um
modelo para nossos dias
Odilon Massolar Chaves
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Odilon Massolar Chaves
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Livros
publicados na Biblioteca Digital Wesleyana: 435
Livros
publicados pelo autor: 545
Livretos:
3
Tradutor: Google
Toda glória a
Deus!
Odilon Massolar
Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela
Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou
sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição
como paradigma para nossos dias.
Foi editor do
jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
Declaração
de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são
derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca
Etérea dos Clássicos Cristãos.
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“É claro para mim que toda a obra de Deus chamada
Metodismo é uma dispensação extraordinária de Sua providência. Portanto, não me
pergunto se várias coisas ocorrem nele que não se enquadram nas regras normais
de disciplina.” [1]
João Wesley
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Índice
·
Introdução
·
Wesley envolvido em algo extraordinário de Deus
·
Pregando para um povo incrédulo
·
As Bandas
·
A degradação moral e social na Inglaterra
·
O ministério de Wesley junto aos pobres
·
O cuidado de Wesley com a saúde física e mental
·
Wesley e os prisioneiros da Inglaterra
·
Wesley, o amor e o ensino para as crianças
·
Sua compaixão e luta contra a escravidão
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Introdução
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“Ministério de Wesley, um modelo para nossos dias”
é um livro de 41 páginas sobre o ministério pastoral na Inglaterra, no Século
XVIII.
O livro é um chamado para o ministério pastoral de
hoje olhar para a pratica pastoral de Wesley e aplicar em nosso contexto sua
visão e atitudes, de acordo com as necessidades locais.
A visão de Wesley era de que o metodismo estrava
envolvido em algo extraordinário de Deus.
Havia um mandato de Deus para o metodismo espalhar
a santidade bíblica por toda terra e nisso havia concessões de Deus para a pregação
dos leigos, ministério das mulheres e ênfase doutrinária metodista como pregar
a santidade, restaurar a doutrina do Espírito Santo. Tudo sempre fundamentado
na Bíblia.
Sempre houve uma amplitude e um equilíbrio na sua compreensão
da Bíblia e na prática do seu ministério.
Ele pregava para as pessoas se arrependerem de seus
pecados, ensinava sobre a busca da santidade e criou clinicas populares
gratuitas para o povo e lutou contra a escravidão.
O índice deste livro mostra essa amplitude: Wesley
envolvido em algo extraordinário de Deus; Pregando para um povo incrédulo; As
Bandas; A degradação moral e social na Inglaterra; O ministério de Wesley junto
aos pobres; O cuidado de Wesley com a saúde física e mental; Wesley e os
prisioneiros da Inglaterra; Wesley, o amor e o ensino para as crianças; Sua
compaixão e luta contra a escravidão
O ministério pastoral de Wesley é um modelo para os
pastores e pastoras nos dias de hoje.
A Faculdade Adventista do Paraná afirmou: “Considera-se
que a vida e o ministério de John Wesley é um exemplo que deve ser adotado
como modelo de liderança pelos pastores adventistas atuais para alcançar a eficiência
na pregação do evangelho”.[2]
A sua vida e ministério devem ser mais estudadas e
seguidas. Recomendo que comecemos com este livro.
O Autor
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Wesley envolvido em algo extraordinário de Deus
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João Wesley teve a consciência de estar envolvido
em algo extraordinário que o próprio Deus fazia no mundo.[3]
O próprio resgate da doutrina da perfeição cristã fazia
parte da responsabilidade dada por Deus ao metodismo, no século XVIII:
“A perfeição
cristã, cria Wesley, era o depositum que Deus havia entregue aos metodistas
como sua responsabilidade especial.”[4]
A própria expansão do metodismo, além da
Inglaterra, deve ser vista dentro desse entendimento de Wesley. Em 1746, ele
definiu sua visão da seguinte forma:
“(...) um chamado suficiente da Providência´ para
novos lugares, tais como Dublin ou Edinburgo: `1: Um convite de...um homem
sério temente a Deus, que tem uma casa para nos receber. 2. A probabilidade de
fazermos o melhor indo mais adiante, do que ficando mais tempo onde estamos.”[5]
A participação leiga e todo o trabalho metodista
eram vistos como uma dispensação extraordinária da providência de Deus.[6]
O ministério feminino incluindo ensino nas células
e a pregação fazia parte da Providencia Extraordinária de Deus.
Wesley acreditava ter sido o metodismo levantado
por Deus para mudar a situação vigente,
ou seja, para: “(...) reformar a nação
(...) e espalhar a santidade bíblica sobre a terra.”[7]
Fatos extraordinários comprovam o chamado
O
ministério de Wesley em Bristol, nos meses de abril e maio de 1739, foi marcado
pela presença de grandes multidões e por sinais exteriores.
Só
em abril de 1739, Wesley pregou para cerca de 45.800 mil pessoas em Bristol,
que é considerado o berço do Movimento Metodista.
Em maio de 1739, ele pregou para 39.500 pessoas. Em
junho cerca de 45 mil pessoas ouviram suas pregações. Um total em três meses de
cerca de 131.800 pessoas em Bristol.
Dois fatos marcantes passaram a ocorrer nas
pregações de Wesley, a partir de abril de 1739, em Bristol: presença de
milhares de pessoas e fenômenos espirituais com diversas pessoas, que Wesley
chamava de sinais exteriores ou sinais e maravilhas como resultado do poder de
Deus.
Dentre as definições de fenômeno está
“acontecimento raro, extraordinário”.[8] Nesse
sentido, foi um fenômeno. Wesley não afirmava que esses acontecimentos eram
avivamentos, o que só passou a acontecer mais tarde e impulsionou muito mais o
Movimento Metodista.
Wesley, disse sobre seu ministério em Bristol:
“Mostrar-te-ei aquele que até então era leão e agora é cordeiro; aquele
que era um bêbado, e agora está exemplarmente sóbrio: o prostituto que era,
que agora abomina a própria veste manchada pela carne. Estes são os meus
argumentos vivos para o que afirmo, a saber, que Deus dá agora, como antes,
a remissão dos pecados e o dom do Espírito Santo, mesmo a nós e aos nossos
filhos: sim, e isso sempre de repente, até onde eu soube, e muitas vezes em
sonhos ou nas visões de Deus. Se não for assim, sou encontrado um falso
testemunho diante de Deus. Por estas coisas eu faço, e por sua graça o
farei, testifico."[9]
E Wesley continuou pregando em Bristol em 1739 onde
Deus realizou grandes maravilhas.
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Pregando para um
povo incrédulo
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Pregando principalmente para o povo inglês, que na
sua maioria pertencia à Igreja Anglicana, um dos textos que Wesley mais pregou
foi “Rejeite todas as suas transgressões; pois por que morrereis, ó casa de
Israel?"
Como Wesley e Carlos Wesley precisaram passar por
uma profunda experiencia com Deus, a conversão. Wesley acreditava que os
ingleses também precisavam de arrependimento e conversão, depois buscar a
perfeição.
Sua pregação era para arrependimento. Nas células,
o propósito era a santidade.
No seu diário, Wesley registrou muitos desses
momentos, que mostramos aqui:
Para dar arrependimento a Israel e remissão de
pecados
“Daí fui aos moinhos batistas
e declarei aquele a quem Deus exaltou ser príncipe e Salvador, para dar arrependimento
a Israel e remissão de pecados”
Nesse período, maio de 1739, Wesley foi pregar no Moinho Batista (Baptist Mills): “Daí fui aos moinhos batistas e
declarei aquele a quem Deus exaltou ser príncipe e Salvador, para dar
arrependimento a Israel e remissão de pecados. Voltando-se para J—n H—,
descobrimos que sua voz estava perdida e seu corpo fraco como o de uma criança.
Mas sua alma estava em paz, cheia de amor e regozijando-se na esperança da
glória de Deus”.[10]
Quando as pessoas se convertiam e passavam a ter
fé, elas eram incluídas em classe, band e na sociedade com vista ao
desenvolvimento espiritual e alcançar o perfeito amor.
Palavras terríveis em 1788
Wesley pregava com
muita seriedade e consciente do que precisava pregar especialmente para os anglicanos:
“Apliquei
veementemente aquelas palavras terríveis: ‘Por que morrereis, ó casa de
Israel?”
No domingo. 14, setembro 1788,
Wesley cita o Sr. Shepherd e diz: “Tivemos o dobro de comungantes aqui de que
me lembro. Pouco antes do culto, o Sr. Shepherd veio
e me ofereceu seu serviço. Não poderia ter sido mais oportuno. Tive muita
liberdade de espírito na primeira vez que preguei hoje; mas maior às duas e
meia, e o maior de todos à noite; quando apliquei veementemente aquelas
palavras terríveis: “Por que morrereis, ó casa de Israel?”,[11] pregou Wesley.
A forte pregação de Wesley
"Às quais gritei em
voz alta: ‘Rejeite todas as suas transgressões; pois por que morrereis, ó casa
de Israel?"
Quando Wesley escreve que gritou, ele mostra sua
grande ênfase na necessidade de arrependimento do povo inglês.
Para
curar apostasias
“Deus exaltou para ser Príncipe e Salvador”
Completou Wesley: “Apliquei fortemente aquelas
graciosas palavras: “Eu curarei suas apostasias, eu os amarei livremente”, a
quinhentas ou seiscentas pessoas sérias. Em Trezuthan Downs, oito quilômetros
mais perto de St. Ives, encontramos setecentas ou oitocentas pessoas, às quais
gritei em voz alta: "Rejeite todas as suas
transgressões; pois por que morrereis, ó casa de Israel?" Depois do
jantar, preguei novamente para cerca de mil pessoas sobre Aquele a quem “Deus
exaltou para ser Príncipe e Salvador”. Foi aqui que observei pela primeira vez
uma pequena impressão causada em dois ou três dos ouvintes; os restantes, como
sempre, demonstrando enorme aprovação e absoluta despreocupação.[12]
Para curar retrocessos
“Clamei, com toda a autoridade
do amor: "Por que morrereis, ó casa de Israel?" O povo tremeu e ficou
quieto”
No sábado, 10 de setembro de 1743, Wesley disse:
“Havia orações em St. Just à tarde, que não terminaram até as quatro. Eu então
preguei na Cruz para, creio eu, mil pessoas, que se comportaram de maneira
tranquila e séria.
Às seis horas preguei em Sennan, perto do fim da
Terra; e designou a pequena congregação (composta principalmente de homens
velhos e de cabeça cinzenta) para me encontrar novamente às cinco da manhã. Mas
no domingo, 11, grande parte deles se reunia entre três e quatro horas: assim,
entre quatro e cinco, começamos a louvar a Deus; e expliquei e apliquei em
grande parte: "Curarei seus retrocesso; Eu os amarei livremente."
[13]
Com toda autoridade e amor
“Clamei, com toda a autoridade
do amor: ‘Por que morrereis, ó casa de Israel?"
Depois disse: “Descemos depois, até onde pudemos ir
com segurança, em direção ao ponto das rochas no fim da
Terra. Foi uma visão horrível! Mas como estes se derreterão quando Deus se
levantar para o julgamento! O mar entre eles de fato "ferve como uma
panela". "Alguém poderia pensar que o fundo é horrível." Mas
"embora inchem, ainda assim não podem prevalecer. Ele estabeleceu os seus
limites, que eles não podem ultrapassar" [ver Salmo 104:8].
Entre oito e nove eu preguei em St. Just, na
planície verde perto da cidade, para a maior congregação (eu fui informado) que
já tinha sido visto nessas partes. Clamei, com toda a
autoridade do amor: "Por que morrereis, ó casa de Israel?" O povo
tremeu e ficou quieto. Eu não tinha conhecido tal hora antes na Cornualha.”[14]
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As Bandas
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“A reunião da banda foi a principal expressão da
síntese de John Wesley da piedade anglicana e morávia”[15]
Wesley criou classes, bandas e sociedades.
Uma função central da banda era o que Wesley chamou de "conversa próxima".[16]
Band foi um modelo para tornar os discípulos perfeitos. Foi o local ideal para se buscar a santidade do coração.[17]
Os bands eram pequenas companhias criadas para levarem os metodistas ao perfeito amor.
Os bands foram importantes no processo de formação da organização metodista.[18]
“Além das reuniões da Sociedade e da Classe, bandas de cerca de cinco pessoas do mesmo sexo e estado civil se reuniram para confessar pecados e lutas específicas uns aos outros. Estima-se que cerca de 1 em cada 4 metodistas participavam regularmente de uma banda”.[19]
As principais atividades dos bands “eram a confissão e a oração; o alvo deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o modelo morávio; havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).”[20]
Em 1738, Wesley foi à Alemanha conhecer de perto sobre a prática cristã de homens santos e sobre as bandas.
Dentro do seu dinamismo, Wesley aplicou algumas práticas dos moravianos e outras deixou de lado.
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A degradação moral
e social na Inglaterra
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“Em
1743, a nação de seis milhões e meio de pessoas bebeu mais de 18 milhões de
litros de gim. E a maioria foi consumida pela pequena minoria da população que
então vive em Londres e outras cidades. As pessoas no campo continuaram bebendo
cerveja, cerveja e cidra”.[21]
Em 1730, havia cerca
de 7 mil lojas de gim em Londres. O gim era chamado de “a ruína da mãe.
O gim do século XVIII
na Inglaterra era um caldo do inferno.[22]
“Para muitos
londrinos da classe trabalhadora, o gim tornou-se mais do que uma bebida.
Saciava-se desesperadamente dores de fome, oferecia alívio do frio perpétuo, e
era uma fuga abençoada da brutal labuta da vida nas favelas e casas de
trabalho. Era um zumbido barato que poderia ser tido por centavos em qualquer
arquibancada decrépita da esquina ou nas entranhas de algum porão fedorento — e
rapidamente destruiu o interior da cidade de Londres”.[23]
O surgimento da
epidemia do Gin na Inglaterra foi incentivado pelo Parlamento inglês.
• “O Parlamento
inglês promoveu ativamente a produção de gim para utilizar grãos excedentes e
aumentar a receita. Incentivados por políticas públicas, espíritos muito
baratos inundaram o mercado. Foi numa época em que havia pouco estigma ligado à
embriaguez. Os crescentes pobres urbanos em Londres buscaram alívio das
realidades da vida urbana bebendo excessivamente a bebida barata. Assim, a
chamada Epidemia de Gin se desenvolveu.
• Em 1685, o consumo
de gim tinha sido de pouco mais de meio milhão de litros. Em 1714, a produção de gim era de dois milhões
de litros. Foi o dobro da produção de 1696. Em 1727, a produção oficial
(declarada e tributada) atingiu cinco milhões de galões. Seis anos depois, só a
área de Londres produziu 11 milhões de litros de gim.[24]
A degradação social na
Inglaterra, no século XVIII, atingia a todas as classes, inclusive os ministros
da Igreja.
Em 1789, “O primeiro uísque
do Kentucky foi destilado pelo Reverendo Elijah Craig, um pastor batista”.[25]
Os valores cristãos estavam distorcidos. A religião era
dissociada da vida das pessoas e dos negócios.
Mas Wesley “rejeitou a noção comum de que a religião poderia
ser mantida separada dos negócios, pois a menos que fosse permeada por valores
cristãos e dedicada aos objetivos cristãos, Wesley pensou que os negócios não
poderiam deixar de ser transformados em fins diabólicos. Wesley protestou
contra a degradação social e cultural de sua época, defendendo os pobres,
punindo a aristocracia britânica por desperdiçar e acumular seus bens,
condenando o tráfico de bebidas alcoólicas que havia reduzido a força de trabalho
do país a um estupor bêbado, e repreendendo advogados e políticos por usarem a
lei para satisfazer seus próprios desejos gananciosos”.[26]
Wesley escreveu aos soldados ingleses em 1745 apontado os
males da profissão de soldado: embriaguez, vingança, fornicação e adultério e
indicou que a embriagues é a facilitadora dos três outros males.
“Num dos seus pequenos tratados dirigidos aos soldados,
Wesley (1745a, p.5-6) explicita que "embriaguez, vingança, fornicação,
adultério" acompanham a profissão. Nesse caso, a embriaguez é vista como
facilitadora das três práticas mencionadas em seguida. Fornicação e adultério
referem-se provavelmente à procura de prostitutas por soldados; vingança,
talvez, às crueldades cometidas que iam além dos deveres do soldado de
desmobilizar ou desarmar seu inimigo. Novamente, o descontrole é o alvo do julgamento,
da censura, apesar de Wesley ter mantido durante toda a sua vida uma posição
muito crítica em relação a qualquer tipo de guerra”.[27]
Wesley tinha também uma posição cuidadosa em relação ao café
e chá. “Em seu livro de saúde e bem-estar Primitive Physick, Wesley
escreveu: "Café e chá são extremamente dolorosos para pessoas que têm
nervos fracos."[28]
Certamente, hoje muitos metodistas discordam de Wesley. Mas
outros o apoiam, como Stephen Burk:
“Gosto do conselho de homens piedosos, como John Wesley, e
Adam Clarke, e considero muito valioso. Se não bebêssemos chá e café,
refrigerante e outras bebidas com cafeína e açúcar, teríamos menos diabetes,
pressão alta e câncer. Pagaremos as consequências por comer e viver
intemperados. Sofremos pelo nosso prazer míope!!”.[29]
Dever do metodista não beber
As Regras Gerais do metodismo condenavam a bebida alcoólica.
"As Regras Gerais de 1743 descartaram a compra ou a bebida
de 'bebidas espirituosas' exceto em casos de extrema necessidade, o que
significa uso medicinal", disse Campbell. "Não foi abstinência total,
mas abstinência das coisas duras, uísque e gim em particular."[30]
“Em 1746, Wesley publicou seu primeiro guia medicinal,
"Coletânea de receitas para uso dos pobres". Em termos do uso
medicinal de álcool, o texto refere-se seis vezes ao uso de vinho (Wesley,
1746, p.5, 7, 9, 13, 14, 15). Na página 5 (receita 35), aconselha-se tomar um
remédio ou com água ou com vinho; na p.7 (receita 60), p.9 (receita 144) e p.14
(receita 168), recomenda-se tomar um remédio com uma taça de vinho branco. Tais
propostas de uso correspondem à permissão do uso medicinal "em casos de
necessidade", encontrada tanto nas "Regras gerais" como no
sermão 50”.[31]
O “guia Primitive physick (Wesley, 1747, p.XX)
distingue duas classes e diversos tipos de bebidas alcoólicas:
- Licores fortes não conseguem prevenir os males de um
excesso, nem ajudam a superar seus efeitos de forma tão segura quanto a água.
- Licores de malte (exceto uma cerveja clara ou leve [ou um
pequeno ale], em seu período de validade) são bastante prejudiciais para
pessoas frágeis [ou sensíveis].
'Licores de malte' são cervejas. A mais conhecida,
a porter, tinha de 6% a 9,5% de álcool e era uma cerveja tipo ale.
Uma pale ale, por sua vez, tinha cerca de 4,6% de álcool, e uma 'cerveja
clara ou leve', small beer, aproximadamente 2,6%. A partir da edição de
1781, Wesley refere-se também a uma 'pequena ale' (small ale). Isso parece
ter sido uma adaptação linguística, porque nessa época acabou-se
usando small ale como sinônimo de small beer.”[32]
Aqueles que bebiam eram expulsos da sociedade metodista.
A questão econômica
Wesley também questionava e combatia o uso da bebida
alcoólica por questões econômicas especialmente para o pobre.
Wesley afirmou que a metade do trigo produzido no reino era
“consumido a cada ano, não por uma maneira
tão inofensiva como jogá-lo no mar; mas convertendo-o em veneno
mortal - veneno que naturalmente
destrói, não só a força e a vida, mas também a moral
de nossos compatriotas!”[33]
E conclui: “(...), mas como o preço do trigo pode ser
reduzido? Proibindo para sempre aquela bane da saúde, aquele
destruidor de força, da vida e da virtude, destilando. Talvez só isso
responda a todo o projeto...”.[34]
Wesley entendia a bebida alcoólica como sendo prejudicial ao
ser humano, mas ele foi além, pois a questão era muito mais ampla.
A oposição de Wesley ao uso generalizado de bebidas
alcoólicas foi também econômica. “Metade do trigo produzido na Grã-Bretanha ia
para a indústria de destilação que tornava o trigo caro e, por sua vez, tornava
o pão caro e além dos meios dos muito pobres. Wesley estava, na realidade,
atacando a inflação. A carne cara foi causada por cavalheiros agricultores
achando mais rentável criar cavalos para exportação para a França e para
atender à crescente demanda por carruagens de cavalos. Carne de porco, aves e
ovos eram tão caros porque os proprietários de grandes propriedades ganhavam
mais com as culturas de dinheiro do que alugando terras para pequenos
agricultores inquilinos”.[35]
Veneno Mortal:
“... sobre a atual
escassez de provisões... Por que milhares de pessoas estão famintas, perecendo
por querer, em todas as partes da Inglaterra...?”.
Wesley via a
bebida alcoólica mais como veneno.
Escrevendo para
Jornais ou pregando, Wesley atacou a bebida alcoólica. Para ele, quem vendia
bebida alcoólica estava envenenando às pessoas.
Em 1744, Wesley
pregou 'Sobre o Uso do Dinheiro', seção 4,
e disse: “Conhece dez destiladores na Inglaterra? Então desculpe isso. Mas
todos os que os vendem da maneira comum, para qualquer um que compre, são
envenenadores gerais. Eles matam os súditos de Sua Majestade por atacado, nem
sua pena de olho ou sobressalente. Eles os levam para o inferno como ovelhas”.[36]
Quase trinta anos
depois, Wesley continuou com a mesma postura. Em 9 de dezembro de 1772, João
Wesley escreveu ao editor do Lloyd's Evening Post argumentando sobre a atual
escassez de provisões na Inglaterra.
Wesley tinha a
resposta e a solução:
“Por que o pão é tão querido? Porque tão imensas
quantidades dela são continuamente consumidas pela destilação. De fato, um
eminente destilador, perto de Londres, ouvindo isso, respondeu calorosamente:
"Não, meu parceiro e eu geralmente destilamos, mas mil quartos de milho
por semana!" Talvez sim. Suponha que 5 e 20 destiladores, dentro e perto
da cidade, consumam cada um apenas a mesma quantidade. Aqui estão cinco e vinte
mil quartos por semana, ou seja, acima de 1.250 mil quartos por ano, consumidos
dentro e sobre Londres! Adicione os destiladores por toda a Inglaterra, e não
temos razões para acreditar que metade do trigo produzido no reino é consumido
a cada ano, não por uma maneira tão inofensiva como jogá-lo no mar;
mas convertendo-o em veneno mortal - veneno que naturalmente
destrói, não só a força e a vida, mas também a moral de nossos
compatriotas!”.[37]
E quando argumentaram que a venda de bebidas
aumentava a receita do rei, Wesley, que valorizava o ser humano, afirmou que os
ingleses não deviam aumentar a receita real vendendo o sangue e a carne de seus
compatriotas!
"Bem, mas isso traz uma grande receita para o
rei." Isso é equivalente para a vida de seus súditos? Sua Majestade
venderia cem mil de seus súditos anualmente para Argel por 400 mil libras?
Certamente não. Será que ele vai vendê-los por essa soma, para serem
massacrados por seus próprios compatriotas? — Mas caso contrário, os porcos da
Marinha não podem ser alimentados! A não ser que sejam alimentados com carne
humana? não, a menos que eles estejam gordos com sangue humano? O não diga em
Constantinopla, que os ingleses aumentam a receita real vendendo o sangue e a
carne de seus compatriotas! ...”[38]
Wesley tem uma solução para a redução do preço do
trigo e, consequentemente do pão:
“Mas como o preço do trigo pode ser reduzido? Proibindo
para sempre aquela bane da saúde, aquele destruidor de força, da vida
e da virtude, destilando. Talvez só isso responda a todo o
projeto...
Sou, senhor, seu humilde servo, JOHN WESLEY.”[39]
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O ministério de Wesley junto aos pobres
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“Durante toda a sua vida, ele não teve vergonha de
implorar por eles. Da venda de livros e panfletos durante sua vida, estima-se
que ele tenha acumulado £ 30.000 que ele doou. Em 1785, ele formou a Sociedade
Amiga dos Estranhos ‘instituída para o alívio não de nossa sociedade
[metodista], mas de estranhos pobres, doentes e sem amigos".[40]
Coleta
para os pobres
“Fiz outra coleta na quinta-feira e uma terceira no
domingo, pela qual pudemos alimentar cem, às vezes cento e cinquenta, por dia,
daqueles que mais precisamos”
Na segunda-feira, 21 de janeiro de 1740, “eu
preguei em Hannam, a quatro milhas de Bristol”, disse Wesley. “À noite, fiz uma
coleta em nossa congregação para o alívio dos pobres, sem o portão de Lawford;
que, não tendo trabalho (por causa da geada severa) e sem assistência da
paróquia em que viviam, foram reduzidos à última extremidade”, escreveu Wesley.
“Fiz outra coleta na quinta-feira e uma terceira no domingo, pela qual pudemos
alimentar cem, às vezes cento e cinquenta, por dia, daqueles que mais precisamos.”[41]
Escola para os filhos dos colisores
"Para que seus filhos também pudessem conhecer
as coisas que contribuem para a sua paz”
Na terça-feira, dia 27 de novembro de 1738, Wesley
fez um breve relato do trabalho metodista em Kingswood e do atual
empreendimento.
Os colisores (mineiros) de Kingswood era um povo
famoso, ingovernável, chamado de selvagem rude. Poucas pessoas se aventuravam a
ir até Kingswood.
Mas eles foram transformados pelas pregações de
Whitefield e Wesley.
"Para que seus filhos também pudessem conhecer
as coisas que contribuem para a sua paz, já fazia algum
tempo que se propunha construir uma casa em Kingswood; e depois de muitas
dificuldades previstas e imprevistas, em junho passado as bases foram lançadas.
O terreno escolhido estava no meio da floresta, entre as estradas de Londres e
Bath, não muito longe do chamado Two Mile Hill, a cerca de três milhas medidas
de Bristol”, [42]
escreveu Wesley.
“Duas pessoas estão prontas para ensinar, assim que
a casa estiver apta a recebê-las”
Wesley relatou: "Aqui uma grande sala foi
iniciada para a escola, tendo quatro pequenas salas em cada extremidade para os
professores (e, talvez, se agradasse a Deus, algumas crianças pobres) para se
alojarem. Duas pessoas estão prontas para ensinar, assim que a casa estiver
apta a recebê-las, cuja concha está quase terminada; de modo que se espera que
o todo seja concluído na primavera ou no início do verão”.[43]
Ajudando
aos pobres
“À noite, fiz uma coleta em nossa congregação para
o alívio dos pobres”
Na segunda-feira, dia 21 de janeiro de 1740,
“preguei em Hannam, a quatro milhas de Bristol”,
disse Wesley. “À noite, fiz uma coleta em nossa congregação para o alívio dos
pobres, sem o portão de Lawford; que, não tendo trabalho (por causa da geada
severa) e sem assistência da paróquia em que viviam, foram reduzidos à última
extremidade. Fiz outra coleta na quinta-feira e uma terceira no domingo, pela
qual pudemos alimentar cem, às vezes cento e cinquenta, por dia, daqueles que
mais precisamos”.[44]
Empregando pobres
“Levamos doze dos mais pobres e um professor para a
sala da sociedade, onde eles foram empregados por quatro meses”
Na terça-feira, 25 de novembro de 1740, em Londres,
“depois de vários métodos propostos para empregar aqueles que estavam fora do
negócio, decidimos fazer um teste de um que vários de nossos irmãos nos
recomendaram”, [45]disse Wesley
“E o projeto respondeu: eles foram empregados e
mantidos com muito pouco mais do que o produto de seu próprio trabalho”
“Nosso objetivo era, com o menor gasto possível”,
disse Wesley, “mantê-los imediatamente longe da carência e da ociosidade, a fim
de que, levamos doze dos mais pobres e um professor para
a sala da sociedade, onde eles foram empregados por quatro meses, até que a
primavera chegou, em cardagem e fiação de algodão. E o projeto respondeu: eles
foram empregados e mantidos com muito pouco mais do que o produto de seu
próprio trabalho”.[46]
Plano para a sociedade ajudar aos carentes
“Muitos de nossos irmãos e irmãs não tinham comida
necessária; muitos eram destituídos de roupas convenientes”
Na quinta-feira, 7 de maio de 1741, “lembrei à
Sociedade Unida que muitos de nossos irmãos e irmãs não tinham comida
necessária”, disse Wesley, “muitos eram destituídos de roupas convenientes;
muitos estavam fora do negócio, e isso sem culpa própria; e muitos doentes e
prontos a perecer: que eu tinha feito o que em mim estava para alimentar os
famintos, vestir os nus, empregar os pobres e visitar os doentes; mas não era,
por si só, suficiente para essas coisas; e, portanto, desejava todos cujos
corações eram como o meu coração:
1. Trazer as roupas que cada um poderia poupar para
serem distribuídas entre as que mais quisessem.
2. Dar semanalmente um centavo, ou o que eles
podiam pagar, para o alívio dos pobres e doentes.
Meu projeto, eu lhes disse, é empregar para o
presente todas as mulheres que estão fora do negócio, e o desejam, no tricô.
A estes damos, em primeiro lugar, o preço comum
pelo trabalho que fazem; e depois adicionar, de acordo com a necessidade.
Doze pessoas são designadas para inspecioná-los e
para visitar e prover coisas necessárias para os doentes.
Cada um deles deve visitar todos os doentes dentro
de seu distrito a cada dois dias e se reunir na terça-feira à noite, para dar
conta do que ela fez e consultar o que pode ser feito ainda mais”.[47]
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O cuidado de Wesley com a saúde física e mental
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João
Wesley se preocupava com a saúde das pessoas. Ele não apenas cria no poder da
oração para curar, mas procurou publicar também livros de orientações populares
sobre cuidados com a saúde. Escreveu cartas e orientou pessoalmente.
Em 1747, ele publicou Primitive Physick, ou um método fácil e natural de curar a maioria das doenças.
“Esse volume encadernado de 119 páginas custou um xelim e se tornou um
dos livros mais populares de sua época, com 20 edições exigidas em 1781 e 36 em
1840”.[48]
João Wesley admirava os famosos médicos contemporâneos Sydenham e Dover e foi muito influenciado pelo Livro de Saúde e Longa Vida de Cheyne.[49]
“Ao considerar o interesse de Wesley em saúde e cura, é útil lembrar que o estudo da medicina básica havia se tornado parte do treinamento de Candidatos ao clero anglicano no século XVII”.[50]
De
diversas formas, Wesley deu conselhos médicos práticos às pessoas de sua época.
“Ele
publicou vários outros trabalhos relacionados à manutenção ou restauração da
saúde, incluindo uma carta a um amigo sobre o chá (1748); O
Desideratum, ou eletricidade tornada simples e
útil (1760); Pensamentos sobre o pecado de Onan, extraído
principalmente deTissot] (1767); Conselhos sobre saúde, extraído de
[Tissot] (1769); “Extrato de [William] Cadogan no Gota ”(no vol. 26
de suas Obras , 1774); e uma estimativa das maneiras de
Present Times (1782)”. [51]
Wesley
comunicou à Sociedade Metodista seu desejo e projeto de distribuir remédios aos
pobres: “Cerca de trinta chegaram no dia seguinte e, em três semanas, cerca de
trezentos. Isso continuamos por vários anos, até que, com o número de pacientes
ainda aumentando, a despesa foi maior do que poderíamos suportar”. [52]
Nos seis
primeiros meses, foram atendidos cerca de 600 pacientes.
Ele era
também fascinado pelo corpo humano e “conduziu muitos experimentos consigo
mesmo, levando ao desenvolvimento de mais de 800 remédios para 300 doenças
únicas, que ele registrou em seu livro Primitive Physick.”[53]
A maioria
dos cristãos de sua época compartilhava a convicção de que Deus proveria cura
do corpo e da alma na ressurreição, mas para Wesley ambas as dimensões da cura
divina podem ser experimentadas no presente.
Wesley
desenvolveu ministérios que incluía um papel para mulheres e homens leigos
locais nos do dia-a-dia.
“Dentro
neste caso, era o escritório do "visitante dos enfermos", de quem se
esperava visitar membros doentes em sua área três vezes por semana, para
perguntar sobre o estado de suas almas e seus corpos, e para oferecer ou obter
conselhos para eles”.[54]
Wesley
tinha um cuidado especial com a saúde das pessoas. Ele recomendava exercícios.
Ele
recomendava que o exercício “deve sempre ser feito com o estômago vazio; e
o banho frio era recomendado como “grande vantagem” para uma boa
saúde. “Promove a transpiração, ajuda a circulação do sangue; e evita
o perigo de pegar um resfriado”.[55]
Em 1788,
“Wesley enviou uma carta para Samuel Bradburn, um dos pregadores leigos, que
estava cuidando do irmão seu Charles, que estava com a saúde debilitada: Com
relação ao meu irmão, aconselho-o: (1) Quer ele vá ou não, carregue o Dr.
Whitehead para ele. (2) Se ele não pode sair, e ainda assim deve fazer
exercício ou morrer, persuadi-lo a usar [o cavalo de madeira] duas ou três
vezes por dia”.[56]
Wesley
amadureceu, ao longo do tempo, na compreensão dos problemas emocionais.
Passou a
haver uma ênfase madura de Wesley na ampla interconexão da saúde física com
saúde emocional e espiritual. [57]
Wesley
dava ênfase à dieta, exercício e descanso. Incentivava também o banho frio e o
uso de plantas e raízes para fins medicinais, etc.
Ele
recomendava: “Use uma dieta totalmente vegetal. Conheço uma que ficou
totalmente curada disso, vivendo um ano assim: tomava o café da manhã e jantava
leite e água (com pão) e comia nabos, cenouras ou outras raízes, bebendo água”.[58]
Ele
disse: “Faça o máximo de exercícios diários ao ar livre, sem cansaço”. [59]
Essas são
algumas de suas dicas para a saúde:
§
“A água é a mais saudável de todas as bebidas; acelera
o apetite e fortalece ao máximo a digestão.”
§
“O devido grau de exercício é indispensável
para a saúde e vida longa.”
§
“Aqueles que leem ou escrevem muito devem
aprender a fazê-lo de pé; caso contrário, isso prejudicará sua saúde.”
§
Para a tosse, “faça um buraco no limão e
encha-o com mel. Asse e pegue o suco. Tome uma colher de chá disso
frequentemente.”
§
Vá para a cama às 21h e levante-se entre 4h e
5h”.[60]
Uma outra
dica sua: “Use uma dieta totalmente vegetal. Conheço uma que ficou
totalmente curada disso, vivendo um ano assim: tomava o café da manhã e jantava
leite e água (com pão) e comia nabos, cenouras ou outras raízes, bebendo água”.[61]
Wesley
também reconheceu que o físico causa ou que contribui para muitos casos de
doença emocional/espiritual.
“Ele
encorajou as pessoas a ficarem longe de todos os alimentos em conserva,
defumados e salgados e a “adequar a qualidade e a quantidade dos alimentos à
força da digestão; levar sempre o tipo e a medida de comida que caem leves
e fáceis para o estômago”. [62]
“(...)
incluía remédios naturais para asma, calvície (cebola e mel), dores de ouvido,
picadas de abelha, pedras nos rins, vertigem e muito mais. Ele também
inclui dicas sobre como manter o bem-estar por meio de exercícios, uma dieta
saudável e um sono adequado.
Sob a
liderança de Wesley, pregadores e capelas metodistas eram conhecidos como
distribuidores de remédios para doenças, especialmente para aqueles que não
tinham dinheiro para ver um médico. Primitive Physick era sua
referência primária”.[63]
“Fisica Primitiva ou Método Fácil e Natural de Curar a
Maioria das Doenças” foi escrito por João Wesley.
Para
Wesley, a saúde física e espiritual está intimamente conectada.
“Em uma
carta datada de 26 de outubro de 1778, Wesley oferece este conselho revelador a
seu amigo, Alexander Knox. "Alleck ... será uma bênção dupla se você
se entregar ao Grande Médico, para que ele possa curar alma e corpo juntos. E,
sem dúvida, este é o seu desígnio. Ele quer dar-lhe ... saúde interior e
exterior”.[64]
Wesley
ensinava constantemente sobre o amor de Deus como o grande
remédio: "o amor de Deus, pois é o remédio soberano de todas as
misérias ... pela alegria indizível e perfeita calma serenidade
e tranquilidade que dá à mente ... torna-se o mais poderoso de todos
os meios de saúde e longa vida."[65]
Em 1746,
ele inaugurou uma clínica na Fundição para cuidar dos doentes.
“Em uma
carta ao Vigário Perronet datada de 1748, Wesley relata que em 5 meses, mais de
500 pessoas passaram pela clínica e 71 ‘Foram totalmente curados de doenças que
há muito se pensava serem incuráveis’ (WJW Letters 8: 265)”.[66]
Wesley trabalhou para aliviar o sofrimento dos pobres. Ele estabeleceu três clínicas gratuitas em Londres, Bristol e Newcastle.
“Como parte de suas investigações mais amplas, Wesley ficou fascinado pelo trabalho de Franklin e Priestley sobre o valor clínico da eletricidade e usou uma máquina de fricção (ainda a ser vista na Capela de Wesley em Londres), para fins terapêuticos sete anos antes do Hospital Middlesex.”
Wesley tratou de 3.000 pacientes em dez anos e escreveu “The Desideratum ou Electricity made Plain and Useful “, que foi elogiado por Priestley.[67]
Para entendermos a dimensão do ministério de Wesley na saúde, Franklin Wilder escreveu o livro: “O notável mundo de John Wesley, pioneiro em saúde mental”.
Em 1747, Wesley e uns amigos foram observar os experimentos elétricos que estavam se tornando populares. No princípio, Wesley ficou confuso com tais experimentos.
Em 1753, ele já estava apaixonado pela ideia de usar a eletricidade para a cura dos doentes.
Após ver os experimentos de Benjamin Franklin, Wesley relatou em seu Diário de 9 de novembro de 1756 que obteve um aparelho elétrico portátil. Ele escreveu: "Ordenei que várias pessoas fossem eletrificadas, que apresentavam vários distúrbios; alguns encontraram uma cura imediata, outros uma cura gradual. A partir deste momento eu marquei, primeiro algumas horas em cada semana, e depois uma hora em cada dia, onde qualquer um que o desejasse poderia experimentar a virtude deste surpreendente medicamento. Dois ou três anos depois, nossos pacientes eram tão numerosos que fomos obrigados a dividi-los; então parte foi eletrificada em Southwark, parte na Fundição, outras perto de St. Paul e o resto perto de Seven Dials. O mesmo método que adotamos desde então; e até hoje, embora centenas, talvez milhares, tenham recebido um bem indescritível, não conheci um homem, mulher ou criança que tenha sido ferido por isso”.[68]
Wesley escreveu que o choque elétrico era
benéfico para mais de 20 enfermidades, mas viu era mais eficaz no tratamento de
distúrbios nervosos.[69]
Wesley e os
investigadores perceberam que a eletricidade foram benéficas para o alivio do
sofrimento humano, mas Wesley sentiu que essas eram as leis de Deus que
deveriam ser usadas para todo fim legítimo.[70]
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Wesley e os prisioneiros da Inglaterra
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Foi no período do Clube Santo, criado em 1729 por
Carlos Wesley, que os metodistas começaram a visitar os presos na Prisão do
Castelo incentivados por Willam Morgan. No dia 14 de agosto de 1730, os irmãos
Wesley acompanharam Morgan na visita aos presos. Em dezembro de 1730, o grupo
expandiu suas atividades e passou a incluir a visitação aos encarcerados da
prisão na cidade no North Gate (Bocardo).[71]
Visitando
prisioneiros condenados
“Último bom ofício aos
malfeitores condenados”
Wesley registra em seu diário diversas visitas aos
pros, especialmente, aos condenados à morte.
Na quarta-feira, dia 3 de novembro de 1738, João e Carlos foram fazer o último bom ofício aos malfeitores condenados”, disse
Wesley. “Foi o exemplo mais glorioso que já vi, de fé triunfando sobre o pecado
e a morte. Um observador que observava as lágrimas escorrerem rapidamente pelas
bochechas de um deles em particular, enquanto seus olhos estavam firmemente
fixos para cima, alguns momentos antes de morrer, perguntou: ‘Como você sente
seu coração agora?’ Ele calmamente replicou∣: ‘Eu sinto uma paz, que eu não poderia ter sido ∣ ser possível. E sei que é a paz de Deus, que excede
todo o entendimento."[72]
“Deus dos meus pais, aceita-me também entre eles”
Wesley disse: “Meu irmão aproveitou a ocasião de
declarar o evangelho da paz, a uma grande assembleia de publicanos e pecadores.
Ó Senhor Deus dos meus pais, aceita-me também entre
eles, e não me expulse do meio das tuas crianças∣ filhos!”[73]
Pregando aos criminosos
condenados
No domingo, 17 de setembro de 1738, Wesley estava na
Inglaterra. Ele disse: “Comecei novamente a declarar em meu próprio país as
boas novas da salvação, pregar três vezes e depois expor a Sagrada Escritura a
uma grande companhia nas Minorias”.[74]
Sociedade e criminosos
“Fui aos criminosos condenados em Newgate e
ofereci-lhes a salvação gratuita”
Wesley listou o que fez: “Na segunda-feira,
alegrei-me por me encontrar com a nossa pequena sociedade, que agora consistia
em 32 pessoas. No dia seguinte, fui aos criminosos condenados em Newgate e
ofereci-lhes a salvação gratuita.
“Os piratas John Richardson e Richard Coyle
que foram enforcados”
A prisão de Newgaste executava prisioneiros. Dentre
os que foram executados em janeiro de
1738, estão:
Os piratas John Richardson e Richard Coyle
que foram enforcados em 25 de janeiro de 1738.[75]O
crime de pirataria é geralmente acompanhado de assassinato. Richardson, a ambos
os crimes, acrescentou o da fraude”.[76]
Na prisão de
Bocardo
“Comecei a ler orações em
Bocardo”
No domingo, dia 3 de dezembro de 1738, Wesley
escreveu em seu diário: “Comecei a ler orações em Bocardo (a prisão da cidade)
que há muito tempo estava descontinuada. À tarde, recebi uma carta, desejando
sinceramente, para publicar meu relato sobre a Geórgia: e outra tão
sinceramente me dissuadindo dela, "porque isso me traria muitos
problemas". Consultei Deus em sua palavra e recebi duas respostas; o
primeiro Ez. xxxiii. 2-6. O outro, portanto, suportas dificuldades, como um bom
soldado de Jesus Cristo”.[77]
Visitava uma vez por mês
“A Prisão de Bocardo costumava estar ligada à torre
de São Miguel da Porta Norte, que fazia parte da antiga muralha da cidade”.[78]
Wesley costumava visitar a prisão de Bocardo uma vez
por mês, em Oxford. Em 1772, a prisão foi demolida.
Prisioneiros do Castelo
“Oportunidade de pregar
mais uma vez aos pobres prisioneiros do Castelo”
Na quarta-feira, 14 de março de 1739, Wesley disse:
“tive a oportunidade de pregar mais uma vez aos pobres prisioneiros do
Castelo”. Na quinta-feira, dia 15, “parti de manhã cedo e à tarde
vim para Londres”, disse Wesley.[79]
Pregando para presos
condenados à morte
“Quarenta e sete estavam sob sentença de morte”
No domingo, 26 de dezembro de 1784, Wesley disse:
“preguei o sermão dos criminosos condenados em Newgate”, disse Wesley. “Quarenta e sete estavam sob sentença de morte.
Enquanto eles estavam entrando, havia algo muito horrível no tilintar de suas
correntes. Mas nenhum som foi ouvido, nem deles nem da plateia lotada, depois
que o texto foi nomeado: "Há alegria no céu por um pecador que se
arrepende, mais do que noventa e nove pessoas justas, que não precisam de
arrependimento" (ver Lucas 15:7)”.[80]
A maioria dos prisioneiros
estava em lágrimas
“Cinco dos quais morreram em paz”
“O poder do Senhor estava eminentemente presente, e
a maioria dos prisioneiros estava em lágrimas”, disse Wesley. “Poucos dias
depois, vinte deles morreram de uma só vez, cinco dos quais morreram em paz.
Não pude deixar de aprovar grandemente o espírito e o comportamento do Sr.
Villette, o ordinário; e regozijei-me ao ouvir que era o mesmo em todas as
ocasiões semelhantes”.[81]
O
amor de Wesley pelos prisioneiros
Wesley e os prisioneiros franceses
Na chamada “Guerra dos Sete
Anos” (1756-1763), a Inglaterra e França travaram uma guerra.
“Foi um conflito ocorrido entre a Inglaterra e França por terras na América do
Norte e no continente asiático. Envolveu também a Prússia, Áustria, Portugal e
Espanha.
A guerra se espalhou por três continentes e
foi travada tanto na Europa como na América e Ásia. Por isso é considerada como
o primeiro conflito mundial”.[82]
Durante a guerra, os ingleses fizeram
prisioneiros franceses. Wesley foi visitar os prisioneiros franceses.
Falando para sobreviventes da
invasão francesa
“John Wesley, fez várias viagens ao Ulster,
incluindo uma em 1760, quando falou com sobreviventes da invasão francesa,
quando uma força francesa sob o comando do comodoro François Thurot tomou
Carrickfergus, mas teve que se render quando derrotado, Thurot sendo morto, em
um engajamento naval”.[83]
Roupas para prisioneiros
franceses
Wesley foi sensível às necessidades dos excluídos e
questionador da situação social do povo. Em 1759, ele comentou sobre a difícil
situação dos presos que estavam em Knowle:
Não oprimirás um estrangeiro
“Fiquei muito afetado e preguei à noite”
Na segunda-feira, 15 de outubro de 1759, “eu caminhei até Knowle, a uma milha de Bristol, para ver os prisioneiros franceses”,[84] disse Wesley.
A vila de Knowle está situada a 3 milhas a
leste-sudeste da cidade de Solihull, West Midlands, Inglaterra.
“Cerca de onze centenas deles, somos informados,
estavam confinados naquele pequeno lugar, sem nada para deitar além de um pouco
de palha suja, ou qualquer coisa para cobri-los, exceto alguns trapos finos e
sujos, de dia ou de noite, de modo que eles morreram como ovelhas podres.”[85]
“Fiquei muito afetado e
preguei à noite (Êxodo 23:9): "Não oprimirás um
estrangeiro, porque conheceis o coração de um estrangeiro, vendo que éreis
estrangeiros na terra do Egito." [86]
“Compramos linho e pano de lã, que foram feitos em
camisas, coletes e bermudas”
Wesley foi além da pregação: “Dezoito libras foram
contribuídas imediatamente, que foram compostas de quatro e vinte no dia
seguinte. Com isso, compramos linho e pano de lã, que
foram feitos em camisas, coletes e bermudas. Cerca de uma dúzia de meias
foram adicionadas; todos os quais foram cuidadosamente distribuídos onde havia
a maior necessidade”. [87]
“Logo depois, a Corporação de Bristol enviou uma
grande quantidade de colchões e cobertores”
E Wesley foi mais além. “Logo
depois, a Corporação de Bristol enviou uma grande quantidade de colchões e
cobertores. E não demorou muito para que as contribuições fossem postas a
pé em Londres e em várias partes do reino; de modo que eu acredito que a partir
deste momento eles foram muito bem providos com todas as necessidades da vida”.[88]
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Wesley, o amor e o ensino para as crianças
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A crianças sempre mereceram atenção especial de
Wesley. Ele aprendeu em sua casa, especialmente com sua mãe Susanna Wesley, a importância
da educação e do amor.
Seu diário registra diversos momentos de atenção às
crianças, dentre elas, estão:
Visitando centenas de crianças
“Estão em tão boa ordem
quanto qualquer família privada”
Na quinta-feira, 14 de fevereiro de 1771, em
Londres, Wesley visitou uma casa que continha uma centena de crianças. Ele
ficou impressionado com o cuidado com as crianças:
“Passei pelas salas superior e inferior da casa de trabalho de Londres. Ele contém cerca de uma
centena de crianças, que estão em tão boa ordem quanto
qualquer família privada. E toda a casa é tão limpa, de cima para baixo,
quanto as necessidades de qualquer cavalheiro. E por que nem todas as casas de
trabalho em Londres, sim, através do reino, estão na mesma ordem? Puramente por
falta de senso, ou de honestidade e atividade, naqueles que a supervisionam”.[89]
Crianças desaprendendo no
orfanato
“Eles haviam desaprendido toda religião e até mesmo
seriedade”
Na segunda-feira, 6 de abril de 1772, Wesley revelou
sua decepção com um orfanato que estava longe de ensinar práticas bíblicas para
as crianças.
Ele disse: “À tarde, bebi chá na Am. O. Mas como
fiquei chocado! As crianças que costumavam se agarrar a mim e beber em cada
palavra estavam em um internato. Ali eles haviam desaprendido toda religião e
até mesmo seriedade e haviam aprendido orgulho vaidade, afetação e tudo o que
pudesse protegê-los contra o conhecimento e o amor de Deus”.[90]
Hospital para crianças pobres
“Certamente nunca houve uma porta tão aberta”
Na quarta-feira, 25 de maio de
1763, Wesley escreveu que “por volta do meio-dia, fui ao Gordon's Hospital,
construído perto da cidade para crianças pobres. É um edifício extremamente
bonito e (o que não é comum) mantido extremamente limpo. Os jardins são
agradáveis, bem dispostos e em extremamente boa ordem; mas o velho solteirão
que a fundou providenciou expressamente que nenhuma mulher deveria estar lá.[91]
Observado a escola e as
crianças
“Fiquei
impressionado com a visão da escola charter”
Wesley pregou em Ballinrobe, na sexta-feira, dia
14. No sábado seguiu para Castlebar. “Entrando na cidade” - Wesley disse –
“fiquei impressionado com a visão da escola charter; — nenhum portão para o
pátio, um grande abismo na parede, montes de lixo diante da porta da casa,
janelas quebradas em abundância, o todo um quadro de preguiça, maldade e
desolação!”[92]
“Meninos e meninas
estavam completamente sujos”
Wesley percebeu que as crianças da escola não eram
bem cuidadas. “No dia seguinte, vi cerca de quarenta meninos e meninas saindo
da igreja. Como eu estava logo atrás deles, não pude deixar de observar 1) que
não havia mestre nem amante, embora, ao que parece, ambos estivessem bem; 2)
que meninos e meninas estavam completamente sujos; 3)
que nenhum deles parecia ter ligas, com as meias penduradas nos calcanhares; 4)
que nos saltos, mesmo de muitas das meias das meninas, havia buracos maiores
que uma peça de coroa. Eu dei um relato claro dessas coisas aos curadores da
Charter School em Dublin, se elas estão alteradas ou não, eu não posso dizer”.[93]
Crianças cheias da graça
“Fiquei um pouco surpreso”
Na quinta-feira, dia 4 de junho de 1772, às cinco
horas, Wesley se despediu de umas abençoadas pessoas. “Fiquei um pouco
surpreso, ao olhá-los atentamente, ao observar rostos tão belos como nunca vi
antes em uma congregação; muitas das crianças em particular, doze ou quatorze
das quais (principalmente meninos) sentaram-se cheias na minha opinião. Mas eu
permito, muito mais pode ser devido à graça do que à natureza, ao céu interior,
que brilhou para fora”.[94]
Melhor atendimento
Sua visão de organizador foi colocada em prática
também quando William Morgan,[95]
um irlandês e um dos participantes do Clube Santo, sugeriu que fossem
visitados os presos e condenados na Prisão do Castelo. O jovem irlandês começou
também a trazer crianças das famílias pobres de Oxford. Posteriormente, Wesley percebeu que as crianças pobres precisavam de
um melhor atendimento e uma organização permanente. No fim de junho de 1731,
Wesley contratou a senhora Plat para tomar conta das crianças.[96]
Tocadas no coração
Wesley presenciou a chama do avivamento não somente
entre os jovens e adultos, mas também entre as crianças por volta do ano de
1781.[97]
Em Epworth, a industrialização havia instalado quatro fábricas de fiar e
tecer. Diversas crianças foram empregadas. Algumas delas entraram por acaso em
uma reunião de oração e foram tocados no coração.
“Alguns deles entrando por acaso em uma reunião de
oração foram tocados no coração. Seus esforços entre os companheiros mudaram
então as condições em três fábricas.”[98]
Crianças e a Escola Dominical
Wesley ficou entusiasmado também com a Escola
Dominical, que atendia especialmente as crianças. Ele acreditava que era uma
das formas de expandir o avivamento. Ele deu todo apoio ao jornalista Roberto
Raikes, quando ele deu início ao atendimento aos meninos e meninas que andavam
pela rua e incentivou aos metodistas que sempre ensinassem às crianças.[99]
Em 1787, ele escreveu a um de seus pregadores que
havia organizado uma Escola Dominical e disse:
“Parece que essas escolas serão um meio poderoso de
que Deus se valerá para propagar um avivamento religioso no país.” [100]
Criação de escolas para o povo
“Todos eram
desesperadamente pobres financeiramente”
Quase não havia preparo escolar na Inglaterra.[101]
Praticamente, só os ricos estudavam. Isto se fez, inclusive, sentir entre
os próprios pregadores metodistas. Por isso Wesley se preocupou em criar
escolas para os filhos dos pregadores metodistas, um grupo de sessenta e três
pregadores.
“Havendo na América nessa época somente oitenta e
três pregadores metodistas. Nenhum deles, com exceção do Dr. Thomas Coke, havia
estado num colégio, ou mesmo no que seria chamado agora, uma escola secundária
rudimentar. Todos eram desesperadamente pobres financeiramente.” [102]
Diante desta situação, quais foram as atitudes de
Wesley?
Wesley criou escolas para os pobres e para os filhos
dos pregadores metodistas. Entre essas escolas estão "A escola da Fundação
de Londres", "A Casa dos Órfãos em Bristol" e a "Escola
Kingswood" que os metodistas
abriram para os filhos dos mineiros de Kingswood.[103]
Whitefield, além de ser avivalista e um grande
pregador do metodismo, também se preocupava com o trabalho social. Foi ele quem
fundou a Escola Kingswood e um orfanato na Geórgia. [104]
Em 4 de janeiro de 1758, Wesley registrou em seu
Diário:
“Cheguei a
Kingswood, e fiquei contente por causa da escola, que é finalmente o que já eu
há muito queria que fosse: uma benção a todos que residem nela, e a todos os
metodistas.”[105]
Wesley observou que havia falhas no sistema
educacional da Inglaterra, mostrando assim que tinha uma atitude crítica diante
do mundo em que vivia. Eis um resumo das falhas que ele encontrou:
1) As escolas eram mal localizadas,
2) As crianças piores corrompiam as melhores,
3) A instrução religiosa era falha,
4) As disciplinas eram mal escolhidas,
5) Havia defeitos na pedagogia. [106]
Neste período, o jornalista Robert Raikes criou a
Escola Dominical para educar às crianças pobres que andavam fazendo arruaça
pelas ruas aos domingos.
Nessa escola, Raikes administrava Matemática,
Geografia e Religião, entre outras coisas. Wesley prontamente apoiou tal ideia
e a empregou nas sociedades metodistas.
Tudo indica, inclusive, que a Escola Dominical de
Hannah Ball, membro da Sociedade Metodista em High Wycombe, foi iniciada
quatorze anos antes da de Roberto Raikes.[107]
Hannah Ball,
membro da Sociedade Metodista em High Wycombe, iniciou uma Escola Dominical em
1769.[108]
A primeira Escola Dominical foi criada em 1769 pela metodista Hannah Ball (1734-1792) em Wycombe. Ela escreveu a Wesley e disse: “Hannah Ball relatou o seu trabalho a John Wesley, em 1770: “As crianças se reúnem duas vezes por semana, aos domingos e segundas-feiras. É um grupo meio selvagem, mas parece receptivo à instrução. Trabalho entre eles com a ânsia de promover os interesses de Cristo”.[109]
Assim vemos que Wesley não foi também indiferente à situação educacional na Inglaterra. Seu compromisso social compreendia também as escolas.
Quando encontrava problemas nas escolas, Wesley
demonstrava preocupação. Em 1781, ele disse sobre a Escola de Kingswood:
“Quanta
preocupação esta escola me tem dado por estes trinta anos! Faço planos, mas
quem é que vai executá-los! Eu não sei; o Senhor me ajudará!.”[110]
E quando Wesley observou o progresso na Escola de
Kingswood, ele disse, em 1786:
“Achei tudo como eu queria: as regras estão sendo
observadas e o comportamento das crianças demonstra que estão sendo governadas
com sabedoria.”[111]
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Sua compaixão e luta
contra a escravidão
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O comércio de escravos negros era algo considerado normal pelo povo inglês, que era, praticamente, indiferente a esta situação e os ricos prosperavam às custas do sofrimento do escravo.
Wesley agiu energicamente contra tal procedimento de um governo cristão, que permitia a existência da escravidão na Inglaterra. Em 1774, Wesley escreveu um livro chamado “Pensamento Sobre a Escravidão”. Assim ele se expressa nesse livro:
“Metade da riqueza de Liverpool é derivada da execrável soma de todas as vilanias comumente denominadas comércio de escravos. Desejo por Deus que o comércio de escravos nunca mais seja estabelecido. Que nunca mais roubemos e vendamos nossos irmãos como animais, nunca mais os assassinemos aos milhares e dezenas de milhares.”[112]
Argumentando contra a escravidão
A falta de misericórdia é tão nítida que não há
necessidade de provar, disse Wesley.
“De fato, diz-se, ‘que estes Negros sendo prisioneiros de guerra, nossos capitães e fatores os compram, apenas para salvá-los de serem condenados à morte. E não é esta misericórdia?" Eu respondo: (1.) Sir John Hawkins, e muitos outros, se apoderaram de homens, mulheres e crianças, que estavam em paz em seus próprios campos ou casas, apenas para salvar eles da morte? (2.) Foi para salvá-los da morte, que eles bateram fora os cérebros daqueles que eles não poderiam trazer? (3.) Quem ocasionou e fomentou essas guerras, em que essas pobres criaturas foram feitas prisioneiras? Que os excitou pelo dinheiro, pela bebida, por todos os meios possíveis, para cair sobre um ao outro? Não foram eles mesmos?”[113]
Seu livro
No seu livro “Pensamentos sobre a Escravidão”
publicado em 1774, Wesley contrastou a vida idílica dos negros no seu “habitat,
natural da África com o seu cativeiro infeliz. Ele condenou a escravidão nos
seguintes pontos: (1) Os meios cruéis de capturar os escravos; (2) os horrores
da viagem pelo mar, durante a qual muitos morriam; (3) o tratamento cruel dos
mesmos pelos donos. Refutou também o argumento que afirmava que um negro
capturado na guerra, ou em que se vendia a si mesmo, ou um filho de escravos podia,
legitimamente, ser escravizado, mostrando que a escravidão não era justificável
por motivo algum”.[114]
Quando foi atacado por causa de sua firme posição contra a escravidão, Wesley não diminuiu seu ímpeto e nem mudou a sua mensagem. [115]
“Em 1775, Wesley apontou a hipocrisia dos colonos que pediam a liberdade da tirania da Inglaterra enquanto mantinham a prática da escravidão: "um está gritando Assassinato! Escravidão! o outro silenciosamente sangra e morre!”.[116]
Influência de Wesley
para acabar com a escravidão britânica
Wesley claramente influenciou também
a líderes não metodistas, que lutaram contra o comércio de escravos e a
escravidão na Grã-Bretanha: John Newton, Henry Venn, e William
Wilberforce.
Quem foi William Wilberforce (1759 -1833)?
Ele “foi
um político britânico, filantropo e líder do movimento abolicionista do tráfico
negreiro (...). Em 1785 converteu-se ao cristianismo, mudando
completamente o seu estilo de vida e se preocupando ao longo de toda sua vida
com a reforma evangélica”.[117]
Wilberforce teve forte ligação com o
metodismo e foi influenciado por Wesley.
“O próprio Wilberforce não só sentia
simpatia, mas fazia parte desse movimento. Em 1786 ele escreveu em seu diário:
‘Espere me ouvir agora universalmente dado para ser um metodista: que Deus o
conceda pode ser dito com verdade." [118]
Nos três anos seguintes, Wilberforce
visitou Wesley, agora com 86 anos. [119]
“Wilberforce foi um fator-chave na
luta contra a escravidão e sua vida foi tocada indiretamente e diretamente por
Wesley. Wesley não só foi crucial para o
movimento que convenceu Wilberforce a entrar na causa, mas o próprio Wesley
interagiu com Wilberforce.”[120]
Escrevendo para Wilbeforce
“O reverendo John Wesley pregou seu
último sermão na casa de Belson em Leatherhead na quarta-feira, 23 de fevereiro
de 1791, e escreveu no dia seguinte sua última carta a William Wilberforce
instando-o a continuar sua cruzada contra o comércio de escravos. Ele morreu em
sua casa em City Road em 2 de março de 1791 com a idade de oitenta e oito
anos”.[121]
Carta de Wesley:
“Meu caro senhor: a não ser que o poder divino o tenha levantado para ser um athanasius contra mundum, não posso ver como poderá o senhor terminar sua gloriosa empresa, opondo-se àquela execrável vilania, que é o escândalo da religião, da Inglaterra e da natureza humana. A não ser que Deus o tenha verdadeiramente levantado para esta obra, o senhor será consumido pela oposição dos homens e dos demônios, mas, se Deus for pelo senhor, quem lhe dará conta? São eles todos juntos mais fortes que Deus? Oh! Não se canse de fazer o bem. Continue, em nome de Deus, e com a força do seu poder, até que a escravidão americana, a mais vil que já houve sob o sol, se desvaneça diante desse poder. O servo qu e o estima, João Wesley.”[122]
A consciência cristã não percebia,
na época de Wesley, que a escravidão era um crime e era algo condenado por
Deus, pois Ele quer restaurar a dignidade humana e o Evangelho é libertador,
restaurador. [123]
A oposição à escravidão não foi uma
atitude isolada de Wesley. A Conferência Anual de 1780 reconheceu que a
escravidão é contrária às Leis de Deus.[124]
“Em 2 de Fevereiro de
1807, a Câmara dos Comuns votou a favor da abolição do comércio de escravos”.[125]
Segundo vários teólogos
e historiadores, dentre eles, o bispo Sante Uberto Barbieri, a luta de Wesley
contra a escravidão cooperou para o seu fim na Inglaterra:
“A abolição da escravidão, na Inglaterra, foi
o resultado do avivamento metodista e da filantropia que inspirou por causa da
ênfase que João Wesley dava à doutrina da salvação universal e da igualdade de
todos os homens perante Deus.”[126]
===============================
[1]
https://hannahadairbonner.com/tag/john-wesley/
[2]https://revistas.faculdadeadventista.edu.br/teologia/article/view/25
[3]
REILY, Duncan Alexander. Fundamentos
Doutrinários do Metodismo brasileiro, Ibidem, p.47.
[4] REILY, Duncan Alexander. Wesley e sua
Bíblia. São Paulo: Editeo, 1997, p.39.
[5] HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o
Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996.
p. 163.
[6] Ibidem, p.248.
[7]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 230.
[8]
https://www.meudicionario.org/ fenômeno
[9]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[10]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[11]
http://media.sabda.org/alkitab-11/V6F-Z/WES_WW04.PDF
[12]
The Journal of John Wesley By John Wesley Chapter.
https://www.ccel.org/w/wesley/journal/cache/journal.pdf
[13] A Revista de John Wesley. Editado
por Percy Livingstone Parker, Chicago, Moody Press, 1951.
[14] A Revista de John Wesley. Editado
por Percy Livingstone Parker, Chicago, Moody Press, 1951.
[15]https://academic.oup.com/book/27734/chapter-abstract/197911662?redirectedFrom=fulltext
[20] Existiam diversas sociedades
na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube Santo lideravam algumas, mas
não necessariamente elas eram consideradas metodistas (HEITZENHATER, Richard
P., Ibidem, p.103).
[21]
https://www.alcoholproblemsandsolutions.org/liquor-in-the-18th-century-history-distilled-spirits-timeline/
[22]
https://www.vice.com/en/article/53jj7z/how-a-gin-craze-nearly-destroyed-18th-century-london
[23] Idem.
[24]https://www.alcoholproblemsandsolutions.org/liquor-in-the-18th-century-history-distilled-spirits-timeline/
[25]
https://www.alcoholproblemsandsolutions.org/liquor-in-the-18th-century-history-distilled-spirits-timeline/Grimes,
W. Straight Up or On the Rocks: A Cultural History of
American Drink. NY:
Simon & Schuster, 1993, pp. 52-53.
[26]
https://biblemesh.com/blog/drunks-derelicts-and-the-unquietable-conscience-of-john-wesley/
[27]
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/pkFbnhc7GfQT7tXhjHVtY4P/
[28]
https://goodnewsmag.org/2017/05/23/a-cup-of-joe-john-wesley/
[29]
https://goodnewsmag.org/2017/05/23/a-cup-of-joe-john-wesley/
[30]
https://www.christiancentury.org/article/2011-03/methodists-shun-bottle-no-one-wants-talk-about
[31]
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/pkFbnhc7GfQT7tXhjHVtY4P/
[32]
https://www.scielo.br/j/hcsm/a/pkFbnhc7GfQT7tXhjHVtY4P/
[33]
https://nodrinking.com/john-wesley-word-to-a-drunkard/
[34] Idem.
[35]
https://www.morepartisanshipplease.org/a_Religious_Issue/John-Wesley_on_social-holiness.htm
[36] https://nodrinking.com/john-wesley-word-to-a-drunkard/
[38]
https://nodrinking.com/john-wesley-word-to-a-drunkard/
[39] Idem.
[40] https://www.theguardian.com/world/2008/jan/10/religion.uk
[41]
A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a.,
editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.
[42]
A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a.,
editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.
[43]
Idem.
[44]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4
[45]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4
[46]
Idem.
[47]
A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a.,
editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.
[48]
https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/
[49]
Idem.
[51]
https://core.ac.uk/download/pdf/37749078.pdf
[52]
https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/
[53]
https://sites.duke.edu/theconnection/2014/10/13/health-tips-from-john-wesley/
[54]
Idem.
[55] https://www.ministrymatters.com/all/entry/1349/john-wesley-on-health
[56]
Idem.
[57]
Idem.
[58]
https://news.mhm.org/lifestyle-changes-and-population-health-the-words-of-john-wesley/
[59]
https://news.mhm.org/lifestyle-changes-and-population-health-the-words-of-john-wesley/
[60]
https://sites.duke.edu/theconnection/2014/10/13/health-tips-from-john-wesley/
[61]
https://news.mhm.org/lifestyle-changes-and-population-health-the-words-of-john-wesley/
[62]
https://www.ministrymatters.com/all/entry/1349/john-wesley-on-health
[63]
https://www.resourceumc.org/en/content/wesley-and-physical-health-practicing-what-he-preached
[64]
Idem.
[65]
https://news.mhm.org/lifestyle-changes-and-population-health-the-words-of-john-wesley/
[66]
https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=2480&context=asburyjournal
[67]
https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/
[68]
https://www.asa3.org/ASA/PSCF/1995/PSCF12-95Malony.html
[69]
Idem.
[70]
Idem.
[71] HEITZENHATER,
Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996.
p.40.
[72]
Um extrato do diário do rev. sr. John Wesley, de 12 de
agosto de 1738 a 1º de novembro de 1739.
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[73]
Um extrato do diário do rev. sr. John Wesley, de 12 de agosto de 1738 a 1º de
novembro de
1739.https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[74] Idem.
[76]
Idem.
[77]
Um extrato do diário do rev. sr. John Wesley, de 12 de agosto de 1738 a 1º de
novembro de 1739.
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[78]
http://ukwells.org/wells/john-wesley-visiting-bocardo-prison
[79]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[80]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/19
[81]
Idem.
[82]https://www.todamateria.com.br/guerra-dos-sete-anos/
[83]
https://ccght.org/about-the-area/history-of-the-area/modern-history/
[84]
WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista,
1965, p.108-9.
[85]
WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. Ibidem, p.108-9.
[86]https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/11
[87] WESLEY, João.
Trechos do Diário de João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista, 1965, p.108-9.
[89]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16
[90]
Idem.
[92]
Idem.
[93]
https://www.visionofbritain.org.uk//travellers/J_Wesley/16
[94]
Idem.
[95]
William Morgan influenciou os líderes do Clube Santo para o exercício da
solidariedade aos presos, crianças, idosos e pobres. No Anexo, abordaremos
sobre sua vida.
[96] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem,
p. 40-1.
[97] HEITZENHATER, Richard P.,
Ibidem, p. 277.
[98] Ibidem.
[99] WALKER, Welliston. História da Igreja
Cristã. 2 v. São Paulo: Imprensa metodista, ASTE, 1967, 224.
[100] Ibidem, p.299.
[101] “Em 1715 havia em todo o Reino Unido
somente 1.193 escolas primárias, freqüentadas por 26.920 alunos” (LILIÈVRE,
Mateo, Ibidem, p.14).
[102] LUCCOCK, Halford E. Linha de Esplendor
Sem Fim. JGEC, Imprensa Metodista, [s.d.]., p. 65. Thomás Coke nasceu em 1747,
no País de Gales, e recebeu diploma de doutor em leis. Em 1784, foi nomeado por
Wesley como Superintendente do Metodismo na América. Título, posteriormente,
mudado para Bispo.Idem, p.107-1.
[103] ROY, James Richard, ibidem, p. 80.
[104]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 121.
[105] WESLEY, João.Trechos do Diário de
João Wesley. Ibidem, p.64-5.
[106] REILY, Duncan Alexander, Ibidem, p.
9.
[107] LUCCOCK, Halford E. Linha de
Esplendor Sem Fim. JGEC, Imprensa Metodista, [s.d.] p. 86.
[108]
LUCCOCK, Halford, Ibidem, p. 86.
[109]https://www.mywesleyanmethodists.org.uk/content/people-2/lay_people/hannah-ball-friend-john-wesley-founder-first-sunday-school
[110] WESLEY, João. Trechos do Diário de
João Wesley. Ibidem, p.66.
[111] Ibidem, p. 66.
[112] LUCCOCK, Halford E. Linha de
Esplendor Sem Fim. JGEC, Imprensa Metodista, [s.d.], p. 31.
[113]
https://msa.maryland.gov/megafile/msa/speccol/sc5300/sc5339/000091/000000/000001/restricted/2002_09_10/wesley/thoughtsuponslavery.html
[114] A Influência do Metodismo na Reforma
Social da Inglaterra no Século XVIII1 Duncan Reily
[115] Idem.
[116]
http://www.digitalcommons.georgefox.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1116&context=ccs
[117]
https://www.fronteiralivre.com.br/noticia/biografia-william-wilberforce
[118]
http://www.digitalcommons.georgefox.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1116&context=ccs
[119]
Idem.
[120]
Idem.
[121]
The Impacts of Revd John Wesley’s Life and Ministry on England and Beyond: A
Reflection Uchenna Ebony Amanambu. International Journal of Religion &
Human Relations, Volume 12 No. 1, 2020
[122]
LUCCOCK, Halford E. Linha de Esplendor Sem Fim. JGEC, Imprensa Metodista,
[s.d.], p. 31.p. 30.
[123] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley - Sua
vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 283.
[124] BONINO et al. Luta pela Vida e
Evangelização. Editora Unimep - Edições Paulinas, 1985, p. 50.
[125]https://faithroot.com/2021/08/19/john-wesley-and-the-slave-trade-1-introduction/
[126]
BARBIERI, Sante Uberto. Aspectos do metodismo histórico. Editora Unimep, 1983,
p.15.
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