A Pedagogia Transformadora
de Jesus
Odilon Massolar Chaves
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fevereiro de 1998.
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Wesleyana: 440
Livros publicados pelo autor: 550
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Tradutor: Google
Toda glória a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia
e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século
XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de
Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio
público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da
Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.
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Índice
·
Introdução
· Jesus, o Mestre de
excelência
· Princípios da
pedagogia de Jesus
· A arte do ensino de
Jesus à mulher samaritana
· A arte do ensino de
Jesus respondendo perguntas
· O ensino de Jesus
através das parábolas
· A arte do ensino de
Jesus com seu exemplo
· Aprendendo com Jesus
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Introdução
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“A pedagogia
transformadora de Jesus” é um livro de 37 páginas baseado em pesquisas e nas notas explicativas
de Wesley.
Jesus foi o Mestre por excelência e tinha a
arte de se comunicar e ensinar. Ensinava com autoridade.
Jesus foi o Mestre
extraordinário, que revolucionou a educação em Israel por meio da sua pedagogia
transformadora.
Dentre os princípios
da pedagogia de Jesus está que a nossa pedagogia deve ter em vista o valor da
pessoa humana e suas possibilidades. Jesus disse: "Sede vós perfeitos,
como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5.48).
Deus fez o ser humano
à sua imagem e semelhança e lhe deu liberdade de agir, capacidade de se
desenvolver, capacidade de amar, capacidade de raciocinar, capacidade de
decidir, etc.
O pecado destruiu em
parte essa imagem no ser humano. Jesus veio para nos restaurar à sua imagem.
Na pedagogia é
preciso ver essa potencialidade no ser humano. E a pessoa de Jesus é essencial
numa educação transformadora.
Os capítulos estão
assim divididos: A origem do pedagogo; Jesus, o Mestre de excelência;
Princípios da pedagogia de Jesus; A arte do ensino de Jesus à mulher samaritana;
A arte do ensino de Jesus respondendo perguntas; O ensino de Jesus através das
parábolas; A arte do ensino de Jesus com seu exemplo; Aprendendo com Jesus.
Um livro essencial para os professores e
professoras da Escola Dominical, para ser usado no discipulado, evangelistas e
pregadores.
O Autor
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A origem do pedagogo
Eles ofereciam-se como modelo vivos dos quais as crianças se deviam
aproximar através da imitação consciente e inconsciente, favorecida pela
convivência constante
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Entre os
mestres que contribuíram para a formação da infância, na Grécia, encontrava-se o pedagogo.
Este é um simples escravo ou servo, encarregado de acompanhar a
criança nos trajetos quotidianos entre a casa e as palestras. Muitas vezes,
"escolhia-se para este cargo alguém que, devido à idade, a ser aleijado,
ou a sofrer de outros defeitos, fosse incapaz para os serviços
domésticos." (Monroe, 1979: 41). O pedagogo transportava a pequena bagagem
de seu jovem amo e a lanterna que servia para iluminar o caminho. Por vezes até
transportava a própria criança, se esta estivesse fatigada.
De modesto servidor, o pedagogo aos poucos foi adquirindo outras
funções, especialmente no nível da responsabilidade moral e do cuidado geral
sobre a criança.
Aproximadamente, com 16 anos de idade, os rapazes ficavam livres dos
cuidados do pedagogo e interrompiam os estudos literários e musicais.
A educação moral do jovem grego
resultava do contato direto da criança com o pedagogo, do jovem com o ancião,
do menino com o adulto.
Todos os mestres se uniam para dar à
criança exemplo de dignidade de gestos e de maneiras, de polidez e elegância na
conduta, de respeito pelas leis da cidade e pelos mais velhos.
Eles ofereciam-se como modelo vivos
dos quais as crianças se deviam aproximar através da imitação consciente e
inconsciente, favorecida pela convivência constante.
O que é pedagogia?
“Pedagogia – Esta palavra é relativamente recente
e só apareceu de forma corrente, na segunda metade do séc. XIX, pelo menos nas
línguas romanas. Etimologicamente, significa ação sobre as crianças. Define-se
como ciência e arte da educação”.[1]
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Jesus, o Mestre de excelência
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A pedagogia de Jesus era diferenciada dos mestres, rabinos da época.
“Mas foi Jesus, o mestre
extraordinário, que revolucionou a educação em Israel por meio da sua pedagogia
transformadora. O objetivo do seu ensino era transformar a realidade e o ser
humano em toda a sua essência, estimular a inteligência, curar a alma e desenvolver
a inteligência emocional. Para isso Jesus inovou a arte de ensinar dialogando,
contando histórias empolgantes, parábolas envolventes e fazendo perguntas para
estimular a reflexão, o espírito e a criatividade”.[2]
Ele era constantemente chamado "Mestre" ou "rabino"
porque seu ensino tinha em si uma autoridade e um poder tal que o diferenciava
claramente dos rabinos da época.
Jesus ensinava em todo tempo. Dentre os
lugares que ensinou, estão:
À beira do mar:
“Outra vez começou a ensinar à beira do mar.
E reuniu-se a ele tão grande multidão que ele entrou num barco e sentou-se
nele, sobre o mar; e todo o povo estava em terra junto do mar. Então lhes
ensinava muitas coisas por parábolas, e lhes dizia no seu ensino” (Marcos 4.1-2).
Na sinagoga:
“Ora, chegando o sábado,
começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ao ouvi-lo, se maravilhavam,
dizendo: donde lhe vêm estas coisas? E que sabedoria é esta que lhe é dada? E
como se fazem tais milagres por suas mãos?” (Marcos.6.2).
No monte:
“E Jesus, vendo a multidão,
subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus
discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava,
dizendo: Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.1-3).
Jesus sabia se comunicar
Jesus sabia se comunicar e atrair a atenção das pessoas
e dos discípulos.
“Usando os acontecimentos de uma época de conflitos, de
um país dividido, de gente explorada, onde imperava a pobreza; a doença; o
trabalho dos pescadores, pastores, camponeses, Jesus Cristo, por meio de suas
parábolas, com uma pedagogia clara e simples, foi formando seus seguidores”.[3]
A pauta de Jesus era capacitar os
discípulos para o amor a Deus e ao próximo. Era proporcionar restauração à
imagem de Deus.
“Jesus, com seus atos, evitava não só a
discriminação, o preconceito, mas também respeitava as identidades culturais e
raciais, buscando adotar medidas que aproximassem as culturas e as sociedades
diferentes, para manterem uma única união pautada no amor ao próximo e a si
mesmo”.[4]
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Princípios da pedagogia de Jesus
A nossa pedagogia deve ter em vista o valor da pessoa humana e suas
possibilidades
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A pedagogia de Jesus se baseia na potencialidade do
ser humano
A nossa pedagogia deve ter em vista o valor da pessoa
humana e suas possibilidades. Jesus disse: "Sede vós perfeitos,
como perfeito é o vosso Pai Celeste” (Mt 5.48).
Deus fez o ser humano à sua imagem e lhe deu liberdade
de agir, capacidade de se desenvolver, capacidade de amar, capacidade de
raciocinar, capacidade de decidir, etc.
O pecado destruiu em parte essa imagem no ser humano.
Jesus veio para nos restaurar à sua imagem.
Na pedagogia é preciso ver essa potencialidade no ser
humano.
A pedagogia de Jesus quebra paradigmas
No
sermão do monte, ele ensinou sentado: “Como se assentasse, aproximaram-se os
seus discípulos; e ele passou a ensiná-los” (Mt 5.1)
No
sermão do monte (Mt 5), Jesus representa o novo Moisés que veio trazer uma nova
lei. Ele quebra o paradigma dando novo ensinamento baseado agora não mais na
condenação, proibição no negativo do “não”, mas um ensinamento baseado na
pratica das virtudes do Reino.
Jesus
passa a enfatizar o “sim”: Bem-aventurados os que choram, bem-aventurados os
limpos de coração, bem-aventurado os pacificadores...
A pedagogia de Jesus gera responsabilidade
Quando
Jesus pede a Maria Madalena para ir
anunciar a todos que Ele havia ressuscitado (Jo 20.17-18), Ele quebrou um
paradigma ao pedir a uma mulher que fosse pregar aos homens o maior evento da
história, a Sua ressurreição.
A pedagogia de Jesus ensina o valor das crianças
Quando Jesus põe uma
criança junto a si e a coloca como
modelo para os adultos seguirem (Lc 9.46-48), Ele quebra paradigma e diz que a
criança tem também o que ensinar. Disse, por isso, que aquele que for o menor é
o maior para Deus.
A pedagogia de Jesus valoriza os sentimentos da pessoa
No sermão do monte Jesus ensinou: “Bem-aventurado os que choram” (Mt 5.4)
Jesus
valorizava às pessoas e os seus sentimentos.
- Jo. 15.13-15. Jesus trata as pessoas de
maneira carinhosa.
- Mt 18.10-14. A parábola da ovelha perdida retrata, melhor
que qualquer outro episódio, a dimensão absoluta da pessoa.
Tendo
a pessoa como centro de sua preocupação, também vemos a valorização da criança,
do marginalizado da época (Mt 18.1-6; 19.13-15), da mulher (Mt
5.27-31; 19.3-9).
A pedagogia de Jesus valoriza o
diálogo e o ouvir
“Quem dizem os homens que eu sou?”
“Jesus partiu com seus
discípulos para os povoados de Cesareia de Filipe e, no caminho, perguntou a
seus discípulos: ‘Quem dizem os homens que eu sou?’ Eles responderam: ‘João
Batista; outros, Elias; outros, ainda, um dos profetas’. ‘E vós”, perguntou
ele, “quem dizeis que eu sou?’ Pedro respondeu: ‘Tu és o Cristo’. Então,
proibiu-os severamente de falar a alguém a seu respeito” (Mc 8.27-30).
Apesar de ser o mestre e os outros
discípulos, o ponto de partida de Jesus é estar junto dos discípulos.
Muitas vezes, o ensino de Jesus se
estabeleceu a partir do diálogo. Este envolve palavras, que por sua vez envolve
ação, para não se transformar em discurso vazio.
A palavra no diálogo
compromete quem fala e a quem se fala. O diálogo é conscientizador, através
dele ocorre a reflexão-ação para a mudança. Ele enriquece o conhecimento e
valoriza a relação eu-tu.
Com a mulher samaritana. Jesus fala da água e da sua vida sentimental.
No caminho de Emaús. Jesus quer saber porque os discípulos
estavam desanimados;
Com Maria Madalena, no túmulo, Jesus quer saber porque ela
chora.
Essas atitudes de Jesus ressaltam a importância do ouvir o outro.
Afinal, como educar para a liberdade, se não há diálogo?
A educação, baseada apenas no discurso, não consegue atingir integralmente
o ser humano. O homem não é só cabeça-inteligência-razão é, também,
coração-emoção-fé. Surge, em conseqüência desta conclusão, a necessidade de
buscarmos um novo jeito, uma nova mística de educar a integralidade do ser
humano. Não podemos esquecer que o projeto de Jesus é libertar os ser humano em
sua totalidade.
Jesus, antes de tudo, se
esforça para compreender a situação do ouvinte. Antes de falar, faz-se amigo.
Compreende a pessoa e procura conhecê-la, amá-la e ajudá-la em suas dúvidas,
necessidades e interrogações.
A pedagogia de Jesus valoriza a prática dos novos valores
No sermão do monte
Jesus ensinou: “Bem-aventurado os pacificadores” (Mt 5.9).
Jesus
fez uma clara opção pela prática em relação ao discurso e à fala.
Veja
o Sermão da Montanha onde Jesus inicia o ensino centrado no discurso (Mt 5. 6 e
7.1-23). O desfecho do sermão é onde Jesus privilegia a prática (Mt 7.24-27).
Ele
não apenas recomenda a prática de seus ensinos como também põe em prática, à
vista de todos, a sua graça e sua misericórdia.
Ele
vai à casa a convite do fariseu e ali mesmo atende uma mulher pecadora
valorizando a sua atitude de humildade, fé e amor (Lc 7.36-50).
A pedagogia de Jesus anda de mãos dadas com o amor
No
sermão do monte Jesus ensinou: “Bem-aventurado os misericordiosos” (Mt 5.7).
Com
a prática das curas, Jesus devolve a dignidade aos pobres, aos marginalizados,
à mulher adúltera, leprosos) e outras categorias oprimidas pelo sistema social
daquela época.
Com
a prática das curas, Ele restaura a saúde física, mental e espiritual do povo:
deficientes (cego, mudo, surdo, paralítico), enfermos (febre, hemorragia, mão
ressequida, lepra, etc.) e endemoninhados.
O
Reino não chega apenas através da palavra falada, ou por adesão exclusivamente
intelectual, emocional, espiritual e moral. O Reino de Deus surge através da
prática da misericórdia de Jesus. Por isso, a multidão à qual Ele devolveu a
dignidade e a esperança reconhece nEle o Messias.
A liderança dominadora
não conhecia a pedagogia da misericórdia, aquela que, diante dos abandonados e
sofridos, começa com atos libertadores.
Jesus disse aos mestres
e fariseus: “Ai de vós, doutores da Lei e fariseus, hipócritas! Porque dais o
dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas tendes descuidado dos preceitos
mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé. Deveis, sim, praticar
estes preceitos, sem omitir aqueles!” (Mt 23.23).
Jesus ensina e mostra
que a verdade deve andar de mãos dadas com o amor. A verdade sem o amor gera
farisaísmo, preconceito, agressividade, morte.
Aqui, é preciso
destacar que Jesus só valorizava os resultados de ações motivadas pela
misericórdia. Os resultados de uma prática que visa a promoção pessoal, o
status, a vaidade, o auto engrandecimento, o atendimento de interesses pessoais
ou de grupos, a manipulação do semelhante, certamente não são inspirados na
lógica do Reino. Jesus claramente condena tudo isto (Mt 6.1-8).
A pedagogia de Jesus leva à mudança segundo os valores do Reino
No sermão do monte
Jesus ensinou: “Bem-aventurado os que têm fome e sede de justiça” (Mt 5.6).
Não existe
neutralidade na pedagogia. Ou você reproduz o sistema, muitas vezes, opressor e
injusto, ou você conscientiza sobre novos valores e propõe mudanças.
A prática
pedagógica de Jesus exige que a sociedade desumana da época seja colocada pelo
avesso. Ela só tem sentido na lógica do Reino.
Para ser cristã é
fundamental que esta pedagogia esteja comprometida com os valores: valorização
da dignidade do ser humano, especialmente, através da prática da justiça,
misericórdia e humildade.
Os
alunos de Jesus deveriam ser transformados e conscientizados para serem sal da
terra e luz do mundo (Mt 5.13-14).
A pedagogia de Jesus leva à reflexão e ao comprometimento com o próximo
Jesus utilizou as parábolas para levar o ser humano a
refletir e assim quebrar paradigmas da época.
As parábolas do
semeador e dos talentos anunciam que a boa nova do Reino se comprova pelos
resultados (Mt 13.4-8; 25.20-21).
Jesus procura convencer o
seu ouvinte ajudando-o a descobrir uma nova realidade ou a interpretá-la de um
modo novo. Jesus parte para a experiência vivida. Ele quer a comunhão com os
irmãos para que todos vivam em família, em comunidades.
Sua pedagogia não se finaliza com a pessoa isoladamente.
É uma pedagogia para a missão. Cada pessoa torna-se discípulo de Jesus com
o objetivo de "ir e fazer discípulos/as". "Vai e anuncia aos
irmãos e irmãs".
Jesus quer a conversão, a mudança de atitudes para uma vida de alegria.
Jesus quer que todos descubram a alegria da Boa Nova do Reino. A descoberta
de um tesouro provoca uma grande alegria, necessariamente, partilhada com
irmãos e irmãs.
O ensino de Jesus era com autoridade
“Porque Ele as ensinava como quem tem autoridade, e não como os mestres da lei; porque as ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (Mt 7.29).
É preciso ter vida santa
para gerar confiança aos ouvintes. É preciso conhecer e crer no tema a ser
tratado e se preparar para ensinar.
Gerando confiança, os
corações dos ouvintes estarão mais abertos para aprender.
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A arte do ensino de Jesus à mulher samaritana
Ele deixou a Judéia e partiu novamente para a
Galiléia.
E ele precisava passar por Samaria.
Então chegou a uma cidade de Samaria, chamada
Sicar, perto do pedaço de terra que Jacó deu a seu filho José.
Veio uma mulher samaritana tirar água;
disse-lhe Jesus: Dá-me de beber
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“Para a mulher Samaritana, ‘Jesus ensinou a prática das Boas Novas, na
qual Ele falava de si mesmo, relatando o poder da vida que somente Jesus pode
dar, a vida eterna. O seu ensinamento, naquele momento, foi tão significante
para aquela mulher, que ela não somente lhe ofereceu a água, como, também,
ficou maravilhada com a forma como Ele falava. Ela, então, foi avisar a todos
quanto podia, para verem com quem ela estava falando e o que Ele estava
dizendo. A mensagem foi passada de forma clara e o ensinamento foi aprendido e
repassado”. [5]
João 4
Jesus não a condena por causa
de sua vida sentimental e sim inicia um diálogo com uma mulher de um povo
considerado inimigo para o judeu
Não
era comum um homem se dirigir à uma mulher ainda mais sendo de um povo inimigo.
Jesus
mostrou que conhecia profundamente o coração da mulher em relação a sua vida
sentimental. Ela estava seca, sem vida, sem a água da vida. Provavelmente, seus
diversos casamentos ou relacionamentos seriam por causa de uma busca sem fim
para um sentido para a vida.
Jesus
não a condenou e sim deu oportunidade para ela mudar de vida.
Versículo 1
O Senhor sabia
O
Senhor sabia - Embora ninguém o tenha informado disso.
Ele deixou a Judéia e partiu novamente para a Galiléia.
Ele deixou a Judéia - Para evitar os efeitos de seu ressentimento.
Ele precisava passar por
Samaria
E ele precisava passar por Samaria.
Comentários de Wesley
E ele deve passar por Samaria - A estrada que passa diretamente por ela.
Então chegou a uma cidade
de Samaria
Então chegou a uma cidade de Samaria, chamada Sicar, perto do
pedaço de terra que Jacó deu a seu filho José.
Comentários de Wesley
Sicar —
Anteriormente chamado de Siquém ou Siquém.
Jacó deu -
Em seu leito de morte, Gênesis 48:22.
Jesus sentou-se - cansado
Agora o poço de Jacó estava lá. Jesus, pois, cansado do caminho,
sentou-se assim sobre o poço, e era quase a hora sexta.
Comentários de Wesley
Jesus sentou-se - cansado como estava.
Era a sexta hora - meio-dia; o calor do dia.
Veio uma mulher samaritana tirar água; disse-lhe Jesus: Dá-me de
beber.
Comentários de Wesley
Os apóstolos demoraram
tanto para alcançar
Dá-me de beber - Nesta conversa, ele a trouxe para aquele conhecimento que os
apóstolos demoraram tanto para alcançar.
(Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar comida.)
Comentários de Wesley
Pois seus discípulos se foram - Caso contrário, ele não precisaria ter perguntado a ela.
Então
lhe disse a mulher samaritana
Então lhe disse a mulher samaritana: Como é que tu, sendo judeu,
me pede de beber, que sou samaritana? pois os judeus não têm relações com os
samaritanos.
Comentários de Wesley
Sua simplicidade aberta
aparece desde suas primeiras palavras
Como você -
Sua simplicidade aberta aparece desde suas primeiras palavras.
Os judeus não têm negócios - nenhum por meio de amizade. Eles não receberiam nenhum
tipo de favor deles.
Respondeu-lhe Jesus: Se tu conheces o dom de Deus, e quem é que
te diz: Dá-me de beber, tu lhe pediste, e ele te daria água viva.
Comentários de Wesley
A água viva; e quem
Se tu tivesses conhecido o dom - A água viva; e quem é - Aquele que sozinho é capaz de
dá-lo: tu terias pedido a ele - Nessas palavras reside a ênfase.
Água - Da
mesma maneira, ele extrai a alegoria do pão, João 6:27, e da luz, 8:12; as primeiras, as coisas mais simples,
necessárias, comuns e salutares da natureza.
Água viva era uma frase
comum entre os judeus
Água viva
- O Espírito e seus frutos. Mas ela poderia confundir mais facilmente o que ele
queria dizer, porque água viva era uma frase comum entre os judeus para água de
nascente.
És tu maior do que nosso pai Jacó, que nos deu o poço, e dele
bebeu, e seus filhos, e seu gado?
Comentários de Wesley
Nosso pai Jacó
Nosso pai Jacó - Então eles imaginavam que ele era; enquanto eles eram, na
verdade, uma mistura de muitas nações, colocadas lá pelo rei da Assíria, no
quarto dos israelitas que ele havia levado cativos, 2 Reis 17:24 .
Quem nos deu o poço - Em José, seu suposto antepassado: e bebeu dele - Então, mesmo
ele não tinha água melhor do que esta.
Mas
quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede
Mas quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; mas
a água que eu lhe der será nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna.
Comentários de Wesley
Nunca
Nunca terá sede - Nunca (desde que continue a beber)
será miserável, insatisfeito, sem refresco. Se alguma vez essa sede retornar,
será culpa do homem, não da água.
O espírito da fé que opera pelo amor
Mas a água que eu lhe der - O espírito da fé que opera pelo amor, tornar-se-á nele - Um
princípio vivo interior, uma fonte - Não apenas um poço, que logo se esgota,
brotando para a vida eterna - Que é uma confluência, ou melhor, um oceano de
riachos que surgem desta fonte.
Senhor,
dá-me dessa água
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa
água, para que eu não tenha sede, nem venha aqui tirar.
Comentários de Wesley
Ela
ainda o leva em um sentido grosseiro
Que eu não tenho sede - Ela ainda o leva em um sentido grosseiro.
Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e vem para cá.
Comentários de Wesley
Ele agora limpa o caminho
Jesus disse a ela - Ele agora limpa o caminho para que
ele possa dar-lhe um tipo melhor de água do que ela pediu.
Vá, chame seu marido - Ele ataca diretamente o pecado do peito dela.
A mulher respondeu e disse: Não tenho marido. Disse-lhe Jesus:
Bem disseste que não tenho marido.
Comentários de Wesley
A maior cortesia
Tu bem disseste: - Podemos observar em todos os discursos de nosso Senhor o maior
peso e, ainda assim, a maior cortesia.
Pois tiveste cinco maridos; e aquele que agora tens não é teu
marido: naquilo que dizes verdadeiramente.
Comentários de Wesley
Sua própria consciência
agora desperta lhe diria
Tu tiveste cinco maridos - Se eles estavam todos mortos ou não, sua própria consciência
agora desperta lhe diria.
Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
Comentários de Wesley
Tão cedo seu coração foi
tocado
Senhor, eu percebo - Tão cedo seu coração foi tocado.
Nossos pais adoraram nesta montanha; e vós dizeis que em
Jerusalém é o lugar onde os homens devem adorar.
Comentários de Wesley
Ela propõe o que
considerava a mais importante de todas as questões
No
instante em que percebeu isso, ela propõe o que considerava a mais importante
de todas as questões.
Sambalate construiu um
templo no Monte Gerizim, para Manassés
Esta montanha - Apontando para o Monte Gerizim. Sambalate,
com a permissão de Alexandre, o Grande, construiu
um templo no Monte Gerizim, para Manassés, que por se casar com a filha de
Sambalate havia sido expulso do sacerdócio e de Jerusalém, Neemias 13:28 . Este era o lugar onde os samaritanos
costumavam adorar em oposição a Jerusalém. E estava tão perto de Sicar, que a
voz de um homem podia ser ouvida de um para o outro.
Isso se refere claramente a
Abraão e Jacó
Nossos pais adoraram – Isso se refere claramente a Abraão e Jacó (de quem os
samaritanos fingiram deduzir sua genealogia) que ergueram altares neste lugar: Gênesis 12:6-7 e Gênesis 33:18;
Gênesis 33:20. E, possivelmente, para toda a
congregação, que foram orientados quando chegaram à terra de Canaã para colocar
a bênção sobre o Monte Gerizim, Deuteronômio 11:29 .
Vós, judeus, dizeis: Em Jerusalém está o lugar - Ou seja, o templo.
Mulher, crê-me
Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me, vem a hora em que nem neste
monte, nem em Jerusalém, adorareis o Pai.
Comentários de Wesley
Nosso Senhor usa essa
expressão dessa maneira
Acredite em mim - Nosso Senhor usa essa expressão dessa maneira, mas uma vez; e
isso a um samaritano. Para o seu próprio povo, os judeus, sua linguagem usual
é, eu vos digo.
Vem a hora em que vós - Samaritanos e judeus, não adorareis nem nesta montanha, nem em
Jerusalém - Como preferível a qualquer outro lugar. A verdadeira adoração não
deve mais ser confinada a um lugar ou nação.
Vós
adorais o quê
Vós adorais o quê, nós sabemos o que adoramos, porque a salvação
vem dos judeus.
Comentários de Wesley
Vós, samaritanos, ignorais,
não apenas do lugar, mas do próprio objeto de adoração
Vós adorais, vós não sabeis o quê - Vós, samaritanos, ignorais, não apenas
do lugar, mas do próprio objeto de adoração. Na verdade, eles temiam ao Senhor
de certa forma; mas ao mesmo tempo serviram a seus próprios deuses, 2 Reis 17:33.
A salvação vem dos judeus - Assim falaram todos os profetas, que o Salvador deveria surgir
da nação judaica: e que dali o conhecimento dele se espalharia por todas as
nações debaixo do céu.
Mas
vem a hora, e já chegou
Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores
adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que o
adorem.
Comentários de Wesley
Em todos os momentos e em
todos os lugares
Os verdadeiros adoradores devem adorar o Pai - Não aqui ou ali apenas, mas em todos os
momentos e em todos os lugares.
e é
necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade
Deus é Espírito, e é necessário que os
que o adoram o adorem em espírito e em verdade.
Comentários de Wesley
Devemos adorá-lo com a
adoração verdadeiramente espiritual da fé, amor e santidade
Deus é um Espírito - Não apenas distante do corpo e de todas as propriedades dele,
mas também cheio de todas as perfeições espirituais, poder, sabedoria, amor,
santidade. E nossa adoração deve ser adequada à sua natureza. Devemos adorá-lo
com a adoração verdadeiramente espiritual da fé, amor e santidade, animando
todos os nossos temperamentos, pensamentos, palavras e ações.
Versículo 25
Disse-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias, que se chama
Cristo; quando vier, nos anunciará todas as coisas.
Desejo de uma instrução
mais completa
Comentários de Wesley
A mulher diz
- Com alegria pelo que já havia aprendido e desejo de uma instrução mais
completa.
Disse-lhe Jesus: Eu, que te falo, sou ele.
Comentários de Wesley
Nosso Senhor não falou isso
tão claramente para os judeus
Jesus diz
- Apressando-se em satisfazer seu desejo antes que seus discípulos viessem.
Eu sou Ele
– Nosso Senhor não falou isso tão claramente para os judeus que estavam tão
cheios do reino temporal do Messias. Se tivesse, muitos sem dúvida teriam
pegado em armas em seu favor, e outros o acusaram ao governador romano. No
entanto, ele de fato declarou a coisa, embora negasse o título específico. Pois
em uma infinidade de lugares ele se representou, tanto como o Filho do homem
quanto como o Filho de Deus: ambas as expressões eram geralmente entendidas
pelos judeus como peculiarmente aplicáveis ao Messias.
E sobre isso vieram os seus discípulos, e maravilharam-se de que
ele falasse com a mulher; contudo ninguém disse: Que procuras? ou, Por que você
fala com ela?
Comentários de Wesley
O que os rabinos judeus
consideraram escandaloso para um homem distinto fazer
Seus discípulos ficaram maravilhados por ele ter falado com uma
mulher - O que os rabinos judeus consideraram escandaloso para um
homem distinto fazer. Eles também ficaram maravilhados com sua conversa com
uma mulher daquela nação, que era tão peculiarmente odiosa para os judeus.
No entanto, ninguém disse - Para a mulher, o que você procura? - Ou a Cristo: Por que falas
com ela?
A mulher deixou o seu cântaro, e foi para a cidade, e disse aos
homens:
Comentários de Wesley
A mulher deixou seu pote
A mulher deixou seu pote de água - Esquecendo coisas menores.
Vinde, vede um homem que me disse tudo o que eu fiz: não é este
o Cristo?
Comentários de Wesley
Mas suas palavras
despertaram sua consciência
Um homem que me disse todas as coisas que eu fiz - Nosso Senhor havia dito a ela apenas
algumas coisas. Mas suas palavras despertaram sua
consciência, que logo lhe contou todo o resto.
Não é este o Cristo? - Ela mesma não duvida disso, mas os incita a fazer a
investigação.
Agora
cremos
E disse à mulher: Agora cremos, não por causa da tua palavra,
porque nós mesmos o ouvimos, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o
Salvador do mundo.
Comentários de Wesley
Sabemos que este é o Salvador do mundo - E não apenas dos judeus.[6]
A arte do ensino de Jesus respondendo perguntas
Alguém lhe perguntou: "Senhor,
serão poucos os salvos? "
Depois Jesus foi pelas cidades e povoados e ensinava,
prosseguindo em direção a Jerusalém.
Alguém lhe perguntou: "Senhor, serão poucos os
salvos? " Ele lhes disse:
"Esforcem-se para entrar pela porta estreita, porque
eu lhes digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão.”
Quando
o dono da casa se levantar, e fechar a porta
Quando o dono da casa se levantar, e fechar a porta, e vós começardes a ficar de fora, e a
bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos, e ele vos responderá: Não sei
donde sois;
E mesmo a agonia
não adiantará, depois que a porta for fechada. Agonize, portanto, agora pela
fé, oração, santidade, paciência, disse Wesley.
E você começa
a ficar do lado de fora -
Até então eles não tinham pensado nisso! Oh, quão novo será esse sentimento de
sua miséria? Quão tarde? Quão duradouro? Não sei de onde sois - não sei, isto
é, não aprovo os vossos caminhos, disse Wesley.
Versículo
27
vós
que praticais a iniquidade
Mas ele dirá:
Eu vos digo, não sei de onde sois; apartai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade.
Versículo 28
Haverá
choro e ranger de dentes
Haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaque,
Jacó e todos os profetas no reino de Deus, e vós mesmos expulsos.
Versículo 29
e
assentar-se-ão à mesa no reino de Deus
E virão do oriente, e do ocidente, e do norte, e do sul, e
assentar-se-ão à mesa no reino de Deus.
Eles se assentarão no reino de Deus - Tanto o reino da graça quanto da
glória, disse Wesley.
E eis
que há últimos que serão primeiros
E eis que há últimos que serão primeiros, e há primeiros que
serão últimos.
Explicou
Wesley: Mas há últimos - Muitos dos gentios que foram
chamados pela última vez, serão mais altamente recompensados; e muitos dos
judeus que foram chamados pela primeira vez, não terão recompensa alguma. Mateus
19:30.[7]
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A pedagogia de Jesus nas parábolas
E Chegavam-se a
ele todos os publicanos e pecadores para o ouvir.
E os fariseus e os escribas murmuravam,
dizendo: Este recebe pecadores, e come com eles.
E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e
perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e vai após a
perdida até que venha a achá-la?” (Lc 15.1-4)
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O que são as parábolas?
“As Parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de
um conteúdo alegórico, utilizadas nas pregações e sermões de Jesus com a finalidade de
transmitirem ensinamento.
Quanto à sua definição exata, a parábola pode ser uma narração
alegórica na
qual o conjunto de elementos evoca outra realidade de ordem superior ou
uma espécie de alegoria apresentada sob forma de uma narração, relatando fatos
naturais ou acontecimentos possíveis, sempre com o objetivo de declarar ou
ilustrar uma ou várias verdades”.[8]
“As parábolas revelam com excelência a pedagogia de Jesus. O ouvinte é levado a fazer parte da história. Jesus não faz saber, mas faz descobrir, conduzindo os ouvintes a uma atitude de contemplação e de observação. Jesus faz refletir sobre a própria experiência de vida e nela perceber a presença de Deus. A Educação Cristã Contínua tem na pedagogia a grande ferramenta para uma evangelização libertadora, em que todos aprendem e ensinam de forma conjunta”.[9]
Parábola dos dez talentos
Nessa parábola, Jesus Senhor fala da recompensa final de um homem
inofensivo e responsável. Mas fala também do que é irresponsável.
Jesus diz na parábola: “Respondeu-lhe o seu senhor: Servo mau e preguiçoso,
sabias que colho onde não semeei, e recolho onde não semeei”.
Wesley disse que “todo pecador obstinado, de uma forma ou de
outra, coloca a culpa de seus próprios pecados em Deus”.
E Wesley é duro. Ele disse: “Leitor, você está fazendo o mesmo?
Você está escondendo o talento que Deus lhe emprestou?”
Capítulo 25, Versículo 14
Para declarar a recompensa
final de um homem inofensivo
Porque o reino dos céus é como um homem que, partindo para uma
terra remota, chamou os seus servos e lhes entregou os seus bens.
Comentários de Wesley
Que Deus dê a todos esses neste seu dia, ouvidos
para ouvir e corações para entendê-lo
Nosso
Senhor procede por uma parábola ainda mais clara (se é que pode ser) para declarar a recompensa final de um homem inofensivo.
Que Deus dê a todos esses neste seu dia, ouvidos para ouvir e corações para
entendê-lo! O reino dos céus - Ou seja, o Rei do céu, Cristo. Marcos 13:34; Lucas 19:12.
Versículo 15
E a um deu cinco talentos, a outro dois, e a outro um; a cada
homem de acordo com suas várias habilidades; e imediatamente partiu.
Comentários de Wesley
De acordo com sua própria
habilidade
Para um ele deu cinco talentos, para outro dois, e para outro - E quem sabe se (todas as
circunstâncias consideradas) há uma desproporção maior do que esta, nos
talentos daqueles que receberam mais, e aqueles que receberam menos? De acordo
com sua própria habilidade - As palavras podem ser traduzidas mais literalmente,
de acordo com seu próprio poder.
E imediatamente fez sua jornada - Para o céu.
Versículo 18
Mas o que o recebera foi, cavou a terra e escondeu o dinheiro do
seu senhor.
Comentários de Wesley
Fez dele ter menos talentos do que os outros uma
pretensão para não melhorar nenhum
Aquele que recebeu um - Fez dele ter menos talentos do que
os outros uma pretensão para não melhorar nenhum.
Você está escondendo o
talento que Deus lhe emprestou?
Foi e escondeu o dinheiro de seu mestre - Leitor, você está fazendo o mesmo?
Você está escondendo o talento que Deus lhe emprestou?
Versículo 24
Então veio aquele que recebera um talento, e disse: Senhor, eu
te sabia que és homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não
colheste.
Comentários de Wesley
Não. Tu não o conheces
Eu sabia que você é um homem duro - Não. Tu não o conheces. Ele nunca
conheceu Deus, que o considera um mestre duro.
Coloca a culpa de seus
próprios pecados em Deus
Colhendo onde não semeou – Isto é, exigindo mais de nós do que tu nos deste poder
para realizar. Da mesma forma, todo pecador obstinado, de uma forma ou de
outra, coloca a culpa de seus próprios pecados em Deus.
Versículo 25
E tive medo, e fui esconder o teu talento na terra; eis que tens
o teu.
Comentários de Wesley
Então, a partir desse medo, um não aprenderá a
ler, outro não ouvirá sermões
E eu estava com medo - Para que, se eu tivesse melhorado meu talento, eu tivesse
mais a responder. Então, a partir desse medo, um não
aprenderá a ler, outro não ouvirá sermões!
Versículo 26
Respondeu-lhe o seu senhor: Servo mau e preguiçoso, sabias que
colho onde não semeei, e recolho onde não semeei.
Comentários de Wesley
Que eu exijo impossibilidades
Tu sabias:
- Que eu exijo impossibilidades! Esta não é uma
permissão, mas uma forte negação da acusação.
Verse 27
Tu, portanto, devias ter colocado meu dinheiro aos cambistas, e
então, na minha vinda, eu deveria ter recebido o meu com usura.
Comentários de Wesley
Por tua própria suposição, ter melhorado meu
talento
Tu deves, portanto, - Por isso mesmo, por tua própria suposição, ter melhorado meu
talento, tanto quanto possível.
Versículo 29
Porque a todo aquele que tem será dado, e terá em abundância,
mas ao que não tem será tirado até o que tem.
Comentários de Wesley
Deus mantém esta regra declarada
A todo aquele que tem ele dará - Tão perto Deus mantém esta
regra declarada, do começo ao fim do mundo. Mateus 13:12.
Versículo 30
E lançai o servo inútil nas trevas exteriores: ali haverá choro
e ranger de dentes.[10]
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A arte do ensino de Jesus com seu exemplo
Ele pretendia ensinar-lhes a grande lição do amor humilde, bem
como conferir-lhes pureza interior
(Wesley)
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Antes da festa - Ou seja, na quarta-feira,
na semana pascal. Tendo amado os seus - Seus apóstolos, ele os amou até o fim -
De sua vida.
E
terminada a ceia
E terminada a
ceia, tendo o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o
traísse;
Tendo agora - Provavelmente agora primeiro, disse Wesley.
Versículo
3
Jesus,
sabendo que o Pai havia entregado todas as coisas em suas mãos
Jesus,
sabendo que o Pai havia entregado todas as coisas em suas mãos, e que ele veio
de Deus e foi para Deus;
Jesus sabendo - Embora consciente de sua própria
grandeza, assim se humilhou. disse Wesley.
Versículo
4
e
pegou uma toalha e cingiu-se
Levantou-se
da ceia, e tirou as suas vestes; e pegou uma toalha e cingiu-se.
Põe de lado
suas vestes - Aquela
parte deles que o teria impedido, disse Wesley..
Versículo
5
começou
a lavar os pés dos discípulos
Depois disso,
derramou água numa bacia, e começou a lavar os pés dos
discípulos, e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido.
Na bacia - Um grande vaso era geralmente
colocado para esse propósito, onde quer que os judeus ceassem, disse Wesley..
Versículo
7
O que
eu faço, tu não sabes agora
Respondeu-lhe
Jesus: O que eu faço, tu não sabes agora; mas tu
saberás daqui em diante.
O que eu faço
tu não sabes agora, mas tu saberás daqui em diante - Nós não sabemos agora
perfeitamente qualquer uma de suas obras, seja da criação, providência ou
graça. É suficiente que possamos amar e obedecer agora, e que saibamos no
futuro, disse Wesley..
Versículo
8
Se eu
não te lavar, não tens parte comigo
Disse-lhe
Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se
eu não te lavar, não tens parte comigo.
Comentou Wesley: Se eu não te lavar - Se tu não te submeteres à minha
vontade, tu não tens parte comigo - Tu não és meu discípulo. Em um sentido mais
geral, pode significar: Se eu não te lavar em meu sangue e te purificar pelo
meu Espírito, você não pode ter comunhão comigo, nem qualquer participação nas
bênçãos do meu reino.
Versículo
9
Senhor,
não somente os meus pés
Disse-lhe
Simão Pedro: Senhor, não somente os meus pés, mas também as minhas mãos e a
minha cabeça.
Senhor, não
apenas meus pés -
Quão fraco o homem seria mais sábio do que Deus! No entanto, isso era bem
intencionado, embora ignorante, disse Wesley.
Versículo
10
O
lavado não necessita senão lavar os pés
Disse-lhe
Jesus: O lavado não necessita senão lavar os pés, mas está limpo em todo o
sentido; e vós estais limpos, mas não todos.
E assim, já tendo
sido purificado, você precisa apenas lavar os pés - Isto é, andar santo e
imaculado, disse Wesley.
Versículo
14
vós
também deveis lavar os pés uns aos outros
Se eu, então,
vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés; vós também
deveis lavar os pés uns aos outros.
Comentou Wesley: Vós também deveis lavar os pés uns dos
outros - E por que
eles não o fizeram? Por que não lemos sobre nenhum apóstolo lavando os pés de
outro? Porque eles entenderam melhor o Senhor. Eles sabiam que ele nunca
projetou que isso fosse tomado literalmente.
Ele
pretendia ensinar-lhes a grande lição do amor humilde, bem como conferir-lhes
pureza interior
Comentou
Wesley: Ele pretendia ensinar-lhes a grande lição
do amor humilde, bem como conferir-lhes pureza interior. E por meio disso ele
nos ensina: 1. De todas as maneiras possíveis para ajudar uns aos outros a
alcançar essa pureza; 2. Lavar os pés uns dos outros, realizando todos os tipos
de bons ofícios uns aos outros, mesmo aqueles do tipo mais baixo, quando a
oportunidade servir e a necessidade de qualquer um exigir por eles.
Versículo
16
Em verdade,
em verdade vos digo que o servo não é maior do que o seu senhor; nem aquele que
é enviado maior do que aquele que o enviou.
O servo não é
maior do que seu senhor -
Nem, portanto, deve pensar muito em fazer ou sofrer as mesmas coisas,[11] disse
Wesley.
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Aprendendo com Jesus
"Aprendei de mim"
(Mt 11.29)
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Se
quisermos adotar a pedagogia do Mestre, devemos estudar as lições de Cristo,
Seu caráter e Suas práticas. É preciso conhecer a Bíblia.
Precisamos
nos libertar do formalismo e da tradição e apreciar a originalidade, a
autoridade, a espiritualidade, a bondade, a humildade, a benevolência e o poder
do Seu ensino.
Jesus
é simples, humilde e não há em Sua instrução nada vago ou difícil de ser
entendido. Ele falava e agia com clareza e ênfase, com força solene e
convincente.
Num
processo de pregação e ensino em que se privilegia a prática, os resultados
concretos desta prática, a pessoa como centro e a simplicidade, a tarefa
educacional se amplia e estimula as pessoas a crescerem juntos, na busca do
conhecimento, da reflexão e da ação que leva à transformação.
Afinal,
foi Ele mesmo que disse: "Aprendei de mim"
(Mt 11.29) e "Sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso
Pai Celeste” (Mt 5.48).
===============================
/
[1]
https://ceismael.com.br/artigo/parabola-pedagogia-jesus.htm
[2]
https://www.editorasinodal.com.br/produtos/o-poder-da-pedagogia-de-jesus-aprendendo-a-arte-de-educar-atraves-da-biblia-de-moises-a-jesus/?srsltid=AfmBOoo1mNBqyUzOCC-eSwj-g823D_Fsg_5TS2OoHmlOalsmq9uvxgvT
[3]
https://loja.paulus.com.br/a-pedagogia-de-jesus/p?srsltid=AfmBOoouPiVRsWrAVsb_emzl6sGiV3_b7r3lubfHxsYrqdmSjQuB4aEQ
[4]
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-praticas-pedagogicas-jesus.htm
[5]
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/as-praticas-pedagogicas-jesus.htm
[6]
https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/john-4.html
[7]
https://www.studylight.org/comentários/eng/wen/luke-13.html.
[8]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parábolas_de_Jesus
[9]
https://www.luterano.org.br/a-pedagogia-de-jesus/
[10]
https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/matthew-25.html
[11]
https://www.studylight.org/comentários/eng/wen/john-13.html.
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