Baseado
na vida e ministério de Stanley Jones e nos comentários de Wesley
Odilon Massolar
Chaves
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Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor
metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista
de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento
metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma
para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial
metodista e coordenador de Curso de Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio
público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da
Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.
Rio de Janeiro – Brasil
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“Não
adianta fazer caridade, mitigar a fome e a sede físicas, se falharmos no
aspecto fundamental do cristianismo, que é salvar vidas com o poder do céu e a
água da vida, Jesus Cristo”.
Stanley
Jones [1]
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Índice
·
Introdução
·
Quem foi Stanley Jones
·
Como haver uma real conversão
·
A “modernidade líquida”
·
A resistência do cristão
·
Três movimentos no processo das conversões
·
O novo nascimento é apenas o início
·
Chamados a dar frutos
·
Quebrando barreiras para uma entrega ao Senhor
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Introdução
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O
livro “A real conversão em nossos dias” é um livro de 44 páginas que trata de
um tema extremamente necessário.
Vivemos
em um tempo que falar em conversão é considerado coisa dos antigos, do passado.
Hoje
está havendo muitas adesões e não reais conversões. As pessoas se transferem de
uma Igreja para outra. Estamos falando especialmente sobre a realidade
brasileira.
Tudo
indica que muitos líderes cristãos tem tido dificuldades em pregar para haver
uma real conversão. Pregamos sobre tudo, menos sobre aceitar ou crer em Jesus
como Senhor e Salvador.
Em
seu tempo, João Wesley pregava especialmente sobre a justificação pela fé,
sobre Jesus, que morreu pelos nossos pecados. Os pastores e missionários
antigos também pregavam sobre a fé em Jesus.
Vamos
recorrer a Stanley Jones, que foi missionário metodista na Índia durante mais
de 50 anos. Foi amigo pessoal de Mahatma Gandhi, maior líder que a Índia teve.
Vamos recorrer ao seu livro “Conversão”.[2]
Stanley
Jones foi autor de diversos livros vendendo mais de 3,5 milhões de cópias que
foram traduzidos para 30 idiomas.
Este
livro deseja despertar nos leitores sobre a necessidade de pregarmos sobre
Jesus, nosso Senhor e salvador.
O
livro dá algumas pistas do caminho a seguir.
Baseado
em Stanley Jones, este livro deseja dar orientações sobre como haver conversões
a Jesus em nossos dias.
O
Autor
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Quem
foi Stanley Jones
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Eli Stanley
Jones (1884-1973) nasceu em Baltimore, Maryland, em 3 de janeiro de 1884 e
faleceu aos 89 anos em 25 de janeiro de 1973, na Índia.
Seu pai era
alcoólatra. Com cinco anos, Jones começou a frequentar a Escola Dominical da
Igreja Episcopal Metodista. Foi profundamente convertido
Pensava ser
advogado, mas aos 23 anos foi como missionário metodista para a Índia, onde
esteve por mais de 50 anos. Foi ainda missionário na China.
Em 1938, a revista
Time chamou Stanley Jones de “o maior evangelista missionário do mundo”.
Para outros, foi o maior missionário cristão desde o apóstolo Paulo.
Em
1959, Stanley Jones foi nomeado pela Igreja Metodista “missionário
extraordinário”. Ele foi chamado de “conciliador” por causa de seus
esforços na Birmânia, Coreia e no Congo Belga, entre a China e o Japão, entre o
Japão e os Estados Unidos.
Este esforço de
contextualizar o cristianismo para a Índia foi o tema de sua obra “O Cristo da
estrada indiana”, que vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo após a
sua publicação em 1925.
Foi educado em
escolas de Baltimore e estudou no colégio metodista Asbury College.
Em1907 foi como
missionário metodista para a Índia onde esteve por mais de 50 anos. Foi ainda
missionário na China.
“E. Stanley
Jones marcou a história de missões”[3]
e foi considerado o missionário extraordinário do século XX.
Em 1911, casou-se
com uma colega missionária, Mabel Lossing, com a qual teve uma filha, Eunice,
que veio a se casar com um bispo metodista norte-americano.[4]
Amigo
de Mahatma Gandhi
Stanley Jones
marcou gerações, sendo inclusive, amigo de Mahatma Gandhi. "Como amigo de
Gandhi, escreveu sua biografia, a qual influenciou os métodos pacifistas de
Martin Luther King Jr".[5].
O próprio Luther King fez esta declaração. O livro sobre Gandhi se chama
"Gandhi"
Gandhi desafiou
Stanley Jones a influenciar os missionários para terem mais respeito pelo povo
indiano e foi elogiada por Gandhi por seu método de ensino.
Stanley Jones escreveu The Christ of the
Indian Road (O Cristo da estrada indiana) em 1925.
Foi escrito uma época em que o nacionalismo
indiano estava em ascensão.
Ele reafirmou a importância da cultura indiana,
sua liberdade, sua independência do domino britânico. Ele afirmou: “O
Cristianismo deve ser definido como Cristo, não o Antigo Testamento, não a
civilização ocidental, nem mesmo o sistema construído em torno dele no
Ocidente, mas o próprio Cristo, e para ser cristão é segui-lo ... Cristo deve
estar em um ambiente indiano. Deve ser o Cristo da estrada indiana ... Cristo
não deve parecer um guerrilheiro ocidental ...”.[6]
Fundou
o primeiro Asham cristão
Stanley Jones
fundou o primeiro Asham cristão.[7]
Foi uma muito
bem-sucedida estratégia missionária de grupos pequenos.
“Em 1930, Jones criou seu ashram cristão.
Naquele período de consciência nacional, na qual o cristianismo fundado por
missionários parecia estranho em estilo e simpatia, o ashram cristão era para
colocar o movimento cristão no centro da vida nacional e evangeliza-lo. O
ashram deveria ser verdadeiramente cristão e verdadeiramente indiano. Conforme
Jones pensava sobre isso, o ashram era para ser uma contínua comunidade local
de convivência”.[8]
O Espírito Santo
Um dos textos mais
citados de Stanley Jones fala sobre a necessidade do Pentecostes:
“Não vejo nada, absolutamente nada, que possa
tirar a Igreja de trás das portas trancadas senão um Pentecoste. Podeis
aumentar a beleza do seu ritual, melhorar a qualidade e a quantidade de sua
educação religiosa; elevar o padrão e as qualificações do seu ministério ao
mais alto grau; despejar dinheiro a mancheias nos seus gazofilácios, dar-lhe,
enfim, tudo, tudo menos esta única coisa que o Pentecoste dá, e estareis apenas
ornamentando um cadáver. Até que este fato sagrado se dê, a pregação é simples
preleção, a oração é apenas repetição de fórmulas, os cultos deixam de ser
culto, tudo não passa de atividade terrena, circunscrita, inadequada,
morta"[9].
Pelo menos, duas
vezes, Stanley Jones esteve no Brasil, na década de 20 e 60. Em Campinas,
"dia 13 de julho de 1928 o Curso teve o prazer de uma visita do Rev.
Stanley Jones, missionário-evangelista da Igreja Metodista na Índia".[10]
Na década de
sessenta, esteve no Rio de Janeiro e em São Paulo em um Ministerial da Igreja
Metodista.
Seu livro Jesus
é Senhor é resultado das suas palestras no Brasil. Duncan A. Reily disse:
" (...) onde efetuou extraordinários movimentos de evangelização e
avivamento espiritual".[11]
Stanley
Jones pregou mais de 60 mil sermões e escreveu 28 livros, os mais conhecidos
no Brasil foram: "Jesus é Senhor"; "Cristo e o sofrimento
humano"; "O Caminho"; "A Conversão"; "O Cristo de
todos os caminhos"; "Quando a tristeza chega" etc.
A
conversão
Na conversão,
Stanley Jones utiliza categorias psicológicas e diz que “uma nova vida é
introduzida na alma; nascemos de novo, mas é possível haver uma luta interna
pelo fato do “subconsciente não estar convertido”.[12]
É preciso também,
diz ele, que o Espírito Santo tome posse do subconsciente para que haja só a
direção do Espírito e não dos impulsos do ego, do sexo e da herança.
Assim, não somente
a parte consciente, mas também o inconsciente precisa ser restaurado e
dominado, caso contrário, os impulsos irão querer assumir o controle e a
direção.
Ele tem uma
explicação mais moderna para essa questão: “A paixão da carne é o subconsciente
não convertido. Os três impulsos diretivos residem no subconsciente: o ego, o
sexo e a herança. Tais impulsos, através de propensões inatas e do hábito
racial, querem completar-se, realizar-se, efetivar-se separados da nova vida do
Espírito e, às vezes, em contrário a essa nova vida”.[13]
Stanley Jones
disse ainda: “Se o Espírito Santo pode assumir o
controle do subconsciente com nosso consentimento e cooperação, então temos o
poder onipotente trabalhando na base de nossas vidas, então podemos fazer
qualquer coisa que devemos fazer, ir a qualquer lugar que devemos ir e ser tudo
o que devemos ser estar”.[14]
Ele faz um
lembrete: “Quando a Igreja escuta o Espírito Santo, ela se torna
fecunda. Novos movimentos nascem”.[15]
Billy Graham da
Índia
Foi considerado o
"Billy Graham da Índia". Foi o fundador do movimento cristão do
Ashram.
No reconhecimento
do seu valor chegou-se a colocar para ele um título: “Stanley Jones, o grande
missionário protestante, conhecido como "o cavaleiro do Reino de
Deus"[16].
Ele também foi
chamado do "Apóstolo de Cristo na Índia". Em 1963 recebeu a medalha
Gandhi Peace Award.[17]
Na África era
chamado de “O Reconciliador” e chegou a ser indicado algumas vezes
para ganhar o Prêmio Nobel da Paz por seu trabalho de reconciliação na
Ásia, na África, e entre o Japão e os E.U.A”.[18]
Por fim, ele é reconhecido
como “um dos maiores pregadores evangélicos da história”[19].
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Como
haver uma real conversão
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Stanley
Jones em seu livro “Conversão” aborda sobre a importância do “como” na conversão.
Como
acontece a conversão?
Stanley
começa citando a afirmação de um leigo e a pergunta de uma menina do Congo
Belga. O leigo afirmou que o ministro sabia tudo sobre o cristianismo, mas não
sabia fazer de uma pessoa um cristão.
Stanley
Jones disse que o leigo estava certo.
Sabemos
muito sobre "O que?", "Quando?", "Onde?",
"Por quê?", e "Para quê?", mas sabemos pouco como realizar
o “Como?”.
E
ele afirma que desta lista a mais importante é "Como?".
Somos
fracos em compreender o "como?”.
Respondendo
à pergunta de uma menina do Congo Belga sobre como se tornar um cristão,
Stanley Jones disse para ela que bastava ela somente: “Você”.
Mas
depois conclui: “É verdade, mas talvez seja necessária elaboração”.
Ele
afirma que há passos, etapas, até a entrega do "você".
Resumidamente,
citamos as cinco etapas necessárias:
1)
A etapa da aproximação. Esta é a etapa experimental.
2)
A etapa da decisão de se dar a alguém.
3)
Etapa da entrega - você realmente faz a entrega interior a outra pessoa.
4)
Etapa de ser livre para receber da outra pessoa.
5)
Etapa do ajuste. Há um ajuste contínuo e mútuo de mente a mente, vontade a
vontade, e de ser a ser através dos anos.
E
Stanley Jones concluiu: Aplique estes passos ao encontro de uma relação
salvadora com Cristo.
Sobre
a etapa de aproximação, ele disse: É uma etapa que pode estender-se por anos,
ou pode abreviar-se em um tempo curtíssimo.
É
verdade!
Quantas
pessoas demoram um longo tempo para tomar uma decisão.
Lembro
que no passado, os pastores faziam apelo para quem desejasse tomar o “primeiro
passo”. Como criança, eu não entendia porque era necessário um “primeiro
passo”. Para mim, deveria ser uma conversão instantânea, radical.
Certamente,
seguiam a orientação de Stanley Jones.
Havia
pessoas que davam várias vezes o “primeiro passo” e nunca saiam disso.
O
“como” realmente não é fácil especialmente em nossos dias que vivemos um tempo
de superficialidade, rapidez, tecnologia.
Mas
lembro de uma conversão rápida, em Teresópolis onde fui pastor.
Havia
um casal muito simples que morava ao lado do templo. Seu Mário nunca ia à
Igreja. Sua esposa era dedicada e não faltava nenhum culto.
Eu
via sempre seu Mário chegando de tardinha fumando. Quando a fumaça do cigarro
subia ao lado do templo eu via que ele estava chegando do trabalho.
Um
dia num culto tive uma imensa surpresa. Seu Mário estava no culto bem atento a
tudo que acontecia. No final do culto fiz um apelo para quem desejava entregar
sua vida a Jesus.
A
surpresa maior foi ver seu Mário logo saindo do banco chorando e indo até o
altar entregando sua vida a Jesus.
Depois,
ele disse que viu Jesus no altar de braços abertos esperando-o chegar até o
altar.
A
ação do Espírito Santo é fundamental para acontecer o “como”. É o Espírito quem
convence do pecado. É o Espírito Santo quem toca em nosso interior, transforma
nossa mente, esperta para o mundo espiritual.
E
a Igreja Metodista de Teresópolis vivia nessa época um grande mover do Espírito
Santo com a manifestação dos dons espirituais. Em três anos, foram recebidas
141 pessoas como membros. Uma grande parte foi liberta de opressão, de vícios,
do pecado, de demônios.
O
Espírito Santo faz toda a diferença para acontecer o “Como”.
Também
fui pastor na Central (Catedral) de Niterói por dois anos. Também havia um
grande mover do Espírito Santo na Igreja. Nesses dois anos, foram recebidas 627
pessoas e abertas duas congregações que nesse tempo logo se tornaram igrejas
organizadas.
Reafirmo
que o Espírito Santo faz toda a diferença.
Stanley
Jones comenta sobre o estágio da decisão - fase em que você interiormente
decide ser dEle. Às vezes seus motivos e seus métodos de chegada à decisão
podem ser mistos.
Ele
lembra da pobreza de uma jovem na Índia que jogou uma moeda para o alto e
decidiu se entregar a Cristo porque deu “cara” como ela queria.
Por
outro lado, a imensa graça de Deus nos alcança. Os pensamentos de Deus não são
os nossos pensamentos.
A
graça que alcançou o apóstolo Paulo no caminho de Damasco, quando ele perseguia
aos cristãos e o transformou em apóstolo aos gentios, também alcança muitos
outros nos dias de hoje.
Stanley
Jones aborda a etapa seguinte dizendo que “Você completa a decisão - você
realmente entrega sua vida a Cristo”.
Como
se faz isto?
Ele
compara essa entrega como a relação de um casal:
“Você
toma a consciência e decisão de que "Pertenço àquela pessoa".
Para
ele, “ninguém está livre. Somos livres somente para escolher nossos senhores.
Cristo ou qualquer outra coisa nos governará”.
Em
encontros de casais muitos costumam dizer “Eu sou José de Maria ou “Eu sou
Joana do Mário”.
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A
“modernidade líquida”
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A
questão hoje é que temos muitos senhores governando nossa vida.
Especialmente,
a mídia, os meios de comunicação, as redes sociais.
Incluímos
também a ideologia, partidos políticos, etc.
Fico
impressionado em nossos dias em que uma grande quantidade de líderes
evangélicos fala de tudo nas redes sociais, menos do amor a Jesus.
Vivemos em um tempo em que há uma grande força para
destruir a tradição e os valores cristãos, bem como a Igreja e a família.
O sociólogo marxista polonês Zygmunt Bauman desenvolveu a expressão “modernidade líquida” que foi criada por Karl Marx e Engels. Para eles, a modernidade se caracteriza como o processo histórico que derretia todas as instituições de outras épocas, como a família, a comunidade tradicional e a religião.[20]
Segundo Zygmunt Bauman, a antiga geração se
caracterizava pela sua solidez com seu conjunto fixo de valores. Já o tempo
atual (modernidade líquida) é caracterizado pela grande possibilidade de
adaptações e pela instabilidade.
“A modernidade líquida, portanto, se
caracteriza por uma sociedade e um tempo onde tudo é volátil e adaptável. Se
contrapõe à década anterior, a modernidade sólida, onde a sociedade era
ordenada, coesa, estável e previsível”.[21]
O fato é que o ser humano hoje se tornou prisioneiro da angústia, já que existe à sua frente um universo de possibilidades. Fica difícil escolher a melhor opção. Assim vivemos numa geração depressiva e com alto índice de suicídio.
Dentro da desconstrução da família está a
“Ideologia de gênero”.[22]
A ideia de desmanchar a sociedade sólida
Karl Marx no “Manifesto Comunista” disse:
“tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que
era sagrado é profanado”. Para eles, a tradição atrapalha o desenvolvimento.
Assim é preciso quebrar a tradição.
A sociedade líquida promete aventura, poder,
alegria, transformação, mas com isso ameaça destruir tudo que temos, tudo que
somos, tudo que sabemos.
Afirmam que é preciso descongelar essa sociedade
que está pesada, rígida que impede o avanço da ciência. Defendem que não
podemos estar presos a nada. Hoje tudo deve ser rápido para haver mobilidade
nas ideias, nas crenças, etc.
Na realidade, “o ser humano destes tempos líquidos
é inseguro, intranquilo, e busca incessantemente algo que não sabe o que é”.
Por isso, vive angustiado.
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A resistência do cristão
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Como ser cristão em uma sociedade que quer acabar
com a tradição cristã?
Como enfrentar a Mídia com seus desmanches da
família tradicional?
Vivemos
tempos de provação. Para isso, é preciso se fortalecer e estar alerta:
“E não vos conformeis com este mundo” (Rm 12.2).
É
preciso discernimento e lutar como um profeta fiel para manter o ensino de
Cristo: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de
filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8).
É
preciso resistir. Uma das características mais fortes da tradição é a
resistência. É também preciso ser vigilante, ter uma firme fé, ser forte e
corajoso (1Co 16.13).
Sim,
é preciso realmente pertencer a Cristo. É preciso Jesus viver em nós (Gl 2.20).
Na
quarta etapa, Stanley Jones diz que “Uma vez que você se deu a Cristo, você por
esse meio é encorajado a receber de Cristo o perdão, a graça, o poder, o amor,
tudo, especialmente Ele mesmo. A ênfase está "nEle", pois quando você
O tem, você tem perdão, graça, poder, amor, tudo”.
Ele
lembra a relação num casamento: "Quando duas pessoas estão realmente
casadas, elas fazem seus votos. Os céus não abrem, mas elas creem no que
disseram e fizeram, e agem nesta base, e começam a viver assim". Isto é
saudável e exequível, pois a entrega abre as portas à verificação. O viver
junto é uma constante verificação de que vocês se casaram e pertencem um ao
outro. A entrega produz fé, e a fé é pura receptividade”.
Stanley
Jones lembra a questão da segurança.
Como
saberei? Quais são os passos da segurança, certeza?
E
responde: “Você pode saber e saber agora”.
A
garantia vem através de cinco maneiras que apresentamos aqui
resumidamente:
Primeiro,
a Palavra de Deus garante a você inteiramente que "aquele que vem a mim de
modo nenhum o lançarei fora".
Segundo,
nós que experimentamos lhe garantimos. Há um testemunho coletivo.
Terceiro,
sua força moral elevada garantirá a você que você Lhe pertence. Você terá
capacidade de erguer-se sob tentações e dizer não ao mal. Você não será mais um
farrapo, mas uma arma erguida diante de qualquer perigo.
Quarto,
o Espírito testemunhará diretamente com seu espírito que você se converteu.
"Quando clamamos Aba, Pai o próprio Espírito testifica com o nosso
espírito que somos filhos de Deus" (Rm 8.16).
Observe
que o Espírito não testifica "ao nosso espírito", mas "com o
nosso espírito". Nosso espírito e o Espírito Santo testificam a mesma
coisa - dupla testemunha.
Vamos
lembrar do que João Wesley disse sobre o “testemunho do Espírito”.
“Vamos
primeiro considerar qual é a testemunha ou testemunho de nosso
espírito. Mas aqui não posso deixar de desejar que todos aqueles que estão
engolindo o testemunho do Espírito de Deus, no testemunho racional de nosso
próprio espírito, observem que, neste texto, o apóstolo está tão longe de falar
do testemunho de nosso próprio somente o espírito, para que possa ser
questionado se ele fala dele em absoluto, – se ele não
fala apenas do testemunho do Espírito de Deus.
Não
aparece, mas o texto original pode ser razoavelmente entendido assim. O
Apóstolo tinha acabado de dizer, no versículo anterior: “Recebestes o Espírito
de adoção, pelo qual clamamos, Abba, Pai”; e imediatamente
subjaz, Auto para pneuma (algumas cópias ler paraauto
pneuma ) summarturei tv hmvn pneumati, oti qeou tekna Esmen, que
pode ser traduzido, “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos
filhos de Deus” (preposição syn única denotando que ele testemunha
isso ao mesmo tempo em que ele nos permite clamar Abba, pai).
Mas
eu não afirmo; vendo tantos outros textos, com a experiência de todos os
cristãos verdadeiros, suficientemente evidencia, que existe em todo crente,
tanto o testemunho do Espírito de Deus, quanto o testemunho dele próprio, que
ele é um filho de Deus”.
O
testemunho do Espírito eu alcancei num lugar improvável: num hotel onde fui
trabalhar como garçom na minha juventude, em Volta Redonda, RJ.
Havia
uma Bíblia colocada pelos Gideões Internacionais que decidi ler, por volta das
6 horas da manhã, enquanto esperava os hóspedes descerem para tomarem café no
salão.
Cada
manhã que lia o Evangelho de João, sentia meu coração se aquecer. Comecei a
passar por todo um processo. Passei a ver meu pecado e pedia perdão a
Deus.
Comecei
depois a sentir seu amor sendo derramado sobre mim e parecia que eu estava
sendo arrebatado. Era como se Deus me elevasse para os Seus amorosos
braços.
Depois
passei a ter a certeza da salvação, de ser filho de Deus. Foi assim que vi meu
chamado para o ministério pastoral para testemunhar do Seu grande amor.
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Três
movimentos no processo das conversões
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Stanley
Jones afirma que “qualquer que seja a maneira como a conversão chega, esses
três movimentos podem ser destacados no processo de todas as conversões:
1)
Conflito mental;
2)
Crise emocional;
3)
Resolução do conflito. Há conflito mental em todas as conversões”.
Ele
disse ainda que a “conversão exige conversão para o alto. O "devia
ser" se ergue contra o "é" e exige mudança. Isto perturba, pois
implica em alteração de vida e de seus planos e propósitos. Significa
perturbação emocional. Chama-se "convicção".
Às
vezes a alma fica presa nessa fase e nunca passa além, à conversão”, disse
Stanley Jones.
Para
ele, “o centro da conversão é a conversão da vontade.
Observe
o filho pródigo dizer: "Levantar-me-ei, irei, direi ... pequei" tudo
se centraliza na vontade”.
Nesse
processo, não podemos nos esquecer de duas marcas essenciais da conversão: a fé
e o amor.
Vamos
ouvir João Wesley:
Para Wesley, a fé é a condição da justificação, não há justificação sem ela.
Para ele, a fé é uma divina evidencia e convicção de que Deus prometeu, é capaz de cumprir e quer faze-lo agora.
A
fé que Wesley ensinava é, acima de tudo, “uma confiança segura na misericórdia
de Deus, através de Jesus Cristo. É uma confiança em um Deus
perdoador. É uma evidência divina ou convicção de que "Deus estava em
Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo, não imputando a eles suas"
antigas "ofensas;" e, em particular, que o Filho de Deus me
amou e deu a si mesmo por mim; e que eu, agora, estou agora
reconciliado com Deus pelo sangue do Cruz”.
E,
então, Wesley pergunta: “Você agora acredita?”
Sua
resposta é: “Então ‘o amor de Deus é ‘agora’ derramado no seu
coração"’ Tu o amais porque ele nos amou primeiro. E porque tu
amas a Deus, também amas o teu irmão. E sendo cheio de ‘amor, paz,
alegria’, tu também estás cheio de ‘longanimidade, brandura, fidelidade,
bondade, mansidão, temperança", e todos os outros frutos do mesmo Espírito
(...)”.
Sobre
a fé e o amor, Wesley afirmou: “O amor trabalha continuamente pelos corpos ou
almas dos homens. Quem não trabalha assim, não ama. A fé trabalha, o amor
trabalha, a esperança pacientemente sofre todas as coisas”.
Wesley
ainda responde à pergunta “São as obras necessárias à continuação da fé?”
Ele
diz: “Sem dúvida, pois o homem pode perder o dm gratuito de Deus quer pelos
pecados de comissão quer pelos de omissão”.
Stanley
Jones lembra: “Quando você está com Cristo, enfrentando a vida juntamente com
Ele, está salvo.
Está
salvo para sempre, desde que ele não somente tenha a Cristo, mas Cristo o
possua também. Uma irmã mais jovem disse a outra: "Papai é meu". O
pai chamou, porém, a garota que disse: "Papai me tem". Isto é
segurança e certeza e vida eterna". “Jesus me tem".
Para
Wesley, os frutos imediatos da fé justificadora são “paz, alegria, amor, poder
sobre todos os pecados exteriores e poder para dominar os pecados interiores”.
“A
nossa fé tem de produzir frutos verdadeiros de amor, do contrário, ela se
apresenta falsa”.
Segundo
Wesley, essa fé não dispensa o nosso arrependimento, esperança e amor.
João
Wesley diz: “Logo que cremos, amamos a Deus... “nós o amamos porque Ele nos
amou primeiro”.
Wesley
afirmava que a fé não exclui as boas obras que devem ser necessariamente
praticadas depois que cremos em Jesus.
Wesley
ensinava aos seus líderes que tivessem o cuidado de preservar a fé dos novos
convertidos, mas que eles esperassem muito mais para suas vidas: “Com todo zelo
e diligência confirme os irmãos (1) a manterem aquilo que eles já alcançaram –
a saber, a remissão de todos os seus pecados pela fé no Senhor crucificado e
(2) em esperar uma segunda mudança, pela qual eles serão libertos de todo
pecado e aperfeiçoados em amor”.
“A
fé - no sentido de crer em Deus e confiar em Jesus como Senhor e Salvador -
cresce naturalmente à medida que o amor é praticado”.
A verdadeira fé produz o amor e deve atuar através desse amor para que
não se torne um farisaísmo, um legalismo.
Uma
vida liberta do domínio do pecado e um desejo de e santificar são marcas
essenciais da conversão.
Wesley disse que conheceu um grande número de pessoas de todas as idades e sexos que foram santificadas totalmente, isto é, "lavados de toda impureza da carne e do espírito", de modo que "amavam ao Senhor seu Deus de todo o seu coração, alma e força", que continuamente "apresentavam as suas almas e os corpos num vivo, santo e aceitável sacrifício a Deus", e, em consequência disso, "regozijavam-se sempre, e oravam sem cessar e em tudo davam graças."
Aqui vemos a vida liberta do pecado; cheia de amor; dedicando-se ao seu Senhor, constantemente alegre, orando sem cessar e em tudo davam graças.
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O
novo nascimento é apenas o início
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Não
podemos nos contentar somente com a conversão. O novo nascimento é o início de
todo um processo até alcançarmos a plenitude de Cristo (Ef 4.13).
Uma
obra a ser completada
Paulo
lembra que o cristão é uma obra para ser completada. Uma obra inacabada traz
sempre prejuízos. Não funciona direito ou não dá para ser utilizada.
Uma
vida cristã inacabada é incompleta. É um carro sem o motor ou uma casa sem as
janelas. Terá dificuldades de entender a vontade de Deus. Poderá tomar decisões
precipitadas. É preciso Cristo ser formado em nós (Gálatas 4.19).
O
investimento do Senhor foi caríssimo. Ele deu a sua vida por você.
Um
cristão inacabado tem as marcas do velho homem. Corre o risco de ser demolido
ou invadido e tomado.
Não
terá todas as bênçãos que Deus deseja dar porque há impedimento em sua vida,
pois existem diferentes níveis de compreensão e de santidade.
O
que leva uma pessoa que nasceu de novo a ter dificuldades de continuar
crescendo para adquirir a maturidade, santidade e vida plena?
A
ação maligna
Ele
é o nosso adversário. Seu propósito é tirar a sua salvação e colocar embaraços
para você não se apropriar de bênçãos maiores de Deus.
“Lançando
sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede
sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor,
bramando como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé
(...)” (1Pe 5.7-9).
Wesley
escreveu: “Os artifícios, por meio dos quais o sutil deus do mundo trabalha
para destruir os filhos de Deus, – ou, pelo menos, atormentar a quem ele não
pode destruir, com o objetivo de causar perplexidade e impedi-los de correr a
corrida que se coloca diante deles – são numerosos como as estrelas do céu, ou
a areia do mar”.
Os
sabotadores dentro de você
Eles
sempre irão colocar dificuldades, desculpas e medos para que você desista ou
pare na caminhada.
Os
sabotadores fazem parte do velho homem que ainda está em sua vida. Os
sabotadores lutam contra seus sonhos.
Por
isso Paulo pede: “Vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo a
concupiscência do engano” (Ef 4.22).
Ele
pede ainda que “vos renoveis no espírito do vosso entendimento e vos revistais
do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da
verdade” (Ef 4.23-24).
Qual
é o propósito de Deus em nossas vidas?
“Que
vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de
uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo
(Fp 2.15).
Mas
o que levou Paulo a ter plena convicção de que Deus iria completar a boa obra
na vida dos filipenses?
A
prática deles:
·
Cooperação no Evangelho sem parar (Fp 1.5).
·
Ter um grande amor (Fp 1.9).
·
A oração fervorosa (Fp 1.19).
·
Ter a graça de padecer por Cristo (Fp 1.29).
·
Serem obedientes à liderança (Fp 2.12).
·
Permanecer firmes no Senhor (Fp 4.1).
·
Agir com moderação (Fp 4.5).
·
Participar com Paulo nas tribulações (Fp 4.14).
Quando
alcançamos níveis espirituais mais elevados podemos alcançar mais de Deus. Para
isso, é preciso Cristo ser formado em nós (Gálatas 4.19).
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Chamados a dar
frutos
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Muitos
não entendem porque Jesus amaldiçoou a figueira que logo secou. Foi um sinal
para aquela época, um alerta para toda nação judaica e para nós também.
O
propósito de Jesus nesta ocasião era para alertar aos líderes judeus e preparar
as mentes dos discípulos para os ensinamentos dos dias seguintes.
O
que Jesus quis ensinar?
Esse
acontecimento é situado exatamente após a entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém próximo da festa da páscoa (Mateus
21.1-11), seguida da expulsão dos mercadores do templo por Jesus (Mateus
21.12-13).
O
mesmo povo que gritava “hosana”, na entrada triunfal de Jesus, foi o mesmo povo
que depois pediu a liberdade para Barrabás e não para Jesus. Faziam exaltação
de Jesus, mas não o serviam de coração.
Em
tudo isso, Jesus discerniu sobre a superficialidade dos corações do povo judeu.
Jesus,
então, passou a falar da necessidade de produzir frutos
Na
parábola dos dois filhos (Mt 21.28-32), Jesus fala de dois filhos. Um não fez a
vontade do Pai (judeus) e de outro fez (os publicanos e meretrizes) (Mt 21.32).
Na
parábola dos lavradores maus (Mt 21.33-46), Jesus realça a importância de
produzir frutos e diz que “o Reino de Deus vos será tirado e será dado a um
povo que dê os seus frutos” (Mt 21.43).
A
reação dos sacerdotes e fariseus foi de querer prender Jesus (Mt 21.46).
A
figueira que secou representa Israel. Em outras ocasiões, Israel já tinha
sido comparada a uma figueira (Oseias 9.10 e Joel 1.7).
A
esterilidade da árvore representava a improdutividade de Israel (Mateus 23.38).
Foi também no dia seguinte que Jesus censurou severamente aos escribas e aos
fariseus por suas pretensões hipócritas (Mateus 23.13-33).
Sequidão
espiritual proporciona escassez de frutos
A
figueira parecia ter frutos: Jesus combateu a hipocrisia de fariseus e
do povo que gostava muito de uma vida de aparências que não refletia o que de
fato tinha em seus corações.
A
figueira tinha folhas e isso indicava que deveria ter frutos ali, mas não
tinha. Da mesma forma muitos parecem ser servos de Deus, mas não são.
A
aparência de ter frutos e a falta deles foram as causas da figueira secar. Uma
vida de aparências, sem frutos verdadeiros e proveitosos destruirá a vida
daquele que escolhe esse tipo de vida.
A
nação de Israel sofreria muito pela aparência de santidade que buscava esconder
corações hipócritas. Isso faria muitos deles “secar”.
A
nação judaica, apesar de contar com tantos favores de Deus através dos séculos,
apresentava uma vida religiosa superficial desprovida de frutos de
arrependimento.
João
Batista começou seu ministério pedindo aos fariseus:
“Produzi,
pois, frutos dignos de arrependimento” (Mateus 3.8).
Fomos
chamados para dar frutos
“Eu
vos escolhi a vós e vos designei para irdes e dardes fruto, e fruto que
permaneça” (João 15.16).
Jesus
disse: “Quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada
podereis fazer” (João 15.5).
Quem
não estiver em Jesus secará e será lançado no fogo” (João 15.6).
"Mas
o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade,
fé, mansidão, temperança" (Gálatas 5.22).
É
melhor ser podado do que deixar nossa vida secar. É melhor ser cortado do que
deixar secar. Deixa o Senhor te podar. Deixar o Senhor cortar o mal. “Porque há
esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão
os seus renovos” (Jó 14.7).
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Quebrando
barreiras para uma entrega ao Senhor
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Por
fim, acredito que muitos têm dificuldades em se entregar a Cristo por causa da
imagem distorcida que têm de Deus.
Apendi
com minha própria experiência de que a figura do nosso pai interfere em muto o
tipo de compreensão e relacionamento que temos com Deus.
Pergunte
a uma pessoa que se diz ateu qual o tipo de relacionamento que tem com o pai.
Certa
vez, um jovem da Comunidade Evangélica da Zona Sul, no Flamengo, Rio d Janeiro,
me procurou na Igreja Metodista do Jardim Botânico. Ele contou que foi liberto
das drogas, mas que anda sentia Deus distante, apesar de ter dois anos de
convertido.
Perguntei
qual era o tipo de relacionamento que seu pai tinha com ele. Logo respondeu que
seu pai era distante, frio, não conversava muito com ele.
Então
lhe abri a mente para entender que ele transferia a imagem do pai térreo para a
imagem de Deus.
Isso
é muito comum nos dias atuais.
O
“como” da cura ou da conversão acontecerá a partir do momento que essa imagem é
retirada dentro de nós.
Conhecendo
a verdade, seremos libertos.
O
Deus-Pai que abraça e beija
A
imagem de Deus é muito distorcida por muitas pessoas. Uma das causas é que a
criança transfere do pai para Deus o conceito que ela tem do pai.
-
Se o pai é carinhoso, é um Deus carinhoso que ela imagina que Ele é;
-
Se o pai é ausente, é um Deus ausente que ela imagina que Deus é;
-
Se o pai ou mãe é agressiva, é um Deus distante (e punitivo) que a criança
imagina que Deus é.
O
Pai na história da Parábola do Filho Pródigo
Na
História do Filho Pródigo (Lc 15.11-32), Jesus revela como Deus é. Mostra que
Deus é um Pai de amor que cuida dos seus filhos e filhas:
-
O Deus-Pai que espera a volta do filho, que abandonou sua casa (Lc 11.12-13);
-
O Deus-Pai corre, abraça e beija Seu filho (Lc 11.20);
-
O Deus-Pai que perdoa Seu filho (Lc 11.21);
-
Deus-Pai que restitui os direitos de Seu filho (Lc 11.22);
-
O Deus-Pai que faz festa para seu filho (Lc 11.23).
O
Pai no livro do profeta Oséias
No
livro do profeta Oséias, vemos outros traços da figura de Deus-Pai:
-
Ele nos ama desde pequenos (Os 11.1): “Quando Israel era menino eu o amei”.
-
Deus não é indiferente a nossa situação. Ele toma providências para estarmos
bem. Oséias 11.1 diz: “do Egito chamei...”
-
Deus fica triste quando não percebemos seu amor. Oseias 11.3: “não atinaram que
eu os curava...”.
-
Deus participa do nosso crescimento. Ele nos ensina a andar como um pai e
uma mãe ensinam aos filhos (Os 11.3): “eu ensinei a andar...”
-
Deus nos abraça e nos protege. Ele nos toma em seus braços para nos curar (Os
11.3): “tomei-os em meus braços”.
-
Deus usa métodos amorosos para nos abençoar. Ele nos atrai com laços de amor
(Os 11.4): “atrai-os com laços de amor”.
-
Deus carrega nosso peso para nos aliviar. Ele alivia o peso que está sobre nós
(Os 11.4): “fui para com eles como quem alivia o jugo”.
-
Deus vai até onde estamos para nos alimentar. Ele chega a se inclinar para nos
dar de comer como um pai e uma mãe fazem com o filho pequeno (Os 11.4).
-
Deus é um Pai que não abandonará nossa casa e nem a nós (Os 11.8).
-
Deus se comove por nós. (Os 11.8): “Meu coração está comovido”.
-
Deus não utiliza de agressividade. Ele não agirá com ira, pois Ele não é
humano. Ele é Deus. É Santo (Os 11.9).
-
Deus agirá como um leão para nosso próprio bem. (Os 11.10). Eles voltarão
tremendo, mas o Senhor lhes dará conforto (Os 11.11).
Precisamos
ter um encontro com o Deus-Pai
Precisamos
ter uma experiência íntima com Deus para o conhecermos. Seu amor precisa ser
conhecido por nós.
A
Bíblia diz que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito
Santo (Rm 5.5).
A
Bíblia diz: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai, que fôssemos
chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não o conhece
a ele” (1 João 3.1).
===============================
[2]
Publicado pela Imprensa Metodistas, 1984. Copyright da Abingdon Press,
Nashville, Tenn., E. U. A.
[4]https://www.ultimato.com.br/conteudo/stanley-jones-1884-1973-o-maior-missionario-do-seculo-20
[7]
De origem hinduísta, é um local de oração e meditação adotado por alguns
líderes cristãos.
[9]
JONES, Stanley. O Cristo de todos os caminhos. São Paulo: Imprensa Metodista,
1968, p.44
[11]
JONES, Stanley. Jesus é Senhor. São Paulo, Imprensa Metodista, 1969, p.5.
[12]
JONES, Stanley. Enfermidades, Curas e o Espírito Santo, p.26.
[13]
JONES, Stanley. Enfermidades, Curas e o Espírito Santo, p.20.
[14]
https://www.azquotes.com/author/7566-E_Stanley_Jones/tag/holy-spirit
[15]
https://www.azquotes.com/quote/865134
[17]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eli_Stanley_Jones
[18]
Idem.
[20]
https://www.todamateria.com.br/zygmunt-bauman/
[21]
https://www.todamateria.com.br/zygmunt-bauman/
[22]
https://ministerioceo.com.br/ideologia-de-genero-e-desconstrucao-da-familia/
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