Religiosos que se tornaram wesleyanos
Odilon Massolar
Chaves
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publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 608
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Tradutor: Google
Toda gloria a
Deus!
Odilon
Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História
pela Universidade Metodista de São Paulo.
É
casado com RoseMary. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.
Sua
tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição
como paradigma para nossos dias.
Foi
editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
Declaração
de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são
derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca
Etérea dos Clássicos Cristãos.
Rio de Janeiro –
Brasil
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Índice
·
Introdução
·
Destaques dos
capítulos do livro
·
Pai das
missões do metodismo
·
Um anglicano
intérprete da teologia wesleyana
·
De jesuíta a porta-voz
metodista em espanhol no Chile
·
Padre
brasileiro deixa o catolicismo e adere ao metodismo
·
De seminarista
católico a um dos grandes líderes do metodismo
·
Primeiro
mexicano ordenado ao ministério metodista
·
Um bispo da
paz em Burundi
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Introdução
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“Religiosos que se tornaram wesleyanos” é um livro de 32 páginas que relata a história de religiosos que deixaram suas igrejas e se tornaram metodistas.
Alguns eram padres, jesuíta, pastores, seminaristas e um
bispo evangélico.
É comum pessoas saírem de uma denominação e entrarem
para outra Igreja. Inclusive, pastores e pastoras. Foi tempo que a fidelidade
denominacional era forte.
Não é demérito para uma Igreja perder um dos seus
pastores ou pastoras. É comum até mesmo, na atualidade, as pessoas deixarem a
Igreja e criarem seu próprio ministério.
No passado, isso era mais difícil. Havia um amor e
fidelidade à sua denominação de origem.
Essa fidelidade foi vista em Carlos e João Wesley.
Apesar de liderarem o Movimento Metodista, permaneceram anglicanos.
Um dos casos marcantes no metodismo foi de Antonio
Teixeira de Albuquerque (1840-1887), que foi um ex-padre católico e considerado o primeiro pastor batista brasileiro. Após um casamento conturbado, no nordeste, numa Igreja
Presbiteriana, ele e sua esposa foram para o Rio de Janeiro. Eles aderiram ao
metodismo no Catete, em 1879. Rev. Ransom lhes ajudou financeiramente e lhes
deu moradia. Antonio Teixeira foi enviado à Piracicaba para ajudar nas Missões,
especialmente na Escola Newman onde atuou como professor. Um ano depois, ele
aderiu à Igreja Batista sendo batizado numa Loja Maçônica. Posteriormente, ele
se desentendeu, com o pastor batista Elias Quillin e foi para a Bahia, em 1882.[1]
Em situações de dificuldades ou estratégia, o metodismo
se uniu à outras denominações evangélicas para criar a Igreja Cristã Unida em
alguns países, dentre eles: Paquistão, Austrália, Canadá e Japão.
Lembramos que a Igreja Metodista Unida (IMU) foi criada em 1968, através da fusão da Igreja Metodista nos EUA e da Igreja Evangélica dos Irmãos Unidos. “Essa união ocorreu em 23 de abril de 1968, durante a Conferência Geral constitutiva em
Dallas, Texas, nos Estados Unidos”.[2]
Neste livro, abordamos a história de alguns pastores e
bispo que aderiram ao metodismo desde o tempo de Wesley.
No Brasil, dois casos foram importantes no metodismo: a
conversão do padre Hipólito de Campos e de Guaracy Silveira.[3]
Hipólito de Oliveira Campos perseguiu o metodismo quando foi padre em
Juiz de Fora. Ele se tornou pastor metodista e escreveu o livro “Porque deixei
o catolicismo”.
Guaracy Silveira era seminarista católico e se tornou
metodista. Foi um dos grandes líderes do metodismo. Foi o primeiro deputado
evangélico brasileiro eleito para defender os interesses protestantes na
Constituinte.
No início do metodismo foram três que deixaram a batina
para se tornarem pastores metodistas: Hipólito de Campos, Henrique Lima da
Costa e Giacomo E. Milazzo.
Outros que deixaram o catolicismo contribuíram para o
início do metodismo no Chile e México.
Um dos casos mais destacados foi em Burundi, África,
quando um bispo evangélico e toda sua denominação aderiram ao metodismo.
Um tema para refletirmos sobre a caminhada do
metodismo.
O Autor
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Destaques dos capítulos do livro
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Pai das missões do metodismo
Em sua busca, Coke acabou se convencendo de
que a ênfase metodista na justificação pela fé e no testemunho do Espírito era
verdadeira
Um anglicano intérprete da teologia wesleyana
Assim, tendo se mudado para a Inglaterra, em 1751, e conhecendo Wesley e
o metodismo, “começou a trabalhar com John Wesley, tornando-se um intérprete-chave da teologia wesleyana no século XVIII e um dos primeiros grandes teólogos
do Metodismo”
De jesuíta a porta-voz metodista em
espanhol no Chile
Foi o porta-voz metodista em espanhol. Sofreu
perseguição e ameaças. Seus seguidores passaram a ser chamados de “Canutos”.
Muitos foram presos. Canut foi obrigado a ir para o interior
Padre brasileiro deixa o catolicismo e adere
ao metodismo
“Por muito tempo o padre
Hipólito considerava os metodistas como ‘pervertidos’ e
‘pervertores’, mas o metodismo
acabou conquistando o padre”.
De seminarista católico a um dos grandes líderes do metodismo
Ao ler a Bíblia e confrontá-la com a Igreja
Católica, ele deixou o catolicismo.
Em 1915, entrou para a Igreja Metodista em
Ribeirão Preto, São Paulo.
No dia 14 de março de 1915, com 21 anos de idade, Guaracy tornou-se
membro da Igreja Metodista em Ribeirão Preto, sendo licenciado pregador local
no dia 09 de junho do mesmo ano e recomendado ao ministério pastoral pelo rev.
E. A Tilly.
Primeiro
mexicano ordenado ao ministério metodista
Seus pais o enviaram ao Seminário para
ele se tornar um padre católico.
Durante seu primeiro ano, no entanto, ele
perdeu a fé, deixou a escola e, sem contar aos pais, juntou-se aos soldados que
lutavam contra as forças francesas que invadiram o México em 1862.
Entrou em contato com os metodistas em Brownsville,
Texas. Ele não apenas recebeu uma Bíblia, mas durante um culto metodista ele
experimentou a conversão, embora o inglês falado pelo pregador não fosse sua
língua
Um bispo da paz em
Burundi
A Igreja em Kayero, Burundi, convidou
Ndorichimpa para ser seu pastor. Ele deixou seu trabalho na gráfica, em
Mweya-Gitega, e foi eleito moderador da Igreja Evangélica Mundial (depois
Igreja Evangélica Episcopal no Burundi).
Ndorichimpa foi consagrado bispo da Igreja.
Em 1984, ele e outros líderes negociaram e se filiaram à Igreja Metodista Unida.
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Pai das missões do metodismo
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Em sua busca, Coke acabou se convencendo de
que a ênfase metodista na justificação pela fé e no testemunho do Espírito era
verdadeira
Sua formação e experiência
Ele era filho único e viveu entre 1747-1814.
Thomas Coke nasceu em Brecon, Brecknockshire, País de Gales.
Seu pai era “um cirurgião rico e influente.
Sua educação inicial incluiu educação preparatória antes de ser colocado sob a
tutela do Rev. Griffiths até sua entrada no Jesuit College of Oxford aos
dezessete anos”.[4]
Thomas foi eleito conselheiro aos 22 anos e,
um ano depois, em 1770, eleito oficial de justiça.
Recebeu ordens anglicanas em 1772 e o diploma
de doutor em leis.
Ele, entretanto, não tinha ainda tido um
encontro com Cristo e se convertido genuinamente.
“Em sua busca, Coke acabou se convencendo de
que a ênfase metodista na justificação pela fé e no testemunho do Espírito era
verdadeira. Pregando em South Pemberton, a verdade da redenção mostrada cada
vez mais em seu próprio coração, ele logo se converteu genuinamente”.[5]
Ele passou a subir ao púlpito e pregar de
improviso e sua mensagem tocou em alguns corações que foram despertados, mas
suas mensagens também traíram a ira de algumas pessoas e do bispo. Acabou
expulso.
Em 13 de agosto de 1776, Wesley registrou no
seu diário que havia se encontrado com um jovem clérigo que havia viajado 30
quilômetros para se encontrar com ele.
O primeiro encontro de Thomas Coke com Wesley
foi decepcionante. “Em 13 de agosto de 1776, Coke encontrou o Rev’d John Wesley
pela primeira vez e esperava uma oferta de emprego como Pregador Metodista,
para sua decepção, Wesley o aconselhou a retornar à sua Curacy. Em um ano, Cock
foi expulso de sua paróquia quando ficou evidente que ele a dirigia como um
circuito metodista. Em desespero, ele foi até Wesley para apresentar seu caso e
foi aconselhado a ‘ir pregar o evangelho a todo o mundo. Thomas Coke tornou-se
um valioso ajudante para Wesley e foi fundamental para o início da Igreja
Metodista Episcopal, e logo se tornou um de seus Bispos”.[6]
No seu diário Wesley disse que havia
conversado muito com ele e afirmou que havia começado uma união que ele
acreditava que nunca terminaria. Em 19
de agosto de 1777, Wesley escreveu: “Eu fui para Taunton, com o Dr. Coke, que,
sendo demitido de sua curadoria, se despediu de seu nome honorável e está
determinado a lançar sua sorte conosco”. Dr. Coke iria investir toda sua
energia, fortuna e vida com os metodistas”.[7]
Wesley o considerava seu “braço direito” e foi
chamado “ministro das Relações Exteriores do Metodismo” por sua paixão
missionária.
Inicialmente, Thomas Coke “se manteve ocupado
viajando a cavalo pelo país, usando seu treinamento jurídico para trabalhar em
nome de Wesley para resolver os problemas que surgiram quando o movimento
metodista começou a desenvolver uma existência própria”.[8]
Ele se tornou o primeiro presidente da
Conferência Irlandesa dos metodistas em 1782.
Thomas Coke é chamado de “pai das missões do
metodismo”.
É
importante ressaltar a importância de Thomas Coke no desenvolvimento do
metodismo no Caribe.
Em 12
de março de 1786 ele propôs um movimento de Missões para o metodismo. Ele fez
uma carta introdutória para João Wesley e imprimiu um panfleto de doze páginas
propondo um movimento para Missões.
Wesley
aprovou o que seria chamado de 'Missões Locais' e 'Missões Estrangeiras.
O
Plano de Missões tinha esses objetivos:
O
primeiro objetivo foi estabelecer e apoiar uma missão nas terras altas e nas
ilhas adjacentes da Escócia.
O
segundo objetivo foi um projeto de língua francesa.
O
propósito era “para cuidar e continuar o trabalho ... em nossas ilhas de Jersey
e Guernsey.' A Igreja Episcopal Metodista dos EUA havia começado a trabalhar na
Nova Escócia, Quebec e Newfoundland”.
Thomas
Coke queria enviar missionários para as províncias na América e na ilha de
Newfoundland.
Ele
destacou o trabalho nas Índias Ocidentais e o ministério de John Baxter entre
os escravos negros de Antígua e as possibilidades em São Cristóvão. O terceiro
objetivo era estabelecer e apoiar missões nas ilhas das Índias Ocidentais. [9]
Thomas Coke publicou diversos livros, dentre eles: Comentários da Bíblia Sagrada; Uma história
das Índias Ocidentais (1808-1811); Uma vida de John Wesley (com Henry Moore,
1792); Ata de 1784, Conferencia da Igreja Metodista Episcopal na América, etc. [10]
Thomas Coke esperava abrir missões metodistas
nas Índias Orientais. Partiu para o Ceilão em 30 de dezembro de 1813 pagando
suas próprias despesas.
Ele morreu aos 66 anos após quatro meses no
mar a caminho do Ceilão (Sri Lanka). Morreu no dia 3 de maio de 1814 a bordo de
um navio, no Oceano Índico, onde também foi sepultado.[11]
O desejo de evangelizar o Ceilão (hoje Sri
Lanka) de Thomas Coke não foi em vão. Ele é reconhecido pela Igreja Metodista
do Sri Lanka como o “principal responsável pela missão no exterior ao Ceilão
(atual Sri Lanka) que zarpou do porto de Portsmouth em 30 de dezembro de 1813.
Durante a viagem, Coke adoeceu, morreu e foi enterrado no mar em 3 de maio de
1814. James Lynch, Thomas Hall Squance, William Ault, George Erskine e Benjamin
Clough chegaram a Galle em 29 de junho de 1814”.[12]
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Um anglicano intérprete da teologia wesleyana
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Assim, tendo se mudado para a Inglaterra, em 1751, e conhecendo Wesley e
o metodismo, “começou a trabalhar com John Wesley, tornando-se um intérprete-chave da teologia wesleyana no
século XVIII e um dos primeiros grandes teólogos do Metodismo”
Jean Guillaume de la Fléchère ou John William Fletcher (1729-1785), foi um suíço de língua francesa que
nasceu em Nyon, Suiça.[13]
Era “filho de Jacques, juiz do Landvogteigericht, e
Suzanne-Elisabeth Crinsoz de Colombier”.[14]
Fletcher foi educado em Genebra. “Ele frequentou a
academia em Genebra (mais tarde, a Universidade de Genebra)”.[15]
Em Genebra, “ele se distinguiu como um brilhante
estudioso de clássicos. Possuindo as qualificações intelectuais para o trabalho
como professor ou clérigo”.[16]
Foi através de um bispo que Fletcher entrou para a vida sacerdotal. “Um
bispo anglicano, tendo revisado o histórico acadêmico de Fletcher da
universidade suíça, ordenou-o. Logo ele estava ministrando com outro anglicano,
John Wesley, na Capela West Street, bem como onde quer que os refugiados
protestantes de língua francesa ("Huguenots") se reuniam em Londres”.[17]
Fletcher descobriu sua vocação pastoral. “Em 1757 Fletcher foi ordenado
diácono (6 de março 1757) e sacerdote (13 de março de 1757) na Igreja da
Inglaterra, depois de pregar seu primeiro sermão em Atcham ser nomeado
coadjutor ao Rev. Rowland Chambre na freguesia de Madeley, Shropshire”.[18]
Sua vida como metodista
Fletcher ouviu
dizer bem dos metodistas como um povo que orava muito. Ele se interessou em
conhecer. Sua alma sentia necessidade de algo mais profundo.
Trabalhando
como tutor, seus patrões costumam viajar para Londres para passar alguns dias.
Em 1751, em
“uma das estadias da família em Londres, Fletcher ouviu pela primeira vez dos
metodistas e tornou-se pessoalmente familiarizado com John e Charles Wesley,
assim como sua futura esposa, Mary Bosanquet”.[19]
Assim, tendo se mudado para a Inglaterra, em 1751, e conhecendo Wesley e
o metodismo, “começou a trabalhar com John Wesley, tornando-se um intérprete-chave da teologia wesleyana no
século XVIII e um dos primeiros grandes teólogos do Metodismo”.[20]
Era amigo pessoal de Wesley e um metodista convicto de suas doutrinas.
“No mesmo dia de sua ordenação, em 1757, Fletcher correu para a Capela
West Street, em Londres, para ajudar Wesley a servir a Santa Comunhão, e para
sempre se tornou o coadjutor de Wesley”.[21]
Fletcher se dedicou ao movimento de renovação e reavivamento espiritual
e se comprometeu com Wesley por correspondência a ir em seu “auxílio como um
teólogo, mantendo um compromisso nunca vacilando para a Igreja da Inglaterra”.[22]
João Fletcher era um arminiano. “Na teologia, ele confirmou as doutrinas
arminianas do livre-arbítrio, a redenção universal e expiação geral, contra as
doutrinas calvinistas da eleição incondicional e expiação limitada. Sua
teologia arminiana é mais claramente delineado em seus cheques famosos para
Antinomianismo. Ele tentou confrontar seus adversários teológicos com cortesia
e justiça (e de John Wesley), embora alguns de seus contemporâneos julgou
severamente por seus escritos”.[23]
Em 1770, na Conferência Anual, houve um conflito entre metodistas
calvinistas e metodistas arminianos. Havia uma acusação de que os metodistas
calvinistas levou à “mediocridade espiritual e ao antinomianismo.”[24] A Condessa Selina que levantou questões.
Fletcher, então se levantou na reunião para defender Wesley.
Para os ouvidos calvinistas, as atas da Conferencia Anual de 1770,
pareciam “endossar obras necessárias para a salvação. A Condessa exigiu que
seus professores assinassem uma desaprovação, o que no final Fletcher se
recusou a fazer. Renunciando à faculdade, ele colocou sua caneta a serviço de
Wesley e sua teologia arminiana”.[25]
O metodista José Benson era diretor do colégio Trevecca que a Condessa
Selina havia criado. Como ele não abraçou a predestinação, foi demitido.
Fletcher, era presidente da Instituição da Condessa, então tomou uma posição.[26]
Fletcher escreveu à Condessa renunciando à presidência da Instituição:
“O Sr. Benson fez uma defesa muito justa quando disse que comigo sustentava a
possibilidade de salvação para todos os homens e que a misericórdia ou é
oferecida a todos, embora possa ser recebida ou rejeitada. Se isto é o que sua
senhoria identifica como opinião do Sr. Wesley, livre arbítrio ou arminianismo,
e se qualquer arminiano tem de deixar o colégio, de fato estou igualmente
despedido. Diante de meu atual ponto de vista nesta questão, vejo-me obrigado a
manter este sentimento, ase em verdade a Bíblia é verdadeira e Deus é Amor”.[27]
Era uma pessoa de princípios e de caráter. Ele se demitiu preferindo
deixar a presidência da Universidade do Sul de
Gales fundada por Selina, Condessa de Huntingdon.
Desde, então, “Fletcher emergiu como intérprete autoritário de Wesley
com a publicação de uma série de livros sob o título, Checks to
Antinomianism, que foram editados, corrigidos e publicados por
Wesley”. [28]
João Fletcher foi
muito útil a Wesley e ao metodismo. Foi
“muito útil na luta que precisou sustentar para defender o ponto de vista
arminiano perante seus opositores calvinistas. Dessa maneira, o metodismo
produziu um grande teólogo sem que este realmente escrevesse um tratado de
teologia como a “Suma Teológica” de Tomás de Aquino ou “As Instituições
Cristãs” de Calvino. Limitou-se a defender uma doutrina que lhe pareceu mais
afinada com o ensino que o cristianismo primitivo ministrava segundo o
testemunho do Novo Testamento”.[29]
Fletcher não havia aceitado o convite de Wesley para trabalhar junto a
ele e para ser seu sucessor, pois “acreditava que sua tarefa contínua era
escrever como um intérprete da teologia de Wesley: ‘Eu coloquei minha caneta de
lado por algum tempo; no entanto, retomei-o na semana passada, a pedido do seu
irmão, para continuar com o meu tratado sobre a Perfeição Cristã”.[30]
Entre 1770 e 1778-81 foi
pregador do movimento de reavivamento durante estadias em Nyon.[31]
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De jesuíta a porta-voz metodista em espanhol no Chile
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Foi o porta-voz metodista em espanhol. Sofreu
perseguição e ameaças. Seus seguidores passaram a ser chamados de “Canutos”.
Muitos foram presos. Canut foi obrigado a ir para o interior
Juan Bautista Canut de Bon (1846-1896) nasceu em Valencia, Espanha. Aos 18 anos ingressou na Ordem da Companhia de Jesus, em Balaguer, Lérida, trabalhando como alfaiate. Foi enviado para a Argentina onde aprendeu homeopatia.
Depois foi para o Chile, em 1871, onde se desligou da Ordem dos Jesuítas porque queria continuar estudando. Em Los Andes trabalhou na venda de tecidos e se casou com Virginia Aguilar Robles, com quem teve dez filhos.
Em 1876, sua vida mudou quando encontrou um Novo Testamento em uma estação ferroviária. Em 1880, conheceu o pregador presbiteriano Robert MacLean encontrando sua salvação. Canut percorreu o país vendendo Bíblias e folhetos. Foi um pregador "ativo, incansável e eficiente".
Porém, em 1881, foi demito por causa de sérios conflitos internos entre os irmãos MacLean e outros missionários. Em sua decepção, voltou à Igreja Católica, mas logo percebeu o erro. Sua situação mudou drasticamente quando conheceu o bispo metodista William Taylor. Como membro e “encorajador”, em 1888, foi enviado para Coquimbo e La Serena onde pregou para as massas com seriedade, paixão e tenacidade.
Foi o porta-voz metodista em espanhol. Sofreu perseguição e ameaças. Seus seguidores passaram a ser chamados de “Canutos”. Muitos foram presos. Canut foi obrigado a ir para o interior.
O trabalho Metodista no Chile cresceu com Canut. Em Sereba, Canut abriu uma pequena escola primária que o ajudava no seu sustento. Em 1890, foi nomeado pastor, dedicando os últimos seis anos de vida à pregação e estabelecendo igrejas.
No ano de 1893 assumiu os territórios de Traiguén,
Angol, Victoria, Los Angeles e Temuco destacando-se como missionário tenaz.
Suas palestras alcançavam os chilenos e alemães. Canut se tornou ainda mais
famoso quando começou a pregar a bordo das primeiras estações de trem. Com voz
poderosa dizia: "Eu vou lhe contar um artigo maravilhoso: a Palavra de
Deus...". Doente, em 1896 foi enviado para Santiago onde faleceu.[32]
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Padre brasileiro deixa o catolicismo e adere
ao metodismo
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“Por muito tempo o padre
Hipólito considerava os metodistas como ‘pervertidos’ e
‘pervertores’, mas o metodismo
acabou conquistando o padre”.
Hipólito de Oliveira
Campos (1848-1931) nasceu na
Fazenda de Cachoeira, Freguesia do Buriti, MG.
Ele fez seus primeiros estudos em Buriti e,
em 1868, foi para o Seminário em Diamantina. Em 1871 foi para o Palácio de
Mariana onde estudou teologia moral. Durante 26 anos serviu como sacerdote
católico.[33]
Em 1899, era vigário em Juiz de Fora, MG,
onde havia forte oposição católica aos protestantes e ao metodismo.
Um dos resultados dessa oposição ao metodismo
em Juiz e Fora foi a saída do padre Hipólito
Campos do catolicismo e sua
adesão ao metodismo.
Ele foi recebido em experiência em 1901 e em
1903 foi recebido em plena conexão.
Ele se tornou um abençoado pastor metodista.
Em 1921, escreveu o livro “Porque deixei a Igreja Romana”.
Por muito tempo o padre Hipólito considerava
os metodistas como “pervertidos” e “pervertores”. mas o metodismo acabou conquistando o padre
Hipólito de Campos.
Ele se casou com Francisca Souza de França
Campos e eles tiveram sete filhos.
Tempos depois, ele se comparou a Nicodemos
e escreveu: “[...] tal confiança me
inspiraram os protestantes
de Juiz de
Fora, que longe
de fugir de
sua pregação, como
fazia, procurava assistir,
sem querer ser
visto, como Nicodemus,
aos atos religiosos
na sua casa
de culto”.[34]
Orador eloquente de personalidade cativante,
tornou-se evangelista procuradíssimo pelas igrejas. Talvez foi zeloso demais
em combater os erros da Igreja reinante; mas a sua sinceridade convencia e
atraia, e as campanhas que dirigiu trouxeram milhares ao confronto com o
Evangelho - inclusive em Portugal”.[35]
Hipólito pregou na França, Portugal e Ilha da
Madeira. Foi pastor em Belo Horizonte, Juiz de Fora, Petrópolis, Cunha,
Taubaté, Central de São Paulo, Jardim Botânico, Vila Isabel e Catete. [36]
Foi jubilado com 73 anos e faleceu em 1931.
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De seminarista católico a um dos grandes
líderes do metodismo
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Ao ler a Bíblia e confrontá-la com a Igreja
Católica, ele deixou o catolicismo.
Em 1915, entrou para a Igreja Metodista em
Ribeirão Preto, São Paulo.
No dia 14 de março de 1915, com 21 anos de
idade, Guaracy tornou-se membro da Igreja Metodista em Ribeirão Preto, sendo
licenciado pregador local no dia 09 de junho do mesmo ano e recomendado ao
ministério pastoral pelo rev. E. A Tilly.
Sua infância
Guaracy Silveira nasceu no interior do Estado de São Paulo na fazenda de
seu pai Zeferino Carlos da Silveira, capitão da Guarda Nacional. A fazenda se
chamava Engenho Velho, “antiga Crisálida, mais tarde denominada Sobradinho,
município de Franca, Estado de São Paulo, no dia 27 de setembro de 1893, sendo
registrado em Ribeirão Preto quatro anos depois.”[37]
Guaracy iniciou seus estudos primários na cidade de Jardinópolis, região
de Ribeirão Preto-SP, no ano de 1901, em escola pública. Sua irmã era
professora.[38]
Terminou o curso no Grupo Escolar, nos anos de 1906 e 1907. “Após a
conclusão do curso primário no grupo escolar de Ribeirão Preto, SP, estudou no
Colégio São Joaquim em Lorena, SP.[39]
Guaracy trabalhou na Cia. Telefônica em Vila Bomfim, região de Ribeirão
Preto-SP, onde seu pai estava residindo, e também em uma padaria.
“Em 1908, mudou-se para Ribeirão Preto, onde
trabalhou como ajudante de escritório na empresa Ed. Jonhston Cia., sob a
direção de Luiz Gaston Bussmaier, americano, homem que nas palavras de Guaracy
“despertou em mim a consciência de que eu era gente” (SILVEIRA, 1949: p. 3).[40]
Sobre o seu lar afirmou: ‘Eis a atmosfera do meu lar, honesto, graças a
Deus, porém onde jamais um membro se prostrou em um confessionário, diante de
um padre, com a excepção infeliz de mim mesmo” (SILVEIRA, 1920: p. 4)”.[41]
Sua mudança de rumo
Guaracy Silveira foi parar num Seminário católico, mas não teve
influência de sua família que era não frequentava a Igreja e tinha influências
do espiritismo. O que seus pais tinham era vida correta e corações
humanitários, que certamente o influenciou em sua jornada.
“O pai, que estimava os padres humanitários e liberais, tinha vínculos
com a maçonaria e detestava o ultramontanismo. Sobre a mãe, diz que era pessoa
“temente a Deus, de boníssimo coração, pronta para repartir com os outros, mas
de religião só conhecia as cousas muito por cima. Não frequentava igrejas nem
se preocupava com religião” (SILVEIRA, 1949: p. 3). [42]
Em 1909, entrou para o Seminário
dos Salesianos em Lorena para ser padre.
Em texto escrito em maio de 1949, Guaracy esclarece que ao entrar para o
seminário, não tinha fé e não se sentia uma pessoa religiosa. Diz:
“Confessava-me sem fé, maquinalmente, e comungava todos os dias, da mesma
maneira. Não tinha noção de pecado. Ao contrário, recordava-me com prazer dos
muitos que havia cometido no passado, e dormia embalado pelas recordações
deles” (SILVEIRA, 1949: p. 5). Entrar para o Seminário era uma oportunidade
para continuar seus estudos apesar da falta de recursos financeiros.[43]
Ao ler a Bíblia e confrontá-la com a Igreja
Católica, ele deixou o catolicismo.
“Em meados de 1914, estando em férias, ele leu textos de uma Bíblia em
casa de um tio. Voltando ao Seminário, retirou da Biblioteca um exemplar e
leu-a durante dias e ficou impressionado com a Igreja retratada nos Atos dos
Apóstolos, uma comunidade humilde que se reunia nas casas das famílias, e era
muito ativa e impregnada do espírito de Deus bem diferente da Igreja Romana na
sua avaliação”.[44]
Em 1915, entrou para a Igreja Metodista em
Ribeirão Preto, São Paulo.
“No dia 14 de março de 1915, com 21 anos de idade, Guaracy tornou-se
membro da Igreja Metodista em Ribeirão Preto, sendo licenciado pregador local
no dia 09 de junho do mesmo ano e recomendado ao ministério pastoral pelo rev.
E. A Tilly. Diz ele que “entre os direitos de minha licenciatura figurava a
nomeação, como pastor suplente, com plenos poderes de administrar e dirigir a
igreja ou igrejas para as quais fosse designado pelo Bispo” (SILVEIRA-3,
[s.d.]: p.1)”.[45]
Na 30ª sessão da Conferencia Anual Brasileira realizada em Piracicaba,
em 11 de agosto de 1915 há o primeiro registro sobre Guaracy Silveira: “Este
ano dois jovens surgiram no meio dos obreiros do Senhor, a saber: Guaracy
Silveira e João França.”[46]
Seus estudos, família e pastorado
Em 1916, foi estudar Teologia no Granbery, em
Juiz de Fora. “Bacharelou-se em Ciências e Letras no Granbery e, logo em
seguida, no Seminário desse mesmo estabelecimento fez o Curso Teológico Vago”.[47]
Começou seu pastorado como ajudante na Igreja
Metodista Central de São Paulo. Em 1921 foi consagrado presbítero. [48]
Em 1916 e 1917 serviu na Igreja de Piracicaba.
Em 1918 serviu em Itaquera.[49]
Na 32ª sessão da Conferencia Anual Brasileira
realizada em 11 de julho de1917, no Catete, há o registro da criação da Igreja
Metodista de Itaquera, SP, por Guaracy Silveira: “Durante este ano conferencial
1917-1918, foram organizadas três igrejas: a de Itaquera, por Guaracy Silveira,
com 22 membros, a de Merity, E.do Rio, por H.C.Tucker com 14 membros e a de
Fagundes por J.E.Tavares com 30 membros”.[50]
Casou-se com Etelvina Crem no dia 11 de
julho de 1918. Etelvina nasceu em 1898 na cidade de São Roque-SP, sua mãe era
Maria Weishaupt e seu pai, José Crem, um pequeno proprietário rural e
agricultor. Eram metodistas.[51]
Tiveram dois filhos (Paulo e Onésimo) e três filhas (Ligia, Noemi e
Elena).
Guaracy Silveira viveu uma vida de harmonia com seus filhos e filhas.
Foi o que disse Elena, uma de suas
filhas: “Ele era uma pessoa muito meiga com a gente. Nunca vi papai gritar.
Tudo era conversado. Ele era muito presente na nossa vida”.[52]
Sua luta na Constituinte
Guaraci Silveira herdou a vocação política do
seu pai, pois Zeferino foi vereador em São Simão (São Paulo).[53]
“Guaracy viveu desde a infância um ambiente em
que se faziam reuniões para tratar das questões político-partidárias”.[54]
Em 1933, Guaracy foi convidado para ser
candidato à Constituinte por causa do plano católico de incluir o ensino
religioso nas escolas paulistas.
Ele era pastor da Igreja Metodista Central de São Paulo e, na Páscoa de
1933, foi realizar uma série de Conferencias na Igreja Metodista de Santos.
Ele foi procurado pelo pastor metodista local, rev. Hermógenes de
Almeida Prado e também alguns metodistas e membros de outras igrejas
evangélicas, para ele se lançar como candidato à Constituinte.[55]
Faltava pouco tempo para a eleição e havia pouca possibilidade de alguém
sair vitorioso se lançando candidato agora. Mas o seu “nome já era conhecido na
imprensa por combater, em 1931 pelos jornais e rádios, as pretensões católicas
de incluir o ensino religioso nas escolas paulistas e sua participação como
capelão das forças revolucionárias paulistas em 1932. Sinalizaram a
possibilidade de apoio no meio protestante e entre os defensores do ensino
laico, e se não alcançasse o intento, seria uma oportunidade para a divulgação
do Evangelho”.[56]
Guaracy Silveira foi eleito deputado federal no dia 3 de maio de 1933 pelo PSB para a Assembleia Constituinte de
1934.
Foi o primeiro evangélico brasileiro eleito deputado federal. Recebeu
4.757 votos no primeiro turno e 40.175
votos no segundo.[57]
“A atuação de Guaracy Silveira foi muito tumultuada no Congresso,
enfrentando duas radicais correntes de pensamento. Os marxistas, dentro da sua
própria legenda que vão expulsá-lo do PSB ainda no início dos trabalhos
constituintes, e partidários da Liga Eleitoral Católica, ferrenhos defensores
das emendas religiosas”.[58]
“Após a promulgação da nova constituição
em 1934, Guaraci teve seu mandato estendido até 1935. No entanto, ao final do mesmo, decidiu por deixar sua vida política de
lado, e voltar para a Igreja e imprensa, trabalhando em alguns jornais em São Paulo”.[59]
Após sua eleição em 1933, Guaracy teve que se
afastar do ministério pastoral, porque a Igreja Metodista não misturava
política com religião.[60]
Foi reeleito em 1946.
Guaracy foi atuante no Congresso. “No seu segundo mandato, 1946-1950,
Guaracy protestou contra as subvenções estatais concedidas à Igreja Católica,
porém, considerava imprudência estabelecer acirrada contenda religiosa, pois
julgava que tal postura belicosa obrigaria os próprios católicos liberais, com
quem tinha boas relações, a reagirem corporativamente”.[61]
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Primeiro mexicano ordenado ao ministério metodista
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Seus pais o enviaram ao Seminário para
ele se tornar um padre católico.
Durante seu primeiro ano, no entanto, ele
perdeu a fé, deixou a escola e, sem contar aos pais, juntou-se aos soldados que
lutavam contra as forças francesas que invadiram o México em 1862.
Entrou em contato com os metodistas em Brownsville,
Texas. Ele não apenas recebeu uma Bíblia, mas durante um culto metodista ele
experimentou a conversão, embora o inglês falado pelo pregador não fosse sua
língua
Alejo Hernández (1842-1875) nasceu em Águas
Calientes, no México. Era filho de uma família rica.
“Hernández nasceu em tempos difíceis no México,
apenas alguns anos após a perda do Texas e pouco antes da eclosão da Guerra do México”. [62]
Seus pais o enviaram ao Seminário
para ele se tornar um padre católico.
“Durante seu primeiro ano, no entanto, ele perdeu a fé, deixou a escola e, sem contar aos pais, juntou-se aos soldados que lutavam contra as forças francesas que invadiram o México em 1862”. [63]
Em determinado momento da guerra, o “exército mexicano recuou para a fronteira do Texas perto de Mier, onde Hernández se deparou com um livro que esperava alimentar seus sentimentos anticatólicos e fortalecer suas inclinações ao ateísmo - Noches con los Romanistas (Noites com os romanistas). O livro, deixado lá por um soldado americano durante a Guerra do México, incutiu nele a curiosidade de saber mais sobre a Bíblia. Para esse fim, ele viajou para os Estados Unidos em 1870 e entrou no Texas na cidade de Rio Grande antes de viajar para Brownsville.” [64]
Entrou em contato com os metodistas em Brownsville, Texas.
“Ele não apenas recebeu uma Bíblia, mas durante um culto metodista ele experimentou a conversão, embora o inglês falado pelo pregador não fosse sua língua. [65]
Hernandez descreveu sua experiência:
“Senti que o Espírito de Deus estava ali, embora não conseguisse entender uma palavra do que estava sendo dito. Senti meu coração estranhamente aquecido... Nunca ouvi um órgão tocar tão docemente, nunca vozes humanas soaram tão adoráveis para mim, nunca as pessoas pareciam tão bonitas como naquela ocasião. Fui embora chorando de santa alegria”.[66]
Alejo ficou pouco tempo em Brownsville e voltou ao México por alguns meses para espalhar sua nova fé, mas encontrou pessoas hostis à mensagem que ele trouxe. Ele logo retornou ao Texas e no verão de 1870 começou sua tutela informal sob um pastor metodista local, JW Brown em Corpus Christi. Hernández se juntou à Igreja Metodista e, acompanhado pelo ministro metodista, reverendo John W. DeVilbiss, começou a pregar em comunidades mexicanas ao longo do rio Medina”. [67]
“Em 1870, ele começa a liderar um estudo bíblico em espanhol na Primeira Igreja Metodista no que hoje é conhecido como Corpus Christi, Texas. Nesse mesmo ano, ele viaja pelo rio Medina com John Wesley DeVilbiss, pregando para comunidades hispânicas. Isso é monumental, já que a Igreja Metodista Episcopal do Sul tentou, sem sucesso, se envolver com esse grupo”.[68]
Em 24 de dezembro de 1871, recebeu sua nomeação[69] pela Igreja metodista Episcopal do Sul e deu o primeiro passo para se tornar membro da conferência anual.
Ele “recebeu a ordenação de diácono do bispo Enoch Marvin e foi nomeado para trabalhar entre os mexicanos ao longo do Rio Grande. Após sua morte, o bispo John Keener disse: "Ele estava pronto para qualquer empreendimento a serviço do Mestre, para ir sozinho e com uma hora de antecedência, se necessário, até os confins da terra".[70]
“Participando da conferência anual novamente em 1872, Hernández foi designado para Corpus Christi. Durante semanas, ele pregou naquela cidade e em Rockport com tremendo sucesso”. [71]
Sofreu terríveis perseguições e passou necessidades, mas o Senhor o fortaleceu.
“Em dezoito meses, ele sofreu um derrame
grave, que o deixou incapaz de se mover mais do que a cabeça e as mãos.
No entanto, durante seu breve ministério,
Hernandez inspirou pessoas de língua espanhola, tanto no México quanto no
Texas. Sua pregação provocou reavivamentos e, às vezes, sua oratória apaixonada
colocava congregações inteiras de joelhos.”[72]
Mas um derrame encerrou definitivamente o ministério de Hernandez na Cidade do México.
“E voltou para Corpus Christi, onde, junto com sua esposa e dois filhos pequenos, viveu, quase totalmente paralisado, até sua morte em 27 de setembro de 1875. [73]
Foi a primeira pessoa de ascendência mexicana
a se tornar pastor metodista. “Ele se tornou o primeiro mexicano ordenado ao
ministério metodista e serviu quatro anos no México e no Texas antes de sua
morte prematura”.[74]
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Um bispo da
paz em Burundi
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A Igreja em Kayero, Burundi, convidou Ndorichimpa para ser seu pastor.
Ele deixou seu trabalho na gráfica, em Mweya-Gitega, e foi eleito moderador da
Igreja Evangélica Mundial (depois Igreja Evangélica Episcopal no Burundi).
Ndorichimpa foi consagrado bispo da Igreja. Em 1984, ele e outros líderes negociaram e se filiaram à Igreja Metodista Unida
John Alfred Ndorichimpa nasceu em 1946, na vila Mihama, província de Rutana, Burundi, em uma família hutu (ou abahutu), uma etnia bantu.
Ele se converteu em 1958, no país que tem 86% de cristãos, a maioria católica. Ele se casou com Sabine Ngeza. O casal tem dois filhos adotados.
Sua educação primária foi em Gitwa e Kayero. Depois estudou no Instituto Teológico Evangélico de Mweya em Gitega, Burundi (1969). Em Mwanza, Tanzânia, fez treinamento de administração. Também se especializou em evangelismo infantil no Instituto de Formação de Professores em Bujumbura (1971).
Em 1972, obteve um diploma em contabilidade e administração pública da British Tutorial College. Ele fala Kirundi, francês, kiswahili e inglês.
Em 1972, com a agitação política no Burundi houve massacres e muitos da etnia hutu foram exilados ou mortos.
Em 1973, a Igreja em Kayero, Burundi, convidou Ndorichimpa para ser seu pastor. Ele deixou seu trabalho na gráfica, em Mweya-Gitega, e foi eleito moderador da Igreja Evangélica Mundial (depois Igreja Evangélica Episcopal no Burundi).
Ndorichimpa foi consagrado bispo da Igreja. Em 1984, ele e outros líderes negociaram e se filiaram a Igreja Metodista Unida.
A Igreja Metodista se tornou forte e cresceu de 11.119 (1984) para 32.706 (1990) membros. Hoje tem mais de 71.000 membros, no Burundi, e se expandiu para Uganda, Quênia, Sudão e Ruanda.
Devido à situação política, Ndorichimpa teve que fugir para o Quênia, em 1994.
Ndorichimpa foi eleito presidente do Comitê Internacional de Paz do Burundi e co-presidente da Rede de Paz dos Líderes da Igreja Burundiana (1995 e 1996); foi presidente da Conferência Central Africana das Igrejas Metodistas Unidas (1992-1996).
Foi ainda conselheiro espiritual e capelão dos presidentes Pierre Buyoya e Melchior Ndadaye (1989-1993).
Em 1993, foi nomeado membro da Comissão Nacional para estudar a unidade entre os hutus e os tutsis do Burundi.
Foi membro do
Comitê de Direitos Humanos na conferência das Igrejas de toda a África e um
orador no parlamento Lesotho (1986-1995). [75]
===============================
[1]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/
/2019/07/06/antonio-teixeira-de-albuquerque-o-padre-desertor/
[2]
Visão geral criada por IA do Google.
[3]
ROCHA, Isnard. Pìoneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Imprensa
Metodista, SP, 1967.
[4]
https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/
[5]
https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/
[7]
https://holyjoys.org/the-legacy-of-thomas-coke-the-father-of-methodist-missions-part-1/
[8]
http://www.methodistheritage.org.uk/thomas-coke-memorial-celebrations-readings-from-brecon-cathedral-0514.pdf
[10]
https://www.goodreads.com/author/list/2842681.Thomas_Coke
[11]
https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Coke_(bishop)
[12]
https://en.wikipedia.org/wiki/Methodist_Church_in_Sri_Lanka
[13]
https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785
[14]
https://hls-dhs-dss.ch/de/articles/029084
[15]
https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[17]
https://victorshepherd.ca/john-fletcher-jean-guillaume-de-la-flechere
[18]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[19]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[20]
https://wikimili.com/en/John_William_Fletcher
[21]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[22]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[23]
Idem.
[24]
No. XXVI, Londres, terça-feira, 7 de agosto de 1770, Q. 28. A. 2. Minutos
das Conferências Metodistas 1744-98 [Mason, 1862] 95).
[25]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[28]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[29]
Sante Uberto Barbieri.Estranha Estirpe de Audazes,Cap. 7 – O Paladino da Divina
Misericórdia. https://arminianismo.wordpress.com/john-fletcher
[30]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[31]https://hls-dhs-dss.ch/de/articles/029084
[32]
http://catedralhuechuraba.blogspot.com.br/2013/02/canut-de-bon.html
; https://es.wikipedia.org/wiki/Juan_Canut_de_Bon
; http://urbatorium.blogspot.com.br/2013/11/canut-de-bon-el-primer-canuto.html
http://www.biobiochile.cl/noticias/2015/10/31/por-que-a-los-evangelicos-le-dicen-canutos.shtml
[33]
ROCHA, Isnard. Pìoneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Imprensa
Metodista, SP, 1967, p.116-117.
[34]
A Missão Metodista em Juiz de Fora: relações com o catolicismo entre 1884 e
1900”, por Ana Lúcia Meyer Cordeiro.
UFJF.https://periodicos.ufjf.br/index.php/sacrilegens/article/view/26248/18105
[35]
https://www.facebook.com/imcdc/posts/1389856324543923
[36]
ROCHA, Isnard. Pìoneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Imprensa
Metodista, SP, 1967, p.117.
[37]Cilas
Ferraz de Oliveira, A contribuição de Guaracy Silveira ao metodismo do Brasil.
UNIMEP, SP, 2008.
[38]
Idem.
[39]
http://wiki.ihgp.org.br/SILVEIRA,_Guaracy
[40]
Idem.
[41]
OLIVEIRA, Cilas Ferraz de. Nunca na história desse pais...A contribuição de
Guaracy Silveira ao metodismo do Brasil. Faculdade de Ciências Humanas.
Pós-Graduação em Educação da Unimep. 2008, p.72.
[42]
OLIVEIRA, Cilas Ferraz de. Nunca na história desse
pais...A contribuição de Guaracy Silveira ao metodismo do Brasil. Faculdade de
Ciências Humanas. Pós-Graduação em Educação da Unimep. 2008, p.72.
[43]
Op.Cit., p.73,
[44]
Op.Cit.p.75
[45]
Op.Cit;.p;76
[46]
KENNEDY, J.L. Cincoenta anos do metodismo no Brasil. 1926, p. 152.
[47]
ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Imprensa
Metodista, 1967, p. 207.
[48]
http://wiki.ihgp.org.br/SILVEIRA,_Guaracy
[49]
ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Imprensa
Metodista, 1967, p. 208.
[50]
KENNEDY, J.L. Cincoenta anos do metodismo no Brasil. 1926, p. 155.
[51]
OLIVEIRA, Cilas Ferraz de. Nunca na história desse pais...A contribuição de
Guaracy Silveira ao metodismo do Brasil. Faculdade de Ciências Humanas.
Pós-Graduação em Educação da Unimep. 2008, p. 78.
[52]
http://www.expositorcristao.com.br/o-legado-do-reverendo-guaracy-silveira/
[53]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guaraci_Silveira.
[54]
OLIVEIRA, Cilas Ferraz de. Nunca na história desse
pais...A contribuição de Guaracy Silveira ao metodismo do Brasil. Faculdade de
Ciências Humanas. Pós-Graduação em Educação da Unimep. 2008, p.89.
[55]
Op.cit, p.86
[56]
Idem.
[57]
Op.cit, p.97.
[58]
Op.cit., p.108.
[59]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guaraci_Silveira
[60]
https://kn.org.br/protestantes/produtos/memorias-ecumenicas/15/um-bispo-na-luta-popular/
[61]
OLIVEIRA, Cilas Ferraz de. Nunca na história desse pais...A contribuição de
Guaracy Silveira ao metodismo do Brasil. Faculdade de Ciências Humanas.
Pós-Graduação em Educação da Unimep. 2008, p.116.
[62]
https://www.tshaonline.org/handbook/entries/hernandez-alejo
[63]https://gcah.org/biographies/alejo-hernandez/
[64]Idem
[65]Idem.
[66]
https://gcah.org/resources/worship-resources/celebrating-our-united-methodist-heritage/voices-from-our-past/alejo-hernandez/
[67]https://gcah.org/biographies/alejo-hernandez/
[68]
https://www.resourceumc.org/en/content/alejo-hernandez-the-first-person-of-mexican-descent-to-be-ordained-by-the-methodist
[69]
Idem.
[70]https://gcah.org/biographies/alejo-hernandez/
[71]Idem.
[72]Idem.
[73]https://gcah.org/biographies/alejo-hernandez/
[74]https://gcah.org/resources/worship-resources/celebrating-our-united-methodist-heritage/voices-from-our-past/alejo-hernandez/
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