Profetas do metodismo no tempo da República dos Coronéis
O coronel de
coração aquecido e os profetas do metodismo brasileiro em tempo de injustiça
social
Odilon Massolar Chaves
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Chaves
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Art. 184 do Código Penal e Lei
96710 de 19 de fevereiro de 1998.
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Toda glória a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em
Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no
século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de
Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.[1]
A Igreja “não pode mais ficar calada sobre as
questões que tocam, de perto, a vida dos que vivem pelo suor do seu rosto. É a
classe esquecida até aqui; é a classe cujos interesses são desprezados ou
assaltados...”[1]
(William B. Lee)
Índice
·
Introdução
·
A figura do coronel
·
Um coronel de
coração aquecido
·
Um profeta em tempo
de uma ordem social injusta e opressora
·
O profeta em tempo
das greves
·
O profeta do
Evangelho Social
·
Profetas em defesa
dos oprimidos
Introdução
“Profetas do metodismo no tempo da República dos Coronéis” é um livro que retrata a caminhada da Igreja Metodista da Proclamação da República, em 1889, até o ano de 1930.[2]
Período de domínio das oligarquias no país. "O mandonismo, clientelismo e coronelismo são características importantes desse período."[3]
Um período marcado pela figura do coronel, que tinha grande posse de terras e atuava com o voto de cabresto dos seus empregados.
“Por meio do emprego da violência e também da barganha (troca de favores), os coronéis forçavam os eleitores a votarem nos candidatos que convinha”.[4]
O coronel foi figura chave para o controle do voto rural. Um período em que os agricultores e os operários foram muito prejudicados.
“No âmbito municipal os coronéis locais dependiam do governador para obtenção de auxílio financeiro para obras públicas e benfeitorias gerais, daí a necessidade de apoiar e obter votos para os candidatos de determinada facção das oligarquias estaduais...”. [5]
Foi quando surgiram as primeiras greves no Brasil. Foi também quando surgiram alguns metodistas que escreveram no Expositor Cristão defendendo os oprimidos.
Nem todos “coronéis” faziam parte desse esquema de votos. Relatamos a edificante história do Tenente-Coronel Quintino, um metodista, que tinha o coração aquecido.
E aqui prestamos nossa homenagem ao Coronel Rufino, homem de oração, pregador da Palavra e que foi membro da Igreja Metodista do Jardim Botânico.
Ele publicou um testemunho entusiasta no Expositor Cristão com o título “Batei Palmas", na 2ª quinzena de janeiro de 1977, revelando o que acontecia na Igreja: "O louvor exultante de efusiva alegria, têm sido marcante nos cultos de louvor e adoração e avivamento na Igreja Metodista do Jardim Botânico."[6] E, como um profeta, declarou: “Alguns, acostumados à geladeira e a mornura em certos trabalhos da Igreja, macambúzios (tristes - nota do autor) mesmo e até irritados, reclamam contra a estrepitosa harmonia na Igreja." [7]
Essa história precisa ser mais conhecida, pois os primeiros metodistas não defendiam um partido ou um candidato e sim a democracia, a liberdade e a justiça.
A base da mensagem era o Evangelho e não uma ideologia.
A figura única era
Jesus e não um líder político.
O Autor
Após a Proclamação da República, em 1889, surgiu a chamada República dos Coronéis. Alguns historiadores colocam que foi entre os anos de 1894-1930.
“O coronelismo é um fenômeno que se iniciou no Brasil após a proclamação da República. Com o fim do voto censitário – que exigia do cidadão uma renda mínima para poder votar – o número de brasileiros eleitores aumentou e as elites do império passaram a se utilizar desse fenômeno para se manter no poder”.[8]
O coronelismo foi um sistema da República Velha onde os ricos fazendeiros eram os principais responsáveis por comandar o cenário político do país.
Era conhecida como a ‘República dos Coronéis’ ou ‘República dos Oligarcas’ na República Velha (1889-1930).”[9]
Mas como surgiu a figura do coronel?
“Durante o período regencial (1831-1840), uma
série de revoltas populares eclodiram pelo país. Para controlá-las, o governo
criou a chamada Guarda Nacional. Essa guarda era particionada por grandes
senhores de terras, que ganhavam o título de “coronel”. Com o início da
República, a Guarda perdeu espaço gradualmente, até deixar de existir em 1922.
Mas o prestígio e influência dos coronéis continuou. Assim, eles se mantiveram
como chefes políticos de áreas próximas à sua propriedade, ou de sua vizinhança.
Essas áreas eram chamadas de currais eleitorais.”[10]
Uma das características do coronelismo é que os senhores rurais tinham uma forte influência e poder sobre seus subordinados nos mais diferentes aspectos da vida.
Mas o que foi o coronelismo?
“O coronelismo foi uma prática política muito comum durante a República Velha. Os coronéis eram latifundiários que exerciam o domínio político no interior do Brasil e coagiam seus subordinados a votarem em seus candidatos, mantendo-se, dessa forma, no poder. Como o voto era aberto, as fraudes eleitorais permitiam a manutenção das oligarquias no poder. Caso o eleitor não votasse no candidato indicado pelos coronéis, poderia ser punido”.[11]
“As oligarquias se mantiveram no poder durante as primeiras décadas da república por meio de alianças políticas e fraudes eleitorais”.[12]
O coronel era um latifundiário que “exercia o poder político, econômico e social, principalmente no interior do país”.[13]
Essa oligarquia durou até 1930, mas a prática de “voto de cabresto” perdura até nossos dias.
Um coronel de coração aquecido
“O tenente-coronel Quintino José de Medeiros,
vereador na passagem do século, era o proprietário da Fazenda do Sertão,
localizada no trecho barra-mansense da estrada do Rio de Janeiro, mas apresentava
um perfil empreendedor, vinculando-se a diversas iniciativas econômicas.
É importante saber que nem todo “coronel” era um manipulador.
“Os coronéis fluminenses, a despeito do poder
de influência de que usufruíam sobre os rumos da vida local, estiveram muito
longe de ser uma mímese[14]
do coronel que, veiculado na literatura brasileira, era um grande latifundiário
isolado em sua fazenda e senhor absoluto de gentes e coisas, ou seja, um
verdadeiro mandão ou potentado local. No Rio de Janeiro, o que se percebe é a
existência de vários tipos de coronéis (donos de terras remediados,
comerciantes, profissionais liberais, ...) o que, sem dúvida, aponta para um
quadro mais complexo do fenômeno.” (PINTO, 1998, pp. 104-105)”.[15]
Um exemplo é o Tenente-coronel Quintino José de Medeiros (1851-1834), filho de Manoel José de Medeiros Cabral e Porcina Maria da Conceição. [16]
Ele que se converteu na Igreja Metodista, em Barra Mansa, RJ.
Era casado com Amélia da Silva Alves e tiveram seis filhos: Aura, Nathanael, Corinto, Noemia, Almerinda e Otília. Uma de suas irmãs era Anna Maria de Medeiros Cabral.[17]
“O tenente-coronel Quintino José de Medeiros, vereador na passagem do século, era o proprietário da Fazenda do Sertão, localizada no trecho barra-mansense da estrada do Rio de Janeiro, mas apresentava um perfil empreendedor, vinculando-se a diversas iniciativas econômicas.
Em sua fazenda produzia-se a manteiga Sertão,
que segundo anúncio publicitário veiculado na imprensa tinha “pronta saída no
mercado da capital”, sendo adequadamente acondicionada em latas, bem como uma
fábrica de formicida, posteriormente transferida para a cidade”.[18]
Ele decidiu acabar com a produção de bebida alcóolica para ser batizado na Igreja Metodista.
Ele se “converteu-se pelo testemunho de alguns colonos e pela pregação de J. L. Kennedy, mas era impedido de ser batizado e tornar-se membro da Igreja porque explorava a fabricação e comércio de Aguardente. Após ser instruído sobre o assunto e na disciplina da Igreja Metodista, teria que fazer uma opção. Ele a fez de surpresa, num dia de culto, chamou os irmãos e diante de todos, ordenou a destruição dos barris de cachaça e ele, pessoalmente, ajudou a quebrar as instalações do alambique. No mesmo dia, foi recebido à comunhão da Igreja. Em 1897, o Major Quintino doou à Igreja um terreno para a construção de um templo, o que foi feito com a participação de todos. Este templo foi inaugurado em 1898 num Culto que contou com a presença de mais de 300 pessoas e, segundo os historiadores, media 200m”.[19]
Quintino abriu a fazenda para reuniões de associações e da Igreja Metodista.
“Na fazenda do tenente-coronel Quintino
funcionava a Associação Fundadora e Mantenedora da Escola Evangélica do Sertão,
da qual ele era tesoureiro, e que segundo informam os anúncios publicados no
Barra Mansa, em 1901, oferecia educação baseada nas Sagradas Escrituras.
Também na sua fazenda ficava a sede da Liga Epworth da Igreja Metodista Episcopal do Sul, voltada à instrução pública, da qual Quintino era presidente”. [20]
Quintino participou da 17ª sessão da Conferência Anual da Missão Brasileira realizada em Juiz de Fora, em 1902: “Estavam também presentes os seguintes membros leigos: Tenente Coronel Quintino José de Medeiros, Joaquim Correa Dias, Francisco A. Deslandes, Augusto Hohene, F.Crem, Dr. Lindenberg, João Alegria e o presbytero local A. J. Mello”. [21]
Em 1899 foi realizada a Conferência Distrital do Rio de Janeiro, na Igreja do Sertão, Barra Mansa: “os trabalhos das Conferências foram muito animados, para o que contribuíram muito as exmas famílias do Cel. Quintino J. de Medeiros e sr. Antonio Serra, e outras da vizinhança”.[22]
Um profeta em tempo de uma ordem social injusta e opressora
“É desanimador ver o descuido do governo, quer do federal, quer do estadual, ou municipal a respeito da agricultura (...). É revoltante a notável opressão desalmada, lenta e intensiva com que muitos proprietários tratam seus agregados”.[23]
(Antonio Cardoso da Fonseca)
A situação brasileira era caótica no final do século XIX. Na seca no Nordeste (1877-1879) morreram cerca de entre 400 e 500 mil pessoas. Outras secas vieram em 1888-1889; 1898, 1900, 1915. Muitos migraram para a Amazônia e Sudeste.[24]
Por causa dessa situação surgiram movimentos místicos e o cangaço com lideranças fortes, que se rebelaram contra uma ordem social injusta e opressora. Antônio Conselheiro (1830-1897)[25] criou uma comunidade, entre 1893-1897, em Canudos, Bahia, com cerca de 25 mil pessoas.
Viviam o sonho de uma vida melhor longe dos coronéis que exploravam o povo. Alguns padres e coronéis viram a popularidade de Antônio Conselheiro e exigiram do Governo uma ação enérgica. Espalharam que ele era uma ameaça à República. Não era uma ameaça real e sim fabricada. Na verdade, ele era um concorrente que deveria ser eliminado.
Havia no Exército militares que se inspiravam na linha dura do ex-presidente Floriano Peixoto. As três primeiras expedições do exército foram derrotadas, entre elas, a do temido coronel Moreira César, que foi derrotado e morto no 1º dia de batalha, em 3 de março de 1897.[26]
Mas na 4ª expedição, o governo mobilizou cerca de 10 mil homens - quase metade do efetivo do exército e policiais militares de Amazonas, Bahia, Pará e São Paulo - comandada pelo General Artur Oscar de Andrade Guimarães.[27]
Mais de 25 mil pessoas morreram, sendo 20 mil
sertanejos. Dezenas de jagunços que se entregaram foram degolados pelos
soldados. [28]
O arraial de Antônio Conselheiro e o sonho do povo nordestino ver estabelecido o Reino dos céus na terra acabaram no dia 5 de outubro de 1897. O episódio foi relato por Euclides da Cunha em “Os Sertões”.[29]
Em 1908, Antônio Cardoso Fonseca (1858-1915), no Jornal Expositor Cristão, criticou o governo em relação à agricultura:
“É desanimador ver o descuido do governo, quer do federal, quer do estadual, ou municipal a respeito da agricultura (...). É revoltante a notável opressão desalmada, lenta e intensiva com que muitos proprietários tratam seus agregados”.[30]
Quando ele diz que é “revoltante a notável opressão desalmada, lenta e intensiva com que muitos proprietários tratam seus agregados”, Antônio Cardoso Fonseca está falando dos coronéis, dos grandes fazendeiros.
Como o profeta Amós, que surgiu para combater uma ordem social injusta e opressora, assim surgiu Antônio Cardoso Fonseca.
Amós é chamado de profeta da justiça.
“Amós não é um profeta profissional, elemento do sistema governamental régio. É um profeta que condena a injustiça social generalizada, denunciando a cobiça desmedida dos poderosos que aumentam seus privilégios prejudicando os pequenos e traficando com as necessidades do povo”.[31]
“Não foi o vício que radicou o jogo do bicho nas camadas pobres, foi também a miséria”
O mesmo Antônio Cardoso da Fonseca escreveu um artigo sobre a pobreza e o abordou de forma profunda: “Não foi o vício que radicou o jogo do bicho nas camadas pobres, foi também a miséria, pois o desespero de obter um emprego cada vez mais difícil e menos remuneração. Para uma grande parte da população carioca o jogo do bicho se tornou uma fonte de esperança”.[32]
Ele foi redator do Expositor Cristão por duas vezes. Era dotado de inteligência incomum. Estudava com avidez.
Foi ainda um evangelizador.
“O primeiro pastor a visitar os novos metodistas no Caparaó foi o reverendo Antônio Cardoso da Fonseca, de origem portuguesa, admitido à plena conexão na Igreja Metodista em 14 de agosto de 1892. Pastor do Circuito da Estrada Nova, esse obreiro atendia ao norte do Estado do Rio de Janeiro, sudeste de Minas Gerais, indo até o Caparaó, passando por Faria Lemos e Caiana.
Na primeira visita, em 1905, a convite de Alfredo Fernandes Pereira, ele pregou na residência do casal Rubim e ali recebeu, por batismo e profissão de fé, 16 pessoas, além de batizar sete crianças. Seguiram-se muitas outras conversões no primeiro ano de atividades no Caparaó, conforme registros encontrados, entre outros, nos livros históricos da Igreja Metodista em Cataguases”.[33]
O profeta em tempo das greves
“É a classe esquecida até aqui, é a classe cujos interesses são desprezados (....) Enquanto escrevemos essas linhas, há 5000 operários em greve na cidade de Juiz de Fora, Minas. Eles reclamam o dia de 8 horas e o aumento de 50% dos serões”.[34]
(W.B.Lee)
O predomínio das oligarquias[35] rurais após a Proclamação da República, trouxe uma situação difícil para a maioria da população. Diversas greves surgiram para reivindicação de melhoria de qualidade de vida. A primeira greve geral foi em 1903, no Rio de Janeiro, de 26 dias.[36]
“Em 11 de agosto de 1903, funcionários da Fábrica de Tecido Cruzeiro, no bairro do Andaraí Grande, entraram em greve por melhores condições de trabalho. Nos dias seguintes, operários por todo o Rio de Janeiro foram aderindo ao movimento, que durou 26 dias”.[37]
Em 1906, houve a primeira greve dos ferroviários em São Paulo.[38]
“O movimento irrompido às três horas da manhã, no dia 15 de maio de 1906 se espalharia em toda a ferrovia e durante seus quinze dias de duração se acabaria alastrando ao Estado inteiro”.[39]
A situação social nos campos era injusta e de constante crise. Muitos fazendeiros endividados venderam suas fazendas aos estrangeiros por preços baixos. O salário do trabalhador rural era apenas a metade do salário do operário e 1/28 do salário da maioria dos funcionários públicos, em 1903.
“É desanimador ver o descuido do Governo, quer do federal, quer do estadual, quer do municipal, a respeito da agricultura”
Com a crise se agravando para os cafeicultores, em 1909, o Jornal Expositor Cristão denunciou o comércio internacional, a miséria na roça e a omissão do Governo: “É desanimador ver o descuido do Governo, quer do federal, quer do estadual, quer do municipal, a respeito da agricultura, que é a fonte principal da grandeza da pátria (...) É revoltante a notável opressão desalmada, lenta e intensiva com que muitos proprietários tratam seus agregados...”[40]
A crise acontecia também nos grandes centros. Em 1910, ocorreu a “Revolta da Chibata”,[41] quando cerca de 2 mil marinheiros, liderados pelo marinheiro João Cândido, “o Almirante negro”, tomaram os navios de guerra “o Minas Gerais”; “o Bahia”, “o São Paulo” e “o Deodoro” e apontaram os canhões para pontos estratégicos do Rio de Janeiro exigindo a reformulação do Código Militar e o fim dos castigos corporais (chibatadas) e o aumentos dos soldos. O Governo brasileiro atendeu, mas logo depois se esqueceu da anistia e mandou prender e castigar diversos marinheiros, entre eles, João Cândido, que sobreviveu e foi absolvido no julgamento.[42]
Anos depois, João Cândido se converteu na
Igreja Metodista de Jardim América e se tornou membro da Igreja Metodista em
São João de Meriti com o rev. Lucas Monção, que também fez seu ofício fúnebre
em 1969, aos 89 anos de idade.[43]
Entre 1912-1916 aconteceu a “Rebelião de Contestado” em Santa Catarina.[44] Em 1908 uma ferrovia atravessou todo o estado. Muitos fazendeiros foram desalojados pela Companhia norte-americana. Depois da construção, os trabalhadores foram despedidos. O monge José Maria apareceu e foi seguido como um santo, que curava e pregava a igualdade entre as pessoas. Viviam num clima de confraternização geral na região de Taquaruçu. Com medo, os fazendeiros exigiram ação enérgica do Governo, que enviou tropas e matou muitos fiéis, entre eles, o monge José Maria. O conflito continuou até que o Governo destruísse todos os sonhos dos camponeses de uma vida melhor. [45]
A 1ª Guerra Mundial (1914-1918)[46] deixou a marca de 13 milhões de mortos e ainda a miséria, inflação alta em diversos países. Em relação a 1913, em 1919 a inflação foi: 142% (Inglaterra); 256% (França); 266% (Itália). Os EUA financiaram os Aliados e com isso deixou-os dependentes. Cresceu como grande potência.[47]
Em 1919, W.B. Lee escreveu sobre regeneração social e, em 1920, defendeu a greve dos operários em Juiz de Fora.
Em 1917 teve fim a monarquia na Rússia. Primeiro houve a revolução burguesa, que destituiu o Czar. Depois os bolchevistas liderados por Lênin fizeram uma insurreição e assumiram o poder instalando progressivamente o comunismo.[48]
Neste período, o Expositor Cristão deu destaque às greves e apoiou as reivindicações dos trabalhadores no Brasil. Em 1917 houve outra greve geral em São Paulo com a participação de 45 mil trabalhadores.[49] Há 10 anos eles não recebiam aumento de salário. Em 1920, ocorreu a greve em Juiz de Fora com 5 mil pessoas. A greve foi pacífica e a exigência era para uma jornada de trabalho de 8 horas e 50% de aumento para os serões (horas extras).
O redator do
“Expositor” William B.Lee
disse que a Igreja “não pode mais
ficar calada sobre as questões que tocam, de perto, a vida dos que vivem pelo
suor do seu rosto. É a classe esquecida até aqui; é a classe cujos interesses
são desprezados ou assaltados...”[50]
Em 1919, os redatores do Expositor Cristão W.E.Lee e José de Azevedo Guerra publicaram um artigo sobre o “Communismo” e comentaram sobre a ação violenta comunista na Europa trazendo problemas para os governantes. Comentaram ainda que o cristianismo é socialismo puro.
Em 1920, o redator do Expositor Cristão, W.B.Lee escreveu sobre “Um momento novo” e afirmou que “No seio da Igreja a necessidade hoje é um avivamento das forças espirituais, o aprofundamento da consciência de responsabilidade do povo, pela regeneração social da nação”.[51]
Em 1920, W.B.Lee também escreveu sobre “A Greve” para defender os operários de Juiz de Fora: “É a classe esquecida até aqui, é a classe cujos interesses são desprezados (...). Enquanto escrevemos essas linhas, há 5000 operários em greve na cidade de Juiz de Fora, Minas. Eles reclamam o dia de 8 horas e o aumento de 50% dos serões”.[52]
Em 1924, a 39ª sessão da Conferencia Anual Brasileira, com a presença de 21 clérigos e 18 leigos, presidida pelo bispo H.M. Dobbs, W.B.Lee fez o seguinte pronunciamento sobre a guerra: “Propomos, pois, que a Egreja Methodista se defina por intermédio de seus pregadores, em uma campanha decidida contra a guerra que nunca resolveu e nem resolverá os problemas do mundo, antes desenvolve, em uma proporção crescente, o ódio e o egoísmo. Desta forma faremos uma pressão moral sobre os governos, que irão sentindo sempre mais esta influência pacificadora da caridade a proporção que nos convencermos mais intimamente do Evangelho da Paz de Christo." [53]
O profeta do Evangelho Social
“Comprei o terreno de uma família norte-americana. Fica ao lado da chácara onde nasceu o maior dos escritores brasileiros, Machado de Assis. Em 1906, achei que aquele era o lugar para edificar uma escola destinada à classe proletária. A Gamboa era, então, como ainda hoje, infelizmente, um dos bairros esquecidos da cidade”
(H.C. Tucker)
O Evangelho Social despertou a liderança da Igreja Metodista no Brasil para as questões sociais. Em 1908, foi escrito no “Expositor” sobre a miséria dos bicheiros cariocas. Em 1909, E. E. Vann escreveu o artigo "Serviço Social", enfatizando a cooperação social e criticando o individualismo.
Mas qual a origem da expressão “Evangelho Social”?
“Filho do liberalismo teológico, o Evangelho Social nasceu como uma resposta à crise urbana resultante das transformações econômicas nos Estados Unidos após a Guerra de Secessão. Teólogos como Walter Rauschenbusch, entre outros, buscavam elaborar uma reflexão teológica que respondesse à situação dos pobres e dos trabalhadores explorados nas grandes cidades estadunidenses. Surgem, por intermédio dessa reflexão, conceitos como ‘a implantação do reino de Deus na terra’, ‘a sociedade redimida’ e ‘transformação da sociedade por meio da ação cristã’, conceitos baseados numa releitura dos evangelhos e do ministério de Jesus Cristo”. [54]
O grande líder no Brasil foi o pastor metodista H. C. Tucker, que foi influenciado pelas ideias de Walter Rauschenbusch. Tanto assim que, em 1906, ele criou o Instituto Central do Povo, no Rio de Janeiro, chamado inicialmente de Missão Central.
O Rio de Janeiro vivia em crise numa grande fermentação. Havia muita miséria, muitas revoltas no Brasil. Tanto que o presidente Rodrigues Alves governou entre 1902-1906[55] e procurou no seu governo apenas melhorar os portos para exportação e sanear a cidade do Rio de Janeiro, pois a população era constantemente dizimada pela febre amarela, peste bubônica, varíola e outras epidemias.
Osvaldo Cruz fez intensa campanha e acabaria com a peste bubônica. Contudo, houve muitos protestos pela forma como foi feito. Muitos boatos foram espalhados. Houve, inclusive, conflitos com a polícia, que gerou a morte de 23 pessoas.[56]
O missionário metodista H.C. Tucker teve uma participação importante na campanha contra a febre amarela (1903-1908). Ele colocou Osvaldo Cruz (1872-1917)[57] em contato com o Dr. Walter Reed, um médico metodista, que havia saneado Cuba ao descobrir a origem da febre amarela.
Havia muita miséria. Por isso, em 1907, o Expositor Cristão publicou o artigo “A Pobreza” dizendo que para ver os desgraçados não era preciso ir muito longe. Bastava ir até as vilas ou perto da cidade. A população vivia descontente com os constantes aumentos dos alimentos e dos transportes.
Foi neste contexto que apareceu a figura de H.C. Tucker e a criação da Missão Central procurando dar solução prática para atender às necessidades dos operários das favelas da Saúde e Gamboa, no centro do Rio de Janeiro. [58
“Foi o primeiro centro de serviço social do Brasil”.[59]
Tucker comprou o terreno onde passou a ser o Instituto Central do Povo. Antes se produzia material bélico para a guerra contra o Paraguai, mas passou a educar as crianças:
“Comprei o terreno de uma família norte-americana. Fica ao lado da chácara onde nasceu o maior dos escritores brasileiros, Machado de Assis. Em 1906, achei que aquele era o lugar para edificar uma escola destinada à classe proletária. A Gamboa era, então, como ainda hoje, infelizmente, um dos bairros esquecidos da cidade. Mas eu pensei que podia transformar muitos daqueles meninos briguentos, fadados a perdição, em homens de verdade. Tudo é uma questão de educação, pois Machado de Assis, que nascera no morro, não se havia tornado um grande homem?... Onde hoje se levanta o Instituto Central do Povo, a mesma casa serviu, no tempo da guerra do Paraguai, de fábrica de material bélico. Lá se faziam torpedos, antigamente. Hoje, educam-se crianças...”.[60]
H.C. Tucker, na verdade, foi o defensor e o prático do Evangelho Social no Brasil. Preocupado com a segurança das crianças, quando uma criança foi atropelada e morta na rua, ele publicou em jornais do Rio de Janeiro a importância de construir parques para crianças - parques de recreio. O interesse cresceu na sociedade e a prefeitura doaria um terreno para a construção de um parque de recreio. Em 1911, no Rio de Janeiro, foi construído o primeiro "playground" moderno.
No Instituto Central do Povo eram realizados cultos, instrução religiosa, jardim de infância, datilografia, aulas de costura, culinária, enfermagem, recreação, serviço médico e odontológico, jogos ao ar livre, educação física etc.
Na Conferência Anual de 1914 era anunciado os dois primeiros batismos de surdos-mudos do Instituto Central do Povo realizado no dia 19 de julho. O Instituto mantinha três classes para surdos-mudos.
“Uma das grandes contribuições humanitárias de Hugh C. Tucker foi a ajuda para a chegada da vacina contra a febre amarela ao Brasil”.[61]
Walter Rauschenbusch escreveu Cristianizando a Ordem Social (1914) e Os Princípios Sociais de Jesus (1916). Nestes livros, houve crítica ao capitalismo e ênfase na socialização da propriedade.[62]
Profetas em defesa dos oprimidos
“Nosso povo sabe, e nossos grandes
estadistas repetem a cada passo, que não existe eleição de fato no Brasil. Há
conchavos políticos e homologação de nomes pelos eleitores (...)”.
(Guaracy Silveira)
O Brasil estava em processo de mudanças. No ano de 1922 diversos fatos revelaram a necessidade de mudança.
Aconteceu a “Semana da arte moderna”; fundação do Partido Comunista Brasileiro; marcha dos tenentes revoltosos do forte Copacabana (os 18 do forte), que desejam a derrubada da oligarquia de Epitácio Pessoa; estado de sítio colocado pelo Presidente Arthur Bernardes durante todo o seu Governo (1922-1926), etc. Havia insatisfação e inquietação do povo no campo, dos operários, da classe média e de oficiais e soldados nos quartéis.[63]
“A crise do pacto oligárquico era evidente diante da demanda por maior participação política dos setores urbanos, da insatisfação dos militares e do descontentamento crescente de diversos grupos dominantes. Foi o ano de uma disputada sucessão presidencial, que explicitou divergências sérias entre as oligarquias.”[64]
Em 1922, o forte de Copacabana foi tomado pelos tenentes e o Expositor Cristão fez uma grande crítica: “O governo agiu prontamente e com energia (...). A nota mais ‘desgraçadamente triste’ em toda esta luta foi a sublevação da Escola Militar. Seiscentos rapazes arrastados para a desgraça pela ambição de políticos velhos, que, a título e salvar a pátria, queriam depor o presidente”.[65]
Segundo historiadores, o Tenentismo foi um movimento elitista de oposição à República Oligárquica durante a década de 1920. “Formado principalmente por oficiais de baixa patente, o tenentismo opôs-se à atuação política da oligarquia que comandava o poder político brasileiro, bem como à situação em que se encontrava internamente o exército”.[66]
“Nosso povo sabe, e nossos grandes estadistas repetem a cada passo, que não existe eleição de fato no Brasil. Há conchavos políticos e homologação de nomes pelos eleitores (...)”.
Guaracy Silveira, em 1922, critica os conchavos políticos e as fraudes nas eleições da “República dos Coronéis”: “Nosso povo sabe, e nossos grandes estadistas repetem a cada passo, que não existe eleição de fato no Brasil. Há conchavos políticos e homologação de nomes pelos eleitores (...). Todo mundo sabe que, a não ser nas grandes cidades, não vale a pena ser oposicionista”.[67]
“A pobreza deve ser encarada como um pecado
social”
Em 1923, o Expositor Cristão publicou
o pronunciamento oficial do bispo metodista John Monroe Moore: “A pobreza deve ser encarada como um pecado social. Não
nos assiste o direito de pregarmos uma religião que coloca o céu fora deste
mundo para os raios do além, na incomensurável região do azul. […] Preguemos
com calor e fé o Éden Celestial, aqui na terra. […] Os problemas econômicos não
serão resolvidos pelos políticos nem pelos cientistas, mas pelo espírito
orientador que revelar o cristianismo”.[68]
Algumas Conferências Mundiais reforçaram os direitos do trabalhador e despertou líderes eclesiásticos para o testemunho profético da Igreja na sociedade: 1924 (Conferência sobre Política, Economia e Cidadania Cristãs, na Inglaterra); 1925 (Conferência Universal Cristã sobre Vida e Trabalho, na Suécia);[69] 1927 (Primeira Conferência Mundial sobre Fé e Ordem, na Suíça),[70] etc.
Em 1924, os tenentes novamente se revoltaram liderados por Eduardo Gomes e Juarez Távora e ocuparam a capital paulista por 23 dias.[71]
O Exército interviu e eles foram para o sul se unir a Prestes. Famosa foi a “Coluna Prestes”[72] que percorreu 25 mil quilômetros em 12 estados brasileiros de 1925 a 1927 com 800 a 1500 homens.
Venceu 53
combates com as tropas do Governo, mas não conseguiu seu objetivo que
era derrubar o presidente Artur Bernardes. No exílio, na Bolívia e na
Argentina, Prestes, “o Cavaleiro da Esperança”, conheceu a doutrina comunista e
foi convidado a ir a Moscou.[73]
Uma consciência na época era que havia uma “politicagem venal”.
Em 1927, foi escrito um artigo no “Expositor” em que Lampião não foi colocado somente como um bandido: “(...) Enquanto não se fizer justiça ao sertanejo e não se libertá-lo das garras da politicagem venal, não se conseguirá extinguir o cangacismo.”[74]
De 1918 a 1938, Lampião, com cerca de 100 soldados, procurou fazer justiça por contra própria no sertão dominado pelos coronéis e oligarquias.[75]
Sante Uberto Barbieri, em 1927, escreveu sobre evangelizar o capitalismo: “É urgente evangelizar o capitalismo. Não somente os pobres precisam do evangelho para saberem suportar as privações, mas também os ricos, para saberem repartir com equidade”.[76]
Os índios mereceram atenção também por parte da Igreja. O futuro Bispo J.W. Tarboux disse que os “verdadeiros donos desta terra, os indígenas, tão maltratados pela catequese romanista, embrenhados no nosso sertão, esperam que os verdadeiros discípulos de Jesus, seus patrícios, lhes levem as boas novas de salvação e de civilização.”[77]
Uma outra pessoa metodista que teve atuação profética foi a missionária Leila Epps.
A missionária metodista Leila Epps se preocupou com a situação dos índios negligenciados no Brasil. Apoiou a criação de uma missão Inter denominacional que foi estabelecida entre os índios Cauiá de Mato Grosso, e as mulheres ajudaram a apoiar um jovem médico brasileiro, Nelson de Araújo, um médico-missionário.
Leila se arriscou a pegar doenças e enfrentou perigos na selva. Também ajudou a educar um dos jovens índios dessa tribo.
Leila foi uma mulher além do seu tempo. Um profeta, uma profetiza vê além do seu tempo.
“A Revolução de 1930 levou Vargas ao poder e pôs fim à República dos Oligarcas”
Com a tomada do poder por Getúlio Vargas, em
1930, a “República dos Coronéis” chegou ao fim.
“A Revolução de 1930 levou Vargas ao poder e pôs fim à República dos Oligarcas. A chegada de Getúlio Vargas ao poder ocorreu em 1930, depois de um conturbado processo eleitoral”. [78]
O que enfraqueceu o coronelismo?
Foram as mudanças implantadas por Vargas. “O coronelismo enquanto prática sociopolítica se enfraqueceu a partir da Revolução de 1930, quando as mudanças implantadas por Getúlio Vargas, tais como a dissolução das câmaras municipais e dos congressos estaduais, além das nomeações de homens de confiança de Getúlio Vargas como interventores (governadores) para os Estados, geraram uma centralização de poder, que acabou por enfraquecer as Oligarquias e, por consequência, também os coronéis”.[79]
O coronelismo perdeu espaço, mas deixou
algumas “heranças”: “(...) mesmo com o seu fim, algumas das práticas comuns no
período permanecem até os dias de hoje: trocas de favores e compra de votos,
por exemplo”.[80]
[1] LEE, W. B. “A Greve”em Expositor Cristão. 22
de janeiro de 1920, p.2.
[2]
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/republica-velha-1889-1930.htm
[3] Idem.
[4]https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasilrepublica-velha-1889-1930-2-coronelismo-e-oligarquias.htm
[5] Idem.
[6] SOBRINHO, Rufino. "Batei Palmas" em Expositor Cristão. 2ª quinzena de
Janeiro de 1977, p.3.
[7] Idem.
[8]
https://www.politize.com.br/coronelismo-entenda-o-conceito/
[9] https://www.significados.com.br/coronelismo/
[10]
https://www.politize.com.br/coronelismo-entenda-o-conceito/
[12] Idem.
[13] Idem.
[14]Quando o orador imita outro na voz, estilo ou
gestos, em discurso. https://edtl.fcsh.unl.pt/encyclopedia/mimesis-mimese
[15]
https://bibliotecadigital.fgv.br › bitstream › handle
[16]
https://www.geneaminas.com.br/genealogia-mineira/restrita/enlace.asp?codenlace=1359971
[17] Idem.
[18] “Do Império à República: a vida política no município de Barra Mansa”, André Luiz Faria Couto. Programa de Pós-Graduação em história, política e bens culturais. Fundação Getúlio Vargas, 2016.
[19] Site da Igreja Metodista Central de Barra Mansa.
http://www.metodista-bmrj.org.br/historico.htm
[20] Idem.
[21] KENNEDY, J.L. Cinquenta Anos de Metodismo no
Brasil. São Paulo:Imprensa Metodista, 1928, p.50-172.
[22] Idem.
[23] FONSECA, A.Cardoso. “Triste realidade”.
Expositor Cristão. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1908; v.XXIII. nº 34, p. 2
e 3.
[24] https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Seca
[25]
https://www.todamateria.com.br/antonio-conselheiro
[26] https://memoriapolitica.alesc.sc.gov.br/biografia/1327-Moreira_Cesar_Coronel
[27] https://tokdehistoria.com.br/tag/general-arthur-oscar
[28] O Globo, em 14 de setembro de 1997, nas
páginas 10 e 12, publicou “Militares hoje reconhecem os equívocos de Canudos” ,
reportagem de Waldomiro Junior, e “A guerra que até o campo de batalha
esqueceu”, reportagem de Chico Otávio.
[29]
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/os-sertoes.htm
[30] FONSECA, A.Cardoso. “Triste realidade”.
Expositor Cristão. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1908; v.XXIII. nº 34, p. 2
e 3.
[31]https://facasc.emnuvens.com.br/
ret/article/download/1512/1269
[32] FONSECA, A.Cardoso. “Triste realidade”.
Expositor Cristão. Rio de Janeiro, 15 de outubro de 1908; v.XXIII. nº 42, p. 3.
[33]
https://www.expositorcristao.com.br/metodistas-recebem-homenagem-na-assembleia-legislativa-do-es
[34] LEE, W. B. “A greve”. Expositor Cristão. São
Paulo, 22 de janeiro de 1920, v.36. nº 3, p.2.
[35] “(...) é a forma de governo em que o poder
político está concentrado num pequeno número pertencente a uma mesma família,
um mesmo partido político ou grupo econômico ou corporação”. https://pt.wikipedia.org/wiki/Oligarquia
[36]
htps://app.uff.br/riuff/handle/1/22097
[37]
https://riomemorias.com.br/memoria/greve-geral/
[38]
https://www.recantodasletras.com.br/artigos/1838189
[39] Idem.
[40] Expositor Cristão. “A miséria na roça”. 26
de agosto de 1909, p.2 e 3.
[41]
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolta-chibata.htm
[42] ALENCAR, Chico e outros.Op.cit., p.269-271
[43] https://www.metodista.org.br/joao-candido
[44] https://www.grupoescolar.com › pesquisa ›
guerra-do-contestado-1912-1916.h
[45] https://tokdehistoria.com.br/tag/taquarucu/
[46]
https://www.todamateria.com.br/primeira-guerra-mundial
[47] NADDAI, Elza - NEVES, Joana. História Geral.
Ed. Saraiva, 1989, p.170.
[48]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolução_Russa_de_1917
[49] https://www.todamateria.com.br/greve-geral-de-1917
[50] LEE, W. B. “A Greve”em Expositor Cristão. 22
de janeiro de 1920, p.2.
[51] LEE, W.B. “Momento novo”. Expositor Cristão.
Juiz de Fora, 15 de janeiro de 1920, v.34, nº2, p.1
[52] LEE, W. B. “A greve”. Expositor Cristão. São
Paulo, 22 de janeiro de 1920, v.36. nº 3, p.2.
[53] KENNEDY, James L. Cincoenta Annos de
Methodismo no Brasil. Petrópolis, 1927.
[54]https://www.metodista.br/revistas/revistas-metodista/index.php/Magali do Nascimento Cunha, em “Quando a vida
supera as fronteiras Unidade e cooperação na promoção da justiça, da paz e da
integridade da criação”.
[55]https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/governo-de-rodrigues-alves
[56]https://vocepergunta.com/library/artigo/read/16425-como-oswaldo-cruz-acabou-com-a-pe
[57]https://pt.wikipedia.org/wiki/Oswaldo_Cruz
[58] TUCKER, Hugh C.; CERILLANES, J.I. Relatório
da Comissão de Temperança e Servico Social em
Atas do 1º Concílio Geral da Igreja Metodista do Brasil, São Paulo,
p.40.
[59]https://femissionaria.blogspot.com/2022/06/hugh-c-tucker-espalhando-biblia-pelo.html
[60] Idem.
[61]https://femissionaria.blogspot.com/2022/06/hugh-c-tucker-espalhando-biblia-pelo.html
[62]https://www.luizfdesouza.com.br/index.php/tag/especialmente-cristianismo-e-evangelho-social-e-cristianizando-a-ordem-social-1912-contem-boas-verdades/
[63]
https://escolaeducacao.com.br/partido-comunista-brasileiro/
[64]https://maniadehistoria.wordpress.com/anos-rebeldes-do-tenentismo-no-brasil/
[65] LEE, W. B. “Sublevação militar”. Expositor
Cristão. São Paulo, 12 de julho de 1922, v.36. nº 28, p.1.
[66]
https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/tenentismo-oposicao-elitista-oligarquia.htm
[67] SILVEIRA, Guaracy. “Pela Pátria”. Expositor
Cristão. São Paulo, 5 de julho de 1922, v.36. nº 27, p.10.
[68] MOORE, John.M. Expositor Cristão.
12/08/1923. Retirado do texto “Coisas
que os metodistas diziam na década de 1920” de Elias Boaventura.
https://www.metodista.br/rrevistas/revistas-unimep/index.php/comunicacoes/article/view/312
[69]https://www.amazon.com.br/evangelho-para-todos-reinos-vida/dp/2825405221
[70]
https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/101991122
[71]
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/revolta-paulista-1924.htm
[72] https://pt.wikipedia.org/wiki/Coluna_Prestes
[73] https://brasilescola.uol.com.br › historiab
› coluna-prestes.htm
[74] JR, E.Escobar. “Contra o cangacismo”em
Expositor Cristão. 12 de outubro de 1927, nº 2, p.6.
[75]
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/lampiao.htm
[76] BARBIERI, Sante Uberto. “Um problema
social”. Expositor Cristão. São Paulo, 10 de agosto de 1927, v.41. nº 32, p.4.
[77] TARBOUX, J.W. “O Dr. Tarboux e a missão aos índios” em Expositor Cristão. 17 de outubro de 1928, 42º, p.5.
[78]
https://www.preparaenem.com/historia-do-brasil/a-chegada-vargas-ao...
[79]https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/coronelismo-no-brasil.htm
[80]https//www.estudokids.com.br/coronelismo-surgimento-caracteristica-e-seu-fim/
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