Pioneirismo, Luta e Legado

 

Annie Newman, Carmen Chacon e Martha Watts, educadoras do metodismo brasileiro

  

Odilon Massolar Chaves 

 

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Livretos: 3

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil

 

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“Salvar almas era tão importante quanto salvar o corpo,

livrando-o da miséria e

da escravidão da ignorância.

 

A educação foi seu instrumental

e ela o usou competentemente”.[1]

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Índice

 

 

·        Introdução 

·        Annie Newman Ransom 

·        Carmen Chacon 

·        Martha Whatts 

·        Semelhanças entre as pioneiras da educação

 

 

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Introdução

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“Pioneirismo, Luta e Legado” é um livro de 42 páginas que trata do ministério de  Annie Newman, Carmen Chacon e Martha Watts, educadoras do metodismo brasileiro.

Mulheres consagrados, de coração aquecido que deixaram suas famílias (Carmen e Martha), nação e cultura para promover a educação do povo brasileiro e anunciar Jesus Cristo como Salvador e Senhor.

Fizeram grande diferença, foram sal da terra e luz do mundo e deixaram um legado.

Histórias de lutas em meio às enfermidades. Duas missionárias – Annie e Carmem – morreram por causa de doenças.

Histórias que servem de inspiração para nós hoje que vivemos tempos de maior conforto, especialmente porque antes alguém abriu os caminhos.

Que o Espírito Santo lhe inspire na leitura deste livro.

 

O Autor

 


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Annie Newman Ransom

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Pioneira da educação metodista em Piracicaba

 

 

Junius Eastham Newman (1819-1895) nasceu em Point Pleasant Mason Co, West Virginia em 16 de outubro de 1819. Era filho de Isaac Christian Newman e Mary Eastham. Junius Eastham Newman era casado com Lydia Daniel e tinha 8 filhos.[2]

Ele se tornou pastor metodista. Com a guerra civil americana, ele decidiu ir para o Brasil.

Junius Newman foi para o Brasil sem a família, chegando com apenas cem dólares no bolso.

Ele desceveu sua chegada ao io de Janeiro: “No dia 5 de aposto (1867) estávamos entrando no porto do Rio, denquanto todos a bordo olhavam com espanto e deleite a paisagem suntuosamente agreste e majestosa de ambos  os lados do canal que conduz à cidade”.[3] 

A princípio, instalou-se em Niterói, próximo ao Rio de Janeiro. Provavelmente, Newman queria começar os cultos da Igreja Metodista em sua casa, e talvez abrir uma escola, mas não conseguiu.

“Após cerca de seis meses, a família de Newman se juntou a ele no Brasil, e aproximadamente um ano após a chegada de sua família, Newman mudou-se para Saltinho (1869), próximo a Limeira na Província de São Paulo”.[4]

No terceiro domingo de agosto de 1871, Newman organizou a primeira Igreja Metodista no Brasil em Saltinho com 9 colonos que vieram do sul dos Estados Unidos. 

Em maio de 1879, Newman fixou residência em Piracicaba onde suas filhas Mary e Annie abriram um internato e externato começando com dez alunos e no final do ano chegou a 40 alunos. É chamado o “precursor do Piracicabano”, Colégio metodista em Piracicaba. 

O historiador José Gonçalves Salvador disse: “(...) por esse tempo, julho de 1879, que o Colégio Newman abre as portas em Piracicaba, acolhendo 10 alunos e finalizando o ano com a matrícula de 40”.[5] Annie Newman era a diretora. 

O missionário metodista John James Ransom procurou Newman depois que chegou ao Brasil. Ele veio para assumir a Missão Metodista no Brasil. 

O ministério de Annie 

Annie Newman (1856-1880), nasceu em Livingston, Sumter County, Alabama, em 25 de dezembro de 1856. Ela tinha apenas onze anos quando chegou ao

Brasil. 

Filha de Junius Newman, Annie foi a primeira professora de português do missionário J.J.Ransom.

Ransom disse: "Ela foi minha primeira professora de português, e... formei uma grande estima por seu valor intelectual e aprendi a admirar a simplicidade e pureza de seu espírito".[6] 

Ele, contudo, resolveu estudar português em Campinas onde lecionou inglês e grego no Colégio Internacional fundado pelos presbiterianos.[7] 

Foi Annie Newman quem começou a traduzir a literatura metodista para o português no Brasil.

 

Annie começou a traduzir a literatura metodista para o português. Ela traduziu alguns dos primeiros hinos para o português. Ela também traduziu o Catecismo do Bispo McTyeire sobre o Governo da Igreja e o Catecismo Wesleyano, nº 3, para o português”.[8] 

Mais tarde, Ransom escreveria com admiração sobre a capacidade de Annie de falar como os brasileiros instruídos falavam.

Annie era uma pessoa maravilhosa. “Ransom descreveu a beleza do corpo e da alma de Annie. Ele descreveu sua devoção espiritual, sua força e seu amor pela Bíblia, escrevendo que ‘ela desejava ardentemente auxiliar no aperfeiçoamento da tradução portuguesa das Sagradas Escrituras; seus estudos por algum tempo antes de sua morte tinham sido direcionados para esse fim, embora ninguém além de mim soubesse do fato, nem da incansável indústria que ela exerceu sobre o domínio das línguas originais da Escritura”. [9] 

Ranson ainda disse: “Ela se esforçou:’ A variedade, a multidão e frequentemente a complexidade de seus compromissos assustariam uma mente mais fraca ou menos ordeira; mas durante tudo isso ela se portou não apenas com uma compostura feminina, mas com um espírito tão radiante e tão equânime que só poderia ser encontrado em alguém cuja inspiração estava no Trono da Graça.”[10] 

Quando o Colégio Newman foi fundado em 1879, em Piracicaba, havia 4 professores. Annie era a diretora. A escola funcionava sob o regime de internato e externato. “Annie Ayres Newman possuía boa instrução e sabias o português tanto quanto o inglês. Muitas famílias da Provincia já a conheciam, porquanto lecionara no Colégio Internacional, de 1872 a 1875, e a seguir no Colégio do dr. Rangel pestana, em São Paulo”.[11] 

Sua conversão

Newman contou para Ransom sobre como foi a conversão de Annie aos seis anos de idade e Ransom descreveu como a inocência e a beleza de Annie haviam causado uma profunda impressão em seu coração anos atrás. 

Ele disse: “(...) tenho certeza de nunca ter visto igual em qualquer outro. ‘Depois de concordar que ‘a vida de Annie, desde a infância, foi a mais adorável e a mais bela que jamais esperei ver neste mundo".[12] 

Annie era tão talentosa que, após se formar, foi procurada por várias escolas brasileiras. “Ela aceitou um cargo de professora no Colégio Rangel Pestana, que era uma escola feminina de elite em São Paulo que atendia a algumas das famílias mais destacadas da província. Uma das alunas dessa escola era filha de Prudente de Moraes, e foi enquanto ela lecionava nessa escola que os irmãos Barros procuraram Junius Newman para abrir uma escola em Piracicaba”.[13]

Newman desde Niterói desejava abrir uma escola no Brasil e se mudou para Piracicaba em 1879 para levar o projeto adiante e incentivou Annie a assumir. 

O missionário J.J. Ransom apoiou o projeto e, mais do que isso, fez um apelo para a Associação Executiva Geral da Sociedade Missionária da Mulher da Igreja Metodista Episcopal do Sul, que se reuniria  .J. Jem Louisville em 16 de maio-17 de 1879, “que, em resposta, havia prometido US $ 500 para a "escola de Miss Newman". No ano seguinte, a Woman's Missionary Society alocou US $ 1.000 para "fins escolares" no Brasil.[14] 

Annie com relutância aceitou abrir assumir a escola, pois seu desejo era se casar no final de ano com o missionário Ransom e ela seria a esposa de um missionário. 

Também ela sabia que depois os dois iriam se mudar para o Rio de Janeiro. 

Em 1877, faleceu Mary, a esposa do rev. Newman. Dois anos depois, ele decidiu se mudar para Piracicaba.[15] 

No dia do seu aniversário, 25 dezembro de 1879, Annie se casou com o missionário Ransom. O missionário J.J.Ranson foi com Annie morar no Rio de Janeiro. 

Falecimento de Annie 

Com febre amarela, Annie cada dia piorava mais. A fé e a vida devocional se mantiveram firmes em sua vida. 

Annie havia sido atacada por uma febre amarela que persistiu por cinco meses. O fim estava se aproximando.

Nos momentos finais, Ransom e Annie oraram juntos - e então cantaram um hino: ‘Assim como eu - sem um apelo ... Ó Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho”. 

Annie deixou de lado sua caneta para sempre, “mas com seu último uso, ela deu a suas irmãs da Igreja ME, do Sul, uma prova de quão profunda e ternamente ela amava o trabalho para o qual alguns dias depois ela estava em algum sentido dar sua vida. ‘Annie sofreu por dez dias. Os opiáceos a inclinaram a falar e ‘ela contou sobre sua experiência cristã - como quando criança confiava em Deus com uma fé tão infantil que hesitava em não pedir a ele qualquer coisa necessária’. Ransom e Annie oraram juntos - e então cantaram um hino: ‘Assim como eu - sem um apelo ... Ó Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!"[16] 

O hino “Just As I Am” todo diz:

 

Assim como eu sou, sem um apelo
Mas que Teu sangue foi derramado por mim
E que Tu me oferecesses vir a Ti
O Cordeiro de Deus, eu venho! Eu vim!

Assim como eu sou, embora jogado
Com muitos conflitos, muitas dúvidas
Lutas dentro e medos sem
O Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!

Assim como eu sou pobre, miserável, cego
Visão, riquezas, cura da mente
Sim, tudo que preciso, em Ti para encontrar
O Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!

Assim como eu sou, tu receberás
Bem-vindo, perdoe, limpe, alivie
Porque a tua promessa eu acredito
O Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho!

Porque a tua promessa eu acredito
O Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho
![17]

 

No dia 17 de julho[18] de 1880, Annie faleceu com 23 anos.[19] 

Foi enterrada no “Cemitério dos Ingleses”, na Gamboa, Rio de Janeiro, no dia 18 de julho.[20] 

O legado de Annie 

Seu esposo e missionário Ransom ficou abalado e foi passar um tempo nos EUA para se recuperar.

 Em 1880, seu pai Newman se casou com Lydia E. Barr. 

Em 1890, Junius Newman voltou para os EUA e faleceu em 1896.[21] 

Ele deixou um legado. J.L.Kennedy falou de “quão grande dívida de gratidão o nosso querido metodismo no Brasil tem para com este servo do nosso bom Deus”.[22] 

J.J. Ransom disse: “(...) foi nosso irmão J.E.Newman a pessoa que mais serviu de instrumento para que a nossa querida Igreja reiniciasse a sua propaganda do bendito Evangelho no Brasil”.[23] 

Uma história de sonhos, lutas e legado do rev. Junius  Eastham Newman. 

Sonho de refazer a vida e ter a liberdade e a felicidade de volta.

Lutas pelas dificuldades de estar em uma terra estranha e numa língua que não conhecia, mas ele veio com fé e determinação. Luta porque perdeu a esposa e uma filha. 

Legado, porque lutou para implantar o metodismo permanente e insistiu com as autoridades metodistas para enviarem missionários. 

Temos uma eterna gratidão ao rev. Newman e à sua família. 

James Marshal Dawsey, autor de “Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) e o Metodismo no Brasil”, publicado no livro “Methodist History” disse: “Certamente, Annie Ayres deve ser lembrada como uma heroína do metodismo brasileiro. O papel que ela desempenhou no estabelecimento do padrão de educação metodista entre os filhos de brasileiros influentes marcou o futuro da denominação no Brasil”.[24] 

A família Newman tinha um bom relacionamento com as autoridades brasileiras: “(...) outra valiosa contribuição da família Newman foi granjear a estima dos irmãos Prudente e Manuel de Moraes, o primeiro mais tarde, presidente da República. Mary Neyman, que por certo tempo regeu cadeira numa escola fundada em São Paulo pelo Dr. Rangel Pestana, ficou ali conhecendo a Srta. Anna Maria de Moraes Barros, filha do então Senador, tornando-se amigas, laços que uniram as duas famílias’.[25] 

Annie também deixou um grande legado. “O apelo de Ransom de 1880 em memória de sua esposa também rendeu frutos na adoção de 1883 pela Sociedade Missionária Feminina do Fundo Centenário para arrecadar dinheiro para uma escola no Rio de Janeiro para fornecer educação para as jovens de famílias influentes em Brasil. 

A propriedade do Colégio do Rio, como foi inicialmente chamado, foi comprada em 1887.”[26] 

Annie é considerada uma heroína.

 

 

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Carmen Chacon

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Pioneira da educação metodista no Sul

 

  

Carmen Chacon é considerada a precursora da educação metodista no Rio Grande do Sul. 

O professor e historiador João Paulo Aço disse: “Salientamos, no entanto, o nome de Carmen Chacon como precursora da obra educacional metodista no Estado. Sua precocidade intelectual, seu pioneirismo evangélico, sua vocação para o magistério e seu passamento trágico constituem uma das mais emocionantes páginas do metodismo brasileiro, registrada por João Corrêa em sua narrativa”.[27] 

Tudo começou com João da Costa Corrêa. 

João da Costa Corrêa nasceu no Rio Grande do Sul. Depois se mudou para o Uruguai. Foi colportador[28] e pregador itinerante (1875-1885). Depois, foi admitido como pastor com residência fixa (1885-1895). Era casado com Maria Rejo Correa e tiveram uma filha, Ponciana. 

É considerado o primeiro pregador metodista brasileiro.[29] 

Como evangelista itinerante, em 1877, pregou em San Ramon, onde a viúva Carmen Chacon ouviu a pregação com seus seis filhos, sendo Carmen a mais nova, que aos poucos ficou identificada com a família Correa. 

A Igreja crescia em San Ramon e um terreno foi doado para a construção de um templo. Corrêa adotou a filha mais nova, Carmen, que foi com a família estudar em Montevideo. 

Aos 11 anos, Carmen Chacon terminou o primário. Logo se tornou professora da Escola Dominical e ocupou cargos na Escola Evangélica nº 4. Em 1883, aos 14 anos, ministrou a palestra “Quem caça almas é sábio”. 

Em 1885, foi nomeada instrutora auxiliar da Escola Dominical. 

João Corrêa foi nomeado pelo superintendente Dr. Thomas B. Wood para iniciar a obra permanente do metodismo em Porto Alegre. 

Thomas B. Wood, Superintendente disse: “Em vista da nomeação desta Superintendência, data de 28 de fevereiro p.p., designando-lhe o cago o Circuito da província do Rio Grande do Sul e de já terem preenchidos todos os requisitos preliminares necessários à sua entrada nesse cargo, mude-se com sua família o mais breve para a cidade de Porto Alegre, a fixar sua residência ali, formando o centro de operações da sua obras a qual iniciará e prosseguirá avante baixo  o sistema que é de prática nessa missão”.[30] 

João Correa preparou tudo para cumprir as ordens, após receber a comunicação. 

Sua visão foi a melhor possível:” (...) em poucos dias estávamos em nosso campo de operações onde tínhamos um vasto horizonte diante de nossos olhos, que sorria prazenteiro anunciando um empo benigno para ótima colheita”.[31] 

E João Correa fez uma observação: “Junto conosco vinha uma jovem professora, ajudante que fora designada duma das escolas evangélicas de Montevideo, designada para tomar cargo da instrução da mocidade, que era o preliminar da nossa obra. Em princípios de outubro do mesmo ano abrimos ao público à Praça do General Marques um colégio misto que foi inaugurado com 3 alunos. E o número desses chegou a 8 no fim do ano (...)”.[32] 

Em maio do ano seguinte já haviam 187 alunos e alunas. 

E durante esse ano foi inaugurada uma escola noturna para mulheres pobres chegando nesse ano a 84 alunas. 

A Escola Dominical foi inaugurada nesse mesmo ano oscilando entre 20 e 30 alunos. 

Estava nos planos ampliar a obra de educação também com o propósito de contar com os pais e alunos no futuro. O crescimento foi grande e foi necessário contratar mais 4 professores. 

No dia 27 de setembro de 1885, organizou a primeira Igreja Metodista no Rio Grande do Sul.  

“(...) Ele fundou uma congregação metodista com seis membros, em 27 de setembro de 1885; com a colaboração da professora Carmem Chaccon, fundou também o Colégio Americano, em 19 de outubro de 1885”.[33] 

Carmen foi nomeada para trabalhar na obra educacional. O colégio inicialmente tinha o nome de Colégio Evangélico Misto n°1 dando origem ao Colégio Americano. 

Foi a primeira diretora do colégio e amava a Escola Dominical. 

Imprimiu nos alunos sentimentos de modéstia e bondade. Era conhecida como a alma da instituição. Era abnegada e onde ela estava havia alegria. Era dócil, sociável, obediente e carinhosa. Sua imensa dedicação não permitiu que tratasse logo de uma tuberculose. 

Ela foi a Montevideo com a mãe e o irmão Luis, onde fez tratamento durante dez meses vindo a falecer em 18 de novembro de 1889. 

O pastor João Corrêa não compareceu, pois, em 1888, adoeceu e ficou de cama por vinte e dois meses. Depois, deixou o pastorado, em 1895, mas continuou ligado à Igreja. 

“Inicialmente, o Colégio Metodista Americano se chamava Colégio Evangélico Misto nº 1 e funcionava em um prédio alugado no centro da cidade de Porto Alegre. Em 1889, com o falecimento da fundadora Carmen Chacon, a escola passou a ser supervisionada pela Divisão de Mulheres da Igreja Episcopal do Sul, dos Estados Unidos (EUA)”.[34] 

Carmen Chacon (1869-1889) deixou um belo legado. Foi um raio de luz que passou entre nós.[35] 

 


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Martha Watts

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Fundadora do Colégio Piracicabano  

 

Martha Hite Watts (1845-1910) nasceu no dia 13 de fevereiro de 1845 nos Estados Unidos, em Bardstown Kentucky. 

Era “filha de uma família já numerosa com nove filhos. O pai era advogado e a mãe uma zelosa dona de casa. Na sua mocidade mudou-se para Louisville, no mesmo Estado, onde se tornou professora. Ali frequentou a Igreja Metodista da Broadway, lugar onde enfrentou a perda do noivo, que morreu na Guerra da Secessão”.[36] 

“A sua experiência de conversão aconteceu em 1874. Não aceitou dividir o seu coração com o mundo, desde aquele ano foi muito ativa no serviçode Cristo. Quando sentiu o chamado para o ‘Continente Esquecido’, atendeu o encargo e embarcou para o Brasil no mês de Março de 1881”.[37] 

Martha Watts “terminou o Curso Normal e dedicou-se ao ensino. Durante um reavivamento converteu-se e consagrou a vida ao Senhor Jesus. Anos depois, em fevereiro de 1881, o bispo Keener a apontou como primeira missionária para o Brasil”[38]. 

Um dado importante sobre Martha Watts é que ela não foi nomeada. Ela se ofereceu para trabalhar no Brasil: 

“Uma carta publicada no Woman’s Advocate, periódico da Sociedade missionária da Mulher nos EUA, em março de 1881 diz: As elites passaram, assim, a se dar conta da importância da educação da mulher “Miss Mattie H. Watts de Louisville, Kentucky, ofereceu-se como candidata a missionária, aspirando ir para o Brasil. Tenho suas recomendações em mãos e devo acrescentar que são de primeira ordem”. (Woman’s Advocate, março,1881, p.8)”.[39] 

No dia 26 de março de 1881, com 36 anos, Martha e outros dois missionários “partiram de Nova York, via Europa, tendo como destino o nosso caro Brasil, os seguintes missionários: Rev.J.W.Koger, esposa, filhinho, a provecta educadora Miss Martha Watts e o rev. J.L.Kennedy, que ainda era solteiro.”[40] 

Martha Watts não era inexperiente. Certamente, isso foi implortante na sua escolha para ser missionária no Brasil. 

Ela foi missionária da Junta Missionária Feminina da IMES, que se dedicava ao trabalho com mulheres e crianças. 

Era uma jovem saudável, tinha uma mente ativa e bem disciplinada. 

Ela era “possuidora de um corpo forte e saudável, ao lado de uma mente ativa e bem disciplinada por uma experiência de sete anos em escolas, ela é alegre, tem um temperamento equilibrado, com uma rara combinação de amabilidade e força de caráter. Tudo de si, vida, tempo e talentos, ela consagrou a Deus há vários anos passados, e tem estado permanentemente engajada nos diferentes ramos de trabalho da igreja. Por dois anos, ela desejou servir como missionária e quando viu abrir-se o Brasil, a fé simples foi manifesta em sua resposta: Eis aqui a criada do Pai (Woman´s Missionary Society of the Methodist Episcopal Church, South) (MESQUITA, 2001)”.[41] 

O blog Acervos históricos afirma: “Miss Martha Watts definitivamente mudou a identidade da sociedade piracicabana no final do século XIX”.[42] 

Fundação do Colégio Piracicabano 

Martha chegou em Piracicaba com os revds. J.W. Koger e J.L. Kennedy, em 1881. Aprendeu logo o português e organizou a primeira Escola Dominical em Piracicaba, antes mesmo da organização da Igreja. “A dedicada missionária, Miss Watts, já nos princípios de julho, desse ano, reunindo várias crianças, todos os domingos, antes do culto da manhã, assim organizou efetivamente e dirigiu com perícia uma pequena escola dominical”.[43] 

“Assim, ela fundou em Piracicaba, a  13 de setembro de 1881, uma pequena escola para a educação das jovens brasileiras. Mais tarde, o colégio viria a admitir também rapazes”.[44] 

Ela iniciou as aulas com apenas uma aluna – Maria Escobar. No Brasil, foi a primeira escola metodista. A dedicação a uma só aluna impressionou a todos.        

O prédio da escola foi construído “na esquina das ruas Boa Morte e D. Pedro II ficou pronta em 1884. O belo casarão de tijolo à vista e telhas francesas diante do acanhado casario da vila na época, convenceu o povo de que a escola viera para ficar e foi um sucesso. 

A construção e o sustento do Colégio Piracicabano foram feitos pelas mulheres metodistas dos EUA. O objetivo principal era promover a educação feminina no Brasil”.[45]

Foi muito árduo seu trabalho inicial. Teve que começar da estaca zero.

Martha Disse: “(...) meus pertences, juntamente com a mobília da escola foram levados para uma nova casa que alugamos para a escola (...). O aluguel é de sessenta mil réis, ou quase 30 dólares por mês. Temos duas salas grandes na frente, um quarto grande e dois menores atrás (...). Temos na cozinha um fogão brasileiro que nos servirá até que tenhamos um melhor. Como é mais barato fazer o pão do que comprá-lo, compraremos um fogão ou construiremos um forno (...)” (Woman’s Missionary Advocate, Novembro 1881, p.3)”.[46] 

Martha Watts iria “convulsionar Piracicaba de maneira extraordinária – Lançando as bases para uma reforma educacional que serviria de modelo para o ensino no estado de São Paulo.”[47].

Ela trouxe luz para a cidade, que passou a girar em torno do Colégio Piracicabano. [48] 

O caráter e a visão de Martha Watts 

Martha Watts chegou em 1881 e dois meses depois deu início a uma escola com uma aluna. 

Mas em 1883, “as principais famílias piracicabanas de então matricularam seus filhos na escola metodista, criando tensões com a comunidade católica. Martha Watts, com fé e convicção, a tudo enfrentou e, em 1883, lançou a pedra fundamental daquele que se tornaria um dos patrimônios culturais e arquitetônicos de Piracicaba: o Colégio Piracicaba”.[49] 

Martha Watts tinha princípios de virtude e regras de moral. Nisso ela se mostrava admirável. Tinha uma rara e excepcional competência para exercer sua missão. 

Ela tinha uma visão muito grande sobre a necessidade de conversão e salvação de todas as pessoas para uma mudança de vida que iria influenciar o futuro especialmente das criancinhas. Ela perguntou:  (...) deveríamos ser surdos ao seu clamor e contemplar indiferentemente a visão da imensa aflição de centenas de criancinhas que crescem em meio ao pecado e a uma corrupção tão vil, que ao chegarem a vida adulta tornar-se-ão tão somente delinquentes e párias sociais? Ou deveríamos, com a ajuda de Deus, buscar a salvação dessas preciosas almas? (...) (p.22)”.[50] 

Martha Watts agiu dentro da visão de Wesley “em que salvar almas era tão importante quanto salvar o corpo, livrando-o da miséria e da escravidão da ignorância. A educação foi seu instrumental e ela o usou competentemente”.[51] 

Mas o que diferenciava Martha Watts era sua pedagogia. “No prédio novo, usando métodos pedagógicos até então desconhecidos no Brasil, Miss Watts granjeou para a sua escola a fama da melhor da cidade, e com isto, as filhas e filhos das melhores famílias do lugar”. [52] 

Na época, A Gazeta de Piracicaba fez uma reportagem sobre o exame no Colégio Piracicabano:“ O benefício do ensino  proporcionado por aquela instituição é real; todos os pais devem se convencer desta verdade e as suas filhas devem ser encaminhadas para receber uma educação sólida, baseada em princípios seguros, de acordo com o progresso dos tempos... Além de uma paciência invejável, Miss Watts possui um método que pode ser considerado original... Não exageramos quando dizemos que o estabelecimento, debaixo de sua direção, é o primeiro na província de São Paulo; e esperamos vê-lo procurado por aqueles pais que desejam dar às suas filhas uma verdadeira educação – aquela que vai além do eterno e universal ‘decorar, decorar, decorar’ (...).”[53] 

O Colégio Piracicabano iria se tornar numa causa célebre da luta pela educação liberal no Brasil.

Martha tinha uma visão de independência da mulher. Seu ensino estava dentro dessa visão. Ela escreveu às autoridades da Igreja nos EUA: “As mulheres aí nos EUA clamam pelo direito ao Voto, mas aqui, a necessidade primeira delas é a liberdade.”[54] 

Martha Watts foi perseguida pelas autoridades locais, mas os liberais saíram em defesa do Colégio. 

O educandário foi a semente para a Unimep (Universidade Metodista de Piracicaba), criada em 1975. 

Sua luta pela liberdade dos escravos 

Martha Watts foi a primeira a alforriar escravos, em Piracicaba.[55] 

Martha Watts comprou uma escrava e “pediu ao advogado Prudente de Moraes, então futuro Presidente do Brasil para preparar uma carta de alforria, documento este exposto no local”.[56] 

“Em vários momentos, Martha Watts sofreu ao presenciar o suicídio de uma escrava no rio, com os filhos nos braços. Em outros, ela fala de sua determinação pelo trabalho missionário no Brasil e também se admira com o progresso na Noiva da Colina. Mas o fato é que em pouco menos de seis meses de permanência, Martha Watts se mostra encantada com a nova missão. ‘Agora, caras amigas, o que acham de ‘minha cidade’, como eu já a chamo? Já me sinto muito ligada a ela e pressinto que serei muito feliz aqui”.[57] 

A Semeadora de Escolas 

As escolas tinham a função de auxiliar na evangelização. Mas Martha foi além. 

Nos 15 anos em que Martha viveu em Piracicaba, ela “promoveu um trabalho que ultrapassou os limites da evangelização, ao elaborar um registro de grande contribuição à história piracicabana. Martha Watts narrou, por meio de cartas, aspectos curiosos da cultura local, da culinária, os hábitos dos moradores e as tradições religiosas.”[58]

Martha Watts foi a Petrópolis e lá instalou outra escola, em 1895, com o nome de Colégio Americano de Petrópolis. Nessa época, começava a construção da nova Capital do Estado das montanhas, e Martha Watts teve a sua atenção voltada para esse fato importante.[59]

Sobre esse momento, Martha Watts afirmou: “, em maio de 1895, registra o início do funcionamento do Colégio Americano: “(…) chegamos a Petrópolis em 5 de abril. (…). Hoje, quando abrimos a escola com nossos três alunos, na presença das mães de dois deles, sentimos que não fizemos feio (…).”[60]

Ela participou ainda da organização do Instituto Metodista Izabela Hendrix fundado em 5 de outubro de 1904. Ela teve a missão de “criar uma escola para mulheres brasileiras, com recursos das mulheres americanas. O trabalho foi pioneiro em Minas Gerais, pois atuou na afirmação do direito das mulheres à plena capacitação para intervenção na vida social. Inicialmente voltado para a educação básica, o Colégio Metodista Izabela Hendrix, como outros colégios metodistas, sempre compatibilizou seus projetos educacionais às exigências da comunidade onde estava inserido”.[61] 

Como sempre, o início foi difícil. Ela disse: "Recebemos hoje apenas cinco crianças. Esperávamos que fossem em maior número, mas estamos contentes assim mesmo, e tudo faremos para torná-las bons cidadãos e boas cidadãs deste País. Tudo o que fazemos é para a glória de Deus." 

Um pouco depois, ela escreveu uma outra carta e disse: "Já não somos mais cinco, somos 18 crianças no Isabella."[62] 

Sua missão no Brasil pode ser dividida assim: missão no Colégio Piracicabano (1881-1895), missão no Colégio Americano de Petrópolis (RJ) (1895-1900), missão no Colégio Mineiro de Juiz de Fora (1902-1904) e missão no Colégio Izabela Hendrix de Belo Horizonte (1904-1908).[63] 

Rev. J.L. Kennedy, assim noticiou seu falecimento: “No dia 1º de janeiro de 1910, faleceu em Lousville, EUA, a venerada missionária Miss Martha H. Watts, pioneira cooperadora na obra do Senhor, em nossa Igreja no Brasil.”[64] 

Seu legado e homenagens 

Uma das homenagens à Martha Watts é a “Rua Miss Martha Watts”, Piracicaba, SP, cep 13417-645 

Hoje há também na Unimep o Centro Cultural Martha Watts, que é um espaço de cultura, memória e história, localizado na cidade de Piracicaba no interior de São Paulo. “O prédio foi construído no século XIX com o propósito de abrigar o Colégio Piracicabano e hoje é tombado como patrimônio histórico pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Piracicaba (Codepac).[65] 

“A Bíblia metodista de Martha Watts, linda, impressionante e restaurada, se encontra permanentemente exposta em uma das salas de exposição do local. O centro recebe constantes exposições de grande importância para a cidade.”[66] 

Importante foram os princípios de moral e conselhos elevados de Martha Watts. 

 “Os princípios salutares de moral que me ministrou, assim como os conselhos elevados que me dispensou com tanto carinho e solicitude durante minha infância, repercutem-me ainda na alma como uma voz amiga que me dirige os passos, e por isso, ao saber que ela já não mais vive na Terra, rendo-lhe este preito de homenagem, simples e singelo, porém sincero e verdadeiro, como que desfolhando sobre a campa da querida mestra umas pétalas humildes que em seguida o vento arrebatará, mas cujo tênue perfume chegará até ela, levando-lhe o penhor de minha gratidão pelo muito que de suas benfazejas mãos recebi."[67]        

Martha Watts ficou conhecida como "semeadora de escolas".[68] 

Foi chamada a “missionária do futuro”.[69] 

 

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Semelhanças entre as pioneiras da educação

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Annie, Carmen e Martha vieram do exterior. Carmen veio do Uruguai e Annie e Martha dos Estados Unidos. 

Carmen e Martha não se casaram. Annie esteve casada apenas por seis meses e alguns dias com o missionário metodista J.J.Ransom. O noivo de Martha morreu no Guerra Civil americana antes dela vir para o Brasil. 

Annie, Carmen e Martha criaram ou foram professoras de Escolas Dominicais. 

Aos 11 anos, Carmen Chacon terminou o primário. Logo se tornou professora da Escola Dominical e ocupou cargos na Escola Evangélica nº 4, no Uruguai. Em 1885, foi nomeada instrutora auxiliar da Escola Dominical. 

Junto com o pastor João Correa, Carmen criou a primeira Escola Dominical em Porto Alegre. Foi inaugurada com uma frequência entre 20 e 30 alunos. 

Martha Watts aprendeu o português e logo criou a primeira Escola Dominical em Piracicaba antes da organização da Igreja e da criação do Colégio que deu origem ao Colégio Piracicabano.

Carmen se preocupava com os pobres. Junto com o pastor João Correa, criou uma escola para mulheres pobres. No primeiro ano chegou a 84 mulheres. 

Martha se preocupou com os escravos e promoveu a libertação de escravos. Martha Watts foi a primeira a alforriar escravos, em Piracicaba.[70] 

Ela comprou uma escrava e “pediu ao advogado Prudente de Moraes, então futuro Presidente do Brasil para preparar uma carta de alforria, documento este exposto no local”.[71] 

Já Annie Newman se relacionou mais com pessoas ilustres da sociedade, como a filha do futuro Presidente da República Prudente de Moraes. 

Annie foi professora no Colégio Rangel Pestana, que era uma escola feminina de elite em São Paulo que atendia a algumas das famílias mais destacadas da província. 

As três tinham uma preocupação com a salvação das pessoas. Carmen, aos 14 anos, ministrou a palestra na Escola Dominical com o título: “Quem caça almas é sábio”. 

Martha Watts agiu dentro da visão de Wesley “em que salvar almas era tão importante quanto salvar o corpo, livrando-o da miséria e da escravidão da ignorância. A educação foi seu instrumental e ela o usou competentemente”.[72] 

Annie tinha uma grande preocupação espiritual. “Ransom descreveu a beleza do corpo e da alma de Annie. Ele descreveu sua devoção espiritual, sua força e seu amor pela Bíblia, escrevendo que ‘ela desejava ardentemente auxiliar no aperfeiçoamento da tradução portuguesa das Sagradas Escrituras; seus estudos por algum tempo antes de sua morte tinham sido direcionados para esse fim, embora ninguém além de mim soubesse do fato, nem da incansável indústria que ela exerceu sobre o domínio das línguas originais da Escritura”. [73] 

No final da vida de Annie, ela e seu esposo Ransom oraram e cantaram juntos: 

 Porque a tua promessa eu acredito
O Cordeiro de Deus, eu venho, eu venho
![74] 

Carmem faleceu com 20 anos, Annie com 23 e Martha com 65 anos. 

As três deixaram grandes legados.

 

 

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[1] https://www.metodista.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/article/viewFile/577/523

[2] https://www.ancestry.com.au/genealogy/records/junius-eastham-newman-24-446sym

[3] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.88

[5] SALVADOR. José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Centro Editorial Metodista de Vila Isabel., p.39.

[9] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

[11] SALVADOR. José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Centro Editorial Metodista de Vila Isabel., p.39.

[12] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

[13] Idem.

[14] Idem.

[16] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

[18]  Alguns outros colocam sua morte em março de 1880. Salvador. José

Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Imprensa Metodista, SP,

1982, p.79.

[19] Op.cit., p.61.

[20] https://pt.findagrave.com/memorial/125031839/annie-ayers-ransom

[21]  KENNEDY, James L. Cincoenta anos de methodismo no Brasil, São Paulo, Imprensa Metodista, 1928, p.57.

[22] KENNEDY, James L. Cincoenta anos de methodismo no Brasil, São Paulo, Imprensa Metodista, 1928, p. 19.

[23] Idem.

[24] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

[25] LONG, Eula Kenneddy. Do meu velho baú metodista. Junta Geral de Educação Cristá, 1968, p.57.

[27] CORRÊA, João da Costa. História Documental do Metodismo no Rio Grande do Sul. Textos Originais de João da Costa Corrêa e John William Price.https://silo.download/hisrória-documental-do-metodismo-no-rio-grande-do-sul-textos-originais-de-joao-d#.

[28] Colportagem é a distribuição de publicações, livros e panfletos religiosos por pessoas chamadas "colportores"(. https://pt.wikipedia.org/wiki/Colportagem).

[29] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.93, p.93.

[30] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.93.

[32] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.94.

[33] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.93.

[34] https://colegiometodista.g12.br/americano/sobre-o-colegio/historia

www.metododistadosul.edu.br - “Assim brilhe vossa luz”, Daniel P. Monti.    

www.metododistadosul.edu.br. Itjw>cnh8. Projeto “Buscando Vidas”. Instituto Teológico João Wesley. Coordenador de pesquisa: Norberto da Cunha Garin, 2007.

SALVADOR, José Gonçalves. História do metodismo no Brasil. Centro Editorial Metodista de Vila Isabel, 1982.

JAIME, Eduardo Mena Barreto. História do metodismo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1963. 

[36] http://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/2006/JCXNCAQNVXCJ.pdf

[37]https://dgmcriadorxcriaturas.blogspot.com/2012/12/martha-hite-watts.html

[38] SALVADOR. José Gonçalves. História do metodismo No Brasil. Imprensa metodista, 1982. p.113.

[39]  Zuleica de Castro Coimbra Mesquita. “Martha Watts: uma educadora metodista na belle époque tropical * Martha Watts: a methodist educator in the tropical belle époque”.  Zuleica, doutora em Educação (Unimep) Coordenadora do Projeto Memória da Unimep (Piracicaba-SP).https://www.metodista.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/article/viewFile/577/523

[40] KENNEDY, J.L. Cincoenta annos de methodismo no Brasil. 1928,p. 22. REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.90.

[41]Lilian Sarat de Oliveira. http://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/2006/JCXNCAQNVXCJ.pdf. Universidade Metodista de Piracicaba – Faculdade de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Educação – Martha Whatts: Um olhar sobre o Brasil. 

[42] http://acervoshistoricos.blogspot.com/2014/

[43] KENNEDY, J.L. Cincoenta annos de methodismo no Brasil. 1928, p. 25.

[44] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. São Paulo: ASTE, 1984, p.93, 0p.90.

[45] http://oespiritodolugar.blogspot.com/p/colegio-piracicabano.html

[46] https://www.metodista.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/article/viewFile/577/523

[47] LUCCOCK, Halford E.Linha de Esplendor sem fim.  Junta Geral de Educação Cristã da Igreja Metodista do Brasil, p.

[48] http://www.piracicabano.com.br/php/v8modcomunicin.php?codigo=4380&modulo=COLNOT&stscab=off

[49] https://www.aprovincia.com.br/icen/conteudo-noticias/a-forca-da-mulher-piracicabana-martha-watts-a-educadora-20054/

[50] http://iepapp.unimep.br/biblioteca_digital/pdfs/2006/JCXNCAQNVXCJ.pdf

[51] https://www.metodista.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/article/viewFile/577/523

[52] http://www.piracicabano.com.br/php/v8modcomunicin.php?codigo=4380&modulo=COLNOT&stscab=off, p. 98

[53] REILY, Duncan A. História Documental do Protestantismo no Brasil. ASTE, 1984, p. 90-1.

[56]https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303621-d4377008-i117724791-Martha_Watts_Cultural_Center-Piracicaba_State_of_Sao_Paulo.html

[57] http://www.piracicabano.com.br/php/v8modcomunicin.php?codigo=4380&modulo=COLNOT&stscab=off

[58] Idem.

[59] Idem.

[60] Martha Watts, carta de 7 de maio de 1895, publicada em MESQUITA, Zuleica (org.). Evangelizar e Civilizar: Cartas de Martha Watts, 1881-1908.  Piracicaba: Editora UNIMEP, 2001, p.101-102.; publicado pelo Instituo Histórico de Petrópolis -  http://ihp.org.br/?p=6948

[62] http://www.almg.gov.br/dia/A_2004/11/L061104.htm.

[63] http://www.piracicabano.com.br/php/v8modcomunicin.php?codigo=4380&modulo=COLNOT&stscab=off

[64] KENNEDY, J.L. Cincoenta annos de methodismo no Brasil. 1928, p.138. Outras fontes indicam sua morte em 10 de janeiro.

[65] https://querobolsa.com.br/revista/conheca-o-centro-cultural-martha-watts

[66]https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303621-d4377008-i117724791-Martha_Watts_Cultural_Center-Piracicaba_State_of_Sao_Paulo.html

[67] Idem.

[68] https://pt.wikipedia.org/wiki/Martha_Watts

[69] https://www.aprovincia.com.br/memorial-piracicaba/especial/memoria-centro-cultural-martha-watts-12-27032/

[71]https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g303621-d4377008-i117724791-Martha_Watts_Cultural_Center-Piracicaba_State_of_Sao_Paulo.html

[72]https://www.metodista.br/revistas/revistas-cogeime/index.php/COGEIME/article/viewFile/577/523

[73] DAWSEY, James Marshal. Annie Ayres Newman Ransom (1856-1880) and Methodism in Brazil. Publicado no METHODIST HISTORY pela General Commission on Archives and History of The United Methodist Church, U.S.A., 1995, p.162-172.

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