Scilla
Franco:
Pastor,
Bispo e Profeta
Odilon Massolar Chaves
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É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente
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Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon Massolar Chaves é
pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade
Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o
avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como
paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal
oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses
arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que
está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.[1]
Rio de Janeiro – Brasil
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“Tenho pedido a Deus que me faça tombar ‘como
um tronco do raio tocado’. Mas se essa não for Sua vontade, hei de me consumir
como uma vela que queima seu próprio corpo para produzir luz e a bandeira que a
Igreja me em confiado há de tremular ainda que um farrapo e, e for areada,
encontrar-me-á à morte ao pé do mastro”.
(Scilla Franco)
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Índice
·
Introdução
·
Scilla Franco,
sua trajetória
·
Sua origem
·
Sua vocação
·
Seus estudos
·
Início do seu pastorado
·
Sua prática
missionária
·
Seu trabalho e
enfermidade
·
Missão
Tapeporã
·
GTME
·
O episcopado e
família
·
O serão dos
animais
·
Relato de uma
convivência com Scilla Franco
·
Suas
publicações e legado
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Introdução
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“Scilla Franco: Pastor, Bispo e Profeta” é um livro que relata a
trajetória do bispo metodista Scilla Franco.
Uma história que nos lembra o profeta Amós, no século 8, que saiu do
interior para profetizar. O profeta Amós profetizou durante o reinado do rei
Uzias em Judá
(Reino do Sul) e do rei Jeroboão em Israel (Reino do Norte).
O nome de Amós significa “carregador de fardos” e foi exatamente isso
que Scilla Franco passou em sua vida e ministério.
Teve hansieneses e depois sofreu um acidente com agrotóxicos em seu minitério
junto aos índios, o que piorou sua saúde.
Scilla Franco foi um profeta...Com seus artigos no jornal Expositor
Cristão e ministrações em encontros, Scilla despertou a Igreja para as
necessidades dos indígenas e, mais do que isso, despertou a Igreja para sair
das quatro paredes e se doar em amor pela causa de Cristo.
Ele foi um referencial para a missão indigenista.[2]
Um breve relato de um homem simples que saiu do interior para se tornar
bispo da Igreja Metodista.
Muito útil para a publicação deste livro os textos de Eber Borges da
Costa: “Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla Franco
entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979”; texto de Fernanda Caroline Cassador Costa.
“Ovelhas que não são deste aprisco: da visão encarnacional pra a pastoral da
convivência. Perspectivas ecumênicas do trabalho missionário de Scilla Franco
no Mato Grosso do Sul” e o “Blog da pastora Railda Marinho de Brito”.
Que você seja edificado e motivado na leitura deste livro para servir ao
Senhor de todo coração.
O Autor
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Scilla Franco, sua trajetória
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Como o profeta Amós, que veio do interior para profetizar na cidade,
assim Deus levantou Scilla Franco para profetizar à Igreja, especialmente à
liderança da Igreja Metodista.
Scilla sabia que estava marcado para morrer, por isso colocava toda sua
vida para fazer tudo aquilo que Deus desejava.
É importante destacar que o Expositor Cristão teve um papel importante
na vida esse profeta, especialmente através da jornalista Claudia Romano de
Sant’Anna e do rev, Jorge Mesquita.
Eles abriram espaço para Scilla Franco e não ó isso: tiveram a percepção
de que ali estava um profeta de Deus para falar à Igreja, num empo em que os
pastores se voltavam para às Instituições e a Igreja se burocratizava cada vez
mais, emperrando assim a Missão de ser, acima de tudo, sal, luz e fermento na
sociedade.
Para se fazer mais justiça ainda à história é melhor citar as palavras
da jornalista Claúdia no “EC” da 1ª quinzena de abril de 1977: “(...) através do
bispo Osvaldo Dias da Silva, a V Região Eclesiástica, tomamos conhecimento da
impressionante declaração de fé e confiança no sofrido testemunho do rev.
Scilla Franco, missionário metodista junto os índios em Dourados”.
O seu primeiro artigo/testemunho se chamou:” Onde está teu irmão?” e foi
a chamada principal do “Expositor”.
Outros artigos vieram: “Carta aos Caiuás
(1977); “Solilóquio de um missionário” (1978); “Os índios querem uma
oportunidade” (1978); “O boia-fria e o Natal” (1978); “A flor o porão” (1979);
“O cego contador de tragédia” (1980); “De um pirangueiro aos metodistas”
(1980); “Índios: ovelhas de outro aprisco” (1980); “Erga Omnes” (1980); “Onde
está teu irmão” (1980), etc.
A maioria desses artigos foram chamadas
principais no nosso órgão oficial.
Um dos artigos marcantes de Scilla Franco foi
“Igreja dos coronéis” (1ª quinzena de julho de 1980), quando ele faz uma
crítica violenta à estrutura da Igreja Metodista. Disse ele: “A partir d 1968 a
Igreja Metodista passou a copiar o Governo no seu aspecto negativo...”. Ele
falou de várias heresias na Igreja, dente elas a “castração do episcopado”,
pois todo poder estava com os conselhos. Por isso estava acontecendo na Igreja
uma “crise de autoridade” e “crise de impunidade”.
Scilla Franco com seu jeito franco de falar
as coisas simples e verdadeiras do nosso dia-a-dia foi ficando conhecido e
admirado. Apesar dos “coronéis” não o verem com bons olhos, espaços foram sendo
abertos para esse profeta do Senhor.
O primeiro grande espaço foi a no Instituto
Ministerial de Brodósqui, quando o bispo Nelson L.C.Leite abriu espaço cedendo
sua vez e Scilla pode falar numa devocional. O “Expositor” noticiou o fato dizendo
que sua palavra havia sido o ponto alo do Ministerial.
O “EC” comentou a devocional: “ele mesmo
seria capaz de morrer por eles (na verdade, o rev. Scilla Franco está morrendo
por eles, por uma enfermidade contraída no ministério”.
Nesta devocional, Scilla criticou o
carreirismo no ministério e a falta de oportunidades e privilégios para toda a
Igreja, pois havia distribuição de bolas de estudo, por exemplo, e quase
ninguém ficava sabendo”.
E Scilla profetizou: “Assim será difícil
chegar a 100 mil” (a igreja havia decidido no Concilio Geral de 1978 chegar aos
100 mil metodistas em 1982).
A outra grande oportunidade que Scilla Franco
teve foi a de ser paraninfo na turma da Faculdade de Teologia de 1978.
Tive o privilégio de ser o aluno que entrou
em contato com ele fazendo o convite. Tivemos que vencer preconceito de alguns
que disseram em particular para nós: “Scilla não é o homem adequado para ser
paraninfo”. Nesse mesmo local, 9 anos depois, Scilla seria eleito bispo.
Neste dia, ele falou sobre “Eu vos farei
pescadores de homens” (“EC” nº 2/1979).
Ele começou dizendo:” Não sendo homem de
muitas letras em vendo na circunstância de falar a letrados, não e ocuparei da
teologia ou de outra ciência qualquer, mas se realmente posso trazer algo de
útil há de ser fundamentado na experiencia de meus 16 nos de ministério
integral de fato, de direto e de dever”.
Disse mais: “Sou um pregador descompromissado
e marcado para morrer. Pela conta do médico já estou vivendo de credito cheque
no banco da vida. Por isso, não posso fazer concessões e toda oportunidade que
se oferece agarro como sendo a última, mas a morte não há de me pegar de
surpresa.
Numa época em que havia a discussão obre o
tempo parcial no ministério pastoral, Scilla gostava de assinar seus artigos
colocando afirmações como essas:
“Scilla Franco – Só pastor”;
“Scilla Franco – pastor até quando Deus
quiser”;
Scilla Franco – Pastor graças a Deus;
“Scilla Franco – Pastor mercê de Deu”.
A jornalista Claudia deu uma grande força a
Scilla e chegou a escrever em sua coluna “Janela” (1979)) um artigo em que o
compara a Lula: O pastor e o operário”.
Ela disse: “Ambos incomodam pelo que dem....Tentam despertar a Igreja e o país
para a realidade em que vivem”.
A Igreja precisa retirar lições da vida de
Scilla Franco. Uma delas: ouvir mais o povo (já que não somos tão povo assim) e
deixar que os profetas profetizem. Não amordacem a boca dos profetas!
Em 1978, Scilla escreveu um artigo chamado:
“Carta a um amigo dos índios”. Ele assinou o artigo assim:
“Scilla Franco – pastor
Eleito
por Deus,
Chamado pelo Espírito Santo,
Ordenado por Cristo,
Nomeado pelo Bispo,
Servindo aos irmãos.”
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Sua origem
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Scilla Franco (1930-1989) nasceu em Rio das Pedras no interior de São
Paulo, região de Piracicaba, em 23 de dezembro de 1930.
Filho de João Batista Franco e Maria da Glória Carvalho Franco. Ficou
órfão de mãe quando tinha sete anos de idade.
Após a morte de sua mãe, seu pai se casou com Lourdes Aníbal Franco.
Scilla passou a infância e a adolescência no campo, região de Piracicaba,
interior de São Paulo.
Scilla Franco, certa vez, disse: “Transferir-me para o trabalho indígena
não foi muito difícil devido à minha condição de homem de interior, porque a
princípio a minha única preocupação era a roça”.[3]
E completou com a sua honestidade: “Difícil se tornou quando comecei a
entender, a amar o índio e sua cultura, voltar à sociedade branca.” [4]
Vemos assim que a sua formação no campo foi fundamental para sua
motivação e o seu futuro trabalho missionário.
Essas raízes rurais de Scilla Franco são, também, importantes na
definição de seu jeito de falar, escrever e interpretar as realidades à sua
volta”.[5]
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Sua vocação
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Em 1944, Scilla Franco teve uma experiência espiritual muito forte
semelhante às experiências dos profetas do Antigo e Novo Testamento.
Após a Escola Dominical, num sítio no distrito de Tupi, ele voltava a
cavalo para a sua casa.
Ele ouviu uma voz que dizia: “você vai ser pastor”. Ele contou aos seus
familiares, que não lhe deram atenção. Mas ele deu muto valor à sua
experiência. Começou a pregar e a dirigir cultos.
Um encontro com o famoso biólogo metodista Warwick E. Kerr o despertou
em sua vocação. Ele disse: “A minha vocação para o aspecto social do ministério
pastoral surgiu numa visita, juntamente com o Dr. Warwick
E. Kerr, ao sítio dos Marques, perto de Piracicaba”.[6]
Scilla Franco ficou impressionado e empolgado de ver um famoso cientista
se identificar com as pessoas “simples e humildes daquela zona rural,
ministrando os seus conhecimentos em agricultura e compartilhando de sua
experiência cristã e deles recebendo inspiração para a sua vida”.[7]
“Aquela visita”, reconheceu Scilla Franco, que o levou a pensar “seriamente sobre a importância
do Evangelho integral, o qual dá ênfase à salvação da totalidade da pessoa
humana”.[8]
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Seus estudos
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Scilla Franco fez o antigo Curso Provisionado na Igreja Metodista. Uma
oportunidade para leigos que tinha o dom de pregar, visitar e ensinar que
poderia ser nomeado pastor suplente.
“Provisionados são leigos piedosos que tenham dons para evangelizar,
pregar, visitar e fazer serviços de caráter pastoral e que, não querendo ou não
podendo, por qualquer motivo, dedicar-se ao ministério, estão, contudo,
dispostos a ajudar, sem ônus para a Igreja, os pastores das igrejas em que se
acham arrolados, e, excepcionalmente, servir como pastores suplentes".[9]
Em 1963, Scilla Franco é nomeado pastor suplente no VII Concílio
Regional da 5ª Região Eclesiástica e designado para atender a Igreja em
Valparaíso. Como pastor suplente, pastoreou as Igrejas de Valparaíso e de
Álvares Machado (1967-1971). [10]
Em 1972, como presbítero, foi nomeado para a Igreja Metodista em
Dourados e também para supervisionar o Campo Missionário Regional em Mato
Grosso.
Foi assim que Scilla Franco passou a se envolver com o trabalho de
atendimento a colonos através de um programa chamado Plano Piloto financiado
pela Igreja Unida do Canadá.[11]
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Início do seu pastorado
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Scillla Franco foi nomeado pastor metodista pela primeira vez em 1963.
Assumiu o trabalho missionário entre os índios quando pastoreava a
Igreja Metodista em Dourados – MS.
Entre os anos de 1972 a 1979, desenvolveu uma pastoral de convivência
entre os índios e alcançou reconhecimento nacional.
Por razões de saúde, teve que deixar o trabalho com os índios, sendo
eleito bispo na Igreja Metodista, ministério que exerceu por menos de dois
anos, vindo a falecer.
Por causa de seu trabalho como pastor, missionário e bispo, é
reconhecido pela Igreja Metodista como um de seus mais importantes expoentes e
um referencial para a missão indigenista.[12]
Depois do acidente com agrotóxicos em Dourados, Scilla Franco voltou ao
ministério pastoral sendo pastor em algumas igrejas metodistas.
Pastoreou as Igrejas de Presidente Prudente, Pacaembu (Campinas),
Betânia e Paulista (Piracicaba).
Sua última nomeação foi para Birigui, SP, de onde saiu para se tornar bispo
metodista.
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Sua prática missionária
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Scilla Franco recebeu nomeação como presbítero em 1972 para a Igreja
Metodista em Dourados com a incumbência de exercer pastoreio no Campo
Missionário Regional em Mato Grosso.
Nesse período, os índios Guarani (Kaiowá e Ñandeva) e Terena e estavam
passando por uma situação muito difícil.
Ficou sensibilizado ao ver um índio pegando
comida no lixo de sua casa e decidiu fazer algo em prol dos índios no Mato
Grosso do Sul.
“Os índios estavam sofrendo um processo de expulsão de suas terras, que
culminou a partir do declínio (em meados do século XX) da Companhia Matte
Laranjeira que ocupou grandes extensões de terras na região entre 1880 e 1915”.
[13]
Havia uma “desocupação massiva de grandes extensões de terras utilizadas
por ela, que para muitos que ali queriam explorar, passaram a ser consideradas
“sem dono”. Assim, as populações indígenas que ali viviam foram expulsas e
tiveram que recorrer à reserva mais próxima, a de Dourados, somando-se aos
inúmeros índios que ali já se encontravam. Muitos também disponibilizaram sua
mão de obra para os fazendeiros que se apropriaram do território”.[14]
Quando Scilla Franco chegou como pastor nomeado para a Igreja em Dourados,
em 1972, foi esse cenário que ele encontrou.
Ele se comoveu com a situação difícil dos colonos brancos. Havia miséria
e pobreza
Scilla Franco se envolveu “no projeto ‘Plano Piloto’ que previa a
assistência para o cultivo de terras, financiado desde 1966 pela Igreja Unida
do Canadá com uma dotação de 100 mil dólares. Através dele, os colonos poderiam
adquirir empréstimos a longo prazo e sem juros, o que lhes permitia obter bons
resultados financeiros e desenvolverem o plantio em suas terras. O sucesso do ‘Plano
Piloto’ inspirou à Procuradoria Geral da República de Dourados”.[15]
Desenvolveu uma Pastoral de Convivência entre os índios (1972-1979), reconhecendo a cultura indígena e reafirmando sua autonomia. Implementou um projeto de Roça Comunitária, em 1978, denominado Missão Tapeporã. Logo, 30 famílias de índios puderam colher os frutos de seu trabalho na roça. Seu trabalho missionário foi um referencial na época.
Scilla Franco foi inovador. Sua prática missionária representou uma nova
forma de “evangelizar” os índios em oposição ao proselitismo muito comum na entre
os evangélicos.
Ele percebeu a riqueza da cultura indígena e a dignidade dos índios.
Scilla conviveu com os indígenas e isso fez toda a diferença. Conheceu
não só de ler ouvir falar, mas na sua prática pastoral.
Seu pioneirismo e inovação na pratica missionária aponta para novas
possibilidades de práxis pastoral e missionária com base no diálogo religioso,
no respeito às diferentes culturas e na solidariedade com os fracos.[16]
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Seu trabalho e enfermidade
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Scilla Franco começou a trabalhar aos 14 anos no Instituto Agronômico de
Campinas, órgão do governo do Estado de São Paulo. Foi numa fazenda
experimental no distrito de Tupi, pertencente ao município de Piracicaba.
Depois foi transferido para a Fazenda Santa Elízia, em Campinas ainda
como funcionário público no Instituto Agronômico. [17]
E a notícia que ninguém gosta de receber, aconteceu com Scilla Franco.
Em 1952, descobre que tem hanseníase. Ele foi afastado do trabalho e se
aposentou.
Ele foi internado “numa instituição que acolhia e tratava os portadores
de hanseníase, a colônia-asilo de Pirapitingui, localizada na cidade de Itu, no
km 115 da Rodovia Dr. Waldomiro Camargo Correia, que liga a cidade à Sorocaba,
no interior de São Paulo. Neste local é que conhece Concília Januário,
internada junto com mais dois irmãos, todos portadores de hanseníase (...).
Scilla Franco e Concília Januário se casam, tendo quatro filhos: Maria da
Glória, Márcia Regina, Adolfo e Priscila, nenhum dos quais desenvolveu
hanseníase”.[18]
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Missão Tapeporã
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Em 1929, as Igrejas Metodistas e Presbiterianas Independente e Presbiteriana do Brasil iniciaram uma parceria “formando um grupo de catequese chamado “Missão Caiuá”, cujo objetivo era evangelizar os índios, oferecer escola, assistência agrícola, assistência médica e outras atividades”.[19]
Essa parceria foi interrompida em 1946 e retornou com a chegada do pastor Scilla Franco a Dourados (MS) em 1972, “para desenvolver atividades pastorais em uma igreja local e implantar o Plano Piloto da Igreja Metodista, que visava acompanhamento e apoio aos pequenos agricultores. Consequentemente, no ano 1972, é reiniciada a missão entre os índios, havendo um compromisso de não realizar proselitismo”.[20]
Surgiu a Missão Metodista Tapeporã, que significa em guarani ‘Tape’ caminho e ‘porã’ bom, ou seja, a ideia é trilhar um bom caminho com os índios. A referida missão é desenvolvida junto aos índios Kaiowá na aldeia Bororó, em Dourados (MS).[21]
No ano 1972, é reiniciada a missão entre os índios, havendo um compromisso de não realizar proselitismo.
A Missão Tapeporã, começou com dez famílias de índios Terena.
Recebeu o nome de “Plano Piloto”, “e consistia na organização de uma
“roça comunitária” cultivada em regime de mutirão. Com o sucesso da primeira
colheita, outros índios quiseram juntar-se ao empreendimento. Entretanto, para
ampliá-lo era preciso mais investimentos e Scilla Franco foi buscá-los no Conselho
Geral da Igreja Metodista que lhe deu apoio e verba”.[22]
O Plano Piloto passou a ser conhecido como “Plano de Promoção Social do
Índio” e tinha por objetivo prover meios ao índio para sua subsistência, mas,
não de forma paternalista. Seus objetivos são: integração do índio na
comunidade que o envolve; promoção do status do índio, através da educação
agrícola que o libertará da marginalidade social, dando-lhe independência
econômica e conscientização da comunidade de que o índio é tão capaz quanto
qualquer outro colono e que desde que tenha crédito e apoio pode desfazer por
si mesmo a imagem negativa que dele têm muitos brancos.[23]
O trabalho de Scilla Franco junto aos índios é interrompido por um
acidente com defensivos agrícolas na lavoura.
Na pulverização da lavoura com agrotóxicos, um vazamento na mangueira
trouxe séria intoxicação com infecção hepática e renal para Scilla.
Este acidente agravou os problemas de saúde com os quais já vinha
sofrendo e foi obrigado a deixar o trabalho com os índios. Não deixou,
entretanto, a causa indígena. Ele passa a escrever com mais frequência sobre a
questão indígena, trabalha em agências ecumênicas e retoma, simultaneamente, o
trabalho pastoral. O incidente, de certa forma, contribui para que sua voz
fosse ouvida com mais atenção.[24]
“O pastor
Scilla Franco permaneceu na
missão até 1977, sendo obrigado a se afastar devido a
problemas de saúde”.[25]
Doente, deixou Mato Grosso. Scilla Franco
retornou ao pastorado e pastoreou as Igrejas de Presidente Prudente, Pacaembu
(Campinas), Betânia e Paulista (Piracicaba).
Também foi colaborador do Conselho Mundial de Igrejas num programa
voltado para comunidades de fronteira.
Por fim, foi nomeado pastor de tempo integral em Birigui, interior de
São Paulo (1985 -1987) quando foi eleito bispo no XIV Concílio Geral da Igreja
Metodista.
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GTME
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Outra importante ação da qual Scilla Franco participou e que pode ser
relacionada como desdobramento de seu trabalho entre os índios é a formação do
Grupo de Trabalho Missionário Evangélico (GTME).
O GTME foi organizado em agosto de 1979 por missionários das Igrejas
Metodista, Luterana e Presbiteriana Unida, visando uma maior cooperação e
integração das pessoas que se encontravam nas frentes missionárias.[26]
Os objetivos do GTME eram desenvolver, por meio das igrejas evangélicas,
uma cultura de solidariedade aos povos indígenas; oferecer formação a
missionários e missionárias e expressar um compromisso elementar com o
ecumenismo a partir da unidade evangélica. [27]
Scilla Franco foi escolhido como coordenador do grupo.[28]
“O GTME contribuiu para a formação de pastorais indigenistas vinculadas
às Igrejas Metodista, Luterana, Anglicana e Presbiteriana”.[29]
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O episcopado e família
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Scilla Franco enfrentou diversas dificuldades em seu episcopado. Uma
foram de ordem pessoal, pois tinha a saúde debilitada. Também dificuldades de
ordem eclesial, pois havia na 5ª Região tendências teológicas conflitantes entre
os pastores, pastoras e igrejas locais.
Mas Scilla Franco encontrou também pastores, pastoras, leigos e leigas
empenhados no programa missionário “Agentes da Missão”, com o objetivo de
revitalizar a ação ministerial da Igreja com foco no envolvimento do laicato.
Tentou promover a conciliação e apoiou o “Agentes da Missão”.[30]
Sua convivência com grande parte dos pastores e pastoras foi fraternal,
mas exigente no cumprimento dos deveres e missão.
Sua esposa
Concilia
Dona Concilia faleceu aos 82 anos no dia 28 de dezembro de 2018.
Ela “atuava como membro da Igreja Metodista em Ponta Porã/MS, mas
congregou em outras comunidades metodistas na 5ª RE, como na Igreja Metodista
de Dourados/MS, onde aconteceu o ofício fúnebre no dia de seu
falecimento”. [31]
“Foi ao lado do saudoso Bispo Scilla Franco que dona Concília se dedicou
na missão indígena. Ela contou que deixava as crianças na cidade para ficar com
o Bispo Scilla Franco no mato – no trabalho missionário com os/as índios/as”. [32]
Concília afirmou para a reportagem do Expositor Cristão que eles pregavam
o Evangelho com a vida: “Nós pregávamos o evangelho para eles/as com a vida”,
disse dona Concília (...)”.[33]
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O serão dos
animais
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Caía a tarde na granja, o Sol com seus raios dardejantes
rasgava o firmamento que sangrava, tingindo-o de vermelho. O cavalo há tempo
descansado coçava o queixo na lasca do chiqueiro onde o porco de barriga
cheia roncava como um porco. O burro chega do trabalho, rola no chão (é a
maneira dos burros espreguiçarem), vai lamber um pouco de sal no cocho, donde
pode ver a TV a cores do granjeiro, e o cavalo inicia o diálogo. |
-- Muito
trabalho, compadre burro?
-- Coisinha à toa. É o maldito progresso que não respeita nem o sítio.
Veja lá a TV a cores. Que desperdício! A máquina faz tudo, somos cada vez mais
expectadores.
-- Isto é bom, -- atalhou o cavalo, -- vai chegar o dia em que não
faremos além de correr pelos prados.
-- Bem se percebe a estreiteza de sua cavalar sabedoria. Os donos das
máquinas entre os humanóides, querem todos a seu serviço e quando não mais
servem...
-- Que ocorre? -- interrompe o cavalo assustado.
-- Até pareces que não acompanhas o noticiário... o desemprego, nunca
ouviu falar nesse fantasma?
-- Confesso nada entender do assunto.
-- Pois é, eu explico: quando a sede do lucro não quer produzir mais
dividendos para a classe patronal, duas são as medidas: achatamento salarial
e automatização que permita dispensar os trabalhadores.
-- Não vejo mal algum. Afinal é o preço do progresso.
-- Bem se vê que és pouco maduro nas questões sociais. Milhares de
trabalhadores sem emprego significa outros milhares de mulheres sem pão, sem
leite, sem moradia decente... e convulsão social, meu amigo. E como
conseqüência imediata vêm os ladrões, os mendigos, as doenças, a morte...
-- Cruz credo, -- interjecta o cavalo, -- ainda bem que não nos atinge!
Não acha grande burrice que os homens fazem?
-- Burrice não, -- corrigiu o burro, --"homisse", isso sim.
Não esteja tão tranquilo, pois o nosso destino é virar mortadela quando essa
situação chegar às fazendas. Isso é muito mais desonroso, porque o primeiro
rótulo eles põem obrigatoriamente "produto feito com carne de
cavalo". Ora, não sou cavalo, depois sempre tem os vivaldinos que colocam
sobre o rótulo o aviso "com carne de vaca". Não é humilhante?
-- E eu que pensava que enquanto houvesse capim pelos campos eu pudesse
correr livremente por eles...
-- Infelizmente, você não está só nesse pensamento. Há muita gente boa
pensando assim e só se apercebam disso quando estão virando mortadela.
Houve silêncio entre os dois. O burro assumiu ares de filósofo. O cavalo
apreensivo perguntou.
-- Mas... e os cristãos que aos domingos eu levo de charrete até a
igreja? Eles vão cantando, nem parecem preocupados com este assunto.
-- Esse é o mal, -- lembrou o burro, -- há várias espécies deles:
espiritualistas autênticos, coniventes e indiferentes, além de muitos outros.
-- Confesso que fiquei na mesma, -- afirmou o cavalo.
-- Os espiritualistas fazem jejuns e orações a favor dos oprimidos, mas
nem sequer pagam salários às empregadas domésticas e muito menos lhes concedem
o direito de um descanso semanal remunerado. Os autênticos também jejuam e
oram, mas procuram identificar-se com os oprimidos, por isso, muitos acabam
crucificados como seu Mestre, ou marginalizados dentro da própria igreja. Os
esquerdistas acusam os direitistas e vice-versa. Quando não lhes conseguem
colocar uma mordaça, fazem ouvidos moucos e eles continuam como jumento a
zurrar nos ouvidos do profeta. Os coniventes procuram tirar proveito da
situação e manter a posição social, tendo sempre alguns foguetes de reserva
para soltar ao vencedor. Os indiferentes são como você. Não se preocupam
enquanto houver o pasto. Ia me esquecendo... há também os festivos. Esses fazem
manifestos e mandam telegramas às autoridades constituídas. Dizem-se solidários
com os favelados, mas nunca pregaram uma tábua num barraco, são amigos dos
índios, mas nunca enviaram a eles um quilo de semente. Existem outras espécies
como aqueles que só fazem denúncias.
-- Pelo visto são poucos os chamados "cristãos", -- suspirou
desesperançado o cavalo.
-- É, sempre foram poucos, meu caro! Do dilúvio sobraram oito, de
destruição de Sodoma e Gomorra restaram três, da urna de fogo da Caldéia
sobreviveu um, dos espias de Jericó ficaram dois. O próprio Cristo escolheu
doze apóstolos e um o traiu.
O cavalo quedou-se preocupado como quem procura uma saída num jogo de
xadrez. Enquanto isso, concentrava-se no vídeo.
-- Mas domingo quando voltávamos da igreja ouvi dizer que os metodistas
vão chegar a 100 mil...
-- Silêncio, -- disse o burro. -- Vai começar outra novela.
Bispo Scilla Franco[34]
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Relato de uma convivência com Scilla Franco
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No Blog da pastora Railda Marinho de Brito, ela relata parte de sua convivência
com o Scilla Franco e sua esposa Dona Concilia, na casa do casal, em Birigui,
SP:
“Estou relendo o livro Minha prece, uma coletânea de textos indígenas e
missionários do Bispo Scilla Franco.
Reler o texto me traz à memória os nossos encontros particulares, que
tínhamos na sala (quando estava bem) e no quarto (quando ele estava deitado,
doente) de sua casa em Birigui, SP; enquanto a sua querida esposa Da.
Concília (Vó Concília para minhas filhas), estava na cozinha a fazer um
delicioso almoço, com a ajuda da filha Priscila.
As conversas que tínhamos eram de muita profundidade, não gastávamos
tempo jogando conversa fora. Mexíamos com questões sociológicas, teológicas,
antropológicas e existenciais.
Considero o Bispo Scilla Franco um pai para mim. Um pai completo, que
sabia me ensinar as coisas da vida e da fé e me dar a bronca devida quando eu
não fazia o trabalho da maneira melhor.
Uma vez, ele me devolveu o Plano de Ação Pastoral da Igreja Metodista em
Penápolis, que eu havia elaborado, pois eu era a pastora da igreja e ele o
nosso Superintendente Distrital; disse: "Isso é coisa que se
apresente, Railda? Você fez isso nas coxas. Faça de novo."
Caprichei tanto depois que penso que foi até hoje, o meu melhor Plano de
Ação Pastoral. A maioria de nossos diálogos acabava vertendo do conhecimento
humano para a experiência de vida.
Ele disse, em seu Discurso de paraninfo dos formandos de 1978 da
Faculdade de Teologia, publicado no Expositor Cristão, 2ª quinzena de 1979, pg
112, do livro Minha prece, que para ele "experiência é a soma das
burradas que se cometeu e descobriu que cometeu".
Era assim mesmo, embasado em sua muita experiência ele ia me ensinando a
arte da vida e do ministério pastoral.
Uma das coisas que estava clara para ele e a transmitia a mim era que
não devemos confiar nas promessas que nos fazem. São promessas, na sua maioria,
vãs. Feitas em um momento de inspiração que depois não se concretizam. Outra
coisa, era a sua tristeza pela precariedade da igreja. Dizia que tínhamos
irmãos que se diziam conservadores na doutrina, mas não conservavam nem as
paredes do prédio da Igreja que congregavam; irmãos carismáticos, que não
tinham carisma nenhum e irmãos progressistas que não progrediam em nada.
Hoje, trinta anos depois, parece-me que a história não mudou muito. Fica
a tristeza do fato, porém a esperança de que Deus pode mudar essa história,
ainda. Por isso, eu oro.
Ajuda, Senhor!”[35]
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Suas publicações e legado
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Scilla Franco muito contribuiu para o início de mudanças na Igreja
Metodista, em sua estrutura, visão missionária e prática pastoral.
Ele assumiu uma postura profética. Sabia que não tinha muito tempo de
vida e aproveitava toda oportunidade não endo compromisso com ninguém, a não
ser com o Senhor.
Escreveu bastante, especialmente no órgão oficial da Igreja, o Jornal
“Expositor Cristão”, que era quinzenal e muito lido em todas as igrejas
metodistas e pelo corpo pastoral.
Em um dos seus artigos, ele “traça um paralelo entre a Igreja Metodista
e o Governo: O governo gasta menos em agricultura e saúde, que devia ser a meta
prioritária num país agrícola – e nós gastamos apenas 2% em evangelização, que
é o objetivo da Igreja no mundo. O governo lança impostos – e nós, orçamentos.
O governo “quebra o galho” dos ministros, fazendo rodízio – e nós temos
ministros que nunca caem do galho. E se alguém se atreve a “chacoalhar” o
galho, o máximo que acontece é levar umas bolotas na cabeça e ser expulso de
sua sombra. O governo distribui mal as rendas – e nós nem chegamos a
distribuí-las. O governo faz desconto de renda na fonte – e nós consumimos as
rendas na fonte. O governo nomeia militares para cargos civis – e nós, pastores
para cargos leigos O governo concentra muitos recursos num só lugar – e nós,
pastores.[36]
Dentre outros artigos publicados no Expositor
Cristão, estão: “Carta aos Caiuás (1977); “Solilóquio de um missionário”
(1978); “Os índios querem uma oportunidade” (1978); “O boia-fria e o Natal”
(1978); “A flor o porão” (1979); “O cego contador de tragédia” (1980); “De um
pirangueiro aos metodistas” (1980); “Índios: ovelhas de outro aprisco”
(1980); Erga Omnes” (1980); “Onde está
teu irmão” (1980), etc.
A Editora Editeo da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista de São Paulo publicou “Minha Prece: coletânea de textos indígenas e missionários do Bispo Scilla Franco”.
A Igreja Metodista em Birigui, SP, recebeu o nome de “Igreja Metodista Bispo Scilla Franco em Birigui”.
O Instituto Educacional da 5ª Região Eclesiástica recebeu o nome de “Instituto Educacional Metodista Bispo Scilla Franco”.
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[1]
https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/ephesians-1.html
[2] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[3] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática
Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do
Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[4]
Idem
[6]
Idem.
[7] Op.cit.,
Expositor
Cristão, São Paulo:1ª quinzena de abril 1977, p.9. COSTA, Eber Borges Da.
Tapeporã.
[8] Op.cit., Expositor Cristão, São
Paulo:1ª quinzena de abril 1977, p.9. COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã ..http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf.
[9] Cânones da Igreja
Metodista aprovados no VIII Concílio Geral em Porto Alegre, RS..
[10] COSTA, Eber Borges Da.
Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla Franco entre
os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[11]
Idem.
[12] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[13] COSTA, Fernanda Caroline Cassador. Ovelhas que não são deste aprisco: da visão encarnacional pra a pastoral da convivência. Perspectivas ecumênicas do trabalho missionário de Scilla Franco no Mato Grosso do Sul.
[14] COSTA, Fernanda
Caroline Cassador. Ovelhas que não são deste aprisco: da visão encarnacional
pra a pastoral da convivência. Perspectivas ecumênicas do trabalho missionário
de Scilla Franco no Mato Grosso do Sul. http://anais.est.edu.br/index.php/congresso/article/viewFile/331/248.
[16] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[17] COSTA, Eber
Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla
Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[18] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da
Prática Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato
Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[20] Idem.
[21] Idem.
[22] COSTA, Eber
Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla
Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[23] Publicada no
Expositor Cristão. São Paulo:1ª quinzena de abril de 1977.
[24] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da
Prática Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato
Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[26] COSTA,
Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de
Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul –
1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf
[27]
Idem.
[28] Idem.
[29]
https://www.metodista.org.br/povos-indigenas
[30] COSTA, Eber Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática
Missionária de Scilla Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do
Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf.
[31]
http://www.expositorcristao.com.br/falece-aos-82-anos-a-viuva-do-bispo-scilla-franco
[32]
Idem.
[33] Idem.
[34] Publicado no Expositor Cristão, 2ª quinzena de junho de 1979.
[35] http://blogdarailda.blogspot.com/2014/10/um-pouco-do-bispo-scilla-franco.html
[36] FRANCO, Scilla. Que tens, dormente?
Expositor Cristão, São Paulo: 1ª quinzena de junho de 1979, p.10. COSTA, Eber
Borges Da. Tapeporã – Caminho bom: Análise da Prática Missionária de Scilla
Franco entre os índios Kaiowá e Terena, no Mato Grosso do Sul – 1972-1979. http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/582/1/Eber%20Borges%20da%20Costal.pdf.
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