O tempo das maiores experiências e de amadurecimento
de Wesley
Os anos 30 de Wesley foram muito ricos em
experiências, descobertas e amadurecimento que lançaram os fundamentos de sua
prática missionária
Odilon Massolar Chaves
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Massolar Chaves
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Toda gloria a Deus!
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na
Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia
Índice
·
Introdução
·
Tempo do
Clube Santo
·
Ajudante
de seu pai em Epworth
·
Viagem
missionária
·
Experiência
do coração aquecido
Viagem à
Alemanha para conhecer os moravianos
·
O
Pentecostes metodista
· Começo em Bristol ao ar livre e com multidões
·
Início
das viagens para outros países
Introdução
“O tempo das maiores experiências e de amadurecimento de Wesley” é um
livro que aborda a vida e o ministério de Wesley no tempo dos seus trinta anos.
Os anos 30 de Wesley foram muito ricos em experiências, descobertas e
amadurecimento.
Foi o período em que estava ainda com o Clube Santo e ajudou seu pai
durante um tempo na paróquia em Epworth.
Wesley fez 30 anos em 28 de junho de 1733.
Foi quando aos 32 anos, em 1735, decidiu ir como missionário à Geórgia.
E aos 34 anos, em 1738, antes de completar 35 anos, teve a experiência do
coração aquecido.
Foram tempos de muita riqueza espiritual, com o coração aquecido e o
Pentecostes metodista. Foi tempo de busca, quando foi à Alemanha, aos 35 anos,
conhecer de perto os moravianos, que tanto o impressionaram na sua viagem para
Geórgia.
Foi quando Wesley também pregou pela primeira vez ao ar livre em Bristol,
em 1739, para multidões e viu, pela primeira vez, os fatos sobrenaturais
acontecerem em suas pregações.
Foi quando decidiu ir pregar em outros países indo primeiro para o País
de Gales, em 1739, aos 36 anos de vida.
No tempo dos seus 30 anos, foi tempo de amadurecimento espiritual.
O Autor
Tempo do Clube Santo
O começo das atividades do
Clube Santo foi no fim do inverno de 1729, quando Bob Kirklam deixou sua
sociedade e começou a se encontrar com Wesley e Morgan regularmente. [4]
O Clube Santo surgiu “em
1729, com Charles Wesley, William Morgan e Bob Kirkham, que passaram a se
reunir com muita regularidade e a se animarem mutuamente para determinadas
atividades religiosas e acadêmicas. A partir de junho do mesmo ano, com o
retorno de John Wesley, o grupo se fortalece e se organiza de forma
definitiva”.[5]
Wesley passa a participar do
Clube Santo
Wesley tinha 26 anos quando
passou a integrar e liderar o Clube Santo. Ficaria até 1735, aos 33 anos,
quando foi como missionário junto com Carlos Wesley, para a Geórgia.
“A palavra de Carlos,
em maio de 1729, de que havia convencido um colega a se juntar a ele num estudo
sério e a frequentar semanalmente a Igreja, encorajou João a visitar Oxford,
onde ele chegou no dia de seu aniversário, 17 de junho. Durante os dois meses
seguintes, João, Carlos, o amigo de Carlos, William Morgan (e ocasionalmente
seu velho amigo Bob Kirkham), animavam um ao outro em suas atividades
acadêmicas e religiosas, reunindo-se ocasionalmente para o estudo e indo à
igreja todas as semanas. O diário de João mostra que essas reuniões entre
amigos, durante essas dez semanas que ele passou em Oxford no verão de 1729,
não eram regulares; mas as sementes de um modelo organizacional começaram a
germinar durante esse período.”[6]
Escrevendo ao pai de William
Morgan, Wesley disse: "Em novembro, I729, época em que passei a residir em
Oxford, seu filho, meu irmão, eu e mais um, concordou em passar três ou quatro
noites em uma semana junto. Nosso projeto era ler os clássicos, que antes
tínhamos lido em privado em comum noites, e no domingo algum livro na
divindade”.[7]
A influência de
Morgan
A visão de organizador de
Wesley foi colocada em prática também quando William Morgan,[8] um irlandês e um dos
participantes do Clube Santo, sugeriu que fossem visitados os presos e
condenados na Prisão do Castelo. O jovem irlandês começou também a trazer
crianças das famílias pobres de Oxford.[9]
Morgan foi o planejador de
grande parte do trabalho social no início do Metodismo.[10]
Nessa etapa, eles foram
chamados de Clube Santo, Traças da Bíblia e Metodistas.[11] Pouco a pouco, novos
membros, tanto catedráticos como estudantes participaram das reuniões.
No dia 14 de agosto de 1730,
os irmãos Wesley acompanharam Morgan na visita aos presos. “Em dezembro de
1730, o grupo expandiu suas atividades e passou a incluir a visitação aos
encarcerados da prisão na cidade no North Gate (Bocardo)”.[12]
Morgan foi o planejador de
grande parte do esquema de ação social dos metodistas, começou também a trazer
crianças das famílias pobres em Oxford, pelo menos já no começo da primavera de
1731 (...) João percebeu bem depressa que a situação exigia uma organização
permanente, e pelo fim de junho de 1731, ele contratou a senhora Plat para
tomar conta das crianças. Os metodistas, entretanto, continuaram a ter um ativo
interesse e participação no progresso das crianças.”[13]
Autoexame
Os metodistas de Oxford
tinham suas ações guiadas para um autoexame em cada dia. Eles observavam se
estavam amando mais a Deus, ao próximo, se tinham mais humildade, mortificação,
abnegação, mansidão e gratidão.[14]
As reuniões
"Era costume deles
reunirem-se na maioria das noites, seja em seu quarto ou em um dos outros, onde
depois de algumas orações (cujo principal assunto era a caridade), eles comem a
ceia juntos, e lia algum livro. Mas o principal negócio era rever o que cada um
tinha feito naquele dia, em busca de seu projeto comum, e consultar os passos
que deveriam ser dados em seguida”.[15]
O compromisso
“O compromisso incluía
várias particularidades: conversar com jovens estudantes, visitar as prisões,
instruir algumas famílias pobres, cuidar de uma escola e de uma casa de
trabalho paroquial. Eles se esforçaram muito com os membros mais jovens da
Universidade, para resgatá-los das más companhias, e encurralá-los em uma vida
sóbria e estudiosa... Alguns ou outros iam ao Castelo todos os dias, e outro
mais comumente a Bocardo; quem viesse ao Castelo devia ler na Capela para
quantos prisioneiros assistisse, e conversar com o homem ou homens que ele
havia tomado parte no comando.”[16]
Igreja de Cristo e Faculdade
Lincoln
“O primeiro grupo wesleyano
a ser chamado de metodista se reuniu na Christ Church, em Oxford”.[17]
A Igreja de Cristo é uma faculdade em
Oxford pertencente à Igreja Anglicana fundada em 1546 pelo rei Henrique VIII.
Era o local onde Wesley,
Carlos e alguns membros do Clube Santo estudaram, a maior faculdade de Oxford.[18]
Benjamin Ingham era da Faculdade Queen's
College, Oxford.[19] Charles
Kinchen foi educado no Corpus Christ College, em Oxford.[20]John
Gambold foi do Christ Church College, em Oxford, etc.
Mais tarde, Wesley para ser
ordenado sacerdote na Igreja da Inglaterra, foi eleito membro da Faculdade
Lincoln em Oxford. “Como bolsista, Wesley tinha garantido um quarto, refeições,
alunos para lecionar e uma bolsa anual vitalícia, desde que permanecesse
solteiro”.[21]
Wesley e Carlos Wesley “foram ordenados na
Catedral da Igreja de Cristo quando eram anglicanos”.[22]
Ponto central
Qual era o ponto central da
espiritualidade dos metodistas de Oxford?
Era a religião do coração, a
vida interior, que leva a uma vida santa, que são características
pietistas: “Era, então, um estado interior da alma refletido no (e
medido pelo) seu estilo de vida cristã.”[23]
Outra característica dos
metodistas de Oxford foi que as várias regras e métodos que dirigiam as
atividades dos metodistas originavam-se, geralmente, do grupo de João Wesley
depois de testadas.[24]
O encargo piedoso de Wesley
tinha o objetivo de salvar sua própria alma.[25] Com este objetivo ele foi
depois para a América, em 1735.
“Estima-se que entre 1729 e
1735 cerca de quarenta e cinco indivíduos estiveram envolvidos em atividades
metodistas na universidade. Suas carreiras subsequentes são, em muitos casos,
difíceis de rastrear, embora a maioria tenha sido ordenada e adquirido vida
anglicana, como Robert Kirkham (c.1708-1767), um dos primeiros
membros do Clube Santo”. [26]
Ajudante
do seu pai em Epworth
Wesley foi batizado quando criança na igreja de seu pai, St Andrew's em Epworth.[1]
“A Antiga Reitoria em Epworth foi a casa da família Wesley até 1735. Foi reconstruído depois que um incêndio destruiu o edifício original em 1709.”[2]
Depois de frequentar a escola Charterhouse em Londres, Wesley foi para Christ Church, Oxford, onde recebeu o diploma de bacharel, em 1724, e o mestrado em 1727. [3]
Wesleye foi ordenado diácono na Igreja da Inglaterra em 1725 e depois ordenado sacerdote em 1728. Ele se tornou pároco de seu pai na paróquia de Wroot e permaneceu no cargo por dois anos antes de retornar a Oxford. [4]
“Em agosto de 1727, ele se tornou o cura de seu pai, vivendo e oficiando principalmente em Wroot, fazendo visitas a Oxford, onde foi ordenado sacerdote (22 de setembro de 1728) pelo bispo Potter. Ele ficou muito impressionado com um ditado de Thomas Haywood (falecido em 1746), que o examinou, no sentido de que entrar no sacerdócio era "desafiar toda a humanidade". Ele fez uma visita a Staunton, Worcestershire, a casa de Betty Kirkham, irmã de Robert Kirkham. Nessa época, ele leu a 'Perfeição Cristã' (1726) de William Law, seguida por seu 'Serious Call' (1729). Esses escritos o ajudaram a estabelecer um padrão mais alto para a vida religiosa, e 'tudo apareceu em uma nova visão'. Wesley, em julho de 1732, conheceu Law pessoalmente em Putney, e foi por ele apresentado à 'Theologia Germanica' e outros livros da mesma classe. Sua ruptura com os místicos na vida após a morte foi completa. Jacob Boehme ele tratou como 'fustiano' e Swedenborg como um louco. Sua severa 'Carta' (1756) para Law nunca foi reimpressa na íntegra.[5]
Samuel Wesley foi pastor da Igreja de St. James em Epworth por 39 anos.
Samuel queria que um de seus filhos assumisse o ministério em Epworth. “Então Samuel pediu a John que deixasse Oxford e tomasse seu lugar como pastor da Igreja de St. James. John respondeu com uma carta dando 26 razões pelas quais ele não poderia fazê-lo. A maioria das razões tinha a ver com o fato de que era melhor para sua alma se ele ficasse em Oxford”. [6]
Em novembro de 1734, Samuel estava ansioso para ver Wesley nomeado como seu sucessor em Epworth. “Seu irmão Samuel, que havia recusado o cargo, escreveu fortemente, quase com raiva, para pedir obediência a João. Mas Wesley não foi movido nem pela súplica de seu pai nem pelos argumentos de seu irmão. Ele pensou que havia mais coisas boas a serem feitas em Oxford e que ele poderia fazê-lo. A correspondência se estendeu até fevereiro de 1734-5. No entanto, parece de uma carta de 15 de abril (quando seu pai estava morrendo) que ele havia solicitado a sucessão de Epworth; Edmund Gibson, bispo de Londres, era ‘o obstáculo’ para sua promoção”. [7]
As últimas palavras de Samuel foram endereçadas aos filhos.
Para João, ele disse: "A testemunha interior, filho, a testemunha
interior, essa é a prova, a prova mais forte, do cristianismo".
Para Charles, ele disse: "Seja firme. A fé cristã
certamente reviverá neste reino. Você verá, embora eu não”. [8]
Samuel
Wesley faleceu em 25 de abril de 1735.
Viagem missionária
Wesley escreveu em seu diário,
na terça-feira, 14 de outubro de 1735, sobre seus companheiros de viagem: “O
Sr. Benjamin Ingham, do Queen's-College, Oxford, o Sr. Charles Delamotte, filho
de negociante em Londres, que se ofereceu alguns dias antes, meu irmão Charles
Wesley, e eu, pegamos barco para Gravesend, a fim de embarcar para a
Geórgia”. [3]
Propósito de ir à Geórgia
Wesley completou falando do
propósito de ir à Geórgia: “O motivo que nos levou a deixar nossa terra natal,
não era fugir à privações (Deus nos havia dado bastante bênçãos materiais) nem
ganhar o refúgio de riquezas ou de honras; mas simplesmente isso – salvar a
nossa alma: para vivermos exclusivamente para a honra e glória de Deus. À
tarde, encontramos o navio Simmonds e embarcamos imediatamente”. [5]
Na quarta e quinta-feira, disse
Wesley, “passamos com um ou dois de nossos amigos, em parte a bordo e em parte
em terra, exortando uns aos outros a sacudir todos os pesos e a correr com
paciência a corrida que se punha diante de nós”. [6]
Aprendendo alemão
Na sexta-feira 17 de outubro de
1735, Wesley começou a “a aprender alemão, para conversar com os alemães, seis
e vinte dos quais tínhamos a bordo. No domingo, com o tempo limpo e calmo,
tivemos o serviço matinal no quarto de convés. Eu agora primeiro preguei ex
tempore, e depois administrei a ceia do Senhor a seis ou sete” pessoas,
“pequeno rebanho. Que Deus a aumente!”, disse Wesley. [13]
Jejum
Na segunda-feira, dia 20, Wesley
e seus companheiros fizeram um jejum. Ele disse: “deixamos totalmente de lado o
uso de carne e vinho, e nos limitamos a alimentos vegetais, principalmente
arroz e biscoito. À tarde, David Nitchman, bispo dos alemães, e outros dois
começaram a aprender inglês. Ó sejamos, não só de uma só língua, mas de uma só
mente e de um só coração!” [14]
Modo de vida comum
Wesley descreveu a rotina que
passou a haver entre eles na viagem: “Agora começamos a ser um pouco regulares.
Nosso modo de vida comum era este. Das quatro da manhã até as cinco, cada um de
nós usou a oração privada. De cinco a sete lemos a Bíblia juntos, comparando-a
cuidadosamente (para que não nos inclinássemos para nossas próprias
insuportáveis) com os escritos das eras mais antigas. Às sete tomamos café da
manhã. Aos oito foram as orações públicas. Das nove às doze eu geralmente
aprendi alemão, e o Sr. Delamotte, grego. Meu irmão escreveu sermões, e o Sr.
Ingham instruiu as crianças. Às doze horas, nos reunimos para prestar contas
uns aos outros sobre o que havíamos feito desde nossa última reunião e o que
planejávamos fazer antes da próxima”, [15]disse Wesley.
Foram várias as atividades
espirituais durante a viagem, algumas programadas e outras que surgiram:
Exortando uns aos outros
Na quarta e quinta-feira, dias
15 e 16 de outubro de 1735, disse Wesley, “passamos com um ou dois de nossos
amigos, em parte a bordo e em parte em terra, exortando uns aos outros a
sacudir todos os pesos e a correr com paciência a corrida que se punha diante
de nós”. [19]
Na segunda-feira, dia 20 de
outubro, Wesley e seus companheiros fizeram um jejum. Ele disse: “deixamos
totalmente de lado o uso de carne e vinho, e nos limitamos a alimentos
vegetais, principalmente arroz e biscoito. À tarde, David Nitchman, bispo dos
alemães, e outros dois começaram a aprender inglês. Ó sejamos, não só de uma só
língua, mas de uma só mente e de um só coração!” [20]
Wesley batizando
No dia 16 de novembro de 1735,
“Wesley disse que Thomas Hird, e Grace, sua esposa, com seus filhos, Mark, de
21 anos, e Phebe, cerca de 17 anos, quakers tardios, foram, em seu desejo
frequentemente repetido, e após cuidadosa instrução, admitidos ao batismo”. [21]
Wesley distribuiu livros
Wesley registrou em seu diário
na quinta-feira, 20 de novembro de 1735: No ancoradouro de Yarmouth,
“distribuímos alguns livros entre os muitos que estavam ali, que os receberam
com todas as expressões possíveis de agradecimento.” [22]
Orientação sobre a ceia do
Senhor
Wesley registrou em seu diário
que na sexta-feira 21 de novembro “alguém que se recupera de uma doença
perigosa, desejava ser instruído sobre a natureza da ceia do Senhor. Eu achava
que era preocupante para ela ser a primeira instruída na natureza do
cristianismo: e, consequentemente, fixei uma hora por dia para ler com ela no
Tratado do Sr. Law sobre
Tempestade violenta e medo de
morrer
No sábado, dia 17 de janeiro de
1735, havia um vento contrário. Por volta das 9 horas, disse Wesley, “uma onda
mais alta quebrou por sobre o navio de popa à proa, entrando pelas janelas da
cabine cerimonial onde três ou quatro de nós estávamos, e nos envolveu por toda
parte. Entretanto, uma pequena cômoda com espelho protegeu-me do choque
principal”.[42]
Wesley relatou ainda: “Por volta
das onze deitei-me na grande cabana e por pouco tempo adormeci,
embora muito incerto se eu deveria acordar vivo, e muito envergonhado da minha
indiferença para morrer. Oh, quão puro de coração deve ser ele, que se
alegraria em comparecer diante de Deus a um momento de advertência! Pela manhã,
ele repreendeu os ventos e o mar, e houve uma grande calma”, disse Wesley. [43]
Wesley decide ir até o
moravianos
“Há muito
que observava a grande seriedade do seu comportamento”
No dia 25 de janeiro de 1736,
Wesley disse: “Às sete horas fui para os alemães. Eu já havia observado muito
antes a grande seriedade de seu comportamento. De sua humildade tinham dado uma
prova contínua, realizando aqueles ofícios servis para os outros passageiros
que nenhum dos ingleses assumiria; pelo qual desejavam, e receberiam, nenhum
pagamento, dizendo: "Era bom para seus corações orgulhosos", e
"O Salvador amoroso fizera mais por eles." [52]
A mansidão dos moravianos
“E todos os
dias lhes davam ocasião de mostrar uma mansidão”
Wesley comentou sobre as
atitudes dos moravianos na viagem: “E cada o dia lhes dera ocasião de mostrar
mansidão que nenhuma lesão poderia mover. Se fossem empurrados, golpeados, ou
jogados para baixo, eles se levantaram novamente e foram embora fora; mas
nenhuma queixa foi encontrada em sua boca.” [58]
Cantando suavemente
Certa vez, disse Wesley, a
“metade do Salmo, por meio do qual o trabalho deles começou, uma onda quebrou
sobre o navio, fez a vela principal em pedaços, cobriu o navio e esparramou-se
entre os conveses como se a grande profundeza já os tivesse tragado”,[59] disse Wesley.
Então, entre os ingleses se
ouviu um grito terrível, mas “os alemães cantaram calmamente”, escreveu Wesley
em seu diário. [60]
Sem medo de morrer
“Perguntei a um deles depois”,
disse Wesley: "Você não estava com medo?" Ele respondeu:
"Agradeço a Deus, não". Perguntei: "Mas suas mulheres e crianças
não estavam com medo?" Ele respondeu, suavemente: "Não; nossas mulheres
e crianças não têm medo de morrer".[61]
A diferença na hora da provação
“Logo em seguida, fui até seus
vizinhos, disse Wesley, “que choravam e tremiam, e mostreilhes a diferença, na
hora da provação, entre aquele que teme a Deus e aquele que não o teme. À
meia-noite, o vento cessou. Este foi o mais glorioso dia que eu vi até então”.[62]
Chegando à América
“Deus nos
trouxe a todos seguros para o rio Savannah”
A América à vista
Wesley começou a ver a América.
Ele disse “as árvores eram visíveis do mastro e, após o meio-dia, do convés
principal. Na lição da noite foram estas palavras: Uma grande porta e eficaz é
aberta. Oh, que ninguém a feche!” [69]
Seguros para o rio Savannah
Na quinta-feira, dia 5 de
fevereiro de 1736, entre dois e três no pós-meio-dia, “Deus nos trouxe a todos
seguros para o rio Savannah. Lançamos âncora perto da ilha Tybee, onde os
bosques de pinheiros, correndo ao longo da costa, fizeram uma perspectiva agradável,
mostrando como se fosse a floração da primavera, nas profundezas do inverno”. [70]
“O rio Savannah forma a
fronteira entre os estados da Geórgia e Carolina do Sul, drenando uma bacia hidrográfica
de 10.577 milhas quadradas”.[71]
Pisando pela primeira vez em
solo americano
“O Sr.
Oglethorpe nos levou a um terreno em ascensão, onde todos nós nos ajoelhamos
para agradecer”
Na quinta-feira, dia 6 de
fevereiro de 1736, “por volta das oito da manhã, pisamos pela primeira vez
em solo americano. Era uma pequena ilha desabitada, contra Tybee. O Sr.
Oglethorpe nos levou a um terreno em ascensão, onde todos nós nos ajoelhamos
para agradecer”. [72]
“Chamamos
nosso pequeno rebanho para orar”
“Ele então pegou o barco para
Savannah. Quando o resto do povo chegou à praia, chamamos nosso pequeno rebanho
para orar”, [73]disse Wesley.
Lições de Wesley
“Várias partes da segunda lição,
Marcos VI eram maravilhosamente adequados para a ocasião; em particular, o
relato da coragem e dos sofrimentos de João, o batista; as instruções de nosso
Senhor aos primeiros pregadores de seu evangelho e sua labuta no mar, e
libertação com aquelas palavras confortáveis: Sou eu, não tenha medo”. [74]
Em 6 de fevereiro de 1736, João
Wesley desembarcou na ilha de Peepe.[75] “Ele pregou a seus
companheiros de viagem seu primeiro sermão em solo americano”. [76]
No sábado, dia 7 de fevereiro de
1736, sr. “Oglethorpe retornou de Savanna, com o Sr. Spangenberg, um
dos pastores dos alemães. Logo descobri de que espírito ele era; e pediu-lhe
conselhos a respeito da minha própria conduta”. [77]
Wesley realizou seu ministério
na Geórgia com toda dedicação. Mas tanto Wesley como Carlos Wesley voltaram à
Inglaterra frustrados.
Wesley deixou a Geórgia em
2 de dezembro de 1737.[86]
Experiência do coração aquecido
Wesley liderava um Clube de
jovens estudantes que buscava a santidade, desde 1729.
Wesley publicou, em 1733,
Coleção de modelos de oração para todos os dias da semana. Portanto, Wesley era
convertido no sentido que hoje consideramos uma conversão. Ele tinha sim,
muitas dúvidas antes de 1738. Além disso, sua desastrosa atuação pastoral na
América havia aumentado essa dúvida, mas ele não buscava a conversão e sim a
santificação. Escrevendo sobre o ano de 1733, Wesley disse:
“No mesmo ano publiquei (primeira vez que
tentei publicar qualquer coisa), para uso dos meus alunos, uma ´Coletânea de
Formas de Oração´. E nesta obra falei explicitamente em dar ´totalmente o
coração e a vida a Deus´. Esta foi, então, como é agora, a minha ideia a
respeito da Perfeição (...).”
Diante dos fracassos que
experimentou na América, Wesley foi muito crítico consigo mesmo e, então, notou
que o seu coração estava corrompido.
Diante desse quadro, Wesley
percebeu mais nitidamente o estado do seu coração. Por isso, afirmou que
aprendeu na América que o seu coração estava corrompido:
“(...) que eu tenho estado destituído da
glória de Deus; que meu coração está completamente corrompido (...).”
Wesley saiu da Geórgia com
amargura e desapontamento. Como positivo, passou a ser mais cauteloso. Havia
aprendido a conhecer com os moravianos direção paternal de Deus; havia vencido
seu medo do mar. Em acréscimo, havia conhecido muitas pessoas que, como ele,
buscavam a santidade e desejam servir a Deus.
A consciência de sua situação o
levou a procurar ajuda e a se humilhar. Conheceu um moraviano chamado Pedro
Bohler que lhe ensinou sobre a fé viva. Wesley disse:
“(...) me surpreendeu mais e
mais com a explicação que me deu a respeito dos frutos da fé viva, a santidade
e a felicidade que ele afirmou acompanharem tal fé.”
Os moravianos diziam que não
existem graus de fé. Ou você tem ou não tem fé. Wesley não tinha a fé que os
moravianos tinham, por isso, se julgava um incrédulo. Pedro Bohler lhe ensinou
sobre a fé viva.
Wesley estava triste porque seus
amigos haviam tido experiências com Deus e ele ainda não. George
Whitefield tinha tido uma experiência
espiritual, em 1735, e Benjamim Ingham também
já havia experimentado uma transformação. Carlos Wesley também tinha sentido
uma "palpitação no coração", em 21 de maio de 1738, mas João Wesley
ainda não havia tido a sua experiência.
Wesley estava consciente do
estado do seu coração. Sabia que precisava de uma ação de Deus em sua vida.
Havia aprendido que a fé viva poderia restaurar a sua vida. Pela influência dos
moravianos, Wesley pensava que não tinha
fé e que era incrédulo. Ele aprendeu que precisa ter uma fé viva.
Diante das crises, Wesley
decidiu procurar os moravianos, que o haviam mostrado sobre uma fé superior.
“Uma semana após ter voltado para a
Inglaterra, Wesley se encontrou com Peter Bohler, um ministro luterano
(ordenado mais tarde por Zinzendorf para o ministério morávio) recentemente
chegado da Alemanha e a caminho da América. O contato de Wesley com Bohler,
durante os quatro meses seguintes, proporcionaria modelos tanto para a
renovação espiritual como para o desenvolvimento organizacional do metodismo.”
Wesley, contudo, continuava
preocupado com a falta de segurança da fé, que havia se tornado evidente em sua
viagem durante as duas travessias do oceano. A vida de Wesley começou a ter um
novo rumo, quando ele foi sem vontade a uma reunião numa sociedade, no dia 24
de maio de 1738. No culto, alguém comentava sobre a mudança que Deus opera pela
fé em Jesus.
Wesley assim descreveu a sua experiência,
quando disse ter sentido seu coração aquecido:
“(...) senti que eu agora confiava em Cristo,
somente em Cristo, para salvação; e me foi dada à segurança de que Cristo havia
perdoado os meus pecados, sim, os meus, e que eu estava salvo da lei do pecado
e da morte.”
Wesley tinha ainda 34 anos. Em
28 de junho ele fez 35 anos.
Viagem à Alemanha para conhecer os moravianos
Wesley fez uma peregrinação à Alemanha, em 1738. Ele tinha 35 anos.
Seu propósito era conhecer homens santos e compreender mais sobre a fé e prática espiritual dos moravianos. Conhecer, aprender e se aprofundar espiritualmente. Esses foram os principais propósitos de Wesley na sua peregrinação até a Igreja dos moravianos, na Alemanha.
É uma antiga região da Checoslováquia. Faz parte
atualmente da República Tcheca.
A parte oriental da República Tcheca é composta pela
Morávia e pela Silésia.
O que é peregrinar?
“Peregrinar não é apenas caminhar até um determinado lugar,
é realizar essa missão por algo maior que o mova e o inspire a ser peregrino. É
ter como objetivos encontrar sua essência e seus valores, buscar o sentido
da existência e evoluir
espiritualmente”.[9]
Wesley conheceu os moravianos na Alemanha, especialmente em
Marienborn e Herrnhut. “John Wesley viajou para a Alemanha, especificamente
para ver Herrnhut na Saxônia, pois desejava experimentar a vida espiritual da
congregação da Morávia”.[10]
Depois da Holanda, “ele visitou pela primeira vez a morada
do Conde Zinzendorf em Marienborn; daí ele foi para Herrnhut.”[11]
Wesley teve um propósito espiritual em sua jornada até o
reduto dos moravianos: “E eu esperava que a conversa com esses homens santos,
que eram eles mesmos testemunhas vivas do poder completo da fé, e ainda capazes
de suportar aqueles que são fracos, fosse um meio, sob Deus, de estabelecer
minha alma de tal forma, para que eu pudesse continuar de fé em fé, e de força
em força.[12]
Wesley teve encontros com líderes e participou de diversas
reuniões com os morávios de Herrnhut, na Alemanha. [13]
“Os morávios são uma comunidade pietista de irmãos,
propriamente chamada Unitas Fratrum, que emanou de uma aldeia de refugiados
organizada por Zinzendorf em Herrnhut (Saxônia, Alemanha)”.[14]
No século XVIII, Herrnhut foi o centro do movimento morávio
na Europa.[15]
Wesley aprendeu bastante com os moravianos, sobre as Bands,
Festa do Amor, evangelismo, vida de santidade, etc.
Havia uma diferença: "Para Zinzendorf, é muito
importante entender que toda santidade pertence a Cristo. Para Wesley, toda
santidade é tornada possível por Cristo".[16]
Wesley esteve especialmente em dois lugares em 1738 onde
conviveu com os moravianos: Marienborn e Herrnhut.[17]
Wesley e seus companheiros tiveram muitas dificuldades em
entrar em algumas cidades na Alemanha. Havia um controle muito rígido e,
segundo Wesley, havia muita falta de hospitalidade.
“Após a visita a Herrnhut, ele desenvolveu uma intensa
atividade evangelística, começando como pregador ao ar livre em Kingswood e
Bristol, pregando aos mineiros fora de suas minas de carvão”.[18]
O
Pentecostes metodista
João Wesley acreditava e
ensinava sobre a personalidade do Espírito Santo. Ele não é apenas um espírito.
O Espírito Santo é uma pessoa.
“Uma leitura dos Hinos dos
Wesleys na trindade revela uma concepção do Espírito Santo como ‘uma presença
viva, ativa, ‘pessoal’ que entra em uma amizade interpessoal intima com o homem
(...).”[19]
Mais do que um poder, uma
energia ou um dom, o Espírito Santo é uma pessoa e faz parte da Trindade:
Deus-Pai, Deus-Filho, Deus-Espírito Santo. Podemos dizer que Ele é Deus em nós.
Na vigília de 31 de dezembro de
1738 para 1739, aconteceu o que alguns chamam de Pentecostes metodista: “Na
passagem do novo ano, durante uma noite de vigília na celebração da festa do
amor, o poder de Deus veio poderosamente
sobre o grupo Fetter Lane, de tal maneira que muitos gritavam com
extraordinária alegria e muitos caíram no solo.”[20]
Nesse grupo estavam João e
Carlos Wesley e cerca de sessenta outros metodistas, que com temor entoaram o
cântico que diz: "Louvamos-Te, ó Deus, reconhecemos a Ti como Senhor.”
Wesley assim registrou em seu
Diário: "Sr. Hall, Hinching, Ingham, Whitefield, Hutching e meu irmão
Charles estiveram presentes em nosso banquete de amor em Fetter Lane com cerca
de 60 de nossos irmãos. Por volta das três da manhã, enquanto continuávamos em
oração instantânea, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, de tal forma
que muitos gritaram de alegria e muitos caíram por terra. Assim que nos
recuperamos um pouco daquele espanto e admiração pela presença de Sua
majestade, irrompemos em uma só voz: 'Louvamos Vós, ó Deus, reconhecemos que és
o Senhor. '"[21]
Wesley tinha 35 anos quando
experimentou o Pentecostes.
Para Wesley, o Espírito Santo
pode vir sobre as pessoas “como uma torrente enquanto experimentam o poder
dominador da graça salvadora (...). Mas Ele opera em outros de maneira muito
diferente: Ele exerce a sua influência de maneira delicada, refrescante como o
orvalho silencioso.”[22]
George Whitefield, que estava nessa vigília, disse o seguinte sobre
os dias posteriores a esse fato:
“Na verdade, foi uma época
pentecostal, às vezes noites inteiras eram passadas em
oração. Frequentemente, temos nos enchido como vinho novo, e
frequentemente os tenho visto oprimidos pela Presença Divina, e clamam: “Será
que Deus, de fato, habitará com os homens na terra? Quão terrível é este
lugar! Esta não é outra senão a casa de Deus e a porta do céu!”.[23]
Segundo alguns historiadores,
“entre 1738 e 1791, 1,25 milhão de pessoas foram convertidas a Cristo.
►O derramamento do Espírito
Santo durante o Serviço Noturno de Vigilância de Fetter Lane em 31 de dezembro
de 1738 - 1º de janeiro de 1739, foi a inauguração espiritual para o ministério
público dos Wesleys e o início da Igreja Metodista.
►O avivamento subsequente que se
espalhou cruzou as linhas denominacionais e envolveu todos os segmentos da
sociedade. Em 1928, o arcebispo Randall T. Davidson escreveu que Wesley praticamente mudou a
perspectiva e até mesmo o caráter da nação inglesa.”[24]
Alguns escritores do Movimento
de Santidade, no final do século XX, acreditaram que esse foi o momento de
Wesley ter alcançado a santidade ou perfeição cristã.
Essa experiência é também
considerada a confirmação da vinda do “Despertar”, que foi uma renovação
espiritual nas igrejas de língua inglesa durante as décadas de 30 e 1740. Nas
colônias na América foi chamado de “Grande Despertar”.[25]
Começo em Bristol ao ar livre e com multidões
Em fevereiro de 1739, Wesley estava com 35 anos. Em
28 de junho, Wesley fez 36 anos.
Foi em 1739 que George Whitefield começou a pregar
ao ar livre em Bristol e atraiu imensas multidões.
Ele “pediu a seu amigo, John Wesley, que
continuasse seu trabalho em Bristol. A princípio, Wesley relutou em pregar ao
ar livre porque a Igreja desaprovava tal comportamento, mas depois se convenceu
de seu valor ao ver o impacto que Whitefield estava causando”.[26]
Na segunda-feira, 2 de abril, Wesley foi a uma
olaria na área de St. Philips e pregou para uma multidão de cerca de três mil
pessoas: “Às quatro da tarde me submeti a ser mais vil e proclamei nas estradas
as boas novas da salvação”, disse Wesley.
E foi assim que começaram das pregações de Wesley
para multidões e o desenvolvimento do metodismo em Bristol.
A
importância de Bristol
Para os teólogos latino-americanos, a terceira
conversão de Wesley, em Bristol no ano de 1739, foi mais marcante.
Qual era a importância de Bristol?
“Bristol era o epicentro da dupla revolução
agrícola e industrial do século XVIII, com seus camponeses desalojados com seus
artesãos e operários, seus mineiros e comerciantes, em um dos centros vitais do
Império Britânico em plena expansão manufatureira e comercial.”[27]
A cidade de Bristol tinha cerca de 50 mil
habitantes. Era rodeada de minas de carvão que ajudavam a estimular a crescente
revolução industrial. Era líder no reino e o porto principal para o comércio
com a América do Norte e com as Índias Ocidentais. Importava tabaco e açúcar e
exportava produtos manufaturados.[28]
Não se pode esquecer a participação efetiva de
Bristol, no tráfico de escravos. “A participação de Bristol no tráfico de
escravos se estende pelo menos até o século XI. Escravos irlandeses e ingleses
eram rotineiramente vendidos no porto a partir deste momento até os anos 1100.
O envolvimento oficial de Bristol no comércio
transatlântico de escravos começou em 1698 (...)”.[29]
Wesley condenou, escreveu e apoiou lideres contra a
escravidão na Inglaterra.
Foi em Bristol que as multidões responderam aos
apelos das pregações de George Whitefield.[30]
Igualmente, Wesley estava em contato direto com as
massas. Isso significou uma radical mudança em seu ministério, seus enfoques e
em sua própria teologia.[31]
Thomás Maxfield, que foi um dos líderes do
movimento metodista, teve uma emotiva experiência com a pregação de João
Wesley, em Bristol, em 1739.[32]
Foi em Bristol que a primeira capela metodista foi
fundada.[33]
A capela “foi construída em 1739 sob a direção de
John Wesley - ele a chamou de "nossa Nova Sala na Feira de Cavalos" -
tornando-se a capela metodista mais antiga do mundo. Acima da capela estão os
quartos em que Wesley e outros pregadores ficaram. A capela inclui um púlpito
de dois andares, que era comum na época, e uma janela de lanterna octogonal
para reduzir o valor pago no imposto da janela. Além de reuniões e adoração, a
Sala Nova foi usada como dispensário e sala de aula para as pessoas pobres da
área. Os bancos e bancos eram feitos de madeira de navio antigo. Os grupos
metodistas de Baldwin e Nicholas Street se uniram para formar a Sociedade
Unida, que se reuniu na Sala Nova a partir de 3 de junho de 1739”.[34]
Bristol é considerado o berço do movimento
metodista.
“O metodismo realmente nasceu em Bristol. Após as
experiências reconfortantes dos irmãos Wesley que os levaram da lei à graça,
John relutantemente (e Charles ainda mais relutantemente) seguiu o
incentivo de seu amigo George Whitefield para pregar ao ar livre.
O principal local associado a isso é “Hanham Mount,
cerca de quatro milhas a leste do centro da cidade de Bristol, e a partir desse
ponto o movimento metodista cresceu exponencialmente”.[35]
Wesley pregou nos meses de abril, maio e junho de
1739 para um total de 131.800 pessoas em Bristol.
Início das viagens para outros países
Carlos Wesley visitou o País
de Gales 11 vezes entre 1741 e 1748, incluindo suas viagens pelo País de Gales
em duas viagens à Irlanda.
João Wesley visitou o País de Gales pela primeira
vez em 1739 convidado por Howel Harris quando tinha 36 anos.
Wesley
esteve no País de Gales em diversas ocasiões, no período de 14 de outubro de
1739 a 24 de outubro de 1790.[36]
Em
1739, Wesley mudou-se para Bristol, mas logo começou a viajar para outras
partes da Inglaterra. Em 1739 viajou para o País de Gales. “Em 1747 viajou para
a Irlanda e em 1751 para a Escócia”.[37]
Wesley precisou conviver com um ambiente diferente
das missões em outros países, especialmente em relação à língua e ao
calvinismo.
Logo no início, em 1739, numa das primeiras
pregações de Wesley, ele mostrou como Deus exaltou Jesus para ser um
Príncipe e um Salvador, para dar arrependimento e remissão de pecados.
O galês Howel Harris foi um instrumento para Wesley
visitar e desenvolver seu ministério no
País de Gales, apesar de ele ser da linha calvinista. No final, passou a haver
uma Igreja Metodista calvinista e outra arminiana no País de Gales.
Wesley em tudo agiu com
diplomacia, sendo um cavaleiro, um príncipe no País de Gales.
Havia perseguição aos
metodistas no País de Gales e Wesley, como um príncipe, precisou escrever, em
1744, uma carta ao rei George II chamada “Uma humilde mensagem das Sociedades
da Inglaterra e Gales daqueles que em escarnio são chamados metodistas”.
Só em 1800 Thomas Coke
enviou pregadores metodistas de língua galesa para o País de Gales.
Wesley desfrutou de uma
excelente hospedagem em um famoso castelo de Fonmon (capa com o castelo e a
família Jones) de propriedade de fervorosos metodistas, que abriram caminho
para suas pregações no País.
Em 25 de agosto de 1763, no País de Gales, Wesley
amadurecido afirma estar mais convencido do que nunca da importância do
discipulado, das bands.
Para ele, a pregação sem unir aqueles que são
despertados e treiná-los nos caminhos de Deus, está apenas gerando filhos para
o assassino.
[1]
https://www.bbc.co.uk//humber/content/articles/2007/09/18/john_wesley.shtml
[2]
https://www.bbc.co.uk//humber/content/articles/2007/09/18/john_wesley.shtml
[3]
https://www.bbc.co.uk//humber/content/articles/2007/09/18/john_wesley.shtml
[4]
https://www.bbc.co.uk//humber/content/articles/2007/09/18/john_wesley.shtml
[5]https://www.historyhome.co.uk/
people/wesley.htm
[6]
https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesleys-fathers-death-april-25-1735-1411702
[7]
https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesleys-fathers-death-april-25-1735-1411702
[8]
https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesleys-fathers-death-april-25-1735-1411702
[9]
https://travelness.com.br/o-que-e-peregrinacao-e-quais-tipos-existem/
[10]
https://www.researchgate.net/publication/
273188035_A_Note_on_John_Wesley's_Visit_to_Herrnhut_in_1738
[11]
https://www.theatlantic.com/magazine/archive/1871/03/john-wesley/630650/
[12]
https://media.sabda.org/alkitab-10/library/collect/wesley_c/wes_ww01.pdf
[13]
https://www.jstor.org/stable/41179412
[14]
http://missionaries.griffith.edu.au/missionary-training/moravians-herrnhut-1722-1869
[15] Havia diferença entre dois grupos
morávios: Os Salzburgers que seguiam os ensinamentos de August Hermann Francke e Samuel Urlsperger, com origem na
tradição de Phillipp Jacob Spener e Universidade de Halle e os morávios que
seguiam os ensinamentos de Spangenberg e Nicholas Ludwing von Zinzendorf.
HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral
Bennett, 1996, p. 60.
[16]https://www.umnews.org/en/news/a-little-known-big-influence-on-john-wesley
[17]
https://artigos.wiki/blog/de/John_Wesley_(Prediger)
[18]
Idem.
[19] STAPLES, Rob L. John Wesley’s doctrine of the hole
Spirit. https://iliff.instructure.com/courses/1439137/files/.../download?.
[20] Ibidem,
p. 90. Esta experiência é citada por alguns carismáticos e pentecostais como a
experiência do Batismo com o Espírito
Santo ou unção do Espírito . No livro Heróis
da Fé está escrito sobre essa experiência: ”Essa unção do Espírito Santo
dilatou grandemente os horizontes espirituais de Wesley” (BOYER, Orlando. Heróis da Fé. Rio de Janeiro: CPAD,
1986, p.68).
[21] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Fetter_Lane_Society; Telford, John (1947). A Vida de John Wesley . Londres : The Epworth Press. p. 394. ISBN 0-88019-320-4. pp117.
[22] BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo,
Imprensa Metodista, 1965, p.95.
[23] http://romans1015.com/tag/fetter-lane-revival/; John Gillies, Memoirs of
the Life of George Whitefield, p.34
[24]
http://romans1015.com/tag/fetter-lane-revival/
[25]
http://www.revempete.us/research/holiness/johnwesley.html
[26]
https://www.newroombristol.org.uk/content/uploads/2017/04/A_brief_guide_to_the_New_Room.pdf
[27]“John Wesley the Evolution of
Protestantism” (Llama apub Bonino et al, p.120).
[28]
HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral
Bennett, 1996, p.98-9.
[29]
https://www.bristolmuseums.org.uk/stories/bristol-transatlantic-slave-trade/
[30] As pregações de
Whitefield impressionaram a Wesley, que estava acostumado ao modo de decência e
ordem. Ele viu seu companheiro pregar para 30 mil pessoas e mudou seu modo de
pensar, mesmo a contragosto. Haviam manifestações físicas nos culto, cujos apelos
emocionais de Whitefield vinham da influência emocional Pietista cujas ênfases
eram no arrependimento, confissão e mudança de vida (HEITZENHATER, Richard P.,
Ibidem, p.98-101).
[31] Ibidem, p.121.
[32] REITZENHATER,
Richard P., Ibidem, p.115.
[33]https://www.gettyimages.ie/detail/news-photo/
john-and-charles-wesley-preaching-in-the-open-air-at-news-photo/463896201
[34]https://www.gpsmycity.com/attractions/john-wesleys-chapel-and-new-room-museum-19450.html
[35]https://www.methodist.org.uk/our-faithlife-and-faith/pilgrimage/pilgrimage-events/a-bristol-pilgrimage/
[36] https://digitalcommons.andrews.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=&httpsredir=1&article=1864&context=auss
[37]
https://localhistories.org/a-brief-biography-of-john-wesley/
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