Até Cristo ser formado em vós
48 estudos para pequenos grupos ou para edificação
individual
Odilon Massolar Chaves
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autor.
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gratuitamente
Art. 184 do Código Penal e Lei
96710 de 19 de fevereiro de 1998.
Autor do texto: João Wesley
Editor deste texto: Odilon
Massolar Chaves
Livros publicados na Biblioteca
Digital Wesleyana: 273
Livros publicados pelo autor:
386
Livretos: 3
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Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na
Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
Declaração de direitos autorais: Esses
arquivos são de domínio público e são derivados de uma edição eletrônica que
está disponível no site da Biblioteca Etérea dos Clássicos Cristãos.[1]
Índice
· Introdução
· Até Cristo ser formado em vós -
Lição 1
· Até Cristo ser formado em vós -
Lição 2
· Até Cristo ser formado em vós -
Lição 3
· Raiz, solo e frutos
· Resgatando a identidade perdida
· O cristão, uma obra para ser
completada
· Fé sólida e tradição em uma
geração líquida
· Chamados para dar frutos
· Vencendo as batalhas na mente
· Pensamentos e nossos sonhos
· Curando as distorções do pensamento
· Devemos escolher amar
· Os benefícios do perfeito amor
· Precisamos do amor
· Jesus é a nossa Páscoa
· O Deus Pai que abraça e beija
· Deus revelado na epístola aos Romanos
· A necessidade de passar pela
cruz
· Como ter ânimo e esperança em
meio às lutas
· A profundidade do olhar de Jesus
· A glória de Deus
· A família e a família da fé
· Batalha Espiritual
· Como utilizar as armas
espirituais
· Chamados a louvar e adorar
· Entre o poder de Deus e a
limitação humana
· Chamados a ser Super
· Níveis de relacionamento com
Jesus
· As riquezas de Deus
· O que Deus planejou para você
· Como tudo pode cooperar para o
nosso bem
· Chamados a realizar uma grande
obra
· Entre a condenação e a
restauração
· O poder do olhar
· O quarto homem
· A bênção de ser abnegado
· O galardão do Cristão
· Não deixe o diabo roubar seu coração
· Os propósitos e benefícios da provação
· Dicas para vencer o medo
· Necessidade da cura da alma
· No divã com Jesus
· Tesouros que precisamos
preservar
· Pensamentos que trazem vitória
· A família da fé a serviço de
Deus
· Aprendendo com Jesus
· A motivação de Deus para agir
· O Jesus que surpreende
Introdução
O livro “Até Cristo ser formado em vós” tem o
propósito de abordar temas importantes para a nossa caminhada cristã. O título
está baseado em Gálatas 4.19.
São 48 estudos para as células ou os chamados
pequenos grupos para estudo, aprofundamento bíblico, compartilhamento e
crescimento espiritual.
Com esta afirmação, Paulo deixa claro que existe um
alvo que é ter o caráter de Cristo em nós, isso é, ter santidade, recuperar a
imagem de Deus em nossa vida. É obra do Espírito Santo e depende muito de nossa
determinação e fé.
Abordaremos sobre a mente do ser humano com as suas
dificuldades emocionais que poderá revelar a necessidade de cura da alma.
Estes estudos foram ministrados primeiramente na
igreja local e depois transformados em estudos para aprofundamento.
Nossa oração é para que o Espírito Santo ilumine as
mentes dos que vão ministrar e estudar e assim os ensinamentos sejam agradáveis
e transformadores.
O Autor
Até Cristo ser formado em vós
Estudo 1 - Texto Base: Gálatas 4.19 – Lição 1
Com a afirmação “até ser Cristo formado em
vós”, Paulo compara a formação de Cristo em nossas vidas como uma criança
sendo formada no ventre da mãe. Para a criança nascer há dores de parto.
Há lutas, há dores na formação de Cristo em nós.
Sem dor, sem perseverança, sem fé, Cristo não será formado em nós. O propósito
do Senhor é completar a boa obra em nossas vidas (Fp 1.6).
“Formado” quer dizer ser moldado, esculpido. É o
que ganha forma através de algum material ou do trabalho de alguém.
E a forma que devemos ter é a forma de Jesus
Cristo: o seu caráter (Efésios 4.13).
Pois é isso que Paulo disse aos gálatas, que viviam
brigando, não tinham bom senso, queriam guardar a lei que condena e exclui.
Haviam esquecido do amor.
Cristo ser formado em nós significa que o cristão
precisa amadurecer até que seu caráter e comportamento projetem a imagem de
Cristo. Até que Cristo viva nele. Ter a imagem de Jesus é ter o seu caráter.
Cristo havia sido formado em Paulo: “Fui crucificado com
Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20).
Por que podemos crescer e alcançar a estatura de
Jesus:
- Podemos crescer e alcançar a estatura de Jesus
porque fomos feitos à imagem e semelhança de Deus.
- Podemos crescer e alcançar a estatura de Jesus
porque há em nós uma fé poderosa;
- Podemos crescer e alcançar a estatura de Jesus
porque há em nós o Espírito Santo;
- Podemos crescer e alcançar a estatura de Jesus
porque Cristo é o cabeça do Corpo de Cristo da qual pertencemos;
- Podemos crescer e alcançar a estatura de Jesus
porque esse é o propósito do Senhor (Ef 4.13).
Os impedimentos no caminho do nosso crescimento
Quando nascemos de novo tem início o processo de santificação
para alcançarmos a plenitude da estatura de Cristo (Ef 4.11-13).
Mas muitos param pelo caminho.
O que impede o crescimento?
A ação do diabo
Ele é o nosso adversário. Seu
propósito é tirar a sua salvação e colocar embaraços para você não se apropriar
de bênçãos maiores de Deus.
“Lançando sobre ele toda a vossa
ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai;
porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando
como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé (...)”
(1Pe 5.7-9).
Os sabotadores dentro de você
Eles sempre irão colocar
dificuldades, desculpas e medos para que você desista ou pare na caminhada.Os
sabotadores fazem parte do velho homem que ainda está em sua vida. Os
sabotadores lutam contra seus sonhos.
Por isso
Paulo pede: “Vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo a
concupiscência do engano” (Ef 4.22). Ele pede ainda que “vos renoveis no
espírito do vosso entendimento e vos revistais do novo homem, criado segundo
Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4.23-24).
Na próxima lição aprofundaremos este tema.
Até Cristo ser formado em vós
Estudo 2 - Texto Base: Gálatas 4.19 – Lição 2
Vimos na lição anterior alguns impedimentos que
dificultam nosso crescimento espiritual. Nesta lição veremos o propósito do
Senhor para nossas vidas e até onde podemos chegar.
Primeiro vamos ver mais uma dificuldade:
As paredes emocionais
Os traumas do passado costumam nos impedir de ter
uma visão real da vida. É criada uma parede que nos impede de ver a realidade
como ela realmente é.
É criada uma espécie de amnésia para que não
soframos hoje mais com o trauma que tivemos no passado.
É o caso da pessoa que não consegue enxergar o amor
de Deus-Pai porque teve um pai agressivo, ausente ou que o abandonou.
“Ao resolver as raízes das lembranças alojadas nas
redes de informação neuroquímica, resolve também as condutas subsequentes, já
que são essas lembranças mal processadas que servem de base para o
comportamento inadequado”.[2]
As paredes precisam ser derrubadas para que Cristo
habite plenamente em nosso coração.
Qual é o propósito de Deus em
nossas vidas?
“Que vos torneis irrepreensíveis e sinceros,
filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na
qual resplandeceis como luzeiros no mundo (Fp 2.15).
Jesus disse: sede vós perfeitos! (Mt 5.48).
Você pode e deve chegar a:
Estatura de servo
O sentimento do mundo é carnal. Pensa em seus
próprios interesses. Pensa em levar vantagem. O mundo pensa no poder e para
isso faz corrupção. Mas no Reino de Deus é diferente.
Quando a mãe dos filhos de Zebedeu pediu privilégios
para eles no Reino e grandeza, Jesus lhes ofereceu ser servos: “E ele diz-lhe:
Que queres? Ela respondeu: Dize que estes meus dois filhos se assentem, um à
tua direita e outro à tua esquerda, no teu reino. Jesus, porém, respondendo,
disse: Não sabeis o que pedis (...)” (Mt 20.21-22).
“Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse:
Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os
grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo
aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso servo; E, qualquer que
entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem
não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de
muitos” (Mt 20.25-28).
Paulo detalha o que acontece com o cristão que está
unido com Cristo:
“Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o
amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. (...). Não
façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas
sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que
ninguém procure somente os seus
próprios interesses, mas também os dos outros” (Fp 2.1-4).
Paulo completa: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por
usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de
servo” (Fp 2.5-7).
Cristo viverá na sua vida quando você se tornar um
servo.
No próximo e último estudo concluímos este tema.
Até Cristo ser formado em vós
Estudo 3 - Texto Base: Gálatas
4.19 – Lição 3
Na conclusão deste estudo “Até Cristo ser formado
em nós” veremos outros propósitos do Senhor para nós. Você pode chegar a ter:
Ter a mente de Cristo
“Porque quem conheceu a mente do Senhor, para que
possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16).
A mente do mundo é carnal, diabólica. Ela maquina,
pensa e deseja o mal, quer levar vantagem. Por isso, Paulo disse que precisamos
ter a renovação da nossa mente para experimentar qual seja a boa, perfeita e
agradável vontade de Deus (Rm 12.2-3).
Quando Cristo vive em nós: acolhemos, perdoamos,
compreendemos.
- Damos nova oportunidade, como Jesus fez com os
irmãos Tiago e João (que desejaram pedir fogo dos céus para consumir os
samaritanos); como fez com Pedro (que o negou três vezes) e Tomé (que duvidou
que Jesus tinha ressuscitado).
A Parábola do Filho Pródigo mostra bem essa nova
oportunidade e o irmão que não concordava com Jesus.
Ter o mesmo amor
“Nisto todos conhecerão que sois meus
discípulos, se vos amardes uns aos outros” (João 13.35).
Como Rabi, os discípulos tinham que chegar ao ponto
de serem iguais ao Mestre. E a marca principal de Jesus era o amor. O amor
compreende, o amor perdoa, o amor faz o bem, o amor leva a abraçar.
Nosso alvo
Suas atitudes e pensamentos irão dizer quanto por
cento de Jesus já está formado em você.
Efésios 4.13 diz: “Até
que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de
Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”.
O alvo é alcançar 100% para sermos então perfeitos!
Você pode, sim!
Paulo
acreditava nisso e orava por isso:
“Oro para que, juntamente com suas gloriosas
riquezas, Ele vos fortaleça no homem interior do vosso ser, com todo o poder,
por meio do Espírito Santo. E que Cristo habite por meio da fé em vosso
coração, a fim de que arraigados e fundamentados em amor, vos seja possível, em
união com todos os santos, compreender a largura, o comprimento, a altura e a
profundidade dessa fraternidade” (Ef 3.16-18).
“Até” que Cristo seja formado indica tempo,
alvo, propósito, possibilidade. Indica que é necessário crescer.
Nesse crescimento o propósito é sermos como Cristo
O objetivo dessa formação é uma identificação
completa com Cristo:
- que a mente de Cristo passa ser a nossa mente
(1Co.2.16);
- a vida de Cristo passa a ser a nossa vida (Gl.2.20);
- a ética de Cristo passa a ser a nossa ética
(1Jo.2.6);
- o sentimento de Cristo passa a ser o nosso
sentimento (Fp.2.5).
Caminhe até
que Cristo seja formado em você. É possível sim!
Raiz, solo e frutos
Estudo 4 – Texto Base: Jeremias 17.8
Em 2017, os jornais noticiaram que morreu um
carvalho de 600 anos, nos EUA. Depois de dois anos sem produzir folhas, foi
confirmada sua morte. A notícia fez chorar os moradores do local. O carvalho se
encontrava ao lado de uma Igreja Presbiteriana.
A semente
É preciso haver semente para pode haver nascimento
das arvores e plantas. Quando a semente germina, ocorre um crescimento para
cima (tronco, galhos, folhas, flores e frutos) e outro para baixo (raiz). A
raiz garante firmeza, nutrição e sobrevivência para a planta (Is 40.24).
O solo é fundamental
A vida, o crescimento e a utilidade de uma árvore
dependerão diretamente do solo onde está plantada. Se estiver em local
inadequado, como um pântano ou entre as pedras, poderá definhar e morrer. O
Salmo 92.13 diz que o justo deve estar plantado “na casa do Senhor”, “nos
átrios do nosso Deus”.
Jesus disse sobre isso: “E os que estão sobre
pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como
não têm raiz, apenas creem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam”
(Lc.8.13).
“E agora, assim como vocês confiaram em Cristo como
Salvador, confiem nEle também para os problemas de cada dia; vivam em união
vital com Ele. Deixem que as raízes de vocês se aprofundem nEle e extraiam dEle
a nutrição. Cuidem de continuar a crescer no Senhor, e tornem-se fortes e
vigorosos na verdade” (Cl 2.7).
Raízes e frutos
Uma árvore absorve água e nutrição através de suas
raízes. É por meio das raízes que a planta se forma, alimenta-se, cresce e dá
frutos. Elas se arrastam sob a superfície do solo até os veios d’água e dele se
abastecem (Jr 17.8).
Uma das promessas de Deus ao rei Ezequias garantia
que o remanescente da casa de Judá tornaria a lançar raízes na profundidade e
produziria frutos no seu topo (2Rs 19.30). Raízes para baixo e frutos para
cima. A raiz não depende do fruto, mas o fruto depende da raiz. A raiz
permanece oculta, debaixo da terra, e o fruto eleva-se para o alto, à vista de
todos. Raízes em solo adequado produzirá frutos saudáveis. Se não nos
preocuparmos com as raízes e com o solo, a árvore vai secar e será lançada ao
fogo (Mt 7.19).
A Bíblia fala em dois tipos de raízes:
- Raiz de Amargura - Hb 12.15: “Tenha
cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que
nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se
contaminem”.
Vidas (pessoas) que se alimentam de situações
negativas que ocorreram no passado têm suas vidas fixadas em solo doentio e os
frutos serão a raiva, ressentimento, baixa autoestima, depressão, negativismo
etc.
- Raiz de Amor - Ef 3.17: “Para que Cristo habite
pela fé nos vossos corações; a fim de, estando arraigados e alicerçados em
amor”.
“Arraigado”; significa “enraizado”, “alicerçado”,
fala de um firme fundamento. É estar com raízes no amor, que foi derramado em
nosso coração pelo Espírito Santo (Rm 5.5). É uma pessoa que cresce saudável
com vigor e produz os frutos da alegria, autoestima, entusiasmo, paz, mansidão
etc.
Dicas para
evitar o apodrecimento
- Regar até
três vezes por semana ou de acordo com a necessidade de cada estação;
Adubar as plantas com frequências; não permita que
lesmas e caramujos cresçam entre suas plantas; faça as podas necessárias;
proteger as plantas do vento.[3]
Uma boa notícia: “Porque há esperança para a
árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus
renovos. Ainda que envelheça a sua raiz na terra, e morra o seu tronco no pó,
contudo ao cheiro das águas brotará, e lançará ramos como uma planta nova” (Jó
14.7-9).
Resgatando a
identidade perdida
Estudo 5 – Texto Base: Marcos 5.18-20
Vivemos em um mundo conturbado, em que as mudanças,
as informações na mídia entre outros, tentam deturbar os valores essenciais da
vida. Somos chamados de “geração líquida” por não adquirirmos forma por
estarmos sempre em mudança. A cada dia aumentam as lutas para manter nossas
vidas íntegras e nossas famílias protegidas. Querem passar para nós que nada
mais é duradouro nessa sociedade.
I - A perda da identidade de filhos e filhas de
Deus: pecado, o causador
Deus nos criou com uma identidade. Fomos criados à
imagem e semelhança de Deus - com marcas do caráter de Deus - amor, livre
arbítrio, senso moral, liberdade e capacidade de evoluir.
O pecado nos fez perder parte dessa identidade. É
como se um belo retrato nosso ficasse amassado e arranhado. Precisa ser
restaurado.
Jesus veio para resgatar o ser humano “O Espírito de Deus está
sobre mim pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para
proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em
liberdade os oprimidos” - Lc 4.18. Mas mesmo os que readquiriram a identidade
de filho e filha de Deus podem perde-la de novo, se não permanecerem com o
Senhor.
II - A perda da identidade hoje
Perder uma identidade não é nada bom. Ela revela
quem somos. Logo precisamos obter outra, pois não podemos andar sem identidade.
1. Alguns perdem a identidade por causa do
curso desse mundo e pelas inclinações da carne (Efésios 2.2)
Reportagem da revista Isto É: Adolescentes
têm se identificado com os traficantes. Com a impotência diante do caos da
sociedade, o adolescente se identifica com a ousadia, a radicalidade e a
coragem dos traficantes. Eles se tornam assim modelos e heróis.
2. Alguns perdem a identidade por causa da
ação das potestades
Exemplo do Geraseno (Mc 5.1-13):
Vive em ambiente de morte. “Veio dos sepulcros, ao seu encontro,
um homem de espírito imundo” (Mc 5.2). Sem a identidade cristã, a pessoa passa
a conviver em ambientes de morte e será uma pessoa sem dignidade - imunda sem a
luz, o amor e a paz do Senhor.
Usa sempre a violência - “e nem mesmo com cadeias
alguém podia prendê-lo porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e
cadeias, as cadeias foram quebradas por ele” (Mc 5.3-4).
Perde a noção do tempo e espaço – “Andava sempre, de noite e de
dia, clamando por entre os sepulcros e pelos montes, ferindo-se com pedras” (Mc
5.5).
As coisas espirituais não trazem alegria e sim
tormento. “Que
tenho eu contigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo! Conjuro-te por Deus que não
me atormentes!” (Mc 5.7).
Passa a ter mais de uma personalidade: “E perguntou-lhe: qual é o teu
nome? Respondeu ele: legião é o meu nome, porque somos muitos” (Mc 5.9).
III - Como Jesus agiu e a Igreja deve agir:
1. Jesus resgatou essa pessoa expulsando os
demônios que o atormentavam (Mc 5.8): “Porque Jesus lhe dissera: Espírito
imundo, sai desse homem”. A Igreja também deve exercitar a autoridade que Jesus
deu para expulsar demônios.
2. Jesus permitiu que os demônios entrassem
em porcos porque o ser humano é o mais importante (Mc 5.11-13). A
Igreja é chamada a libertar os cativos.
3. Jesus restabeleceu a identidade de filho
ao que tivera legião - (Mc 5.15): “Viram o endemoninhado, o que tivera
legião, assentado, vestido, em perfeito juízo”.
A Igreja existe para restaurar a dignidade, a
identidade do ser humano. O sangue de Jesus purifica de todo pecado, o Espírito
Santo forma o caráter cristão.
4. Jesus faz a pessoa retornar ao convívio familiar
e o faz embaixador do Reino “Vai para tua casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo
o que o Senhor te fez e como teve compaixão de ti” (Mc 5.19).
O liberto e restaurado passa a ser: transportado para o Reino de
amor de Jesus (Cl 1.13-14); salvo pela graça (Ef 2.8); livre de condenação (Rm
8.1); herdeiro com Cristo (Rm 8.17); filho amado de Deus (1Jo 3.1); nova
criatura (2Co 5.17); vencedor (Rm 8.37); selado pelo Espírito Santo (Ef 1.13);
cidadão dos céus (Ef 2.19); membro da família de Deus (Ef 2.19)
etc.
O cristão, uma obra para ser
completada
Estudo 6 – Texto Base: Fp 1.6
Uma obra inacabada traz sempre
prejuízos. Não funciona direito ou não dá para ser utilizada.
Uma vida cristã inacabada é
incompleta. É um carro sem o motor ou uma casa sem as janelas. Terá
dificuldades de entender a vontade de Deus. Poderá tomar decisões precipitadas.
É preciso Cristo ser formado em nós (Gálatas 4.19).
O investimento do Senhor foi
caríssimo. Ele deu a sua vida por você.
Um cristão inacabado tem as
marcas do velho homem. Corre o risco de ser demolido ou invadido e tomado.
Não terá todas as bênçãos que
Deus deseja dar porque há impedimento em sua vida, pois existem diferentes
níveis de compreensão e de santidade.
O que leva uma pessoa que nasceu
de novo a ter dificuldades de continuar crescendo para adquirir a maturidade,
santidade e vida plena?
A ação maligna
Ele é o nosso adversário. Seu
propósito é tirar a sua salvação e colocar embaraços para você não se apropriar
de bênçãos maiores de Deus.
“Lançando sobre ele toda a vossa
ansiedade, porque ele tem cuidado de vós. Sede sóbrios; vigiai;
porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando
como leão, buscando a quem possa tragar; ao qual resisti firmes na fé (...)”
(1Pe 5.7-9).
Wesley
escreveu: “Os artifícios, por meio dos quais o sutil deus do mundo trabalha para
destruir os filhos de Deus, – ou, pelo menos, atormentar a quem ele não pode
destruir, com o objetivo de causar perplexidade e impedi-los de correr a
corrida que se coloca diante deles – são numerosos como as estrelas do céu, ou
a areia do mar”.[4]
Os sabotadores dentro de você
Eles sempre irão colocar
dificuldades, desculpas e medos para que você desista ou pare na caminhada.
Os sabotadores fazem parte do
velho homem que ainda está em sua vida. Os sabotadores lutam contra seus
sonhos.
Por isso
Paulo pede: “Vos despojeis do velho homem, que se corrompe segundo a
concupiscência do engano” (Ef 4.22).
Ele pede
ainda que “vos renoveis no espírito do vosso entendimento e vos revistais do
novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade”
(Ef 4.23-24).
Qual é o
propósito de Deus em nossas vidas?
“Que vos torneis irrepreensíveis
e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e
corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo (Fp 2.15).
Mas o que
levou Paulo a ter plena convicção de que Deus iria completar a boa obra na vida
dos filipenses?
A prática deles:
Cooperação no Evangelho sem parar (Fp 1.5).
Ter um grande amor (Fp 1.9).
A oração fervorosa (Fp 1.19).
Ter a graça de padecer por Cristo (Fp 1.29).
Serem obedientes à liderança (Fp 2.12).
Permanecer firmes no Senhor (Fp 4.1).
Agir com moderação (Fp 4.5).
Participar com Paulo nas tribulações (Fp 4.14).
Quando alcançamos níveis
espirituais mais elevados podemos alcançar mais de Deus. Para isso,
é preciso Cristo ser formado em nós (Gálatas 4.19).
Fé sólida e tradição em uma
geração líquida
Estudo 7 – Texto Base: (2Tm 3.1)
Paulo afirma a importância de manter a tradição
cristã: “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste
inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. E que, desde a tua meninice, sabes
as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em
Cristo Jesus” (2Tm 3.14-15).
Vivemos em um tempo em que há uma grande força para
destruir a tradição e os valores cristãos, bem como a Igreja e a família.
O sociólogo marxista polonês Zygmunt
Bauman desenvolveu a expressão “modernidade líquida” que foi criada por
Karl Marx e Engels. Para eles, a modernidade se caracteriza como o processo
histórico que derretia todas as instituições de outras épocas, como a família,
a comunidade tradicional e a religião.[5]
Segundo Zygmunt Bauman, a antiga geração se
caracterizava pela sua solidez com seu conjunto fixo de valores. Já o tempo
atual (modernidade líquida) é caracterizado pela grande possibilidade de
adaptações e pela instabilidade. “A modernidade líquida pode ser compreendida
então como um tempo da volatilidade, onde nada é durável, nada é estável,
inclusive, as relações humanas”.[6]
O ser
humano hoje se tornou prisioneiro da angústia, já que existe à sua frente um
universo de possibilidades. Fica difícil escolher a melhor opção. Assim vivemos
numa geração depressiva e com alto índice de suicídio. “Nunca
tivemos uma geração tão triste, tão depressiva”, afirmou o psiquiatra Augusto
Cury.[7] Segundo a BBC, a taxa de
suicídio entre jovens sobe 10% desde 2002.[8]
Nesta sociedade liquida, “o corpo do outro é visto
então como uma espécie de playground, algo que pode ser desfrutado e depois
abandonado quando o tédio se instalar”.[9] Dentro da desconstrução da
família está a “Ideologia de gênero” cujos maiores expoentes e ideólogos eram
Marx e Engels.[10]
A ideia de desmanchar a sociedade sólida
Karl Marx no “Manifesto Comunista” disse:
“tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que
era sagrado é profanado”.[11] Para eles, a tradição
atrapalha o desenvolvimento. Assim é preciso quebrar a tradição.
A sociedade líquida promete aventura, poder,
alegria, transformação, mas com isso ameaça destruir tudo que temos, tudo que
somos, tudo que sabemos. Afirmam que é preciso descongelar essa sociedade que
está pesada, rígida que impede o avanço da ciência. Defendem que não podemos
estar presos a nada. Hoje tudo deve ser rápido para haver mobilidade nas
ideias, nas crenças, etc.
Na realidade, “o ser humano destes tempos líquidos
é inseguro, intranquilo, e busca incessantemente algo que não sabe o que é”.[12] Por isso, vive angustiado.
A resistência do cristão
Como ser cristão em uma sociedade que quer acabar
com a tradição cristã? Como enfrentar a Mídia com seus desmanches da família
tradicional?
Vivemos tempos de provação. Para isso, é preciso se
fortalecer e estar alerta: “E não vos conformeis com este mundo” (Rm
12.2).
É preciso discernimento e lutar como um profeta
fiel para manter o ensino de Cristo: “Tende cuidado, para que ninguém vos faça
presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8).
É preciso resistir. Uma das características mais
fortes da tradição é a resistência. É também preciso ser vigilante, ter uma
firme fé, ser forte e corajoso (1Co 16.13). É preciso Jesus viver em nós (Gl
2.20).
É preciso viver o intenso amor de Deus (1Pedro 4.8)
para os relacionamentos não serem superficiais e não terminarem com um toque
somente como termina no Facebook ou WhatsApp.
É preciso ter aprofundamento bíblico para termos um
alimento sólido e assim podermos enfrentar as “marés” da sociedade com firmeza.
É preciso viver no poder do Espírito Santo (Atos
1.8) para sermos fortes. É preciso perseverar na comunhão como Corpo de Cristo
(Atos 2.42) para nos fortalecermos.
Lembre-se de que tudo passa. As gerações passam, as
ideologias passam, mas a Palavra de Deus permanece para sempre (1Pe 1.25; Mt
24.35). Nela é que estaremos sempre seguros e felizes. [13]
Chamados
para dar frutos
Estudo 8 – Texto Base: Mateus 21.19
Muitos não entendem porque Jesus amaldiçoou a
figueira que logo secou. Foi um sinal para aquela época e um alerta para toda
nação judaica e para nós também.
O propósito de Jesus nesta ocasião era para alertar aos líderes judeus e
preparar as mentes dos discípulos para os ensinamentos dos dias seguintes.
1. O que Jesus quis
ensinar?
Esse acontecimento é situado exatamente após a
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém próximo da festa da páscoa (Mateus 21.1-11), seguida
da expulsão dos mercadores do templo por Jesus (Mateus 21.12-13).
O mesmo povo que gritava “hosana”, na entrada triunfal de Jesus, foi o mesmo povo que
depois pediu a liberdade para Barrabás e não para Jesus. Faziam exaltação de
Jesus, mas não o serviam de coração.
Em tudo isso, Jesus discerniu sobre a
superficialidade dos corações do povo judeu.
2. Jesus, então, passou
a falar da necessidade de produzir frutos
Na parábola dos dois filhos (Mt 21.28-32), Jesus fala
de dois filhos. Um não fez a vontade do Pai (judeus) e de outro fez (os
publicanos e meretrizes) (Mt 21.32).
Na parábola dos lavradores maus (Mt 21.33-46), Jesus
realça a importância de produzir frutos e diz que “o Reino de Deus vos será
tirado e será dado a um povo que dê os seus frutos” (Mt 21.43).
A reação dos sacerdotes e fariseus foi de querer
prender Jesus (Mt 21.46).
A figueira que secou representa
Israel. Em
outras ocasiões, Israel já tinha sido comparada a uma figueira (Oseias
9.10 e Joel 1.7).
A esterilidade da árvore
representava a improdutividade de Israel (Mateus 23.38). Foi também no dia
seguinte que Jesus censurou severamente aos escribas e aos fariseus por suas
pretensões hipócritas (Mateus 23.13-33).
3. Sequidão espiritual
proporciona escassez de frutos
A figueira parecia ter frutos: Jesus combateu a hipocrisia de fariseus e do povo que gostava
muito de uma vida de aparências que não refletia o que de fato tinha em seus
corações.
A figueira tinha folhas e isso
indicava que deveria ter frutos ali, mas não tinha. Da mesma forma muitos
parecem ser servos de Deus, mas não são.
A aparência de ter frutos e a
falta deles foram as causas da figueira secar. Uma vida de aparências, sem
frutos verdadeiros e proveitosos destruirá a vida daquele que escolhe esse tipo
de vida.
A nação de Israel sofreria muito
pela aparência de santidade que buscava esconder corações hipócritas. Isso faria muitos deles
“secar”.
A nação judaica, apesar de contar com tantos
favores de Deus através dos séculos, apresentava uma vida religiosa
superficial desprovida de frutos de arrependimento.
João Batista começou seu
ministério pedindo aos
fariseus: “Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento”
(Mateus 3.8).
4. Fomos chamados para
dar frutos
“Eu vos escolhi a vós e vos designei para irdes e
dardes fruto, e fruto que permaneça” (João 15.16).
Jesus disse: “Quem está em mim, e eu nele, este dá
muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer” (João 15.5).
Quem não estiver em Jesus secará e será lançado no
fogo” (João 15.6).
"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz,
longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gálatas
5.22).
É melhor ser podado do que deixar nossa vida secar.
É melhor ser cortado do que deixar secar. Deixa o Senhor te podar. Deixar o
Senhor cortar o mal. “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada,
ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos” (Jó 14.7).
Vencendo
as batalhas na mente
Estudo 9 – Texto Base: Jz 6.11-14
Sabotagem é a danificação propositada de estradas,
meios de transporte, instalações industriais, militares etc., para a
interrupção dos serviços. Sua origem vem da França, onde a palavra “sabot” quer
dizer tamanco e antigamente, os operários trabalhavam usando tamancos.
Nos protestos contra o patrão, eles jogavam os
tamancos sobre as máquinas para danificá-las, daí o termo ficou conhecido com o
seu significado atual.
O seu maior inimigo pode ser você mesmo: Autossabotagem
Autossabotagem ocorre quando criamos obstáculos e
empecilhos para a realização das nossas tarefas, objetivos, metas e até mesmo
nossos sonhos. Isso gera grandes atrasos em nossas vidas nas mais diversas
áreas.
Como vencer a autossabotagem
1. Identifique os sabotadores dentro de
você
- O crítico - critica
a si mesmo e os outros;
- Perfeccionista - nunca está bom;
- Ansioso - quer sempre coisas novas;
- Esquivo - joga tudo para depois, inventa desculpas para não
fazer;
- Vítima - acha que agem contra ele, quer que todos tenham
pena dele;
- Baixa auto estima - “não vou conseguir”.
2. Enfrente os sabotadores. Decida
vencê-los
“A menos que você enfrente e enfraqueça os seus
próprios inimigos internos, os quais chamamos de sabotadores, estes vão fazer
de tudo para pilhar qualquer melhoria que você consiga alcançar”.
3. Os sabotadores mentem. Procure ouvir só
a verdade, os propósitos de Deus na Bíblia para sua vida
Anjo disse para Gideão: “O Senhor é contigo homem
valente” (Jz 6.12).
Mas o autossabotador não reconhece a si como um
valente: “Se o
Senhor é conosco, porque nos sobreveio tudo isto?” (Jz 6.13).
4. Reconheça suas potencialidades: você foi feito à
imagem de Deus
O anjo sabendo disso insistiu: “Vai nesta sua força e livra
Israel da mão dos midianitas” (Jz 6.14).
5. O autossabotador insiste em colocar
dificuldades e dúvidas
“Eis que a minha família é a mais pobre em
Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai” (Jz 6.15).
6. Acredite que pode. Deixa Deus te usar
“O anjo insistiu para derrotar o sabotador: “Já que eu estou contigo,
ferirás os midianitas como se fossem um só homem” (Jz 6.16).
7. Deseje mudar seus pensamentos
A insistência do anjo começa enfraquecer o
sabotador e a trazer resultados: “Se, agora, achei mercê diante dos teus olhos,
dá-me um sinal de que és tu, Senhor, que me faças” (Jz 6.17).
8. Reconheça que Deus pode te falar e que você tem
valor
Quando isso acontecer é que o sabotador está fraco
ou já derrotado. “Viu Gideão que era o anjo do Senhor” (Jz 6.22).
9. Não deixe o sabotador voltar
“Viu Gideão que era o anjo do Senhor e disse: Ai de
mim, Senhor Deus! Pois vi o Anjo do Senhor face a face” (Jz 6.22).
10. Entenda que só o Senhor pode derrotar
plenamente o sabotador. Peça ao Espírito Santo para lhe revestir.
“Porem o Senhor lhe disse: Paz seja contigo! Não
temas! Não morrerás” (Jz 6.23). “Então, o Espírito do Senhor
revestiu a Gideão” (Jz 6.34).
E Gideão “fez como o Senhor lhe dissera” (Jz 6.27).
Você está disposto a vencer este inimigo?
Pensamentos e nossos sonhos
Estudo 10 –
Texto Base: Pv 4.23-27
Os sabotadores
podem ser introduzidos dentro de nós antes mesmo de nós nascermos.
Quando
falamos em autossabotagem, tratamos de um processo em que as nossas
inseguranças, nossos medos e nossas ansiedades se tornam protagonistas da nossa
própria história.[14]
“Muitas
vezes confundimos os sentimentos e nem percebemos a prática da autossabotagem,
por isso, é importante saber identificar quais são os principais agentes
considerados sabotadores e saber como lidar com cada um deles”.[15]
Os
principais são: ser crítico de si mesmo; ser evasivo; ter baixa autoestima; ter
medos; ser perfeccionista, ser derrotista, etc.
Por isso,
os pais devem inculcar a Palavra de Deus antes que o inimigo implante os
sabotadores – Dt 6.6-7.
Como
detonar os sabotadores:
Diariamente
sabotadores são enviados para a nossa mente. Eles se alojam no inconsciente.
- Reaja com
o perdão;
- Tenha uma
fé firme. Ela é um escudo;
- Renove a
sua mente – Rm 12.2.
Fechando as
portas para os sabotadores:
Os
sabotadores entram mais facilmente em mentes frágeis emocionalmente que têm
carências, medos, culpa e fraca fé.
Os
sabotadores vêm para morar. Eles são mentirosos e não te amam.
- Deixa
Jesus habitar em seu coração – Ef 3.17;
- Proteja a
sua mente com a couraça da fé e do amor – 1Ts 5.8. A couraça é uma roupa de
soldado que protege o peito e as costas.
- Preencha
os espaços de sua mente com tudo que é bom – Fp 4.8;
O cuidado com os pensamentos
Tenha
cuidado com o que você pensa, pois, a sua vida é dirigida pelos pensamentos. Pv
4.23;
O que Jó
mais temeu aconteceu – Jó 3.25;
Nunca fale
mentiras, nem diga palavras perversas – Pv 4.24; Ef 4.25;
Olhe firme
para a frente com toda a confiança, não abaixe a cabeça envergonhado – Pv 4.
25;
Pense bem
no que você vai fazer, e todos os seus planos darão certo – Pv 4.26;
Evite o mal
e caminhe sempre em frente, não se desvie, nem um só passo do caminho certo –
Pv 4.27;
Quando
adquirirmos a mente de Cristo, teremos pensamentos só de vitória e puros – 1Co
2.16.
Nós podemos, sim, vencer a autosabotagem dentro de
nós. Basta ter consciência de sua existência, identificá-las e agir com
perseverança.
Gideão é um bom exemplo de quem tinha sabotadores
dentro de si e conseguiu superá-los e ser instrumento de libertação do Senhor
(Juízes 6.11-34).
Os sabotadores dentro de nós são os maiores
empecilhos para realizarmos nossos sonhos.
Você deseja realizar seus sonhos?
Enfrente seus autos sabotadores. Não tenha pena de
derrotá-los.
Curando as
distorções do pensamento
Estudo 11 – Texto Base: Filipenses 4.8
As distorções cognitivas são simplesmente maneiras
que a nossa mente arranja, convencendo-nos de algo que não é realmente verdade.
Estes pensamentos imprecisos são normalmente utilizados para reforçar o
pensamento e/ou emoções negativas, dizendo-nos coisas (nosso diálogo
interno) que parecem racionais e precisas, mas na verdade só servem
para fazer-nos sentir mal acerca de nós mesmos.[16]
“Cognitivas” vem de cognição que é “uma função
psicológica atuante na aquisição do conhecimento e se dá através de alguns
processos, como a percepção, a atenção, associação”, etc.[17]
Sintomas de uma pessoa com distorções no
pensamento:
Pensamento viciado para pensar negativo. Pensar
precipitadamente;
Ser catastrófico – Pensar só no desastre, negativo;[18]
Acreditar que tudo que acontece está relacionado a
ele;
Culpar outros pelo que acontece a sua vida;
Ser um reclamador de tudo.
Como proceder a cura
Identificar as distorções de seu pensamento;[19]
Examinar o que é distorcido e procurar chegar à sua
origem;
Examinar outros pensamentos e ouvir a opinião dos
outros sobre seus pensamentos;[20]
Crer que você pode mudar e desejar mudar seus
pensamentos;
“Assim, eu digo a vocês, e no Senhor insisto, que
não vivam mais como os gentios, que vivem na inutilidade dos seus
pensamentos” (Efésios 4.17-19).
Esforçar-se para pensar de forma positiva e
procurar ver o belo da vida.
“Se seus olhos forem bons, todo seu corpo será
luminoso” (Lc 17.34).
Mantenham o
pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas (Cl 3.2).
Pedir ao Espírito Santo que mude seus pensamentos.
É o Espírito Santo quem nos convence do pecado
(João 16.8) e nos leva a verdade (João 16.13).
O Espírito Santo coloca em nós o fruto do amor,
paz, alegria, bondade, mansidão, etc (Gl 5.22-23). Tudo isso passa a ocupar
nossa vida.
Procurar enviar para sua mente o que é bom:
"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro,
tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe,
seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4.8).
Fixar sua mente em Jesus: “Portanto, santos irmãos,
participantes do chamado celestial, fixem os seus pensamentos em Jesus,
apóstolo e sumo sacerdote que confessamos” (Hebreus 3.1).
Decida viver a novidade de vida que Jesus nos dá: “Quanto à antiga maneira de
viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por
desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo
homem...” (Efésios 4.22-24).
Nós podemos ter, sim, uma mente saudável (Efésios
4.8). Nós podemos ter a mente de Cristo.
Devemos
escolher amar
Estudo
12 - Texto Base: João 13.35
Em 17 de
junho de 2015, Dylann Roof se juntou a um grupo de estudos da Bíblia na Igreja
Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, EUA. Porém, minutos
depois, iniciou um massacre no qual nove pessoas negras morreram inclusive o
pastor. Ele "executou cruelmente pessoas que descreveu em seus escritos
como meros animais selvagens". Roof afirmou no encerramento do julgamento
que não se arrepende de nada que fez. "Ninguém me obrigou"
Mas os
corações partidos se encheram de amor e decidiram perdoar o assassino. Alana
Simmons, cujo avô foi morto na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel,
disse: "Nós estamos aqui para combater as ações cheias de ódio com ações
cheias de amor". E é isso o que queremos expressar ao mundo."
Iniciaram
campanha nas redes sociais chamada “O Ódio Não Vencerá” pedindo às pessoas que
"cometam atos de amor" e que estes sejam postados no Facebook e
Instagram.[21]
Jesus
decidiu seguir a lei do amor
Jesus
realizou Sua Missão por causa do Seu imenso amor e por causa do plano de Deus
de salvar a humanidade por amor (João 3.16). Jesus precisou quebrar as regras
da sociedade que excluíam, para semear o amor:
Ele foi à
casa de Zaqueu, um pecador; perdoou a mulher que havia sido pega em adultério;
Maria Madalena que havia sido liberta de sete demônios fazia parte das mulheres
que andavam com Ele e o apoiava; Ele pediu de beber a mulher samaritana que
pegava água no poço e que havia tido cinco maridos;
Em tudo que fazia, Jesus era criticado pelos
fariseus: “Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores?” (Mc 2.16).
Sua resposta foi: “Os sãos não necessitam de
médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim,
os pecadores ao arrependimento” (Mc 2.17).
O fariseu,
a pecadora e Jesus: o amor prevaleceu
Um fariseu
havia convidado Jesus para uma refeição (Lc 7.38-47). Uma mulher, considerada
pecadora entrou na casa e se lançou aos pés de Jesus: “Então pegou um frasco
de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás.
Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com
os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume
neles. Quando o fariseu viu isso, pensou assim: “Se este homem fosse, de
fato, um profeta, saberia quem é esta mulher que está tocando nele e a
vida de pecado que ela leva.”
O fariseu
julgou Jesus e ficou irado pela presença da mulher, mas Jesus muito a amou.
Jesus acolhe esta mulher e exalta a sua atitude. O fariseu decidiu criticar.
Jesus decidiu amar e disse: “Eu afirmo a você, então, que o grande amor que ela
mostrou prova que os seus muitos pecados já foram perdoados” (Lc 7.38-47).
Nossa
escolha é o amor e não o julgamento e a exclusão
Os que se
consideravam mais religiosos e puros da época, os fariseus, escolheram criticar
Jesus por Ele ter pecadores em seu convívio.
A parábola
do Filho Pródigo (Lc 15.11-32) revela toda essa situação. O filho que saiu de
casa pecou e quis voltar. Ele representa as prostitutas e pecadores, que
arrependidos queriam voltar. O irmão mais velho, que se considerava certinho,
não se alegrou com a volta do filho mais novo.
Ele
representa os fariseus da época e todos que hoje fazem críticas quando a Igreja
acolher e dá nova oportunidade aos que querem uma nova chance.
Hoje,
repetimos o sistema da época. Baseado em uma santidade azeda e leis do Antigo
Testamento, apontamos o dedo, excluímos, julgamos e ficamos indignados com
aqueles que dão novas oportunidades aos que erraram e saímos falando mal,
cometendo o pecado da maledicência.
Deus nos
deu uma nova oportunidade quando não merecíamos. Devemos escolher amar e assim
acolher, tratar das feridas e dar nova oportunidade.
É
inevitável a crítica por pessoas que não compreendem a profundidade da mensagem
de Jesus, e, ainda não experimentaram verdadeiramente Seu amor. Porque quem diz
amar a Deus deve amar também ao próximo.
Os benefícios
do perfeito amor
Estudo 13 - Texto Base: 1Jo 4.18
O segredo para termos uma vida cristã frutífera e
de paz é alcançarmos o perfeito amor.
É possível alcançar o perfeito amor porque a Bíblia
assim diz.
Os benefícios do perfeito amor:
1.O perfeito amor lança fora o medo
“No amor não existe medo, antes o perfeito
amor lança fora todo medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que
teme não é aperfeiçoado no amor” (1Jo 4.18).
O amor de Deus lança fora o medo de sermos
condenados e de não herdarmos a vida eterna. Então, o Seu amor em nossas vidas,
é como garantia de que nós não somos condenados, pois a Palavra nos diz em 1
João 4.16: “E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos têm. Deus é amor; e
quem está em amor está em Deus, e Deus nele” 1( João 4.16).
Romanos 8.38-39 diz: “Porque eu estou bem
certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as
coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a
profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Esse é o perfeito amor.
2. Amor é a garantia da vida eterna.
Nós sabemos que já passamos da morte para a vida,
porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1Jo 3.14).
O ódio é uma marca do pecado e do inimigo em nossa
vida. É sinal da presença da morte.
O amor é a marca da presença de Deus em nossas
vidas, porque Ele é amor.
3. O perfeito amor nos faz amar aos inimigos
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
"Vós ouvistes o que foi dito: 'Amarás o teu próximo e odiarás o teu
inimigo!' Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que
vos perseguem! Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus,
porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os
justos e injustos. Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que
recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? E se
saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não
fazem a mesma coisa? Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é
perfeito" (Mt 5. 43-48).
Jesus disse mais: “Ouçam todos. Amem os vossos
inimigos. Façam bem aos que vos odeiam. Orem pela felicidade dos que vos
amaldiçoam. Peçam a bênção de Deus sobre os que vos magoam. Se alguém vos
bater numa face, ofereçam lhe também a outra! Se alguém vos exigir o casaco,
deem lhe também a camisa. Deem o que têm a quem vo-lo pedir; e quando vos
levarem as vossas coisas, não se preocupem se as tornam a entregar ou não”
(Lucas 6.27-28).
4. O perfeito amor esconde o pecado
Provérbios ensina: “O ódio excita contendas, mas o
amor cobre todas as transgressões” (Pv 10.12). Pedro diz: “Acima de tudo,
porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão
de pecados” (1Pe 4.8).
“Cobrir” (gr. kalupto) significa “ocultar,
esconder”.[22] Se amarmos, não vamos realçar, falar ou
destacar o pecado e sim procurar eliminar dos nossos pensamentos.
O amor é tão forte que é capaz de não só perdoar,
mas de procurar poupar quem pecou contra nós.
Wesley enfatiza que "um cristão
é perfeito ao ponto de não cometer pecado" quando ele alcança a
santidade, a perfeição cristã.
Como nos aperfeiçoar em amor
Guardando a Sua Palavra. “Aquele, entretanto, que
guarda a sua palavra, nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de
Deus. Nisto sabemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse
deve também andar assim como ele andou” (1 João 2.5-6).
Precisamos
do amor
Estudo 14 -
Texto Base: 1 João 3.1
Amar é...
Nos anos
1960, a artista neozelandesa, Kim Grove, inventou essa série, que retratava um
menino e uma menina apaixonados um pelo outro.
Algumas
afirmações desse amor - “Amar é...”:
Não julgar;
não criticar sem antes olhar para dentro de si mesmo;
Ajudar
aquele que precisa, mesmo que não o conheçamos;
Andar de
mãos dadas com a compaixão; despir-se de amarras;
Não
acreditar que o outro mereça o mal que está recaindo sobre ele; compreender as
atitudes do outro;
Não
infligir sofrimento ao outro; ter paciência com a vida[23], etc.
Deus, Jesus e o Espírito Santo
semeando amor
O amor é o
remédio para um mundo carente e enfermo.
O ato de
amor mais importante de Deus foi enviar por amor Jesus para salvar o mundo
(João 3.16).
O ato mais
importante de Jesus foi se dar na cruz para salvar a humanidade.
O fruto
mais importante que o Espírito Santo nos dá é o amor (Rm 5.5: Gl 5.22).
Atos de
amor de Jesus
Zaqueu era
errado e era por isso acusado de traidor. Ele precisava de amor e não de
críticas. Jesus tocou profundamente em seu coração quando tomou a decisão de ir
a sua casa. Ele mudou de vida.
A mulher
pecadora que entrou correndo na casa do fariseu precisava muito de amor. Ela
era só acusada. Jesus a compreendeu e a valorizou diante do fariseu e disse:
Vai a tua fé te salvou.
Os
pescadores Pedro, Tiago, João e André provavelmente foram rejeitados por um
rabi que não viu neles possibilidade de serem grandes pessoas. Jesus os amou,
valorizou e os chamou para serem seus discípulos.
A mulher
samaritana no poço estava com um grande vazio e tinha sede de amor. Já tinha
tido cinco maridos e era muito malvista. Por isso, foi sozinha buscar água.
Jesus a valorizou ao dialogar com ela e pedir água. Ele não a criticou, mas
ofereceu água viva para ela.
O filho
pródigo pecou muito ao abandonar a casa do pai e viver uma vida de pecado, mas
precisava de aconchego, de amor e voltou à casa do Pai, que o acolheu com amor,
alegria e festa.
A importância do amor
Sem amor
não vivemos uma vida normal. Ficamos doentes com agressividade e dificuldades
imensas nos relacionamentos.
Sem amor
não teremos santidade de vida. Podemos ser religiosos insensíveis e sem
misericórdia como os fariseus.
Sem amor
não temos a vida eterna. A vida de amor a Deus e ao próximo é a garantia de
vida eterna. “Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos aos
irmãos”.
Sem amor
não temos o Espírito Santo porque o amor é o primeiro fruto do Espírito Santo
(Gl 5.22).
Sem amor
não seremos jamais misericordiosos e não iremos perdoar. E se não perdoarmos
não poderemos ser perdoados por Deus.
Sem amor
não seremos discípulos de Jesus, pois é a marca principal: “Vocês serão
reconhecidos como meus discípulos, se amarem uns aos outros”, disse Jesus.
Jesus é a
nossa Páscoa
Estudo 15 - Texto Base: João
20.19-21
Jesus foi o Cordeiro de Deus oferecido para salvar
a humanidade (João 1.29). Paulo afirma que Jesus é a nossa Páscoa (1Co 5.7).
Ele é a nossa Páscoa, a passagem da
opressão para a libertação, da morte para a vida.
Mas a Páscoa não significa
somente um fato histórico no passado. Jesus quer que tenhamos hoje também nossa
Páscoa. As pessoas que vivem em situação de morte podem passar a ter vida em
abundância. Após a Sua ressurreição, Jesus mudou o rumo da nossa história.
Na Páscoa, aprendemos o que é
essencial para nossa vida cristã:
Com a Páscoa aconteceu a
ressureição e a ascensão de Jesus, que agora está à direita de Deus.
Jesus deve ser o centro de tudo. Jesus chega e se
coloca no meio dos discípulos (Jo 20.19). Ele deve ser o centro de
tudo. Nele tudo subsiste. Nele nos movemos e existimos.
A necessidade da paz. A primeira coisa que Jesus fez
foi lhes dar a paz (Jo 20.19). A paz traz harmonia, equilíbrio, bem-estar,
saúde, tranquilidade.
A importância da alegria. Os discípulos ficaram alegres
com a presença do Senhor. A alegria é marca da presença de Deus em nossas vidas
(Jo 20.20). Ela traz ânimo, entusiasmo, força.
Devemos estar em Missão. Jesus envia os discípulos para
uma Missão (Jo 20.21). Os discípulos são enviados com uma tarefa específica –
anunciar a chegada do tempo da restauração, do Reino de paz, amor e alegria.
Eles têm assim autoridade legal para exercer essa função de ministros de
Cristo. Devemos nos dar em benefício do próximo.
A necessidade do Espírito Santo. Jesus sopra e envia o Espírito
sobre os discípulos (Jo 20.22) para que eles não vivam mais na dimensão da
carne, mas tenham condições de ter fruto em sua vida e poder (dons) para
executar a Missão.
A importância de perdoar. Jesus os estimula a exercitar
o perdão dos pecados (Jo 20.23), em especial aos que tinham causado a Sua
morte. Quem não perdoa fica preso ao passado.
A necessidade de crer. Jesus diz para
Tomé: “Não sejais incrédulo, mas crente” (Jo 20.27). Jesus nos ensina a viver
na dimensão certa: “Bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20.29).
Melhor viver a vida em esperança do que viver no desespero. Fé e esperança
estão sempre juntas.
Jesus teve a Sua Páscoa. Ele
ressuscitou e passou a estar ao lado do Pai como Rei dos reis, Senhor dos
senhores. Hoje também poderemos ter a nossa Páscoa. Basta crer em
Jesus. Ele é a Porta para uma vida com sentido, uma vida em abundância.
Jesus quer realizar uma Páscoa
na vida dos que hoje precisam:
- Sair de uma situação de prisão
de vícios, pecado e demônios para passar para uma vida de liberdade; sair
de uma situação de escravidão com os sabotadores de nossa vida
para passar para uma vida de realização de nossos sonhos; sair de uma situação
de infelicidade e desânimo para passar para uma vida de alegria, amor
e paz.
Jesus é a chave para sermos
livres. Ele abre as portas para você. Creia, vá em frente, persevere e
visualize pela fé os seus sonhos.
O Deus Pai que abraça e beija
Estudo 16 - Texto Base: Os 11.1-4
A imagem de Deus é muito distorcida por muitas
pessoas. Uma das causas é que a criança transfere do pai para Deus o conceito
que ela tem do pai.
- Se o pai
é carinhoso, é um Deus carinhoso que ela imagina que Ele é;
- Se o pai
é ausente, é um Deus ausente que ela imagina que Deus é;
- Se o pai
ou mãe é agressiva, é um Deus distante (e punitivo) que a criança imagina que
Deus é.
Certa vez, atendi um rapaz que tinha o conceito de
um Deus distante porque o seu pai era distante dele. Não dialogava, não tinha
tempo para ele.
Alguém que se diz ateu certamente tem algum
problema muito sério com o pai.
O Pai na história da Parábola do Filho Pródigo
Na História do Filho Pródigo (Lc 15.11-32), Jesus
revela como Deus é. Mostra que Deus é um Pai de amor que cuida dos seus filhos
e filhas:
- O Deus Pai que espera a volta do filho, que
abandonou sua casa (Lc 11.12-13);
- O Deus Pai corre, abraça e beija Seu filho (Lc
11.20);
- O Deus Pai que perdoa Seu filho (Lc 11.21);
- Deus Pai que restitui os direitos de Seu filho
(Lc 11.22);
- O Deus Pai que faz festa para seu filho (Lc
11.23).
O Pai no livro do profeta Oséias
No livro do profeta Oséias, vemos outros traços da
figura de Deus Pai:
- Ele nos ama desde pequenos (Os 11.1):
“Quando Israel era menino eu o amei”.
- Deus não é indiferente a nossa situação. Ele
toma providências para estarmos bem. Oséias 11.1 diz: “do Egito
chamei...”
- Deus fica triste quando não percebemos seu
amor. Oseias 11.3: “não atinaram que eu os curava...”.
- Deus participa do nosso
crescimento. Ele nos ensina a andar como um pai e uma mãe ensinam
aos filhos (Os 11.3): “eu ensinei a andar...”
- Deus nos abraça e nos protege. Ele nos toma em
seus braços para nos curar (Os 11.3): “tomei-os em meus braços”.
- Deus usa métodos amorosos para nos abençoar. Ele
nos atrai com laços de amor (Os 11.4): “atrai-os com laços de amor”.
- Deus carrega nosso peso para nos
aliviar. Ele alivia o peso que está sobre nós (Os 11.4): “fui para com
eles como quem alivia o jugo”.
- Deus vai até onde estamos para nos
alimentar. Ele chega a se inclinar para nos dar de comer como um pai
e uma mãe fazem com o filho pequeno (Os 11.4).
- Deus é um Pai que não abandonará
nossa casa e nem a nós (Os 11.8).
- Deus se comove por nós. (Os 11.8): “Meu
coração está comovido”.
- Deus não utiliza de agressividade. Ele não agirá
com ira, pois Ele não é humano. Ele é Deus. É Santo (Os 11.9).
- Deus agirá como um leão para nosso próprio bem.
(Os 11.10). Eles voltarão tremendo, mas o Senhor lhes dará conforto (Os 11.11).
Precisamos ter um encontro com o Deus Pai
Precisamos ter uma experiência íntima com Deus para
o conhecermos. Seu amor precisa ser conhecido por nós.
A Bíblia diz que o amor de Deus é derramado em
nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5).
A Bíblia diz: “Vede quão grande amor nos tem concedido o
Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece;
porque não o conhece a ele” (1 João 3.1).
O Deus revelado na epístola aos
Romanos
Estudo 17 - Texto Base: Rm 1.20
Atributos são
as particularidades, qualidades e características que são próprias de alguém ou
algo. É o que define como a pessoa é.
Quais são
os atributos de Deus?
Na epístola
de Romanos encontramos alguns dos atributos de Deus:
Deus é Pai
“Graça a
vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai” (Rm 1.7)
Deus é
Soberano
“Em todas
as minhas orações, suplicando que, nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me
ofereça boa ocasião de visitar-vos” (Rm 1.10).
Deus é Juiz
“Visto que
a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé” (Rm 1.17).
Pois todos
compareceremos perante o tribunal de Deus” (Rm 14.10).
Deus é
divino e eternamente poderoso
“Porque os
atributos invisíveis de Deus, assim como o seu eterno poder, como também a sua
própria divindade” (Rm 1.20).
Deus é
bondoso, tolerante e longânimo
“Ou
desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade” (Rm 2.4).
Deus é
acolhedor
Ele não
faz acepção de pessoas. Ele acolhe a todos igualmente sem distinção.
“Porque
para com Deus não há acepção de pessoas” (Rm 2.11).
Deus é fiel
“Se alguns
não creram, a incredulidade deles virá desfazer a fidelidade de Deus? De
maneira nenhuma! (Rm 3.3-4).
Deus é amor
“O amor de
Deus é derramado em nosso coração pelo espírito Santo que nos foi outorgado”
(Rm 5.5).
Deus é Rei
“Porque o
Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça e paz e alegria no Espírito
Santo” (Rm 14.17).
1 Timóteo 1.17: “Portanto, ao
Rei eterno, imortal, invisível, Deus único”.
Deus é
paciente e consolador
“Ora, o
Deus da paciência e da consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os
outros, segundo Cristo Jesus” (Rm 15.5).
Deus é
misericordioso
“Para que
os gentios glorifiquem a Deus por causa da sua misericórdia” (Rm 15.9).
É Deus da
esperança
“E o Deus
da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer para que sejais ricos
em esperança no poder do Espírito Santo” (Rm 15.13).
É Deus da
graça
“Muito mais
a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram
abundantes sobre muitos” (Rm 5.15).
“Por causa
da graça que me foi outorgada por Deus” (Rm 15.15).
É Deus da
paz
“E o Deus
da paz, em breve, esmagará debaixo dos vossos pés a Satanás” (Rm 16.20).
É Deus
único, sábio e eterno
“Ao Deus
único e sábio seja dada glória, por meio de
Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém!” (Rm 16.27).
Deus tem esses atributos e muito mais. Seu atributo
principal é que Deus é amor (1 João 4.8; João 3.16).
A necessidade de
passar pela cruz
Estudo 18 - Texto Base: João 12. 24-25
Para os cristãos a cruz é sinal de benção. São
vários os benefícios para a nossa vida ao passarmos pela cruz:
1. É preciso passar pela cruz de Cristo
para termos frutos em nossas vidas:
Jesus disse que só se o grão de trigo morrer haverá
frutos em nossas vidas. A vida cristã é uma constante luta entre a carne e o
espirito. Se passarmos pela cruz, iremos por um caminho de vida, de frutos.
A cruz traz vida e vitória para nós.
2. A cruz e o discipulado:
Por que muitos crentes não têm um real compromisso
com Cristo?
É porque a cruz não é o centro de sua vida!
Só quem toma a sua cruz (estar disposto a morrer
para seu eu e o mundo) será um real discípulo de Jesus. O discípulo se desapega
de tudo para seguir o Mestre.
3. A cruz e a santidade:
Para alcançarmos a santidade é preciso tomar a cruz
e estar disposto a morrer para o eu e para o mundo com suas atrações e
contaminações...
Santidade é o caminho para as maravilhas de Deus.
Sem ela ninguém verá o Senhor. Com a vida crucificada com Cristo teremos a
roupagem de nova criatura.
4. A cruz e a felicidade:
Só seremos felizes realmente e permanentemente, só
seremos bem-aventurados, se passarmos pela cruz.
A mansidão, a promoção da paz, a alegria
verdadeira, a paz e o amor, só veem após a crucificação da carne. A felicidade
vem do Espírito cujo fruto é: amor, alegria, paz...
5. A cruz e a saúde:
Voltar-se para si traz doenças emocionais e
físicas. Muitas doenças veem da alma, da carne. Veem dos excessos.
A falta de perdão, a culpa e o medo trazem doenças.
A cruz de Cristo iluminará seu corpo e sua mente, os quais serão sadios.
6. A cruz e a vida financeira:
Quando você passa pela cruz, suas finanças até
podem melhorar. Mas o mais importante é que você saberá dar valor às pequenas e
belas coisas da vida. Você terá domínio próprio e só usará suas finanças para
algo útil.
Você aprenderá a viver contente em toda e qualquer
situação (Fp 4.11-13). A vaidade e a cobiça não devorarão mais suas finanças.
Você aprenderá a guardar e doar...
7. A cruz e o caráter de Cristo
Só quem passa pela cruz pode ser servo. A
crucificação do “eu” limpará sua vida de vaidade, egoísmo, inveja,
agressividade etc.
A cruz leva você a deixar de se centralizar em si
mesmo e o leva a servir a Deus e ao próximo através do amor.
8. A cruz e a intimidade com Deus
A cruz de Cristo nos reconciliou com Deus:
estávamos separados de Deus. A morte de Jesus nos deu acesso direto a Deus. Sem
o Eu dominando, teremos intimidade, no espírito, com Deus.
A centralidade da Cruz:
Quando nos distanciamos da cruz, entramos em todos
os tipos de becos sem saídas, entramos na carne e perdemos o equilíbrio e o
foco da verdade.
A cruz era o foco de Paulo: “Mas longe esteja de
mim gloriar-me, senão na cruz de Cristo” (Gl 6.14-15).
A cruz é o poder de Deus (1Co 1.18). Se desejamos
ser usados para salvar vidas, se queremos vitória sobre o pecado, se queremos
avivamento, se queremos uma vida de poder, devemos deixar a cruz trabalhar em
nós. É necessário crucificar nossa carne diariamente para a vida nascer em nós.
Para o Espírito Santo se mover em nós e através de nós.
Como ter ânimo e esperança em
meio às lutas
Estudo 19 -
Texto Base: Fp 1.18
Paulo estava preso e mesmo assim escreve uma carta de ânimo para os irmãos
e irmãs de Filipos. O tom da carta aos Filipenses é a alegria, é o ânimo,
apesar dele estar preso.
O que faz uma pessoa em lutas ser feliz e passar ânimo para outras
pessoas?
Devemos
tirar o foco de nós e colocar em Cristo
Não ser o centro do mundo, mas o foco ser o Evangelho de Cristo.
Assim, deixamos de priorizar o “eu” e pensamos sempre no que vai
contribuir para o Evangelho de Cristo: “As coisas que me aconteceram
contribuíram para maior proveito do evangelho” (Filipenses 1.12).
- Minhas
prisões foram vistas por toda a guarda pretoriana e demais lugares (Fp 1.13);
- Muitos
irmãos em Cristo tiveram maior ânimo após a prisão de Paulo e ousavam
anunciar a Palavra mais confiantemente, sem tremor (Fp 1.14).
Quando
colocamos o foco em nós estamos doentes e vamos prejudicar muito nossa vida.
Nada nos satisfará.
Pensamos
sempre no que as pessoas devem fazer por nós.
Devemos
tirar algo bom mesmo em meio à maldade humana
Não podemos
ser indiferentes e nem concordar com o mau-caráter das pessoas. Mas,
podemos ver que Deus pode agir apesar das pessoas. O bem pode vencer. Paulo
tinha consciência do mau-caráter de algumas pessoas, mas sua maior alegria era
ver o Evangelho ser anunciado, não importava de que maneira:
“Alguns
pregam a Cristo por inveja e outros ainda “julgando acrescentar aflição às
minhas prisões. Mas que importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a
maneira (...) nisto me regozijo e me regozijarei ainda” (Fp 1.15-18).
Devemos ter
uma intensa expectativa e esperança de vitória
“Porque sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo
socorro do Espírito de Jesus Cristo, segundo a minha intensa expectativa e
esperança” (Filipenses
1.19-20).
A
libertação da prisão em Filipos milagrosamente é um modelo para nós. Em meio ao
sofrimento, Paulo e Silas cantavam e oravam.
A luz que
foi colocada dentro de nós pelo Espírito Santo não pode ser apagada. Somos a
luz do mundo. Ela atrairá bênçãos.
Não podemos
deixar as coisas negativas do mundo dominar nosso interior, pois isso atrairá
também muito mais coisas negativas.
Devemos
andar na luz: “Se,
porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros,
e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado” (1 João 1.7).
Devemos ter
o propósito primeiro de engrandecer a Cristo
“Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja
pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1.20).
Para isso, o “eu” deve diminuir.
Aqui cabe uma pergunta: O seu corpo engrandece a Jesus Cristo?
O que existe em seu corpo é vaidade, pura maquiagem para chamar a
atenção para o seu físico? É apenas musculação para mostrar que você é forte e
belo? Ou seu corpo é usado para engrandecer a Cristo?
Você traz no corpo as marcas de Cristo?
Nossa maior alegria vem da vida de intimidade com Cristo
“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21). A vida está em Cristo tanto que se ele morresse, Paulo
afirma que seria melhor. Seria um lucro. Estaria junto de Cristo na eternidade.
Não podemos colocar a fonte de nossa alegria em objetos e nem em pessoas. Tudo
isso é falho e transitório e não traz a verdadeira alegria.
São princípios e práticas que nos levam a suportar as dificuldades e nos
alegrar em meio às adversidades.
A
profundidade do olhar de Jesus
Estudo 20 -
Texto Base: João 17.1
Conseguimos nos comunicar com os olhos. Falamos com os olhos. Assim
eram nossos pais. Os olhos revelam nossa alma como está ou é. Revela intenções,
caráter, medo, esperança, alegria, tristeza.
A Bíblia mostra o que o olhar de Jesus produz na vida das pessoas.
Que revela o olhar de Jesus?
1. Pelo olhar, Jesus conhece os nossos corações
Levou a escolha e ao chamado para a Missão:
“Andando à beira do mar da Galiléia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e
seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores. E
disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens" (Mt 4.18-19). “Então eles, deixando logo as redes,
seguiram-no” (Mateus 4.20).
“E Indo adiante, viu outros
dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão. Eles estavam num barco com
seu pai, Zebedeu, preparando as suas redes. Jesus os chamou. E então,
chamou-os; eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no” (Mateus 4.21-22).
2. Pelo olhar, Jesus sabe o momento de
ensinar
“Ao ver a multidão, Jesus
subiu ao monte. Sentou-se e os seus discípulos foram para junto
dele. Jesus começou então a ensiná-los desta maneira: ‘Felizes os humildes
de espírito, porque é deles o reino dos céus!” (Mt 5.1-3).
3. O olhar de Jesus mexe com nossa vida
E pode levar a mudanças: Foi assim com Pedro: “Então, voltando-se o
Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do
Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo. E,
saindo Pedro para fora, chorou
amargamente (Lc 22.61-62).
4.O olhar de Jesus revela Seu profundo amor
“E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe disse: Falta-te
uma coisa: vai, e vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e
terás um tesouro no céu; e vem e segue-me” (Mc 10.21).
5. O olhar de Jesus penetra os nossos corações e conhece nossas
necessidades
“Ao ver as multidões, Jesus sentiu grande compaixão pelas pessoas, pois
que estavam aflitas e desamparadas como ovelhas que não têm pastor” (Mt 9.36).
6. Jesus estimula os discípulos a olharem para aprenderem
“Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em
celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que
elas?” (Mt 6.26).
7. O olhar de Jesus revela Sua dependência e confiança em Deus
“Depois, levantando os olhos para o céu e, com um profundo suspiro,
ordenou: “Efatá!”, que quer dizer: “Abre-te!” Imediatamente, os ouvidos do
homem se abriram, sua língua desprendeu-se e ele começou a falar fluentemente”
(Mc 7.34-35).
8.O olhar de Jesus para os céus revela Sua gratidão a Deus que tudo de
bom nos concede
“Então, tomando os cinco pães e os dois peixes, e erguendo o olhar em
direção ao céu, deu graças e os partiu” (Lc 9.16).
9. O olhar de Jesus revela a Sua divindade
“Seus olhos são como chamas vivas de fogo, e em sua cabeça há
muitas coroas e um Nome escrito que somente Ele conhece” (Apocalipse 19.12).
Êxodo 3.2: Deus que se revela a Moisés numa chama. Seu olhar é
divino
A Bíblia diz que: “Pois os olhos do Senhor estão
atentos sobre toda a terra para fortalecer aqueles que lhe dedicam totalmente
o coração” (2Cr 16.9).
Qual é o olhar de Jesus para você hoje?
A glória de
Deus
Estudo 21 - Texto Base: 2Co 3.18
Paulo diz que devemos ser transformados pela
renovação da nossa mente (Rm 12.2) e coração (2Co 3.18). Transformado significa
mudar, transfigurar.
A glória de Deus
A glória de Deus significa Sua grandeza e poder.
“Os céus manifestam a glória de Deus” (Sl 19.1). É a revelação de seu próprio
ser, de sua presença, algumas vezes acompanhada de fenômenos físicos.
É a revelação e a manifestação de tudo o que Deus
tem e é. Moisés pediu ao Senhor que lhe mostrasse Sua glória (Êx 33.18). Moisés
já havia contemplado o sobrenatural de Deus por meio das 10 pragas que recaíram
sobre o Egito (Êx 3.1-6).
E Deus disse: “Farei passar toda a minha bondade
diante de ti, e te proclamarei o nome do Senhor; terei misericórdia de quem eu
tiver misericórdia e me compadecerei de quem eu me compadecer” (Êx 33.19).
Vemos que na glória de Deus estão a bondade e a Sua
misericórdia.
A manifestação da Sua glória nos leva a adorar a
Deus. E, ao contemplar a glória do Senhor, ali no monte, Moisés adorou ao
Senhor.
Manifestações da glória de Deus
A manifestação da glória de Deus leva o ser humano
a reconhecer a grandeza de Deus e a sua pequenez e o leva a se humilhar. Em
Êxodo, Moisés se curvou e adorou, pediu a presença do Senhor entre o seu povo e
que Deus perdoasse as iniquidades de Israel (Êx 34.8-9).
- No nascimento de Jesus, um anjo
anunciou aos pastores “e a glória do Senhor os cercou de resplendor” (Lc 2.9).
- Na dedicação do templo de Salomão, os
sacerdotes não podiam permanecer de pé por causa da glória do Senhor que encheu
o templo (1Rs 8.11).
- Na vida de Isaias: Muito tempo depois, o
profeta Isaías também contemplou a glória do Senhor, em sua presença manifesta
no templo de Jerusalém, e teve a mesma reação de Moisés (Is 6.1-8).
Isaías disse: “Ai de mim! Estou
perdido! Porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de
impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is
6.5).
Ser transformado de glória em
glória
Ser transformado de glória em glória significa
passar por experiências profundas na comunhão com Deus e ter o caráter
transformado pelo Espírito Santo, tornando-se semelhante a Jesus.
1. Paulo escreveu e orou para que os santos
soubessem das riquezas da glória que Deus havia reservado para os
cristãos (Ef 1.18),
2. Orou para eles que soubessem qual e a
“incomparável grandeza do Seu poder sobre nós, os que cremos” (Ef 1.19).
3. Paulo orou para que segundo as riquezas de sua
glória, os santos fossem fortalecidos com poder (Ef 3.16).
Em 2Co 3.6-18, Paulo nos fala sobre a experiência
de Moisés e a experiência do cristão. Moisés contemplou a glória do Senhor no
monte Sinai e precisou cobrir-se com um véu, por causa do brilho da sua face.
Veja o que aconteceu na vida de Estevão: “Todos os
que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estevão, viram o seu
rosto como se fosse rosto de anjo” (At 6.15). Ora, Estevão era cheio do
Espírito Santo (Atos 6.5).
No Monte, Jesus teve o rosto transfigurado (Mt
17.2). Hoje é o Espírito Santo quem nos transforma de glória em glória.
Na convivência com o Espírito Santo vamos sendo
santificados, desarraigados deste mundo e tornando-nos à semelhança de Jesus.
A família e a família da fé
Estudo 22 - Textos Base: Gn 12.3, Efésios 2.19
Algumas pessoas colocam como prioridade para a
nossa vida: 1) Deus; 2) família, 3) trabalho e 4) a Igreja. Mas não vemos essa
classificação na Bíblia, a voz de Deus.
Dizem até
que a família foi criada primeiro do que a Igreja. Ora, Deus estava ali para
ser adorado pessoalmente. Não era preciso templo. Se assim fosse, a família
seria maior do que Jesus, pois Jesus veio depois da família criada. E os
animais seriam superiores à família, pois eles foram criados primeiro do que o
casal.
Veja qual é
o ponto de vista de Deus sobre a família:
Primeiro, a
família é chamada para abençoar
Deus chamou
Abraão para abençoar outras famílias: “Em ti serão abençoadas todas as famílias
da terra” (Gn 12.3).
Os doze
filhos de Jacó constituíram famílias, que se tornaram o Povo de Deus, o Israel
de Deus. Jesus os chamava de “casa de Israel” (Mt 10.6).
Segundo,
a família resgatada deve servir ao Senhor
No meio de
uma crise de fidelidade a Deus, Josué disse: “Eu e minha casa serviremos ao
Senhor” (Js 24.15).
A família
cristã deve estar a serviço do Reino de Deus. Na carta aos Romanos, Paulo disse
sobre Priscila e Áquila: “Saudai também a Igreja que está em sua casa” (Rm
16.5).
Terceiro, o
propósito máximo de Deus é salvar toda a família
Foi o que
Paulo disse para o carcereiro de Filipos: “Crê no Senhor Jesus e será salvo tua
e toda a tua casa” (Atos 16.31).
Não existe
outra prioridade do Senhor a não ser salvar a humanidade, o ser humano, a
família (João 3.16).
Como consequência, a prioridade de Deus
é constituir uma família da fé
A família
da fé são os salvos. É a Igreja do Senhor. É a noiva de Cristo. É o corpo de
Cristo. É o povo de Deus.
Há diversos
versículos bíblicos que dão destaque à família da fé. Veremos alguns:
- Paulo
disse: “Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos
dos céus e da família da fé” (Ef 2.19);
- Paulo
afirmou: “Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas
principalmente à família da fé” (Gl 6.10).
A
Bíblia, a voz de Deus, deixa claro que a família da fé deve ser priorizada.
A mãe e os
irmãos de Jesus
Quando lhe
disseram que seus irmãos, irmãs e mãe queriam lhe falar, ele disse: “Quem é
minha mãe e meus irmãos? E estendendo a sua mão para os discípulos, disse: ‘Eis
aqui minha mãe e meus irmãos; porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai,
que está nos céus, este é meu irmão, irmã e mãe” (Mt 12.47-50).
Evidente
que devemos cuidar da nossa família, pois é agradável a Deus (1Tm 5.4), se não
fizermos isso, negaremos a nossa fé (1Tm 5.8).
Mas é a
família da fé que estará com Cristo nos céus (Ap 22.14).
Devemos
amar nossa família de sangue e cuidar dela, mas ela deve ser alvo de nossas
orações, testemunho diante dela para que toda a família seja salva.
A família
da fé é a prioridade de Deus
E a família
da fé são os que são salvos individualmente. A Bíblia utiliza diversas
expressões que apontam para a família da fé:
Tiago
disse: “Homens irmãos” (Atos 15.13). Também se referindo a Judas e Silas foi
dito que eram “homens distintos entre os irmãos” (Atos 15.22).
Somos
chamados de “irmãos” porque passamos a ser uma família na fé através de Cristo.
Somos filhos e filhas de Deus pela fé em Jesus e irmãos uns dos outros (Gl
4.5-7).
A família é
alvo de Deus para que ela se torne também uma agente da Missão, um local de
adoração. Jesus priorizou a família da fé, a Igreja: Ele disse que as portas do
inferno não prevalecerão contra a Igreja. Não disse que não prevalecerão contra
a família. Ele vem buscar a Sua Igreja, a família da Fé.
Batalha
Espiritual
Estudo
23 - Texto Base: Daniel 10.11-13
A guerra
espiritual é uma batalha constante do bem contra o mal. É uma luta na
esfera espiritual. Para vencermos precisamos de armas espirituais.
Daniel nos
ajuda a compreender a guerra espiritual. Vamos ver passo a passo:
- Deus
precisava revelar algo ao Seu povo. Daniel foi escolhido por ter sabedoria e
entendimento – Daniel 10.1.
- Consagrou a sua vida jejuando
por três semanas – Dn 10.2-3;
- Somente Daniel teve
a visão apesar de outros estarem perto dele – Dn 10.7.
O que o jejum e a consagração
proporcionam:
- A consagração abre os olhos espirituais
– Dn 10.4-5;
- A
consagração nos leva a ouvir a voz de Deus – Dn 10.9;
- Leva-nos
a ouvir o Espírito Santo: o próprio Espírito testifica com o meu espírito que
sou filho de Deus (Rm 8.16);
- A
consagração nos leva a ser tocados pelo Senhor - Dn 10.10;
- A
consagração nos leva a ser muito amado pelo Senhor: “Daniel, homem muito amado”
– Dn 10.11;
- A fé e a
consagração fazem nossas orações subirem até Deus – Dn 10.11;
- O mesmo
aconteceu com Cornélio – Atos 10.1-4.
Importância
do clamor
Clamar é
buscar o Senhor, chamar por Ele expor-lhe o nosso coração – comunicar-se com
Ele.
- O clamor
é fundamental para sermos ouvidos: “Eu vim por causa de suas palavras” – Dn
10.12;
- Os
principados podem interferir no nosso caminho – Dn 10.13;
- A perseverança
é fundamental para obtermos a vitória – Atos 12.5 mostra que a intercessão
libertou Pedro;
- Desde o
primeiro dia Deus ouviu o clamor de Daniel, mas houve resistência espiritual do
principado da Pérsia;
- O anjo
Miguel veio em socorro e o anjo pode prosseguir em sua missão indo até Daniel -
Dn 10.12;
Somos
canais de Deus para abençoar
- Deus
enviou um anjo para que Daniel pudesse saber e avisar ao povo o que iria
acontecer nos últimos dias – Dn 10.14.
A revelação
é para abençoar ao povo de Deus.
- A
presença do Senhor interfere no nosso físico. Daniel teve dores – Dn 10.16;
- Mas o
anjo do Senhor o tocou e ele foi fortalecido – Dn 10.18;
- A Palavra
do Senhor para Daniel foi: “Não temas, homem muito amado, paz seja contigo;
anima-te, sim, anima-te. E, falando comigo, fiquei fortalecido” – Dn 10.19.
No próximo
estudo veremos como utilizar as armas espirituais seguindo o exemplo de
Neemias.
Como utilizar as armas
espirituais
Estudo 24 - Texto Base: Neemias 4.9
Desagrada ao inimigo ver o bem dos filhos e filhas
de Deus. Wesley disse que existem maquinações do deus desse século contra os
filhos e filhas de Deus para atrapalhar sua caminhada. Suas maquinações
são incontáveis como a areia do mar e as estrelas dos céus.
Jesus quando começou a sua missão foi tentado pelo
diabo (Mateus 4). Paulo quando começou sua Missão (Atos 13.1-5) foi atrapalhado
pela ação maligna (Atos 13.6-12).
Jesus e Paulo venceram a ação maligna fundamentados
na Palavra de Deus. Eles jejuaram e usaram de autoridade espiritual.
A Bíblia mostra que quando Neemias procurou
restaurar os muros de Jerusalém ele desagradou o inimigo, que sempre fica irado
quando procuramos promover o Reino de Deus: “Disto ficaram sabendo Sambalate, o
horonita, e Tobias, o servo amonita; e muito lhes desagradou que alguém viesse
a procurar o bem dos filhos de Israel” (Neemias 2.10).
A Bíblia mostra que Deus agia na vida de Neemias.
Ele utilizou o trabalho, a oração, o discernimento e a sabedoria para
prosseguir e erguer os muros de Jerusalém: “Então à noite me levantei, e uns
poucos homens, comigo; não declarei a ninguém o que o meu Deus me pusera no
coração para eu fazer em Jerusalém. Não havia comigo animal algum, senão aquele
que eu montava”. (Neemias 2.12).
Aprendemos na história de Neemias que o inimigo tem
estratégias. Porém, devemos aprender também, como Neemias venceu o inimigo:
1. O inimigo quer debochar dos servos e
servas do Senhor para os enfraquecer (Neemias 4.1-2).
2. O inimigo se une a outros para fazer confusão e
a obra do Senhor não ir adiante (Neemias 4.7-8).
3. O inimigo deseja nos retirar de dentro do muro
de proteção (Neemias 6.2).
4. O inimigo insistirá em nos retirar do muro de
proteção (Neemias 6.4).
5. O inimigo usa a calúnia para intimidar e parar a
obra (Neemias 6.5-6).
6. O inimigo utiliza-se até do nome de Deus
para tentar nos enganar e nos induzir ao erro (Neemias 6.10).
Na luta contra o inimigo, o discernimento é
fundamental: -“E percebi que não era Deus quem o enviara” (Neemias 6.12-13).
Aprendemos com Neemias como vencer ao inimigo:
- Neemias foi prudente: “Então de noite me
levantei, eu e uns poucos homens comigo; e não declarei a ninguém o que o meu
Deus pusera no coração para fazer por Jerusalém” (Neemias 2.12).
- Neemias fechou todas as brechas e ficou dentro do
muro de proteção: “...ia avante a reparação dos muros de Jerusalém e que
já as brechas se começavam a fechar” (Neemias 4.7).
- Neemias orava e vigiava: “Nós, porém, oramos ao
nosso Deus, e pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (Neemias 4.9).
- Neemias estava sempre alerta: Como o muro era
muito grande e as distâncias bem extensas, se houvesse um ataque de um lado do
muro, os trabalhadores do lado oposto poderiam não notar. Para resolver este
problema, Neemias circulava por toda a construção, juntamente com um vigia
portando uma trombeta. A instrução era clara: quando eles ouvissem a trombeta,
deveriam correr em direção ao seu som, pois o ataque seria naquele setor
(Neemias 4.18-20).
- Neemias foi sábio e por nada parou a obra: “E
enviei-lhes mensageiros a dizer: Estou fazendo uma grande obra, de modo que não
poderei descer. Por que cessaria esta obra, enquanto eu a deixasse e fosse ter
convosco?” (Neemias 6.3).
- Neemias usou da oração para se fortalecer e
vencer o inimigo: “Mas agora, ó Deus, fortalece as minhas mãos” (Neemias 6.9).
- Neemias teve discernimento espiritual: “E percebi
que não era Deus que o enviara” (Neemias 6.12).
Chamados a louvar e adorar
Estudo 25 - Texto Base: Salmo
95.6-7
O louvor está relacionado à
alegria e exaltação. “No Novo Dicionário da Bíblia o substantivo Louvor no
Antigo Testamento é relacionado a palavras hebraicas como halal, yadha e zamar.
Estas palavras são associadas à alegria manifestada diante de Deus, de diversas
formas: cantos, gestos, instrumentos, etc.”[24]
No louvor da Igreja
Primitiva a “alegria era a atitude dominante da vida cristã, e embora a
adoração formal e o louvor que tal alegria inspirava, não seja explicitamente
descrita ou prescrita, o motivo disso é que era considerado como algo
automático.
Assim como aqueles que
experimentavam a cura e o poder purificador de Jesus, rompiam espontaneamente
em louvor (Lc. 18:43; Mc 2:12), semelhantemente na igreja apostólica, havia
frequentes exemplos dessas explosões espontâneas de louvor, quando os homens começaram
a perceber e a compreender o poder e a bondade de Deus, na pessoa de Jesus
Cristo (At 2:46-47; 3:8; 11:18; 16:25; Ef 1:1-14)”.[25]
Louvar significa exaltar,
engrandecer, elogiar as qualidades, glorificar, elevar os atributos,
reconhecimento das virtudes, admirar, etc.[26] O louvor, os cânticos
e os sons são instrumentos muito importantes, extraordinários e poderosíssimos
no mundo espiritual e em nossas próprias vidas.[27]
O louvor pode ser uma arma de
guerra. Davi tocava a harpa e o espírito maligno saia de Saul: “E sucedia que,
quando o espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi tomava a harpa, e
a tocava com a sua mão; então Saul sentia alívio, e se achava melhor, e o
espírito mau se retirava dele”(1 Samuel 16.23).
E a adoração, qual é a sua
essência?
Nos dicionários da língua
portuguesa, adorar significa: render culto, expressar uma admiração reverente,
venerar, amar extremamente.[28]
A palavra hebraica Barak
utilizada no Antigo Testamento significa ajoelhar-se e bendizer a Deus, para
dar reverência ao Senhor como um ato de adoração. É feito com uma atitude
de antecipação.[29]
Portanto, louvar está
relacionado à gratidão e exaltação a Deus. Adorar está ligado à nossa atitude
de cultuar, que revela nossa intimidade com Deus.
A verdadeira adoração é um
reconhecimento da grandeza e glória de Deus. O Salmo 50 diz: “Desde Sião,
excelência de formosura, resplandece Deus. Vem o nosso Deus e não guarda
silêncio; perante ele arde um fogo devorador, ao seu redor esbraveja grande
tormenta” (Salmos 50.2-3).
A verdadeira adoração nos
torna mais íntimos de Deus. Ela traz também temor. A Bíblia diz
que “Moisés escondeu o rosto, porque temeu olhar para Deus” (Êx
3.6).
Isaías disse: “Ai de
mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um
povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!”
(Is 6.5).
Já Elias “envolveu o
rosto no seu manto” (1Rs 19.13).
A palavra hebraica Yadah
“significa adorar com as mãos estendidas e significa uma entrega profunda a
Deus e um coração que deseja prestar uma homenagem a ele. Escrituras para
o estudo são: Salmos 100.4, 134.2, 27:1, 28.7, 33.2, 42.5, 44.8 e 141.2)”.[30]
A verdadeira adoração é um
reconhecimento da glória de Deus e deve levar-nos a uma entrega pessoal,
submissão e temor diante da Sua santidade.[31]
Entre o poder de Deus e a
limitação humana
Estudo 26 - Texto Base: 1 Reis 19.1-8
Vivemos entre as possibilidades imensas do poder de Deus e as nossas
limitações humanas. Com a história do profeta Elias aprendemos sobre as
virtudes e as limitações do ser humano.
As virtudes
A sua
fidelidade, coragem e ousadia: “Então Elias, o tisbita, dos
moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor Deus de Israel, perante cuja
face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha
palavra” (1 Reis
17.1).
A sua
dependência e obediência a Deus: “Retira-te daqui, e vai para o oriente,
e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de
ser que beberás do ribeiro; e eu tenho ordenado aos corvos que ali te
sustentem” (1 Reis
17.3-4).
A sua
abnegação: “Levanta-te, e vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que
eu ordenei ali a uma mulher viúva que te sustente. Então ele se levantou, e foi
a Sarepta” (1 Reis
17.9-10).
A sua fé
poderosa: “Porque assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da panela não se
acabará, e o azeite da botija não faltará até ao dia em que o Senhor dê chuva
sobre a terra” (1 Reis
17.14).
As
limitações
1.
Ministrar sozinho traz esgotamento emocional e físico: “Então disse Elias: “Só eu
fiquei por profeta do Senhor” (1 Reis 18.22).
Existe uma síndrome muito comum nos dias atuais que tem atingido muitos
profissionais e pastores. É a síndrome de burnout. Ela ocorre
como “consequência do acúmulo excessivo de estresse em trabalhadores que têm
uma profissão muito competitiva ou com muita responsabilidade”.[32]
Sintomas dessa síndrome: Sentir-se cansado e
sem energia quase sempre; ter dor de cabeça frequente; alterações no apetite;
dificuldade para pegar no sono; ter sentimentos constantes de fracasso e
insegurança; sentir-se derrotado e sem esperança; vontade de se isolar dos outros, etc[33]
2. Elias, na crise, decidiu se
isolar e desejou morrer
Jesabel ameaçou Elias de morte e ele fugiu em vez de procurar apoio e
Deus: “O que vendo ele, se levantou e, para escapar com vida, se foi, e
chegando a Berseba, que é de Judá, deixou ali o seu servo. Ele, porém, foi ao
deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para
si a morte” (1 Reis
19.3-4).
Sozinhos vamos ter apenas os
pensamentos negativos dirigindo nossa vida.
Aprendemos com Deus
1. Como o anjo fez, devemos
buscar os que são do Senhor que estão em crises
“E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um anjo o
tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava
um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou
a deitar-se. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse:
Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho” (1 Reis 19.5-7).
Uma palavra
de ânimo, um abraço, uma oração já é um início para a cura.
2. Em uma
geração, não somos os únicos que estão santificados.
O Senhor lhe disse: “Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os
joelhos que não se dobraram a Baal, e toda a boca que não o beijou” (1 Reis 19.18).
Precisamos
estar juntos como Corpo de Cristo. Sozinhos adoecemos.
3. Chega o tempo em que é hora
de parar ou diminuir as nossas tarefas
“E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de
Damasco; e, chegando lá, unge a Hazael rei sobre a Síria.Também a Jeú, filho de
Ninsi, ungirás rei de Israel; e também a Eliseu, filho de Safate de Abel-Meolá,
ungirás profeta em teu lugar” (1 Reis 19.15-16).
Não somos
super-homens ou mulheres maravilhas. A Bíblia diz que há tempo para tudo.
Precisamos cuidar da saúde. Jesus, muitas vezes, deixava a multidão de lado e
ia para um lugar sozinho. Precisamos viver na simplicidade, curtindo a natureza
e a bela vida que Deus nos deu.
Chamados a ser Super
Estudo
27 - Textos Base: Romanos 8.31-39
A história em quadrinhos de Superman ou Super-Homem
sempre atraiu a atenção de muitas gerações. Um jovem enviado a Terra pelo seu
pai antes do seu planeta explodir foi descoberto pelo casal de
fazendeiros Jonathan e Martha Kent, que na história fictícia eram
metodistas.
Seu nome de humano é Clark e ele trabalha num
jornal como repórter. Ele foi dotado de superpoderes e até voa para defender os
mais fracos. Ele sempre esteve cima dos demais.
Paulo diz que nós também podemos ser Super.
Frágeis, mas somos mais do que vencedores
Não temos
peito de aço, somos frágeis, mas isso contribui para sermos fortes
espiritualmente. Jesus disse: “A minha graça te basta, porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12.9).
Nossa vitória é conquistada por meio de Cristo: “somos
mais do que vencedores”.
Há pessoas que conquistam vitória na área
financeira; atletas que conquistam medalhas e se tornam vencedores.
Mas a vitória que a Bíblia diz é maior que
conquistas financeiras, medalhas de ouro ou qualquer prêmio terreno. Essa
vitória é a vitória da alma, é eterna e ninguém pode nos tirá-la.
“A expressão, “mais que vencedores”, vem
da palavra grega “uper”, que transliterado fica, “hyper” e
significa: “acima de” (grego: hyper,
acima de; douleuo, honra); super.
É o nosso famoso hiper, que é usado em supermercado
e traz a ideia de algo grande, maior que os demais; assim a Bíblia nos define,
estamos acima dos vencedores. E isso “graças a Deus que nos dá a vitória por
meio de Cristo” (1Co 15.57).
Por meio de
Cristo podemos ser Super
- Por
meio de Cristo somos mais do que felizes. Somos bem-aventurados (Mt
5.1-13). A expressão Bem-aventurado vem do grego makarismós, que significa
felicidade perfeita.
- Por
meio de Cristo, podemos fazer obras maiores. Jesus disse: “Na verdade,
na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará
as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas” (Jo
14.12).
O termo
grego meizõn, traduzido por “maiores” literalmente é “coisas maiores”. Já o
vocábulo “obras” significa: “trabalho”, “ação”, “ato e não “milagres”,
estritamente.[34]
- Por
meio de Cristo, após a morte, iremos mais do que dormir eternamente, como
diz o Antigo Testamento (Jó 14:11-12). Nós teremos a vida eterna e viveremos de
forma consciente, ativa e feliz (Lc 16.22-25).
- Por
meio de Cristo, podemos ter mais do que uma vida comum. Podemos ter vida em
abundancia (Jo 10.10).
- Por
meio de Cristo, podemos deixar de ser um ser humano com mau caráter, com baixa
autoestima. Podemos ter o caráter de Cristo e andar como filhos da Luz
(Efésios 5.9);
- Não
temos o poder de levantar caminhões, mas por meio da graça de Jesus e
da fé podemos transportar montes e abrir portas (Mc 11.23);
- Nosso
corpo não é indestrutível como o Supermam, mas por meio de Cristo, somos
renovados pelo Espírito no homem interior, mesmo que o nosso corpo se desgaste
(2Co 4.16).
- Como
o Supermam vencia sempre os inimigos, pela fé podemos vencer também o
inimigo pelas armas espirituais que temos (Efesios 6.11-18).
- Não
voamos como o Superman, mas um dia seremos arrebatados por Cristo e
encontraremos com Ele nos ares (1Ts 4.17) ou seremos levados pelos anjos ao
paraíso (Lc 16.22).
Com Cristo
nós também somos Super.
Níveis de
relacionamento com Jesus
Estudo 28 -
Texto Base: Ap 3.20
Vivemos num mundo cada vez mais doente. Por outro lado, peritos em saúde
mental afirmam que o simples ato de ter um amigo já pode mudar a química do
cérebro e melhorar o racionamento com o mundo.
O
relacionamento com Jesus é o caminho para a cura de doenças emocionais. Jesus
disse que veio para nos dar vida em abundância. Esta palavra
"abundante" no grego é perisson, que significa muito, muito bem,
além da medida, uma quantidade tão abundante que chega a ser mais do que era de
se esperar ou antecipar.[35] Significa maior,
excessiva.
Por isso,
Jesus disse que os mansos, humildes, os pacificadores são felizes.
Jesus quer
ter um relacionamento profundo com cada um de nós. Para isso, há uma caminhada
e depende de cada um de nós esse aprofundamento. Deus não tem filhos e filhas
favoritas.
1. O
primeiro nível de relacionamento com Jesus é como discípulo
Jesus
disse: “Se alguém quer vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz
cada dia, e siga-me” (Lucas 9.23). Para ser discípulo é necessário seguir a
Jesus e os seus ensinamentos. Mas também significa procurar tornar-se o mais
semelhante possível ao caráter de Cristo.
O discípulo já realiza a obra: “Jesus chamou os seus doze discípulos e
lhes deu poder tanto para expulsarem demônios como para curarem toda espécie de
doença e enfermidade” (Mt 10.1).
2. O
segundo nível de relacionamento com Jesus é como servo
Além de discípulo, Jesus quer que sejamos mais: servos. Para ser servo é
necessário ter um coração de amor e humildade. É necessário ter a carne
crucificada que só quer ganhar, levar vantagem. O servo não segue a Cristo só
por necessidade ou por admiração, mas já existe nele um princípio de obediência.
“Ora se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vós deveis também lavar
os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos
fiz, façais vós também” (João 13.14-15).
Além de discípulos e servos, Jesus deseja que sejamos seus amigos.
3. O
terceiro nível de relacionamento com Jesus é como amigo
Para sermos amigos de Jesus precisamos ter muita intimidade com Ele.
Precisamos andar com Jesus. O amigo não se relaciona apenas com o trabalho do
seu senhor, mas ele procura se relacionar com o seu Senhor. Neste nível a
obediência é fundamental: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João
15.14).
Como amigo, Jesus revela coisas que não se conta para qualquer um: “Já
não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas
chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (João 15.15). Ele disse: “O que vos mando é que vos ameis uns aos outros” (João
15.17).
4. O quarto nível de relacionamento com Jesus é como ministro
Jesus te vê como capacitado e responsável. Você sendo discípulo, servo e
amigo, Jesus te coloca como Seu ministro. Jesus te dá responsabilidade. “Na
verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que
eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” (João
14.12).
Jesus cumpriu o Seu ministério e constituiu a Igreja para prosseguir a
Missão. “Assim, Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas,
outros para evangelistas e outros para pastores e mestres com o propósito de
aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, para que o Corpo de Cristo
seja edificado” (Ef 4.11-12). E Jesus enviou o Espirito Santo, que nos capacita
com dons para a realização da obra de Deus (1Co 12.7-12).
5. O quinto nível de relacionamento com Jesus é no coração
Paulo diz sobre nosso alvo no
relacionamento com o Cristo ressurreto: “e assim habite Cristo no vosso
coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor” (Efésios 3.17).
A palavra arraigada significa aquilo que se fixou, criou raízes no amor.
O relacionamento com Jesus irá
nos curar, dar vida em abundância e nos dará comprometimento com Seu Reino.
As riquezas de Deus
Estudo
29 - Texto Base Ef 2.4-7
Só para
termos uma pequena dimensão do poder de Deus: Você sabia que uma galáxia tem
cerca de 100 bilhões de estrelas?
Você sabia
que existem cerca de 2 trilhões de galáxias?
Vivemos na
Via Láctea uma galáxia onde está o sol, terra, luz, estrelas etc.[36]
Deus é
poderoso. Mas é rico também. E porque Deus é amor, Ele transmite a Sua riqueza
aos que se tornam Seus filhos. Ao aceitar Jesus, iniciamos um caminho de
bênçãos celestiais. Não são bênçãos materiais. São bênçãos espirituais.
Precisamos
saber disso e nos apropriarmos muito mais de Deus.
Paulo, em
Efésios, fala da riqueza que há em Deus:
Deus é rico
em graça
Paulo fala
da “riqueza de Sua graça” – Efésios 1.7.
- Fomos
adotados como filhos e filhas; tivemos a redenção pelo seu sangue; tivemos a
remissão dos pecados; fomos feitos herdeiros; fomos selados pelo Espírito
Santo.
Deus é rico
em glória
Paulo fala da também da “riqueza
da glória” - Efésios 1.18.
- A vida de
fé e amor pode nos levar para um estágio mais elevado.
- Por
termos fé e amor (Ef 1.15), Paulo ora para que o Pai da Glória nos conceda
espírito de sabedoria e de revelação (Ef 1.17).
- Para
sabermos qual a esperança do Seu chamado;
- Qual a
riqueza da glória da sua herança nos santos;
- Qual a
suprema grandeza de Seu poder para com os que cremos.
Deus é rico
em misericórdia
Paulo fala
ainda da “riqueza de misericórdia” - Efésios 2.4.
- Por causa
de Seu grande amor;
- Estávamos
mortos e Ele nos deu vida;
- Nos fez
assentar nos lugares celestiais.
É suprema a
riqueza da graça de Deus
Paulo fala
da “Suprema riqueza de Sua graça” - Efésios 2.7
Para
mostrar nos séculos vindouros:
- A suprema
riqueza da Sua graça;
- Em
bondade para conosco, em Cristo Jesus;
- Fomos
feitos Concidadãos dos santos;
- E família
de Deus;
-
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas.
Riqueza de
Sua glória - Efésios 3.16-18
Por causa
da riqueza da glória de Deus, Paulo ora, então, para que:
- Sejamos
fortalecidos com poder mediante o seu Espírito no homem interior;
- E assim
habite Cristo no nosso coração, pela fé;
- Estando
arraigados e alicerçados em amor;
- Para
compreender qual a largura, cumprimento e a altura e profundidade e conhecer o
amor de Cristo.
Vamos
buscar mais a face de Deus. Ele tem muito para nos abençoar como filhos e
filhas.
Mergulhe
fundo na graça de Deus. Lance sua vida nos braços do Pai:
“Ó
profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!” (Romanos
11.33).
O que Deus
planejou para você
Estudo 30 - Texto Base: Pv 16.1-3
Você deve ter muitos planos para a sua vida este
ano. Isso é fundamental! Planeje, mas submeta seus planos a Deus e peça que Ele
aja em seus planos.
Recomendação de três textos bíblicos sobre planos:
- “Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o
apressado sempre acaba na miséria” (Provérbios 21.5).
- “Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os
seus planos serão bem-sucedidos” (Provérbios 16.3).
- “O coração do homem pode fazer
planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor” (Pv 16.9).
Mas você já pensou no que Deus planejou para você?
Deus tinha planos para serem realizados através de
Abraão. E eles foram realizados pela fé, obediência que Abraão teve.
Deus tinha planos para serem realizados através de
José. E eles foram realizados pela integridade, humildade e obediência de José.
O Povo de Deus foi salvo.
Deus tinha um plano de salvação da humanidade
através do sacrifício de Jesus (João 3.16) e Jesus foi obediente e fiel e a
salvação veio para quem crê.
Se você tem planos, Deus tem também planos para sua
vida. E eles devem ser a prioridade em sua vida:
1. Deus planejou para que você tenha
qualidade de vida
Jesus veio para que tivéssemos vida em abundância.
Você já pensou se a vida que você tem vivido é boa para você?
Você sabe que o vício em vídeo game é considerado
pela OMS como um transtorno mental?
Se você não é amável, paciente, prestativo com as
pessoas, então, o plano de Deus inclui você aperfeiçoar seu caráter e também te
dar mais qualidade de vida.
2. Deus planejou para que você seja um real
vencedor
Sim, através de Jesus, em todas as coisas podemos
ser mais do que vencedores.
Muitas vezes, é necessário vencer o inimigo que se
coloca à nossa frente. Jesus te deu autoridade e armas espirituais. Use-as! Mas
às vezes, o inimigo está dentro de você: a carne ou seus problemas emocionais.
Ele preparou armas espirituais para você; Ele
enviou o Espírito Santo; Ele te deu a fé.
3. Deus planejou que você tenha a vida
eterna
A nossa vida aqui é um treinamento para viver a
vida eterna. Foi para este propósito que Deus te deu a fé para que você receba
Jesus de fato como teu Senhor e Salvador. “Pois é pela graça de Deus que vocês
são salvos por meio da fé. Isso não vem de vocês, mas é presente dado por Deus.
A salvação não é resultado dos esforços de vocês mesmos, e por isso ninguém
deve se orgulhar" (Ef 2.8-9).
4. Deus planejou que você transmita Seu
amor às pessoas
“Porque nós fomos feitos por ele, criados em Cristo
Jesus, para vivermos na prática das boas obras que Deus de antemão preparou
para nelas caminharmos” (Ef 2.10).
Jesus disse para nós fazermos discípulos.
Você incluiu em seus planos fazer discípulos?
Se não, coloque em seus planos deste ano também
fazer discípulos.
Lembre-se de que “O Senhor desfaz os planos das nações e
frustra os propósitos dos povos. Mas os planos do Senhor permanecem para
sempre, os propósitos do seu coração, por todas as gerações” (Salmos 33.10-11).
Busque se submeter ao plano de Deus para a sua
vida. Entrega o teu caminho ao Senhor.
Como tudo pode cooperar para o nosso bem
Estudo 31 -
Texto Base: Salmos 37.1-9
Temos duas
escolhas espirituais na vida: andar na carne ou andar no Espírito.
Muitos de
nós, vivem como o povo no Antigo Testamento: em círculo, sem alcançar suas bênçãos
e realizar seus sonhos. O povo de Deus andou durante 40 anos em círculo por
causa da murmuração, reclamação, desobediência, rebeldia etc.
A Bíblia
diz para termos cuidado com o que temos na mente, pois os pensamentos dirigem
nossa vida (Pv 4.23).
Duas coisas
são fundamentais para que tudo coopere para o nosso bem:
- Ter uma
mente sadia, boa, cheia de luz, cheia da graça de Deus
- Ter uma
fé que abre portas.
A mente
cria um ambiente positivo e a fé pode agir dentro de um princípio cristão.
Paulo
orienta a Igreja para que: “tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre,
tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que
for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas
coisas” (Filipenses 4.8).
O livro de
hebreus fala também de uma mente e coração limpo e uma plena certeza de fé:
“Aproximemo-nos com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração
purificado de má consciência...” (Hb 10.22).
O Salmos 37
nos mostra exatamente esse princípio para possuirmos a terra, para sobressair a
nossa justiça, para Deus satisfazer os desejos dos nossos corações.
Davi que
escreveu o Salmos diz para o nosso foco não estar nas pessoas e coisas más:
“Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja (Salmos 37.1).
Isso é, não ocupe seus pensamentos com coisas negativas, das trevas.
Ele orienta
que façamos o bem e nos alimentemos da verdade (Salmos 37.3).
Do que você
tem se alimentado?
A fé que
Davi expressa nesse Salmos é ampla e profunda.
- É uma fé
que nos leva a confiar no Senhor (Salmos 37.3):
- Uma fé
que nos leva a nos deleitar, ter prazer íntimo com o Senhor (Salmos 37.4);
- Uma fé
que nos leva a entregar nosso caminho nas mãos do Senhor (Salmos 37.5);
- Uma fé
que nos leva a descansar no Senhor (Salmos 37.7) e não andar ansioso.
- Uma fé
que nos faz esperar no Senhor (Salmos 37.9).
Sem essa
fé, você terá dificuldades de ir em frente e de abrir portas. Mas se você não
tem, pode pedir ao Senhor: “Senhor aumenta-nos a fé”.
Precisamos abandonar
a ira e o furor e não nos impacientarmos, pois certamente isso acabará mal
(Salmos 37.9).
Lembre-se
de que você precisa de um coração e uma mente pura e uma fé inabalável para as
coisas cooperarem para o seu bem.
Ame ao
Senhor. Os que o amam guardam os seus mandamentos (João 14.21).
Tudo
coopera para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28).
Pratique
então o Salmos 37 e você será um vencedor.
Veja os
destaques dos verbos nos primeiros versículos dos Salmos 37:
“Não te indignes por causa dos malfeitores,
nem tenhas inveja dos que praticam a iniquidade. Pois eles dentro em breve
definharão como a relva e murcharão como a erva verde.
Confia no Senhor e faze o bem;
habita na terra e alimenta-te da verdade.
Agrada-te do Senhor, e ele satisfará
os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao Senhor, confia
nele, e o mais ele fará.
Fará sobressair a tua justiça
como a luz e o teu direito, como o sol ao meio-dia.
Descansa no Senhor e espera
nele, não te irrites por causa do homem que prospera em seu caminho, por causa
do que leva a cabo os seus maus desígnios”.
Chamados a realizar uma grande obra
Estudo 32 - Texto Base: Ne 6.3
Deus quer usar nossas mãos, nossas vidas, nossa
mente, nossa voz para realizar uma grande obra de restauração do mundo. Em
diferentes épocas e situações, Deus chama homens e mulheres para essa grande
obra.
Para uma grande obra, Deus chama servos e servas
abnegados, destemidos e consagrados.
Uma grande obra de Deus exige que você dê
prioridade a ela
Neemias foi chamado para realizar uma grande obra:
reconstruir os muros de Jerusalém. Reconstruir não é fácil. É preciso juntar os
cacos. E, muitas vezes, jogá-los fora. Reconstruir vidas é muito mais difícil,
pois há emoções, memórias, história, vontades e sentimentos envolvidos.
Mas Neemias conseguiu reconstruir os muros de
Jerusalém. Não foi tarefa fácil. Mas ele conseguiu em 52 dias.
Somos chamados também a reconstruir vidas.
Parece simples, mas Deus só faz grandes obras...
O que Neemias nos ensina hoje?
Devemos ter consciência e
confessar nossos pecados
Neemias era copeiro do rei no exílio e soube da
situação do povo de Judá com os muros de Jerusalém derrubados. Sensibilizou-se
e chorou. Por dias seguidos ele chorou continuamente jejuando e orando (Ne
1,13). Confessou o pecado de Israel e suplicou a Deus (Ne 1.5-6).
Sem essa consciência e confissão, Deus não poderá
estar na batalha que será então perdida.
Devemos deixar nossa zona de
conforto
Neemias deixou o palácio do rei. Jesus deixou a Sua
glória. Os discípulos deixaram suas famílias. Deus chama e capacita: Não é para
uma missão fácil.
Com Jeremias foi assim: “Vê! Eu hoje concedo
autoridade a ti sobre as nações e reinos da terra, para arrancar, despedaçar,
destruir e exterminar; mas também para edificar e plantar!” (Jr 1.10).
Neemias decidiu deixar a comodidade do palácio para
ir reconstruir os muros.
Toda grande obra terá oposição
do inferno
Neemias não agradou aos inimigos, que maquinaram e
inventaram tudo contra ele: “O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o
servo amonita, e Gesém, o árabe, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e
disseram: Que é isto que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?” (Neemias 2.19).
Prepare-se e pegue suas armas, pois estamos em
guerra.
O que ele fez para vencer os inimigos?
- Neemias foi até o “Tribunal do Supremo
Juiz” para que Ele julgasse a sua causa: “Ouve, ó nosso Deus, pois estamos sendo
desprezados; caia o seu opróbrio sobre a cabeça deles, e faze que sejam despojo
numa terra de cativeiro” (Ne 4.4).
- Neemias fechou as brechas: “Assim, edificamos o muro, e
todo o muro se fechou até a metade da sua altura; porque o povo tinha ânimo
para trabalhar” (Ne 4.6). “...ia avante a reparação dos muros de Jerusalém
e que já as brechas se começavam a fechar” (Ne 4.7).
- Neemias foi determinado: “Olhei, levantei-me, e
disse aos nobres, aos magistrados e ao resto do povo: Não os temais!
Lembrai-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai por vossos irmãos, vossos
filhos, vossas filhas, vossas mulheres e vossas casas” (Ne 4.14).
- Neemias teve discernimento espiritual e
não foi enganado: “Então
percebi que não era Deus quem o enviara; tal profecia falou ele contra mim,
porque Tobias e Sambalate o subornaram” (Ne 6.12).
Toda boa obra terá a
participação de Deus
Foi assim com Neemias. Ele é um Deus que age
convencendo as pessoas em nosso benefício. Quando Neemias disse ao rei que ele
desejava reconstruir o muro de Jerusalém, o rei concedeu e nisso
ele reconheceu a mão de Deus: “o rei deu autorização
porque a boa mão de Deus era comigo” (Ne 2.8; 2.18).
Deus estará na nossa peleja
Neemias disse: “Meu Deus me pusera no coração para eu
fazer em Jerusalém” (Ne 2.12). Mais tarde ele diria: “Então, o meu Deus me pôs
no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo, para registrar as
genealogias” (Ne 7.5).
Entre a condenação e a
restauração
Estudo 33 - Texto Base: João 8.3-11
Nossa motivação deve
ser o amor e o propósito deve ser disciplinar, corrigir e restaurar
as pessoas envolvidas. Nossa função não deve ser de julgar. Nossa motivação
deve ser o amor e não a vingança.
O mundo julga de forma
imperfeita e negativa. Devemos ver através dos olhos da graça e sabedoria de
Deus
“Os escribas e os fariseus
trouxeram-lhe uma mulher que fora apanhada em adultério” (João 8.3).
Só trouxeram a mulher deixando o homem fora da
acusação. A motivação era expor a pessoa, envergonhá-la e matá-la. Também
comprometer Jesus. Queriam desviar a atenção dos seus pecados. Nossa tendência
é aceitar logo a verdade das pessoas. E condenamos as pessoas acusadas logo,
sem ver pelos olhos da graça e da sabedoria de Deus.
O mundo tem prazer de expor os pecados das pessoas
diante de todos para envergonhar, punir e destruir
O diabo veio roubar, matar e
destruir: “Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora
mesmo esta mulher foi apanhada em adultério” (João 8.4).
Não foi expondo os pecados e nem
apedrejando que Jesus agiu e ensinou. Não esperem que eu vá expor o pecado de
alguém em público. O Evangelho nos ensina a agir com amor. O propósito deve ser
restaurar a pessoas que errou.
A tendência do mundo não é restaurar e sim
condenar.
Alguns com isso querem esconder
seus próprios pecados: “Moisés mandou-nos na lei que apedrejássemos tais
mulheres. Que dizes tu a isso?” (João 8.5).
Somos da graça, não da Lei.
Somos do amor, não do ódio. Somos da salvação, não da condenação!
Devemos ter cuidado quando alguém acusa outra
pessoa.
Devemos saber o que está por trás da acusação. O
que está movendo a pessoa. Devemos saber a real história. O pai da acusação é o
diabo.
“Perguntavam-lhe isso, a fim de
pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e
escrevia com o dedo na terra” (João 8.6).
Devemos discernir o que move as
pessoas a agirem de certa forma.
Devemos pedir sabedoria a Deus para confrontar os
acusadores
O Evangelho confronta às pessoas com seus
pecados: “Como eles
insistissem, ergueu-se e disse-lhes: Quem
de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.
Inclinando-se novamente, escrevia na terra” (Jo 8.7-8).
“Sentindo-se acusados pela sua
própria consciência, eles se foram retirando um por um, até o último, a começar
pelos mais idosos, de sorte que Jesus ficou sozinho, com a mulher diante dele”
(João 8.9).
Devemos agir como Jesus: livrar as pessoas dos
traumas, pecado e morte
“Então ele se ergueu e vendo ali
apenas a mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém
te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor” (João 8.10).
Ele não perguntou do pecado da mulher e nem passou
um “sabão” nela. Jesus entendeu todo seu sofrimento, entendeu a vergonha, a
acusação e ainda do medo de ser apedrejada. Foi muito punida.
Devemos agir como Jesus: estimular para todos terem
uma vida liberta do pecado
“Disse-lhe então Jesus: Nem eu
te condeno. Vai e não tornes a pecar” (João 8.11).
Algumas pessoas esperam que a
punição deve ser severa. Talvez, mostrar um braço arrancado ou uma orelha.
Talvez, impedir de participar da Ceia do Senhor. Essa mulher já tinha sido
punida pela vergonha e medo de ser apedrejada. Jesus só disse para ela não
pecar mais.
O amor deve ser a nossa
motivação. O propósito deve ser a restauração.
Devemos agir como Jesus:
restaurar o que há de bom nas pessoas
- A mulher
Samaritana que tinha tido já cinco maridos e o que ela tinha não era
dela, Jesus a transformou em mensageira da Palavra (João 4.28-29).
- Maria Madalena, a
mulher da qual Jesus tinha expelido sete demônios, foi a primeira mulher
que viu Jesus após a ressurreição e foi quem primeiro foi dizer aos apóstolos
que Jesus havia ressuscitado (João 20.15-18).
Neste tempo de acusações,
preconceitos e ódio, vamos priorizar o amor.
O poder do olhar
Estudo 34 -
Texto Base: Mt 6.22-23
Dizem os
poetas que os olhos são o espelho da alma. Os filósofos afirmam que é pelo
olhar que expressamos nosso interior e nossas verdadeiras intenções, e um dito
popular informa "o olhar diz tudo".[37]
O olhar
pode destruir ou construir.
O primeiro
olhar registrado na Bíblia foi de Deus. Ele criou primeiro a luz e viu que a luz era boa
(Gn 1.4). Tudo que Deus fazia, ele via que era bom.
Mas o
segundo olhar registrado na Bíblia foi o de Eva. Ela viu que o fruto da árvore
era bom, depois de ser tentada (Gn 3.6).
1. O olhar
revela muito o estado da nossa alma, a nossa personalidade e a nossa intenção
- “O que vê
com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre” (Pv
22.9).
- O
olhar carnal de Davi: “Do terraço viu uma mulher muito bonita tomando
banho, e mandou alguém procurar saber quem era. Disseram-lhe:
“É Bate-Seba, filha de Eliã e mulher de Urias, o hitita”. Davi mandou
que a trouxessem, e se deitou com ela” (2Sm 11.3-4),
- Olhar
desobediente da mulher de Ló: “E a mulher de Ló olhou para trás e ficou
convertida numa estátua de sal" (Gênesis 19.24-26).
- O
olhar medroso de Pedro para os ventos: “Todavia, reparando na força do
vento, teve medo” (Mt 14.30).
- Olhar confiante e submisso de Jesus:
“Jesus olhou para o céu e orou: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho,
para que o teu Filho te glorifique” (João 17.1).
- O
olhar aprovador e abençoador de Deus: “Os olhos do Senhor voltam-se para os
justos e os seus ouvidos estão atentos ao seu grito de socorro” (Salmos 34.15).
2. O Senhor
deu orientação sobre o nosso olhar:
- Jesus
disse que os olhos bons (espirituais) abençoam nosso corpo: "São os
olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será
luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas.
Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas
serão!" (Mateus 6.22-23).
- Jesus
pediu para olhar as aves do céu: olhar para a solução
“Olhai para
as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros;
e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que
elas?” (Mt 6.26).
- Jesus
disse para não olhar para trás:
“Outro lhe
disse: Seguir-te-ei, Senhor; mas deixa-me primeiro despedir-me dos de casa. Mas
Jesus lhe replicou: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é
apto para o reino de Deus” (Lucas 9.59-62).
3. A Bíblia
ainda diz sobre os olhos:
“Não sejas
sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal” (Pv 3.7).
“Oro também
para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de que vocês
conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança
dele nos santos” (Ef.18).
“Assim,
fixamos os nossos olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o
que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4.18).
“Olhando
para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava
proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do
trono de Deus” (Hebreus 12.2).
Veja a vida
com os olhos espirituais, os olhos da fé, e você será muito mais feliz,
esperançoso e abençoador.
O quarto
homem
Estudo 35 - Texto Base:
Daniel 3.24-26
“Porque os
olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos estão atentos às suas
orações” (1Pe 3.12),
Os três
jovens hebreus são exemplos de caráter, fidelidade e de como devemos servir ao
Senhor. Deus ainda faz livramentos para seus filhos e filhas nos dias de hoje.
Seus olhos estão sobre os justos.
Aprendemos algumas lições
importantes:
1. Devemos ser fieis a Deus mesmo diante dos poderosos
“Falou
Nabucodonosor, e lhes disse: É de propósito, ó Sadraque, Mesaque e Abede-Nego,
que vós não servis a meus deuses nem adorais a estátua de ouro que levantei?’ (Daniel 3.14).
Não devemos
nos amedrontar e nem negociar a nossa fé.
2. Devemos
ser fieis a Deus mesmo diante das ameaças
Nabucodonosor
disse: “E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos” (Dn 3.15).
Somos
desafiados constantemente nesse mundo na nossa fé. Isso pode ser uma prova para
nós. Ou você realmente crê ou não crê em Deus.
3. Devemos
ser fieis mesmo que não haja resposta de Deus
“Eis que o
nosso Deus, a quem nós servimos, é quem nos pode livrar; ele nos livrará da
fornalha de fogo ardente, e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo ó rei,
que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que
levantaste” (Daniel 3.17-18).
Habacuque
disse: “Mesmo não florescendo a figueira, não havendo uvas nas videiras; mesmo
falhando a safra de azeitonas, não havendo produção de alimento nas lavouras,
nem ovelhas no curral nem bois nos estábulos, ainda assim eu exultarei no
Senhor e me alegrarei no Deus da minha salvação” (Habacuque 3.17-18).
Policarpo,
bispo de Esmirna, previu seu martírio: “E quando orava teve uma visão, três
dias antes de ser preso. Viu seu travesseiro pegando fogo. Voltando-se para os
que estavam com ele, disse-lhes: “Devo ser queimado vivo”.
Ele foi
exemplo de fé. Foi importante para servir de exemplo para os outros cristãos.
4. Deus
pode agir de forma sobrenatural para nos livrar
Uma jovem,
filha de um pastor, levou anos estudando para se formar. Foi com fidelidade a
Deus, não se vendendo. Um dia um professor queria se aproveitar dela para ela
passar de ano. Ela preferiu perder aquele ano, mas não se vendeu...Deus já a
havia abençoado com os estudos quando as circunstâncias diziam que ela teria
que parar de estudar.
Um dia foi
pegar um taxi com cinco lugares. Uma pessoa passou pela sua frente, entrou
antes dela, a empurrando. Ela não reagiu...e foi no taxi seguinte. Quando
passou em determinado lugar, viu outro taxi caído num canavial. Foram ver e
todos estavam mortos...
A última
palavra é de Deus. Foi assim com a libertação de Pedro (Atos 12).
Foi assim
diante do rei Nabucodonosor (Dn 3.24-25).
5. O
propósito final de Deus é que seu nome seja honrado
“Falou
Nabucodonosor, dizendo: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego,
que enviou o seu anjo, e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois
violaram a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não
servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus” (Daniel 3.28).
6. Deus
sempre honrará seus filhos e filhas fieis
“Então o
rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, na província de babilônia”
(Daniel 3.30).
Em que
fornalha você está?
Deus pode
também te livrar.
A bênção de ser abnegado
Estudo 36 -
Texto Base: 2 Reis 4.26
Abnegação é
uma palavra que descreve uma ação ou atitude de renunciar ou recusar algo ou
alguém. Quando
uma pessoa demonstra abnegação, ela desiste de algum comportamento ou alguma coisa. Assim, a
abnegação remete para uma forma de sacrifício, como o ato de ignorar os seus próprios
interesses.[38]
Quais
os benefícios da abnegação?
Ninguém
consegue ser completo em todas áreas de sua vida
Guarde uma
coisa para você não ter peso em sua vida: Dificilmente alguém ficará plenamente
realizado em todas as áreas de sua vida. Sempre haverá algo que não trará plena
satisfação.
Alguém pode
ser feliz na área sentimental, mas pode não ser plenamente realizado na área
profissional ou vice-versa.
O segredo
para se sentir bem: ser abnegado
Abnegado é
renunciar ao eu. É crucificar a carne. É um princípio bíblico: Jesus
“Então chamou a multidão com seus
discípulos e disse: “Se alguém me quer
seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz e me siga-me” (Mc 8.34).
Não
confunda abnegação com conformismo. Abnegação é ato de fé e amor doador.
Conformismo é renunciar a luta. É se acovardar. É fugir por medo.
A mulher
Sunamita era abnegada.
Ela era
feliz, mesmo tendo um marido mais idoso, que deixava muita coisa para ela
fazer, e não tendo filhos. Não vivia murmurando e chorando. Para ela “tudo ia
bem”, pois Deus estava no comando de sua vida. Ela era abençoada na área
espiritual.
Era uma
mulher com firmeza de caráter, determinada, cheia de fé e de bondade. Uma
mulher realizada. Uma mulher de Deus.
As virtudes
que faziam a mulher Sunamita se sentir bem
- Ela tinha
problemas: não tinha
filhos e seu marido era velho, mas tudo ia bem por ela ser abnegada - 2Rs 4.14.
- Seu
marido não era um pai cuidadoso (2Rs 4.19).
- Ela era
abnegada e por isso
não era presa aos bens materiais. Era rica, mas misericordiosa e tinha um
coração doador: Ofereceu alimento ao profeta que nem conhecia (2Rs 4.8) e
depois pediu ao marido para fazer um quarto para o profeta (2Rs 4.10).
- Ela doava sem esperar receber algo
em troca. Quando o profeta quis lhe dar algo em troca de sua hospedagem, ela
recusou (2Rs 4. 13-16).
- Um
coração abençoador atrai bênçãos. Recebeu a benção de ser mãe sem ter pedido (2Rs
4.17).
- Quando
seu filho adoeceu, por ser abnegada ela cuidou do seu filho com paciência e amor (2Rs
4.20).
- Não se
desesperava. A carne
estava controlada. Mantinha a calma. Por isso, quando seu filho morreu: “Subiu
e o deitou sobre a cama do homem de Deus, fechou a porta e saiu (2Rs 4.21).
- Por ser
abnegada não fazia escândalo. Ela sem alarme foi atrás do homem de Deus (2Rs
4.22-23).
- Ela
sempre declarava que tudo ia bem, mesmo na morte de seu filho (2Rs 4.26).
- Tudo ia
bem apesar de “sua alma estar triste de amargura” com a morte de seu filho (2
Reis 4.27).
A
abnegação não impede de lutarmos por aquilo que é nosso
Tudo ia bem
não significava que a mulher Sunamita se acomodava até com o sofrimento. Não!
Ela foi uma mulher que não desistiu do que Deus lhe deu (2Rs 4.28).
Não devemos
desistir daquilo que Deus nos deu. Temos o direito de clamar pedindo de volta o
que é nosso por direito.
Não desista
de seu filho drogado; não desista de seu marido complicado.
Ame
o que você tem. Não
se desespere, se em uma área de sua vida, você tem dificuldades
Siga os
princípios de Jesus: negue a si mesmo e tome a sua cruz. É o caminho para a
vida em abundância (Jo 10.10). Paulo aprendeu esse segredo em Jesus: “Aprendi o
segredo de viver contente em toda e qualquer situação” (Fp
4.12-13).
O galardão do Cristão
Estudo 37 -
Texto Base: Mateus 10.41
Galardão
vem do grego "misthós" e significa salário, recompensa por serviços
valiosos (Hb 11.6).
Deus é o galardoador: aquele que paga o salário.
Deus é galardoador e recompensa porque seu caráter é abençoador.
Ele sabe também que a jornada é árdua com
tentações, perseguições, etc.
Para as sete Igrejas das Ásia, o Senhor promete no livro do
Apocalipse um galardão ao que vencer.
O Galardão depende totalmente do crente
“A vida eterna é alcançada pela
graça por meio da fé. Porém, o galardão vem como consequência das obras
realizadas depois da fé (1Co 9:24-27; 2Tm 2:3-6; 1Co 3:9-11)”.[39]
Galardão é para quem:
- Age com amor: “E
qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos,
em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu
galardão” (Mateus 10.42; cf. Lc 6.35).
- Faz algo com pureza de
coração: “Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para
serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está
nos céus” (Mt 6.1).
- Faz algo que vai além do comum: Fazer
o comum não dá direito ao galardão: “Se amardes os que vos amam, que galardão
tereis?” (Mt 5.46).
Galardão é um merecimento: “O Galardão é merecido; é o
salário pelo serviço prestado, recebido pelas obras através do labor e
sacrifício. No Galardão o menor serviço é lembrado (...)”[40] , como dar um copo de água e fazer uma oração.
Há tipos diferentes de galardão:
“Quem recebe
um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe
um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo” (Mt 10.41).
Wesley disse: “Quando o Filho do homem vier na sua glória e
conceder a todos a sua recompensa, esta será indubitavelmente proporcional:
1) à nossa santidade interior,
à nossa semelhança a Deus; 2) às nossas obras; 3) aos nossos sofrimentos.[41]
Salvação e galardão
O Galardão é oferecido aos justos; a Graça é
oferecida aos perdidos.[42]
A salvação é pela graça. O galardão é prêmio ao
serviço do crente pelo Reino de Deus.
Jesus indica que existem níveis
de galardão
"Alegrai-vos e exultai, porque é grande o
vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes
de vós" (Mateus 5.12).
“Quem recebe um profeta, no caráter de profeta,
receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo,
receberá o galardão de justo” (Mateus 10.41).
Galardão é para quem trabalha para o Reino
“Ora, o que planta e o que rega
são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho” (1
Coríntios 3.8).
Todos nós
iremos um dia ao tribunal de Cristo, "para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver
feito" (2Coríntios 5.10).
Quem receberá o galardão (Ap 11.18):
- Os profetas, os servos, os santos e os que o
temem.
“E eis que venho sem demora, e
comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas
obras” (Apocalipse 22.12).
Não deixe o diabo roubar seu
coração
Estudo 38 -
Texto Base: 2Sm 15.6
Absalão era
o mais belo em Israel (2Sm 14.25). Tinha uma grande cabeleira e era formoso.
Era filho do rei Davi. Tinha um belo futuro.
Mas uma
tragédia ocorreu no lar de Davi: Amnom estuprou sua irmã Tamar. Amnom foi apenas
punido com a expulsão do palácio. Absalão viu que o pai protegeu Amnom,
planejou e vingou o estupro de sua irmã Tamar matando seu irmão Amnom. Ele
fugiu e ficou exilado (2Sm 13.1; 13.28-29).
Isso
arrasou mais uma vez o coração de Davi que assim viu sua família ser
destroçada.
Mas Davi
tinha saudade e amava Absalão. Assim permitiu a sua volta à Jerusalém após
insistência de um líder de Israel. Contudo, isso não reconciliou Davi com seu
filho Absalão.
Por dois
anos, Davi não deixou que seu filho Absalão chegasse a sua presença (2Sm 14.24;
14.28).
Depois que
Absalão insistiu, Davi então, com relutância, permitiu que ele chegasse a sua
presença e o beijou (2Sm 14.33). Mas não conviveu com Absalão.
A rebelião
de Absalão
Absalão
tinha mágoa de seu pai Davi por ele ter protegido Amnom e por se afastar de sua
presença. Absalão não perdoou o pai e o diabo tomou seu coração e Absalão se
tornou o maior inimigo do rei.
Foi assim
com Judas: “Então
Satanás entrou em Judas, chamado Iscariotes, que fora um dos doze
discípulos. E Judas dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes e aos oficiais da
guarda do templo e negociou com eles como lhes poderia entregar Jesus” (Lc
22.3-4).
Quando o
diabo rouba um coração, ele planta no coração sementes da discórdia, inimizade,
falta de perdão, amargura, inveja e egoísmo.
Como
resultado, nossos olhos ficam com névoa e não enxergam
direito; nossos sentimentos ficam distorcidos, a nossa fé bloqueada.
Passamos a
colocar a culpa no outro, como Adão e Eva fizeram, por não conseguimos enxergar
a nós mesmo como realmente estamos.
Só o
Espírito Santo pode revelar nosso real estado de calamidade.
Um
quebrantamento pode romper com tudo isso e deixar fluir novamente o Espírito
Santo.
No lar de
Davi havia sérios conflitos. O lar pode gerar filhos com santidade, como João e
Carlos Wesley, que foram instrumentos de Deus para impactar a Inglaterra ou
pode gerar filhos que podem ser até psicopatas assassinos.
Absalão se
tornou um doente e se rebelou contra o rei Davi desejando tomar o seu trono e
ganhar os corações das pessoas insatisfeitas (2Sm 15.1-4). Uma pessoa com
amargura contamina outras pessoas (Hb 12.15). Foi isso que Absalão fez.
Fake News,
a estratégia de Absalão para roubar corações: Absalão queria tomar
o reinado do seu pai Davi. Ele usou de mentiras para atrair o povo:
Quando
alguém vinha a Jerusalém para resolver um problema, “Então, Absalão lhe dizia:
Olha, a tua causa é boa e reta, porém não tens quem te ouça da parte do
rei” (2Sm 15.3-4).
Quando
alguém desejava se inclinar perante ele, Absalão se inclinava perante ele,
estendia a mão e o beijava (2Sm 15.5).
Ele roubou
o coração do povo: “Desta maneira fazia Absalão a todo o Israel que vinha ao
rei para juízo e, assim, ele furtava o coração dos homens de Israel” (2Sm
15.5-6).
E Absalão
constituiu um exército e tomou o trono de Israel do próprio pai, o qual teve
que fugir.
Mas o
salário do pecado é a morte: No final das contas, Absalão foi morto (2Sm 18.15)
e com ele morreram 20 mil soldados (2Sm 18.7). Davi voltou a reinar.
Nós podemos
ser ótimos guerreiros e termos um belo corpo, mas devemos cuidar da família com
carinho e amor. Por outro lado, devemos perdoar, não perder o foco, procurar
intimidade com Deus e o batismo do amor, viver como corpo de Cristo para nos
mantermos firmes, com propósito e vida saudável.
Somente as
virtudes devem ocupar nossos pensamentos (Fp 4.8). Nunca deixe o diabo roubar
seu coração...
Os
propósitos e benefícios da provação
Estudo 39 - Texto Base: Tiago 1.1-4
Uma provação pode vir de várias circunstâncias
diferentes. Pode ser uma dificuldade normal, como uma doença ou pode ser um
conflito com sua fé, como ter de escolher entre pecar e perder o emprego.
As diversas provações na vida do cristão não são
castigos de Deus
A Bíblia diz que o “O Senhor prova o
justo” (Salmos 11.5).
Elas devem ser vistas como positivas, por isso, devemos nos alegrar
com elas: “Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado
receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam”
(Tg 1.12)
A provação leva você a conhecer a você mesmo
Não é para que Deus saiba quem somos. Ele
é onisciente e sabe tudo, mas para que saibam os quem somos em Cristo
Jesus.
A provação leva você a conhecer a você mesmo, se tem realmente fé, se é
integro etc. Muitos vivem de uma religiosidade apenas.
Deus pode colocar na sua frente alguém que você
precisa perdoar. Se você
perdoa, então venceu a prova. Se não perdoa, a prova reprova você, que corre o
risco de perder a salvação, se não mudar.
Aquele que perdoa nunca traz de volta o passado. É
como se nunca tivesse acontecido. “O ódio é autodestrutivo. Se você odeia
alguém, você não está machucando a pessoa que você odeia, você está se
machucando”.
A provação produz um atestado de sua real fé
Deus não precisa de provas para saber algo porque
Ele é onisciente e conhece tudo de nós. A provação é para nosso benefício!
É para atestar a nossa fé: “e por algum tempo ainda,
tenhais de ser afligidos por toda espécie de provação. Assim acontecerá
para que a sinceridade da vossa fé seja atestada, muito mais preciosa que o
ouro que se corrompe, ainda que refinado pelo fogo, resultando em louvor,
glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado” (1Pe 1.6-7).
Atestado é um documento em que se confirma a
existência de uma situação verdadeira.
Abrahão precisou de um atestado de fé: Abraão estava sem filho e
Deus o abençoou com Isaque. Para que Abraão recebesse o título de pai da fé,
sua fé foi provada até as últimas consequências. Quando chamado, obedeceu (Hb
11.8); quando posto à prova, ofereceu Isaque (Hb 11.17).
As provações são para nos aperfeiçoar
As provações são oportunidades para crescermos e
chegarmos a ser perfeitos.
A provação produz perseverança: “Meus irmãos,
sintam-se felizes quando passarem por todo tipo de aflições. Pois vocês
sabem que, quando a sua fé vence essas provações, ela produz
perseverança. Que essa perseverança seja perfeita a fim de que vocês sejam
maduros e corretos, não falhando em nada!” (Tg 1.2-4).
“Feliz é aquele que nas aflições continua fiel!
Porque, depois de sair aprovado dessas aflições, receberá como prêmio a vida
que Deus promete aos que o amam” (Tg 1.12). Uma provação pode solidificar a
nossa fé!
Ser provado não é ser tentado
Tentação é do diabo ou dos maus desejos dentro de
nós, que não foram crucificados. “Quando alguém for tentado, não diga: “Esta
tentação vem de Deus”, pois Deus não pode ser tentado pelo mal e ele
mesmo não tenta ninguém. Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e
enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com
que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte” (Tg
1.13-14).
As provações podem acontecer também numa situação
de bem-estar
Ela pode ocorrer num momento de alegria de uma
promoção profissional ou de um crescimento financeiro da pessoa. Se a promoção
ou o novo trabalho não a afastar de Deus, ela venceu a prova.
Dicas
para vencer o medo
Estudo 40 - Texto Base: Cl 3.16
O medo paralisa, bloqueia e nos
impede de alcançar objetivos. Vejamos algumas técnicas e atitudes espirituais
que podem nos ajudar a vencer o medo:
Por técnicas: Dessensibilização: “A pessoa que sente medo deve
ser exposta gradualmente ao objeto fóbico, sempre respeitando o limite desse
contato. Em alguns casos, a pessoa pode começar apenas com o contato com uma
foto daquilo que se parece extremamente ameaçador.”[43]
Por atitude espiritual
Mude o foco de sua visão
Pedro começou a afundar porque reparou na força do
vento e teve medo...
"Reparando, porém, na força do vento, teve
medo; e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor!” (Mateus 14.30).
O salmista diz: “Elevo meus olhos para os montes de onde vem
meu socorro” (Sl 121.1).
Encha sua vida diária de versículos de vitória e de
louvores ao Senhor para não dar lugar ao medo:
“Habite ricamente em vós a palavra de Cristo;
instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus,
com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações”
(Colossenses 3.16).
Fuja do pecado e viva em comunhão com Deus
Adão pecou e fugiu porque teve medo de Deus:
“Respondeu-lhe o homem: Ouvi tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu; e
escondi-me” (Gênesis 3.10).
A comunhão com Deus nos fortalece e nos capacita.
Peça ao Espírito Santo para ser seu auxiliador. Em Atos 4.31 os discípulos
quando oraram passaram a ter coragem, pois ficaram cheios do Espírito Santo:
“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios
do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (At 4.31).”
Procure ter uma experiência do amor de Deus e
aprenda a confiar nele como seu protetor
O amor é um escudo: “Revestindo-nos da couraça da
fé e do amor” (1Ts 5.8).
O amor elimina o medo: “No amor não há medo,
antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem
tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18).
A fé expulsa o medo. Davi disse: “O Senhor é a
minha luz e a minha salvação; de quem terei medo?" (Salmo 27.1).
Revista-se com a armadura espiritual. Sinta-se
protegido pelo Senhor e pelos seus anjos
Sem a armadura estamos desprotegidos.
“Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos
lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça; E calçados os pés na preparação
do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis
apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da
salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; Orando em todo o
tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a
perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.14-18).
Passe por uma terapia de cura interior
A terapia vai na origem do problema e quando Jesus
entra na nossa história, ela muda de sentido. Exemplo de uma jovem que teve
medo de quarto escuro. Na terapia ela viu que era a empregada quem colocava
medo nela quando ela tinha apenas 4 anos de idade. Para que ela pudesse dormir
logo, a empregada falava de “fantasmas”.
Na ministração pedi ao Senhor que mostrasse a
presença de anjos em seu quarto. Seu inconsciente foi preenchido por imagens de
anjos que trouxe segurança para ela. Ela ficou curada.
Você pode vencer o medo!
Necessidade da cura da alma
Estudo 41 - Texto Base: Romanos 7.14-20
Não é só o corpo que precisa de cura.
ossa alma (mente, vontade e emoções) foi afetada pelo
pecado e também precisa de cura. Uma alma doente adoece o corpo.
Wesley fala da necessidade da cura da alma, da
eliminação do poder do pecado sobre nós. Ele usa várias expressões: “defeitos
internos”, “pecado interior” etc. Para ele, o pecado é uma doença, por isso usa
a expressão “cura” para falar sobre o pecado.
Para quem pensa que não tem nenhum problema
interior, ele faz uma pergunta: “Mas não podem eles encontrar defeitos internos
sem número além daquelas omissões exteriores? Defeitos de toda espécie: não têm
o amor que é devido ao próximo ...”.[44]
Quem está tão longe de Deus não percebe o estado
doentio de sua alma. Por isso, Wesley deixa claro que quanto mais nos
aproximarmos do Senhor, mais teremos consciência daquilo que precisamos mudar.
Diz ele: “Quanto mais crescemos na graça, mais sentimos o estado
desesperadamente iníquo do nosso coração. Quanto mais avançamos no conhecimento
e no amor de Deus através de nosso Senhor Jesus Cristo (...) mais conhecemos o
nosso afastamento de Deus, a inimizade que existe em nossa mente carnal e a
necessidade de sermos inteiramente renovados em justiça e em verdadeira
santidade”.[45]
Assim, a ministração de cura interior é tanto para
não crentes, como para pessoas consideradas maduras espiritualmente. O objetivo
final da ministração é “curar integralmente e restaurar a personalidade,
levando ao exercício pleno das nossas potencialidades, motivando para a busca
da autorrealização por meio da comunhão com Deus e o próximo”.[46]
Sim, o propósito do Senhor é que cada um tenha
comunhão com Deus e com o próximo num amor de doação; segurança e capacidade de
assumir compromissos e responder por eles; aceitação de si próprio sem
supervalorização, nem depreciação; capacidade para estar aberto a Deus para ser
um instrumento para mudar o mundo.
Wesley ainda fala de “defeito de caráter”. Ele diz
que a alma, enquanto estiver ligada ao corpo, não poderá pensar sem o auxílio
dos órgãos corporais. E “sendo estes órgãos imperfeitos, estamos sujeitos a
erros especulativos e práticos (...). Sim, e um erro pode fazer com que eu ame
um bom homem menos do que eu devia, o que é um defeito de caráter”. Ele ainda
fala que Satanás não perderá a oportunidade de nos jogar contra Deus, usando
toda a sua sabedoria e força, para, numa hora de descuido, nos trazer descontentamento,
impaciência e inveja de outros.
Wesley diz que o pecado permanece dentro do coração
daqueles que creem. “Ele não reina, mas permanece”.[47] Ele cita exemplos: “Pois aquele que imaginou
que todos os pecados tinham desaparecido, ainda sente que há orgulho no seu
coração. Está convencido de que tem atribuído mais importância a si mesmo do
que devia em muitos aspectos, e de que gostou do louvor que recebeu ...”.[48] Isso inclui aqueles que foram regenerados,
pois o novo nascimento não é ainda santificação, santidade, perfeição cristã.
No novo nascimento, é iniciado um processo de santificação.
Wesley diz que “onde menos suspeitamos, encontramos
um pouco de orgulho ou de obstinação, de descrença ou de idolatria ...”.[49]
Quem poderia pensar que Pedro tivesse algum pecado?
Afinal, ele havia sido cheio do Espírito e realizado curas e milagres após o Pentecostes.
Mas, um belo dia em que jejuava e orava, o Espírito do Senhor revelou que ele
tinha em seu coração preconceito e que deveria mudar (cf. At 10.9-16).
É o Espírito Santo quem nos convence do pecado. Ele
sabe tudo sobre nós: “Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do
homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o
Espírito de Deus” (1
Coríntios 2.11). Por
isso, precisamos pedir ao Espírito Santo que revele, que traga à memória aquilo
que precisa ser mudado em nós.
Sempre pedimos que Jesus realize a cura. É Ele quem
pode fazer isso. O ministrante não pode fazer. Ele é apenas um canal, um
instrumento nas mãos do Senhor.
Muitas pessoas acham que não têm problemas nenhum.
Mas se abrirem o coração, o Espírito Santo irá revelar como realmente está o
seu interior e o seu coração.
Basta abrir o coração e o Senhor irá revelar
e curar. É o Seu propósito. Afinal, nós fomos criados para sermos conforme à
imagem de Jesus (Rm 8.29).
No divã com Jesus
Estudo 42 -
Texto Base: Mt 11.28-30
A Cura Interior é a cura das
lembranças desagradáveis arquivadas no inconsciente trazendo perturbações e
doenças físicas. Todos temos um arquivo, um depósito, uma fita/vídeo (vídeo/HD)
com tudo gravado de nossa vida desde o útero materno. Em determinados momentos,
essas lembranças se manifestam.
As pessoas precisam entender que
o fato de nascerem de novo não lhes dá garantia de ter logo uma vida perfeita e
sem problemas. Nascer de novo não é o final de tudo. É apenas o início (Ef
4.13). O caminho pode ser longo e penoso, mas não podemos desanimar. A
perseverança é fundamental. Sem fé não se chega a lugar nenhum. A cura é
possível.
A Cura Interior está dentro do
projeto de Deus. Desde que o ser humano pecou houve toda uma ação de Deus para
resgatar, restaurar o ser humano. A Cura interior é um meio de aperfeiçoar
nosso caráter. Esse é o objetivo principal da Cura Interior. Todo psicólogo tem
um método, uma técnica, um fundamento. Eles sabem aonde querem chegar ao
atenderem a um paciente.
Nos diversos diálogos com os
discípulos e com as pessoas que tinham problemas, Jesus ministrou cura agindo
assim:
Jesus indicou a solução para a
ansiedade. Aos
discípulos que estavam ansiosos, Ele pediu para olharem os lírios e os pássaros
(Lc 12.24-27). Com isso, Jesus mostrou que Deus cuida dos seus filhos e filhas
com muito amor. Confiar e descansar no Senhor é o remédio.
Foi direto ao problema; à Marta disse que ela
estava fazendo muitas coisas ao mesmo tempo e que isso não era bom. Foi claro e
objetivo e disse que Maria tinha escolhido a boa parte (Lc 10.42).
Atacou a causa do problema; apareceu aos seus
discípulos e pediu que Tomé colocasse o dedo nas feridas e visse suas mãos
furadas (Jo 20. 27).
Procurou se aproximar das
pessoas e tomou a iniciativa do diálogo; viu Zaqueu na árvore e o chamou
pelo nome. Disse que iria ficar em sua casa (Lc l9.5).
Demonstrou amor; defendeu a pecadora e
mostrou ao fariseu as virtudes atuais dela, esquecendo o passado negativo. Ela
se sentiu perdoada, valorizada e foi em paz (Lc 7.36-50).
Ouviu a pessoa atentamente; a samaritana abriu o seu
coração e Jesus revelou a sua real situação. Tinha ânsia por causa de um vazio
que nem cinco maridos preencheram. Jesus ofereceu a Água da vida. (Jo
4.1-42).
Indagou a causa do sofrimento; à Maria, no túmulo,
perguntou por que ela chorava e a quem ela procurava (Jo 20.15).
Chamou a pessoa pelo nome; foi assim com Zaqueu (Lc
19.5); Marta (Lc 10.42); Simão (Lc 7.40); Maria (Jo 20.15). Assim, Jesus
mostrava ser amigo e ter interesse pela pessoa.
Falou mansamente: “Não se turbe o vosso
coração...” (Jo 14.1). Disse ainda: “Olhai os lírios do campo
...” (Lc 12.27). No seu diálogo com os sofredores,
não há palavras ásperas ou ofensivas, mas doces e esperançosas.
Procurou realizar mudança de
vida; a
todo momento, Jesus procurou levar as pessoas a uma mudança. À pecadora disse:
“Vai, e não peques mais” (Jo 8.11).
Nos dias de hoje podemos ainda
sentar no divã de Jesus. Ele quer nos curar e restaurar. Esse divã pode ser em
sua casa, no altar do Senhor, num monte ou outro lugar qualquer.
Ainda hoje Jesus diz:
“Vinde a mim, todos os que estais
cansados e oprimidos, e eu vos
aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo,
e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração;
e encontrareis descanso para a vossa alma.
Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve”
(Mt 11.28-30). Esse é o nosso Jesus!
Tesouros que precisamos preservar
Estudo 43 - Texto Base: Gêneses 25. 29-34
Tesouro é algo precioso. Mas
tesouro não é só algo material. Destaco três na vida espiritual, que precisamos
preservar:
- Família, Ministérios e a Fé.
Na família precisamos entender que Deus nos fez
diferentes:
“E cresceram os meninos, e Esaú foi homem perito na
caça, homem do campo; mas Jacó era homem simples, habitando em tendas” (Gênesis
25.27).
- Esaú tinha o temperamento
sanguíneo, era mais emocional.
- Jacó era mais fleumático, pacato
e mais caseiro.
No nascimento, já havia sinais das tendências
dos dois: “E saiu o primeiro ruivo” (...). “E
depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú” (Gênesis
25.26).
O sanguíneo é sempre mais ativo. O fleumático é
mais dependente...
Os pais não devem demonstrar preferência por um dos
filhos: “E amava
Isaque a Esaú, porque a caça era de seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó”
(Gênesis 25.28). Essa preferência causará revolta, sentimento de baixa
autoestima nos filhos. Jogará um contra o outro.
“Os filhos menos desejados podem crescer a perguntar-se
porque razão não terão direito ao mesmo que os filhos preferidos, mas por norma
acabam por investir mais nas relações fora da família, como forma de se
compensarem. Outras vezes, podem mesmo torturar o irmão preferido, como se
fosse o alvo a abater nesta competição familiar”[50].
“não podemos deixar de alertar para o fato de que
os filhos preferidos que passam os primeiros anos de vida a usufruir das
carícias dos pais, poderem ficar mal preparados para o resto da sociedade”.[51]
Cuidados que devemos ter para não perdermos o nosso
tesouro
Deus nos criou com capacidades, talentos e dons
diferentes. São tesouros que devemos preservar.
O que pode nos fazer desprezar, não valorizar os
tesouros que temos:
- O cansaço: “Esaú chegou do campo, muito cansado” (Gn 25.29).
O cansaço nos impede de nos
inteirar de uma forma clara das melhores opções nas decisões a tomar em
momentos de crise.
- Supervalorizar
o negativo: “E disse
Esaú: Eis que estou a ponto de morrer” (Gn
25.32). Assim podemos tomar decisões precipitadas e negativas.
- Ser imediatista: “para que me servirá a
primogenitura?” (Gn 25.32).
- Colocar em primeiro
lugar o que é carne em detrimento do que é espiritual: “para que me servirá a
primogenitura?” (Gn 25.32). Assim Esaú desprezou o privilégio de ser
primogênito (Gênesis 25.34).
O direito de primogenitura dava
ao filho mais velho o privilégio de herdar uma porção dobrada dos bens
paternos, depois da morte destes; também dava o direito de exercer o sacerdócio
sobre a família e, no caso de Esaú, por ser ele o primeiro neto de Abraão, a
primogenitura ainda incluía o direito de ficar na genealogia direta do Messias.
Temos que entender que os pais
nem sempre têm condições de dar uma educação familiar exemplar. Muitos crescem
com deformações no caráter e precisam de uma restauração
Valorize o que o Senhor te deu.
Pensamentos que trazem vitória
Estudo 44 - Texto Base: Filipenses 4.8
Pensamentos geram comportamentos, geram ações,
emoções e atingem nosso sistema nervoso. Tudo depende de nossos pensamentos.
Então, se os teus pensamentos forem negativos, seu
dia será ruim, mas se forem positivos, de fé, será de um jeito muito diferente.
Terá muita possibilidade de ser vitorioso.
Por isso, Paulo diz que tudo que ocupar o nosso
pensamento deve ser bom.
Então, o que não devemos permitir que entre em
nosso pensamento (Efésios 4.25-32):
- Nada deve ser mentiroso;
- Nada deve ser de desonestidade;
- Nada deve ser para cometer injustiça;
- Nada de pornografia, pecado;
- Nada que tenha ódio, ressentimento, raiva, mágoa;
- Nada que seja condenável;
- Nada que seja da obra da carne;
- Nada que seja desprezível eticamente.
Só coisas boas devem ocupar
nosso pensamento.
Mas você dirá, como podemos
manter puro os nossos pensamentos no mundo em que vivemos?
Faça escolhas boas!
Pela graça de Deus, pelo foco no Senhor, pelo Reino
de Deus em primeiro lugar, pelo Espírito Santo que conduz minha vida e não a
carne, pela vida devocional de oração, louvor, leitura da Palavra.
Pessoas que conseguiram: Daniel, Neemias, José,
Estevão, Dorcas, Priscila, Áquila, Timóteo, etc.
Eles não se contaminaram. Por isso, Paulo diz que
não devemos nos conformar com esse século, mas devemos nos transformar pela
renovação da nossa mente (Rm 12.2).
Conformar é ser conforme, adquirir a mesma forma. É
estar em conformidade ou de acordo com; identificar-se. Do Latim COM - “junto”
- FORMARE - “dar forma”.
Paulo disse “renovação da nossa mente”. Nossa mente
precisa sempre ser renovada.
Só assim experimentaremos qual seja a boa,
agradável e perfeita vontade do Senhor.
Como você vai entender que a vontade de Deus para
você é boa, perfeita e agradável, vivendo com pensamentos negativos?
O ambiente onde vivemos ou a situação que passamos
pode gerar pensamentos negativos em nossa vida.
Jeremias vivia em um ambiente muito negativo, de
falsidade, desobediência a Deus. Ele desejou até a morte para si.
Mas depois disse: Quero trazer a memória o que pode
me dar esperança (Lm 3.21).
Por isso, Paulo disse para mantermos os pensamentos
nas coisas lá do Alto (Cl 3.2).
Se você está com pensamentos negativos, isso veio
de algum lugar negativo. Afaste-se de todo mal ou de toda pessoa que te
contamina.
Precisamos retirar diariamente de nossas mentes as
coisas negativas. Por isso, Paulo diz para não deixarmos o sol se pôr sobre a
nossa ira (Ef 4.26).
Precisamos aprender com os primeiros metodistas a
fazer uma limpeza diária da nossa mente confessando nossos pecados, perdoando e
pedindo perdão a Deus e ao próximo.
A família da fé a serviço de Deus
Estudo 45 -
Texto Base: Rm 16.5
Após a queda do ser humano, Adão e Eva passaram a
ter muitas dificuldades no relacionamento entre eles. Eles passaram muito tempo
sem invocar a Deus (Gn 4.26).
Sem Deus não chegamos a lugar nenhum.
Após o pecado, a separação do ser humano da
comunhão e convivência com Deus foi notória. Sem Deus não vamos longe e não
temos a solução para os nossos conflitos e lutas. Mas percebemos na Palavra de
Deus o Seu cuidado, misericórdia e propósito em relação ao casal, a família.
Sim, a família é alvo de Deus.
Podemos ver três princípios sobre a família no
ponto de vista de Deus:
Primeiro, a família é chamada para abençoar
Deus chamou Abraão para abençoar outras famílias:
“Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra” (Gn 12.3). Os doze filhos
de Jacó constituíram famílias, que se tornaram o Povo de Deus, o Israel de
Deus. Jesus os chamava de “casa de Israel” (Mt 10.6).
Segundo: a família resgatada deve servir ao
Senhor
No meio de uma crise de fidelidade a Deus, Josué
disse: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Js 24.15). A família cristã deve
estar a serviço do Reino de Deus. Na carta aos Romanos, Paulo disse sobre
Priscila e Áquila: “Saudai também a Igreja que está em sua casa” (Rm
16.5).
Terceiro,
Deus deseja salvar toda a família
Foi o que
Paulo disse para o carcereiro de Filipos: “Crê no Senhor Jesus e será salvo tu e toda a tua casa” (Atos
16.31). Não existe outra prioridade do Senhor a não ser salvar a humanidade, o
ser humano, a família (João 3.16).
Jesus
utilizou a estratégia de alcançar as casas
Jesus tinha como missão salvar primeiro as ovelhas
perdidas da “casa de Israel” (Mt 10.6). Ele enviou os apóstolos para pregarem
que o Reino dos céus estava chegando (Mt 10.7). Ele usou a estratégia de
alcançar as casas. Ele disse: “E quando entrardes nalguma casa, saudai-a; e, se
a casa for digna, desça sobre ela a paz” (Mt 10.13).
A família convertida, muitas vezes, abria sua casa
para ser um local de reuniões da Igreja e muitas casas se tornavam a própria
Igreja. As casas de Lídia (Atos 16.15) e do carcereiro (Atos 16.34) receberam
Paulo. A casa era local de apoio, acolhimento e de cultos. Quando Paulo saiu da
prisão em Filipos foi acolhido na casa de Lídia (Atos 16.40).
“Irmãos” era um tratamento entre os primeiros
discípulos.
Tiago disse: “Homens irmãos” (Atos 15.13).
Também se referindo a Judas e Silas foi dito que eram “homens distintos entre
os irmãos” (Atos 15.22). Irmãos porque passamos a ser uma família na fé através
de Cristo. Somos filhos e filhas de Deus pela fé em Jesus e irmãos uns dos
outros (Gl 4.5-7).
Aprendendo com Jesus
Estudo 46 - Texto Base: Mt 5.1
A liderança e pedagogia de Jesus eram diferenciadas
dos mestres, rabinos da época. Vejamos:
A pedagogia de Jesus quebrou
conceitos da época
“Como se assentasse, aproximaram-se os seus
discípulos; e ele passou a ensiná-los” (Mt 5.1).
Ela passa a enfatizar o positivo: Bem-aventurados os que
choram, bem-aventurados os limpos de coração, bem-aventurado os
pacificadores...
Jesus pede a uma mulher. Quando Jesus pede a Maria
Madalena para ir anunciar a todos que Ele havia ressuscitado (Jo 20.17-18), Ele
quebrou um paradigma ao pedir a uma mulher que fosse pregar aos homens o maior
evento da história, a Sua ressurreição.
Jesus valoriza as crianças. Quando Jesus põe uma criança
junto a si e a coloca como modelo para os adultos seguirem (Lc 9.46-48), Ele
quebra paradigma e diz que a criança tem também o que ensinar. Dia, por isso,
que aquele que for o menor é o maior para Deus.
Jesus valorizou as pessoas e os sentimentos
“Bem-aventurado os que choram” (Mt 5.4). Jesus valorizava as
pessoas e os seus sentimentos.
João 15.13-15 - Jesus trata as pessoas
de maneira carinhosa.
Mateus 18.10-14 - A parábola da ovelha perdida
retrata, melhor que qualquer outro episódio, a dimensão absoluta da pessoa.
Tendo a pessoa como centro de sua preocupação,
também vemos a valorização da criança, do marginalizado da época (Mt 18.1-6;
19.13-15), da mulher (Mt 5.27-31; 19.3-9).
Jesus valorizou o diálogo
O ensino de Jesus se
estabelece a partir do diálogo. Este envolve palavras, que por sua vez envolve
ação, para não se transformar em discurso vazio:
Com a mulher samaritana. Jesus
fala da água e da sua vida sentimental.
No caminho de Emaús. Jesus
quer saber porque os discípulos estavam desanimados;
Com Maria Madalena, no
túmulo, Jesus quer saber porque ela chora.
Essas atitudes de Jesus
ressaltam a importância do ouvir o outro. Afinal, como educar para a
liberdade, se não há diálogo?
Jesus valorizou a prática do bem
“Bem-aventurados os pacificadores” (Mt
5.9)
Jesus fez uma clara opção pela prática. Veja o
Sermão da Montanha onde Jesus inicia o ensino centrado no discurso (Mt 5. 6 e
7.1-23). O desfecho do sermão é onde Jesus privilegia a prática (Mt 7.24-27).
Ele não apenas recomenda a prática de seus ensinos
como também põe em prática, à vista de todos, a sua graça e sua misericórdia.
Ele vai à casa a convite do fariseu e ali mesmo atende uma mulher pecadora
valorizando a sua atitude de humildade, fé e amor (Lc 7.36-50).
Ele declarou: “Bem-aventurados os misericordiosos”
(Mt 5.7)
A verdade que Jesus ensinava andava de mãos dadas
com o amor
Com a prática das curas, Jesus devolve a dignidade
aos pobres, aos marginalizados, à mulher adúltera, aos leprosos e outras
categorias oprimidas pelo sistema social daquela época.
Com a prática das curas, Ele restaura a saúde
física, mental e espiritual do povo: pessoas com deficiências (cego, surdo, mão
ressequida, paralítico), enfermos (febre, hemorragia, lepra, etc.) e
endemoninhados.
A liderança dominadora não conhecia a pedagogia da
misericórdia. Só a Lei. Jesus ensina e mostra que a verdade deve andar de
mãos dadas com o amor. A verdade sem o amor gera farisaísmo, preconceito,
agressividade, morte.
A motivação de Deus para agir
Estudo 47 - Texto Base: João 3.16
Por defender a soberania de Deus
muitos acabam sem perceber desmerecendo o próprio Deus de amor. Deus é
poderoso, mas Ele age sempre por amor. Não há em Deus motivação de ódio. Só por
amor.
A responsabilidade do
mal no mundo veio do pecado e não de Deus
As pessoas perguntam: por que
Deus permite o sofrimento?
As ações más das pessoas hoje
veem por causa do pecado e do inimigo em suas vidas. Não por causa da permissão
de Deus. Adão e Eva pecaram e trouxeram como consequência todo um mal no mundo.
Deus nos permite fazer o que é
baseado na Palavra e no amor
A Bíblia orienta o que Deus nos
permite fazer e não fazer. O fundamento básico é: Se amarmos ao próximo como a
nós mesmos, cumpriremos os mandamentos de Deus (Gl 5.14; Rm 13.8-10).
O que fizermos deve ser baseado
no amor.
A ação de Deus é baseada no amor
O mesmo podemos dizer sobre Deus
e Jesus. Eles só podem agir por amor.
Jesus é amor, ensinou o amor e
viveu o amor. Deus enviou Jesus por amor (João 3.16). Sua ação, então, é
baseada em amor.
O contrário. Satanás só fará ou
ordenará algo aos seus demônios, se for baseado em matar, roubar e destruir.
Quando alguém dá um tiro e mata
uma pessoa. Satanás está por trás.
Pelo livre arbítrio temos
liberdade de agir, mas só se for por amor
Nosso limite e alvo é o próximo:
“Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os
outros superiores a vocês mesmos” (Filipenses 2.3).
“E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si
mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave” (Ef
5.2).
Deus só pode governar um coração
submisso
eus governa o cosmo, por isso
existe essa harmonia nos planetas, nas estações do ano etc. Mas o coração do
ser humano é quem decide. “Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir
a porta, entrarei e cearei com ele,
e ele comigo” (Ap 3.20).
Deus só pode governar um coração
submisso e que clama a Ele: “Clama a mim, e responder-te-ei” (Jr
33.3).
“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas
resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
Os atos e a permissão de Jesus
sempre foram baseados em amor:
- Jesus não permitiu que a mulher fosse apedrejada
"Mestre, esta mulher foi
surpreendida em ato de adultério. Na Lei, Moisés nos ordena apedrejar tais mulheres.
E o senhor, que diz? "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o
primeiro a atirar pedra nela". Inclinou-se novamente e continuou
escrevendo no chão. Os que o ouviram foram saindo, um de cada vez, começando
com os mais velhos. Jesus ficou só, com a mulher em pé diante dele. Declarou
Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado”
(Jo 8.4-11)
- Jesus não permitiu que João e Tiago
pedissem fogo dos céus para destruir os samaritanos
“E enviou mensageiros à sua frente. Indo estes, entraram num povoado
samaritano para lhe fazer os preparativos; mas o povo dali não o recebeu porque
se notava em seu semblante que ele ia para Jerusalém.
Ao verem isso, os discípulos Tiago e João perguntaram: "Senhor,
queres que façamos cair fogo do céu para destruí-los? "Mas Jesus,
voltando-se, os repreendeu, dizendo: "Vocês não sabem de que espécie de
espírito são, pois, o Filho do homem não veio para destruir a vida dos homens,
mas para salvá-los"; e foram para outro povoado. (Lc 9. 55-56).
Deus é sim soberano, mas é
também amor. Ele sempre agirá por amor.
O Jesus que surpreende
Estudo 48 -
Texto Base: Lucas 19.5-6
Surpreender
é desconcertar, é causar surpresa. Muitas vezes, somos “apanhados de surpresa”.
A surpresa pode causar impacto nas pessoas e pode marcar pela vida toda.
Jesus
surpreendeu desde o início ao nascer numa manjedoura. Ele quebrou barreiras e
costumes para curar e abençoar. Foi assim curando em dia proibido de sábado.
Ele surpreendeu transformando água em vinho para abençoar o casamento.
Jesus
surpreendeu sempre motivado pelo Seu amor pelas pessoas e pelo Seu propósito de
salvar vidas. Esta era a motivação de Jesus.
Jesus
surpreende e chama pescadores para serem seus
discípulos. Geralmente, os meninos privilegiados de Israel quem eram
aceitos como discípulos de um rabi.
Eles foram surpreendidos:
“Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chamado
Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram
pescadores. E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens"
(Mt 4.18-19)
Foi um
momento impactante. Foram surpreendidos pelo amor, por serem valorizados.
Jesus vai à
casa de Zaqueu apesar do péssimo conceito que ele tinha
Ele venceu
preconceito, teve coragem para salvar Zaqueu. Veja a cena: “E quando Jesus
chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce
depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa. E, apressando-se, desceu, e
recebeu-o alegremente” (Lucas 19.5-6).
Depois,
Jesus disse que houve salvação em sua casa.
Jesus
surpreende e perdoa a mulher pega em adultério e teve a coragem de enfrentar os
seus acusadores com sabedoria.
“Puseram-na no meio da multidão e disseram a Jesus: Mestre, agora mesmo
esta mulher foi apanhada em adultério. Moisés mandou-nos na lei que
apedrejássemos tais mulheres. Que dizes tu a isso? Perguntavam-lhe isso, a fim
de pô-lo à prova e poderem acusá-lo. Jesus, porém, se inclinou para a frente e
escrevia com o dedo na terra. Como eles insistissem, ergueu-se e disse-lhes:
Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra” (João
8.4-7).
Todos ficaram surpreendidos: a mulher que foi perdoada e os acusadores
que foram desmascarados.
Jesus surpreende e lava os pés
dos discípulos para ensiná-los a serem humildes e servos.
Pedro foi um dos que mais se surpreendeu: “Por
isso, durante a ceia, Jesus se levantou, tirou a sua túnica e, pegando uma
toalha, amarrou-a na cintura. Depois, derramando água numa bacia, começou
a lavar os pés dos seus discípulos e a enxugá-los com a toalha que tinha na
cintura. Quando chegou a vez de Simão Pedro, ele disse a Jesus: - Senhor,
vai lavar os meus pés?” (João 13.4-6).
Jesus
surpreende ao entrar em Jerusalém montado em um jumentinho, que ele pediu aos
discípulos para pegarem:
“Trouxeram a jumenta e o jumentinho (...) E a multidão que ia adiante, e
a que seguia, clamava, dizendo: Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em
nome do Senhor. Hosana nas alturas! E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade
se alvoroçou, dizendo: Quem é este? E a multidão dizia: Este é Jesus, o profeta
de Nazaré da Galiléia” (Mateus
21.7-11).
Jesus
surpreendeu ao aparecer na Estrada de Emaús para despertar os dois discípulos
que estavam decepcionados e abandonando o barco (Lc 24.13-35).
Jesus
surpreendeu Saulo na estrada de Damasco e surpreendeu mais ainda a todos ao
chamar um assassino para ser Seu apóstolo (Atos 9.1-20).
Jesus ainda
nos surpreende hoje por causa de Seu amor e do Seu propósito de salvar vidas.
[1] https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/ephesians-1.html[2] https://www.psicologiasdobrasil.com.br/trauma-impede-aprendizagem/[3] https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/Paisagismo/noticia/2015/09/13-motivos-pelos-quais-suas-plantas-estao-morrendo.html
[4] http://metodistabacacheri.com.br/site/blog/os-artificios-de-satanas-john-wesley/
[5] https://colunastortas.com.br/modernidade-liquida-o-que-e/
[6]http://chegousetembro.blogspot.com/2011/05/sexualidade-no-contexto-da-modernidade.html
[7] https://claudia.abril.com.br/noticias/nunca-tivemos-uma-geracao-tao-triste/
[8] https://www.bbc.com/portuguese/brasil-39672513
[9]http://chegousetembro.blogspot.com/2011/05/sexualidade-no-contexto-da-modernidade.html
[10]https://formacao.cancaonova.com/atualidade/ideologiadegenero/ideologia-de-genero-e-a-desconstrucao-da-familia/
[11] https://pt.wikipedia.org/wiki/Tudo_que_%C3%A9_s%C3%B3lido_desmancha_no_ar
[12]http://chegousetembro.blogspot.com/2011/05/sexualidade-no-contexto-da-modernidade.html
[13] https://tuporem.org.br/fe-solida-em-uma-geracao-liquida/
[14] https://www.ibccoaching.com.br/portal/comportamento/o-que-sao-sabotadores/
[16]http://www.psicologiasdobrasil.com.br/distorcoes-do-pensamento-saiba-porque-causam-problemas-e-como-as-mudar/
[17] https://pt.wikipedia.org/wiki/Cogni%C3%A7%C3%A3o
[18]https://www.miguellucas.com.br/distorcoes-do-pensamento-saiba-porque-causam-problemas-e-como-as-mudar/
[19] Idem.
[20] Idem.
[21] https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/the-new-york-times/2015/06/26/em-charleston-coracoes-partidos-se-enchem-de-amor.htm
[22] http://www.hermeneutica.com/estudos/amor-cobrindo-pecados-estudo-de-1pedro4_8.html
[23] https://familia.com.br/6171/a-importancia-do-amor-em-nossas-vidas
[24]https://josiasmoura.wordpress.com/2012/07/19/estudo-entendendo-o-que-louvar-e-adorar-estudo-para-o-culto-de-doutrina-da-igreja-do-betel-brasileiro-geisel/
[26] http://www.dicionarioinformal.com.br/louvor/
[27] http://www.chamada.com.br/mensagens/adoracao.html
[28] http://www.dicionarioinformal.com.br/adorar/
[29] http://eduardotorezani.blogspot.com.br/2011/10/7-palavras-da-adoracao.html
[30] http://eduardotorezani.blogspot.com.br/2011/10/7-palavras-da-adoracao.html
[31] http://www.chamada.com.br/mensagens/adoracao.html
[32] https://www.tuasaude.com/sindrome-de-burnout/
[33] Idem.
[34] ” (VINE. W.E., Dicionário Vine, CPAD,
pp.764,827),
[35] https://www.gotquestions.org/Portugues/vida-abundante.html
[36] https://veja.abril.com.br/ciencia/universo-tem-2-trilhoes-de-galaxias-10-vezes-mais-que-o-esperado/
[37]www.espacopsicologico2.blogspot.com/2013/02/o-poder-do-olhar-sobre-nossas-vidas.html
[38] https://www.significados.com.br/abnegacao/
[39] http://www.preciosasemente.com.br/mostra-artigos.php?artigo=137
[40] Idem
[41] http://sociedademetodista.blogspot.com.br/2012/04/escatologia.html
[42] http://www.preciosasemente.com.br/mostra-artigos.php?artigo=137
[43] https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/14781-conheca-16-tecnicas-para-vencer-o-medo
[44] BURTNER, Robert - CHILES, Robert. Coletânea
da Teologia de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista,
1960, p. 180.
[45] Idem
[46] Folheto de Cura Interior da Igreja Metodista
do Jardim Botânico produzido por Odilon Massolar Chaves.
[47] BURTNER, Robert -
CHILES, Robert. op. cit. p. 182.
[48] Idem, p. 184.
[49] Idem, p.186.
[50] https://oficinadepsicologia.com/filhos-preferidos-e-filhos-preteridos/
[51] Idem.
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