Oxford, berço do metodismo

 

 

 

Odilon Massolar Chaves 

 

 

 

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Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998. 

Autor das notas: João Wesley

Editor deste texto e autor do livro: Odilon Massolar Chaves

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Tradutor: Google

Toda glória a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.[1]

 

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Índice

 

·       Introdução

·       A cidade e a Universidade de Oxford

·       Wesley e seus estudos em Oxford

·       Carlos Wesley em Oxford

·       O Clube Santo em Oxford

·       Igreja de Cristo e Faculdade Lincoln

·       Wesley prega seu primeiro sermão em Oxford

·       Wesley é ajudante do seu pai antes de retornar a Oxford

·       Companheiro de Oxford na viagem missionária

·       O último sermão na Igreja de Santa Maria, em Oxford

·       Conferência dos metodistas de Oxford

·       Pregando no castelo de Oxford

·       Contemporâneo de Charles Wesley em Christ Church, Oxford

·       Pregando em 1733 sobre perfeição cristã em Oxford

·       Mulheres respondem à pregação em Oxford

·       A origem da Sociedade em Oxford

·       Pregando na Universidade de St. Mary's, Oxford

·       Pregando sobre circuncisão do coração em Oxford

·       Metodistas ilustres que estudaram em Oxford

 

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Introdução

 

“Oxford, berço do metodismo” é um livro de 40 páginas com uma coletânea de fatos históricos em relação a Wesley na cidade e Universidade de Oxford.

Oxford é uma cidade situada no condado de Oxfordshire, a cerca de duas horas de Londres. É conhecida por ser berço de uma das universidades mais antigas do mundo.

É conhecida como “Cidade das Faculdades”. Algumas das escolas mais conceituadas da Inglaterra estão em Oxford. Dizem até que a elite do país é formada em suas salas de aula.

A universidade é um composto de mais de 40 escolas espalhadas

Foi em Oxford que estudaram figuras como Margaret Thatcher, Tony Blair, Indira Gandhi ou Oscar Wilde, entre muitas outras, e também entre os seus cenários se criaram obras literárias de renome, como Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll) e também foi berço de O Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien.

Por outro lado, foi onde Carlos e João Wesley estudaram e nasceu o Clube Santo. Thomas Coke também estudou em Oxford tendo se tornado o braço direito de Wesley e conhecido como o Pai das Missões do metodismo.

Foi em Oxford onde Wesley foi ordenado e onde pregou o seu primeiro sermão. Foi em 26 de setembro de 1725, um domingo imediatamente após sua ordenação.

Foi onde também pregou seu último sermão na Universidade de Santa Maria. Em 1744, Wesley confrontou sem rodeios a Universidade de Oxford com sua falha em viver de acordo com o ensino das Escrituras. Foi a última vez que Wesley foi convidado para pregar em St. Mary.

Um livro com fatos históricos que mostra o surgimento do metodismo numa cidade também histórica.

 

O Autor

 

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A cidade e a Universidade de Oxford

 

Oxford, a mais antiga universidade de língua inglesa foi fundada em 1090

 

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Oxford é uma cidade situada no condado de Oxfordshire, a cerca de duas horas de Londres. É conhecida por ser berço de uma das universidades mais antigas do mundo.

É conhecida como “Cidade das Faculdades”. Algumas das escolas mais conceituadas da Inglaterra estão em Oxford. Dizem até que a elite do país é formada em suas salas de aula.

A universidade é um composto de mais de 40 escolas espalhadas pela cidade.

O censo de 2001 indicava uma população de 134. 248 habitantes.

“Foi ali que estudaram figuras como Margaret Thatcher, Tony Blair, Indira Gandhi ou Oscar Wilde, entre muitas outras, e também entre os seus cenários se criaram obras literárias de renome, como Alice no País das Maravilhas (Lewis Carroll). E é que se mantêm impecavelmente conservados os colégios mais emblemáticos da Universidade de Oxford, como é o caso de Christ Church e Wadham College”.[1]

Oxford também foi berço de “O Senhor dos Anéis” de J. R. R. Tolkien, e muitos outros.[2]

Evidentemente, local de formação de Carlos e João Wesley, maiores líderes espirituais do século XVIII, na Inglaterra.

“No século XVII, durante a segunda guerra civil Inglesa, foi sede da corte do rei Carlos I, então refugiado de Londres pelos parlamentaristas. Como consequência, houve diversas batalhas ao longo de 5 anos onde o exército roialista atacava ou defendia-se do parlamentarista e refugiava-se em Oxford até sua derrota e consequente fuga de Carlos I em 1646. [3]

Oxford, a mais antiga universidade de língua inglesa foi fundada em 1090. “Na ocasião, o Rei Henrique II da Inglaterra proibiu seus estudantes de irem para a cidade de Paris, referência de ensino daquele período.

Orgulhosa da própria história, Oxford gosta de dizer que é mais antiga que o Império Azteca, Genghis Khan e a Catedral de Notre-Dame, de Paris.

Ao longo dos séculos, a instituição foi palco de diversos acontecimentos históricos, muitos de cunho religioso. No século 14, um de seus professores fez campanha pela produção de uma Bíblia em inglês, em direta oposição ao papado”. [4]

O que significa Oxford?

Oxford foi colonizada pelos anglo-saxões e era inicialmente conhecida em inglês antigo como Oxnaford e em nórdico antigo como Öxnafurða[5] O nome vem de "vau de bois", que significava literalmente a travessia rasa do rio dos bois. Por volta de 900, uma importante rota norte-sul para o gado que conectava o sul da Inglaterra às Midlands precisava cruzar o rio Tâmisa[6] Em Oxford, o Tâmisa se divide em muitos canais, oferecendo um local relativamente raso e, portanto, atravessável para pessoas, mercadorias e animais. Oxford tornou-se assim um ponto de passagem de tráfego intenso e o início do assentamento anglo-saxão se desenvolveu em torno do local”.[5]

A Catedral da Igreja de Cristo, em Oxford, é única na combinação de uma capela universitária e uma catedral em uma fundação. Foi onde Wesley foi ordenado aos 22 anos pelo Dr. Potter, Bispo de Oxford, que mais tarde se tornou o Arcebispo de Cantuária.[6]

“Originalmente o Priorado de St Frideswide, o edifício foi ampliado e incorporado à estrutura do Cardinal's College pouco antes de sua refundação como Igreja de Cristo em 1546, desde quando funcionou como catedral da Diocese de Oxford”.[7]

Não há um “campus” na Universidade de Oxford e sim diversos colégios em Oxford que formam a universidade:

Há o “Christ Church College, onde foi estudante e Christ Church Cathedral, onde foi ordenado diácono. Exeter College, onde o pai de Wesley era estudante. Lincoln College, onde foi bolsista”.[8]

 

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Wesley e seus estudos em Oxford

 

Em março de 1726, recebeu sua toga de honra, do “Lincoln College”, da Universidade de Oxford

 

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Wesley nasceu no dia 17 de julho de 1703 e era filho de Susana e Samuel Wesley, pastor da Igreja Anglicana.  Sua mãe foi determinante na vida espiritual dos seus filhos e filhas. Chega a ser considerada a “mãe do metodismo”. 

Em 1720, João Wesley foi para a Universidade, em Oxford, graças, mais uma vez, a uma bolsa concedida, agora, pela escola: 

 “Anualmente, a escola de Charterhouse enviava quatro de seus melhores estudantes para a Universidade com uma bolsa de quarenta libras, equivalente a 800 dólares.”[9] 

Ele estudou no Christ Church College, um dos melhores estabelecimentos de cultura superior em todos os internatos que formavam a Universidade de Oxford.[10] A carreira de Wesley prosseguia brilhante. Em 1724, João Wesley se formou bacharel; no ano seguinte, foi ordenado diácono da Igreja Anglicana.[11] 

Em março de 1726, recebeu sua toga de honra, do “Lincoln College”, da Universidade de Oxford. Esse título de “Fellow”, além do valor honorífico, dava-lhe uma posição de independência.[12] Entre os anos de 1727–1729,  Wesley atuou como coadjutor de seu pai. Foi ordenado presbítero no dia 22 de setembro de 1728.[13] 

Seu irmão Carlos Wesley, em 1729, deu início a algumas atividades religiosas com alguns colegas da Universidade de Oxford, cujo grupo seria conhecido depois como Clube Santo e metodistas.[14] Logo depois, Wesley passou a participar do grupo e  assumiu a liderança. 

João Wesley disse: “Em novembro de 1729, data em que fui residir em Oxford, meu irmão, outros dois jovens cavalheiros e eu fizemos um acordo de nos reunirmos três ou quatro vezes por semana. Nos domingos à noite, líamos sobre teologia, e nas outras noites, os clássicos gregos e latinos”.[15]

 

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Carlos Wesley em Oxford

 

Sendo bom aluno, recebeu o direito de continuar os seus estudos com todas as suas despesas pagas na Universidade de Oxford. Foi eleito capitão dos graduandos no quarto ano de seus estudos

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Carlos Wesley (1707-1788) foi autor de mais outros 9 mil hinos.

Carlos Wesley nasceu em Epworth, Lincolnshire, Inglaterra, onde seu pai, Samuel Wesley, era pastor. Sua mãe se chamava Suzana.

Foi o 18º filho. Com nove anos, matriculou-se na Escola de Westminster e morava com seu irmão Samuel. Sendo bom aluno, recebeu o direito de continuar os seus estudos com todas as suas despesas pagas na Universidade de Oxford. Foi eleito capitão dos graduandos no quarto ano de seus estudos.

Na escola, defendia o aluno Guilherme Murray dos outros estudantes e ganhou sua amizade que se estendeu até o fim da vida. Guilherme veio a ser Juiz do Supremo Tribunal da Inglaterra e Conde de Mansfield. Muitas vezes, visitou Carlos Wesley, em Londres, onde Carlos era pregador metodista.

Em 1726, foi estudar em "Christ Church College", na Universidade de Oxford. Nos doze primeiros meses, pensou mais em se divertir. João Wesley procurou despertá-lo para a vida espiritual, mas ele recusou. Quando João Wesley deixou a universidade para ir ajudar seu pai, Carlos começou a sentir a necessidade de apoio para enfrentar os desafios da vida. 

Em 1729, formou o grupo entre seus companheiros de escola, que foi chamado de Clube Santo e metodista. O grupo se reunia regularmente para adoração e realizava um trabalho de caridade visitando doentes e presos. Sobre João Wesley, ele disse: "Deus houve por bem privar-me de tua companhia para assim aumentar o meu fardo. Deus que pode me fortalecer há de me conservar firme até nós nos encontrarmos outra vez. E espero que nem antes, nem depois daquela hora, cairei de novo em estado de insensibilidade. Será pelo teu auxílio, creio eu, que Deus completará aquilo que já começou em mim; e a nenhuma outra pessoa preferiria para conseguir esse fim, irmão, senão a ti”.

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O Clube Santo em Oxford

 

O começo das atividades do Clube Santo foi no fim do inverno de 1729, quando Bob Kirklam deixou sua sociedade e começou a se encontrar com Wesley e Morgan regularmente

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O começo das atividades do Clube Santo foi no fim do inverno de 1729, quando Bob Kirklam deixou sua sociedade e começou a se encontrar com Wesley e Morgan regularmente. [4]

O Clube Santo surgiu “em 1729, com Charles Wesley, William Morgan e Bob Kirkham, que passaram a se reunir com muita regularidade e a se animarem mutuamente para determinadas atividades religiosas e acadêmicas. A partir de junho do mesmo ano, com o retorno de John Wesley, o grupo se fortalece e se organiza de forma definitiva”.[5]

Wesley passa a participar do Clube Santo

Wesley tinha 26 anos quando passou a integrar e liderar o Clube Santo. Ficaria até 1735, aos 33 anos, quando foi como missionário junto com Carlos Wesley, para a Geórgia.

 “A palavra de Carlos, em maio de 1729, de que havia convencido um colega a se juntar a ele num estudo sério e a frequentar semanalmente a Igreja, encorajou João a visitar Oxford, onde ele chegou no dia de seu aniversário, 17 de junho. Durante os dois meses seguintes, João, Carlos, o amigo de Carlos, William Morgan (e ocasionalmente seu velho amigo Bob Kirkham), animavam um ao outro em suas atividades acadêmicas e religiosas, reunindo-se ocasionalmente para o estudo e indo à igreja todas as semanas. O diário de João mostra que essas reuniões entre amigos, durante essas dez semanas que ele passou em Oxford no verão de 1729, não eram regulares; mas as sementes de um modelo organizacional começaram a germinar durante esse período.”[6]

Escrevendo ao pai de William Morgan, Wesley disse: "Em novembro, I729, época em que passei a residir em Oxford, seu filho, meu irmão, eu e mais um, concordou em passar três ou quatro noites em uma semana junto. Nosso projeto era ler os clássicos, que antes tínhamos lido em privado em comum noites, e no domingo algum livro na divindade”.[7]

 A influência de Morgan

A visão de organizador de Wesley foi colocada em prática também quando William Morgan,[8] um irlandês e um dos participantes do Clube Santo, sugeriu que fossem visitados os presos e condenados na Prisão do Castelo. O jovem irlandês começou também a trazer crianças das famílias pobres de Oxford.[9]

Morgan foi o planejador de grande parte do trabalho social no início do Metodismo.[10]

Nessa etapa, eles foram chamados de Clube Santo, Traças da Bíblia e Metodistas.[11] Pouco a pouco, novos membros, tanto catedráticos como estudantes participaram das reuniões.

No dia 14 de agosto de 1730, os irmãos Wesley acompanharam Morgan na visita aos presos. “Em dezembro de 1730, o grupo expandiu suas atividades e passou a incluir a visitação aos encarcerados da prisão na cidade no North Gate (Bocardo)”.[12]

Morgan foi o planejador de grande parte do esquema de ação social dos metodistas, começou também a trazer crianças das famílias pobres em Oxford, pelo menos já no começo da primavera de 1731 (...) João percebeu bem depressa que a situação exigia uma organização permanente, e pelo fim de junho de 1731, ele contratou a senhora Plat para tomar conta das crianças. Os metodistas, entretanto, continuaram a ter um ativo interesse e participação no progresso das crianças.”[13]

Autoexame

Os metodistas de Oxford tinham suas ações guiadas para um autoexame em cada dia. Eles observavam se estavam amando mais a Deus, ao próximo, se tinham mais humildade, mortificação, abnegação, mansidão e gratidão.[14]

As reuniões

"Era costume deles reunirem-se na maioria das noites, seja em seu quarto ou em um dos outros, onde depois de algumas orações (cujo principal assunto era a caridade), eles comem a ceia juntos, e lia algum livro. Mas o principal negócio era rever o que cada um tinha feito naquele dia, em busca de seu projeto comum, e consultar os passos que deveriam ser dados em seguida”.[15]

O compromisso

“O compromisso incluía várias particularidades: conversar com jovens estudantes, visitar as prisões, instruir algumas famílias pobres, cuidar de uma escola e de uma casa de trabalho paroquial. Eles se esforçaram muito com os membros mais jovens da Universidade, para resgatá-los das más companhias, e encurralá-los em uma vida sóbria e estudiosa... Alguns ou outros iam ao Castelo todos os dias, e outro mais comumente a Bocardo; quem viesse ao Castelo devia ler na Capela para quantos prisioneiros assistisse, e conversar com o homem ou homens que ele havia tomado parte no comando.”[16]

 

 

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Igreja de Cristo e Faculdade Lincoln

 

A Igreja de Cristo é uma faculdade em Oxford pertencente à Igreja Anglicana fundada em 1546 pelo rei Henrique VIII

 

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“O primeiro grupo wesleyano a ser chamado de metodista se reuniu na Christ Church, em Oxford”.

A Igreja de Cristo é uma faculdade em Oxford pertencente à Igreja Anglicana fundada em 1546 pelo rei Henrique VIII.

Era o local onde Wesley, Carlos e alguns membros do Clube Santo estudaram, a maior faculdade de Oxford.

Benjamin Ingham era da Faculdade Queen's College, Oxford.[19] Charles Kinchen foi educado  no Corpus Christ College, em Oxford. John Gambold foi do Christ Church College, em Oxford, etc.

Mais tarde, Wesley para ser ordenado sacerdote na Igreja da Inglaterra, foi eleito membro da Faculdade Lincoln em Oxford. “Como bolsista, Wesley tinha garantido um quarto, refeições, alunos para lecionar e uma bolsa anual vitalícia, desde que permanecesse solteiro”.

Wesley e  Carlos Wesley “foram ordenados na Catedral da Igreja de Cristo quando eram anglicanos”.

 Ponto central

Qual era o ponto central da espiritualidade dos metodistas de Oxford?

Era a religião do coração, a vida interior, que leva a uma vida santa, que são características pietistas:  “Era, então, um estado interior da alma refletido no (e medido pelo) seu estilo de vida cristã.”[23]

Outra característica dos metodistas de Oxford foi que as várias regras e métodos que dirigiam as atividades dos metodistas originavam-se, geralmente, do grupo de João Wesley depois de testadas.[24]

O encargo piedoso de Wesley tinha o objetivo de salvar sua própria alma.[25] Com este objetivo ele foi depois para a América, em 1735.

“Estima-se que entre 1729 e 1735 cerca de quarenta e cinco indivíduos estiveram envolvidos em atividades metodistas na universidade. Suas carreiras subsequentes são, em muitos casos, difíceis de rastrear, embora a maioria tenha sido ordenada e adquirido vida anglicana, como Robert Kirkham (c.1708-1767), um dos primeiros membros do Clube Santo”. [26]

 

 

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Wesley prega seu primeiro sermão em Oxford

 

“Foi aqui que preguei meu primeiro sermão, quarenta e seis anos atrás”

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Na quarta-feira, dia 16 de outubro de 1771, Wesley disse: “Eu preguei em South Lye. Foi aqui que preguei meu primeiro sermão, quarenta e seis anos atrás. Um homem estava na minha audiência atual que a ouviu. A maioria do resto vai para sua longa casa”.[16]

Foi em “26 de setembro de 1725, que foi o domingo imediatamente após sua ordenação”.[17] Outros colocam a data de 3 de outubro.

Atualmente, The Lye é uma área no bairro metropolitano Dudley, no condado de West Midlands.

Wesley foi ordenado diácono na Igreja Anglicana no domingo, 19 de setembro de 1725.

“Tinha 22 anos. Ele foi ordenado na Catedral da Igreja de Cristo na Universidade de Oxford pelo Dr. Potter, Bispo de Oxford, que mais tarde se tornou o Arcebispo de Cantuária”.[18]

A “igreja paroquial da pequena vila de Soutll Leigh (às vezes escrita e mais comumente pronunciada Lye), cerca de duas milhas a sudeste de Witney e nove milhas a oeste de Oxford, como cenário da primeira pregação de John Wesley”.[19]

Wesley pregou sobre “Mateus 6:33, ‘Buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça."

 

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Wesley é ajudante do seu pai antes de retornar a Oxford

 

 

Wesley foi ordenado diácono na Igreja da Inglaterra em 1725 e depois ordenado sacerdote em 1728. Ele se tornou pároco de seu pai na paróquia de Wroot e permaneceu no cargo por dois anos antes de retornar a Oxford

 

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Wesley foi batizado quando criança na igreja de seu pai, St Andrew's em Epworth.[20] 

“A Antiga Reitoria em Epworth foi a casa da família Wesley até 1735. Foi reconstruído depois que um incêndio destruiu o edifício original em 1709.”[21] 

Depois de frequentar a escola Charterhouse em Londres, Wesley foi para Christ Church, Oxford, onde recebeu o diploma de bacharel, em 1724, e o mestrado em 1727. [22] 

Wesley foi ordenado diácono na Igreja da Inglaterra em 1725 e depois ordenado sacerdote em 1728. Ele se tornou pároco de seu pai na paróquia de Wroot e permaneceu no cargo por dois anos antes de retornar a Oxford. [23] 

“Em agosto de 1727, ele se tornou o cura de seu pai, vivendo e oficiando principalmente em Wroot, fazendo visitas a Oxford, onde foi ordenado sacerdote (22 de setembro de 1728) pelo bispo Potter. Ele ficou muito impressionado com um ditado de Thomas Haywood (falecido em 1746), que o examinou, no sentido de que entrar no sacerdócio era "desafiar toda a humanidade". Ele fez uma visita a Staunton, Worcestershire, a casa de Betty Kirkham, irmã de Robert Kirkham. Nessa época, ele leu a 'Perfeição Cristã' (1726) de William Law, seguida por seu 'Serious Call' (1729). Esses escritos o ajudaram a estabelecer um padrão mais alto para a vida religiosa, e 'tudo apareceu em uma nova visão'. Wesley, em julho de 1732, conheceu Law pessoalmente em Putney, e foi por ele apresentado à 'Theologia Germanica' e outros livros da mesma classe. Sua ruptura com os místicos na vida após a morte foi completa. Jacob Boehme ele tratou como 'fustiano' e Swedenborg como um louco. Sua severa 'Carta' (1756) para Law nunca foi reimpressa na íntegra.[24] 

Samuel Wesley foi pastor da Igreja de St. James em Epworth por 39 anos. 

Samuel queria que um de seus filhos assumisse o ministério em Epworth. “Então Samuel pediu a John que deixasse Oxford e tomasse seu lugar como pastor da Igreja de St. James. John respondeu com uma carta dando 26 razões pelas quais ele não poderia fazê-lo. A maioria das razões tinha a ver com o fato de que era melhor para sua alma se ele ficasse em Oxford”. [25]

Em novembro de 1734, Samuel estava ansioso para ver Wesley nomeado como seu sucessor em Epworth. “Seu irmão Samuel, que havia recusado o cargo, escreveu fortemente, quase com raiva, para pedir obediência a João. Mas Wesley não foi movido nem pela súplica de seu pai nem pelos argumentos de seu irmão. Ele pensou que havia mais coisas boas a serem feitas em Oxford e que ele poderia fazê-lo. A correspondência se estendeu até fevereiro de 1734-5. No entanto, parece de uma carta de 15 de abril (quando seu pai estava morrendo) que ele havia solicitado a sucessão de Epworth; Edmund Gibson, bispo de Londres, era ‘o obstáculo’ para sua promoção”. [26] 

As últimas palavras de Samuel foram endereçadas aos filhos. Para João, ele disse: "A testemunha interior, filho, a testemunha interior, essa é a prova, a prova mais forte, do cristianismo".

Para Charles, ele disse: "Seja firme. A fé cristã certamente reviverá neste reino. Você verá, embora eu não”. [27] 

Samuel Wesley faleceu em 25 de abril de 1735.

 

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Companheiro de Oxford na viagem missionária

 

sobre seus companheiros de viagem: “O Sr. Benjamin Ingham, do Queen's-College, Oxford, o Sr. Charles Delamotte, filho de negociante em Londres, que se ofereceu alguns dias antes, meu irmão Charles Wesley, e eu

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Wesley escreveu em seu diário, na terça-feira, 14 de outubro de 1735, sobre seus companheiros de viagem: “O Sr. Benjamin Ingham, do Queen's-College, Oxford, o Sr. Charles Delamotte, filho de negociante em Londres, que se ofereceu alguns dias antes, meu irmão Charles Wesley, e eu, pegamos barco para Gravesend, a fim de embarcar para a Geórgia”. [28]

Propósito de ir à Geórgia

Wesley completou falando do propósito de ir à Geórgia: “O motivo que nos levou a deixar nossa terra natal, não era fugir à privações (Deus nos havia dado bastante bênçãos materiais) nem ganhar o refúgio de riquezas ou de honras; mas simplesmente isso – salvar a nossa alma: para vivermos exclusivamente para a honra e glória de Deus. À tarde, encontramos o navio Simmonds e embarcamos imediatamente”. [5]

 

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Pregando em 1740 em Oxford

 

“Saí de Londres e na noite seguinte vim para Oxford, onde passei os dois dias seguintes a examinar as cartas que tinha recebido para os dezesseis ou dezoito anos passados

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Na quinta-feira, 3 de janeiro de 1740, Wesley disse: “Saí de Londres e na noite seguinte vim para Oxford, onde passei os dois dias seguintes a examinar as cartas que tinha recebido para os dezesseis ou dezoito anos passados. Quão poucos vestígios de religião interior estão aqui! Encontrei apenas um entre todos os meus correspondentes que declararam (o que bem me lembro, naquela época eu não sabia como entender), que Deus havia ‘derramado seu amor em seu coração’ e lhe dera a ‘paz que excede todo o entendimento’. Mas quem acreditou em seu relatório? Devo esconder uma triste verdade ou declará-la para o benefício dos outros? Ele foi expulso de sua sociedade como um louco; e, sendo renegado por seus amigos e desprezado e abandonado de todos os homens, viveu obscuro e desconhecido por alguns meses, e depois foi para Aquele a quem sua alma amava”.[29]

 

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O último sermão na Igreja de Santa Maria, em Oxford

 

Quando você ler este sermão, você provavelmente não ficará surpreso ao descobrir que esta foi a última vez que Wesley foi convidado para pregar em St. Mary

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Na Igreja de Santa Maria, em Oxford, João Wesley pregou várias vezes.[30]

Houve um sermão pregado por Wesley em Santa Maria que fez com que ele não fosse mais convidado para pregar ali.

“John Wesley pregou o sermão "Cristianismo Bíblico" na St. Mary's, Universidade de Oxford como o sermão final que ele pregou antes da universidade em 24 de agosto de 1744. Neste sermão, Wesley confronta sem rodeios a Universidade de Oxford com sua falha em viver de acordo com o ensino das Escrituras. Quando você ler este sermão, você provavelmente não ficará surpreso ao descobrir que esta foi a última vez que Wesley foi convidado para pregar em St. Mary”.[31]

O texto bíblico base foi: "Quase me persuade a ser cristão" (Atos 26.28). 

Wesley afirmou: “E muitos há que vão tão longe: desde que a religião cristã estava no mundo, houve muitos em todas as épocas e nações que foram quase persuadidos a serem cristãos. Mas, vendo que não adianta nada diante de Deus ir apenas até aqui, é altamente importante considerar:

Primeiro. O que está implícito em ser quase,

Em segundo lugar. O que em ser um cristão”.

Wesley conclui dizendo: “Que todos nós possamos experimentar o que deve ser, não quase apenas; mas totalmente cristãos; sendo justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Jesus; sabendo que temos paz com Deus por meio de Jesus Cristo; regozijando-se na esperança da glória de Deus; e tendo o amor de Deus derramado em nossos corações, pelo Espírito Santo que nos foi dado!”[32]

 

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Conferência dos metodistas de Oxford

 

Seward testemunhava a fé e estava presente na conferência dos metodistas de Oxford

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William Seward (1702-1740) nasceu em Badsey, Inglaterra. Era filho de John e Mary, uma família rica. Seward foi bem sucedido financeiramente trabalhando em imobiliária.

 

Foi para Londres e, em 1738, após a morte de sua esposa, conheceu Carlos Wesley, em Fetter Lane. Logo se converteu e passou a apoiar financeiramente as causas metodistas.

 

Seward escreveu, posteriormente, em seu diário: "Não posso elogiar suficientemente a Deus por me trazer da escuridão para sua maravilhosa luz (...) esta é uma fé que nunca senti antes que o Sr. Charles Wesley me explicasse. Não posso deixar de honrá-lo como um instrumento na mão de Deus por me mostrar o verdadeiro caminho da salvação por Jesus Cristo”.

 

Wesley descreveu Seward, de 36 anos, como uma “alma zelosa que só conhecia o batismo de João’, mas uma semana depois notou que Seward testemunhava a fé e estava presente na conferência dos metodistas de Oxford”. Ele se tornou um cristão muito sério e um ajudante fiel que serviu ao Senhor com uma fervente devoção.

 

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Pregando no castelo de Oxford

 

“No dia seguinte, preguei mais uma vez no castelo de Oxford”

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 Wesley aproveitava todas oportunidades para pregar. Quando surgia uma dificuldade, ele ia para outro local, mesmo sendo local simples, para pregar para às pessoas.

Durante sua vida e suas viagens, ele escreveu em seu diário:

“À noite, preguei no mercado”;

“Eu preguei no Bosque em Edinderry”;

“Eu preguei um sermão fúnebre em Kingswood”;

“Eu preguei por volta do meio-dia em Sanduíche, e à noite no Margate”;

“No dia seguinte, preguei mais uma vez no castelo de Oxford”;

“Preguei na rua de Portadown”;

“Eu preguei cerca das dez no Tribunal em Manorhamilton;

“Eu preguei no cais, em Kingswood e perto da King's Square”.

Em “25 de agosto de 1783, cheguei a Gloucester à tarde; à noite preguei na Câmara Municipal, creio que não em vão”.

 

 

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Contemporâneo de Charles Wesley em Christ Church, Oxford

 

Robert Jones (1706-1742) foi educado em Christ Church, Oxford, onde foi contemporâneo de Charles Wesley

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A família Jones e o castelo de Fonmon foram importantes para o desenvolvimento do metodismo no sul do País de Gales.

“A base de operações de Wesley, durante suas visitas à cidade, foi o castelo de Fonmon, onde ele desfrutou de excelente hospitalidade de membros da nobreza que eram fervorosos e leais apoiadores da causa metodista. Estes eram Robert Jones e sua esposa Mary, que eram recém-convertidos”.[33]

O local era agradável e onde se podia descansar. Em 19 de abril de 1744, Wesley expressou o desejo de ficar algum tempo em Fonmon, mas os compromissos o impediram.

Fonmon hoje é uma aldeia no Vale de Glamorgan, no sul do País de Gales.Conhecida pelo lago de patos e pelo castelo.

Fonmon agora faz parte do distrito O Vale de Glamorgan. Foi frequentemente visitado por John Wesley.  [34]

As duas famílias que foram proprietárias do castelo foram   “Johns, e a partir de 1656, pelos descendentes do coronel Philip Jones ».[35]

« A família Jones descende do coronel Philip Jones (1618-74), um líder militar e político galês que ganhou destaque dentro do exército parlamentar durante a Guerra Civil Inglesa, quando como governador de Swansea defendeu com sucesso a cidade das forças realistas ».[36]

Lìderes ilustres

Seus desdendentes se tornaram « líderes locais ilustres. Um dos mais proeminentes foi Robert Jones II (1706-42), que deu as boas-vindas aos líderes metodistas Howel Harris e Charles Wesley em Fonmon. Este último escreveu uma elegia por sua morte prematura em 1742.[37]

O metodista Robert Jones, bisneto de Oliver,  « foi quem fez a próxima grande reforma do castelo ». [38]

Quem foi Robert Jones?

“Robert Jones (1706-1742) foi educado em Christ Church, Oxford, onde foi contemporâneo de Charles Wesley. Ele retornou à sua propriedade em Fonmon sem se formar. Foi xerife de Glamorgan em 1729. Em 1732 casou-se com Mary e tiveram cinco filhos”. [39]

Robert Jones “converteu a sala de jantar no Castelo de Fonmon em uma capela, estabeleceu uma sociedade local”.[40]

Roberto II era um homem religioso

“Ele e sua esposa recebiam regularmente João e Carlos Wesley em Fonmon. Ele morreu quando Roberto III era apenas uma criança e sua educação foi determinada pela Sra. Jones e pelos irmãos Wesley.”[41]

Nos arquivos da família Jones há “uma série de cartas de John e Charles Wesley para Mary Jones, a viúva de Robert Jones II, que esteve na Christ Church com Charles Wesley e convidou os irmãos para pregar no bairro”.[42]


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Pregando em 1733 sobre perfeição cristã em Oxford

 

 “Em 1º de janeiro de 1733, preguei na Universidade, na Igreja de Santa Maria (Oxford), sobre ‘a circuncisão do coração”

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João Wesley utilizou algumas expressões bíblicas para explicar o que é a perfeição cristã, dentre elas, santidade, circuncisão do coração, inteira santificação e perfeição em amor. 

Ele explicou e fundamentou o que ele entendia por circuncisão do coração pregando na Universidade, na Igreja de Santa Maria 1º de janeiro de 1733. 

Ele disse: “Em 1º de janeiro de 1733, preguei na Universidade, na Igreja de Santa Maria (Oxford), sobre “a circuncisão do coração” [Deuteronômio 30: 6; Romanos 2:29; cf. Deuteronômio 10:16; Jeremias 4: 4]; um relato que fiz nestas palavras:

“É aquela disposição habitual da alma, que nas escrituras sagradas é denominada santidade e que implica diretamente ser purificado do pecado; de toda imundície tanto da carne quanto do espírito; e, por consequência, o ser dotado daquelas virtudes que estavam em Cristo Jesus; ser tão “renovado na imagem de nossa mente” [Efésios 4:23], a ponto de ser “perfeito como nosso Pai que está nos céus é perfeito” [Mateus 5:48.].[43] 

 

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Mulheres respondem à pregação em Oxford

 

“Ele menciona diversas mulheres, em particular, que responderam `a obra do Espírito em consequência de sua pregação em Oxford”

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Multidões vinham ouvir as pregações dos metodistas. Em 20 de maio de 1752, Wesley registrou em seu Diário:

 “Preguei em Beddick a grande multidão de Coliers (mineiros de carvão), ainda que chovia durante a pregação.”[44]

O resultado sempre foi conversões e organização dos convertidos em bands, pequenos grupos.

“Ele visitou Wales 46 vezes em missões evangelísticas, a Irlanda, 21 vezes; a Escócia, 22 vezes. Colocava em sua estratégia de pregação a sabedoria colhida numa conversa entre seus pais a respeito dele mesmo. ‘Susana’, disse Samuel à sua esposa, ‘maravilho-me com a sua paciência. Você falou àquela criança vinte vezes a mesma coisa". Ao que Suzana Wesley replica: ‘Se eu estivesse satisfeita depois de repetir a coisa somente dezenove vezes, teria perdido todo o meu tempo. Foi a vigésima vez que coroou as demais ".[45]

Alguns dos convertidos foram muito impactados e se tornaram pregadores de Wesley tanto pela sua pregação como pelo contato pessoal.

“Ele menciona diversas mulheres, em particular, que responderam `a obra do Espírito em consequência de sua pregação em Oxford”.[46]

 

 

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A origem da Sociedade em Oxford

 

 

A sociedade de Oxford teve início no fim do inverno de 1729/30 quando Bob Kirkham começou a se encontrar com João Wesley, Carlos Wesley e Morgam regularmente

 

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As sociedades religiosas foram iniciadas na Inglaterra por Anthony Horneck (1641-1697). Ele era um clérigo alemão protestante que se mudou para a Inglaterra. “Ele estudou teologia em Heidelberg e chegou à Inglaterra por volta de 1661. Em 1663 foi nomeado membro do Queen's College, Oxford e vigário de All Saints, Oxford, em 1664”.[47] 

Anthony foi um pietista fervoroso, anglicano comprometido, pregador e um reformador.[48] 

“Ele pregou a salvação. Ele evitou disputas sobre coisas não essenciais. Mais significativamente, ele organizou sociedades religiosas de almas despertas a partir de 1678”.[49] 

Sociedade em Oxford 

Os metodistas de Oxford descobriram que a única maneira deles manterem vivo o seu zelo e a espiritualidade era se reunir com frequência juntos[50]. 

A sociedade de Oxford teve início no fim do inverno de 1729/30 quando Bob Kirkham começou a se encontrar com João Wesley, Carlos Wesley e Morgam regularmente. 

Organizaram o Clube Santo e foram chamados de metodistas. 

Sociedades na América

Como missionário, na América, em 1735, João Wesley investiu em criar sociedades com as pessoas mais comprometidas da congregação. O objetivo foi desenvolver a vida espiritual. 

Wesley organizou duas pequenas sociedades procurando seguir o exemplo da sociedade (Clube Santo) de Oxford, Inglaterra. 

Em Frederica. Em 10 de junho de 1736, Wesley começou a ter reuniões similar ao que fazia em Oxford, no Clube Santo. Passava algum tempo com os mais comprometidos cantando, lendo e conversando. 

Em Savannah. Wesley estabeleceu um pequeno grupo com dias fixos em Savannah. 

Diante das dificuldades iniciais, Wesley entendeu que precisava ver novas formas para ser útil ao pequeno rebanho de Savannah. 

No dia 11 de abril de 1735, eles concordaram e formar “uma espécie de pequena sociedade, e reunir-se uma ou duas vezes por semana, a fim de repreender, instruir e exortar uns aos outros. 2. Selecionar destes um número mais reduzido para uma união mais intima uns com os outros, que poderia ser encaminhada, em parte por conversarmos individualmente com cada um e em parte por convidá-los por completo para a nossa casa; e isso, portanto, decidimos fazer todos os domingos à tarde”.[51]

  

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Pregando na Universidade de St. Mary's, Oxford

 

 Pregando na Universidade de St. Mary's, Oxford, em 1744. Wesley descreveu o derramamento do Espírito

 

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Pregando na Universidade de St. Mary's, Oxford, em 1744. Wesley descreveu o derramamento do Espírito baseado em Atos 4.31:

"E todos estavam cheios do Espírito Santo’, Wesley descreveu como a igreja cristã começou no dia de Pentecostes com um grande derramamento do Espírito, trazendo novo nascimento e plenitude do amor divino. Vivendo vidas sagradas caracterizadas por boas obras, esses primeiros cristãos testemunharam a fé e, desta forma, a fé passou de um indivíduo para outro até que o "reino de Deus se espalhou cada vez mais" em várias partes do mundo. Da mesma forma, Wesley declarou que Deus um dia cumprirá sua promessa de cristianizar as nações do mundo, enchendo-as com o Espírito Santo”.[52]    

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Pregando sobre circuncisão do coração em Oxford

 

 

Wesley pregou esse sermão na Universidade de Oxford. Começa dizendo que o homem sensato que prega os deveres essenciais do Cristianismo corre o risco de ser tido como divulgador de doutrinas novas

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 “Circuncisão é a do coração, no espírito, e não na letra” (Rm 2.29; Fp 3.3; Cl 2.11-15).

 

Wesley pregou esse sermão na Universidade de Oxford. Começa dizendo que o homem sensato que prega os deveres essenciais do Cristianismo corre o risco de ser tido como divulgador de doutrinas novas. As pessoas vivem tão distantes das verdades, amam mais o mundo do que a Deus, que acham que as mensagens são coisas estranhas.

 

Ele diz que a circuncisão do coração, as marcas do verdadeiro cristão não “são nem a circuncisão exterior, ou o batismo, ou qualquer outra forma externa, mas um reto estado de alma, a mente e o espírito renovados à imagem daquele que os criou”.

 

Em que consiste a circuncisão do coração?

 

É o que se chama nas escrituras de santidade, que implica em purificação de pecados e, em conseqüência, o cristão passa a ser “dotado das virtudes que também havia em Cristo Jesus; ser renovado no espírito de sua mente, de modo a ser perfeito como nosso Pai celestial é perfeito”.

 

 “A circuncisão implica em humildade, fé, esperança e caridade.”

 

A humildade é uma justa apreciação de nós mesmos. Ela purifica nossas mentes do alto conceito, “da indevida opinião acerca de nossas capacidades e talentos, que é genuíno fruto da natureza corrompida.”

 

 “Convence-nos de que somos, por natureza, mesmo em nossa melhor condição, pecado e vaidade; que a confusão, a ignorância e o erro reinam em nosso entendimento; que as paixões irracionais, terrenas, sensuais e diabólicas usurpam o domínio de nossa vontade.”

 

Sabemos que não podemos nos auxiliar, que sem o Espírito Santo nada podemos fazer, nem nutrir um bom pensamento.

 

Pela humildade conhecemo-nos a nós mesmos, por isso, não desejamos o aplauso que sabemos não merecer.

 

 “Esta é aquela humildade de mente que aprenderam de Cristo, seguindo seu exemplo e marchando em suas pegadas.” E esse conhecimento da enfermidade e a cura das enfermidades  (orgulho e  vaidade) nos levam a abraçar a fé, que é a segunda coisa que se inclui na circuncisão do coração.

 

Mas essa deve ser uma fé poderosa em Deus, que derruba fortalezas, destrói preconceitos e todos os costumes e hábitos ruins, bem como toda sabedoria do mundo.

 

Pela circuncisão do coração, os olhos do entendimento são iluminados e vemos a nossa vocação: glorificar a Deus, que nos comprou por preço elevado.

 

Essa fé é o fundamento inabalável de tudo quanto Deus revelou nas Escrituras, mas é também “a revelação de Cristo em nosso coração; uma divina evidência ou convicção de Seu amor; Seu livre espontâneo amor a mim, pecador; uma segura confiança em Sua misericórdia perdoadora operando em nós pelo Espírito Santo; uma confiança pela qual todo verdadeiro crente é habilitado a dar este testemunho: 'Sei que meu Remidor vive', que tenho um 'Advogado junto ao Pai' e que 'Jesus Cristo, o Justo', é meu Senhor e a 'propiciação pelos meus pecados'; sei que Ele 'me amou e entregou-se a si mesmo por mim'; que Ele me reconciliou com Deus e 'tenho redenção pelo sangue e o perdão de pecados”.

 

Essa fé liberta do jugo do pecado e purifica a consciência de obras mortas. Fortalece de tal modo que não mais somos constrangidos a obedecer ao pecado, mas nos entregarmos inteiramente a Deus.

 

A outra qualidade em que implica a circuncisão do coração é a esperança. O Espírito testifica no nosso próprio espírito de que somos filhos e filhas de Deus.

 

É o Espírito quem “dá uma viva expectação de receber das mãos de Deus todas as boas dádivas, uma jubilosa expectativa daquela coroa de glória que lhes está reservada nos céus. Por essa âncora, o cristão se guarda firme em meio das ondas tempestuosas do mundo, sendo libertado do perigo de lançar-se contra uma destas escolhas fatais; a presunção ou o desespero”.

 

Não desanima em face da inconcebível severidade de seu Senhor, nem considera que as adversidades da carreira que lhe está proposta sejam maiores do que as suas forças lhe permitam vencer.

 

Se desejas ser perfeito, junte às virtudes citadas, a prática do amor “e aí tens a circuncisão do coração”.

 

 “O amor resume em si todos os mandamentos. Nele está a perfeição, a glória e a felicidade. A lei real dos céus e da terra é esta: 'Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente, e de toda a tua força.”

 

Wesley diz algo importante: “Não que esse mandamento nos proíba de ter amor a outro objeto além de Deus: implica, ao revés, em que amemos também a nosso irmão. Nem proíbe (como alguns têm a extravagância de imaginar) que tenhamos prazer em qualquer coisa, exceto em Deus”.

 

O que o Senhor diz é que devemos amar a Deus como único Senhor. Não devemos ter outros deuses diante de nós. Uma só coisa desejarás: gozar daquele que é Tudo em todas as coisas. Um único objetivo terás: perseverar até o fim no gozo de Deus, no tempo e na eternidade. “Seja o que for que desejas ou temas, que procures ou evites, penses, fales ou faças - nisso palpite como alvo tua felicidade em Deus, o Fim único e a Fonte de teu ser.”

 

A procura da felicidade nas coisas do mundo gratifica o desejo da carne.

 

Wesley passa a mencionar as reflexões que fez sobre o significado da circuncisão do coração:

         “Ninguém possui credenciais que o habilitem a agradar a Deus, a não ser que seu coração seja circuncidado pela humildade; a não ser que se faça pequenino, baixo e vil a seus próprios olhos (...), a não ser que continuamente sinta no íntimo de sua alma que, sem o Espírito Santo, repousando sobre si, não pode pensar, nem desejar, nem falar, nem realizar nenhum bem, ou coisa que seja agradável à vista de Deus.”

 

Outra verdade - diz Wesley - “é que ninguém obterá a honra que vem de Deus enquanto seu coração não for circuncidado pela fé, uma fé de operação divina”.

 

Uma fé que dirija todos os passos, que  “guie todos os seus desejos, desígnios e pensamentos, todas as suas ações e conversações, como quem penetrou através do véu, para além do qual Jesus se assenta à mão direita de Deus”.

 

Em terceiro lugar, “ninguém é verdadeiramente conduzido pelo Espírito, a não ser que o Espírito testifique com seu espírito, que ele é filho de Deus”.

 

Wesley adverte que é errado ensinar que servindo a Deus não devemos ter em vista a nossa própria felicidade. Ao contrário, diz ele, somos chamados por Deus a atentarmos para a recompensa da retribuição; a contrastar o sofrimento com a alegria colocada dentro de nós. Estamos na esperança de uma herança incorruptível.

 

Por fim, Wesley fala do amor que suprime toda a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a vaidade da vida e nos leva unicamente a agradar a Deus e a amar ao próximo.

 

Diz ele: “Eis, pois, aí a súmula da lei perfeita; esta é a verdadeira circuncisão do coração”. Diz mais: “Que o homem se ofereça continuamente a Deus através de Cristo, em chamas de vivo amor”.

 

Ele conclui dizendo: “Que tua alma se encha tão completamente de seu amor, que não ames a qualquer outra coisa senão por amor dele”. Assim teremos a mente que houve em Cristo.[53]

 

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Metodistas ilustres que estudaram em Oxford

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Thomas Coke

 

Thomas Coke nasceu no País de Gales em 1747 e foi educado em Oxford, onde recebeu os diplomas de BA, MA e Doutor em Direito Civil

 

No século XVIII, Thomas Coke estudou em Oxford.

Quem foi Thomas Coke?

Thomas Coke (1747-1814) foi “outro metodista muito influente dos primeiros anos. Ordenou Jean de Quetteville e visitou as ilhas. Ele passou alguns anos em Jersey e nas Ilhas antes de se tornar uma grande figura no campo missionário”.[54]

Acompanhou e pregou junto com Wesley em Jersey e Guernsey.

“Thomas Coke nasceu no País de Gales em 1747 e foi educado em Oxford, onde recebeu os diplomas de BA, MA e Doutor em Direito Civil. Um padre anglicano ordenado, ele foi forçado por paroquianos descontentes a deixar sua paróquia por causa de suas simpatias metodistas. De 1777 a 1784, ele serviu como secretário, confidente e consultor jurídico de John Wesley”.[55]

Coordenou a área de Missões e levou o metodismo ao Caribe e diversos outros lugares, como Gibraltar. Diversas vezes foi à América. Foi a figura chave do desenvolvimento do metodismo.

“Em setembro de 1784, em Bristol, Wesley consagrou a Thomas Coke como Superintendente, um título substituído em 1787 na América pelo de Bispo”.[56]

Ele é chamado de o Pai das Missões no metodismo.

 

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Kofi Abrefa Busia, primeiro-ministro de Gana

 

 

Estudou na Universidade de Oxford e se tornou o primeiro africano a receber um diploma da University College, de Oxford.

 

Na atualidade, um dos metodistas ilustres que estudou em Oxford foi Kofi Abrefa Busia (1913-1978).

Quem foi Kofi Abrefa Busia?

Kofi Abrefa Busia (1913-1978) nasceu como membro da casa real de Wenchi, um subgrupo da Ashanti, a maior tribo de Gana. Foi criado e recebeu educação em casa de missionários metodistas, reverendo e Sra. William Whittle. Foi educado na Escola Metodista Kumasi e no Wesley College. Recebeu diploma de bacharel em Política. Foi treinado como professor na Faculdade de Wesley, em Kumasi, entre 1931 e 1932, onde se tornou professor.

Estudou na Universidade de Oxford e se tornou o primeiro africano a receber um diploma da University College, de Oxford. 

Foi o primeiro comissário do Distrito Africano na Colônia Gold Coast; o primeiro professor africano do Departamento de Sociologia da Universidade de Gana. Foi membro da Assembleia Legislativa em 1952. Em 1954, tornou-se líder da oposição no Parlamento, mas foi para o exílio. Em 1959, tornou-se professor de Sociologia e Cultura da África na Universidade de Leiden, perto de Haia, na Holanda. 

Voltou após a derrubada do governo e ocupou vários cargos no Conselho de Libertação Nacional e fundou o Partido do Progresso, que venceu as eleições em 1969. Foi primeiro-ministro de Gana (1969-1972). 

Foi o primeiro líder ganense a criar um ministério para o desenvolvimento rural. Sua ideologia política foi completamente inundada por suas convicções cristãs. Um golpe derrubou o governo, em 1972, quando ele estava na Grã-Bretanha. Gostava do hino 896, que sublinha a necessidade de louvar o Senhor. 

Seus escritos revelam sua piedade e sua fé. Era um pregador local. Tinha uma profunda piedade metodista.[57]

 

 

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[1] https://mulherdoleme.com/2019/01/18/bem-vindos-a-oxford-cidade-universitaria-e-repleta-de-historia/

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxford

[3] https://pt.wikipedia.org/wiki/Oxford

[4] https://www.estudarfora.org.br/oxford-university/

[5] https://en.wikipedia.org/ wiki/History_of_Oxford

[6]https://www.sgaumc.org/newsdetail/september-19-1725

-an-important -day-in-the-life-of-john-wesley-1411547

[7] https://en.wikipedia.org/ wiki/History_of_Oxford

[8] https://www.tours-international.com/john-wesley-group-tour

[9] JOY, James Richard. O despertamento religioso de João Wesley. Instituto Metodista Bennett, 1996, p.45-6.

[10] LILIÈVRE, Mateo, Sua Vida e Obra. São Paulo, Editora Vida, 1997, p. 32.

[11] Ibidem, p. 21, 31-7.

[12] Ibidem, p. 35.

[13] WALKER, Welliston. História da Igreja Cristã. 2 v. São Paulo: Imprensa Metodista, ASTE, 1967. P. 206.

[14] HEITZENHATER, Richard. Wesley e o povo chamado metodista. Editeo-Pastoral Bennett, 1996, p. 41.

[15] John Wesley, Obras de Wesley, Tomo V. 

[16] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16

[17]https://archives.gcah.org/handle/10516/3028; file:///C:/Users/odilo/

Downloads/Methodist-History-1975-07-Bates.pdf

[18]https://www.sgaumc.org/newsdetail/september-19-1725

-an-important -day-in-the-life-of-john-wesley-1411547

[19]https://archives.gcah.org/handle/10516/3028; file:///C:/Users/odilo/

Downloads/Methodist-History-1975-07-Bates.pdf 

[20] https://www.bbc.co.uk//humber/content/articles/2007/09/18/john_wesley.shtml

[21] Idem.

[22] Idem.

[23] Idem.

[24]https://www.historyhome.co.uk/ people/wesley.htm

[25] https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesleys-fathers-death-april-25-1735-1411702

[26] https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesleys-fathers-death-april-25-1735-1411702

[27] https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesleys-fathers-death-april-25-1735-1411702

[28] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley.

[29] A Revista de  John Wesley, Editado por  Percy Livingstone Parker, Chicagomoody Press, 1951, op.cit.

[30]https://www.umnews.org/en/news/wesley-pilgrimage-oxford-history-inspires-today

[31]https://kevinmwatson.com/2020/05/12/john-wesleys-sermon-scriptural-christianity-a-brief-summary/

[32] https://www.wesleysheritage.org.uk/exhibits/john-wesleys-sermons/sermon-sheet/?o=2661&t=feat - Capela de Wesley e Missão
Leysian 49 City Road, Londres EC1Y 1AU – The Museum of Methodism & John Wesley’s Housed=

[33] http://daibach-welldigger.blogspot.com/2011/03/john-wesley-in-cardiff-part-1-1739-1746.html

[34] https://www.visionofbritain.org.uk/place/25655

[35] https://en.wikipedia.org/wiki/Fonmon_Castle

[36] https://huwdavidjones.wordpress.com/2012/10/07/keeping-up-with-the-joneses-paintings-at-fonmon-castle/

[37] https://huwdavidjones.wordpress.com/2012/10/07/keeping-up-with-the-joneses-paintings-at-fonmon-castle/

[38] https://en.wikipedia.org/wiki/Fonmon_Castle

[39] https://biography.wales/ article/s-JONE-ROB-1706

[40] https://www.angelfire.com/ga/BobSanders/METHOD.html

[41] https://mail.johnsonhansonfamily.com/getperson.php?personID=I672075590&tree=JoHa

[42] https://grants.fnl.org.uk/fonmon-castle-family-and-estate-archive

[43] https://finestofthewheat.org/plain_account_01/

[44] Ibidem, p.73.

[45] http://metodistavilaisabel.org.br/docs/Joao_Wesley_O_Evangelista.pdf

[46] WESLEY, João. Trechos do diário de João Wesley, Ibidem, p.92.

[47] https://pt.frwiki.wiki/wiki/Anthony_Horneck

[48] https://www.prints-online.com/anthony-horneck-14093440.html

[49] https://www.ebay.com/itm/313628009849

 

[52] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[53] Para um melhor entendimento, leia todo sermão em Sermões de Wesley, volume I, entre as páginas 350 e 362. WESLEY, Sermões de Wesley. Tradutor Nicodemus Nunes. São Paulo: Imprensa metodista, 1953. 

[54] https://www.stmartinsjersey.org.uk/about-us/who-are-we/our-history/

[55]https://www.facebook.com/UMCHistory/photos/a.1068102873200347/1950756598268299/?type=3

[56] https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Coke_(bishop)

[57] Pesquisa: http://oxfordindex.oup.com/search?q=Kofi Abrefa Busia, http://en.wikipedia.org/wiki/Kofi_Abrefa_Busia, www.bookrags.com/biography/kofi-abrefa-busia, www.infoplease.com/.../busia-kofi-abrefa.html

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