Vinho Novo e Odres Novos

no Movimento Metodista

 

Wesley entendeu que o vinho novo não caberia no odre velho anglicano

 

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

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Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia  

Rio de Janeiro - Brasil

 

 

 

Índice

 

·      Introdução

·      Vinho novo para a Grã-Bretanha

·      Vinho Novo: o viver no Espírito

·      Vinho Novo: a graça de Deus

·      Vinho Novo: a santidade

·      Odres novos: sociedades, classes e bands 

  

 

Introdução

 

“Vinho Novo e Odres Novos no Movimento Metodista” é um livro que aborda a afirmação de Jesus: “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. Também não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mt 9.14-17).

O vinho novo dado por Deus no século XVIII, na Grã-Bretanha, incluía a vida no Espírito, a graça de Deus e a santidade.

Foi numa sociedade na rua Aldersgate que Wesley teve a experiência do coração aquecido. Foi numa sociedade, em Londres, que Wesley experimentou o chamado Pentecostes metodista. Foi em Bristol, na rua, que Wesley pregou, pela primeira vez, para multidões e viu fenômenos acontecerem em meio à pregação. Era preciso odres novos para o novo de Deus.

Wesley entendeu que o vinho novo não cabia no odre velho anglicano.

Foi preciso organizar as sociedades, as classes e as bands. E ele aprendeu sobre as bands na visita que fez aos moravianos, na Alemanha.

Foi preciso estabelecer os leigos nas pregações substituindo os pastores.

Apesar de permanecer anglicano até o fim de sua vida, Wesley foi fiel à determinação de Deus que concedeu ao metodismo o “depositum” da santidade.

Foi preciso restaurar a doutrina do Espírito Santo e da santidade e criar uma estrutura adequada ao mover de Deus.

Um livro que nos ajuda a refletir sobre nossas estruturas e do vinho que Deus quer derramar sobre nossas vidas e Igrejas.

 

O Autor

  

 

Vinho novo para a Grã-Bretanha

 

O Movimento Metodista trouxe o vinho novo de Deus para a Grã-Bretanha, no século XVIII.

O vinho novo foi, em especial, a graça de Deus, a vida no Espírito e a santidade.

A Igreja Anglicana vivia em uma grande frieza espiritual; os pastores envolvidos em jogos e bebidas; o povo sofrido e explorado e a situação moral era caótica, em especial a venda e a bebida alcoólica, os jogos violentos e ainda a indiferença com a situação dos pobres e escravos.

O movimento metodista trouxe luz para às trevas da Inglaterra, trouxe amor aos sofredores e esperança para os que viviam oprimidos e escravizados.

O vinho novo de Deus trazido pelos metodistas não cabia na estrutura da Igreja Anglicana.

Wesley precisou romper com as tradições e, primeiramente, começou a pregar fora do templo, o que para ele era quase igual a pecar.

Com as conversões aos milhares, era preciso que o povo com o vinho novo de Deus, da Sua graça, vida no Espírito e busca da santidade, tivesse um discipulado e estrutura adequada.

A solução foi separar os novos convertidos dos membros e líderes anglicanos, que já estavam viciados em suas tradições e sem a vida em Cristo.

Não foi uma tarefa fácil. Comentando sobre Lucas 5.33, Wesley disse: “E nenhum homem bebeu vinho velho - E, além disso, os homens não costumam ser imediatamente libertados de velhos preconceitos”.[1]

Assim, Wesley organizou as sociedades, as classes e as bands visando a salvação e busca da santidade, o perfeito amor.

Novos hinos mais populares surgiram com Carlos Wesley; novos líderes sem os vícios da religião oficial foram necessários, um novo alvo foi estabelecido: alcançar a santidade.

Wesley fielmente seguiu as orientações de Jesus:  “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão fica maior ainda. Também não se põe vinho novo em odres velhos, senão os odres se arrebentam, o vinho se derrama e os odres se perdem. Mas vinho novo se põe em odres novos, e assim os dois se conservam” (Mt 9.14-17).

“Não se põe vinho novo em odres velhos” foi a máxima de Wesley.

Wesley explicou o texto nos seus “Comentários da Bíblia”:

“Ninguém põe um pedaço de pano novo em uma roupa velha, pois o que é colocado para enchê-lo tira da roupa, e o rasgo é piorado.

Esta é uma das razões: não é um momento adequado para eles jejuarem. Outra é que eles não estão maduros para isso.

Pano novo - As palavras no original significam adequadamente o pano que não passou pelas mãos do lavandeiro e que, consequentemente, é muito mais áspero do que o que foi lavado e usado; e, portanto, cedendo menos do que isso, arrancará as bordas nas quais é costurado”.[2]

Wesley em entendia que Deus havia levantado o povo metodista para espalhar a santidade bíblica por toda a terra e para transformar nação e à Igreja.

Apesar de até o final de suas vidas, Carlos e João Wesley terem permanecido membros da Igreja Anglicana, eles cumpriram fielmente a vocação dada por Deus.

  

Vinho Novo: o viver no Espírito  

 

Aprouve a Deus derramar Seu Espírito em todas as partes, tanto na Inglaterra como na Irlanda, e de uma maneira tal que nunca sequer vimos antes, pelo menos nestes últimos vinte anos.”[3]

(Wesley)

 

A experiência de 24 de maio de 1738 trouxe a Wesley a segurança da salvação, mas a experiência do poder de Deus, na madrugada da vigília iniciada, no dia 3l de dezembro do mesmo ano, trouxe a Wesley profunda reflexão sobre o derramar do Espírito Santo.

 “Tais demonstrações da obra do Espírito levaram Wesley a refletir sobre sua própria condição e, em poucos dias, teve novamente uma oportunidade de escrever notas de autorreflexão.”[4]

A ação do Espirito Santo passou a fazer parte da vida diária de Wesley. Em 1749, ele registrou em seu Diário: “Preguei (como de costume), às cinco horas e às quinze, com convicção e poder do Espírito.”[5]

O Espírito Santo na visão de Wesley era “uma presença viva, ativa, ‘pessoal’ que entra em uma amizade interpessoal intima com o homem (...).”[6]

Wesley restaurou a doutrina do Espírito Santo em seu tempo. Era um tempo do Cessacionismo: “O cessacionismo é a visão de que os "dons milagrosos" de línguas e cura cessaram, ou seja, que o fim da era apostólica trouxe um fim aos milagres associados a esse período. A maioria dos cessacionistas creem que, embora Deus possa e ainda faça milagres hoje, o Espírito Santo não mais usa indivíduos para realizar sinais miraculosos”.[7]

Era uma crença geral no século XVIII. “É importante notar antes de tudo o cessacionismo (a crença de que os dons cessaram depois que os apóstolos morreram), foi generalizada durante o tempo de Wesley, apesar da falta de evidências bíblicas para esta posição. Portanto, Wesley foi um dos precursores ao declarar a necessidade de que os dons sobrenaturais de Deus sejam vivenciados hoje. Wesley acreditava que não era possível apenas que as pessoas em seu tempo falassem em línguas e experimentassem os outros dons milagrosos do Espírito Santo, mas que era  necessário!”[8]

Ele afirmou: "Não parece que esses dons extraordinários do Espírito Santo fossem comuns na Igreja por mais de dois ou três séculos ... A causa disso não era porque não havia ocasião para eles porque todo o mundo se tornou cristão.  A verdadeira causa foi [que] "o amor de muitos", quase todos os cristãos, assim chamados, estavam "gelados". Esta era a verdadeira razão pela qual os dons extraordinários do Espírito Santo já não se encontravam na Igreja cristã, porque os cristãos voltaram a ser pagãos e só restavam uma forma morta”.[9]

A ação e o poder do Espírito passaram a fazer parte da vida e ministério e Wesley. Em 1739, Wesley escreveu alguns versos num volume de Hinos e Poemas Sagrados onde ele revela sua necessidade do poder do Espírito Santo e do amor de Deus:

“(...) Senhor, fortifica-me com o poder do Teu Espírito,

Posto que sou chamado pelo Teu grande nome

Em Ti todos os meus pensamentos errantes se unem,

De todas as minhas obras seja Tu o alvo;

O Teu amor me assista toda a vida

E a minha única ocupação seja o Teu louvor (...)”. [10]

Segundo o historiador metodista Richard Heitzenhater, tais experiências levaram Wesley a autorreflexão e a registrar que tinha dúvidas sobre si em relação ao amor, paz e alegria. Em sua avaliação, o cristão é alguém que tem o fruto do Espírito. Nesse sentido, ele não se considerava um cristão. [11]

Após longa experiência com as pregações e com as sociedades metodistas, seu conceito, em 1761, era: “(...) onde não se encontra o poder de Deus, o trabalho enfraquece.” [12]

Multidões vinham ouvir as pregações dos metodistas. Em 20 de maio de 1752, Wesley registrou em seu Diário: “Preguei em Beddick a grande multidão de Coliers (mineiros de carvão), ainda que chovia durante a pregação.” [13]

A teologia e os métodos de Whitefield e Wesley passaram a ser atacados pela imprensa local, mas o pai de Metodismo passou a ter consciência de que Deus o havia chamado para pregar além das fronteiras da paróquia.[14]

As sementes do avivamento estavam brotando no meio do povo chamado metodista de uma forma que Wesley e os primeiros metodistas não haviam pensado ou experimentado antes. Com o avivamento, muita gente simples do povo passou a frequentar as sociedades metodistas.[15]

Wesley e os metodistas foram chamados de entusiastas,[16] ou seja, pentecostais, para os dias de hoje. Wesley não aceitava essa acusação. Ele orava a Deus para livrar as pessoas dos gritos, que revelavam que sua alma estava em profunda agonia.[17]

O vinho novo não cabia na estrutura e doutrina anglicana.

Certa vez, Wesley foi impedido de pregar em Epworth e o pastor local pregou um sermão o acusando de entusiasta.[18] Foi preciso um odre novo. Alguém convidou Wesley para voltar ali e pregar às 6 horas da manhã. Ele ficou no lado oriental do templo, sobre o túmulo do seu pai e pregou durante uma semana no mesmo lugar.

 “Neste local, algumas vezes, sua voz era abafada pelo choro e clamor dos ouvintes e diversos caíram como se estivessem mortos. Ele disse: Meu pai trabalhou aqui durante quase 40 anos; mas houve pouco fruto. Eu sofri também entre este povo, e parecia que os meus esforços eram feitos em vão, mas os frutos aparecem agora.”[19]

Os que eram alcançados pelo mover do Espírito Santo estavam dependentes de Deus: o povo simples, sofrido, que vivia miseravelmente. Eram os mineiros, os criados, os tecelões desempregados, as crianças pobres, etc. Eles experimentaram a graça de Deus e eram transformados.[20]

Para Wesley: “O mesmo Espírito que conduz o pecador arrependido a Cristo e lhe permite confessar  ´Jesus é Senhor´ (1Co 12.3) faz-nos não apenas andar uniformemente co mo Cristo andou (1Co 11.1) como também ter o mesmo sentimento que nele houve, a saber, o de esvaziar-se a si mesmo e identificar-se com  a nossa humanidade, nossa  miséria, nosso pecado e nossas contradições, a  fim de nos remir (...).”[43]

Em 10 de julho de 1767, Wesley mostra em seu Diário que a manifestação do Espírito acontecia também pela oração. Deus não era indiferente ao clamor dos metodistas: “(...) Deus respondeu às nossas orações. Parecia que as portas do céu foram abertas.”[21]

Poder dominador da graça salvadora

Para Wesley, o Espírito Santo pode vir sobre as pessoas “como uma torrente enquanto experimentam o poder dominador da graça salvadora (...). Mas Ele opera em outros de maneira muito diferente: Ele exerce a sua influência de maneira delicada, refrescante como o orvalho silencioso.” [22]

Em algumas ocasiões, como em 9 de outubro de 1768, as orações eram incessantes para Deus manifestar sua graça. Havia uma certeza de que Deus era poderoso e misericordioso para os atender: “(...) não cessaram de clamar a Deus enquanto não foram atendidos. Deus lhes transbordou o coração de alegria.”[23]

Wesley descreveu a mudança que o Espírito do Senhor realizou em suas vidas e, consequentemente, nas fábricas: “Não mais impudicícia ou profanação foram encontrados, pois Deus havia colocado uma nova canção em seus lábios, e as blasfêmias se transformaram em louvor.”[24]

Diversos metodistas experimentaram o poder do Espírito. Wesley, como cita a madame Guyon: “Creio que ela não era somente uma boa mulher, mas até mesmo virtuosa em grau eminente, profundamente consagrada a Deus e muitas vezes favorecida por comunicações extraordinárias com o Espírito Santo.” [25]

Alguns dons do Espírito Santo eram evidenciados no meio do povo metodista. João Wesley dizia que o dom de curar é um dom que havia sido destinado a permanecer na Igreja.[26] Ele dizia também que Deus dava sonhos divinos, êxtases e visões para fortalecer e animar aos que creem.[27]

Pentecoste era uma expressão utilizada por Wesley para falar da vinda do Espírito Santo. Apesar de toda a ação Espírito que acontecia, ele declarou em 1762: “O dia de Pentecostes não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido que venha (...).”[28]

O progresso da obra missionária foi um fruto reconhecido por Wesley que revela a chegada do Pentecoste. Ele sabia que o Espírito poderia realizar coisas maiores. Neste mesmo ano, Wesley disse:  “Nosso Pentecoste finalmente chegou’, disse em 1762, ao contemplar os progressos da obra missionária. Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades testificaram que foram libertos de todo pecado. Em Liverpool, a sociedade passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição.”[29]

O avivamento era resultado do trabalho espiritual que as sociedades desenvolviam na busca da perfeição cristã. O avivamento havia começado mesmo em 1761 e o objetivo era buscar a santidade.

 “O grande avivamento que apareceu  no âmbito das sociedades em 1761 era a melhor prova de que elas levavam muita a sério essa missão”.[30]

Wesley estava feliz com o que presenciava. Era o coroamento de todo um trabalho. Ele disse: “Aprouve a Deus derramar Seu Espírito em todas as partes, tanto na Inglaterra como na Irlanda, e de uma maneira tal que nunca sequer vimos antes, pelo menos nestes últimos vinte anos.”[31]

O avivamento em Dublin foi o mais notável para Wesley. Teve início com um pregador chamado João Manners, pessoa singela e sem eloquência, mas que parecia destinada a essa obra. João Wesley descreveu o que viu: “Essa gente está tomada pelo fogo divino; nunca presenciei dias como o domingo passado. Enquanto orava na sociedade, o poder de Deus tomou conta de nós completamente, e alguns exclamavam em voz alta, ‘Senhor, já posso crer.” [32]

Wesley presenciou a chama do avivamento não somente entre os jovens e adultos, mas também entre as crianças por volta do ano de 1781.[33] Em Epworth, a industrialização havia instalado quatro fábricas de fiar e tecer. Diversas crianças foram empregadas. Algumas delas entraram por acaso em uma reunião de oração e foram tocados no coração.

“Alguns deles entrando por acaso em uma reunião de oração foram tocados no coração. Seus esforços entre os companheiros mudaram então as condições em três fábricas.”[34]

Wesley restaurou a doutrina do Espírito Santo que sempre foi essencial ao movimento metodista.

O Espírito Santo fazia parte do vinho novo que Deus derramou sobre a Grã-Bretanha no século XVIII.


 

Vinho Novo: a graça de Deus

 

 

Graça é a presença de Deus para criar, curar, perdoar, reconciliar e transformar os corações humanos, comunidades e toda a criação. Onde quer que Deus esteja presente, há graça!

 

A generosidade ou favor de Deus: seu favor gratuito e imerecido 

John Wesley definiu a graça como a generosidade ou favor de Deus: seu favor gratuito e imerecido, ... o homem não tendo direito à menor das suas misericórdias.

Citando Wesley, o bispo Kenneth L. Carter disse que, foi a graça livre que 'formou o homem do pó da terra e soprou em ele uma alma vivente ', e estampou naquela alma a imagem de Deus, e' pôs todas as coisas debaixo de seus pés '. ... Pois não há nada que sejamos, ou tenhamos, ou façamos, que possa merecer a mínima coisa das mãos de Deus." [35]

Graça é a presença de Deus para criar, curar, perdoar, reconciliar e transformar os corações humanos, comunidades e toda a criação. Onde quer que Deus esteja presente, há graça![36]

A salvação não é pelo esforço humano.

Os que eram alcançados pelo mover do Espírito Santo estavam dependentes de Deus: o povo simples, sofrido, que vivia miseravelmente. Eram os mineiros, os criados, os tecelões desempregados, as crianças pobres, etc. Eles experimentaram a graça de Deus e eram transformados. [37]

Em algumas ocasiões, como em 9 de outubro de 1768, as orações eram incessantes para Deus manifestar sua graça. Havia uma certeza de que Deus era poderoso e misericordioso para os atender: “(...) não cessaram de clamar a Deus enquanto não foram atendidos. Deus lhes transbordou o coração de alegria.”[38]

Nisto tudo vemos que o metodismo foi uma expressão dinâmica da espiritualidade, em seu início, onde a ação do Espírito Santo foi fundamental: “A expressão de uma espiritualidade dinâmica pessoal e comunitária. A plenitude da manifestação do Espírito na vida da pessoa e da comunidade testifica o lugar fundamental do Santo Espírito no movimento. Ele não seria apenas o Consolador, mas o Sustentador, o Fortalecedor, o Inspirador, o que nutria todos no caminho da verdade, o que possibilitaria a experiência da graça, o recebimento do dom e o frutificar da nova vida.”[39]

A graça e o amor de Deus

João Wesley disse: “Logo que cremos, amamos a Deus...”; “nós o amamos porque Ele nos amou primeiro”.[40]

Esse amor é apenas o início, pois há uma medida maior do amor de Deus para recebermos.

O amor de Deus derramado em nossos corações, segundo Romanos 5.5, “é um dom transformador - produz amor por Deus e pelos outros”.[41]

“Wesley descreve o amor de Deus derramado em nossos corações como um tesouro celestial em um vaso de barro. ‘Esse tesouro produz nossa felicidade duradoura.”[10]

Um presente transformador

Para Wesley, Romanos 5:5 revela o amor de Deus como um presente transformador: “É o dom de experimentar o amor de Deus por si mesmo. Esse dom é recebido pela fé como evidência da relação filial justificada de alguém com Deus. Este presente é a fonte de nosso amor por Deus e pelos outros, quando respondemos ao amor de Deus com gratidão. [42]

A graça deve ser buscada

Em 1749, em Dublin, Wesley escreveu em seu diário: “À tarde e novamente à noite (em nosso próprio jardim),” disse Wesley, “preguei sobre "Subamos corajosamente ao trono da graça, para que possamos obter misericórdia e encontrar graça para ajudar em tempo de necessidade" (Hb. 7:25). [43]

Não podemos ficar de braços cruzados esperando um milagre vir dos céus.

Quem quer receber a graça deve buscá-la pela oração, dizia Wesley, apontando a referência onde Jesus ensinou tal coisa, em Mt 7.7-8 e Mt 13.46. Ele insiste que Jesus ensinou a pedir a presença do Espírito em oração [Lc 11.13].

Wesley também lembra que a oração pode pedir a sabedoria divina (Tg 4.2) e acrescenta: “Mas peça com fé, do contrário, não pense que você receberá qualquer coisa do Senhor.[44]

A graça de Deus é livre em todos e livre para todos 

Wesley afirmou que a “A graça de Deus é livre em todos e livre para todos”.[45]

Para Wesley, a graça não é irresistível. Para ele, Deus deixa ao ser humano a possibilidade de aceitar ou rejeitar a graça.[46]

Segundo João Wesley, o que o ser humano fizer para a sua salvação não é a causa, mas sim o efeito da graça de Deus,

A ação da graça de Deus não força, mas assiste e capacita o ser humano.

“A graça de Deus precede a todo conhecimento e decisão humana. Esta é a base da mensagem paulina da graça.”[47]

A influência da graça preveniente é o primeiro passo na vida do homem no caminho para a salvação. A graça salvadora precede a todo esforço e a toda ação humana.[48]

Paulo disse aos filipenses: “Sendo assim, meus amados, como sempre obedecestes, não somente na minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, colocai em prática a vossa salvação com reverência e temor a Deus, pois é Deus quem produz em vós tanto o querer como o realizar, de acordo com sua boa vontade. Fazei tudo sem murmurações nem contendas” (Fp 2.13-14).

A ação da Trindade na concessão da graça

- A graça preveniente corresponde a ação de Deus como Criador;

- A graça justificante, à ação redentora de Jesus Cristo;

- A graça santificante, à ação do Espírito Santo.[49]

Os meios de graça

Para Wesley, os meios de graça são oferecidos como auxílios divinos para a diagnose e para a cura total.

Nele, as pessoas podem encontrar diretrizes e são despertados como auxílios divinos:

- “A pregação que fala no coração; leituras da Bíblia e de livros que os levam a entende-la; tentativas iniciais de orar por próprio impulso e a comunhão com homens que ensinam, pelos seus exemplos, como abrir seu próprio coração a Deus em oração; participação na santa ceia – tudo são passos que levam os homens a encontrar o caminho para Deus”.[50]

Os meios de graça também nos ajudam no nosso crescimento espiritual.

“Wesley prescreveu algumas maneiras de nos colocarmos em posição de receber uma graça santificadora de Deus. Esses ‘meios de graça’ são coisas que fazem para crescer em direção à ‘santidade de coração e vida’, como Wesley chamou de fé madura”.  [51]

“Pela graça de Deus, não sinto mais as enfermidades da velhice do que aos vinte e nove”

Wesley atribuía as bênçãos em sua vida à graça de Deus. Na quinta-feira, 28 de junho de 1781, ele disse: “Preguei às onze, na rua principal em Selby, para uma grande e tranquila congregação, e à noite em Thorne. Este dia eu entro nos meus setenta e nove anos, e, pela graça de Deus, não sinto mais as enfermidades da velhice do que aos vinte e nove. Sexta-feira, 29. Preguei em Crowle e em Epworh. Já preguei três vezes por dia durante sete dias seguintes, mas é como se tivesse sido uma vez”. [52]

 

 

Vinho Novo: a santidade

 

 : “(...) é aquele em que existe a mente que houve em Cristo e que anda como Cristo andou; um homem que tem as mãos limpas e um coração puro, que foi lavado de todas as impurezas da carne e do espírito; aquele que não é motivo de tropeço para os outros, e aquele que de fato não comete pecado. A sua alma é realmente todo amor, cheia de entranhas de misericórdia, bondade, magnanimidade e tolerância. A sua vida está de acordo com estas qualidades, cheias das obras da fé, da paciência, da esperança e das obras do amor”.[53]

(João Wesley)

 Wesley entendeu que Deus concedeu a santidade como um “depositum” ao metodismo. Para ele, a perfeição cristã era o "depositum" que Deus havia entregue aos metodistas como sua responsabilidade especial. Nesse sentido, o metodismo era um odre novo.

Wesley iniciou sua busca pela santificação por volta do ano de 1725. Neste ano, ele leu alguns livros sobre este assunto: “O viver santo e o morrer santo” (Jeremias Taylor) e “A imitação de Cristo” (Tomás de Kempis).

Disse Wesley: “Desejo entregar-me a Deus de todo o coração. Isto é exatamente o que eu entendo agora perla santificação. Eu a busquei desde aquela hora”.[54]

Por volta de 1727, ele leu os livros “Perfeição Cristã” e o “Chamado Sério” (William Law).

Wesley registrou em seu diário: “(...) resolvi explicitamente ser devotado inteiramente a Deus de corpo, alma e espírito”.[55]

No ano de 1733, Wesley publicou: “Coletânea de formas de oração”. Diz ele: “Falei explicitamente em dar totalmente o coração e a vida a Deus. Esta foi, então, como é agora, a minha ideia a respeito da perfeição”.[56]

Não somente nos livros, porém, Wesley teve fundamentado o seu entendimento sobre a santificação. Ele encontrou na Bíblia bastante base para a sua compreensão sobre este tema. Entre os textos bíblicos, estão estes:

Mateus 5.48: “Sede vós perfeitos como é perfeito o vosso Pai que está nos céus”.

Hebreus 12.14: “Se, e ao amor fraternal a caridade”.

Este texto da epístola me Pedro “se tornaria a chave para Wesley na sua compreensão da natureza da santidade, a saber, a progressiva, a coparticipação da natureza divina”.
[57]

Wesley, apesar do Clube Santo, apesar de ser pastor anglicano, não se considerava um cristão, no verdadeiro sentido da palavra, antes de 1738.

Em seu diário, antes da experiência do coração aquecido, ele diz: “Encontrei-me de novo com Pedro Bohler, que me surpreendeu mais e mais com a explicação que me deu a respeito dos frutos das fé viva, a santidade e a felicidade que ele afirmou acompanham tal fé”.[58]

Pedro Bohler havia convencido Wesley de que ele não tinha uma fé real. Mais tarde Wesley diria: “Por um cristão quero dizer alguém que crê em Cristo der tal maneira que o pecado não mais tenha domínio sobre ele; e neste sentido obvio da palavra, eu não era um cristão antes de 24 de maio próximo passado”.[59]

Para Wesley, “os cristãos são santos...amam a Deus...são humildes...são servos...tem a mente que havia em Cristo”.[60]

João Wesley utilizou algumas expressões bíblicas para explicar o que é a perfeição cristã, dentre elas, santidade, circuncisão do coração, inteira santificação e perfeição em amor. 

Ele explicou e fundamentou o que ele entendia por circuncisão do coração pregando na Universidade, na Igreja de Santa Maria 1º de janeiro de 1733. 

Ele disse: “Em 1º de janeiro de 1733, preguei na Universidade, na Igreja de Santa Maria (Oxford), sobre “a circuncisão do coração” [Deuteronômio 30: 6; Romanos 2:29; cf. Deuteronômio 10:16; Jeremias 4: 4]; um relato que fiz nestas palavras:

“É aquela disposição habitual da alma, que nas escrituras sagradas é denominada santidade e que implica diretamente ser purificado do pecado; de toda imundície tanto da carne quanto do espírito; e, por consequência, o ser dotado daquelas virtudes que estavam em Cristo Jesus; ser tão “renovado na imagem de nossa mente” [Efésios 4:23], a ponto de ser “perfeito como nosso Pai que está nos céus é perfeito” [Mateus 5:48.][61]

No livro, “Um relato claro da perfeição cristã”, ele continuou a explicar no sermão “circuncisão do coração”: 

No mesmo sermão que observei, “O amor é o cumprimento da lei” [Romanos 13:10], “o fim do mandamento” [ 1 Timóteo 1: 5 ]. Não é apenas o primeiro e grande mandamento [Mateus 22:38], mas todos os mandamentos em um: “Tudo o que é justo, tudo o que é puro, se houver virtude, se houver louvor” [Filipenses 4: 8], todos eles estão incluídos nesta palavra, amor. Nisso está perfeição, glória e felicidade! A lei real do céu e da terra é esta: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de toda a tua mente e de todas as tuas forças” [Marcos 12:30; Lucas 10:27; cf. Deuteronômio 6: 5]. O único bem perfeito será o seu fim último. Uma coisa desejareis por si mesma - a fruição d'Aquele que é tudo em todos. Uma felicidade que vocês devem propor a suas almas, sim, uma união com Aquele que as criou; o “ter comunhão com o Pai e o Filho” [1 João 1: 3]; o ser "unido ao Senhor em um só espírito" [1 Coríntios 6:17] Um desígnio que vocês devem seguir até o fim dos tempos - o desfrute de Deus neste tempo e na eternidade. Deseje outras coisas na medida em que elas tendam a isso: ame a criatura, pois ela conduz ao Criador. Mas em cada passo que você dá, seja este o ponto glorioso que encerra a sua visão. Que toda afeição, pensamento, palavra e ação sejam subordinados a isso. O que quer que desejem ou temam, tudo o que busquem ou evitem, tudo o que pensem, falem ou façam, seja para sua felicidade em Deus - o único fim, bem como a fonte, de seu ser.[62] 

Mas o que é santificação?

Santificação é o processo para se chegar a um estado de graça, que Wesley dava vários nomes: perfeição cristã, santidade, cheio do Espirito, perfeição em amor, inteira santificação e ter a mente que havia em Cristo.

A santificação se inicia no momento em que a pessoa é justificada. A regeneração, o novo nascimento não é o mesmo que santidade. O novo nascimento é o começo da santificação.

Sobre a perfeição cristã, Wesley diz:” (...) é aquele em que existe a mente que houve em Cristo e que anda como Cristo andou; um homem que tem as mãos limpas e um coração puro, que foi lavado de todas as impurezas da carne e do espírito; aquele que não é motivo de tropeço para os outros, e aquele que de fato não comete pecado. A sua alma é realmente todo amor, cheia de entranhas de misericórdia, bondade, magnanimidade e tolerância. A sua vida está de acordo com estas qualidades, cheias das obras da fé, da paciência, da esperança e das obras do amor”.[63]

Aquele que alcançou a santidade pode dizer: “Já não sou eu que vive, mas Cristo vive em mim”.

“A compreensão de Wesley sobre a vida santificada está fortemente ligada à compreensão bíblica do amor (...). Assim, o que a santificação acaba sendo é um processo de se tornar melhor no amor”.[64]

Duas são as condições básicas para sabermos se uma pessoa alcançou a inteira santificação: primeiro, deve ter amor a Deus e aso próximo. Segundo, deve ter a libertação do pecado. Enquanto a pessoa não é santificada inteiramente, a semente do pecado permanece nele.

Mas, podemos ser salvos de todo o pecado?

Para mostrar que sim, Wesley citava vários textos bíblicos (Sl 130.8; Ez 36.25-29: Ef5.25-27; Rm 8.3-4).

Para Wesley, a perfeição “é a circuncisão do coração cortando toda a impureza interior e exterior. É a renovação, no coração, de toda a imagem de Deus, da completa semelhança com aquele que o criou”.[65]

Wesley diz mais: “Tanto meu irmão, como eu, sustentamos que a perfeição cristã é aquele amor a Deus e ao nosso semelhante que implica em libertação de todo pecado”.[66]

Libertos de todo pecado e tendo o perfeito amor, voltaremos a ser realmente imagem e semelhança de Deus. Imagem esta que foi distorcida pelo pecado.

Mas é possível provar isto?

Wesley conheceu em suas Sociedades várias pessoas que haviam alcançado a santidade. “Eis os procedimentos de uma senhora que a alcançou:

·      Trabalhava para os pobres;

·      Tinha ardente amor;

·      Tinha grande alegra;

·      Estava pronta para morrer;

·      Não gostava de faltar aos cultos;

·      Sentia que a sua vontade era a vontade de Deus”.[67]

A santidade, então, para Wesley não é algo que nos leva ao isolamento do mundo. Não é viver dentro de um mosteiro, nem no “Monte da Transfiguração” ou dentro das quatro paredes da Igreja. Perfeição cristã é libertação do pecado e amor em ação! Wesley a resume assim: “É o amor que exclui o pecado; amor que enche o coração”.[68]

Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus (Gn 1.26-27).

“Em seu sermão 'O Novo Nascimento' ... João Wesley três frases para marcar essas dimensões de ser criado à imagem de Deus: imagem natural (somos seres humanos espirituais com liberdade de vontade); imagem política (somos governantes do mundo criado e nos relacionamos com os outros); e imagem moral (pretendemos ser santos e justos).

Esta imagem perfeita, este reflexo ininterrupto de Deus, foi destruída pelo pecado humano. Foi necessária a perfeição de Jesus Cristo para restaurar a imagem”.[69]

 

Odres novos: sociedades, classes e bands 

 

O vinho novo de Deus significou para os metodistas no tempo de Wesley, especialmente,  viver no Espírito Santo, estar debaixo da graça de Deus e a alcançar o perfeito amor. 

No século XVIII, o vinho novo precisava de odres novos para que todo esse vinho pudesse ser desfrutado. Não era possível na estrutura anglicana beber do vinho novo. 

Wesley, então, estabeleceu as sociedades, as classes e as bands. 

Depois da experiência do coração aquecido, Wesley passou a ter um ministério extraordinário, mesmo enfrentando toda sorte de oposição e lutas. Não poderia ser diferente, pois ele estava dentro do chamado extraordinário de Deus para a obra que o metodismo deveria realizar. 

Wesley passou a viver a fé liberta do medo e da dúvida. Segundo o professor Duncan A. Reily, ele realmente recebeu esta espécie de fé no dia 24 de maio de 1738.[70]

“Além do ministério ordinário para o qual Wesley foi chamado por Deus, e que ele foi autorizado a cumprir pelos bispos da igreja Anglicana, na Inglaterra, ele recebeu o chamado para um ministério extraordinário para espalhar a santidade bíblica através da terra por meios das sociedades metodistas. Wesley se sentiu chamado por Deus para exercer supervisão espiritual sobre essas sociedades. Esta autorização extraordinária foi selada pelo fato de que a obra de Wesley deu frutos na salvação dos homens”.[71]

O ministério de Wesley passou a ser intenso, dinâmico e aberto ao mover do Espírito Santo.

“Mas foi Wesley o organizador, administrador e ordenador mais enérgico e hábil. Conseguiu combinar nas proporções exatas de democracia e disciplina, doutrina e emotividade (...).”[72] 

As sociedades

As sociedades religiosas foram iniciadas na Inglaterra por Anthony Horneck (1641-1697). Ele era um clérigo alemão protestante que se mudou para a Inglaterra. “Ele estudou teologia em Heidelberg e chegou à Inglaterra por volta de 1661. Em 1663 foi nomeado membro do Queen's College, Oxford e vigário de All Saints, Oxford, em 1664”.[73]

Anthony foi um pietista fervoroso, anglicano comprometido, pregador e um reformador.[74] 

“Ele pregou a salvação. Ele evitou disputas sobre coisas não essenciais. Mais significativamente, ele organizou sociedades religiosas de almas despertas a partir de 1678”.[75]

 

A sociedade metodista

 

Wesley precisou organizar as sociedades metodistas para ter um odre novo. 

Wesley tinha um cuidado com os que participavam da sociedade. Os membros da sociedade receberam bilhetes trimestrais de Wesley ou de seus ministros, “desde que não tivessem perdido mais de três reuniões de classe durante o trimestre anterior. Isso levou à sua participação regular e ativa e forneceu uma maneira indolor de se livrar dos membros que violaram as regras. Geralmente acontecia se alguém não queria melhorar e corrompia o grupo; contanto que ele tivesse uma centelha de vida espiritual, ele raramente era excluído. O próprio Wesley prestou muita atenção às suas sociedades; ele não era apenas um gênio organizador, mas também se importava com detalhes”.[76]

Sociedade em Oxford 

Os metodistas de Oxford descobriram que a única maneira deles manterem vivo o seu zelo e a espiritualidade era se reunir com frequência juntos. [77]

A sociedade de Oxford teve início no fim do inverno de 1729/30 quando Bob Kirkham começou a se encontrar com João Wesley, Carlos Wesley e Morgam regularmente.

Organizaram o Clube Santo e foram chamados de metodistas. 

Sociedades na América 

Como missionário, na América, em 1735, João Wesley investiu em criar sociedades com as pessoas mais comprometidas da congregação. O objetivo foi desenvolver a vida espiritual. 

Wesley organizou duas pequenas sociedades procurando seguir o exemplo da sociedade (Clube Santo) de Oxford, Inglaterra. 

Em Frederica. Em 10 de junho de 1736, Wesley começou a ter reuniões similar ao que fazia em Oxford, no Clube Santo. Passava algum tempo com os mais comprometidos cantando, lendo e conversando. 

Em Savannah. Wesley estabeleceu um pequeno grupo com dias fixos em Savannah. 

Diante das dificuldades iniciais, Wesley entendeu que precisava ver novas formas para ser útil ao pequeno rebanho de Savannah. 

No dia 11 de abril de 1735, eles concordaram e formar “uma espécie de pequena sociedade, e reunir-se uma ou duas vezes por semana, a fim de repreender, instruir e exortar uns aos outros. 2. Selecionar destes um número mais reduzido para uma união mais intima uns com os outros, que poderia ser encaminhada, em parte por conversarmos individualmente com cada um e em parte por convidá-los por completo para a nossa casa; e isso, portanto, decidimos fazer todos os domingos à tarde”.[78]

Sociedade de Fetter-Lane 

Na Inglaterra, o líder moraviano Pedro Bohler organizou no dia 1º de maio de 1738 (antes da experiência de Wesley) a Sociedade de Fetter Lane, Londres. 

João Wesley e John Hutton participaram da organização da sociedade. As regras tinham o objetivo de proporcionar saúde espiritual. Quando Bohler foi embora deixou Wesley na liderança da sociedade.  

Sociedade em Londres 

O crescimento das sociedades, bandas e classes foi notável. 

“Em 1742, uma Sociedade em Londres tinha 426 membros, que foram divididos em 65 classes. Dentro de dezoito meses, essa mesma Sociedade tinha 2200 membros, todos os quais eram membros de uma Reunião de Classe!”[79] 

Bands 


Uma função central da banda era o que Wesley chamou de "conversa próxima".[80]

Band foi um modelo para tornar os discípulos perfeitos. Foi o local ideal para se buscar a santidade do coração.[81]

Os bands eram pequenas companhias criadas para levarem os metodistas ao perfeito amor. 

Os bands foram importantes no processo de formação da organização metodista.[82]

“Além das reuniões da Sociedade e da Classe, bandas de cerca de cinco pessoas do mesmo sexo e estado civil se reuniram para confessar pecados e lutas específicas uns aos outros. Estima-se que cerca de 1 em cada 4 metodistas participavam regularmente de uma banda”.[83]

As principais atividades dos bands “eram a confissão e a oração; o alvo deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o modelo morávio; havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).”[84]

As Classes 

 

A reunião de Classe foi “a unidade instrucional mais influente do metodismo e, provavelmente, a maior contribuição de Wesley para o crescimento espiritual”[85]

 

Havia um propósito para as reuniões de classe. 

Seu objetivo principal “era a santidade pessoal. A Reunião de Classe serviu como um lugar onde as 6–12 pessoas reunidas puderam ser honestas sobre sua condição e receber exortação amorosa e encorajamento em suas batalhas. Ele forneceu um fórum onde todos foram recebidos em um ambiente de aceitação. Eles compartilhariam sobre a experiência da semana anterior, agradeceriam a Deus pelo progresso e honestamente compartilhariam seus fracassos, tentações ou batalhas internas”.[86]

Com mais detalhes e com momentos históricos, resumimos um pouco sobre o seu princípio e desenvolvimento, as lutas e as vitórias. 

O início 

Wesley percebeu que alguns metodistas estavam se esfriando na fé e algo precisava ser feito. “A reunião de classe wesleyana surgiu em Bristol no início de 1742, um pouco por acidente. Wesley estava cada vez mais preocupado com o fato de que muitos metodistas não viviam o evangelho; "vários esfriaram e deram lugar aos pecados que há muito os afligiam facilmente." (Obras, 77-78) Claramente, algum mecanismo para exercer a disciplina era necessário (...).[87]

Para atender uma dívida

Para atender à dívida da casa de pregação em Bristol, a sociedade de lá (agora com mais de 1.100) foi dividida em ‘classes’ de uma dúzia cada. Os líderes foram nomeados para garantir contribuições semanais para a dívida, e Wesley, sendo Wesley, pediu aos líderes que também ‘fizessem uma investigação particular sobre o comportamento daqueles que ele via semanalmente’. (Obras, 9:261) Isso proporcionou a oportunidade de exercer disciplina”.[88]

Tudo começou na segunda-feira, 15 de fevereiro de 1742. Wesley escreveu em seu diário: “Muitos se reuniram para consultar sobre um método adequado para quitar a dívida pública; foi finalmente acordado 1) que cada membro da sociedade, que fosse capaz, deveria contribuir com um centavo por semana; 2) que toda a sociedade deve ser dividida em pequenas companhias ou classes – cerca de doze em cada classe; e 3) que uma pessoa em cada classe deve receber a contribuição do resto e trazê-la para os mordomos semanalmente”.[89]

Mais tarde, o método foi usado em Londres e em todos os outros lugares.

Estabelecendo as classes em Londres

Na quinta-feira, dia 25 de março de 1742, Wesley decidiu estabelecer as classes em Londres, depois de muita conversa: “Designei vários homens sérios e sensatos para me encontrar, a quem mostrei a grande dificuldade que há muito encontrava em conhecer as pessoas que desejavam estar sob meus cuidados. Depois de muita conversa, todos concordaram que não havia melhor maneira de chegar a um conhecimento seguro e completo de cada pessoa do que os dividir em classes, como as de Bristol, sob a inspeção daqueles em quem eu mais podia confiar. Esta foi a origem de nossas classes em Londres, pelas quais nunca poderei louvar suficientemente a Deus; a utilidade indescritível da instituição desde então tem sido cada vez mais manifesta”.[90]

Uma ferramenta crucial

Logo a reunião de classe metodista se “transformou em muito mais do que uma campanha capital. Tornou-se uma ferramenta crucial para capacitar os metodistas a "vigiar uns sobre os outros em amor", para apoiar e encorajar uns aos outros em suas vidas com Deus. De fato, John Wesley achava que a supervisão e o apoio que a reunião de classe fornecia eram tão importantes que se tornaram um requisito para a adesão a uma sociedade metodista. Ser metodista significava que você estava envolvido em uma reunião de classe semanal”.[91]

Classe, um modelo para fazer discípulos 

As sociedades organizadas no metodismo dividiam os membros em classes, que eram agrupadas geograficamente e continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta de 1742, a Sociedade de Londres tinha mais de mil membros. 

Wesley orientou como as pessoas deveriam se agrupar: “Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12 pessoas em cada classe sendo uma delas indicada para ser o líder.” [92]   

David Lowes Watson, no seu livro Discipulado Responsável, um moderno manual sobre o sistema de classes, escreve: "Foi uma reunião semanal, uma subdivisão da sociedade, em que os membros eram obrigados a prestar contas uns aos outros de seu discipulado, e, assim, para sustentar um ao outro em seu testemunho”.[93]

Cada metodista pertencia a uma classe. A reunião era uma partilha da experiência pessoal da semana passada. Eles aprenderam com isso a terem autoconfiança e a capacidade de falar em público. 

A classe foi um lugar para serem aceitas todas as pessoas de diferentes origens sociais.[94] Todas as pessoas confessavam as suas falhas e buscavam a salvação e a santificação. 

“Em 1760 havia 20.000 indivíduos nas classes. Em 1790, esse número mais que dobrou para mais de 53.000. Assim, da população total da Inglaterra e País de Gales de 8.216.096, aproximadamente 6,5% faziam parte da sociedade metodista em uma classe ou banda”.[95]

Wesley escreveu como uma pessoa era admitida na classe e na Sociedade: Qualquer pessoa determinada a salvar a sua alma podia ser unida com os metodistas (esta é a única condição necessária). Mas esse desejo devia ser comprovado por três marcas: evitar todo o pecado conhecido, fazer o bem e atender todas as ordenanças de Deus. 

A pessoa era então colocada em uma classe que fosse conveniente para ela onde passava cerca de uma hora por semana. E no próximo trimestre, nada se opondo, seria admitida na Sociedade.

A disciplina era fundamental no movimento metodista. “Wesley não hesitou em expulsar alguém da sociedade, se eles não estavam seguindo o Senhor de todo o coração. Wesley sabia a condição de cada membro através da prestação de contas da classe.”[96]

Em uma sociedade, em 1743, ele excluiu alguns membros: “Dois por causa de blasfêmia. Dois por profanar o Dia do Senhor. Dezessete por embriagues. Dois por vender bebidas alcoólicas. Três por briga. Um por bater na esposa. Três por contar mentiras habitualmente. Quatro por ter ralhado e falado mal de outros. Um por preguiça e vadiação. E vinte e nove por mundanismo e leviandade.”[97]

"As classes serviram como uma ferramenta evangelística (a maioria das conversões ocorreu neste contexto) e como um agente de discipulado”.[98]

Nos pequenos grupos de Wesley os líderes compartilhavam “honestamente sobre suas falhas, pecados, tentações, ou batalhas interiores. Eles foram os modelos para os outros. 

As reuniões de classe giravam em torno da experiência pessoal, não doutrina ou informação bíblica. O amor perfeito foi o objetivo das reuniões de classe”.[99] 

“O propósito das sociedades e classes era trabalhar a salvação de seus membros (cf. Fil. 2:12) e buscar uma vida santa ("sem a qual ninguém verá o Senhor", Hb 12:14)”.[100]

As classes eram agrupadas geograficamente e continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta de 1742, a Sociedade de Londres tinha mais de mil membros. 

Wesley orientou como as pessoas deveriam se agrupar:  “Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12 pessoas em casa classe sendo uma delas indicada para ser o líder.”[101]

As classes se diferenciam dos bands: eram agrupadas geograficamente em vez de serem divididas pela idade, sexo ou estado civil; elas continham todas as pessoas da sociedade, não apenas aquelas que voluntariamente se agrupavam.[102] 

Classe de meninos e meninas 

João Wesley percebeu a necessidade de colocar os meninos e as meninas da sociedade em classes. Ainda não havia a Escola Dominical formal nas Igrejas evangélicas da Inglaterra.

Em 23 de novembro de 1760, ele disse: “À tarde, designei as crianças para se encontrarem em Bristol, cujos pais eram da sociedade. Trinta delas vieram hoje, e mais de cinquenta no domingo e nas quinta-feira seguintes. Cerca de metade delas eu dividi em quatro classes, duas de meninos e duas de meninas; e nomeei líderes adequados para encontrá-las separadamente”. [103]

Wesley fazia questão de se encontrar com elas em reunião.

“Eu os encontrava todas juntas, duas vezes por semana; e não demorou muito para que Deus começasse a tocar alguns de seus corações. Na terça e quarta-feira visitei algumas das sociedades do país”. [104]

 

  

 



[1] https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/luke-5.html

[2] https://www.studylight.org/commentaries/eng/wen/matthew-9.html

[3] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley - Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p.217.

[4] HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996,  90.

[5] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista, 1965, , p.82

[6] STAPLES, Rob L. John Wesley’s doctrine of the hole Spirit. https://iliff.instructure.com/courses/1439137/files/.../download?.

[7] https://www.gotquestions.org/portugues/cessacionismo.html

[8] Andrew Williams. Publicado por Duke Lancaster. John Wesley e o sobrenatural. http://www.vineyardjackson.org/blog/wesley.

[9] E. H. Sugden. The Standard Sermons of John Wesley' por Vol. I '. https://www.cai.org/bible-studies/scriptural-christianity-john-wesley. cf. http://enrichmentjournal.ag.org/201103/201103_000_holy_sp.cfm

[10] WESLEY, João. Explicação Clara da perfeição Cristã. São Paulo: Imprensa Metodista, 1984., p.13-4.

[11] HEITZENHATER, Richard, Ibidem, p. 90.

[12] WESLEY, João. Trechos do diário de João Wesley, ibidem, p.115.  

[13] Ibidem, p.73.

[14] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley - Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 86.

[15] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 127.

[16] O Bispo Joseph Butler foi um dos que chamou os irmãos  Wesley e Whitefield de “ entusiastas” (REILY, Duncan Alexander. “João Wesley e o Espírito Santo” em História, Metodismo, Ibidem, p. 19).

[17] Ibidem.

[18] Quando havia prática contrária ao ensinamento bíblico, Wesley não deixava de orientar ou até repreender aos que agiam assim, mesmo sendo pregadores, como aconteceu com George Bell, que marcou o fim do mundo para 28 de fevereiro de 1763. Ele acabou deixando o metodismo, juntamente com Maxfield. Wesley chegou a mandar Bell a parar de falar em línguas (HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 209-0).

[19] FISCHER, Harold A. Avivamentos que avivam. Ibidem, p.102.

[20] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 90.

[21] WESLEY, João.Trechos do diário de João Wesley,  Ibidem, p.99. 

[22] BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo, Imprensa Metodista, 1965, p.95.

[23] WESLEY, João. Trechos do diário de João Wesley,  Ibidem, p.99.

[24] Ibidem, p.99.

[25] LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p. 302.

[26] BAILEY, Keith. Cura Divina. Editora Betânia, 1988, p. 200

[27] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 134.

[28] WESLEY, João, Ibidem, p.130.

[29] LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.217.

[30] LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.216.

[31] Ibidem, p.217.

[32] LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.217.

[33] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem,  p. 277.

[34] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem,  p. 277.

[35] O bispo Kenneth L. Carder (aposentado) serviu nas áreas de Nashville e Mississippi. Ele começou sua aposentadoria em setembro de 2004 como professor da prática de formação pastoral na Duke Divinity School. Ele agora mora em Chapin, Carolina do Sul, onde atua como capelão em uma unidade de tratamento de memória. Originalmente publicado na Intérprete,novembro-dezembro 2016.https://www.resourceumc.org/en/content/a-wesleyan-understanding-of-grace

[36] Idem.

[37] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 90.

[38] WESLEY, João. Trechos do diário de João Wesley,  Ibidem, p.99.

[39] LEITE, Nelson Luis Campos. As Marcas Básicas da Identidade Metodista, [s.ed],1993, p.10.

[40] BURTNER, Robert - CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista, 1960, p. 207.

[41] NASMITH, Ben - https://medium.com/@BNasmith/john-wesley-on-the-love-of-god-shed-abroad-in-our-hearts-9b9c45cf66b3 - As Obras de John Wesley [vol. 2; ed. AC Outler; Abingdon, 1985], 433. 

[42] Idem. 

[43] https://www.ccel.org/ccel/wesley/journal.vi.viii.i.html

[44] https://salcultural.com.br/wesleyano/index.php/2019/01/29/os-meios-da-graca-no-pensamento-de-john-wesley/

[45] KLAIBER, Walter – MARQUARDT, Manfred. Viver a graça de Deus – Um compendio da teologia metodista. SP, Editeo – Editora Cedro, 1999, p´.238

[46] Op.cit, p.239.

[47] Idem.

[48] Op.cit., p.240.

[49] Op.Cit;241.

[50] Op.cit, p.243.

[51] https://www.umc.org/en/content/graces-power-over-sin-sanctifying-grace

[52] https://quod.lib.umich.edu/m/moa/AGV9079.0001.001?rgn=main;view=fulltext.Wesley, seu próprio historiador. Cincinnati: Hitchcock e Walden. 1870.

[53] BURTNER, Robert W.  – CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley, SP, Imprensa Metodista, 1960, pela Junta Geral de Educação Cristã da I.M.B. p. 210.

[54] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley.  São Paulo, Imprensa Metodista p.215.

[55] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista, 1965, p.215.

[56] Idem.

[57] REILY, Duncan Alexander. Expositor Cristão, março;1978, p.11

[58] WESLEY, João. Trecho do Diário de João Wesley. p.22.

[60] Sermões de Wesley. 2v. São Paulo: Imprensa Metodista, 1981, p.218.

[61] https://finestofthewheat.org/plain_account_01/

[62] https://finestofthewheat.org/plain_account_01/

[63] BURTNER, Robert W.  – CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley, SP, Imprensa Metodista, 1960, pela Junta Geral de Educação Cristã da I.M.B. p. 210.

[64] https://wideandhigh.com/blog/2007/09/18/john-wesley-and-sanctification/

[65] Coletânea da Teologia de João Wesley, p.211.

[66] Sermões de Wesley. Tradutor Nicodemus Nunes. v 2. São Paulo: Imprensa metodista, 1953, p.500.

[67] CHAVES, Odilon Massolar. Nossa fé, Nossa Crença. Publicado pela Mecanografia do Instituto Metodista Bennett, p.46.

[68] WESLEY, João. Sermões. V.II, p.348.

[69] https://www.umc.org/en/content/ask-the-umc-what-is-meant-by-the-term-image-of-god. Este conteúdo foi produzido por Ask The UMC, um ministério das Comunicações Metodistas Unidos.

[70] WESLEY, João. Sermões. V.II, p.348.

[71] John C. English. John Wesley and the Principle of Ministerial Succession. http://archives.gcah.org/bitstream/handle/10516/1349/M7H-1964-01-%2033-39-%20English.pdf?sequence=1

[72] THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária Inglesa.  1 v. Ibidem, p.38.

[73] https://pt.frwiki.wiki/wiki/Anthony_Horneck

[74] https://www.prints-online.com/anthony-horneck-14093440.html

[75] https://www.ebay.com/itm/313628009849

[76] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, ibidem, p.264.

[77] http://wesley.nnu.edu/?id=92

[78] https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext

[79] https://holyjoys.org/history-significance-class-meeting/

[80] https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/

[81] https://academic.oup.com/book/27734/chapter-abstract/197911662?redirectedFrom=fulltext

[82] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley, Sua vida e obra. Editora Vida, 1997, p.118.

[83] https://www.umc.org/en/content/the-method-of-methodism-expands-societies-and-the-new-room

[84] Existiam diversas sociedades na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube Santo lideravam algumas, mas não necessariamente elas eram consideradas metodistas (HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.103).

[85]https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/.Mark A. Maddix é professor de Educação Cristã e decano da Escola de Teologia e Ministérios Cristãos da Universidade Nazarena do Noroeste.

[85] https://holyjoys.org/wesleyan-class-meeting/

[86] https://holyjoys.org/wesleyan-class-meeting/

[87] https://seedbed.com/how-john-wesley-organized-the-revival/

[89] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4

[91] https://kevinmwatson.com/ 2010/07/30/the-methodist-class-meeting-for-the-21st-century-the-foundation/

[92] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, ibidem, p.264.

[93] http://www.disciplewalk.com/files/Joel_Comiskey_Methodist.pdf.

[94] http://www.nph.com/nphweb//html/ht/article.jsp?id=10008759

[95] https://scholar.smu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1009&context=theology_ministry_etds

[97] WESLEY, João Wesley. Trechos do Diário de João Wesley. Traduzido por Paul Eugene Buyers. Junta Geral de Educação Cristã, 1965, p.41.

[98] http://www.disciplewalk.com/files/Joel_Comiskey_Methodist.pdf.

[99] http://www.ncnnews.com/nphweb/html/ht/article.jsp?id=10008759.

[102] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.104.

[103] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf. 

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