Legados para mudar gerações

 

Exemplos bíblicos de pessoas que nos deixaram grandes legados

 

Odilon Massolar Chaves

 


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Copyright © 2025, Odilon Massolar Chaves 

Todos os direitos reservados ao autor. 

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Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 484

Livros publicados pelo autor: 582

Livretos: 3

Tradutor: Google

Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela U niversidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.

Rio de Janeiro – Brasil

 

 

 

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‘Uma geração louvará as tuas obras à outra geração, e anunciarão as tuas proezas’

(Salmos 145.4)

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Índice

 

·        Introdução

·        O que é legado

·        O legado deixado por Barnabé

·        A fé como legado

·        Legado do apóstolo João

·        O legado que Gideão não deixou

·        O legado de Paulo, Timóteo e Epafrodito

·        O legado de André

·        O legado de Neemias

·        O legado de Jacó

 

 

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Introdução

 

O livro “Legados para mudar gerações” é um livro de 60 páginas que traz exemplos bíblicos de pessoas que nos deixaram grandes legados.

Alguém disse que “o legado de cada um de nós é um farol para quem vem atrás”.[1]

Este livro contém exemplos de vida e ensinamentos de líderes e pessoas comuns que foram colocados na Bíblia para serem seguidos.

O título é uma forma de chamar a atenção para a necessidade de seguirmos e praticarmos legados que nos direcionam para uma vida segundo a vontade de Deus e uma vida vitoriosa.

Vivemos em tempos difíceis onde há diversos líderes que não podem ser seguidos como exemplos de fé ou de vida ética.

Como a Bíblia é a verdade revelada, erros de lideres e de outros personagens são relatados, que não devemos seguir. A Bíblia chega a falar de Jeorão que não deixou saudades e nem foi permitido ser enterrado junto aos outros reis falecidos. Não corra esse risco.

O Autor

 


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O que é legado

 

A Bíblia é um dos maiores legados que recebemos. “Poder lê-la na nossa língua foi o legado que o tradutor João Ferreira d‘Almeida nos deixou, e no qual investiu toda a sua vida”.[2]

Mas o que é legado?

Legado é uma herança que você deixa para seus descendentes.

“Legado é uma disposição feita em um testamento para benefício de outra pessoa, é deixar algo, de valor ou não, para outra pessoa, e vem do latim, legatos”.[3]

Se legado é um benefício deixado em testamento, podemos então entender que os legados legítimos em termos de valores éticos e espirituais estão registrados no Novo e Antigo Testamento, a Bíblia.

“Legado nos fala de princípios, de valores, de exemplo de vida, de referencial”.[4] 

Neste sentido, a Bíblia relata também exemplos de líderes que não deixaram legado e nem saudades. O rei Jeorão foi um deles.

 A Bíblia diz: “Era da idade de trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém; e foi sem deixar de si saudades; e sepultaram-no na cidade de Davi, porém não nos sepulcros dos reis” (2 Crônicas 21.20).

Jeorão foi casado com Atalia filha do rei Acabe e Jezabel. Atalia o incitou a praticar a idolatria e outros pecados.

E a Bíblia é clara ao dizer sobre seu fim: “Ele se afundou em grande idolatria, e trouxe sobre si e sobre o seu reino a ira do Senhor”.[5]

Nem no sepulcro dos reis foi permitido enterrar Jeorão.

Jesus é quem mais deixou os maiores legados, valores de excelência para nós. Especialmente, deixou o amor, que é o maior bem. Sem o amor não somos nada já disse apóstolo Paulo.

“Jesus Cristo, que por ter obedecido a Deus e entregado a própria vida em favor dos pecadores, o seu legado permanece firme e continuará por toda a eternidade.”[6]

Não adianta só deixar um exemplar da Bíblia como legado para os filhos e filhas. É preciso deixar valores bíblicos, princípios éticos e exemplos de vida. Somos chamados a deixar legado para nossos filhos, filhas, seguidores na fé e até para outras gerações. Não corra o risco de partir sem deixar saudades e sem um legado.

 

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O legado deixado por Barnabé

 

Perguntei a alguns adolescentes da Igreja, numa célula:

- O que vocês pensam ser quando crescerem?

Nem todos pensam ter a arquitetura como profissão, mas podemos ser arquitetos espirituais. Ser arquiteto é construir, apoiar uma pessoa para ela cresça na fé.

Atos 4.36 nos mostra que os apóstolos deram a José, um levita de Chipre, o nome Barnabé. Seu nome significa "filho da Consolação". Os apóstolos passaram a chamá-lo de Barnabé, que significa "encorajador". Este nome é citado 29 vezes em Atos e 5 vezes nas cartas de Paulo.

Barnabé é aquele que dá ânimo, encoraja... Eleva as pessoas. Estimula, edifica...

Barnabé formava e reconstruía o caráter dos novos discípulos pela Palavra e pela unção do Espírito...

 Quem quiser conhecer o padrão bíblico de um servo de Deus, especialmente de um arquiteto espiritual, deve inspirar-se no exemplo de pessoas como Barnabé, aqui chamado de “homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé” (At 11.24).  

Ele amava ao Senhor de todo coração, alma e entendimento

O texto de At 4.37 diz que Barnabé vendeu um campo que possuía e “trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos”. 

Logo a seguir a Bíblia registra a infidelidade e morte de Ananias e Safira.

Barnabé foi louvado pela transparência e fidelidade; Ananias e Safira foram mortos por sua hipocrisia.

Barnabé levou a sério a vida cristã, Ananias e Safira, não.  

O Senhor não é contra termos bens materiais. Ele promete bênçãos para nós. Mas devemos colocar o Reino em primeiro lugar...

 Se não nos dermos ao Senhor de corpo e alma, em alguma área de nossa vida seremos infiéis.

Cristianismo de “mentirinha”. Muitos dizem que não são apegados aos bens materiais, mas prometem fazer isso e aquilo, se não tiverem o que desejam... Não são capazes de sacrificar o seu “Isaque” por isso não são abençoados.

Barnabé é um exemplo de plena dedicação, consagração.

Ele era dava oportunidade às pessoas que queriam mostrar seu valor

Paulo teve um início difícil. Pela sua má fama anterior, ninguém queria saber dele. Mas Barnabé lhe deu uma oportunidade:

Paulo “procurou juntar-se com os discípulos; todos, porém, o temiam, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé, tomando-o consigo, levou-o aos apóstolos; e contou-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que este lhe falara, e como em Damasco pregara ousadamente em nome de Jesus” (At 9.6-27).

Como é difícil recomeçar depois de uma fase negativa, uma queda. Somos preconceituosos, medrosos e até mesmo “fariseu”.

Barnabé é um exemplo de alguém que teve discernimento, sabedoria, visão e abriu caminho para Paulo ser o apóstolo que foi.  

Ele se entusiasmava e se dedicava à obra de Deus

Para Barnabé não havia dia ruim, falta de tempo ou missão impossível. Ele estava sempre disponível para servir ao Senhor.

Ele vibrava: “O qual, quando chegou, e viu a graça de Deus, se alegrou, e exortou a todos a que permanecessem no Senhor, com propósito de coração” (Atos 11.23).

Ele dava tempo para a obra do Senhor: “Partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela igreja e ensinaram numerosa multidão. Em Antioquia, foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos” (At 11.25-26). 

Ele realizava a obra do Senhor com dedicação: “Mas Paulo e Barnabé demoraram-se em Antioquia, ensinando e pregando com muitos outros a palavra do Senhor” (Atos 15.35).  

Ele era submisso à liderança e estava pronto para servir

Barnabé tinha o ego crucificado. Tinha aprendido a ser um servo, submisso porque era cheio do Espírito: 

Jerusalém envia Barnabé: “E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia” (Atos 11.22).

Quando, mais tarde, foi preciso ser submisso, ele novamente se submeteu:

Antioquia envia Barnabé e Paulo à Judéia para levarem suprimentos aos cristãos: “Enviando-os aos presbíteros por intermédio de Barnabé e de Saulo” (Atos 11.30). 

Ele vivia em comunhão com a igreja e aceitou o desafio missionário

Um servo procura estar em comunhão com o corpo de Cristo e ser sensível à voz do Espírito:

Na igreja em Antioquia havia alguns profetas e doutores: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado (Atos 13.1-2).

Um servo quer servir, não importa o cargo ou o título. Como Barnabé era humilde ele não se importou de perder o papel de líder na primeira missão cristã (At 13.7, 13),

Ele tinha ousadia na Palavra e não temia tomar decisões radicais

“E, despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Paulo e Barnabé; os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de Deus.

E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Deus.

Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava.

Mas Paulo e Barnabé, usando de ousadia, disseram: Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios;

Porque o Senhor assim no-lo mandou: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da terra. 
E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna.

E a palavra do Senhor se divulgava por toda aquela província.

Mas os judeus incitaram algumas mulheres religiosas e honestas, e os principais da cidade, e levantaram perseguição contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora dos seus termos.

Sacudindo, porém, contra eles o pó dos seus pés, partiram para Icônio.

E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (Atos 13.43-52).

Ele foi decisivo na preservação da ênfase da graça do Senhor na Igreja

Quando alguns novos cristãos quiseram que os convertidos praticassem as leis do Antigo testamento, alguns cristãos sábios se levantaram, entre eles Barnabé, para defenderem a graça de Deus:

“Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos.   Tendo Paulo e Barnabé contenda e não pequena discussão com eles, os irmãos resolveram que Paulo e Barnabé e mais alguns dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos, por causa desta questão.  Eles, pois, sendo acompanhados pela igreja por um trecho do caminho, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os irmãos.    E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto Deus fizera por meio deles.  Mas alguns da seita dos fariseus, que tinham crido, levantaram-se dizendo que era necessário circuncidá-los e mandar-lhes observar a lei de Moisés” (Atos 15.1-5).

Pedro se levantou e falou do que Deus havia feito aos gentios.

Palavra de Barnabé e Paulo: “Então toda a multidão se calou e escutava a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus havia feito por meio deles entre os gentios” (Atos 15.12).

 Ele dava nova oportunidade ao que errou pensando em sua restauração

Quando um amigo seu ou amiga erra, você lhe dá nova oportunidade?

 Veja esse exemplo na Bíblia, Como Marcos um dia havia abandonado a obra missionária, Paulo não estava disposto a aceitá-lo de novo. Barnabé queria dar nova oportunidade a Marcos:

“Houve entre eles tal desavença, que vieram a separar-se. Então, Barnabé, levando consigo a Marcos, navegou para Chipre. Mas Paulo, tendo escolhido a Silas, partiu encomendado pelos irmãos à graça do Senhor. E passou pela Síria e Cilícia, confirmando as igrejas” (At 15.36-41). 

Cerca de onze anos mais tarde, ao escrever aos Colossenses e a Filemon (Cl 4.10; Fm 23-24) Paulo se refere a João Marcos como um dos seus cooperadores na prisão, e na segunda carta a Timóteo, já no final da sua vida, ele dá este testemunho: “Somente Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério” (2 Tm 4.11). É a prova de que Barnabé estava certo.

Conclusão

Nos dias de hoje em que muitos líderes vivem nas manchetes e chegam a ser idolatrados, nada melhor do que recorrer à Palavra e seguirmos o exemplo de servos e servas que foram exemplos para nós. Seus legados permanecem.

Barnabé tinha dons do Espírito e o caráter de Cristo.

Somos chamados a ter o mesmo procedimento, mas mesmas marcas de Cristo em nós que é obra do Espírito Santo de Deus.

Precisamos de Barnabés hoje, em dias difíceis, que dê ânimo às pessoas, estimulem a permanecer na graça do Senhor e a se manterem fiéis.

Somos chamados a ser arquitetos espirituais, para construir, edificar. Não somos demolidores e sim construtores espirituais. Barnabé deixou um legado de excelência.

 


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A fé como legado

 

 

Afinal, o que é fé?

 Hebreus 11.1 diz que é certeza de coisas que não se veem. 

Veja o exemplo de alguns personagens da Bíblia.

 A verdadeira fé não exige provas

Mas Tomé exigiu provas:  "Ora Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles, quando veio Jesus. Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos nas suas mãos, e não meter a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei.

E, oito dias depois, estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco.

Depois, disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.

Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu.

Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram" (João 20.24-29).

A verdadeira fé: não exige a presença física de Jesus

O centurião que pediu para Jesus enviar apenas uma palavra: "E, entrando Jesus em Cafarnaum, chegou junto dele um centurião, rogando-lhe, e dizendo: Senhor, o meu criado jaz em casa, paralítico e violentamente atormentado. E Jesus lhe disse: Eu irei e lhe darei saúde.  E o centurião, respondendo, disse-lhe: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas, dize somente uma palavra, e o meu criado sarará;

Pois também eu sou homem sob autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faz isto, e ele faz.

E maravilhou-se Jesus, ouvindo isto, e disse aos que o seguiam: em verdade vos digo que nem mesmo em Israel encontrei tanta fé.

Mas eu vos digo que muitos virão do oriente e do ocidente, e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaac, e Jacó, no reino dos céus;

E os filhos do reino serão lançados nas trevas exteriores: ali haverá pranto e ranger dentes.

Então disse Jesus ao centurião: vai, e como creste te seja feito. E naquela mesma hora o seu criado sarou" (Mateus 8.5-13).

A verdadeira fé abre nossos olhos para ver o mundo espiritual

Natanael creu: “Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.

“Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem e vê.


Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo.
 Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira.
Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel.
 Jesus respondeu e disse-lhe: Porque te disse: vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás.  E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que, daqui em diante, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem” (Jo 1.45-51).

 

A verdadeira fé gera forças para enfrentar todas as barreiras

 

Mulher Cananéia: “Ora, partindo Jesus dali, retirou-se para as regiões de Tiro e Sidom. E eis que uma mulher Cananéia, daquela região, clamava, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim, que minha filha está horrivelmente endemoninhada.

Contudo ele não lhe respondeu palavra. Chegando-se, pois, a ele os seus discípulos, rogavam-lhe, dizendo: Despede-a, porque vem clamando atrás de nós. Respondeu-lhes ele: Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.

Então veio ela e, adorando-o, disse: Senhor, socorre-me.

Ele, porém, respondeu: Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos.  Ao que ela disse: Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos.

 

Então respondeu Jesus, e disse-lhe: ó mulher, grande é a tua fé! seja-te feito como queres. E desde aquela hora sua filha ficou sã” (Mt 15.21-28).

 

Conclusão

A fé é um dom de Deus. Mas, ao mesmo tempo requer uma opção e um esforço nossos. A fé é a liberdade para sermos plenamente humanos e não para a restrição de nossa humanidade. A fé libera um poder dentro de nós, um poder que vem de Deus.

A fé recebida de Deus precisa ser assumida!

Precisa ser professada, confessada, declarada, exercida, vivida.

Na Bíblia, Eunice e Lóide são citadas como exemplos de fé, que elas deixaram como legado para Timóteo: “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2 Timóteo 1.5).

A Bíblia é fundamental, mas não adianta deixar uma Bíblia de herança para os seus filhos e filhas, se você não deixar um legado de fé.

Não adianta também deixar uma herança para seus filhos e filhas, se eles não seguirem um legado de fé, de princípios éticos e de valores bíblicos.

Os maiores legados são espirituais.

 


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Legado do apóstolo João

 

 

 

Você costuma ficar desenterrando erros do passado de uma pessoa amiga ou consegue perdoar e esquecer?

 

Você perde a confiança numa pessoa amiga que comete erros ou decide dar um voto de confiança para ela?

 

Você costuma corrigir uma pessoa amiga que erra ou vira às costas para ela?

 

A história do "discípulo amado" João nos ajuda a compreender sobre seu amadurecimento e sobre como Jesus procurou moldar seu caráter investindo nele.

 

Veremos que o apóstolo João, no início teve algumas atitudes erradas, mas Jesus tratou dele.

 

Sem Jesus, João não nos teria deixado legado.

 

Além do Evangelho de João, o Apocalipse e suas epistolas, João deixou também legado para todos nós.

 

Atitudes que revelam erros no caráter de João

 

Desejo de privilégios da mãe e dos filhos João e Tiago no Reino (Mt 20.20-27). Pediu para um sentar à direita e outro à esquerda no Reino.Jesus disse que eles não deveriam querer ser como as pessoas do mundo e sim servir.

 

João e Tiago, com espírito de vingança, queriam pedir fogo dos céus sobre os samaritanos (Lc 9.54-55).

 

Eles não haviam deixado Jesus ficar numa aldeia samaritana.

 

Jesus os repreendeu e disse que eles não sabiam de que espírito eram. O Filho do Homem não veio para destruir, mas para salvar.

 

João e os discípulos, numa atitude de exclusivistas, proibiram algumas pessoas de expulsarem demônios porque não seguiam com eles (Lc 49-50).

 

Jesus disse para não os repreender porque quem não era contra eles era a favor.

 

Atitudes de João que revelam um caráter moldado segundo a imagem de Jesus

 

Esteve junto à cruz com Jesus (Jo 19.25-27). Jesus pediu a João para ele cuidar de sua mãe revelando ter confiança nele. João a levou para sua casa.

 

João foi com Pedro orar no templo e participou da cura do coxo (Atos 3.1).

 

João foi enviado pelos apóstolos, junto com Pedro, para orar pelos samaritanos para que recebessem o Espírito Santo (At 8.14-15). O fogo que João pediu desta vez para vir sobre os samaritanos era o fogo do Espírito Santo.

 

Lições com a história do apóstolo João

 

A vida é um aprendizado. O que fizemos ontem de errado serve para nosso amadurecimento. Não devemos ficar desesperados com uma falha e sim procurar amadurecer.

 

Não temos o direito de ficar lembrando dos erros de alguém do passado. Temos que ver o que a pessoa é hoje.

 

Jesus olhava as possibilidades que haviam em João e não o problema que ele era e poderia causar no futuro.

 

Jesus corrigiu os erros de João, mas não o desprezou, não o rejeitou e nem teve preconceitos em relação a ele. Ele o amou e o ensinou.

 

Por João seguir os passos de Jesus ele veio a ser o discipulado amado, o servo fiel e líder espiritual.

 

Um grande exemplo deixando o legado de amor para todos nós.

 

A história da vida do apóstolo João nos ajuda a não termos preconceitos em relação aos que erram ou pensam diferente de nós.

Jesus quer investir em cada um. Seu objetivo é moldar nosso caráter. Apóstolo Paulo disse que fomos destinados a sermos iguais à imagem de Jesus (Rm 8.29).

 

Isso é obra do Espírito Santo que através de Sua ação em nossa vida faz com que tenhamos o fruto do amor, alegria, paz, bondade, fidelidade, mansidão etc (Gl 5.21-22).

 

Como o apóstolo João, temos erros, bloqueios e impulsos, mas podemos ser transformados, se nos abrirmos ao mover do Espírito.

 

São legados deixados por João.

 

 

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O legado que Gideão não deixou

 

A história de Gideão é semelhante a de muitos crentes que freqüentam a igreja, mas vivem uma vida de rotina sem esperança de vitória. Sua vida é apenas de manutenção e sobrevivência. Suas orações são de lamentação em vez de gratidão; são orações que revelam a crença num Deus distante em vez de orações que revelam uma intimidade com o Pai; são mais orações que revelam conformismo em vez de ser orações de luta, como Jacó lutou com o anjo até obter a vitória.

Existem etapas a serem vencidas em nossa caminha espiritual para sermos plenamente vitoriosos.

É preciso eliminar os fantasmas do nosso interior para assumirmos a condição de filho e filha de Deus

A história de Gideão começa assim: ele estava malhando trigo com medo dos midianitas e um anjo lhe apareceu:

“Então o anjo do Senhor lhe apareceu, e lhe disse: O Senhor é contigo, homem valente. Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém agora o Senhor nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas. Então o Senhor olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu o menor na casa de meu pai” (Jz 6.12-15)  

Deus toma a iniciativa. Ele nos amou primeiro através de Sua graça. Só temos que dar a resposta através da graça preveniente que o próprio Senhor colocou em nós.

Foi assim com Gideão. A primeira necessidade de Gideão era tratar do seu coração doente. Gideão achava que Deus era o culpado por tudo aquilo que acontecia em Israel. Se Deus havia libertado Israel no passado porque Ele não fazia o mesmo hoje?

O culpado era o próprio Israel que havia deixado Deus por outros ídolos (Jz 6.1).

Deus procurou também libertar Gideão do medo e complexo trabalhando na sua auto-estima (Jz 6.12) A primeira coisa que Deus faz é nos convencer de que somos valentes, vencedores e que com Ele somos capazes de enfrentar qualquer dificuldade.  

Sim, somos chamados a andar de cabeça erguida como filhos e filhas de Deus.

 Se quisermos avançar para outra etapa e sermos vitoriosos, temos que deixar o Senhor primeiro trabalhar em nosso coração.

É preciso retirar os ídolos da nossa vida quebrando paradigmas familiares negativos para que o Senhor ocupe o primeiro lugar  

De Gêneses ao Apocalipse o Senhor não aceita a soberba (adoração de si mesmo) e a idolatria (adoração de outros deuses). Por isso, a humildade, que leva ao reconhecimento de que precisamos de Deus, e a fé no Senhor são realçados na Bíblia.

Veja o que o Senhor falou para Gideão:

“E aconteceu naquela mesma noite, que o Senhor lhe disse: Toma o boi que pertence a teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derruba o altar de Baal, que é de teu pai; e corta o bosque que está ao pé dele. E edifica ao Senhor teu Deus um altar no cume deste lugar forte, num lugar conveniente; e toma o segundo boi, e o oferecerás em holocausto com a lenha que cortares do bosque. Então Gideão tomou dez homens dentre os seus servos, e fez como o Senhor lhe dissera; e sucedeu que, temendo ele a casa de seu pai, e os homens daquela cidade, não o fez de dia, mas fê-lo de noite.
Levantando-se, pois, os homens daquela cidade, de madrugada, eis que estava o altar de Baal derrubado, e o bosque estava ao pé dele, cortado; e o segundo boi oferecido no altar que fora edificado. E uns aos outros disseram: Quem fez esta coisa? E, esquadrinhando, e inquirindo, disseram: Gideão, o filho de Joás, fez esta coisa. Então os homens daquela cidade disseram a Joás: Tira para fora a teu filho; para que morra; pois derribou o altar de Baal, e cortou o bosque que estava ao pé dele. Porém Joás disse a todos os que se puseram contra ele: Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por ele contender ainda esta manhã será morto; se é deus, por si mesmo contenda; pois derrubaram o seu altar. Por isso naquele dia lhe chamaram Jerubaal, dizendo: Baal contenda contra ele, pois derrubou o seu altar” (Jz 7.25-32).

A segunda coisa que Deus procurou fazer na vida de Gideão foi exterminar com laços familiares que traziam maldição. Se próprio pai era um idólatra. Gideão destruiu o altar de Baal e o poste-ídolo.

Quando Deus chama a Gideão para libertar o povo de Israel, e lhe confirma esse chamamento mais tarde (Jz 7.18-19), a primeira coisa que Deus pede a Gideão que faça, não é montar um exército, fazer uma revolta armada e tomar o poder. Deus queria mostrar a Gideão a dimensão de um governo debaixo da mão dele que começaria pela restauração da adoração a Deus. Deus exige de Gideão que ele comece pela casa dele, a restaurar a adoração ao verdadeiro Deus, pois o povo havia se sujeitado aos deuses dos amorreus. Pediu para destruir o altar.

“Naquela mesma noite o Senhor lhe disse: Toma o boi de teu pai, a saber, o segundo boi de sete anos, e derruba o altar de Baal, que é de teu pai, e corta o poste-ídolo que está ao pé dele” (Jz 6.25).

Edifica ao Senhor teu Deus um altar no cume deste lugar forte, na forma devida, e toma o segundo boi, e o oferece em holocausto com a lenha que cortares do bosque”.

Assim que entendemos que existem coisas erradas erigidas em nossas vidas, precisamos nos dispor a destruí-las. Mesmo que isto nos custe muito e seja difícil.

 A idolatria fere o primeiro mandamento. Ela embota nossa visão e desvia o nosso olhar de Deus. Não há nada pior que a idolatria.

Há postes-ídolo ou altares que nos escravizam e precisam ser derrubados em nossas vidas?

Para que qualquer transformação ocorra à nossa volta, ela primeiro precisa ocorrer em nós!

 Deus restaurou assim a verdadeira adoração.

É preciso buscar o revestimento do Espírito e assumir a posição que o Senhor nos colocou 

"Mas o Espírito do Senhor apoderou-se de Gideão; e tocando ele a trombeta, os abiezritas se ajuntaram após ele" (Jz 6.34).

Revestimento de poder: Gideão é revestido de um poder que o ajuda em sua baixa autoestima. Este poder o capacita a ser instrumento do Senhor.

Naquele momento, quando o Espírito do Senhor vem sobre Gideão, ele torna-se a boca de Deus. Então ele toma o shophar e convoca o povo para a vitória. Novamente: um homem cheio da presença de Deus agora torna-se instrumento de juízo contra os inimigos do Senhor. Ele usa o shophar que é um instrumento de convocação do povo. É como se a voz do Senhor estivesse soando e chamando-os para serem participantes da sua tremenda vitória!

Deus vê a nossa fraqueza física, material ou social, como uma oportunidade para o seu agir. 

Assumindo a posição que o Senhor o colocou: ao tocar o Shophar, a trombeta, Gideão assume a posição de que o Senhor o colocou. Ele agora era o líder maior. Tanto que mais tarde, ele pede ao povo para dizer: “Pelo Senhor e por Gideão!”.

Este momento foi uma convocação para a guerra, uma guerra do Senhor.

É preciso ter a segurança de que é o Senhor está conosco

“E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste, Eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e toda a terra ficar seca, então conhecerei que hás de livrar a Israel por minha mão, como disseste. E assim sucedeu; porque no outro dia se levantou de madrugada, e apertou o velo; e do orvalho que espremeu do velo, encheu uma taça de água. E disse Gideão a Deus: Não se acenda contra mim a tua ira, se ainda falar só esta vez; rogo-te que só esta vez faça a prova com o velo; rogo-te que só o velo fique seco, e em toda a terra haja o orvalho. E Deus assim fez naquela noite; pois só o velo ficou seco, e sobre toda a terra havia orvalho” (Jz 6.36-40).

 Deus liberta assegurando-nos de Sua presença ao nosso lado (Jz 6.16).

 Esta certeza sempre esteve com os servos do Senhor:

 "Davi lograva bom êxito em todos os seus empreendimentos, pois o Senhor era com ele" (1 Sm 18.14).

 "Assim era o Senhor com Josué; e corria a sua fama por toda a terra" (Js 6.27).

O que faz diferença em nossa vida é a certeza da companhia do Senhor em qualquer situação. Ele teve que assegurar esta presença para libertar Gideão de seu medo e complexos.

Mediante a prova de expor um velo de lã ao orvalho no chão da eira, Gideão recebe duplo sinal de que Deus está com ele. Ele precisava dessa confiança e o Senhor lhe concedeu.

É preciso aprender a dar toda a glória e depender exclusivamente de Deus

 “Disse o Senhor a Gideão: O povo que está contigo é demais para eu entregar os midianitas em sua mão; não seja caso que Israel se glorie contra mim, dizendo: Foi a minha própria mão que me livrou” (Jz 7.2).

Quando achamos que foi por nós mesmos que conseguimos a vitória deixamos de ser gratos e de reconhecer o poder e amor de Deus em nossa vida. Quando isso acontece, podemos cair da graça e Deus pode reter Suas bênçãos.

Não é a quantidade e nem a capacidade e sim a dependência exclusiva de Deus que trará a vitória.

Eram 135 mil soldados do inimigo contra 32 mil soldados de Gideão. Mais ou menos quatro por um.

É possível que Gideão já se preparava para fazer uma reivindicação: “Senhor envie pelo menos mais 103 mil soldados. Assim será justo, pois teremos o mesmo número que o inimigo”.

O Senhor chama Gideão. Assunto em pauta: quantidade de soldados. Gideão começou a glorificar, a cantar por ter um Deus tão compreensivo e rápido no atendimento.

Só que ele cai para trás com o pedido do Senhor: “Gideão, 32 mil é muita gente! Vamos diminuir essa quantidade!”.

O Senhor mandou Gideão despedir os tímidos, medrosos, os confusos, os inseguros. Deus queria fazer algo grande, mas não podia contar com estes. E aí foram 22 mil de volta para suas casas! Só 10 mil ficaram.

 A segunda etapa foi despedir os descuidados (Jz 7.4-7). Eles foram descuidados, deram as costas para o inimigo. Numa segunda peneirada, Deus manda de volta outros 9700 homens que dobraram seus joelhos e lamberam a água de um riacho, sem toma-la nas mãos em concha para a beber. Talvez como símbolo de se manterem alertas.

 Enfim, sobraram 300 homens. Com estes, Gideão deveria ir contra os 135 mil midianitas.

Agora Gideão tinha que enfrentar o exército dos Amalequitas e Midianitas (Jz.7.12) só com 300 homens.

É preciso ter o discernimento e a garantia de que o Senhor já liberou a vitória para nós

“Naquela mesma noite disse o Senhor a Gideão: Levanta-te, e desce contra o arraial, porque eu o entreguei na tua mão.  Mas se tens medo de descer, vai com o teu moço, Purá, ao arraial; ouvirás o que dizem, e serão fortalecidas as tuas mãos para desceres contra o arraial. Então desceu ele com e seu moço, Purá, até o posto avançado das sentinelas do arraial.

 Os midianitas, os amalequitas, e todos os filhos do oriente jaziam no vale, como gafanhotos em multidão; e os seus camelos eram inumeráveis, como a areia na praia do mar.  No momento em que Gideão chegou, um homem estava contando ao seu companheiro um sonho, e dizia: Eu tive um sonho; eis que um pão de cevada vinha rolando sobre o arraial dos midianitas e, chegando a uma tenda, bateu nela de sorte a fazê-la cair, e a virou de cima para baixo, e ela ficou estendida por terra.  Ao que respondeu o seu companheiro, dizendo: Isso não é outra coisa senão a espada de Gideão, filho de Joás, varão israelita. Na sua mão Deus entregou Midiã e todo este arraial.  Quando Gideão ouviu a narração do sonho e a sua interpretação, adorou a Deus; e voltando ao arraial de Israel, disse: Levantai-vos, porque o Senhor entregou nas vossas mãos o arraial de Mídia” (Jz 7.9-15).

Gideão estava em uma causa que não era sua. Era uma guerra do Senhor. Nunca devemos entrar em um empreendimento sem ter a aprovação do Senhor.

Se o Senhor está à frente, então Ele dirá o que fazer.

O companheiro de Gideão interpretou o sonho como uma revelação mostrando um fato consumado: “Na sua mão Deus entregou Midiã e todo este arraial”.

Gideão creu e disse: “Levantai-vos, porque o Senhor entregou nas vossas mãos o arraial de Midiã”.

Essa convicção veio a Gideão porque o Senhor o havia curado dos complexos e medos.

 Essa convicção pode vir hoje para nós por um testemunho do Espírito em nosso espírito (Rm 8.16).

Essa convicção pode vir hoje para nós também através de uma revelação: sonho, visão, profecia. Foi assim que o Espírito se comunicou com Paulo através de uma visão para ele ir a Macedônia.

A importância de tratar o caráter 

Gideão foi preparado para a guerra. Havia urgência! Ele não teve o caráter tratado, por isso, foi vingativo, cheio de ira (Jz 8.4-17) e, no final, acabou sendo seduzido pelo ouro (Jz 8.24). Ele construiu um ídolo (estola sacerdotal) que levou de volta o povo a idolatria e um afastamento de Deus (Jz 8.34). 

Gideão superou seu complexo, mas como não teve o caráter tratado, até mesmo pela urgência de libertar o povo. O seu exemplo é negativo e serve de alerta hoje para os que querem apenas o poder e bênçãos, mas não se aplicam em ter o caráter de Cristo. 

Gideão faltou deixar esse legado para as gerações seguintes. 

No final, ele se deixou levar pela idolatria. Seu exemplo negativo levou o povo de volta à idolatria. 

A história de Gideão lembra o perigo que é colocar alguém na liderança que não teve ainda o caráter provado. Neste sentido, ele é um exemplo negativo.

Não deixou um bom legado. 

Veja o que diz a Bíblia: “É preciso que o coração e a mente de vocês sejam completamente renovados. Vistam-se com a nova natureza, criada por Deus, que é parecida com a sua própria natureza e que se mostra na vida verdadeira, a qual é correta e dedicada a ele” (Ef 4.23-24).

Ter o dom espiritual ou habilidades não significa necessariamente já ter o caráter aperfeiçoado. O fruto do Espírito é que vai revelar o caráter da pessoa. Devemos buscar o mesmo sentimento de Cristo Jesus: uma vida de amor, paz, alegria, mansidão, paciência, domínio próprio, solidariedade, misericórdia, fidelidade a Deus etc. 

Conclusão

Deus quer nos tratar, curar, capacitar e aperfeiçoar para sermos pessoas vitoriosas na vida diária e para que sejamos instrumentos de Seu amor e poder.

Nessa caminhada há passos a seguir: tratamento do nosso interior, retirada dos ídolos da nossa vida, capacitação do Espírito, certeza de que o Senhor está na frente dessa jornada.

Não é possível queimar etapas. Elas precisam ser cumpridas para sermos vitoriosos.

E você, em que etapa está?

 

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O legado de Paulo, Timóteo e Epafrodito

 

Você costuma ir só a igreja ou também procura participar de algum ministério?

Você costuma ser um bom cristão de verdade na igreja, mas também junto dos seus amigos e amigas?

Muitas pessoas procuram à igreja apenas para satisfazer necessidades imediatas sem um real compromisso com Cristo.

O verdadeiro cristão sempre faz algo pela obra de Cristo. Ele é um servo. Ele não pertence mais a esse mundo. Ele é um instrumento de Deus aqui.

O exemplo de Paulo, Timóteo e Epafrodito nos ensinam muito hoje. Eles deixaram um legado de excelência:

O cuidado, disponibilidade e sensibilidade de Paulo

O cuidado/interesse: Paulo tudo fazia pelas igrejas para elas serem supridas em suas necessidades: “Espero, porém, no Senhor Jesus mandar-vos Timóteo, o mais breve possível, a fim de que eu me sinta animado também, tendo conhecimento da vossa situação” (Fp 2.19).

A disponibilidade: Paulo também procura estar presente para fortalecer as igrejas: “E estou persuadido no Senhor de que também eu mesmo, brevemente, irei” (Fp 2.24)

Sensibilidade: Paulo sentia a dor do companheiro e da igreja: “Para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza” (Fp 2.27); “(...) mais me apresso em manda-lo, para que, vendo-o novamente, vos alegreis, e eu tenha menos tristeza”. (Fp 2.28).

O cuidado para com o que é de Jesus, disponibilidade e sensibilidade são marcas do discípulo de Cristo. 

A abnegação, dedicação e submissão de Timóteo

A abnegação: Timóteo sentia amor e sinceramente cuidava dos interesses da igreja: “(...) a ninguém tenho de igual sentimento que, sinceramente, cuide dos vossos interesses” (Fp 2.20).

Dedicação e submissão: Era servo e trabalhava como Corpo de Cristo: Serviu juntamente comigo como um filho ao pai: “Serviu ao Evangelho, junto comigo, como filho ao pai” (Fp 2.22).

A abnegação, dedicação e submissão são marcas do discípulo de Jesus.

A dedicação e doação de Epafrodito

Era um servo/dedicação: 

Era chamado de irmão;

Cooperador;

Companheiro de lutas;

Mensageiro;

E auxiliar nas necessidades (Fp 2. 25-26). 

Sua doação:

Ele chegou a estar disposto a dar a vida para ajudar nas necessidades de Paulo:“Se dispôs a dar a própria vida, para suprir a vossa carência de socorro para comigo” (Fp 2.30).

Paulo disse que devemos honrar  sempre pessoas como Epafrodito: “ Recebei-o, pois, no Senhor, com toda a alegria, e honrai sempre a homens como este” (Fp 2.29)

 A dedicação e doação são marcas do caráter de Cristo em nossas vidas.

Conclusão:

Quem é alcançado pelo Evangelho de Cristo tem sua vida transformada e passa a viver nos valores do Reino de Deus. Naturalmente, ele tem fruto em sua vida. O Espírito Santo forma seu caráter à semelhança de Cristo.

 Ele se torna um discípulo de Jesus e passa a ser um instrumento nas mãos de Deus.

 

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O legado de André

 

Você já conduziu alguém até Jesus?

Às vezes, temos alguém que nos prejudica e nos afasta da Igreja. Outros, porém dão aquela força e nos apoiam nas dificuldades.

Em nossa caminhada podemos encontrar algumas pessoas amigas que podem ser facilitadores e nos ajudar a abrir caminhos. Podemos também encontrar pessoas não amigas que podem bloquear a nossa caminhada.

Na vida espiritual, podemos ser também facilitador ou empecilho para o Reino de Deus.

 Você tem sido alguém que complica ou facilita as coisas para seus amigos e amigas?

Filipe é o exemplo daquele que vive na dimensão da carne não agindo na dimensão espiritual

 O nome Filipe tem origem na palavra grega philippos que significa "amigo dos cavalos". Indica uma pessoa com grande afinidade com a natureza, o esporte e também a vida militar, devido à sua capacidade de se adaptar a novas situações e desafios. Tem uma personalidade forte que mistura doçura e desejo de liderar.

Filipe era uma boa pessoa, mas que usava muito a razão. Isso foi um complicador em sua vida. Veja só:

Problema alimentar no encontro com Jesus: alimentar cerca de 10 mil pessoas. Só homens eram quase 5 mil (Jo 6.10).

Jesus viu a multidão e perguntou a Filipe para prová-lo: “onde compraremos pães para lhes dar de comer?” (João 6.5).

 Filipe usou apenas a razão, a máquina de calcular: “Não lhes bastariam duzentos denários de pão, para receber cada um o seu pedaço” (João 6.7).

Filipe revelou ser ótimo em cálculo, mas péssimo na dimensão espiritual. Não trouxe solução, ao contrário, sua resposta colocava um grande problema para Jesus. Ele não facilitou a vida de Jesus.

Se Jesus tivesse seguido o raciocínio de Filipe teria um grande problema pela frente. Mas Jesus entrou depois na dimensão espiritual e conseguiu o milagre da multiplicação dos pães.

Milagres só acontecem na dimensão espiritual. Dali vem a resposta certa e a ação de Deus.

Mais tarde, Filipe demonstraria que continuava agindo apenas na forma racional e não espiritual. Ele pediu a Jesus: “Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta” (João 14.8).

Essa pergunta foi uma decepção para Jesus, que lhe disse: “Filipe, há tanto tempo estou convosco e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (João 14.9).

Filipe é o exemplo de pessoa que vive na igreja, mas que não conhece a Jesus. Tem os olhos e entendimento espiritual bloqueados.

André: um exemplo de pessoa que sempre procura abrir caminho para encontrar uma solução

Nome que deriva do grego "andréas" que significa viril, corajoso. O André é uma pessoa inteligente, sólida e equilibrada. Otimista e de natureza afável e delicada. Dotado para a arte, contemplativo.

Valor de quem presta assistência: No basquetebol, voleibol e futebol tem sido realçado aquele que presta assistência a outro jogador para ele arremessar a bola.

Foi André quem levou seu irmão Pedro a Jesus:  Ele havia seguido a Jesus e procurou depois seu irmão Pedro e disse: achamos a Jesus, e o levou a Jesus. Pedro se tornou um discípulo de Jesus (Jo 1.40-41).

Foi André quem levou a Jesus a informação que trouxe a solução: “André, irmão de Simão Pedro, informou a Jesus: Está aí um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas isto que é para tanta gente?” (João 6.9).

André deixou um excelente legado.

Muitas missões hoje tem o nome de André.

 Aprendemos com essas histórias:

Devemos ter o cuidado para não sermos empecilhos na obra da Igreja ao só utilizarmos nossa lógica esquecendo da dimensão espiritual.

Devemos usar sempre a razão, mas a razão iluminada pelo Espírito, como diz Wesley. Assim encontraremos soluções para os desafios e dificuldades. 

Devemos ter o cuidado de só colocarmos nos ministérios de liderança pessoas que caminham na dimensão da fé 

Foi o que a Igreja primitiva fez para colocar pessoas no Ministério da Diaconia: “Escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço” (At 6.3). 

Devemos estar atentos, pois o Senhor pode provar a nossa fé colocando desafios diante de nós. 

Um problema difícil que surge é também uma oportunidade de Deus agir e a sua glória ser revelada. Foi assim com a morte de Lázaro e é assim também hoje.

Em vez de murmurarmos devemos exercitar a nossa fé. Lembre-se de que Deus tem sempre o melhor pára nós.

Devemos estar disponíveis para levar as pessoas a conhecerem Jesus

Quem tem experiência com Jesus, quer que outras pessoas também o conheçam, pois nele está a vida. Foi assim com André levando Pedro até Jesus. 

Devemos colocar o que temos diante do Senhor para encontrarmos solução para os problemas e assim a Igreja e a multidão serem abençoadas; 

O que temos colocado diante do Senhor como solução para as dificuldades e problemas que surgem na igreja e na vida das pessoas? 

Coloque teus talentos, teus serviços, tua vida. 

Devemos crer que em Deus há sempre uma solução. 

Não subestimemos ao Senhor. Ele pode todas as coisas. Nosso Deus é o Deus do impossível. Ele pode fazer além do que pedimos ou pensamos. 

O pouco que colocarmos nas mãos do Senhor será transformado no melhor e trará abundância que nos irá saciar. Deus usa pequenas coisas para realizar grandes milagres. Lembre-se disso. Foi assim com os pães e peixinhos e é assim também hoje nas pequenas coisas. 

Lembre-se ainda de que o poder de Deus se aperfeiçoa na fraqueza. Quanto mais dependentes que formos do Senhor mais Ele poderá agir através de nós.

Quem facilita as coisas para o Reino dos Céus é amigo de   Deus e por isso é abençoado por Ele

História do centurião que pediu para Jesus curar seu servo que estava doente. Os anciãos dos judeus disseram para Jesus ir, pois ele “é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga” (Lc 7.5-6). O texto diz logo a seguir: “Então, Jesus foi com eles”.  

A Bíblia diz que Abraão era amigo de Deus: “Meu amigo” (Is 41.8). 

Seja amigo de Deus e um assistente ou facilitador para o Reino de Deus. 

Siga os exemplos daqueles que deixaram grandes legados na Bíblia. 

 

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O legado de Neemias

 

 Você sente que Deus está presente quando quer fazer algo importante tipo escolher um namorado ou namorada? 

Você apenas informa a Deus depois que fez algo ou é aquele que ora antes pedindo a Sua ajuda e a Sua direção? 

Deus é quem dirige sua vida ou você acha que não precisa de ajuda? 

Vamos aprender como agir e fazer a vontade de Deus com Neemias. A sua história nos ensina muito. 

Neemias era filho de Hacalias e irmão de Hanani; era copeiro do rei persa Artaxerxes, e, posteriormente, foi governador dos judeus, reconstrutor da muralha de Jerusalém e escritor do livro bíblico que leva seu nome (Ne 1.1, 2, 11; 2.1; 5.14, 16).

Durante o 20º° ano do Rei Artaxerxes, no mês de quisleu (novembro-dezembro), Neemias, enquanto estava no castelo de Susã, recebeu visitantes, seu irmão Hanani e outros homens de Judá. Ao lhes perguntar, falaram-lhe sobre os grandes apuros dos judeus, e que a muralha e os portões de Jerusalém ainda estavam em ruínas. Neemias sensibilizou-se e chorou. Por dias seguidos ele chorou continuamente jejuando e orando. Confessou o pecado de Israel, e suplicou a Deus ‘fazê-lo objeto de misericórdia’ diante do Rei Artaxerxes, para que seu plano de reconstruir a muralha de Jerusalém fosse bem-sucedido (Ne 1).

Mais tarde, as orações de Neemias foram respondidas. O rei notou a face sombria de Neemias e perguntou sobre o motivo disso. Neemias informou-o então sobre o estado lastimável de Jerusalém. Quando lhe foi perguntado o que procurava obter, Neemias, orando imediatamente a Deus, solicitou permissão do rei para retornar e reconstruir Jerusalém. O pedido lhe foi concedido. Além disso, Neemias recebeu cartas do rei, dando-lhe o direito de livre passagem através das regiões sob a jurisdição de governadores ao Oriente do rio Eufrates e concedendo-lhe também suprimentos de madeira para o projeto. Ele partiu para Jerusalém acompanhado por chefes da força militar e cavaleiros (Ne 2.1-9).

Neemias, porém, não agradou aos inimigos que queriam ver o povo de Deus unido trabalhando em prol de um único objetivo a reedificação do muro e se encheram de ira e com palavras de desânimo procuravam enfraquecer o coração do povo. 

Deus, contudo, foi com Neemias e lhe deu vitória. Nessa história aprendemos que Deus age em nossas vidas, mas nós temos que fazer a nossa parte.

A nossa parte: devemos nos consagrar e buscar o Senhor de todo coração

Neemias era uma pessoa que jejuava e orava (Ne 1.4). 

Sua sensibilidade e solidariedade eram grandes. Ele ficou triste em saber da situação caótica de seus irmãos em Jerusalém (Ne 1.3). Neemias não ficou parado. Ele intercedeu ao Senhor pelo povo de Deus (Ne 1.6). 

Reconheceu o pecado da infidelidade contra Deus do Seu povo (Ne 1.7); 

Neemias agiu de forma sábia. Ele pediu autorização ao rei para ir reconstruir os muros de Jerusalém (Ne 2.4-5). 

Ele liderou toda reconstrução do muro durante 52 dias.

A providência de Deus na vida de quem é servo

Deus só pode agir na vida de quem é servo... 

Faz parte do caráter do servo a humildade, amor, fidelidade a Deus, estar à disposição de Deus para servir, desprendimento, dedicação, compromisso... 

Deus é nosso aliado em nossa caminhada 

Ele é um Deus que age convencendo as pessoas em nosso benefício. Quando Neemias disse ao rei que ele desejava reconstruir o muro de Jerusalém, ele concedeu e nisso reconheceu a mão de Deus: “o rei deu autorização porque a boa mão de Deus era comigo” (Ne 2.8,18). 

1 Pedro 3.12: “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos à sua oração. O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades, em glória!”. 

Deus coloca em nosso coração o que devemos fazer 

Ele é um Deus que coloca em nosso coração o que falar e fazer. 

O correto não é dizer “tive uma boa ideia” e sim:  “Meu Deus me pusera no coração para eu fazer em Jerusalém” (Ne 2.12). 

Mais tarde ele diria: “O meu Deus me pôs no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo, para registrar as genealogias” (Ne 7.5). 

Paulo diz assim: “Deus é quem efetua em voz o querer e o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13). 

Deus é quem nos dá a vitória 

A expressão “consegui” você não se encontra na boca dos servos e servas de Deus e sim:  “graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de Jesus Cristo...”. 

Quando seus inimigos zombaram e desprezaram os judeus, Neemias fez sua parte expressando sua fé e disse: “O Deus dos céus é quem nos dará bom êxito” (Ne 2.20); 

Neemias foi desprezado e seus inimigos disseram que apenas uma raposa poderia derrubar o muro que estava sendo erguido e ficaram irados, mas eles se uniram e Neemias mostrou sua fé dizendo:  “No lugar em que ouvirdes o som da trombeta, para li acorrei a ter conosco; o nosso Deus pelejará por nós” (Ne 4.20). 

Enfim, Deus agiu, mas Neemias fez a sua parte. 

Deus age, mas devemos fazer também a nossa parte. 

Neemias teve o livre-arbítrio. Poderia dizer não ou desistir diante das dificuldades e nem quando os adversários de Neemias o desprezaram e maquinaram contra ele: 

Neemias foi até o Tribunal do Supremo Juiz para ele julgar a sua causa: “Ouve, ó nosso Deus, pois estamos sendo desprezados, caia o seu opróbrio sobre a cabeça deles, e faze que sejam despojo numa terra de cativeiro” (Ne 4.4). 

Neemias fechou as brechas: “Assim edificamos o muro; e todo o muro se completou até a metade da sua altura; porque o coração do povo se inclinava a trabalhar” (Ne 4.6). 

“(...) ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que já as brechas se começavam a fechar” (Ne 4.7). 

Neemias foi determinado: “Olhei, levantei-me, e disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Não os temais! Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas” (Ne 4.14). 

Neemias teve profundo discernimento espiritual e não foi enganado: “Então percebi que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra mim, porque Tobias e Sambalate o subornaram” (Ne 6.12). 

Os inimigos, então, viram que Deus tinha frustrado o desígnio deles (Ne 4.15).

Conclusão

Neemias se destacou como exemplo de fidelidade e devoção. Era altruísta, abandonando uma posição de destaque como copeiro na corte de Artaxerxes para empreender a reconstrução das muralhas de Jerusalém. Visto haver muitos inimigos, Neemias se expôs ao perigo a favor do seu povo. 

Neemias mostrou ser uma pessoa que tinha temor de Deus. Embora impusesse vigorosamente a lei de Deus, não era prepotente sobre os outros para fins egoístas, mas mostrava preocupação com os oprimidos. Nunca exigiu o pão devido ao governador. Antes, fornecia alimentos para um considerável número de pessoas às suas próprias custas.

Podemos empregar os mesmos métodos de Neemias para vencermos os obstáculos na obra espiritual.

Neemias deixou um excelente legado.

 

 

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O legado de Jacó

 

Ah! quem não sonha com uma boa profissão?

Quem não sonha em ter um amor que lhe faça feliz?

Mas preste atenção: Os sonhos que vêm de Deus é que se realizam.

A história de Jacó nos ensina como ser vitorioso na vida sentimental, profissional e nos relacionamentos com as pessoas raivosas

Os sonhos não são alcançados sem luta e sem a mão de Deus

Veja o que aconteceu com Jacó. Ele teve sonhos, mas teve também lutas.

Ele foi passado para trás: - “Mas vosso pai me tem enganado, e dez vezes mudou o meu salário; Deus, porém, não lhe permitiu que me fizesse mal” (Gn 31.7).

Oposição: “Vejo que o rosto de vosso pai para comigo não é como anteriormente; porém o Deus de meu pai tem estado comigo” ( Gn 31. 5).

Mão de Deus: “Se o Deus de meu pai, o Deus de Abraão e o Temor de Isaque não fora por mim, certamente hoje me mandarias embora vazio. Mas Deus tem visto a minha aflição e o trabalho das minhas mãos, e repreendeu-te ontem à noite” (Gn 31.41).

Às vezes, temos que retroceder estrategicamente:

“Disse o Senhor, então, a Jacó: Volta para a terra de teus pais e para a tua parentela; e eu serei contigo” (Gn 31.3).  

Não podemos desanimar com as circunstâncias negativas

Jacó teve sofrimento físico: “Assim andava eu; de dia me consumia o calor, e de noite a geada; e o sono me fugia dos olhos” (Gn 31.40).

Sofrimento sentimental e profissional: “Estive vinte anos em tua casa; catorze anos te servi por tuas duas filhas, e seis anos por teu rebanho; dez vezes mudaste o meu salário”.

Sofrendo prejuízo: “Não te trouxe eu o despedaçado; eu sofri o dano; da minha mão requerias tanto o furtado de dia como o furtado de noite” (Gn 31.39).  

Devemos andar na integridade e no tempo de Deus

Perseverar mesmo que demore. Esperar o tempo de Deus: “Estes vinte anos estive eu contigo” (Gn 31.39).

 Mesmo no prejuízo manter-se honesto: “...as tuas ovelhas e as tuas cabras nunca abortaram, e não comi os carneiros do teu rebanho” (Gn 31.39).

Devemos lutar com garra pela nossa benção

Ao passar o vau de Jaboque com sua família, Jacó ficou só...

“Jacó, porém, ficou só; e lutava com ele um homem até o romper do dia. Quando este viu que não prevalecia contra ele, tocou-lhe a juntura da coxa, e se deslocou a juntura da coxa de Jacó, enquanto lutava com ele. Disse o homem: Deixa-me ir, porque já vem rompendo o dia. Jacó, porém, respondeu: Não te deixarei ir, se me não abençoares. Perguntou-lhe, pois: Qual é o teu nome? E ele respondeu: Jacó.

Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; porque tens lutado com Deus e com os homens e tens prevalecido. Perguntou-lhe Jacó: Dize-me, peço-te, o teu nome. Respondeu o homem: Por que perguntas pelo meu nome? E ali o abençoou” (Gn 32.24-29).

Colocou o nome do lugar como Peniel: Porque tenho visto Deus face a face, e a minha vida foi preservada. 

Deus estará constantemente conosco e mudará nossas circunstâncias negativas

Nossa determinação, fidelidade a Deus e integridade trarão recompensa:

Inimigos serão sensibilizados: “Labão lhe respondeu: Se tenho achado graça aos teus olhos, fica comigo; pois tenho percebido que o Senhor me abençoou por amor de ti” (Gn 30.27).

Deus multiplicará nosso trabalho:  “Ao que lhe respondeu Jacó: Tu sabes como te hei servido, e como tem passado o teu gado comigo.Porque o pouco que tinhas antes da minha vinda tem se multiplicado abundantemente; e o Senhor te tem abençoado por onde quer que eu fui. Agora, pois, quando hei de trabalhar também por minha casa?” (Gn 30.29-30).

Os anjos estarão em nosso caminho: “Jacó também seguiu o seu caminho; e encontraram-no os anjos de Deus. Quando Jacó os viu, disse: Este é o exército de Deus. E chamou àquele lugar Maanaim” (Gn 32.1-2).

 As circunstâncias ameaçadoras serão revertidas: “Levantou Jacó os olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele” (Gn 33.1).

Jacó se humilhou diante de Esaú e as barreiras foram quebradas...”. Mas ele mesmo passou adiante deles, e inclinou-se em terra sete vezes, até chegar perto de seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, abraçou-o, lançou-se-lhe ao pescoço, e o beijou; e eles choraram” (Gn 33.3-4).

Ele havia feito um pedido ao Senhor que cumpriu: “Livra-me, peço-te, da mão de meu irmão, da mão de Esaú, porque eu o temo; acaso não venha ele matar-me, e a mãe com os filhos” (Gn 32.11).

Nossos sonhos serão realizados na dimensão do espírito

Num sonho vi...dimensão do espírito: “De modo que Deus tem tirado o gado de vosso pai, e mo tem dado a mim. Pois sucedeu que, ao tempo em que o rebanho concebia, levantei os olhos e num sonho vi que os bodes que cobriam o rebanho eram listrados, salpicados e malhados. Disse-me o anjo de Deus no sonho: Jacó! Eu respondi: Eis-me aqui” (Gn 31.9-10)

O Senhor responderá nosso clamor: “Prosseguiu o anjo: Levanta os teus olhos e vê que todos os bodes que cobrem o rebanho são listrados, salpicados e malhados; porque tenho visto tudo o que Labão te vem fazendo” (Gn 31.11-12)

Deus se lembrará de nosso voto: “Eu sou o Deus de Betel, onde ungiste uma coluna, onde me fizeste um voto; levanta-te, pois, sai-te desta terra e volta para a terra da tua parentela” (Gn 31.9-13).

Conclusão

Toda grande benção sempre veio após lutas, perseverança e fidelidade a Deus.

Foi assim com todos servos e servas como Abrahão, Jacó, Moisés, Davi, Gideão, Paulo...Wesley, Lutero, Martin Luther King, Nelson Mandela etc...

Foi assim como pessoas simples como a Mulher de Cananéia, a mulher com hemorragia, o aleijado que esperava o mover da água etc.

Hoje ainda é assim. Devemos caminhar no equilíbrio sabendo das dificuldades, mas caminhar também na esperança porque o nosso Deus é o mesmo de Abrahão, Isaque e Jacó...

Jacó passou por lutas imensas, mas foi vitorioso na vida profissional, sentimental e espiritual.

Ele deixou esse legado para todos nós.

 


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[1] https://nativa1013.com.br/site/noticias/o-legado-de-cada-um-de-nos-e..

[2] https://biblia.pt/legados

[3] www.significados.com.br/legado/

[4]www.ideiraphilly.com/2019/06/17/deixando-um-legado-para-os-nossos-filhos

[5] www.apologeta.com.br/rei-jeorao/

[6] https://www.pastorantoniojunior.com.br/.../como-deixar-um-legado-duradouro

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