da provocação de Penina chorava, tinha ansiedade, aflição, não se alimentava, etc.

O marido de Ana a amava e cuidava dela: "A Ana, porém dava porção dupla, porque ele a amava, mesmo que o SENHOR a houvesse deixado estéril" (1Sm 1.5).

Ana sentia-se rejeitada por Deus porque não tinha filhos e ainda se sentia mal porque sua rival sempre a magoava: “Penina tinha dois filhos; Ana, porém, não os tinha” (1Sm 1.2). “E a sua rival excessivamente a irritava” (1Sm 1.6).

Ela se sentia rejeitada por Deus e vivia magoada e, por isso, não conseguia ser feliz, mesmo seu marido sendo um bom homem e demonstrando amor por ela.

Ana sofria e acumulava males dentro de si: "E assim o fazia ele de ano em ano; e, todas as vezes que Ana subia à Casa do Senhor, a outra a irritava; pelo que chorava e não comia" (1Sm 1.7).

A decisão e a benção de Ana

Só quando Ana tomou a decisão de não mais chorar, mas sim fazer um pacto com o Senhor é que ela conseguiu iniciar um processo de cura para realizar os seus sonhos.

Mas o seu temperamento também tem aspectos positivos, a abnegação, entrega, renúncia, etc. Ela então ofereceu e entregou seu filho para servir ao Senhor por toda a vida:

“Ela, pois, com amargura de alma, orou ao Senhor, e chorou abundantemente. E fez um voto, dizendo: Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha” (1 Samuel 1.10-11).

Ana, passou a adorar ao Senhor, que é algo que o melancólico precisa fazer em vez de chorar: “levantaram-se de madrugada, e adoraram perante o Senhor, e voltaram, e chegaram à sua casa, em Ramá, e Elcana conheceu a Ana” (1Sm 1.19).

Deus depois abençoou a Ana lhe dando mais três filhas e duas filhas: Visitou, pois, o Senhor a Ana, que concebeu, e deu à luz três filhos e duas filhas; e o jovem Samuel crescia diante do Senhor” (1 Samuel 2.21).

Precisamos conhecer a nós mesmos. E só conhecemos a nós mesmos quando nos aproximamos mais de Cristo.

Precisamos ter os temperamentos transformados pelo Espírito Santo.

 

Para refletir: Você conhece bem seu temperamento?

  

 


Zípora,

A influência na vida de Moisés

 

Texto Base: Êxodo 2.16-21 

Moisés nasceu em um ambiente onde a família vivia num contexto de falta de liberdade e violência. O ambiente era de medo e morte. Faraó ordenou que matasse os meninos israelitas: “se for filho, matai-o” (Ex 1.16). 

A perseguição aos israelenses pelos egípcios fez com que os pais entregassem Moisés para ser criado por uma família egípcia. Assim, Moisés foi criado em outra cultura. Moisés precisou ser escondido pelos seus pais para ser salvo.
Muitos medos foram passados para ele.
 

Quando a filha de faraó o achou num cesto, no rio Nilo, “o menino chorava” (Ex 2.6). O bebê Moisés chorava pela situação de medo, de separação de seus pais e até pelo sentimento de rejeição. Quando Moisés era maior, “ela o trouxe à filha de Faraó, da qual passou ele a ser filho. Esta lhe chamou Moisés” (Ex 2.10). 

Moisés mudou de família, de mãe, de Deus e de nome. Perdeu a identidade.

Toda essa situação trouxe grandes dificuldades para Moisés. Depois, ele matou um egípcio ao querer defender os israelitas e o faraó procurou tirar sua vida. Ele precisou fugir (Êxodo 2.15). Moisés se tornou um assassino e fugitivo. Um futuro nada promissor. 

Moisés, contudo, um dia defendeu as filhas e Jetro e isso mudou sua vida: “Ora, o sacerdote de Midiã tinha sete filhas. Elas foram buscar água para encher os bebedouros e dar de beber ao rebanho de seu pai. Alguns pastores se aproximaram e começaram a expulsá-las dali; Moisés, porém, veio em auxílio delas e deu água ao rebanho”(Êxodo 2.16-17). 

Jetro o chamou para sua casa para comer pão (Êxodo 2.19-20). Foi mais do que comer pão. Ele foi acolhido. O acolhimento familiar foi fundamental para a vida de Moises. Certamente isso tocou fundo no coração de Moisés, pois ele se sentia rejeitado pela família e não aceito pela família de faraó. 

Casou-se com Zípora, filha do sacerdote Jetro. Seu nome significa pássaro ou passarinho. Moisés passou a ter uma família e uma estabilidade. 

A Bíblia relata esse momento inicial: “E Moisés consentiu em morar com aquele homem; e ele (Jetro) deu a Moisés sua filha Zípora” (Êxodo 2.21). 

Reuel significa “amigo de Deus” e é o mesmo sacerdote Jetro (superior, excelência). Moisés passou a conviver com uma liderança que era amiga de Deus. 

Moisés apascentava o rebanho e chegou ao monte de Deus, Horebe, e o Senhor se revelou a ele: “E vendo o Senhor que se virava para ver, bradou Deus a ele do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés. Respondeu ele: Eis-me aqui” (Êxodo 3.4). 

Certamente, Moisés esteve mais aberto à comunicação com Deus por causa da figura de Jetro, amigo de Deus. A figura de liderança masculina ou paternal tem uma grande influência na visão que temos de Deus.  Moisés foi instrumento de libertação do povo de Deus da opressão do Egito. 

Zípora compreendeu quando Moisés precisou deixá-la com os filhos na casa de Jetro para cumprir a vontade do Senhor, mas depois esteve de novo com sua família (Êxodo 18.1-6). 

Moisés teve um bom relacionamento com seu sogro Jetro, que também o entendeu e acolheu sua esposa e filhos, mas depois levou sua família de volta para Moisés: “Disse a Moisés: Eu, teu sogro Jetro, venho a ti, com tua mulher e seus dois filhos com ela” (Êxodo 18.6). Moisés respeitava e amava seu sogro: “Então Moisés saiu ao encontro do sogro, curvou-se e beijou-o; trocaram saudações e depois entraram na tenda” (Êxodo 18.7). 

Não faltou conflito familiar na vida de Moisés. Apesar de serem seus irmãos, Miriã e Arão, se levantaram um dia contra Moisés e se aproveitaram da origem cusita[18] de Zípora para se queixar de Moisés por ele ter se casado com uma estrangeira: “E falaram Miriã e Arão contra Moisés, por causa da mulher cusita, com quem casara; porquanto tinha casado com uma mulher cusita” (Nm 12.1-2). 

Contudo, Deus honrou a Moisés e os puniu preservando a liderança de Moisés e o casamento com Zípora (Nm 12.1-15). O casal permaneceu unido fazendo a vontade do Senhor.

 

Para refletir: Você tem tido bom relacionamento com seus parentes?

 

 


 



[1] https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=44&c=9

[3] “O Caminho bíblico da salvação” em Sermões II [vol. 3; ed. AC Outler; Abingdon, 1985], 164)”. https://www.catalystresources.org/wesley-on-faith-and-good-works/

[6] http://www.godrules.net/library/wesley/wesleyjoh12.htm

[7] https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=43&c=12

[11] https://www.gospelprime.com.br/a-mulher-de-jo-uma-injusticada/

[12]https://estudos.gospelmais.com.br/mulher-de-jo-uma-verdadeira-adoradora.html - Português e Aramaico-Português, da Editora Sinodal, Co-Editora: Editora Vozes Ltda, 8ª edição, 1997, página 33.

[13] https://youtu.be/DYIpomn2dJk

[14]https://estudos.gospelmais.com.br/mulher-de-jo-uma-verdadeira-adoradora.html.
Segundo o Dicionário Hebraico – Português e Aramaico-Português, da Editora Sinodal, Co-Editora: Editora Vozes Ltda, 8ª edição, 1997, página 33.

[15]people.wcsu.edu/briggsj/Wesley.html

[16]https://estudos.gospelmais.com.br/mulher-de-jo-uma-verdadeira-adoradora.html

[18] Cuxe é um povo que viveu onde hoje se localiza a Etiópia. https://www.voceparadeus.com/2014/10/o-que-significa-mulher-cusita-ou.html. Pode ser povo cusita ou cuxita.

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