Vinho Novo
e Odres Novos
no
Movimento Metodista
Wesley
entendeu que o vinho novo não caberia no odre velho anglicano
Odilon
Massolar Chaves
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Toda gloria
a Deus!
Odilon
Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História
pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese
tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua
contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor
do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia
Rio de
Janeiro - Brasil
Índice
· Introdução
· Vinho novo para a Grã-Bretanha
· Vinho Novo: o viver no Espírito
· Vinho Novo: a graça de Deus
· Vinho Novo: a santidade
· Odres novos: sociedades, classes e bands
Introdução
“Vinho Novo
e Odres Novos no Movimento Metodista” é um livro que aborda a afirmação de
Jesus: “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo
repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. Também não se põe vinho novo
em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se
perdem. Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mt
9.14-17).
O vinho
novo dado por Deus no século XVIII, na Grã-Bretanha, incluía a vida no
Espírito, a graça de Deus e a santidade.
Foi numa sociedade na rua Aldersgate que Wesley teve a experiência do coração aquecido. Foi numa sociedade, em Londres, que Wesley experimentou o chamado Pentecostes metodista. Foi em Bristol, na rua, que Wesley pregou, pela primeira vez, para multidões e viu fenômenos acontecerem em meio à pregação. Era preciso odres novos para o novo de Deus.
Wesley
entendeu que o vinho novo não cabia no odre velho anglicano.
Foi preciso organizar as sociedades, as classes e as bands. E ele aprendeu sobre as bands na visita que fez aos moravianos, na Alemanha.
Foi preciso estabelecer os
leigos nas pregações substituindo os pastores.
Apesar de
permanecer anglicano até o fim de sua vida, Wesley foi fiel à determinação de
Deus que concedeu ao metodismo o “depositum” da santidade.
Foi preciso
restaurar a doutrina do Espírito Santo e da santidade e criar uma estrutura
adequada ao mover de Deus.
Um livro
que nos ajuda a refletir sobre nossas estruturas e do vinho que Deus quer
derramar sobre nossas vidas e Igrejas.
O Autor
Vinho novo
para a Grã-Bretanha
O Movimento
Metodista trouxe o vinho novo de Deus para a Grã-Bretanha, no século XVIII.
O vinho
novo foi, em especial, a graça de Deus, a vida no Espírito e a santidade.
A Igreja
Anglicana vivia em uma grande frieza espiritual; os pastores envolvidos em
jogos e bebidas; o povo sofrido e explorado e a situação moral era caótica, em
especial a venda e a bebida alcoólica, os jogos violentos e ainda a indiferença
com a situação dos pobres e escravos.
O movimento
metodista trouxe luz para às trevas da Inglaterra, trouxe amor aos sofredores e
esperança para os que viviam oprimidos e escravizados.
O vinho
novo de Deus trazido pelos metodistas não cabia na estrutura da Igreja
Anglicana.
Wesley
precisou romper com as tradições e, primeiramente, começou a pregar fora do
templo, o que para ele era quase igual a pecar.
Com as
conversões aos milhares, era preciso que o povo com o vinho novo de Deus, da
Sua graça, vida no Espírito e busca da santidade, tivesse um discipulado e
estrutura adequada.
A solução
foi separar os novos convertidos dos membros e líderes anglicanos, que já
estavam viciados em suas tradições e sem a vida em Cristo.
Não foi uma
tarefa fácil. Comentando sobre Lucas 5.33, Wesley disse: “E nenhum homem bebeu
vinho velho - E, além disso, os homens não costumam ser imediatamente
libertados de velhos preconceitos”.[1]
Assim,
Wesley organizou as sociedades, as classes e as bands visando a salvação e
busca da santidade, o perfeito amor.
Novos hinos
mais populares surgiram com Carlos Wesley; novos líderes sem os vícios da
religião oficial foram necessários, um novo alvo foi estabelecido: alcançar a
santidade.
Wesley
fielmente seguiu as orientações de Jesus: “Ninguém põe remendo de pano
novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior
ainda. Também não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se
arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se põe em
odres novos, e assim os dois se conservam” (Mt 9.14-17).
“Não se põe
vinho novo em odres velhos” foi a máxima de Wesley.
Wesley
explicou o texto nos seus “Comentários da Bíblia”:
“Ninguém
põe um pedaço de pano novo em uma roupa velha, pois o que é colocado para
enchê-lo tira da roupa, e o rasgo é piorado.
Esta é uma
das razões: não é um momento adequado para eles jejuarem. Outra é que eles não
estão maduros para isso.
Pano
novo - As palavras no original significam adequadamente o pano que não
passou pelas mãos do lavandeiro e que, consequentemente, é muito mais áspero do
que o que foi lavado e usado; e, portanto, cedendo menos do que isso, arrancará
as bordas nas quais é costurado”.[2]
Wesley em
entendia que Deus havia levantado o povo metodista para espalhar a santidade
bíblica por toda a terra e para transformar nação e à Igreja.
Apesar de
até o final de suas vidas, Carlos e João Wesley terem permanecido membros da
Igreja Anglicana, eles cumpriram fielmente a vocação dada por Deus.
Vinho Novo:
o viver no Espírito
“Aprouve
a Deus derramar Seu Espírito em todas as partes, tanto na Inglaterra como na
Irlanda, e de uma maneira tal que nunca sequer vimos antes, pelo menos nestes
últimos vinte anos.”[3]
(Wesley)
A
experiência de 24 de maio de 1738 trouxe a Wesley a segurança da salvação, mas
a experiência do poder de Deus, na madrugada da vigília iniciada, no dia 3l de
dezembro do mesmo ano, trouxe a Wesley profunda reflexão sobre o derramar do
Espírito Santo.
“Tais
demonstrações da obra do Espírito levaram Wesley a refletir sobre sua própria
condição e, em poucos dias, teve novamente uma oportunidade de escrever notas
de autorreflexão.”[4]
A ação do
Espirito Santo passou a fazer parte da vida diária de Wesley. Em 1749, ele
registrou em seu Diário: “Preguei (como de costume), às cinco horas e às
quinze, com convicção e poder do Espírito.”[5]
O Espírito
Santo na visão de Wesley era “uma presença viva, ativa, ‘pessoal’ que entra em
uma amizade interpessoal intima com o homem (...).”[6]
Wesley restaurou a doutrina do Espírito Santo em seu tempo. Era um tempo
do Cessacionismo: “O cessacionismo é a visão de que os "dons
milagrosos" de línguas e cura cessaram, ou seja, que o fim da era
apostólica trouxe um fim aos milagres associados a esse período. A maioria dos
cessacionistas creem que, embora Deus possa e ainda faça milagres hoje, o
Espírito Santo não mais usa indivíduos para realizar sinais miraculosos”.[7]
Era uma crença geral no século XVIII. “É importante notar antes de tudo
o cessacionismo (a crença de que os dons cessaram depois que os apóstolos
morreram), foi generalizada durante o tempo de Wesley, apesar da falta de
evidências bíblicas para esta posição. Portanto, Wesley foi um dos
precursores ao declarar a necessidade de que os dons sobrenaturais de Deus
sejam vivenciados hoje. Wesley acreditava que não era possível apenas
que as pessoas em seu tempo falassem em línguas e experimentassem os outros
dons milagrosos do Espírito Santo, mas que era necessário!”[8]
Ele afirmou: "Não parece que esses dons extraordinários do Espírito
Santo fossem comuns na Igreja por mais de dois ou três séculos ... A causa
disso não era porque não havia ocasião para eles porque todo o mundo se tornou
cristão. A verdadeira causa foi [que] "o amor de muitos", quase
todos os cristãos, assim chamados, estavam "gelados". Esta era a
verdadeira razão pela qual os dons extraordinários do Espírito Santo já não se
encontravam na Igreja cristã, porque os cristãos voltaram a ser pagãos e só
restavam uma forma morta”.[9]
A ação e o poder do Espírito passaram a fazer parte da vida e ministério
e Wesley. Em 1739, Wesley escreveu alguns versos num volume de Hinos e Poemas
Sagrados onde ele revela sua necessidade do poder do Espírito Santo e do amor
de Deus:
“(...) Senhor, fortifica-me com o poder do Teu Espírito,
Posto que sou chamado pelo Teu grande nome
Em Ti todos os meus pensamentos errantes se unem,
De todas as minhas obras seja Tu o alvo;
O Teu amor me assista toda a vida
E a minha única ocupação seja o Teu louvor (...)”. [10]
Segundo o historiador metodista Richard Heitzenhater, tais experiências
levaram Wesley a autorreflexão e a registrar que tinha dúvidas sobre si em
relação ao amor, paz e alegria. Em sua avaliação, o cristão é alguém que tem o
fruto do Espírito. Nesse sentido, ele não se considerava um cristão. [11]
Após longa experiência com as pregações e com as sociedades metodistas,
seu conceito, em 1761, era: “(...) onde não se encontra o poder de Deus, o
trabalho enfraquece.” [12]
Multidões vinham ouvir as pregações dos metodistas. Em 20 de maio de
1752, Wesley registrou em seu Diário: “Preguei em Beddick a grande multidão de
Coliers (mineiros de carvão), ainda que chovia durante a pregação.” [13]
A teologia e os métodos de Whitefield e Wesley passaram a ser atacados
pela imprensa local, mas o pai de Metodismo passou a ter consciência de que
Deus o havia chamado para pregar além das fronteiras da paróquia.[14]
As sementes do avivamento estavam brotando no meio do povo chamado
metodista de uma forma que Wesley e os primeiros metodistas não haviam pensado
ou experimentado antes. Com o avivamento, muita gente simples do povo passou a
frequentar as sociedades metodistas.[15]
Wesley e os metodistas foram chamados de entusiastas,[16] ou seja, pentecostais, para os dias de hoje.
Wesley não aceitava essa acusação. Ele orava a Deus para livrar as pessoas dos
gritos, que revelavam que sua alma estava em profunda agonia.[17]
O vinho novo não cabia na estrutura e doutrina anglicana.
Certa vez, Wesley foi impedido de pregar em Epworth e o pastor local
pregou um sermão o acusando de entusiasta.[18] Foi preciso um odre novo. Alguém convidou
Wesley para voltar ali e pregar às 6 horas da manhã. Ele ficou no lado oriental
do templo, sobre o túmulo do seu pai e pregou durante uma semana no mesmo
lugar.
“Neste local, algumas vezes, sua voz era abafada pelo choro e
clamor dos ouvintes e diversos caíram como se estivessem mortos. Ele disse: Meu
pai trabalhou aqui durante quase 40 anos; mas houve pouco fruto. Eu sofri
também entre este povo, e parecia que os meus esforços eram feitos em vão, mas
os frutos aparecem agora.”[19]
Os que eram alcançados pelo mover do Espírito Santo estavam dependentes
de Deus: o povo simples, sofrido, que vivia miseravelmente. Eram os mineiros,
os criados, os tecelões desempregados, as crianças pobres, etc. Eles
experimentaram a graça de Deus e eram transformados.[20]
Para Wesley: “O mesmo Espírito que conduz o pecador arrependido a Cristo
e lhe permite confessar ´Jesus é Senhor´ (1Co 12.3) faz-nos não
apenas andar uniformemente co mo Cristo andou (1Co 11.1) como também ter o
mesmo sentimento que nele houve, a saber, o de esvaziar-se a si mesmo e
identificar-se com a nossa humanidade, nossa miséria,
nosso pecado e nossas contradições, a fim de nos remir (...).”[43]
Em 10 de julho de 1767, Wesley mostra em seu Diário que a manifestação
do Espírito acontecia também pela oração. Deus não era indiferente ao clamor
dos metodistas: “(...) Deus respondeu às nossas orações. Parecia que as portas
do céu foram abertas.”[21]
Poder dominador da graça salvadora
Para Wesley,
o Espírito Santo pode vir sobre as pessoas “como uma torrente enquanto
experimentam o poder dominador da graça salvadora (...). Mas Ele opera em
outros de maneira muito diferente: Ele exerce a sua influência de maneira
delicada, refrescante como o orvalho silencioso.” [22]
Em algumas ocasiões, como em 9 de outubro de 1768, as orações eram
incessantes para Deus manifestar sua graça. Havia uma certeza de que Deus era
poderoso e misericordioso para os atender: “(...) não cessaram de clamar a Deus
enquanto não foram atendidos. Deus lhes transbordou o coração de alegria.”[23]
Wesley descreveu a mudança que o Espírito do Senhor realizou em suas
vidas e, consequentemente, nas fábricas: “Não mais impudicícia ou profanação
foram encontrados, pois Deus havia colocado uma nova canção em seus lábios, e
as blasfêmias se transformaram em louvor.”[24]
Diversos metodistas experimentaram o poder do Espírito. Wesley, como
cita a madame Guyon: “Creio que ela não era somente uma boa mulher, mas até
mesmo virtuosa em grau eminente, profundamente consagrada a Deus e muitas vezes
favorecida por comunicações extraordinárias com o Espírito Santo.” [25]
Alguns dons do Espírito Santo eram evidenciados no meio do povo
metodista. João Wesley dizia que o dom de curar é um dom que havia sido
destinado a permanecer na Igreja.[26] Ele dizia também que Deus dava sonhos
divinos, êxtases e visões para fortalecer e animar aos que creem.[27]
Pentecoste era uma expressão utilizada por Wesley para falar da vinda do
Espírito Santo. Apesar de toda a ação Espírito que acontecia, ele declarou em
1762: “O dia de Pentecostes não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido
que venha (...).”[28]
O progresso da obra missionária foi um fruto reconhecido por Wesley que
revela a chegada do Pentecoste. Ele sabia que o Espírito poderia realizar
coisas maiores. Neste mesmo ano, Wesley disse: “Nosso Pentecoste
finalmente chegou’, disse em 1762, ao contemplar os progressos da obra
missionária. Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades
testificaram que foram libertos de todo pecado. Em Liverpool, a sociedade
passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição.”[29]
O avivamento era resultado do trabalho espiritual que as sociedades
desenvolviam na busca da perfeição cristã. O avivamento havia começado mesmo em
1761 e o objetivo era buscar a santidade.
“O grande avivamento que apareceu no âmbito das
sociedades em 1761 era a melhor prova de que elas levavam muita a sério essa
missão”.[30]
Wesley estava feliz com o que presenciava. Era o coroamento de todo um
trabalho. Ele disse: “Aprouve a Deus derramar Seu Espírito em todas as partes,
tanto na Inglaterra como na Irlanda, e de uma maneira tal que nunca sequer
vimos antes, pelo menos nestes últimos vinte anos.”[31]
O avivamento em Dublin foi o mais notável para Wesley. Teve início com
um pregador chamado João Manners, pessoa singela e sem eloquência, mas que
parecia destinada a essa obra. João Wesley descreveu o que viu: “Essa gente
está tomada pelo fogo divino; nunca presenciei dias como o domingo passado.
Enquanto orava na sociedade, o poder de Deus tomou conta de nós completamente,
e alguns exclamavam em voz alta, ‘Senhor, já posso crer.” [32]
Wesley presenciou a chama do avivamento não somente entre os jovens e
adultos, mas também entre as crianças por volta do ano de 1781.[33] Em Epworth, a industrialização havia instalado
quatro fábricas de fiar e tecer. Diversas crianças foram empregadas. Algumas
delas entraram por acaso em uma reunião de oração e foram tocados no coração.
“Alguns deles entrando por acaso em uma reunião de oração foram tocados
no coração. Seus esforços entre os companheiros mudaram então as condições em
três fábricas.”[34]
Wesley restaurou a doutrina do Espírito Santo que sempre foi essencial
ao movimento metodista.
O Espírito Santo fazia parte do vinho novo que Deus derramou sobre a
Grã-Bretanha no século XVIII.
Vinho Novo: a graça de Deus
Graça é a presença de Deus para criar, curar, perdoar, reconciliar e
transformar os corações humanos, comunidades e toda a criação. Onde quer que
Deus esteja presente, há graça!
A generosidade ou favor de Deus: seu favor gratuito e imerecido
John Wesley definiu a graça como a generosidade ou
favor de Deus: seu favor gratuito e imerecido, ... o homem não tendo direito à
menor das suas misericórdias.
Citando Wesley, o bispo Kenneth L. Carter disse que, foi a graça livre
que 'formou o homem do pó da terra e soprou em ele uma alma vivente ', e
estampou naquela alma a imagem de Deus, e' pôs todas as coisas debaixo de seus
pés '. ... Pois não há nada que sejamos, ou tenhamos, ou façamos, que possa
merecer a mínima coisa das mãos de Deus." [35]
Graça é a presença de Deus para criar, curar, perdoar, reconciliar e
transformar os corações humanos, comunidades e toda a criação. Onde quer que
Deus esteja presente, há graça![36]
A salvação não é pelo esforço humano.
Os que eram alcançados pelo mover do Espírito Santo estavam dependentes
de Deus: o povo simples, sofrido, que vivia miseravelmente. Eram os mineiros,
os criados, os tecelões desempregados, as crianças pobres, etc. Eles
experimentaram a graça de Deus e eram transformados. [37]
Em algumas ocasiões, como em 9 de outubro de 1768, as orações eram
incessantes para Deus manifestar sua graça. Havia uma certeza de que Deus era
poderoso e misericordioso para os atender: “(...) não cessaram de clamar a Deus
enquanto não foram atendidos. Deus lhes transbordou o coração de alegria.”[38]
Nisto tudo vemos que o metodismo foi uma expressão dinâmica da
espiritualidade, em seu início, onde a ação do Espírito Santo foi fundamental:
“A expressão de uma espiritualidade dinâmica pessoal e comunitária. A plenitude
da manifestação do Espírito na vida da pessoa e da comunidade testifica o lugar
fundamental do Santo Espírito no movimento. Ele não seria apenas o Consolador,
mas o Sustentador, o Fortalecedor, o Inspirador, o que nutria todos no caminho
da verdade, o que possibilitaria a experiência da graça, o recebimento do dom e
o frutificar da nova vida.”[39]
A graça e o amor de Deus
João Wesley disse: “Logo que cremos, amamos
a Deus...”; “nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”.[40]
Esse amor é apenas o início, pois há uma medida maior do amor de Deus
para recebermos.
O amor de Deus derramado em nossos corações, segundo Romanos 5.5, “é um
dom transformador - produz amor por Deus e pelos outros”.[41]
“Wesley descreve o amor de Deus derramado em
nossos corações como um tesouro celestial em um vaso de barro. ‘Esse tesouro
produz nossa felicidade duradoura.”[10]
Um
presente transformador
Para Wesley, Romanos 5:5
revela o amor de Deus como um presente transformador: “É o dom de experimentar
o amor de Deus por si mesmo. Esse dom é recebido pela fé como evidência da
relação filial justificada de alguém com Deus. Este presente é a fonte de
nosso amor por Deus e pelos outros, quando respondemos ao amor de Deus com
gratidão. [42]
A
graça deve ser buscada
Em 1749, em Dublin, Wesley escreveu em seu diário:
“À tarde e novamente à noite (em nosso próprio jardim),” disse Wesley, “preguei
sobre "Subamos corajosamente ao trono da graça, para que possamos obter
misericórdia e encontrar graça para ajudar em tempo de necessidade" (Hb.
7:25). [43]
Não podemos ficar de braços
cruzados esperando um milagre vir dos céus.
Quem quer receber a graça
deve buscá-la pela oração, dizia Wesley, apontando a referência onde Jesus
ensinou tal coisa, em Mt 7.7-8 e Mt 13.46. Ele insiste que Jesus ensinou a
pedir a presença do Espírito em oração [Lc 11.13].
Wesley também lembra que a
oração pode pedir a sabedoria divina (Tg 4.2) e acrescenta: “Mas peça com fé,
do contrário, não pense que você receberá qualquer coisa do Senhor.[44]
A graça de Deus é livre em
todos e livre para todos
Wesley afirmou que a “A graça de Deus é livre em
todos e livre para todos”.[45]
Para Wesley, a graça não é irresistível. Para
ele, Deus deixa ao ser humano a possibilidade de aceitar ou rejeitar a graça.[46]
Segundo João Wesley, o que o ser humano fizer
para a sua salvação não é a causa, mas sim o efeito da graça de Deus,
A ação da graça de Deus não força, mas assiste
e capacita o ser humano.
“A graça de Deus precede a todo conhecimento e
decisão humana. Esta é a base da mensagem paulina da graça.”[47]
A influência da graça preveniente é o primeiro
passo na vida do homem no caminho para a salvação. A graça salvadora precede a
todo esforço e a toda ação humana.[48]
Paulo disse aos filipenses: “Sendo assim, meus
amados, como sempre obedecestes, não somente na minha presença, porém muito
mais agora na minha ausência, colocai em prática a vossa salvação com
reverência e temor a Deus, pois é Deus quem produz em vós tanto o querer como o
realizar, de acordo com sua boa vontade. Fazei tudo sem murmurações nem
contendas” (Fp 2.13-14).
A ação da Trindade na
concessão da graça
- A graça preveniente corresponde a ação de
Deus como Criador;
- A graça justificante, à ação redentora de
Jesus Cristo;
- A graça santificante, à ação do Espírito
Santo.[49]
Os meios de graça
Para Wesley, os meios de graça são oferecidos
como auxílios divinos para a diagnose e para a cura total.
Nele, as pessoas podem encontrar diretrizes e
são despertados como auxílios divinos:
- “A pregação que fala no coração; leituras da
Bíblia e de livros que os levam a entende-la; tentativas iniciais de orar por
próprio impulso e a comunhão com homens que ensinam, pelos seus exemplos, como
abrir seu próprio coração a Deus em oração; participação na santa ceia – tudo
são passos que levam os homens a encontrar o caminho para Deus”.[50]
Os meios de graça também nos ajudam no nosso
crescimento espiritual.
“Wesley prescreveu algumas maneiras de nos
colocarmos em posição de receber uma graça santificadora de Deus. Esses ‘meios de graça’ são coisas que fazem para crescer em direção à ‘santidade de coração e
vida’, como Wesley chamou de fé madura”. [51]
“Pela graça de Deus, não
sinto mais as enfermidades da velhice do que aos vinte e nove”
Wesley atribuía as bênçãos em
sua vida à graça de Deus. Na quinta-feira, 28 de junho de 1781, ele disse:
“Preguei às onze, na rua principal em Selby, para uma grande e tranquila
congregação, e à noite em Thorne. Este dia eu entro nos meus setenta e nove anos,
e, pela graça de Deus, não sinto mais as enfermidades
da velhice do que aos vinte e nove. Sexta-feira, 29. Preguei em Crowle e em
Epworh. Já preguei três vezes por dia durante sete dias seguintes, mas é como
se tivesse sido uma vez”. [52]
Vinho Novo: a santidade
: “(...) é aquele em que existe a mente que houve em Cristo e que anda
como Cristo andou; um homem que tem as mãos limpas e um coração puro, que foi
lavado de todas as impurezas da carne e do espírito; aquele que não é motivo de
tropeço para os outros, e aquele que de fato não comete pecado. A sua alma é
realmente todo amor, cheia de entranhas de misericórdia, bondade, magnanimidade
e tolerância. A sua vida está de acordo com estas qualidades, cheias das obras
da fé, da paciência, da esperança e das obras do amor”.[53]
(João Wesley)
Wesley entendeu que Deus concedeu a
santidade como um “depositum” ao metodismo. Para ele, a perfeição cristã era o
"depositum" que Deus havia entregue aos metodistas como sua
responsabilidade especial. Nesse sentido, o metodismo era um odre novo.
Wesley iniciou sua busca pela santificação por
volta do ano de 1725. Neste ano, ele leu alguns livros sobre este assunto: “O
viver santo e o morrer santo” (Jeremias Taylor) e “A imitação de Cristo” (Tomás
de Kempis).
Disse Wesley: “Desejo entregar-me a Deus
de todo o coração. Isto é exatamente o que eu entendo agora perla santificação.
Eu a busquei desde aquela hora”.[54]
Por volta de 1727, ele leu os livros
“Perfeição Cristã” e o “Chamado Sério” (William Law).
Wesley registrou em seu diário: “(...) resolvi
explicitamente ser devotado inteiramente a Deus de corpo, alma e espírito”.[55]
No ano de 1733, Wesley publicou: “Coletânea de
formas de oração”. Diz ele: “Falei explicitamente em dar totalmente o coração e
a vida a Deus. Esta foi, então, como é agora, a minha ideia a respeito da
perfeição”.[56]
Não somente nos livros, porém, Wesley teve
fundamentado o seu entendimento sobre a santificação. Ele encontrou na Bíblia
bastante base para a sua compreensão sobre este tema. Entre os textos bíblicos,
estão estes:
Mateus 5.48: “Sede vós perfeitos como é
perfeito o vosso Pai que está nos céus”.
Hebreus 12.14: “Se, e ao amor fraternal a
caridade”.
Este texto da epístola me Pedro “se tornaria a chave para Wesley na sua
compreensão da natureza da santidade, a saber, a progressiva, a coparticipação
da natureza divina”.[57]
Wesley, apesar do Clube Santo, apesar de ser
pastor anglicano, não se considerava um cristão, no verdadeiro sentido da
palavra, antes de 1738.
Em seu diário, antes da experiência do coração
aquecido, ele diz: “Encontrei-me de novo com Pedro Bohler, que me surpreendeu
mais e mais com a explicação que me deu a respeito dos frutos das fé viva, a
santidade e a felicidade que ele afirmou acompanham tal fé”.[58]
Pedro Bohler havia convencido Wesley de que
ele não tinha uma fé real. Mais tarde Wesley diria: “Por um cristão quero dizer
alguém que crê em Cristo der tal maneira que o pecado não mais tenha domínio
sobre ele; e neste sentido obvio da palavra, eu não era um cristão antes de 24
de maio próximo passado”.[59]
Para Wesley, “os cristãos são santos...amam a
Deus...são humildes...são servos...tem a mente que havia em Cristo”.[60]
João Wesley
utilizou algumas expressões bíblicas para explicar o que é a perfeição cristã,
dentre elas, santidade, circuncisão do coração, inteira santificação e
perfeição em amor.
Ele
explicou e fundamentou o que ele entendia por circuncisão do coração pregando
na Universidade, na Igreja de Santa Maria 1º de janeiro de 1733.
Ele disse:
“Em 1º de janeiro de 1733, preguei na Universidade, na Igreja de Santa Maria
(Oxford), sobre “a circuncisão do coração” [Deuteronômio 30: 6; Romanos
2:29; cf. Deuteronômio 10:16; Jeremias 4: 4]; um relato que
fiz nestas palavras:
“É aquela
disposição habitual da alma, que nas escrituras sagradas é
denominada santidade e que implica diretamente ser purificado do
pecado; de toda imundície tanto da carne quanto do espírito; e, por
consequência, o ser dotado daquelas virtudes que estavam em Cristo
Jesus; ser tão “renovado na imagem de nossa mente” [Efésios 4:23], a ponto
de ser “perfeito como nosso Pai que está nos céus é perfeito” [Mateus 5:48.][61]
No livro,
“Um relato claro da perfeição cristã”, ele continuou a explicar no sermão
“circuncisão do coração”:
No mesmo
sermão que observei, “O amor é o cumprimento da lei” [Romanos 13:10],
“o fim do mandamento” [ 1 Timóteo 1: 5 ]. Não é apenas o primeiro e
grande mandamento [Mateus 22:38], mas todos os mandamentos em um: “Tudo o que é
justo, tudo o que é puro, se houver virtude, se houver louvor” [Filipenses 4:
8], todos eles estão incluídos nesta palavra, amor. Nisso está
perfeição, glória e felicidade! A lei real do céu e da terra é esta: “Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua
mente e de todas as tuas forças” [Marcos 12:30; Lucas 10:27; cf. Deuteronômio
6: 5]. O único bem perfeito será o seu fim último. Uma coisa desejareis por si
mesma - a fruição d'Aquele que é tudo em todos. Uma felicidade que vocês devem
propor a suas almas, sim, uma união com Aquele que as criou; o “ter comunhão
com o Pai e o Filho” [1 João 1: 3]; o ser "unido ao Senhor em um só
espírito" [1 Coríntios 6:17] Um desígnio que vocês devem seguir até o
fim dos tempos - o desfrute de Deus neste tempo e na eternidade. Deseje
outras coisas na medida em que elas tendam a isso: ame a criatura, pois ela
conduz ao Criador. Mas em cada passo que você dá, seja este o ponto
glorioso que encerra a sua visão. Que toda afeição, pensamento, palavra e
ação sejam subordinados a isso. O que quer que desejem ou temam, tudo o
que busquem ou evitem, tudo o que pensem, falem ou façam, seja para sua
felicidade em Deus - o único fim, bem como a fonte, de seu ser.[62]
Mas o que é santificação?
Santificação é o processo para se chegar a um
estado de graça, que Wesley dava vários nomes: perfeição cristã, santidade,
cheio do Espirito, perfeição em amor, inteira santificação e ter a mente que
havia em Cristo.
A santificação se inicia no momento em que a
pessoa é justificada. A regeneração, o novo nascimento não é o mesmo que
santidade. O novo nascimento é o começo da santificação.
Sobre a perfeição cristã, Wesley diz:” (...) é
aquele em que existe a mente que houve em Cristo e que anda como Cristo andou;
um homem que tem as mãos limpas e um coração puro, que foi lavado de todas as
impurezas da carne e do espírito; aquele que não é motivo de tropeço para os
outros, e aquele que de fato não comete pecado. A sua alma é realmente todo
amor, cheia de entranhas de misericórdia, bondade, magnanimidade e tolerância.
A sua vida está de acordo com estas qualidades, cheias das obras da fé, da paciência,
da esperança e das obras do amor”.[63]
Aquele que alcançou a santidade pode dizer:
“Já não sou eu que vive, mas Cristo vive em mim”.
“A compreensão de Wesley sobre a vida
santificada está fortemente ligada à compreensão bíblica do amor (...). Assim,
o que a santificação acaba sendo é um processo de se tornar melhor no amor”.[64]
Duas são as condições básicas para sabermos se
uma pessoa alcançou a inteira santificação: primeiro, deve ter amor a Deus e
aso próximo. Segundo, deve ter a libertação do pecado. Enquanto a pessoa não é
santificada inteiramente, a semente do pecado permanece nele.
Mas, podemos ser salvos de todo o pecado?
Para mostrar que sim, Wesley citava vários
textos bíblicos (Sl 130.8; Ez 36.25-29: Ef5.25-27; Rm 8.3-4).
Para Wesley, a perfeição “é a circuncisão do
coração cortando toda a impureza interior e exterior. É a renovação, no
coração, de toda a imagem de Deus, da completa semelhança com aquele que o
criou”.[65]
Wesley diz mais: “Tanto meu irmão, como eu,
sustentamos que a perfeição cristã é aquele amor a Deus e ao nosso semelhante
que implica em libertação de todo pecado”.[66]
Libertos de todo pecado e tendo o perfeito
amor, voltaremos a ser realmente imagem e semelhança de Deus. Imagem esta que
foi distorcida pelo pecado.
Mas é possível provar isto?
Wesley conheceu em suas Sociedades várias
pessoas que haviam alcançado a santidade. “Eis os procedimentos de uma senhora
que a alcançou:
· Trabalhava para os pobres;
· Tinha ardente amor;
· Tinha grande alegra;
· Estava pronta para morrer;
· Não gostava de faltar aos cultos;
· Sentia que a sua vontade era a vontade de Deus”.[67]
A santidade, então, para Wesley não é algo que
nos leva ao isolamento do mundo. Não é viver dentro de um mosteiro, nem no
“Monte da Transfiguração” ou dentro das quatro paredes da Igreja. Perfeição
cristã é libertação do pecado e amor em ação! Wesley a resume assim: “É o amor
que exclui o pecado; amor que enche o coração”.[68]
Nós fomos criados à imagem e
semelhança de Deus (Gn 1.26-27).
“Em seu sermão 'O Novo Nascimento' ... João
Wesley três frases para marcar essas dimensões de ser criado à imagem de
Deus: imagem natural (somos seres humanos espirituais com
liberdade de vontade); imagem política (somos governantes
do mundo criado e nos relacionamos com os outros); e imagem moral (pretendemos
ser santos e justos).
Esta imagem perfeita, este reflexo
ininterrupto de Deus, foi destruída pelo pecado humano. Foi necessária a
perfeição de Jesus Cristo para restaurar a imagem”.[69]
Odres novos: sociedades,
classes e bands
O vinho novo de Deus significou para os
metodistas no tempo de Wesley, especialmente, viver no Espírito
Santo, estar debaixo da graça de Deus e a alcançar o perfeito amor.
No século XVIII, o vinho novo precisava de
odres novos para que todo esse vinho pudesse ser desfrutado. Não era possível
na estrutura anglicana beber do vinho novo.
Wesley, então, estabeleceu as sociedades, as
classes e as bands.
Depois da experiência do coração aquecido,
Wesley passou a ter um ministério extraordinário, mesmo enfrentando toda sorte
de oposição e lutas. Não poderia ser diferente, pois ele estava dentro do
chamado extraordinário de Deus para a obra que o metodismo deveria
realizar.
Wesley passou a viver a fé liberta do medo e
da dúvida. Segundo o professor Duncan A. Reily, ele realmente recebeu esta
espécie de fé no dia 24 de maio de 1738.[70]
“Além do ministério ordinário para o qual
Wesley foi chamado por Deus, e que ele foi autorizado a cumprir pelos bispos da
igreja Anglicana, na Inglaterra, ele recebeu o chamado para um ministério
extraordinário para espalhar a santidade bíblica através da terra por meios das
sociedades metodistas. Wesley se sentiu chamado por Deus para exercer
supervisão espiritual sobre essas sociedades. Esta autorização extraordinária
foi selada pelo fato de que a obra de Wesley deu frutos na salvação dos
homens”.[71]
O ministério de Wesley passou a ser intenso,
dinâmico e aberto ao mover do Espírito Santo.
“Mas foi Wesley o organizador, administrador e
ordenador mais enérgico e hábil. Conseguiu combinar nas proporções exatas de
democracia e disciplina, doutrina e emotividade (...).”[72]
As sociedades
As sociedades religiosas foram iniciadas na
Inglaterra por Anthony Horneck (1641-1697). Ele era um clérigo alemão
protestante que se mudou para a Inglaterra. “Ele estudou teologia em Heidelberg
e chegou à Inglaterra por volta de 1661. Em 1663 foi nomeado membro do Queen's
College, Oxford e vigário de All Saints, Oxford, em 1664”.[73]
Anthony foi um pietista fervoroso, anglicano
comprometido, pregador e um reformador.[74]
“Ele pregou a salvação. Ele evitou disputas
sobre coisas não essenciais. Mais significativamente, ele organizou sociedades
religiosas de almas despertas a partir de 1678”.[75]
A sociedade metodista
Wesley precisou organizar as sociedades
metodistas para ter um odre novo.
Wesley tinha um cuidado com os que
participavam da sociedade. Os membros da sociedade receberam bilhetes
trimestrais de Wesley ou de seus ministros, “desde que não tivessem perdido
mais de três reuniões de classe durante o trimestre anterior. Isso levou à sua
participação regular e ativa e forneceu uma maneira indolor de se livrar dos
membros que violaram as regras. Geralmente acontecia se alguém não queria
melhorar e corrompia o grupo; contanto que ele tivesse uma centelha de vida
espiritual, ele raramente era excluído. O próprio Wesley prestou muita atenção
às suas sociedades; ele não era apenas um gênio organizador, mas também se
importava com detalhes”.[76]
Sociedade em Oxford
Os metodistas de Oxford descobriram que a
única maneira deles manterem vivo o seu zelo e a espiritualidade era se reunir
com frequência juntos. [77]
A sociedade de Oxford teve início no fim do
inverno de 1729/30 quando Bob Kirkham começou a se encontrar com João Wesley,
Carlos Wesley e Morgam regularmente.
Organizaram o Clube Santo e foram chamados de
metodistas.
Sociedades na América
Como missionário, na América, em 1735, João
Wesley investiu em criar sociedades com as pessoas mais comprometidas da
congregação. O objetivo foi desenvolver a vida espiritual.
Wesley organizou duas pequenas sociedades
procurando seguir o exemplo da sociedade (Clube Santo) de Oxford,
Inglaterra.
Em Frederica. Em 10 de junho de 1736, Wesley começou a ter reuniões similar ao que
fazia em Oxford, no Clube Santo. Passava algum tempo com os mais comprometidos
cantando, lendo e conversando.
Em Savannah. Wesley estabeleceu um pequeno grupo com dias fixos em
Savannah.
Diante das dificuldades iniciais, Wesley
entendeu que precisava ver novas formas para ser útil ao pequeno rebanho de
Savannah.
No dia 11 de abril de 1735, eles concordaram e
formar “uma espécie de pequena sociedade, e reunir-se uma ou duas vezes por
semana, a fim de repreender, instruir e exortar uns aos outros. 2. Selecionar
destes um número mais reduzido para uma união mais intima uns com os outros,
que poderia ser encaminhada, em parte por conversarmos individualmente com cada
um e em parte por convidá-los por completo para a nossa casa; e isso, portanto,
decidimos fazer todos os domingos à tarde”.[78]
Sociedade de Fetter-Lane
Na Inglaterra, o líder moraviano Pedro
Bohler organizou no dia 1º de maio de 1738 (antes da experiência de Wesley) a
Sociedade de Fetter Lane, Londres.
João Wesley e John Hutton participaram da
organização da sociedade. As regras tinham o objetivo de proporcionar saúde espiritual.
Quando Bohler foi embora deixou Wesley na liderança da sociedade.
Sociedade em Londres
O crescimento das sociedades, bandas e classes foi notável.
“Em 1742, uma Sociedade em Londres tinha 426
membros, que foram divididos em 65 classes. Dentro de dezoito meses, essa mesma
Sociedade tinha 2200 membros, todos os quais eram membros de uma Reunião de
Classe!”[79]
Bands
Uma função central da banda era o que Wesley chamou de "conversa
próxima".[80]
Band foi um modelo para tornar os discípulos perfeitos. Foi o local
ideal para se buscar a santidade do coração.[81]
Os bands eram pequenas companhias criadas para levarem os metodistas ao
perfeito amor.
Os bands foram importantes no processo de formação da organização
metodista.[82]
“Além das reuniões da Sociedade e da Classe, bandas de cerca de cinco
pessoas do mesmo sexo e estado civil se reuniram para confessar pecados e lutas
específicas uns aos outros. Estima-se que cerca de 1 em cada 4 metodistas
participavam regularmente de uma banda”.[83]
As principais atividades dos bands “eram a confissão e a oração; o alvo
deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o
modelo morávio; havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).”[84]
As Classes
A reunião
de Classe foi “a unidade instrucional mais influente do metodismo
e, provavelmente, a maior contribuição de Wesley para o crescimento espiritual”[85]
Havia um propósito para as reuniões de
classe.
Seu objetivo principal “era a santidade
pessoal. A Reunião de Classe serviu como um lugar onde as 6–12 pessoas
reunidas puderam ser honestas sobre sua condição e receber exortação amorosa e
encorajamento em suas batalhas. Ele forneceu um fórum onde todos foram
recebidos em um ambiente de aceitação. Eles compartilhariam sobre a experiência
da semana anterior, agradeceriam a Deus pelo progresso e honestamente
compartilhariam seus fracassos, tentações ou batalhas internas”.[86]
Com mais detalhes e com momentos históricos,
resumimos um pouco sobre o seu princípio e desenvolvimento, as lutas e as
vitórias.
O início
Wesley percebeu que alguns metodistas estavam
se esfriando na fé e algo precisava ser feito. “A reunião de classe wesleyana
surgiu em Bristol no início de 1742, um pouco por acidente. Wesley estava cada
vez mais preocupado com o fato de que muitos metodistas não viviam o evangelho;
"vários esfriaram e deram lugar aos pecados que há muito os afligiam
facilmente." (Obras, 77-78) Claramente, algum mecanismo para exercer a
disciplina era necessário (...).[87]
Para atender uma dívida
Para atender à dívida da casa de
pregação em Bristol, a sociedade de lá (agora com mais de 1.100) foi dividida
em ‘classes’ de uma dúzia cada. Os líderes foram nomeados para garantir
contribuições semanais para a dívida, e Wesley, sendo Wesley, pediu aos líderes
que também ‘fizessem uma investigação particular sobre o comportamento daqueles
que ele via semanalmente’. (Obras, 9:261) Isso proporcionou a oportunidade de
exercer disciplina”.[88]
Tudo começou na segunda-feira,
15 de fevereiro de 1742. Wesley escreveu em seu diário: “Muitos se reuniram
para consultar sobre um método adequado para quitar a dívida pública; foi
finalmente acordado 1) que cada membro da sociedade, que fosse capaz, deveria
contribuir com um centavo por semana; 2) que toda a sociedade deve ser dividida
em pequenas companhias ou classes – cerca de doze em cada classe; e 3) que uma
pessoa em cada classe deve receber a contribuição do resto e trazê-la para os
mordomos semanalmente”.[89]
Mais tarde, o método foi usado
em Londres e em todos os outros lugares.
Estabelecendo as classes em
Londres
Na quinta-feira, dia 25 de março
de 1742, Wesley decidiu estabelecer as classes em Londres, depois de muita
conversa: “Designei vários homens sérios e sensatos para me encontrar, a quem
mostrei a grande dificuldade que há muito encontrava em conhecer as pessoas que
desejavam estar sob meus cuidados. Depois de muita conversa, todos concordaram
que não havia melhor maneira de chegar a um conhecimento seguro e completo de
cada pessoa do que os dividir em classes, como as de Bristol, sob a inspeção
daqueles em quem eu mais podia confiar. Esta foi a origem de nossas classes em
Londres, pelas quais nunca poderei louvar suficientemente a Deus; a utilidade
indescritível da instituição desde então tem sido cada vez mais manifesta”.[90]
Uma ferramenta crucial
Logo a reunião de classe
metodista se “transformou em muito mais do que uma campanha capital. Tornou-se
uma ferramenta crucial para capacitar os metodistas a "vigiar uns sobre os
outros em amor", para apoiar e encorajar uns aos outros em suas vidas com
Deus. De fato, John Wesley achava que a supervisão e o apoio que a reunião de
classe fornecia eram tão importantes que se tornaram um requisito para a adesão
a uma sociedade metodista. Ser metodista
significava que você estava envolvido em uma reunião de classe semanal”.[91]
Classe, um modelo para fazer discípulos
As
sociedades organizadas no metodismo dividiam os membros em classes, que eram
agrupadas geograficamente e continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta
de 1742, a Sociedade de Londres tinha mais
de mil membros.
Wesley orientou como as pessoas
deveriam se agrupar: “Para que se possa discernir mais facilmente se
estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos
menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12
pessoas em cada classe sendo uma delas indicada para ser o líder.” [92]
David Lowes Watson, no seu livro Discipulado
Responsável, um moderno manual sobre o sistema de classes, escreve:
"Foi uma reunião semanal, uma subdivisão da sociedade, em que os membros
eram obrigados a prestar contas uns aos outros de seu discipulado, e, assim,
para sustentar um ao outro em seu testemunho”.[93]
Cada metodista pertencia a uma classe. A
reunião era uma partilha da experiência pessoal da semana passada. Eles
aprenderam com isso a terem autoconfiança e a capacidade de falar em
público.
A classe foi um lugar para serem aceitas todas
as pessoas de diferentes origens sociais.[94] Todas
as pessoas confessavam as suas falhas e buscavam a salvação e a
santificação.
“Em 1760 havia 20.000 indivíduos nas classes.
Em 1790, esse número mais que dobrou para mais de 53.000. Assim, da população
total da Inglaterra e País de Gales de 8.216.096, aproximadamente 6,5% faziam
parte da sociedade metodista em uma classe ou banda”.[95]
Wesley escreveu como uma pessoa era admitida
na classe e na Sociedade: Qualquer pessoa determinada a salvar a sua alma podia
ser unida com os metodistas (esta é a única condição necessária). Mas esse
desejo devia ser comprovado por três marcas: evitar todo o pecado conhecido,
fazer o bem e atender todas as ordenanças de Deus.
A pessoa era então colocada em uma classe que
fosse conveniente para ela onde passava cerca de uma hora por semana. E no
próximo trimestre, nada se opondo, seria admitida na Sociedade.
A disciplina era fundamental no movimento
metodista. “Wesley não hesitou em expulsar alguém da sociedade, se eles não
estavam seguindo o Senhor de todo o coração. Wesley sabia a condição de cada
membro através da prestação de contas da classe.”[96]
Em uma sociedade, em 1743, ele excluiu alguns
membros: “Dois por causa de blasfêmia. Dois por profanar o Dia do Senhor.
Dezessete por embriagues. Dois por vender bebidas alcoólicas. Três por briga.
Um por bater na esposa. Três por contar mentiras habitualmente. Quatro por ter
ralhado e falado mal de outros. Um por preguiça e vadiação. E vinte e nove por
mundanismo e leviandade.”[97]
"As classes serviram como uma ferramenta
evangelística (a maioria das conversões ocorreu neste contexto) e como um
agente de discipulado”.[98]
Nos pequenos grupos de Wesley os líderes
compartilhavam “honestamente sobre suas falhas, pecados, tentações, ou batalhas
interiores. Eles foram os modelos para os outros.
As reuniões de classe giravam em torno da
experiência pessoal, não doutrina ou informação bíblica. O amor perfeito foi o
objetivo das reuniões de classe”.[99]
“O propósito das sociedades e classes era
trabalhar a salvação de seus membros (cf. Fil. 2:12) e buscar uma vida santa
("sem a qual ninguém verá o Senhor", Hb 12:14)”.[100]
As classes eram agrupadas geograficamente e
continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta de 1742,
a Sociedade de Londres tinha mais de mil membros.
Wesley orientou como as pessoas
deveriam se agrupar: “Para que se possa discernir mais
facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é
dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências.
Há cerca de 12 pessoas em casa classe sendo uma delas indicada para ser o
líder.”[101]
As classes se diferenciam dos bands: eram
agrupadas geograficamente em vez de serem divididas pela idade, sexo ou estado
civil; elas continham todas as pessoas da sociedade, não apenas aquelas que
voluntariamente se agrupavam.[102]
Classe de meninos e meninas
João Wesley
percebeu a necessidade de colocar os meninos e as meninas da sociedade em
classes. Ainda não havia a Escola Dominical formal nas Igrejas evangélicas da
Inglaterra.
Em 23 de
novembro de 1760, ele disse: “À tarde, designei as crianças para se encontrarem
em Bristol, cujos pais eram da sociedade. Trinta delas vieram hoje, e mais de
cinquenta no domingo e nas quinta-feira seguintes. Cerca de metade delas eu
dividi em quatro classes, duas de meninos e duas de meninas; e nomeei líderes
adequados para encontrá-las separadamente”. [103]
Wesley
fazia questão de se encontrar com elas em reunião.
“Eu os
encontrava todas juntas, duas vezes por semana; e não demorou muito para que
Deus começasse a tocar alguns de seus corações. Na terça e quarta-feira visitei
algumas das sociedades do país”. [104]
[1]
https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/luke-5.html
[2]
https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/matthew-9.html
[3]
LELIÈVRE, Mateo. João Wesley -
Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p.217.
[4] HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o
Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996, 90.
[5] WESLEY, João. Trechos
do Diário de João Wesley. São
Paulo: Imprensa Metodista, 1965, , p.82
[6] STAPLES, Rob L. John Wesley’s doctrine of
the hole Spirit.
https://iliff.instructure.com/courses/1439137/files/.../download?.
[7] https://www.gotquestions.org/portugues/cessacionismo.html
[8]
Andrew Williams. Publicado por Duke Lancaster. John
Wesley e o sobrenatural. http://www.vineyardjackson.org/blog/wesley.
[9] E. H. Sugden. The Standard Sermons of John Wesley'
por Vol. I '. https://www.cai.org/bible-studies/scriptural-christianity-john-wesley.
cf. http://enrichmentjournal.ag.org/201103/201103_000_holy_sp.cfm
[10]
WESLEY, João. Explicação Clara da perfeição Cristã.
São Paulo: Imprensa Metodista, 1984., p.13-4.
[11]
HEITZENHATER,
Richard, Ibidem, p. 90.
[12] WESLEY, João. Trechos do diário de João Wesley, ibidem, p.115.
[13]
Ibidem,
p.73.
[14] LELIÈVRE, Mateo. João
Wesley - Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 86.
[15] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 127.
[16] O Bispo Joseph Butler
foi um dos que chamou os irmãos Wesley e Whitefield de “
entusiastas” (REILY, Duncan Alexander. “João Wesley e o Espírito Santo” em
História, Metodismo, Ibidem, p. 19).
[17]
Ibidem.
[18] Quando havia prática contrária ao ensinamento
bíblico, Wesley não deixava de orientar ou até repreender aos que agiam assim,
mesmo sendo pregadores, como aconteceu com George Bell, que marcou o fim do
mundo para 28 de fevereiro de 1763. Ele acabou deixando o metodismo, juntamente
com Maxfield. Wesley chegou a mandar Bell a parar de falar em línguas
(HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 209-0).
[19] FISCHER, Harold A. Avivamentos que avivam. Ibidem,
p.102.
[20]
HEITZENHATER,
Richard P., Ibidem, p. 90.
[21] WESLEY, João.Trechos do diário de João Wesley, Ibidem, p.99.
[22]
BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo,
Imprensa Metodista, 1965, p.95.
[23] WESLEY, João. Trechos do diário de
João Wesley, Ibidem, p.99.
[24] Ibidem, p.99.
[25]
LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p. 302.
[26]
BAILEY, Keith. Cura Divina. Editora
Betânia, 1988, p. 200
[27]
WESLEY, João. Trechos do Diário de João
Wesley, Ibidem, p. 134.
[28]
WESLEY, João, Ibidem, p.130.
[29]
LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.217.
[30]
LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.216.
[31]
Ibidem, p.217.
[32]
LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.217.
[33]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.
277.
[34]
HEITZENHATER, Richard P.,
Ibidem, p. 277.
[35]
O bispo Kenneth L.
Carder (aposentado)
serviu nas áreas de Nashville e Mississippi. Ele começou sua aposentadoria
em setembro de 2004 como professor da prática de formação pastoral na Duke
Divinity School. Ele agora mora em Chapin, Carolina do Sul, onde atua como
capelão em uma unidade de tratamento de memória. Originalmente publicado
na Intérprete,novembro-dezembro 2016.https://www.resourceumc.org/en/content/a-wesleyan-understanding-of-grace
[36]
Idem.
[37]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.
90.
[38]
WESLEY, João. Trechos do diário de
João Wesley, Ibidem, p.99.
[39]
LEITE, Nelson Luis Campos. As Marcas
Básicas da Identidade Metodista, [s.ed],1993, p.10.
[40]
BURTNER, Robert - CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley. Junta
Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista, 1960, p. 207.
[41]
NASMITH, Ben - https://medium.com/@BNasmith/john-wesley-on-the-love-of-god-shed-abroad-in-our-hearts-9b9c45cf66b3 - As Obras de John Wesley [vol. 2; ed. AC Outler; Abingdon, 1985],
433.
[42] Idem.
[43] https://www.ccel.org/ccel/wesley/journal.vi.viii.i.html
[44]
https://salcultural.com.br/wesleyano/index.php/2019/01/29/os-meios-da-graca-no-pensamento-de-john-wesley/
[45] KLAIBER, Walter –
MARQUARDT, Manfred. Viver a graça de Deus – Um compendio da teologia
metodista. SP, Editeo – Editora Cedro, 1999, p´.238
[46]
Op.cit, p.239.
[47]
Idem.
[48]
Op.cit., p.240.
[49] Op.Cit;241.
[50] Op.cit, p.243.
[51]
https://www.umc.org/en/content/graces-power-over-sin-sanctifying-grace
[52]
https://quod.lib.umich.edu/m/moa/AGV9079.0001.001?rgn=main;view=fulltext.Wesley,
seu próprio historiador. Cincinnati: Hitchcock e Walden. 1870.
[53]
BURTNER, Robert
W. – CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley, SP,
Imprensa Metodista, 1960, pela Junta Geral de Educação Cristã da I.M.B. p. 210.
[54]
WESLEY, João. Trechos
do Diário de João Wesley. São Paulo, Imprensa Metodista p.215.
[55] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. São
Paulo: Imprensa Metodista, 1965, p.215.
[56] Idem.
[57]
REILY, Duncan
Alexander. Expositor Cristão, março;1978, p.11
[58] WESLEY, João. Trecho do Diário de João Wesley.
p.22.
[60] Sermões de Wesley. 2v. São Paulo: Imprensa
Metodista, 1981, p.218.
[61]
https://finestofthewheat.org/plain_account_01/
[62]
https://finestofthewheat.org/plain_account_01/
[63]
BURTNER, Robert
W. – CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley, SP,
Imprensa Metodista, 1960, pela Junta Geral de Educação Cristã da I.M.B. p. 210.
[64] https://wideandhigh.com/blog/2007/09/18/john-wesley-and-sanctification/
[65]
Coletânea da Teologia
de João Wesley, p.211.
[66]
Sermões de Wesley.
Tradutor Nicodemus Nunes. v 2. São Paulo: Imprensa metodista, 1953, p.500.
[67]
CHAVES, Odilon
Massolar. Nossa fé, Nossa Crença. Publicado pela Mecanografia do Instituto
Metodista Bennett, p.46.
[68] WESLEY, João. Sermões. V.II, p.348.
[69]
https://www.umc.org/en/content/ask-the-umc-what-is-meant-by-the-term-image-of-god. Este conteúdo
foi produzido por Ask The UMC, um ministério das Comunicações Metodistas
Unidos.
[70]
WESLEY, João.
Sermões. V.II, p.348.
[71] John C. English. John Wesley and the Principle
of Ministerial Succession.
http://archives.gcah.org/bitstream/handle/10516/1349/M7H-1964-01-%2033-39-%20English.pdf?sequence=1
[72]
THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe
Operária Inglesa. 1 v. Ibidem, p.38.
[73] https://pt.frwiki.wiki/wiki/Anthony_Horneck
[74] https://www.prints-online.com/anthony-horneck-14093440.html
[75]
https://www.ebay.com/itm/313628009849
[76]
BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, ibidem,
p.264.
[77]
http://wesley.nnu.edu/?id=92
[78]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext
[79]
https://holyjoys.org/history-significance-class-meeting/
[80]
https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/
[81]
https://academic.oup.com/book/27734/chapter-abstract/197911662?redirectedFrom=fulltext
[82]
LELIÈVRE,
Mateo. João Wesley, Sua vida e obra. Editora Vida, 1997, p.118.
[83]
https://www.umc.org/en/content/the-method-of-methodism-expands-societies-and-the-new-room
[84]
Existiam diversas
sociedades na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube Santo lideravam
algumas, mas não necessariamente elas eram consideradas metodistas
(HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.103).
[85]https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/.Mark
A. Maddix é professor de Educação Cristã e decano da Escola de Teologia e
Ministérios Cristãos da Universidade Nazarena do Noroeste.
[85]
https://holyjoys.org/wesleyan-class-meeting/
[86]
https://holyjoys.org/wesleyan-class-meeting/
[87]
https://seedbed.com/how-john-wesley-organized-the-revival/
[89]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4
[91] https://kevinmwatson.com/
2010/07/30/the-methodist-class-meeting-for-the-21st-century-the-foundation/
[92]
BURTNER, Robert;
[93]
http://www.disciplewalk.com/files/Joel_Comiskey_Methodist.pdf.
[94]
http://www.nph.com/nphweb//html/ht/article.jsp?id=10008759
[95]
https://scholar.smu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1009&context=theology_ministry_etds
[97]
WESLEY, João Wesley. Trechos do Diário de João Wesley. Traduzido por Paul
Eugene Buyers. Junta Geral de Educação Cristã, 1965, p.41.
[98]
http://www.disciplewalk.com/files/Joel_Comiskey_Methodist.pdf.
[99]
http://www.ncnnews.com/nphweb/html/ht/article.jsp?id=10008759.
[102] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem,
p.104.
[103] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf.
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