Missionários que estabeleceram o alicerce

do metodismo brasileiro

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 

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Todos os direitos reservados ao autor.                                                 

Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

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Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 575

Livros publicados pelo autor: 655

Livretos: 3

Capa: Daniel Kidder, J.C.Granbery, J.W. Tarboux, J.L.Kennedy, H.C. Tucker, Martha Whatts

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Filho do rev. Adherico Ribeiro Chaves e Roza Massolar Chaves. Casado com RoseMary Braga da Costa. Tem duas filhas: Liliana e Luciana.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista Expositor Cristão por duas vezes, editor do No Cenáculo, professor e Coordenador de Curso de Teologia.

É escritor e poeta. Tem um canal no Youtube. Publica diariamente no Facebook vídeos para edificação.

Rio de Janeiro – Brasil

 

 

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Índice

 

 

·       Introdução

·       Destaques dos capítulos do livro

·       Testando o terreno para o futuro trabalho missionário

·       Primeiro missionário metodista a atuar efetivamente no Brasil

·       Um dos pioneiros do protestantismo no Brasil

·       Iniciou a obra permanente do metodismo no Rio Grande do Sul

·       Organizou a primeira Igreja protestante na bacia amazônica

·       Instrumento para o reinício do metodismo no Brasil

·       Primeira tradutora da literatura metodista para o português

·       Primeiro bispo metodista a visitar o Brasil

·       Primeiro superintendente da missão metodista brasileira

·       Organizou a primeira Federação das SS.MM.SS

·       Superintendente da Missão no Brasil

·       Criou o Instituto Central do Povo

·       Fundador da Imprensa metodista

·       Uma voz em defesa dos oprimidos

·    Pioneira no desenvolvimento e expansão do trabalho das mulheres metodistas no Brasil

·       Primeiro bispo eleito no Concílio Geral da Igreja Metodista brasileira

 

 

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                        Introdução

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“Missionários que estabeleceram o alicerce do metodismo brasileiro” é um livro de 55 páginas sobre os missionários e missionárias que estiveram no Brasil entre 1835-1930 trabalhando para a expansão do Reino de Deus e estabelecimento do metodismo.

Foi com muita luta, fé e determinação enfrentando a febre amarela e a oposição católica além de uma língua diferente que o trabalho foi realizado.

Um se destacou como bispo, outros na parte da literatura, outros na área social e ainda outros na educação, mas todos tinham a visão de estarem no Brasil para a salvação do povo brasileiro através do Evangelho de Jesus Cristo.

São 13 missionários e 3 missionárias que destacamos aqui, mas muitos outros também se dedicaram extremamente na expansão do metodismo.

Acreditamos que esses são os que mais se destacaram.

Histórias que nos edificam e nos desafiam na proclamação do Evangelho e no avanço do metodismo.

 

O Autor

 

 

 

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Destaques dos capítulos do livro

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Testando o terreno para o futuro trabalho missionário

O missionário a ser enviado para cá deve vir imediatamente e iniciar o estudo do idioma português sem demora

Primeiro missionário metodista a atuar efetivamente no Brasil

Spaulding disse: “Temos duas classes de pretos, uma fala inglês, a outra português. Atualmente parecem muito interessados e ansiosos por aprender”

Um dos pioneiros do protestantismo no Brasil

 

Daniel P. Kidder foi uma figura importante no início do protestantismo brasileiro. Viajou por todo o país, vendeu Bíblias e manteve contatos com intelectuais e políticos destacados, como o padre Diogo Antônio Feijó, regente do império

Iniciou a obra permanente do metodismo no Rio Grande do Sul

João Corrêa foi nomeado pelo superintendente Dr. Thomas B. Wood para iniciar a obra permanente do metodismo em Porto Alegre. No dia 27 de setembro de 1885, organizou a primeira Igreja Metodista no Rio Grande do Sul

Primeira Igreja protestante na bacia amazônica 

O “Apologista Cristão” defendeu a democracia, Republica e a separação entre Igreja e Estado. Sua ousadia provocou perseguições. Foi julgado e preso por quatro meses. Eles tiveram cinco filhos, em Belém, um deles morreu de malária. 

Instrumento para o reinício do metodismo no Brasil 

Foi nosso irmão J.E.Newman a pessoas que mais serviu de instrumento para que a nossa querida Igreja reiniciasse a sua propaganda do bendito Evangelho no Brasil”

Primeira tradutora da literatura metodista para o português 

Foi Annie Newman quem começou a traduzir a literatura metodista para o português no Brasil. Ela traduziu alguns dos primeiros hinos para o português. Ela também traduziu o Catecismo do Bispo McTyeire sobre o Governo da Igreja e o Catecismo Wesleyano, nº 3, para o português 

Primeiro bispo metodista a visitar o Brasil

 

Granbery foi professor de filosofia moral e teologia prática na Universidade Vanderbilt de 1875 a 1882. Em 1882, ele publicou um "Dicionário Bíblico". J.C.Granbery foi eleito bispo na igreja Metodista do Sul


Primeiro superintendente da missão metodista brasileira

 

Em 29 de maio de 1881, Koger foi nomeado e no dia 2 de setembro ele organizou a Igreja Metodista de Piracicaba com 8 membros.

 

Em 1882, Koger recebeu a função de superintendente da Missão Metodista brasileira 

Organizou a primeira Federação das SS.MM.SS

Em 1928 publicou o livro histórico “Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil”.

Foi Redator do Expositor Cristão e diretor de colégios. Foi muito querido e admirado pela sua imensa dedicação ao metodismo brasileiro. Teve um ministério muito frutífero

Superintendente da Missão no Brasil

Quando Ransom organizou a Igreja Metodista do Catete, em 1878, imediatamente os padres passaram a taxá-lo de incrédulo ou ateu

Criou o Instituto Central do Povo

O destaque fica por conta do Instituto Central do Povo, o primeiro centro social organizado no Brasil, em 1906, destinado a atender os habitantes da favela da Saúde e Gamboa.

Fundador da Imprensa metodista

Foi criada a Imprensa Metodista, “uma nova congregação foi aberta na rua da Esperança, 15 B, local onde nasceu a Imprensa Metodista, fundada pelo pastor J. W. Wolling, em 1894

Uma voz em defesa dos oprimidos

O redator do “Expositor” William B.Lee  disse  que a Igreja “não pode mais ficar calada sobre as questões que tocam, de perto, a vida dos que vivem pelo suor do seu rosto. É a classe esquecida até aqui; é a classe cujos interesses são desprezados ou assaltados

Pioneira no desenvolvimento e expansão do trabalho das mulheres metodistas no Brasil

 

Em 1930, junto com as federações de mulheres, criou a Voz Missionária, uma revista para as sociedades de mulheres. Foi a primeira editora. Ela era entusiasmada, bem-humorada e a chamavam de Dona Mizépe 

Primeiro bispo eleito no Concílio Geral da Igreja Metodista brasileira


Apesar de estar jubilado, o primeiro Concílio da Igreja Metodista do Brasil, em 1930, o elegeu como primeiro bispo metodista no Brasil.

 

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Testando o terreno para o futuro trabalho missionário

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O missionário a ser enviado para cá deve vir imediatamente e iniciar o estudo do idioma português sem demora

 

Fountain E. Pitts (1808–1874) nasceu em Georgetown, Scott County, Kentucky, USA.[1]

“Ele se casou com Mary Eliza Reagor em 15 de novembro de 1856, em Ellis, Texas, Estados Unidos. Eles eram pais de pelo menos 3 filhos e 5 filhas”.[2]

“Fez sua profissão religiosa em 1820 e foi licenciado para pregar em 1824, com pouco mais de 16 anos. Foi ordenado diácono pelo Bispo Roberts, em Russellville, Kentucky, em 1826, e presbítero pelo Bispo Soule, de Shelbyville, Kentucky, em 1828. Durante um ministério de cinquenta anos, esteve quinze anos no cargo de presbítero presidente. Ele participou das Conferências Gerais de 1832, 1836 e 1840, e da Convenção de Louisville de 1845, e posteriormente das Conferências Gerais de 1846, 1850, 1854, 1858 e 1870. Em 1835, o Sr. Pitts foi selecionado para ir como missionário pioneiro à América do Sul”. [3]

“Foi à América do Sul para realizar uma pesquisa e testar o terreno para o futuro trabalho missionário”.[4]

Ele chegou ao Brasil, em 1835, já encontrou o país independente desde 1822. Pitts embarcou em Baltimore no dia 28 de junho de 1835, rumo ao Brasil chegando no dia19 de agosto de 1835, no Rio de Janeiro [5] permanecendo durante alguns meses juntamente com esposa, filhinho e empregada. Depois viajou para Montevidéu e passado algumas semanas foi para Buenos Aires,[6] que era o objetivo final de sua viagem. [7]

Entusiasmado com as possibilidades de abrir um trabalho metodista em terras brasileiras, Rev. Pitts deu parecer favorável para a implantação de uma missão no Brasil. No dia 2 de setembro de 1835, ele escreveu ao secretário correspondente da Sociedade Missionária da Igreja Metodista Episcopal  o seguinte: “Estou nesta cidade (Rio de Janeiro) há duas semanas, e lamento que minha permanência seja necessariamente breve. Creio que uma porta oportuna para a pregação do Evangelho está aberta neste vasto império. Os privilégios religiosos permitidos pelo governo do Brasil são muito mais tolerantes do que eu esperava achar em um país católico (...). Já realizei diversas reuniões e preguei oito vezes em diferentes residências onde fui respeitosamente convidado e bondosamente recebido pelo bom povo....”[8]

Rev. Pitts disse mais na carta: “(...) Nosso pequeno grupo de metodistas precisará muito de um cristão experimentado para conduzi-lo; no entanto, eles estão decididos a se unirem e a se ajudarem mutuamente no desenvolvimento da salvação de suas almas (...). O missionário a ser enviado para cá deve vir imediatamente e iniciar o estudo do idioma português sem demora (...).”[9]

E alertou: “que ponha todos os cuidados nas mãos do Senhor Jesus e que pregue com o Espírito Santo mandado dos céus que é o que eles desejam aqui”[10]. Em 1836, rev. Pitts regressou aos EUA.

Tendo acolhida as informações do rev. Pitts, a Igreja Metodista decidiu enviar o rev. Justin Spaulding, que chegou ao Rio de Janeiro com sua esposa, filhinho e uma empregada no dia 29 de abril de 1836.[11]

Pitts “foi um dos pregadores mais antigos da Igreja Metodista do Sul e um dos homens mais notáveis ​​da Conferência do Tennessee. Como pregador, era um veterano distinto na causa e esteve na intercessão por cinquenta anos, viajando de uma ponta a outra da região sul, pregando sermões sempre eloquentes com poder e sucesso, ganhando o apelido de "o velho eloquente". [12]

No final da guerra civil nos EUA, ele “serviu seis meses como capelão no Décimo Primeiro Regimento do Tennessee e, posteriormente, formou, no leste do Tennessee, o Sexagésimo Primeiro Regimento do Tennessee, do qual foi eleito coronel. Enquanto estava no comando, esteve envolvido em combates contra canhoneiras federais por cerca de cinco meses em Vicksburg.” [13]

Enquanto estava no exército, pregou muito, além de lutar, e os soldados lhe deram o apelido de “pároco guerreiro".

 

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Primeiro missionário metodista a atuar efetivamente no Brasil

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Spaulding disse: “Temos duas classes de pretos, uma fala inglês, a outra português. Atualmente parecem muito interessados e ansiosos por aprender”.


Justin Spaulding (1802-1865) foi um ministro da Igreja Metodista Episcopal. Ele nasceu em Moretown, Vermont, em 1802, e ingressou na Conferência da Nova Inglaterra em 1823.

Na Conferência da Nova Inglaterra em 1823, “ele serviu na qualidade de um pregador itinerante, um ancião presidente, e um missionário para a América do Sul”.[14] Ele era um ministro capaz, estudioso e cavalheiro.

Depois que o rev. Fountain Pitts verificou a possibilidade de abrir trabalho missionário, [15] Spaulding foi enviado ao Brasil.

“No dia 29 de abril de 1836, o reverendo Justin Spaulding, chegou ao Rio de Janeiro. Esse foi o primeiro missionário metodista a atuar efetivamente no Brasil. Em setembro de 1836, enviou um relatório, no qual afirmou ter organizado uma escola dominical que contava com de mais de quarenta crianças e jovens.”[16]

Três meses depois de chegar ao Brasil, em 1835, Spaulding fez um relatório sobre suas atividades e sobre o Brasil.

Ele havia alugado um local, mas depois teve que procurar um salão maior. A assistência havia aumentado de 30 para 40 pessoas.

Havia uma reunião de oração semanal e uma Escola Dominical. “Mais de 40 crianças se mostraram interessadas”.[17]

A Escola Dominical estava “dividida em oito classes com quatro professores e quatro professoras”.[18] A reunião era às 16:30h da tarde.

E há a primeira referência do acolhimento da Igreja Metodista aos negros. Spaulding disse: “Temos duas classes de pretos, uma fala inglês, a outra português. Atualmente parecem muito interessados e ansiosos por aprender”.[19]

Uma classe era para aprender o inglês e a outra para aprender o português.

O missionário metodista mostra sua preocupação e indignação com a situação dos escravos no Brasil e afirma: “Qual será o resultado final da escravidão e quando ela terminará neste país, é impossível dizer.

E comenta a ilegalidade do tráfico de escravos: “Muito embora o tráfico de escravos seja contra a lei da nação, mesmo assim estou informado de que nunca foi explorado em tão grande escala como agora. Navios continuamente se preparam e zarpam deste porto com destino às margens sangrentas da África infeliz, esse negócio de pirata.”[20]

Justin Spaulding denuncia e critica os magistrados e o governo por fecharem os olhos ao descumprimento da lei: “Os magistrados, solenemente juramentados a fazer cumprir as leis frequentemente fecham os olhos e recebem subornos. Ninguém ousa cumprir as leis, e ninguém poderia se quisesse, tão fraco é o princípio moral neste governo”.[21]

Mesmo diante dessas dificuldades, Spaulding não deixou de procurar “prestar-lhes serviços”: Tudo o que podemos fazer é usar diligente e mui discretamente os meios, observar os sinais dos tempos, e entrar por toda a porta aberta pela Providência, para prestar-lhes serviço”.[22]

Essa carta-relatório do missionário Justin Spaulding, certamente serviu de alerta e orientação aos futuros missionários metodistas que vieram mais tarde.

Os metodistas foram muito bem recebidos pelo povo. Ele disse: “Já realizei diversas reuniões e preguei oito vezes em diferentes residências onde fui respeitosamente convidado e bondosamente recebido pelo bom povo”.”[23]

Seu ministério “foi caracterizado por sua ampla distribuição da Bíblia, uma atividade inédita neste país, por sua posição contra a escravidão e pela fundação de uma pequena escola. Estes foram precursores das duas grandes ênfases dos metodistas brasileiros, a educação e a pregação do evangelho. Em resposta aos pedidos de ajuda do Rev. Spaulding, o Rev. Daniel Parish Kidder foi enviado ao Brasil em 1837”.[24]

Segundo estudos, Spaulding teria organizado, “a partir do grupo deixado por Pitts, uma pequena congregação metodista constituída apenas por estrangeiros que residiam no Rio de Janeiro, não há registros se brasileiros frequentaram essa reunião (REILLY, 2003, p. 100, 407). Junto as reuniões, e ao serviço de caplania junto a marinheiros, organizou no domingo à tarde, a primeira Escola Dominical do Brasil.[25] 

Devido às dificuldades nos EUA, em 1841, ele voltou à sua pátria, mas deixou o “caminho aberto para outros missionários que viriam para o Brasil após a Guerra Civil nos EUA, guerra que durou de 1861 a 1865”. [26] 

Sua morte ocorreu em sua cidade natal em 1865. “Ele era um ministro capaz, um bom estudioso e cavalheiresco em seu comportamento”.[27]

 

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Um dos pioneiros do protestantismo no Brasil

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Daniel P. Kidder foi uma figura importante no início do protestantismo brasileiro. Viajou por todo o país, vendeu Bíblias e manteve contatos com intelectuais e políticos destacados, como o padre Diogo Antônio Feijó, regente do império

 

 

 

Daniel Parish Kidder (1815-1891) nasceu em Darien, Genesee County, Co., N.Y., EUA. Seus pais se opuseram que ele fosse metodista, mas ele sempre se dedicou intensamente à Igreja.

Ele se formou na Universidade Wesleyana e entrou para o ministério pastoral. Aos 27 anos, chegou à cidade do Rio de Janeiro enviado pela Sociedade Bíblica norte-americana (1937-1940).

Depois voltou entre 1840-1842.

Considerado de “excepcional brilhantismo e de profunda cultura”, foi autor do primeiro relato de um viajante norte-americano sobre o Brasil.

Voltou quando a sua jovem esposa Cyntia H. Russel faleceu, deixando-lhe dois filhos. Foi enterrada no cemitério dos ingleses, na Gamboa, Rio de Janeiro. Para muitos foi a primeira mártir metodista no Brasil.

Daniel P. Kidder foi uma figura importante no início do protestantismo brasileiro. Viajou por todo o país, vendeu Bíblias e manteve contatos com intelectuais e políticos destacados, como o padre Diogo Antônio Feijó, regente do império (1835-1837).

De volta aos EUA, após a morte de sua esposa, Kidder escreveu o livro “Reminiscências de viagens e permanência no Brasil”, publicado em 1845, um clássico que despertou grande interesse pelo Brasil. Escreveu ainda “O Brasil e os Brasileiros” junto com James Cooley Fletcher.

Nos EUA foi secretário correspondente da União da Escola Dominical Metodista e editor de publicações da Escola Dominical e folhetos (1844-1856). Foi professor no Instituto Bíblico Garrett e no Seminário Teológico de Drew.

Foi ainda secretário do Conselho de Educação da Igreja Metodista (1880-1887). Escreveu diversos livros sendo um ilustre pensador da Igreja Metodista, nos EUA. Quando voltou definitivamente para os EUA, ele se casou com Harriel Smith.

É considerado um dos pioneiros do protestantismo no Brasil. [28]

 

 

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Iniciou a obra permanente do metodismo no Rio Grande do Sul

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João Corrêa foi nomeado pelo superintendente Dr. Thomas B. Wood para iniciar a obra permanente do metodismo em Porto Alegre. No dia 27 de setembro de 1885, organizou a primeira Igreja Metodista no Rio Grande do Sul

 

João da Costa Corrêa nasceu no Rio Grande do Sul. Foi colportador* e pregador itinerante (1875-1885). Depois, foi admitido como pastor com residência fixa (1885-1895). Era casado com Maria Rejo Correa e tiveram uma filha, Ponciana.

Como evangelista itinerante, em 1877, pregou em San Ramon, onde uma viúva ouviu a pregação com seus seis filhos, sendo Carmen a mais nova, que aos poucos ficou identificada com a família Correa. A Igreja crescia em San Ramon e um terreno foi doado para a construção de um templo. Corrêa adotou a filha mais nova, Carmen, que foi com a família estudar em Montevideo.

Aos 11 anos, terminou o primário. Logo se tornou professora da Escola Dominical e ocupou cargos na Escola Evangélica nº 4. Em 1883, aos 14 anos, ministrou a palestra “Quem caça almas é sábio”. Em 1885, foi nomeada instrutora auxiliar da Escola Dominical.

João Corrêa foi nomeado pelo superintendente Dr. Thomas B. Wood para iniciar a obra permanente do metodismo em Porto Alegre. No dia 27 de setembro de 1885, organizou a primeira Igreja Metodista no Rio Grande do Sul.  Carmen foi nomeada para trabalhar na obra educacional. Junto com João Corrêa, fundou em 19 de outubro de 1885, o Colégio Evangélico Misto n°1 dando origem ao Colégio Americano. Foi a primeira diretora do colégio e  amava a Escola Dominical.

Imprimiu nos alunos sentimentos de modéstia e bondade. Era conhecida como a alma da instituição. Era abnegada e onde ela estava havia alegria. Era dócil, sociável, obediente e carinhosa. Sua imensa dedicação não permitiu que tratasse logo de uma tuberculose. Ela foi a Montevideo com a mãe e o irmão Luis, onde fez tratamento durante dez meses vindo a falecer em 18 de novembro de 1889.

O pastor João Corrêa não compareceu, pois, em 1888, adoeceu e ficou de cama por vinte e dois meses. Depois, deixou o pastorado, em 1895, mas continuou ligado à Igreja. Carmen Chacon (1869-1889) deixou um belo legado. Foi um raio de luz que passou entre nós.[29]



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Organizou a primeira Igreja protestante na bacia amazônica

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O “Apologista Cristão” defendeu a democracia, Republica e a separação entre Igreja e Estado. Sua ousadia provocou perseguições. Foi julgado e preso por quatro meses. Eles tiveram cinco filhos, em Belém, um deles morreu de malária. 

 

Justus Henry Nelson (1850-1937) nasceu em Menomonee Falls, Winsconsin, EUA. Seus pais eram fazendeiros. Justus decidiu ser pastor e estudou na Faculdade de Teologia da Universidade de Boston, Massachusetts. 

Ele se casou com Fannie Bishop Capen, em 1880. Estudou ainda dois anos na Escola de Medicina da Universidade de Boston para se preparar melhor para o ministério pastoral. 

Com o bispo William Taylor, no dia 19 de Junho de 1880, desembarcaram no porto de Belém do Pará como um missionário autossustentável. 

Eles estabeleceram uma escola para meninos, que depois foi incendiada. Em 1º de julho de 1883, ele estabeleceu a primeira Igreja protestante na Bacia Amazônica - Igreja Metodista Episcopal do Pará. 

Justus foi professor de inglês, francês, alemão, português e editor e escritor do  “Apologista Cristão” lançado em 1890. O lema era: "Saibamos e pratiquemos a Verdade custe o que custar." A publicação incluía lições da Escola Dominical, artigos religiosos, etc; Justus lutou contra a idolatria, jogos de azar, álcool, tabaco, etc. 7 

O “Apologista Cristão” defendeu a democracia, Republica e a separação entre Igreja e Estado. Sua ousadia provocou perseguições. Foi julgado e preso por quatro meses. Eles tiveram cinco filhos, em Belém, um deles morreu de malária. 

Justus Nelson escreveu diversos hinos em Português. Dentre eles estão: Ao contemplar uma desagradável cruz; Fonte és Tu de toda bênção; Prece ao Trino Deus, Saudai o Nome de Jesus; Presença Divina, Contemplação, Coroai, “Anelos do Céu” (H.E. 453), etc.  

O coro do hino “A certeza do crente” (H.E. 338) revela a sua fé: “Mas eu sei em quem tenho crido, E sei também que ele é poderoso: Guardará, pois, o meu tesouro Até o dia final”. 

Ele ficou no Brasil durante quarenta e cinco anos e depois voltou para os EUA. 

A implantação de igreja, educação, trabalho social e hinologia são áreas onde Justus Nelson desenvolveu seu ministério com grande dedicação.[30]

 

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Instrumento para o reinício do metodismo no Brasil

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Foi nosso irmão J.E.Newman a pessoas que mais serviu de instrumento para que a nossa querida Igreja reiniciasse a sua propaganda do bendito Evangelho no Brasil”

 

Junius Eastham Newman (1819-1895) foi pastor metodista e Superintendente Distrital nos EUA. Serviu durante a Guerra Civil Americana, como capelão das tropas do Sul.[31]

Ele manifestou o desejo vir também para o país quando viu diversas famílias de sulistas vindo para o Brasil. Ele desejava rever suas finanças e participar da evangelização do país.

Apesar de Newman ter comparecido ao Concilio, em Mississipi, entre 21 e 28 de novembro de 1866, e ter manifestado ao bispo William May Wightman o desejo de exercer seu ministério no Brasil, a Junta de Missões alegaria que não tinha verba.

Ele veio com suas próprias economias (100 dólares em ouro). Rev. Junius Newman chegou e fixou residência em Niterói, em 1867.[32]

Com 47 anos, Newman veio sozinho e chegou em Niterói em 24 de agosto de 1867.[33] Ele havia deixado a família nos EUA. Numa carta escrita, em 1867, aos metodistas do sul, ele falou das “(...) sombrias perspectivas na terra natal”.[34] E afirmou que “era melhor emigrarem para o Brasil. Quando tais pessoas vierem, permanecerão e agradecerão a Deus por esta linda e favorecida terra de refúgio...Pois aqui acharão ‘liberdade para adorar a Deus’. O caminho ‘à vida, liberdade e à busca da felicidade” está novamente aberto para eles”.[35]

Newman morava na Freguesia de São Gonçalo, criada desde 1647. No dia 09 de Janeiro de 1868, ele alugou a Chácara das Neves.

“Ao cabo de sete ou oito meses, o Rev. Newman voltou aos E. U. A. para trazer a família. E, assim, a 12 de abril de 1868, deixou New Orleans, acompanhado da esposa e dos três filhos: Mary Phillips, Annie Ayres e William, e de dois adotivos: William e John Harris”.[36]

Sua esposa se chamava Mary A. Newman.

Mas em 1869 ele foi para junto da colônia norte-americana em Santa Barbara, SP. Só em 1871 organizou a primeira Igreja Metodista no Brasil com 9 membros.

Foi no terceiro domingo de agosto que ele organizou a primeira Igreja Metodista depois de 25 anos de silêncio.

“No início, a igreja de Newman incluía nove membros, mas gradualmente aumentou para "29 ou 30". Logo, Newman havia estabelecido um circuito de cinco estações de pregação e estava pregando entre os colonos em tempo integral”.[37]

Em 1877, faleceu Mary Newman, esposa do rev. Junius Newman.

Depois que sua esposa faleceu, Newman se casou com Lydia E. Barr, em 1880.

Foi um período de lutas. Em maio de 1883, Mary Newman e Leonor Smith, membros ativos da Igreja em Piracicaba, retiraram-se para Santa Bárbara por causa de enfermidades. Mary Newman se restabeleceu em Santa Bárbara. Depois abriu uma escola paroquial.[38]

Em 1890, Junius Newman voltou para os EUA e faleceu em 1896.[39] Ele deixou um legado. J.L.Kennedy falou de “quão grande dívida de gratidão o nosso querido metodismo no Brasil tem para com este servo do nosso bom Deus”[40] e J.J. Ransom disse: “(...) foi nosso irmão J.E.Newman a pessoas que mais serviu de instrumento para que a nossa querida Igreja reiniciasse a sua propaganda do bendito Evangelho no Brasil”.[41]

 

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Primeira tradutora da literatura metodista para o português

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Foi Annie Newman quem começou a traduzir a literatura metodista para o português no Brasil. Ela traduziu alguns dos primeiros hinos para o português. Ela também traduziu o Catecismo do Bispo McTyeire sobre o Governo da Igreja e o Catecismo Wesleyano, nº 3, para o português

 

Annie Newman (1856-1880) era filha do missionário metodista no Brasil Junius Newman. Annie se converteu aos seis anos de idade.[42]

Annie nasceu em Livingston, Sumter County, Alabama, em 25 de dezembro de 1856. Ela tinha apenas onze anos quando chegou ao Brasil.

Annie Newman foi a primeira professora de português de J.J.Ransom. Ele, contudo, resolveu estudar português em Campinas onde lecionou inglês e grego no Collegio Internacional fundado pelos presbiterianos.[43]

Foi Annie Newman quem começou a traduzir a literatura metodista para o português no Brasil. Ela traduziu alguns dos primeiros hinos para o português. Ela também traduziu o Catecismo do Bispo McTyeire sobre o Governo da Igreja e o Catecismo Wesleyano, nº 3, para o português”.[44]

Mais tarde, Ransom escreveria com admiração sobre a capacidade de Annie de falar como os brasileiros instruídos falavam.

“Ransom descreveu a beleza do corpo e da alma de Annie. Ele descreveu sua devoção espiritual, sua força e seu amor pela Bíblia, escrevendo que ‘ela desejava ardentemente auxiliar no aperfeiçoamento da tradução portuguesa das Sagradas Escrituras.”[45]

Annie era tão talentosa que, após se formar, foi procurada por várias escolas brasileiras. “Ela aceitou um cargo de professora no Colégio Rangel Pestana, que era uma escola feminina de elite em São Paulo que atendia7 a algumas das famílias mais destacadas da província”.[46]

Newman desde Niterói desejava abrir uma escola no Brasil e se mudou para Piracicaba em 1879 para levar o projeto adiante e incentivou Annie a assumir.

O missionário J.J. Ransom apoiou o projeto e, mais do que isso, fez um apelo para a Associação Executiva Geral da Sociedade Missionária da Mulher da Igreja Metodista Episcopal do Sul, que se reuniria em Louisville em 16 de maio-17 de 1879, “que, em resposta, havia prometido US $ 500 para a "escola de Miss Newman". No ano seguinte, a Woman's Missionary Society alocou US $ 1.000 para "fins escolares" no Brasil.[47]

Em 1877, faleceu Mary, a esposa do rev. Newman e sua mãe. Dois anos depois, ele decidiu se mudar para Piracicaba.[48]

No dia do seu aniversário, 25 dezembro de 1879, Annie se casou com o missionário Ransom. Ranson foi com Annie morar no Rio de Janeiro e no dia 17 de julho[49] de 1880 ela faleceu.[50]

Annie havia sido atacada por uma febre amarela que persistiu por cinco meses. Antes de falecer, Ransom e Annie oraram juntos - e então cantaram um hino: ‘Assim como eu - sem um apelo ... Ó Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!"[51]

Annie deixou um grande legado. É considerada uma heroína.

 

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Primeiro bispo metodista a visitar o Brasil

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Granbery foi professor de filosofia moral e teologia prática na Universidade Vanderbilt de 1875 a 1882. Em 1882, ele publicou um "Dicionário Bíblico". J.C.Granbery eleito bispo na igreja Metodista do Sul em 1882.


John Cowper Granbery (1829-1907) nasceu em Norfolk, Virgínia. Era filho de Richard Allen Granbery e de sua mãe, Mary Ann Leslie.[52]

 

Ele se formou no Randolph-Macon College em 1848. [53]

 

Granbery se casou com “Jenny Massie em 1858. Eles tiveram um filho.  Ele se casou com sua segunda esposa, Ella Winston, em 1882, e eles tiveram oito filhos”. [54]

 

“Granbery entrou no ministério metodista e serviu como pregador assistente e missionário em WashingtonRichmond e Petersburgo[1] Ele foi capelão no campus da Universidade da Virgínia de 1859 a 1861.  Durante a Guerra Civil Americana de 1861-1865, Granbery serviu como capelão no Exército dos Estados Confederados”.  [55]

Granbery foi professor de filosofia moral e teologia prática na Universidade Vanderbilt de 1875 a 1882. [56]

Em 1882, ele publicou um "Dicionário Bíblico".

J.C.Granbery foi eleito bispo na igreja Metodista do Sul em 1882.

Foi o primeiro bispo metodista a visitar o Brasil. Visitou a conferencia brasileira nos anos 1886, 1888,1890, 1895.[57] 

“Bispo John Cowper Granbery convocou, organizou e presidiu a Conferência Annual Brasileira da Egreja Methodista Episcopal do Sul, no dia “16 de Setembro de 1886, na capella methodista, Largo do Cattete, Rio de Janeiro”.[58]

A organização da Conferência foi plenamente autorizada pela Conferência Geral. Foi a “primeira na história da nossa querida Egreja Brasileira! Dia memorável!”

A Conferência Anual Brasileira foi organizada com “tres membros presbyteros, transferidos, a saber: J. L. Kennedy, de ‘Holston’, W. Tarboux, de ‘Carolina do Sul’ e H. C. Tucker de ‘Tennessee". [59]

Outras conferências presididas pelo bispo Granbery: 

No dia “27 de Julho de 1888, a terceira sessão da Conferencia Annual abriu-se na Capital de São Paulo, à rua da Conceição, nº 85, perto da Estação da Luz”. Além de eleições, havia na Conferencia alegria “pela segunda visita episcopal do Revmo Bispo Granbery e pela vinda de quatro novos missionarios, enviados pela Egreja - Mãe, a saber, os Srs. Miguel Dickie e esposa, D. Bella, E. A. Tilly e Miss Elvira Granbery, filha dilecta do proprio bispo Granbery”. [60] 

Em 1889, foi relatado na Conferência Anual que “em Juiz de Fóra, Minas, teve início o Collegio Granbery, importante estabelecimento fundado por J. M. Lander”. [61]

O nome do colégio foi uma homenagem ao bispo Granbery.

A Decima sessão da Conferencia Anual Brasileira realizada na capital de São Paulo, no dia 25 de julho de 1895, foi considerada uma “Conferencia muito notavel e attractiva e mais importante do que commumente, pelo comparecimento e presidencia do Revmo Bispo Dr. John C. Granbery, que foi o organizador da mesma, em 1886. [62]

Em 1911, na Conferência Anual sob a presidência do Bispo Lambuth, foi comemorado o 25º aniversário da organização da Conferência Anual: “Na primeira noite da Conferencia foi solennemente commemorado o 25° anniversario da organização da Conferencia Annual. “A solennidade foi presidida por J. W. Tarboux, que, com J. L. Kennedy, J. E. Tavares e Miss Layona Glenn, foram os principaes oradores”. [63]



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Primeiro superintendente da missão metodista brasileira

 

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Em 29 de maio de 1881, Koger foi nomeado e no dia 2 de setembro ele organizou a Igreja Metodista de Piracicaba com 8 membros.

 

Em 1882, Koger recebeu a função de superintendente da Missão Metodista brasileira

 

 

 

James William Koger (1852-1886) chegou ao Rio de Janeiro   em companhia de dois outros missionários: J.L.Kennedy e Martha Watts. Acompanhava ainda a sua esposa e um filhinho.

 

No dia 18 de maio de 1881, o grupo seguiu para Piracicaba, SP, onde começaram a aprender sobre a língua portuguesa.

 

Em 29 de maio de 1881, Koger foi nomeado e no dia 2 de setembro ele organizou a Igreja Metodista de Piracicaba com 8 membros.

 

Em 1882, Koger recebeu a função de superintendente da Missão Metodista brasileira.[64]

 

Em outubro de1883, Koger começou a pregar na capital de São Paulo. Em 10 de fevereiro de 1884, ele organizou a Igreja Metodista com, apenas 4 membros

 

No dia 11 de outubro, ele voltou à Piracicabas ficando o rev. Tarboux como pastor em São Paulo.

 

Koger presidiu a Primeira Conferência Missionária no Brasil, nos dias 14 a 20 de janeiro de 1885. [65] 

(...). Em 20 de janeiro de 1885, o rev. J. W. Koger, superintendente da missão metodista brasileira, leu, pela primeira vez, as nomeações dos pregadores metodistas, designando-os para seus respectivos campos de trabalho.”[66]

No dia 3 de janeiro de 1886, Koger pregou seu último sermão em Piracicaba. No dia seguinte, presidiu a Conferência Trimestral, foi para São Paulo e depois para o Rio de Janeiro supervisionando os trabalhos da missão. No domingo, dia 10 de janeiro, pregou duas vezes na Igreja do Catete.

Koger voltou para São Paulo já doente atacado por febre amarela falecendo no dia 28 de janeiro de 1886. [67]

O jornal oficial da Igreja Metodista publicou a notícia: “REV. J. W. KOGER. — Morreu na cidade de S. Paulo, o Rev. J. W. Koger, Pastor da Igreja Methodista Episcopal na cidade de Piracicaba, S.Paulo, e Superintendente da Missão. Teve só 33 annos de idade; deixa mulher e quatro filhos. Veio ao Brasil em 1881. Sua morte é perda para a obra, mas grande lucro para elle. Deus enterra seus obreiros, mas sua obra prosegue. Não se sabe ainda quem o Bispo Granbery nomeará como Superintendente para encher a vaga deixado por nosso irmão”.4

 

Sua família retornou aos Estados Unidos ainda no ano de 1886.

 

Foi o primeiro missionário metodista falecido no Brasil.

 

Em sua homenagem, o coral da Igreja de Piracicaba recebeu seu nome:  Coral Rev. James William Koger da Catedral Metodista de Piracicaba.


 

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 Organizou a primeira Federação das SS.MM.SS

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Em 1928 publicou o livro histórico “Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil”.

Foi Redator do Expositor Cristão e diretor de colégios. Foi muito querido e admirado pela sua imensa dedicação ao metodismo brasileiro. Teve um ministério muito frutífero

 

James Lillbourne Kennedy (1857-1942) nasceu em Strawberry Plains, Jefferson, Tennessee, USA.[68] Era filho de pastor metodista.

Chegou ao Brasil como missionário em 1881. No dia 26 de março de 1881, com 36 anos, Martha Watts e outros dois missionários partiram de Nova York, via Europa, tendo como destino o Brasil. Os missionários foram: Rev.J.W.Koger, esposa, filhinho e o rev. J.L.Kennedy com 23 anos.

J.L.Kennedy foi um dos três fundadores da Primeira Conferência Anual Brasileira, em 1886. Em 1889, J. L. Kennedy, J.W. Wolling e Tarbaux publicaram “As doutrinas e disciplina da Igreja Methodista do Sul”.[69]

A Igreja fez pouco pela luta contra a escravidão. Importante lembrar que a Igreja Católica era a religião oficial do Brasil. Havia oposição aos protestantes. Mas a Igreja não deixou de apoiar a libertação e de acolher os negros libertos.

A Igreja Metodista do Catete, em 1884, através do Rev. J.L. Kennedy, levantou uma oferta para ajudar na emancipação dos escravos.

O professor José Gonçalves Salvador, no seu livro História do Metodismo no Brasil, afirmou: “E na reunião de 5 de maio, sendo pastor, agora, rev. Kennedy, lê-se que a Igreja levantou 300$000 para ajudar na emancipação dos escravos do Rio. A quantia foi encaminhada ao presidente da Câmara Municipal da cidade”.[70]

Um negro que J.L.Kennedy deu acolhimento foi Ludgero de Miranda, que havia se convertido ao metodismo e foi para o Rio de Janeiro para estudar para o ministério pastoral. Ludgero disse: “Em 5 de fevereiro de 1885 fui para o Rio de Janeiro para começar os estudos necessários ao ministério sob a direção do rev. J.J.Ransom”.[71]

Ludgero disse que em dezembro ficou doente: “a 25 desse mesmo mês tive a febre amarela, porém Deus me livrou.[72] Ele foi acolhido na casa do pastor J.L.Kennedy, que era pastor no Catete.[73]

J.L.Kennedy foi casado com Jennie Wallace. Ficou viúvo e se casou depois com Dayse Pyles. Foi pastor em grandes e pequenas Igrejas. Em 1928 publicou o livro histórico “Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil”.

Foi Redator do Expositor Cristão e diretor de colégios. Foi muito querido e admirado pela sua imensa dedicação ao metodismo brasileiro. Teve um ministério muito frutífero.[74]

Ele se distinguiu pela variedade de atividades desempenhadas. Organizou a primeira Federação das SS.MM.SS. em 23 de abril de 1916, na Igreja Central de São Paulo.[75]

Dados da Conferência Anual Brasileira

Em 1888, “houve progresso na expansão missionária do metodismo, apesar das dificuldades: “Esta Conferencia Annual resolveu abrir trabalho evangelico nas cidades de Santos e Taubaté, conseguindo-se, porém, só encetá-lo com certa regularidade na cidade maritima de Santos, onde o Sr. Kennedy prégou tanto em inglez como em portuguez”.[76]

J.L.Kennedy fez uma viagem pelo oeste de São Paulo e apresentou relatório do seu trabalho á Conferencia. Tocou no assunto de ocuparmos permanentemente o oeste de São Paulo e houve animada discussão sobre a conveniência de se fazer tal ocupação. [77]

J.L. Kennedy participava da redação da literatura da Escola Dominical, “sendo que a Revista da Escola Dominical foi começada por ele em outubro de 1899 e o "Juvenil'' em Janeiro desse ano. Parecia, no juízo da Conferencia, que esses dois periódicos estavam preenchendo uma lacuna bem sensível”. [78]

Em 1913, na ata da Conferência Anual Brasileira foi registrado: “Também, após a dolorosa perda da primeira esposa, voltou o Sr. J.L. Kennedy. [79]

J.L. Kennedy faleceu em 1942.

 

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Superintendente da Missão no Brasil

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Quando Ransom organizou a Igreja Metodista do Catete, em 1878, imediatamente os padres passaram a taxá-lo de incrédulo ou ateu

 

John James Ransom (1853-1934)[80] nasceu em Rutherford County, Tennessee, USA. Era filho de Filho de rev. Richard Portice Ransom e Frances T. Bass.[81]

Ele se tornou pastor da Igreja Metodista Episcopal e, depois, foi missionário no Brasil entre 1876-1886.

J.J.Ransom chegou ao Brasil, em 1876 como Superintendente da Missão Brasileira enviado pelo Igreja Metodista Episcopal do Sul.

Ele primeiro foi ter contato com o rev. Junius Newman e procurou estudar o português. Nesse período, lecionou inglês e grego no Colégio Internacional fundado pelos presbiterianos, em Campinas. Só um ano depois procurou saber os “melhores pontos para o estabelecimento do seu trabalho.”[82]

Ransom esteve no Brasil por dez anos (1876-86) como Superintendente da Missão Metodista no Brasil.

Foi um período em que, sob sua direção, o metodismo tomou sua forma característica. Ransom determinou que a sede da Missão Brasileira fosse o Rio de Janeiro onde, em janeiro de 1879, ele iniciou a pregação em inglês e português”.[83]

Em 1877, J.J. Ransom chegou ir ver a obra metodista no sul do país tendo se encontrado com o pastor metodista João da Costa Corrêa. Ransom, contudo, optou pelo Rio de Janeiro: “O rev. Ransom fixou residência no Rio de Janeiro, arredando por dois anos uma boa casa, sita a rua do Catete, nº 175, hoje reformada. Nessa casa, aos 13 de janeiro de 1878, começou a dirigir cultos na língua inglesa, e a 27 do mesmo mês, em português.”[84] 

Além de não saberem o português e enfrentarem constantes enfermidades que exterminavam muitos missionários metodistas, havia ainda outras dificuldades:

 “Nesse tempo, a Corte Imperial tinha uma população de uns 300 mil habitantes e, em geral, o povo dava pouca importância a religião, talvez, indiferente à pregação do rev. Ransom (...). A congregação do rev. Ransom, nesses primeiros dias, constava de umas quarenta pessoas.”[85]

Quando Ransom organizou a Igreja Metodista do Catete, em 1878, imediatamente os padres passaram a taxá-lo de incrédulo ou ateu através do “Apostolo, o mais poderoso jornal da Igreja Romana em todo o Império”[86]. Ele, porém, não se intimidou.

Perseguido pelo jornal católico “Apóstolo”, Ransom convidou os padres redatores a assistirem aos cultos para verificarem que os metodistas não eram ateus, nem desprezadores das leis do Brasil. 

Uma das grandes dificuldades foi a febre amarela que tirou a vida de muitos missionários e missionárias.

O maior golpe que Ransom sofreu foi a perda de sua esposa Miss Annie Newman, 24 anos, em março de 1880, com a qual havia se casado no Natal de 1879.[87]

A organização da Igreja do Catete aconteceu assim: “Dentre os elementos estrangeiros da população carioca, o sr. Ransom organizou a primeira Igreja Metodista dessa cidade, constando das seguintes pessoas: Mrs. Emma Dawson, Mr. H. W. Hilliard, Ministro Plenipotenciario dos Estados Unidos junto ao Governo brasileiro; Mr. John Mc Gee, Dr. Sam D. Rambo, Mr. W.T. Rainey e Miss Mary Watts, perfazendo seis ao todo”.[88]

Os primeiros membros brasileiros chegaram logo. O missionário J.L. Kennedy afirma: “A Escola Dominical durante esse ano matriculou cinquenta alunos. Pelas informações que pudemos colher, foi a 9 de março de 1879 que o sr. Ransom recebeu os primeiros brasileiros em a nossa Igreja, a saber, o sr. ex—padre Antônio Teixeira de Albuquerque, e a senhorinha Francisca de Albuquerque, sendo ambos recebidos sob o seu batismo romano.” [89]

Ransom alugou uma “casa na Rua do Catete onde morou e realizou seus primeiros cultos. A chegada de novos missionários e ampliação natural da igreja com a assunção de novos fiéis exigia um espaço maior e mais apropriado aos rituais e atividades eclesiásticas. Em 1881 foi comprado terreno onde se localiza atualmente a catedral. Inicialmente foi construída uma capela, que foi inaugurada em setembro de 1882. Em 1886 foi construído e inaugurado o templo atual, em estilo predominantemente neoclássico com elementos do gótico inglês”.[90]

A missão dos missionários metodistas compreendia três linhas de ação: “a) pregação a viva voz, b) Obra educativa, c) Literatura boa”. [91]

A evangelização era total e incluía a educação. A visão dos missionários era de que estavam sinalizando o Reino de Deus em terra pagã.

“Ransom lutou pela fundação do primeiro educandário metodista (em Piracicaba, São Paulo, setembro de 1881). Desde sua chegada ao Brasil, interessou-se pela tradução de obras metodistas para o português”.[92]

Passados três anos, em 1881, “havia 60 membros estrangeiros e 6 brasileiros que residiam na Corte do Império; quatro escolas dominicais, sendo duas na Corte, uma em Santa Bárbara, e outra em Piracicaba”. [93]

Depois de voltar dos EUA, em 1881, Ransom  teve que reorganizar a igreja que estava dispersa e ver novo local de culto, pois o contrato havia vencido:

 “Dentro, porém, de pouco tempo eles tomaram casa à rua de Santa Christina, nº 41, no morro de Santa Tereza, a qual servia de residência e também casa de culto, principalmente no idioma inglês. Ali todos os domingos de manhã celebrava-se culto em inglês, a que numerosos americanos e pessoas de outras nacionalidades assistiam religiosamente, e uma escola dominical na mesma língua.”[94]

Passados quatro anos de instalação do metodismo no Brasil sob a liderança do missionário J.J.Ransom, o crescimento era visto como bom: “Na ocasião da abertura desta nova capela, existiam 71 membros, sendo 39 estrangeiros e 32 brasileiros, da Igreja Metodista no Rio de Janeiro, um aumento liquido de 42 membros durante os doze meses imediatamente precedentes”.[95]

J.J.Ransom foi pastorear também em Juiz de Fora, em 1884: “Ainda antes de terminar o ano de 1884, foi aberto um trabalho em Juiz de Fora, Minas Gerais, e para lá mudou-se o Rev. Ransom, residindo nessa cidade e realizando excelente trabalho metodista até agosto de 1886”.[96]

J.L.Kennedy assim se referiu ao J.J.Ransom: “Homem de talento, ilustração, vigor e dedicação como o era o rev. Ransom, não era de admirar que, sob o seu pastorado, o trabalho do Senhor fizesse real progresso”.[97]

 

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Criou o Instituto Central do Povo

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O destaque fica por conta do Instituto Central do Povo, o primeiro centro social organizado no Brasil, em 1906, destinado a atender os habitantes da favela da Saúde e Gamboa

 

Hugh Clarence Tucker (1857-1956) nasceu no Condado de Williamson, Tennessee, EUA.  Foi casado com Euvira Tucker, filha do bispo John Cowper Granbery.  Aos 28 anos saiu de Tennessee e veio como missionário ao Brasil.

 

Tucker representava a Junta de Missões em reuniões mundiais e no Brasil e foi uma das figuras evangélicas mais importantes do mundo. Um defensor e praticante do Evangelho Social. Trabalhou na Sociedade Bíblica Americana.

 

O missionário metodista K.L.Kennedy registrou assim sua chegada ao Brasil profetizando sobre seu ministério: “Recentemente chegou o Rev. Hugh C. Tucker, que tem dedicado os seus dias a pregar o Cristo crucificado aos contritos de coração e liberdade aos cativos.”[98]

No dia 16 de setembro de 1886, Tucker, juntamente com James L. Kennedy e John Willian Tarboux, participou da organização da Conferência Anual Brasileira.

No ano seguinte, com quase dois anos à frente de uma igreja onde se congregava a colônia norte-americana, no Rio de Janeiro, aceitou o convite e foi nomeado secretário da Sociedade Bíblica Americana, com escritório nesta cidade. Sua incumbência: divulgar a Bíblia Sagrada, pois, às vésperas da Proclamação da República, o campo, em breve, estaria aberto às missões protestantes.[99]

Trabalhou em campanhas públicas contra a tuberculose, lepra e doenças venéreas. Foi nomeado representante no Brasil da Missão Americana entre os leprosos.

Foi amigo de Oswaldo Cruz e ajudou a combater e eliminar a febre amarela no Rio de Janeiro lhe apresentando o médico metodista dos EUA, Walter Reed, que descobriu a origem da febre amarela. Foi amigo de Machado de Assis e Rui Barbosa.

Sempre procurou fazer o melhor, especialmente em relação ao Evangelho. “Como a tradução da Bíblia para o português, feita nos Estados Unidos, não era de seu agrado, nomeou comissão revisora composta por quatro norte-americanos e três brasileiros (Eduardo Carlos Pereira, Antônio Trajano e Hypólito de Oliveira Campos)”.[100]

 Zuleica de Castro Coimbra Mesquita escreveu e afirmou que Tucker foi pioneiro na educação popular.[101]

 Tucker esteve além do seu tempo.

Do dia 25 a 28 de julho de 1903, teve lugar em São Paulo, a reunião constituinte da Aliança Evangélica Brasileira. Foram eleitos Hugh Clarence Tucker, missionário metodista, presidente, e F. P. Soren, batista, secretário.

Servir ao próximo era sua preocupação primeira. Atuou como secretário Geral da Junta Geral de Ação Social, por 16 anos (quatro mandatos). No Rio de Janeiro, onde vivia, Tucker, com seu dinamismo e determinação, desenvolveu importantes atividades nessa área da Igreja Metodista.[102]

O destaque fica por conta do Instituto Central do Povo, o primeiro centro social organizado no Brasil, em 1906, destinado a atender os habitantes da favela da Saúde e Gamboa. No local, funcionou primeiramente uma creche. Muito embora haja controvérsia sobre o assunto, nos arquivos do Instituto Central do Povo, consta ser esta a primeira creche popular existente no Estado do Rio.[103]

Tucker sempre foi ativo na Igreja. Em 1942, a Igreja Metodista aceita o convite que lhe foi formulado pelo Conselho Mundial de Igrejas. O secretário-executivo da Junta Geral de Ação Social, H. C. Tucker, assina o documento de aceitação do convite, juntamente com o bispo César Dacorso Filho[104].

Tucker “Introduziu no Brasil o primeiro ‘playground’ para crianças, na cidade do Rio de Janeiro, inaugurado a 12 de outubro de 1911. Ao ato estiveram presentes figuras as mais proeminentes da cidade. Com muita ousadia, em 1922, no 1º Congresso de Proteção à Infância, Tucker compareceu e falou sobre a importância da Educação Física na Pré-Escola. No segundo Congresso, voltou a ter uma participação ainda mais importante ao discorrer sobre um tema até hoje bastante complexo: a educação sexual”.[105]

Tucker amava Missões e não media esforços para viajar e participar de Congressos e encontros sobre esse tema. Muitas vezes, foi convidado. Foi com esse propósito que viajou à África e participou em Leopoldville, Congo Belga, de 13 a 24 de julho de 1946, do Congresso Evangélico Missionário da África Ocidental e “presidiu ao Culto Religioso das 20 horas”.  [106]

Foi notícia na revista Time que anunciou na segunda-feira, do dia 25 de outubro de 1943:  “Pela primeira vez, foi dada, esta semana, a um missionário protestante dos Estados Unidos a Ordem do Cruzeiro do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Receptor: O Rev. Dr. Hugh Clarence Tucker, 86 anos. O governo Brasileiro honrou o baixo e calvo ministro metodista pelos 57 anos de infatigável atividade no Brasil.”[107].

 “Depois de ter voltado a residir nos Estados Unidos, Tucker fez algumas visitas ao Brasil. Na última delas, em novembro de 1949, foi homenageado pela Sociedade Bíblica do Brasil, pelo Instituto Central do Povo, pelo Colégio Bennett e por outras instituições da cidade do Rio de Janeiro”.[108] 

Das mãos de Oswaldo Aranha recebeu o distintivo Oficial da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

No dia 5 de novembro de 1956, a Rádio Nacional, no "Repórter Esso", divulgava uma notícia lamentável: "Faleceu ontem (dia 4) nos Estados Unidos da América, o Rev. H. C. Tucker, um dos fundadores da Igreja Metodista do Brasil."[109]


 

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Fundador da Imprensa metodista

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Foi criada a Imprensa Metodista, “uma nova congregação foi aberta na rua da Esperança, 15 B, local onde nasceu a Imprensa Metodista, fundada pelo pastor J. W. Wolling, em 1894

 

James William Wolling (1850-1928) nasceu em Charleston, Carolina do Sul.[110] Filho de James Marion Wolling e Frances Wolling.[111] Ele se casou com Lydia Green, em 1878.

James Wolling foi para o Brasil levado pelo bispo Granbery, que propôs a “Board of Mission,” nos Estados Unidos, de criar uma escola, o que foi imediatamente aprovada. Ele trouxe os pastores John MaCPhearson Lander e James William Wolling para iniciarem o projeto da escola, que foi inaugurada com apenas dois alunos: Ludgero de Miranda e Felipe R. de Carvalho. O colégio tornou-se um seminário teológico e, em 1928, ganhou status de Faculdade de Teologia, permanecendo até 1939, quando foi transferida para São Bernardo do Campo - SP, no bairro Rudge Ramos”.[112]

Desde 1887, Wolling esteve como missionário no Brasil.

A libertação dos escravos, em 1888, não resolveu no todo o problema da escravidão, pois muitos continuaram na subvida. Houve uma preocupação por parte da liderança da Igreja em relação à situação dos negros.

J.W.Wolling, em 1888, disse na Conferência Distrital do Rio de Janeiro que os negros tinham a mesma capacidade dos brancos de entender o Evangelho, por isso deveríamos procurá-los: “Devem ser procurados até nas fazendas e receberem o nosso encorajamento e a nossa ajuda”.[113]

Essa afirmação naquele momento histórico foi corajosa e profética.

Wolling é considerado um dos fundadores do Granbery: “J.W. Wolling e J. M. Lander foram missionários metodistas que, em 1889, no Brasil, fundaram o Instituto Granbery da Igreja Metodista, em Juiz de Fora, Minas Gerais”. [114]

Inicialmente, a escola se chamava “Juiz de Fora High School and Seminary”, depois “Colégio Americano Granbery”.

A esposa de Wolling, Lydia Green, faleceu em 1887 e, em 1889, Wolling se casou com sua segunda esposa, Elizabeth "Lizzie" Morgan Rice.[115]

Em 1889, Wolling junto com os pastores J. L. Kennedy e W. Tarbaux publicaram “As doutrinas e disciplina da Igreja Methodista do Sul”.[116]

Dentre as igrejas que ele pastoreou está Piracicaba. Wolling presidiu quatro Conferências Anuais na ausência de bispos.

“Isnard Rocha afirma que, onze anos após o início do trabalho metodista na cidade de São Paulo, foi criada a Imprensa Metodista, “uma nova congregação foi aberta na rua da Esperança, 15 B, local onde nasceu a Imprensa Metodista, fundada pelo pastor J. W. Wolling, em 1894”.[117]

J. W. Wolling foi convidado a abrir e organizar a nona sessão da Conferência Anual realizada no dia 26 de julho de 1894, no Largo do Catete, Rio de Janeiro com a presença de 18 membros clérigos e alguns leigos. [118]

Na Conferencia tratou-se do estabelecimento em São Paulo de uma casa publicadora. Por decisão da Conferência, J.W. Wolling ficou incumbido, pelo período de quatro anos, da gerência desse estabelecimento.

Na Conferência Anual de 1894, Wolling fez a seguinte monção: “J.W.Wolling apresentou a seguinte moção: "Propomos que o oeste de São Paulo seja occupado pela nossa Egreja sem mais demora". Sendo discutida largamente, a moção passou por grande maioria. Desde essa décima Conferencia Annual, em julho de 1895, há 32 annos completos, o oeste tem sido occupado ininterrrutamente pela nossa Egreja, tendo sido M. Camargo o seu primeiro pastor, collocado em Ribeirão Preto. O tempo tem demonstrado a sabedoria dessa occupação pela nossa Egreja”.[119]

Entre 1903-1904, James William Wolling e sua família retornaram aos EUA de seu trabalho missionário no Brasil.

“O Nashville Christian Advocate informou que o Reverendo Wolling retornou ao Brasil após uma estadia de 2 anos nos EUA, velejando de Nova York em 30 de janeiro de 1905”.[120]

Na Conferência Anual de 1904 foi dito: “Estiveram presentes 30 ministros e mais alguns representantes leigos. Estavam ausentes nos Estados Unidos: J.W. Wolling”.[121]

Em 1907, Wolling deixou o trabalho missionário no Brasil voltando aos EUA. A Conferência Anual de 1907 registrou: “Foram transferidos: para a Conferencia de Missouri: E.B. Crooks e para a Conferencia de Carolina do Sul, J.W. Wolling”.[122]

Wolling faleceu em 15 de março de 1928, em Spartanburg, Carolina do Sul.

 

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Uma voz em defesa dos oprimidos

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O redator do “Expositor” William B.Lee  disse  que a Igreja “não pode mais ficar calada sobre as questões que tocam, de perto, a vida dos que vivem pelo suor do seu rosto. É a classe esquecida até aqui; é a classe cujos interesses são desprezados ou assaltados

 

William Bowman Lee (1864-1956) nasceu nos EUA. “Trabalhou como ministro durante 40 anos; aposentado em 1933, continuou ainda por 20 anos a trabalhar na qualidade de ministro aposentado, cooperando, de várias maneiras”.[123]

Em 1907 foi registrado: “O novo missionario W. B. Lee, foi recebido por transferencia da Conferencia Annual da Carolina do Norte e, juntamente com os Revs. Jorge L. Becker e Manoel de Camargo, foram recebidos em plena connexão com a nossa Conferencia Annual”. [124]

Foi redator do Expositor Cristão. Traduziu com o rev. Hipólito de Campos a Disciplina da Igrejas, em 1910.

Era uma pessoa humilde que gostava da roça. Pastoreou Igrejas grandes, mas também humildes. Organizou congregações metodistas.

Acostumado à vida simples das pessoas do campo podia entender a situação grave na área rural que o Brasil passava. O predomínio das oligarquias[125] rurais após a Proclamação da República, trouxe uma situação difícil para a maioria da população. Diversas greves surgiram para reivindicação de melhoria de qualidade de vida. A primeira greve geral foi em 1903, no Rio de Janeiro, de 26 dias.[126]

“Em 11 de agosto de 1903, funcionários da Fábrica de Tecido Cruzeiro, no bairro do Andaraí Grande, entraram em greve por melhores condições de trabalho. Nos dias seguintes, operários por todo o Rio de Janeiro foram aderindo ao movimento, que durou 26 dias”.[127]

A situação social nos campos era injusta e de constante crise. Muitos fazendeiros endividados venderam suas fazendas aos estrangeiros por preços baixos. O salário do trabalhador rural era apenas a metade do salário do operário e 1/28 do salário da maioria dos funcionários públicos, em 1903.

Com a crise se agravando para os cafeicultores, em 1909, o Jornal Expositor Cristão denunciou o comércio internacional, a miséria na roça e a omissão do Governo.

O redator do “Expositor” William B.Lee  disse  que a Igreja “não pode mais ficar calada sobre as questões que tocam, de perto, a vida dos que vivem pelo suor do seu rosto. É a classe esquecida até aqui; é a classe cujos interesses são desprezados ou assaltados...”[128]

Em 1919, os redatores do Expositor Cristão W.E.Lee e José de Azevedo Guerra publicaram um artigo sobre o “Communismo” e comentaram sobre a ação violenta comunista na Europa trazendo problemas para os governantes. Comentaram ainda que o cristianismo é socialismo puro.

Em 1920, o redator do Expositor Cristão, W.B.Lee escreveu sobre “Um momento novo” e afirmou que “No seio da Igreja a necessidade hoje é um avivamento das forças espirituais, o aprofundamento da consciência de responsabilidade do povo, pela regeneração social da nação”.[129]

Em 1920, W.B.Lee também escreveu sobre “A Greve” para defender os operários de Juiz de Fora: “É a classe esquecida até aqui, é a classe cujos interesses são desprezados (...). Enquanto escrevemos essas linhas, há 5000 operários em greve na cidade de Juiz de Fora, Minas. Eles reclamam o dia de 8 horas e o aumento de 50% dos serões”.[130]

Em 1924, a 39ª sessão da Conferencia Anual Brasileira, com a presença de 21 clérigos e 18 leigos, presidida pelo bispo H.M. Dobbs, W.B.Lee fez o seguinte pronunciamento sobre a guerra: “Propomos, pois, que a Egreja Methodista se defina por intermédio de seus pregadores, em uma campanha decidida contra a guerra que nunca resolveu e nem resolverá os problemas do mundo, antes desenvolve, em uma proporção crescente, o ódio e o egoísmo. Desta forma faremos uma pressão moral sobre os governos, que irão sentindo sempre mais esta influência pacificadora da caridade a proporção que nos convencermos mais intimamente do Evangelho da Paz de Christo." [131]

Na Conferência de 1902 foi registrada uma nomeação: “Que Mrs. Lee seja nomeada superintendente geral desta Liga Infantil no Brasil".[132]

Em 1913, por proposta de W.B. Lee, foi decidido levantar uma collecta para um presente ao chefe da tribu africana, em cujo meio ia a nossa Egreja encetar uma missão. Essa collecta rendeu 45$280. Para essa Missão na África havia em caixa 1:800$, a parte que nos tocava para o sustento do missionário áquelle continente.

 


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Pioneira no desenvolvimento e expansão do trabalho das mulheres metodistas no Brasil

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Em 1930, junto com as federações de mulheres, criou a Voz Missionária, uma revista para as sociedades de mulheres. Foi a primeira editora. Ela era entusiasmada, bem-humorada e a chamavam de Dona Mizépe

 

Leila Flossie Epps (1884-1962) nasceu em Kingstree, na Carolina do Sul, e estudou em Leesville, no Meridian, Mississippi e na Escola de Formação em Kansas City, Missouri, em 1911.

 

Em 1911, chegou ao Brasil, onde serviu por 37 anos, primeiro na área educativa. Ela criou a revista Bem-Te-Vi para as crianças da Escola Dominical da Igreja Metodista. 


Em 1929, o Conselho Missionário da Mulher da Igreja Metodista Episcopal (EUA) nomeou Leila Epps para o trabalho com as mulheres. Ela resistiu, mas um sonho com as mulheres brasileiras mudou seu pensamento e ela aceitou a nomeação. 

Quando a Igreja Metodista no Brasil se tornou autônoma, em 1930, Epps foi convidada a continuar esta tarefa. 

Em 1930, junto com as federações de mulheres, criou a Voz Missionária, uma revista para as sociedades de mulheres. Foi a primeira editora. Ela era entusiasmada, bem-humorada e a chamavam de Dona Mizépe.

 Epps se preocupou com a situação dos índios negligenciados no Brasil. Apoiou a criação de uma missão interdenominacional que foi estabelecida entre os índios Cauiá de Mato Grosso, e as mulheres ajudaram a apoiar um jovem médico brasileiro, Nelson de Araújo, um médico-missionário. Ela se arriscou a pegar doenças e enfrentou perigos na selva. Também ajudou a educar um dos jovens índios dessa tribo. 

Na imprensa, combateu a tragédia dos leprosos no Brasil e apoiou o trabalho com os leprosos da metodista Eunice Weaver, que se tornou mundialmente conhecida. Leila se aposentou em 1950, na Carolina do Sul, EUA.[133]

 

 

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Primeiro bispo eleito no Concílio Geral da Igreja Metodista brasileira

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Apesar de estar jubilado, o primeiro Concílio da Igreja Metodista do Brasil, em 1930, o elegeu como primeiro bispo metodista no Brasil

 

 

J.W.Tarboux (1858-1940) nasceu em Georgetown, Carolina do Sul, EUA.

 

Fez sua profissão de fé aos 10 anos e desce cedo percebeu seu chamado pastoral. 

Em 29 de junho de 1883 foi enviado como missionário ao Brasil.[134]

 

Em 16 de setembro de 1885 foi organizada a Primeira Conferência Anual Brasileira com J.L.Kennedy, H.C.Tucher e J.W. Tarboux.

 

Dentre as Igrejas que foi pastor, estão: Catedral de São Paulo, Piracicaba, Catete, etc. 

Abriu trabalho metodista em Anta, em 1898. Em 1892, “teve início o trabalho methodista em Ubá, pregando J.W. Tarboux, e sendo nomeado pastor J.R. de Carvalho”.[135]

Clérigos que presidiram a Conferência Anual Brasileira entre 1886- 1926, na ausência dos bispos: J.W.Wolling, na ausência dos bispos, presidiu 4 conferências e E.A.Tilley presidiu 3 conferências. O clérigo J.E. Tavares foi o único brasileiro que presidiu uma conferência.

Também  H.C.Tucker, J.L.Bruce, M.Dickie, Charles A. Long e J.W. Tarboux, que presidiu duas conferências (depois se tornou bispo).

Dentre funções que foi eleito pela Conferência Anua Brasileira, estão: J.W.Tarboux foi nomeado delegado fraternal à Igreja Presbiteriana; Para "tratar da organização de um hymnario livre de erros", foi nomeada uma commissão, constando dos Srs. Dr. C.G.S. Shalders, Miguel Dickie, Manoel de Camargo e J.W. Tarboux.

“O Dr. J.W. Tarboux, p.p. de Minas, apresentou ao Bispo o seguinte: "Na Conferencia Districtal de Minas, em sua sessão de 1897-98, um pregador em experiencia foi eleito delegado á Conferencia Anual. Como presidente da Conferencia, decidi que o mesmo não era eligivel, e ordenei outra eleição. A Conferencia appellou para o Collegio dos Bispos. Respeitosamente rogo ao Bispo Presidente que nos dê a sua decisão official nesta questão. Assignado J. W. Tarboux, p.p. do Districto de Minas.”

Os índios mereceram atenção também por parte da Tarboux.  Ele disse que os “verdadeiros donos desta terra, os indígenas, tão maltratados pela catequese romanista, embrenhados no nosso sertão, esperam que os verdadeiros discípulos de Jesus, seus patrícios, lhes levem as boas novas de salvação e de civilização.”[136] 

 Na 38ª Conferência Anual Brasileira de 1923 há uma nota se referindo ao Dr. J.W. Tarboux: “tão querido pelo bom trabalho feito no Brasil e agora na lista dos jubilados”.        

Apesar de estar jubilado, o primeiro Concílio da Igreja Metodista do Brasil, em 1930, o elegeu como primeiro bispo metodista no Brasil.

 

A Igreja brasileira já havia manifestado, “nas conferências gerais de 1927 e 1929, as intenções de fazê-lo bispo da igreja autônoma. Chegou a pedir à Igreja Mãe que o elegesse e o nomeasse, em tempo integral, para o Brasil. É claro que não havia nenhuma obrigatoriedade de elegê-lo, mas ele, apesar de residir nos Estados Unidos, foi eleito, viajou para o Brasil e foi consagrado pouco mais de um mês depois, em 12 de outubro, na igreja do Catete.” [137]

 

Foram quatro anos de muita dedicação com o tema que ele escolheu: “Trabalho e Serviço”. [138]

 

O segundo Concílio Geral, em 1934, o reelegeu bispo e elegeu também o segundo bispo César Dacorso Filho.

 

Ele, contudo, decidiu voltar aos EUA.

 

 

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[1] h en/L7L5-SHZ/rev-fountain-pitts-ray-1830-1904ttps://pt.findagrave.com/memorial/98429012/fountain-elliott-pitts

[2] https://ancestors.familysearch.org/n/L7L5-SHZ/rev-fountain-pitts-ray-1830-1904

[3] https://pt.findagrave.com/memorial/98429012/fountain-elliott-pitts

[4] https://archives.gcah.org/server/api/core/bitstreams/88df4584-30b7-4b21-9520-c032ca68a8ce/content

[5] James L. Kennedy, Cincoenta Annos de Methodismo no Brasil, São Paulo, Imprensa Metodista, 1928,

p. 13; Eula L. Long, Do Meu Velho Baú Metodista, São Paulo, Imprensa Metodista do Brasil, 1968, p. 24-25.

[6] H.C. Tucker, “O Centenário Methodista Sul-Americano”, in Expositor Cristão, 03/03/1936, p.1.

[7] Ibidem.

[8] Carta in Duncan A. Reily, História Documental do Protestantismo no Brasil. SP, ASTE., 1984, p. 81-82. Também, José Gonçalves Salvador, História do Metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista, 1982, v. 1, p. 24s.

[9] Salvador. José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Imprensa Metodista, SP, 1982, p. 27.

[10] Ibidem., p.27.

[11] Ibidem., p.32-3.

[12] https://pt.findagrave.com/memorial/98429012/fountain-elliott-pitts

[13] Idem.

[14] https://www.biblicalcyclopedia.com/ S/spaulding-justin.html

[15] https://archives.gcah.org/server/api/core/bitstreams/88df4584-30b7-4b21-9520-c032ca68a8ce/content

[16] https://pt.wikipedia.org/wiki/Metodismo

[17] Carta in Duncan A. Reily, História Documental do Protestantismo no Brasil. SP, ASTE., 1984, p. 81-82

[18] Idem.

[19] Idem.

[20] Idem.

[21] Idem.

[22] Idem.

[23] Carta in Duncan A. Reily, História Documental do Protestantismo no Brasil. SP, ASTE., 1984, p. 81-82. Também, José Gonçalves Salvador, História do Metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista, 1982, v. 1, p. 24s.

[24] https://worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/brazil-methodist-church/

[26] https://worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/brazil-methodist-church/

[27] https://www.biblicalcyclopedia.com//S/spaulding-justin.html

[28] LONG, Eula K. Do meu velho baú metodista. Junta Geral de Educação Cristã, 1968, p.47.; http://www.casaruibarbosa.gov.br/oprazerdopercurso/bio_kidder.htm; https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Parish_Kidder; http://www2.senado.leg.br/bdsf/item/id/1050; http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/Fides_Reformata/06_O_Brasil_e_os_Brasileiros.pdf

[29] *Colportagem é a distribuição de publicações, livros e panfletos religiosos por pessoas chamadas "colportores"(. https://pt.wikipedia.org/wiki/Colportagem); www.metododistadosul.edu.br - “Assim brilhe vossa luz”, Daniel P. Monti.;  

www.metododistadosul.edu.br. Itjw>cnh8. Projeto “Buscando Vidas”. Instituto Teológico João Wesley. Coordenador de pesquisa: Norberto da Cunha Garin, 2007.; SALVADOR, José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Centro Editorial Metodista de Vila Isabel, 1982.; JAIME, Eduardo Mena Barreto. História do metodismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1963. 

[31] No seu livro “Do meu velho Baú metodista”, Eula Kennedy Long, afirma que Newman era um pregador leigo. Confira na página 53, publicado pela Junta Geral de Educação Cristã, em 1968.

[33] SALVADOR, José Goncalves. História do Metodismo no Brasil. 1982, p.54-55.

[34] REILY, Duncan Alexander. História Documental do Protestantismo no Brasil”. ASTE, São Paulo, 1984, p. 88.

[35] Idem.

[36] SALVADOR, José Gonçalves. História do Metodismo no Brasil. Centro Editorial Metodista de Vila Isabel, RJ, p. 32-33.

[37] Idem.

[38] KENNEDY, James L. Cincoenta anos de methodismo no Brasil, São Paulo, Imprensa Metodista, 1928, p.32.

[39]  Op.cit, p.57.

[40] KENNEDY, James L. Cincoenta anos de methodismo no Brasil, São Paulo, Imprensa Metodista, 1928, p. 19.

[41] Idem.

[42] Idem.

[45] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

[46] Idem.

[47] Idem.

[49]  Alguns outros colocam sua morte em março de 1880. Salvador. José

Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Imprensa Metodista, SP, 1982, p.79.

[50] Op.cit., p.61.

[51] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

[52]https://ancestors.familysearch.org/ en/K6W5-Q98/bishop-john-cowper-granbery-1829-1907

[53] https://en.wikipedia.org/ wiki/John_Cowper_Granbery

[54] Idem.

[55] Idem.

[56] http://famousamericans.net/johncowpergranbery/

[57] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista. 1967, p.54.

[58] “Criada em 16 de setembro de 1886, tinha como um de seus objetivos tornar-se reconhecida pelo governo brasileiro e ter o direito de registrar suas propriedades. Isso só ocorreu com a instalação da República (1889)”. http://www.expositorcristao.com.br/wp-content/uploads/2017/03/O-Metodismo-na-4ª-Região-Eclesiástica.pdf

[59] “Criada em 16 de setembro de 1886, tinha como um de seus objetivos tornar-se reconhecida pelo governo brasileiro e ter o direito de registrar suas propriedades. Isso só ocorreu com a instalação da República (1889)”. http://www.expositorcristao.com.br/wp-content/uploads/2017/03/O-Metodismo-na-4ª-Região-Eclesiástica.pdf

[60] KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[61] Idem.

[62] Idem.

[63] O autor do livro sobre os 50 anos o metodismo no Brasil não colocou o local da Conferencia Anual. KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo: Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[64] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista. 1967, p.44.

[65] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista. 1967, p.44.

[66]http://www.expositorcristao.com.br/wp-content/uploads/2017/03/O-Metodismo-na-4ª-Região-Eclesiástica.pdf

[67] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Op.cit.

[68] https://www.scvpalmbeach.com/sub-pyles-minchin

[69] Igreja Methodista Episcopal do Sul, As doutrinas e disciplina da Igreja Methodista do Sul 1888: Edição Portuguesa, eds. J. L. Kennedy, J. W. Wolling, and J. W. Tarbaux. Rio de Janeiro: Typ. Aldina de A. J. Lamourreux & Co. 79, Rua de Sete de Setembro, 1888. p. 2.

[70] SALVADOR. José Gonçalves. História do Metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista, 1982, p.151

[71] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista. 1967, p.61.

[72] Idem.

[73] SALVADOR, José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Imprensa Metodista, p.103. Centro Editorial Metodista de Vila Isabel. http://www.metodistavilaisabel.org.br/docs/docs/historiadometodismobrasileiro.pdf

[74] ROCHA, Isnard. “Pioneiros e bandeirantes do metodismo no Brasil”. Imprensa Metodista, 1967, p,154-156.

[75] Idem.

[76] KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[77] KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[78] Idem.

[79] KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[80] https://hymnary.org/person/Ransom_JJ

[81] https://www.geni.com/people/Rev-John-James-Ransom/6000000024074524892

[82] KENNEDY, James Lillbourne, Cinqüenta anos de metodismo no Brasil. 1928. p. 20.

[83] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, 88-9.

[84] KENNEDY, James Lillbourne, Cinqüenta anos de metodismo no Brasil. 1928. p. 20.

[85] KENNEDY, James Lillbourne, Cinqüenta anos de metodismo no Brasil. 1928. p.20-21.

[86] Salvador. José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Imprensa Metodista,

SP, 1982, p.79.

[87] Ibidem., p.84.

[88] KENNEDY, James Lillbourne, Cinqüenta anos de metodismo no Brasil. 1928. p.21.

[89] Ibidem., p.22.

[90] https://catedralmetodista.org.br/historia/

[91] Ibidem.

[92] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, 88-9.

[93] KENNEDY, James Lillbourne, Cinqüenta anos de metodismo no Brasil. 1928. p.27

[94] Ibidem., p.27.

[95] Ibidem., p.29.

[96] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo o Brasil. Imprensa Metodista, 1967, p.39.

[97]KENNEDY, J.L. Cincoenta annos de methodismo no Brasil. p.37.

[98] Kennedy, J.L. Methodista Catholico. Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1886, v.15, p.4

[99]  http://www.tabernaculo.com.br/arquivo/2001/junho/paginas/testemunhos.htm. Artigo publicado no Jornal Avante, escrito por Joel Dias da Silva.

[100] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=587

[101] https://www.metodista.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/issue/view/31/showToc

[102] Idem.

[103] Idem.

[104] Idem.

[105] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=587

[106] Dário duma viagem, Rev. Gaspar D’Almeida, Diretor do Jornal “O Estandarte”. Delegado de Luanda, Angola. https://purl.pt/24131/4/744602_PDF/744602_PDF_24-C-R0150/744602_0000_capa-capa_t24-C-R0150.pdf.

[107] www.time.com/time/magazine/article/0,9171,796186,00.html?promoid=googlep -

[108] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=587

[109] http://www.tabernaculo.com.br/arquivo/2001/junho/paginas/testemunhos.htm. Artigo publicado no Jornal Avante, escrito por Joel Dias da Silva.

[111] https://www.myheritage.com.br/names/james_wolling

[112] https://colegiometodista.g12.br/granbery/institucional/apresentacao/apresentacao

[113]WOLLING, J. W. em Atas da Conferência do Distrito do Rio de Janeiro, 1888, p.25.

[115]Idem.

[116] Igreja Methodista Episcopal do Sul, As doutrinas e disciplina da Igreja Methodista do Sul 1888: Edição Portuguesa, eds. J. L. Kennedy, J. W. Wolling, and J. W. Tarbaux. Rio de Janeiro: Typ. Aldina de A. J. Lamourreux & Co. 79, Rua de Sete de Setembro, 1888. p. 2.

[117] Geoval Jacinto da Silva. Revista Caminhado, v. 10, n. 2 [ 1 6] – 2  sem. 2005, “O fim do período missionário! Surge a Nova Igreja!”.

[118]KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[119] Idem

[121]KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[122] Idem.

[123] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeirantes do metodismo no Brasil. Imprensa metodista, 1967, p.229.

[124] Idem.

[125] “(...) é a forma de governo em que o poder político está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família, um mesmo partido político ou grupo econômico ou corporação”. https://pt.wikipedia.org/wiki/Oligarquia

[126] htps://app.uff.br/riuff/handle/1/22097

[127] https://riomemorias.com.br/memoria/greve-geral/

[128] LEE, W. B. “A Greve” em Expositor Cristão. 22 de janeiro de 1920, p.2.

[129] LEE, W.B. “Momento novo”. Expositor Cristão. Juiz de Fora, 15 de janeiro de 1920, v.34, nº2, p.1

[130] LEE, W. B. “A greve”. Expositor Cristão. São Paulo, 22 de janeiro de 1920, v.36. nº 3, p.2.

[131] KENNEDY, James L. Cincoenta Annos de Methodismo no Brasil. Petrópolis, 1928, p.50-172.

[132] “Logo depois desta Conferencia Annual, em meados de Agosto de 1900, deu-se um evento importantissimo. Foi a conversão do Rev. Hippolyto de Oliveira Campos que por 26 annos tinha sido um padre honrado da Egreja Romana. Daquela data para cá, ele tem se consagrado fielmente às fileiras evangélicas e tem sido um bravo campeão contra as trevas do romanismo”. KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.

[134] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeiras do Metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista, 1967, p.143.

[135] KENNEDY, J.L. Cinqüenta Anos de Metodismo no Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928.

[136] TARBOUX, J.W.  “O Dr. Tarboux e a missão aos índios” em Expositor Cristão. 17 de outubro de 1928, 42º, p.5.

[137]https://www.metodista.org.br/autonomia-da-igreja-metodista

[138] ROCHA, Isnard. Pioneiros e Bandeiras do Metodismo no Brasil. São Paulo, Imprensa Metodista, 1967, p.145.

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