Perseguição e resistência do metodismo nos Países Bálticos

 

O metodismo na Lituânia, Letônia e Estônia foi perseguido pelo comunismo e nazismo

 

Odilon Massolar Chaves

 

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Autor das notas: João Wesley

Editor deste texto e autor do livro: Odilon Massolar Chaves

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Toda glória a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.[1]

 

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Índice

 

·        Introdução

·        Os Países Bálticos e a Rússia

·        A perseguição e a resistência metodista nos Países Bálticos

·        Metodismo ressurgiu na Lituânia após 1991

·        Origem e atualidade do metodismo na Letônia

·        A resistência ao nazismo e ao comunismo na Estônia

 

 

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Introdução

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“Perseguição e resistência do metodismo nos Países Bálticos” é um livro histórico de 34 páginas sobre o metodismo no Báltico.

No final do século XVIII, os três países do Báltico – Lituânia, Letônia e Estônia - foram incorporados ao Império russo.

“Os Estados Bálticos permaneceram parte integrante do Império Russo até 1918 quando, aproveitando a debilidade do novo regime comunista, a Lituânia, a Letônia e a Estônia se tornaram independentes”.[1]

Foram anos também sob o domínio nazista e comunista. A partir da queda da União Soviética, as Igrejas puderam se reorganizar. O metodismo foi uma delas.

Christian Alsted “atualmente, ele serve como Bispo Residente das sete conferências na área episcopal nórdica e báltica das Conferências Centrais do Norte da Europa e Eurásia da Igreja Metodista Unida”.[2]

Com a invasão russa na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, houve um aumento de tensão nos países bálticos por receio das intenções da Rússia.

Este livro aborda o metodismo no báltico até 2023, pois as regiões da Igreja na Eurásia e nos Bálticos, construídas após a dissolução da União Soviética, planejavam deixar a Igreja Metodista Unida e se filiarem especialmente à Igreja Metodista Global.[3]

O metodismo na Estônia cortou os laços com a Igreja Metodista Unida em 1º de julho de 2023. Agora é denominada “Igreja Metodista da Estônia”. [4]

Importante conhecer as lutas, resistência e restabelecimento do metodismo nos países bálticos.

Este livro tem este propósito para que estejamos conscientes e alertas em apoio e oração pelos países bálticos.

 

O Autor

 

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Os Países Bálticos e a Rússia

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Estônia, Letônia e Lituânia formam os Países Bálticos e faziam parte do bloco soviético. “Os chamados Países Bálticos são pequeninos vizinhos da gigantesca Rússia”.[5]

No final do século XVIII todos esses três países foram anexados ao Império Russo.[6]

Elas declararam suas independências em 1991, passando a serem Estados autônomos

“Após o fim da União Soviética esses países aderiram à economia de mercado e passaram a integrar a Comunidade Europeia”.[7]

Elas “criaram a Comunidade dos Estados Independentes (CEI), que consiste num bloco econômico cujo principal objetivo é estabelecer um sistema econômico e de defesa entre as nações”.[8]

Essas nações procuraram diminuir as relações políticas com a Rússia.

“Atualmente, os Países Bálticos são membros da União Europeia (UE) e apresentam elevadas taxas de desenvolvimento econômico: média de 6% ao ano. O desenvolvimento social também tem sido promovido nessas nações, com elevações constantes no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)”.[9]

Hoje há problemas com essas nações por terem integrado a União Soviética.

“Todas essas nações possuem uma parcela da população de origem russa, na Estônia e na Letônia, por exemplo, 30% da população é de origem russa. Esse fato faz com que a Rússia exerça forte pressão na política interna desses países, tentando exercer influência nos assuntos políticos e econômicos da região”.[10]

Importante lembrar que com a invasão russa em 1944, muitos russos foram forçados a se mudar para o Báltico e se tornaram a nova classe dominante, a nova aristocracia”.[11]

Os três países bálticos procuram se afastar da Rússia.

Estônia, Letônia e Lituânia ingressaram na OTAN[12] em 2004.[13]

Desde 1º de abril de 2022, os três países bálticos não importam mais gás natural da Rússia.

A “invasão na Ucrânia deixou os países vizinhos da Rússia em alerta, com a tensão a aumentar dos países nórdicos aos bálticos”.[14]

Contudo, os países bálticos procuraram ajudar à Ucrânia. Dentre a ajuda está o envio de misseis   antitanque e antiaéreos para ajudar à Ucrânia a se defender da agressão russa.[15]

O fato é que a experiência com a Rússia não foi boa do período da 2ª Guerra Mundial até 1991.

As Igrejas foram perseguidas. O metodismo sofreu muito até o fim da União Soviética.

 


 

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A perseguição e a resistência metodista nos Países Bálticos

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A origem do metodismo na Lituânia  

O metodismo chegou nos Países Bálticos no início da década de 1900. “Do norte, o Metodismo viajou de São Petersburgo para Saaremaa (Ösel) e do continente estoniano. Do sul, a inspiração veio do metodismo alemão, em parte da Igreja Metodista e em parte da Associação Evangélica e da Igreja Cristã dos Irmãos”.[16] 

O estabelecimento da Igreja Metodista na Lituânia foi um trabalho missionário do  metodismo alemão. Em 1905 o primeiro pastor metodista foi nomeado para Kaunas pela Conferência da Alemanha noroeste. Em 1911, foi construída a primeira Igreja Metodista em Kaunas.[17] 

O primeiro missionário na Estônia foi Vassili Täht, um colportour da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira em São Petersburgo. [18] 

“O primeiro serviço metodista na Estônia foi realizado na casa do comerciante Mihkel Trey em Kuressaare, Saaremaa.  A congregação de Kuressaare, a primeira na Estônia, foi oficialmente estabelecida em 26 de agosto de 1910, quando três homens e duas mulheres foram aceitos em comunhão.  Em 28 de outubro de 1912, o primeiro edifício da igreja metodista na Estônia foi consagrado em Kuressaare”. [19] 

“A primeira congregação de língua lituana foi criada em 1923. Na Conferência Báltica e eslava de 1939, o metodismo lituano incluiu sete congregações ativas”. [20] 

“Em 1924, havia 47 pastores metodistas nos Bálticos: 24 na Estônia, 15 na Letônia e 8 na Lituânia”.[21] 

Em 1939, o número de membros das igrejas metodistas bálticas (Estônia, Lituania e Letonia) era de mais de 3.000.[22] 

Na Letônia, sete pastores jovens foram nomeados para dezenove congregações. A Associação Evangélica tinha três pastores servindo em três congregações com 223 membros e 570 fiéis regulares. Na Lituânia sete pastores foram nomeados a sete circuitos e congregações.[23] 

Sob o domínio soviético e nazista 

Em 23 de agosto de 1939, antes do início da Segunda Guerra Mundial,  a Alemanha e a Rússia firmaram um tratado de não agressão conhecido como o Pacto Molotov-Ribbentrop. 

“O pacto continha um apêndice secreto pelo qual Alemanha e União Soviética dividiram o Leste Europeu em esferas de influência: Finlândia, Estônia e Letônia e, segundo um ajuste posterior, Lituânia na zona soviética, enquanto que Polônia foi dividida entre as duas potências”.[24] 

Mas depois da ocupação, a Rússia pressionou os países do báltico para aceitarem suas bases militares em seus territórios. Os milhares de soldados russos superaram em muito os exércitos dos países do báltico.[25] 

Logo depois, o exército soviético ocupou os três estados bálticos.[26] “O aparato de poder comunista foi muito eficaz: 29 estonianos, 34.000 letões, e 38.000 lituanos foram imediatamente detidos e deportados para a Sibéria. [27] 

Depois de vários acontecimentos, a Alemanha invadiu os países bálticos. “A Alemanha ocupou os países do Báltico depois da invasão da União Soviética em 1941 durante a Operação Barbarossa. A política alemã na área também era dura, culminando no Holocausto nas terras bálticas”.[28] 

“No início os alemães foram recebidos com alegria, pois os habitantes do Báltico pensaram que eles seriam seus libertadores. Mas foi uma ilusão. Ali começou um dos períodos mais tristes para os povos da região. Praticamente toda a população judaica da Lituânia foi morta”.[29]  

A estratégia nazista era absorver o Báltico em uma nova Alemanha; A independência do Báltico foi cancelada e 280.000 homens bálticos foram forçados a entrar no exército alemão e depois enviados para a frente oriental. [30] Além disso, 240.000 judeus bálticos foram mortos. 

Em 1944, a situação mudou com nova invasão russa. Muitas pessoas fugiram porque temiam que as crueldades soviéticas se renovassem e aumentassem. O exército soviético ocupou o Báltico em 1944 e iniciou uma nova onda de terrorismo.[31] 

Milhares de bálticos foram forçados a acompanhar o exército alemão em retirada. 

Em 1949, havia 64.000 cidadãos bálticos em campos de pessoas deslocadas na Alemanha, entre eles muitos metodistas, incluindo vinte e três pregadores. [32]

“Após a ocupação soviética em 1944, toda a atividade metodista foi interrompida à força, congregações dissolvidas e propriedades nacionalizadas”.[33] 

“A incorporação dos Países Bálticos à União Soviética após a Segunda Guerra Mundial foi catastrófica para a Igreja Metodista. Perseguição sistemática de pastores e congregações, bem como confisco de edifícios destruíram grande parte do trabalho. Apenas a Estônia foi bem sucedida em manter o trabalho da igreja, devido a notáveis líderes nacionais como Martin Prikask e Alexander Kuum”.[34] 

As Igrejas foram perseguidas pelos russos. Elas foram fechadas e usadas como fábricas, depósitos, estábulos para cavalos militares, centros desportivos e de natação, bem como para habitação básica. “Em particular, as novas congregações de inspiração anglo-americana foram perseguidas e negadas a liberdade de culto. Um currículo de propaganda ateísta começou nas escolas e, embora os idosos finalmente tivessem o privilégio de praticar sua fé em particular, todos os esforços para evangelizar os jovens e recrutar novos membros para as igrejas foram proibidos. Muitos russos foram forçados a se mudar para o Báltico e se tornaram a nova classe dominante, a nova aristocracia”.[35] 

O russo tornou-se a língua oficial e principal nas escolas. A Segunda Guerra Mundial e a incorporação dos estados bálticos à nova União Soviética foi uma catástrofe para o metodismo e outros movimentos cristãos de inspiração ocidental.[36] 

Pastores foram perseguidos e prédios da igreja foram confiscados.[37]  

Houve muitos mártires com a ocupação soviética após a Segunda Guerra Mundial. O pastor metodista Rudolfs Goldsmith foi encontrado em uma rua de Riga com um crânio quebrado. “Pequenos grupos de metodistas foram forçados a entrar em igrejas não metodistas, onde logo perderam sua identidade metodista. Os edifícios foram assumidos pelas autoridades e utilizados como centros desportivos, fábricas e armazéns. Alguns dos edifícios foram doados a denominações maiores, cujos edifícios foram destruídos durante a guerra. Na Letônia, as congregações metodistas uniram-se às congregações luteranas, e os pastores metodistas ministraram na igreja luterana”. [38] 

O Rev. Konstantinas "Kostas" Burbulys foi um pastor metodista perseguido na Lituania e  esteve no campo de concentração, mas sobreviveu ao regime soviético. 

Ele foi pastor  durante seis meses em Taurage, Lituânia, antes de assumir dois pontos em Siauliai e Birzai viajando muitos quilômetros entre as duas cidades de bicicleta.”[39] 

O pastor deixou de ser deportado para a Sibéria quando os soviéticos ocuparam a Lituânia em 1939. Também por causa de suas habilidades de ensino, ele foi poupado pelos nazistas em 1941. 

Mas em 1944, tropas  soviéticas empurraram os alemães para fora da Lituânia, Konstantinas "Kostas" Burbulys “foi forçado a acompanhá-los  e cavar trincheiras como trabalho escravo para as tropas da linha de frente. Depois de se tornar doente, ele foi liberado e foi morar com um amigo em uma cidade ao sul de Berlim e depois para um campo de refugiados, onde trabalhou como pastor até a guerra terminou”.[40]

  

 

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Metodismo ressurgiu na Lituânia após 1991

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“Quando a Lituânia recuperou a independência em 1991, o metodismo na Lituânia foi ressuscitado, e finalmente a igreja metodista unida na Lituânia foi formalmente estabelecida em 1996. Hoje, a Lituânia é uma conferência distrital dentro da Conferência Anual da Estônia”.[41] 

Foi uma aventura de fé e muita dedicação que dois membros da Comissão Geral da Câmara dos Ministérios Globais, em 1994, “acompanhado do Rev. Arthur Leifert - um lituano - dirigiram - se em missão procurando vestígios do metodismo na Lituânia. Eles visitaram oito cidades, localizando três antigos personagens metodista, e encontrou dois edifícios da Igreja Metodista (em Kaunas e Pilviskiai).A equipe reuniu-se com os três sobreviventes metodistas, um dos quais disse que tinha apenas como vinculo com seu passado o hinário metodista lituano publicado em 1923”. [42] 

A partir dessa visita, foi decido restaurar o metodismo na Lituânia com o primeiro culto metodista realizado em 30 de agosto de 1995 em Kaunas. Durante os 10 anos seguintes, dez congregações foram iniciadas com a mais recente em 2005 em Penevezys.[43] Há mais de cinquenta anos, havia sido negado aos metodistas lituanos a sua existência e locais de culto religioso como um corpo. Um novo dia começou. 

Nove congregações foram iniciadas: Kaunas Sanciai (1995), Siauliai (1996), Taurage (1996), Pilviskiai (1996), Birzai (1997), Kybartai (1998), Kaunas Eiguliai (1999), Vilnius (2000), Kazla Ruda ( 2000) 

A partir de 2005, onze congregações foram organizadas com um total de 485 membros e 1.000 pessoas que participam regularmente das atividades metodistas. As congregações têm ministérios ativos de adoração e ensino, ministérios de alimentação, aulas de instrução de inglês, programas de desenvolvimento econômico e um centro de ajuda ao vício em drogas e álcool em Birzai.[44] 

A Igreja Lituânia fez, em 2006, planos para construir novas igrejas em Birzai, Taurage e Kybartai, e para ampliar o seu edifício em Siauliai Property.[45] 

Estatísticas de 2019: 

Membros batizados: 122

Membros confessos: 449

Pastores e diáconos: 4

Tendência: desenvolvimento.[46]

Nova Liderança Pastoral surge na Lituânia e Letônia  

Novos líderes pastorais  surgiram nos países bálticos da Letônia e da Lituânia, mas é necessária uma ajuda no pagamento salarial do clero. A Igreja Metodista Unida renasceu após um meio século de ocupação soviética na Letônia e Lituânia. 

O destaque foi surgimento de jovens substituindo os pastores e assumindo responsabilidades pastorais e pregação. 

Rev. S T Kimbrough  disse que "uma das tragédias da nossa história contemporânea da Igreja Metodista Unida  foi o nascimento e a morte da Missão no Báltico". 

Após os alemães e forças soviéticas invadirem o Báltico, as igrejas metodistas  foram fechadas. Os soviéticos, mais tarde, assumiram o controle dos Estados bálticos e confiscaram as propriedades da Igreja. Pastores que não fugiram foram mortos ou enviados a Sibéria. 

Alguns fizeram seu caminho até os campos de refugiados. 

Bispo Raymond Wade, um antigo bispo em Michigan, visitou estes campos e localizou 26 pastores metodistas. Eles foram nomeados para igrejas e congregações metodistas. 

Tendo sofrido mais de 50 anos de ocupação soviética, a Letônia encontra - se empobrecida, um país com o mais baixo rendimento per capita e a mais alta inflação na União Europeia.[47]

 

 

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Origem e atualidade do metodismo na Letônia

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O metodismo na Letônia prosperou até ela ser ocupada pela União Soviética. 

“Missionários alemães introduziram o Metodismo na Letônia no início do século XX, e prosperou até a ocupação soviética após a Segunda Guerra Mundial, quando todo o trabalho da igreja foi banido. Quando a Letônia recuperou a independência em 1991, a igreja metodista começou de novo e conseguiu recuperar alguns dos edifícios confiscados”.[48] 

A Igreja Metodista Unida de Letônia foi reaberta  em 1991 e da Lituânia  em 1995. 

"Juntos, com a re-estabelecida da Igreja Metodista Unida na Letônia, estamos tendo a sensação de que fomos incluídos em uma grande família novamente, abraçadas pelo amor de Jesus… tão necessária ao povo da Letônia hoje", disse o Rev. Arijs Viksna, Superintendente Distrital da Letônia,[49] hoje um superintendente-emérito da Igreja Metodista Unida da Letônia.[50] 

Pela primeira vez, em quase 70 anos, a Igreja Metodista Unida  ordenou pastores lituanos. Os recém- ordenados são: revs. Giedrius Jablonskis, Viktorija Jablonskiene, e Raimondas Piecia, Giedrius Jablonskis, Viktorija Jablonskiene, e Raimondas Piecia. 

A Igreja Metodista Unida na Letônia e Lituânia procura crescer numericamente e expandir seus ministérios sociais, apesar dos condicionamentos financeiros causados pela entrada na Comunidade Econômica Europeia e o declínio do dólar americano.[51] 

Estatísticas de 2019 na Igreja Metodista Unida de Letônia 

Membros batizados: 469

Membros Confessos: 557

Pastores e diáconos: 13.[52] 

“A Igreja Metodista na Letônia ficou fechada por mais de 50 anos. A Letônia foi ocupada pela União Soviética e a Igreja Metodista era vista como um agente da CIA por causa de seus laços estreitos com os Estados Unidos. A igreja, com a ajuda do Conselho Geral de Ministérios Globais (GBGM), reabriu suas portas quando a Letônia recuperou sua liberdade. Hoje, existem 13 congregações e é uma igreja em crescimento”.[53] 

Em 2021, o metodismo na Letônia completou 100 anos. 

A Igreja Metodista Unida na “Letônia é uma conferência distrital dentro da Conferência Anual da Estônia, mas funciona como uma conferência anual na prática”.[54] 

 

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 A resistência ao nazismo e ao comunismo na Estônia

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O metodismo chegou na Estônia em 1907. A primeira congregação foi estabelecida em 1908. “Vassili Täht e Karl Kuum, que foram enviados pelos metodistas em São Petersburgo, foram parte integrante na organização da congregação metodista em Kuressaare, em Saaremaa”.[55]

 O dia 9 de junho de 1907 é considerado o início do metodismo na Estônia. 

O primeiro missionário na Estônia foi Vassili Täht, um colportour da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira em São Petersburgo. [56] 

“Em 9 de junho de 1907, Vassili conheceu seu amigo Karl Kuum, um irmão na Igreja Morávia,na ilha de Saaremaa. Eles começaram a proclamar o Evangelho juntos. Esta data é considerada o início das atividades da Igreja Metodista na Estônia. O primeiro serviço metodista na Estônia foi realizado na casa do comerciante Mihkel Trey em Kuressaare, Saaremaa.  A congregação de Kuressaare, a primeira na Estônia, foi oficialmente estabelecida em 26 de agosto de 1910, quando três homens e duas mulheres foram aceitos em comunhão.  Em 28 de outubro de 1912, o primeiro edifício da igreja metodista na Estônia foi consagrado em Kuressaare”. [57] 

Foi Martin Prikask (1877-1942) quem iniciou a evangelização fora da cidade de Kuressaare e em julho de 1910 foi organizada a primeira filial da congregação kuressaare na vila de Reeküla. Depois foi organizada outra congregação em setembro de 1910, na vila de Rahniku.  

Martin Prikask foi o fundador da Congregação Kuressaare. Prikask foi pastor nos anos 1911-1921, 1922-1923, 1924-1932, 1933-1941.[58] 

Quando o metodismo começou,  Prikask era um comerciante e foi uma das primeiras pessoas a se unir à primeira congregação metodista da Estônia em 27 de junho 1907[59] 

Em 1909, Martin Prikask entrou para o serviço da Igreja Metodista e após 5 anos da obrigatoriedade de estudos da faculdade, o bispo John Luis Nuelsen o consagrou em 1912. 

A missão metodista se espalhou para o continente onde a primeira congregação foi estabelecida por Karl Kuum em julho de 1912 em Tapa[60] Foi em 1918 que o metodismo se espalhou por várias áreas da Estônia. Em 1921, o Bispo Nuelsen nomeou Martin Prikase como superintendente do distrito estoniano Tallinn.[61] 

Em 3 de março de 1922 foi organizada a congregação metodista em Tallinn, a Capital da Estônia. 

A Igreja crescia com a dedicação dos metodistas. Em 1º de janeiro de 1940, a Igreja Metodista na Estônia constituía 1.836 membros em 14 congregações (Tallinn I e Tallinn II, Haapsalu, Tapa, Rakvere, Paide, Tartu, Viljandi, Pärnu, Narva, Avanduse, Kuressaare, Targu e Paide).  

“De 1920 a 1940 Metodistas publicaram uma revista mensal Kristlik Kaitsja e tiveram sua própria editora de mesmo nome. De 1935 a 1940 uma segunda revista, Koduteel, foi publicada por congregações na ilha de Saaremaa.  O clero foi educado no exterior, principalmente na Alemanha. A igreja enviou seus próprios missionários entre os quais o mais notável foi Johannes Karlson, um missionário na América do Sul”. [62] 

No Báltico o metodismo crescia. “Na Estônia, treze pastores foram nomeados para quinze circuitos e congregações, na Letônia, sete pastores adolescentes foram nomeados para dezenove congregações e a Associação Evangélica tinha três pastores servindo três congregações com 223 membros e 570 fiéis regulares, e na Lituânia sete pastores foram nomeados a sete circuitos e congregações”.[63] 

Na capital da Estônia, Tallinn, os metodistas tinham uma obra de diaconisa, a Betesda. 

O domínio soviético 

Na Segunda Guerra Mundial o acordo Molotow-Ribbentrop, em 1939, permitiu ao exército soviético ocupar e absorver os três estados bálticos (Estônia, Lituania e Letônia) ao império soviético em agosto de 1940. [64] 

“(...) Quando Hitler invadiu a Europa, as forças de Stalin ocuparam os Estados Bálticos e as igrejas sofreram rápida dissolução na Letônia e na Lituânia, com muitos clérigos indo para os Estados Unidos. Mesmo que a igreja da Estônia operasse nas sombras, há relatos comoventes sobre o destino da liderança metodista. Em meados do século, um terço do clero metodista estoniano foi perseguido nas prisões soviéticas ou nos campos de trabalhos forçados da Sibéria”.[65] 

Foi formada a República Socialista Soviética da Estônia. 

Já no primeiro ano da ocupação soviética (1940-1941), vários membros da igreja Metodista foram reprimidos. Quatro pastores metodistas, incluindo o superintendente Martin Prikask, foram presos, deportados e posteriormente executados. [66] 

Sua sentença de morte foi no dia 12 de agosto de 1942.[67] 

Milhares foram deportados para a Sibéria e 280.000 homens bálticos foram forçados a entrar no exército alemão.[68] 

“Em 1940, a Estônia tornou-se parte da União Soviética. Durante a Segunda Guerra Mundial e o período soviético, a Igreja Metodista na Estônia sofreu grandes perdas; alguns dos superintendentes e pastores foram mortos como mártires e alguns foram enviados para a Sibéria”.[69] 

As empresas industriais, a terra e a economia foram todas nacionalizadas.  As igrejas foram fechadas e usadas como fábricas.  

A congregações de inspiração anglo-americana foram perseguidas e negadas a liberdade de culto. 

Nas escolas o ateísmo fazia parte do currículo.“O russo tornou-se a língua oficial e principal nas escolas. Homens bálticos foram forçados a entrar no exército soviético. Os padrões econômicos, tecnológicos e sociais foram congelados no nível de 1940. A Segunda Guerra Mundial e a incorporação dos estados bálticos à nova União Soviética foi uma catástrofe para o metodismo e outros movimentos cristãos de inspiração ocidental na região. Na Estônia, o superintendente Martin Prikask foi executado pelos comunistas e foi o primeiro mártir metodista estoniano. O maior metodista”.[70] 

“Na era stalinista houve tentativas mal sucedidas de liquidar a Igreja Metodista estoniana e fazer com que os membros se juntassem à Igreja Luterana Evangélica estoniana.  Muitas congregações perderam seus edifícios – em Tallinn uma das igrejas metodistas havia sido destruída em um ataque aéreo soviético em 1944 e a segunda igreja foi tomada pelo Exército Soviético em 1950”. [71] 

A Igreja Metodista sofreu imensamente com os soviéticos. Seu templo em Kuressaare foi ocupado duas vezes e usado como estábulo de cavalos. Os membros, contudo, resistiram e a igreja procurava retomar seu prédio e o restaurar como um local de culto. 

“Alexander Kuum assumiu a liderança metodista e, por meio de sua coragem pessoal, força e dignidade, conseguiu liderar o metodismo estoniano durante os anos de guerra e as perseguições durante o período ateísta do stalinismo. Várias vezes Kuum foi preso e até mandado para um campo de prisioneiros na Sibéria, mas nada poderia quebrar sua fé e confiança em Deus”.[72] 

As Igrejas evangélicas foram solidárias uma com as outras. “A congregação metodista em Tallinn teve que se mudar para uma pequena igreja dos Adventistas do Sétimo Dia que continuaram a compartilhar até 2000. Alguns membros do clero metodista foram ainda mais reprimidos, por exemplo, o pastor da congregação Tallinn Aleksander Kuum foi preso e deportado em 1952”. [73] 

Durante a ocupação soviética a Igreja Metodista da Estônia continuou seu trabalho evangélico. As perseguições reduziram o tamanho da igreja, mas o metodismo sobreviveu. 

A invasão nazista

 Mesmo havendo o pacto de não agressão entre alemães e soviéticos,[74] Hitler procurou invadir a Rússia em 1941. Mas o inverno parou o exército alemão e três milhões morreram. 

Com a guerra com a Rússia, foi a vez da Alemanha nazista ocupar a Estônia em julho de 1941. Os estonianos viram a chegada dos alemães como libertadores do domínio da URSS. Contudo, uma semana depois, começou na deportação em massa. 

Os alemães pilharam o país e “desencadearam o Holocausto na Estônia, durante o qual eles e seus colaboradores assassinaram dezenas de milhares de pessoas (incluindo estonianos, judeus da Estônia, ciganos da Estônia, russos da Estônia, prisioneiros de guerra soviéticos, judeus de outros países e outros). Durante a ocupação, a Estônia foi incorporada à província alemã de Ostland”.[75] 

Em 1944,  a Rússia ocupou novamente a Estônia até 1991.  

O metodismo pós-guerra 

Os metodistas da Estônia revelaram grande resistência, fé e força. “Os metodistas estonianos foram dos primeiros a erguer a cabeça das ruínas do comunismo no final dos anos 1980 e início dos anos 1990 e estender a mão aos seus irmãos e irmãs Metodistas Unidos em todo o mundo. Quase um século depois que o Metodismo pegou fogo pela primeira vez na Eurásia, houve mais uma vez sinais de esperança”.[76] 

O metodismo estoniano até cresceu um pouco durante o período do pós-guerra. [77]

A vida religiosa na Estônia começou a se normalizar após a morte de Joseph Stalin em 1953. A após o regime stalinista, as perseguiçõesa diminuiram e o bispo metodista da Conferência do Norte da Europa foi autorizado a visitar os metodistas em Tallinn e os representantes da Igreja Metodista da Estônia foram autorizados a participar de conferências internacionais fora da fronteira da União Soviética. [78] 

“Em 1961, a primeira visita episcopal após a Segunda Guerra Mundial ocorreu quando o bispo norueguês Odd Arthur Hagen visitou Tallinn. Em 1968, quando a Igreja Metodista Unida foi fundada, o superintendente Aleksander Kuum da Estônia pôde participar da conferência de fundação em Dallas. Desde então, a Igreja Metodista na Estônia faz parte da Conferência Central da Igreja Metodista Unida da Europa Do Norte. Em 1971 Aleksander Kuum tornou-se também membro do Comitê Executivo do Conselho Metodista Mundial.  A partir de 1972, as visitas dos bispos do norte da Europa à Estônia tornaram-se eventos regulares, ocorrendo uma ou duas vezes por ano”.[79] 

“Todos os laços legais com a União Soviética foram cortados em 20 de agosto de 1991, quando a Estônia oficialmente declarou a reconquista de sua independência, recebendo reconhecimento internacional nas semanas seguintes”.[80] 

Três anos após a Estônia recuperar a liberdade do regime soviético, a Igreja Metodista Unida fundou o Seminário Teológico Metodista Báltico com o propósito de formar líderes para o evangelismo. A primeira turma começou com 54 alunos em agosto de 1994. O seminário é agora credenciado como uma instituição de ensino superior na Estônia oferecendo um certificado de diploma de um ano e um programa de três anos de graduação em teologia.[81] 

O metodismo atual 

Uma pesquisa do “Instituto Gallup de 2009 indica que os estonianos são o povo menos religioso do mundo. Apenas 16% da população considera que a religião desempenha um papel importante em suas vidas”.[82] 

A estatística ainda mostrou que 54% acredita que exista algum tipo de espírito ou força, mas 26% não acredita que exista Deus. É nesse contexto que a Igreja Metodista da Estônia está situada. 

Em 1º de Janeiro de 2007, a Igreja Metodista Unida na Estônia tinha 24 congregações e 4 pontos de ministério, com um total de 1.731 membros.[83] 

Contava com 26 congregações e um seminário teológico em Tallinn e uma série de outros ministérios. Sua publicação oficial era a revista Koduteel.  

De acordo com o censo de 2011, havia 1.098 metodistas na Estônia. De acordo com as estatísticas do Conselho de Igrejas da Estônia, com base nos números apresentados pelas igrejas membros, havia 1.642 metodistas em 2012, servidos por 33 pastores e 1 diácono.  

Na estatística de 2019, os dados são estes: 

Membros batizados: 227

Membros confessos: 1461

Pastores e diáconos: 51

Tendência: estável. [84] 

Havia 25 congregações com 1688 membros na Igreja Metodista estoniana.  Eram 15 congregações estonianas, 8 de língua russa, 1 bilíngue (estoniano-russo) e 1 trilíngue (estoniano-russo-inglês).[85] 

O fato é que “os Metodistas Unidos da Rússia, Bielorrússia, Quirguistão, Cazaquistão e Estônia iniciaram o processo para deixar a denominação principal”.[86] 

A questão principal envolvendo a Estônia foi sobre a homossexualidade e casamentos entre pessoas do mesmo sexo

Foram  97% dos representantes metodistas das 23 congregações que votaram a favor do desligamento amigável. Foi permitido se desligar com seus imóveis e propriedades.

Agora ela é denominada “Igreja Metodista da Estônia (anteriormente Igreja Metodista Unida na Estônia). Em 1º de julho de 2023, ela cortou seus laços com a Igreja Metodista Unida.[87] 

“A Igreja Metodista da Estônia tem atualmente 26 congregações. Durante o censo de 2021, 1.390 pessoas se identificaram como metodistas”.[88] 

O superintendente da Igreja é o Rev.Robert Tšerenkov.

 

 

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[1] https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_b%C3%A1lticos

[2] https://www.unitedmethodistbishops.org/person-detail/2463475

[3]https://www.umnews.org/ pt/news/eurasia-and-estonia-begin-exit-from-church

[4] https://en.wikipedia.org/wiki/Estonian_Methodist_Church

[5] https://www.viajarpelomundo.com/2012/07/roteiro-pelos-baises-balticos..

[6] https://www.viaggiando.com.br/2012/03/paises-balticos.html

[7] https://manualdoturista.com.br/paises-balticos/

[8] https://m.brasilescola.uol.com.br/geografia/paises-balticos.htm 

[9] https://m.brasilescola.uol.com.br/geografia/paises-balticos.htm

[10] Idem.

[11] https://worldmethodistcouncil.org/europe/name/lithuania-united-methodist-church/

[12] A Otan é uma aliança militar intergovernamental. “A Otan (sigla que significa Organização do Tratado do Atlântico Norte) é uma aliança formada por 30 países, incluindo EUA, Canadá, Reino Unido e França”. https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/02/24/o-que-e-a-otan.ghtml

[13]https://einvestidor.estadao.com.br/colunas/thiago-de-aragao/paises-balticos-guerra-ucr

[14] https://sicnoticias.pt/mundo/conflito-russia-ucrania/paises-nordicos-e

[15] https://jovempan.com.br/noticias/mundo/paises-balticos-enviarao

[16] https://www.umc-ne.org/central-conference/our-history/

[17] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/lithuania

[18] https://worldmethodistcouncil.org/europe/name/estonia-united-methodist-church/

[19] https://en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[20]https://worldmethodistcouncil.org/europe/name/lithuania-united-methodist-church/

[21] https:// www.umc-ne.org/central-conference/our-history/

[22]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[23] Idem.

[24] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ocupação_das_Repúblicas_Bálticas

[25] Idem.

[26]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodis-church

[27]Idem.

[28] https://pt.wikipedia.org/wiki/Ocupação_das_Repúblicas_Bálticas

[29] https://www.viaggiando.com.br/2012/03/paises-balticos.html

[30]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[31]Idem.

[32]Idem.

[33]https://worldmethodistcouncil.org/europe/name/lithuania-united-methodist-church/

[34] https://www.umc-ne.org/central-conference/our-history/

[35] Idem.

[36] Idem.

[37] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/lithuania

[38]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[40] Idem.

[41] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/lithuania

[42]https://www.blogger.com/comment-iframe.g?blogID=1542133746934311209&postID=8357767770056970814&bpli=1

[43] Idem.

[44]https://worldmethodistcouncil.org/europe/name/lithuania-united-methodist-church/

[45] htpps://www.new.gbgm-umc.org/work/initiatives/lithuania/ -

[46] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/lithuania/

[47] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/lithuania/

[48] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/latvia/ 

[50]https://kalpot.lv/aktualakie-2020/macitajs-arijs-viksna-krusta-draudze-septembri

[51] www.gbgm-umc.org/global_news/full_article.cfm?articleid=4445

[52] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/latvia/

[53] https://wakenworship.wordpress.com/2010/04/19/the-united-methodist-church-in-latvia/

[54] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/latvia/

[55] https://www.umc-ne.org/central-conference/our-history/

[56]https://worldmethodistcouncil.org/europe/name/estonia-united-methodist-church/

[57] https://en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[58] https://www.geni.com/people/Martin-Prikask/6000000039021980872

[59] https://www.wikiwand.com/et/Martin_Prikask

[60] en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[61] https://www.wikiwand.com/et/Martin_Prikask

[62] en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[63]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[64] Idem.

[65] https://www.umnews.org

[66] en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[67]  https://www.geni.com/people/Martin-Prikask/6000000039021980872

[68]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[69] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/estonia/

[70]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[71] en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[72]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[73] https://en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[74] htps://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_de_Não_Agressão_Alemão-Polonês

[75] https://en.wikipedia.org/wiki/Occupation_of_Estonia_by_Nazi_Germany

[76] https://www.umnews.org

[77]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

 [78]worldmethodistcouncil.org/member-churches/name/denmark-united-methodist-church

[80] https://pt.wikipedia.org/wiki/República_Socialista_Soviética_da_Estônia

[81] Idem.

[82] pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%B3nia

[83] en.wikipedia.org/wiki/United_Methodist_Church_in_Estonia

[84] https://www.umc-ne.org/about-us/countries/estonia/

[85] Idem.

[86] https://evangelicalfocus.com/europe/21233/eastern-europe-methodists-to-exit-united-methodist-church

[87] https://en.wikipedia.org/wiki/Estonian_Methodist_Church

[88] https://news.err.ee/ 1609071038/estonian-methodist-church-quits-umc-over-lgbt-rights

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