O
coração aquecido de Nelson Mandela
Odilon
Massolar Chaves
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Tradutor: Google
Toda gloria a Deus!
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista
na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia
Índice
· Introdução
· Sua formação metodista
· Na universidade e Congresso Nacional Africano
· Participação metodista na luta contra o apartheid
· Mandela, o Metodista
· Gratidão à Igreja Metodista
· Prêmio Mundial Metodista da Paz
· Frases de Mandela
· Símbolo de liberdade, justiça e paz
Introdução
“O coração aquecido de
Nelson Mandela” é um livro que trata quase exclusivamente sobre Mandela e seu
relacionamento com a Igreja Metodista.
Desde pequeno Mandela
foi levado por sua mãe, que era metodista, para a Escola Dominical da Igreja
Metodista. Seus estudos foram em grande parte em escolas e na Universidade
Metodista, na África do Sul.
O ofício fúnebre foi
também numa Igreja Metodista oficializado por líderes metodistas.
Em diversas ocasiões
este livro mostra Mandela declarando sua gratidão à Igreja Metodista e falando
de “nossa Igreja”.
Sua última esposa, Grace
Machel, era uma metodista filha de pastor metodista.
São muitos os
aprendizados neste livro sobre sua vida, que tinha uma Missão dada por Deus:
semear a justiça, a liberdade, o perdão, a paz e a igualdade entre todos. Mandela
contribuiu muito para termos um mundo melhor, especialmente na África do Sul.
O Autor
Sua
formação metodista
Mandela nasceu em 18 de julho de
1918, em Mvezo, no Cabo Oriental, e se formou em Healdtown, um internato iniciado por missionários
metodistas em 1845.
Mandela
afirmou que seus pais eram “religiosos, mas enquanto seu pai acreditava em
Qamata, o grande espírito do povo Xhosa, sua mãe era cristã e o batizou na
Igreja Metodista. Ele foi a primeira pessoa em sua família a ter uma educação
formal e foi para a Escola Missionária Wesleyana local perto de Qunu”.[2]
O Rev. Seth Mokitimi era o capelão
da escola. Um renomado pregador e educador metodista que teve uma
influência poderosa sobre Mandela.
Mandela gostava de dizer que em seu
tempo a criança era educada pelo método de sentar, aquietar-se e apenas ouvir
as conversas dos mais velhos.
O pai de Nelson Mandela, Henry
Gadla, tinha quatro esposas e treze filhos. Ele era descendente de Thembu,
chefe de um clã dos Xhosas (pronuncia-se Kôza), um dos muitos povos
locais da África do Sul. A formação de Mandela, dentro dos valores de respeito
às tradições e autoridades fez com que ele adquirisse os hábitos de nobreza,
educação formal e, acima de tudo, de profundo entendimento da “alma”
sul-africana[3].
Nelson Mandela era o filho da terceira esposa, Noqaphi Nosekeni. Era uma
das treze crianças e tinha três irmãos mais velhos. A mãe de Mandela era uma
metodista, e Nelson, seguindo seus passos, estudou numa escola Missionária
Metodista[4].
A educação de Mandela era permeada
de formação cristã por influência de sua mãe[5].
Ele foi batizado na Igreja
Metodista[6].
Quando tinha nove anos, seu pai
morreu e o regente da tribo Thembu, Jongintaba Dalindyebo, se ofereceu para ser
seu guardião. Jongintaba e sua esposa eram cristãos devotos e arranjaram para
que Nelson frequentasse a Escola Clarkesbury, a missão wesleyana mais antiga em
Thembuland. Mais tarde, ele foi para Healdstown, uma faculdade metodista em
Fort Beaufort.[7]
Na
idade de 21, Nelson foi para a Universidade de Fort Hare onde se tornou membro
da Sociedade Bíblica e dava aulas bíblicas aos moradores locais aos domingos,
junto com outro metodista Oliver Tambo. Ele morava no dormitório da Wesley
House.[8]
Anos depois, Mandela confirmou sua
filiação à Igreja Metodista quando falou numa Conferencia Metodista. Ele perguntou ao Bispo Dandala como se filiar
à Igreja. “O Dr. Dandala o lembrou do requisito de que um membro da MCSA
deveria comparecer ao sacramento da Sagrada Comunhão pelo menos uma vez a cada
três meses para manter a adesão formal. Compreendendo como seria difícil para
alguém com sua popularidade e estatura cumprir esse requisito específico, o Dr.
Dandala o deixou de lado e perguntou ao Sr. Mandela onde ele gostaria que sua
filiação fosse realizada, ao que o Sr. Mandela respondeu Mqhekezweni circuito
(que era o circuito no qual foi batizado). Ele foi devidamente registrado como
membro desse circuito pelo Bispo do Distrito e pelo Dr. Dandala. Como tal, o
Dr. Dandala lembra que o Sr. Mandela e a Sra. Machel eram
casados como membros de pleno direito, em boa posição, da Igreja Metodista em
seu 80º aniversário”.[9]
Mandela manteve uma conexão com a
Igreja Metodista ao longo de sua vida.
Na
universidade e Congresso Nacional Africano
Em 1939, Mandela foi um dos 50
negros que entraram na Universidade de Fort Hare, uma instituição missionária Metodista.
O envolvimento dele com política
estudantil foi sempre tentando se desvencilhar dos seus colegas radicais, como
alguns, que, em plena Segunda Guerra Mundial, achava a Inglaterra tão opressora
quanto à Alemanha (...).[10]
Ele completou os estudos
pelo correio, em 1942, auxiliado pelo amigo, Sisulu que também o ajuda a
empregar-se num escritório.
Mandela se casou com a
enfermeira Evelyn em 1944.[11]
Em 1943, ele entrou para o ANC
(Congresso Nacional Africano), o partido nacionalista que foi criado em
1912.
No ANC, Nelson Mandela, Madiba
para os íntimos, ajudou a fundar a liga jovem. Foi eleito em 1947 para o comitê
executivo da província Transvaal do partido. Em maio de 1948, o Partido
Nacional (dos brancos) chegou ao poder pelo voto (só para brancos) e por lá
permaneceu 46 anos!
Em 1950, já na Executiva Nacional
do ANC, Mandela começa a organizar e, às vezes liderar, protestos, greves e
desobediência civil contra as leis racistas do Apartheid.
A década de 50 houve várias
detenções de Mandela, além de seu confinamento em Johanesburgo durante um
período. Como nada surtisse efeito sobre o governo, Mandela e o ANC, se
envolveram com atos terroristas, e algumas sabotagens começam a acontecer. Em
1960, o ANC cai na clandestinidade, Mandela queima seu passe, com a presença da
imprensa e é novamente detido. Foi preso por 27 anos e seis meses. [12]
“Como líder em uma campanha contra o sistema de apartheid, Mandela foi condenado à prisão perpétua na Ilha Robben em 1963. O reverendo Peter Storey, um pastor metodista, serviu como capelão de Mandela e outros prisioneiros”.[13]
Participação
metodista na luta contra o apartheid
O Congresso Nacional Africano (CNA)
em 1952 articula a resistência ao Apartheid com a Campanha do Desafio. Nesse
período o CNA era presidido pelo pastor metodista, o zulu Albert John Luthuli,
que mais tarde ganharia o Prêmio Nobel da Paz.
Em 1964, Mandela e toda diretoria
do CNA foram presos. Em 1989 assumiu o
poder Frederik de Klerk que iniciou um processo de fim do Apartheid e libertou
Nelson Mandela, em 1991. Ganhou, em 1993, junto com Mandela, o Prêmio Nobel da
Paz.[14]
Em 1986, o Bispo metodista Lawi
Imathiu, do Kênia, tornou-se o primeiro africano a estar à frente do Movimento
Mundial Metodista. Na Conferência Mundial Metodista, em Nairobi, o Concílio
Mundial Metodista clamou pelo fim do Apartheid e pelos grilhões que
escravizavam o povo na África do Sul.
Autorizado pelo Concílio Mundial,
Lawi Imathiu liderou a delegação na visita ao Presidente Botha na África do
Sul. Imathiu abertamente clamou ao Presidente Botha para que libertasse Nelson
Mandela da prisão e removesse as algemas do povo.
Uma segunda delegação do Concílio Mundial Metodista encontrou-se com o
Presidente de Klerk oferecendo novamente o desafio consistente e a solicitação
para libertar Mandela, um metodista, e pela República da África do Sul, para
que extinguisse o sistema opressor do Apartheid.
Liderado pelo corajoso Bispo
Metodista Imathiu a mudança, por fim, aconteceu na África do Sul e em fevereiro
de 1990 Mandela foi liberto.[15]
No dia 27 de abril de 1994,
aconteceram as primeiras eleições gerais multirraciais na África do Sul. O CNA
obteve 58% dos votos, elegendo Mandela, o primeiro presidente negro da
República Sul-Africana.[16]
Mandela, o Metodista
“Antes
de ser ativista ou lutador
pela
liberdade,
prisioneiro
da esperança e presidente,
Nelson Rolihlahla Mandela era metodista”
“Mandela, o
Metodista” é uma expressão do Rev. Kelvin Sauls, pastor sênior da Igreja
Metodista Unida Holman em Los Angeles, CA. Ele nasceu e foi criado em
Joanesburgo, África do Sul.
Para ele, Mandela
tinha uma missão a desempenhar: “Sua missão foi informada e moldada por suas
raízes culturais e religiosas. Antes de ser ativista ou lutador pela liberdade,
prisioneiro da esperança e presidente, Nelson Rolihlahla Mandela era metodista”.[17]
Primero, ele era
metodista. Sua mãe era metodista e Mandela seguiu seus passos.
Ele frequentou uma
escola missionária metodista “onde era conhecido pelo nome de Nelson em seu
primeiro dia na escola. Esta missão - informada por um movimento para restaurar
a dignidade e igualdade para todos, e o Ubuntu em todo o país - infectou e afetou
minha vida de maneiras inesperadas e inexplicáveis”. [18]
Preso de 1964 a 1990,
ele disse quando saiu da prisão: "Lutei contra a dominação branca e lutei
contra a dominação negra. Acalmei o ideal de uma sociedade democrática e livre
em que todas as pessoas viverão juntas em harmonia com oportunidades iguais. É
um ideal pelo qual espero viver e ver realizado. Mas, meu Senhor, se
necessário, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer”.[19]
“Mandela, o Metodista”, disse o Rev.
Kelvin Sauls: "(...) reivindicou sua missão dada por Deus ao resistir à
bárbara e má manifestação da supremacia em todas as suas formas
institucionalizadas e internalizadas - manifestações que fornecem raízes e sustento
para a desigualdade. A igualdade para
todos foi um aspecto integrante da missão de Nelson Mandela na vida”.[20]
Dentro de sua
missão, com responsabilidade com dignidade, reconciliação com a verdade,
“Mandela promoveu o perdão e a bondade como caminhos que levam à restauração da
beleza interior e exterior”.[21]
Discurso na Conferência Anual da Igreja Metodista
“O
papel que a Igreja Metodista
desempenhou
em minha própria vida”
Mandela revela ser
“o Metodista” no discurso que fez na Conferência Anual da Igreja Metodista, em
18 de setembro de 1994. Em diversos momentos do discurso, ele fez questão de
falar de suas raízes, exaltar a ação da Igreja Metodista e expressar sua
gratidão.
No discurso, ele
fala em “volta ao lar pessoal tanto físico como espiritual” e afirma que “não
posso enfatizar demais o papel que a Igreja Metodista desempenhou em minha
própria vida”.
Ele começou o
discurso dizendo: “Permita-me expressar minha profunda gratidão pelo convite
para estar com vocês esta noite. É realmente uma grande honra para mim trazer
minhas saudações pessoais a uma das comunidades cristãs mais significativas em
nosso país.
Minha alegria por
estar nesta conferência é multiplicada muitas vezes pelo fato de que esta é
também para mim uma volta ao lar pessoal, tanto no sentido físico quanto
espiritual. Os arredores de Umtata não são apenas minhas origens humildes. Foi
aqui que minha associação espiritual com esta grande Igreja começou. E não
posso enfatizar demais o papel que a Igreja Metodista desempenhou em minha
própria vida”.[22]
Mandela reconhece
que a Igreja Metodista tem feito uma grande contribuição ao país na formação do
caráter das pessoas: “Sua Igreja tem um histórico orgulhoso de compromisso com
o desenvolvimento dos filhos e filhas da África em mais de uma área. As grandes
instituições de ensino que se espalharam a partir da "Cadeia de Estações
Missionárias" do Reverendo William Shaw nesta região moldaram as mentes e
o caráter de gerações de nosso povo, bem como de muitos de nossos líderes
atuais”.[23]
Embora o apartheid
tenha procurado fazer desaparecer muitas dessas instituições, Mandela disse que
“o impacto de seus ensinamentos acadêmicos e morais não pôde ser pisoteado.
Nós, que por eles passamos, não esqueceremos os excelentes padrões de ensino e os
valores espirituais que nos foram transmitidos”.[24]
Para ele, é
encorajador saber que o “Metodismo está retornando a esta grande tradição com a
reabilitação de Healdtown, sua nova Escola John Wesley em Pinetown, o uso de
Indaleni para o desenvolvimento da comunidade, o retorno a Kilnerton e as
centenas de pré-escolas que você estabeleceu.”[25]
“Os
líderes metodistas eram proeminentes
entre
os profetas que se recusaram
a
se curvar ao falso deus do apartheid”
Diante do apartheid,
Mandela disse que os metodistas foram os profetas mais proeminentes: “os líderes metodistas eram proeminentes entre os profetas
que se recusaram a se curvar ao falso deus do apartheid. Seus ministros
também nos visitaram na prisão e cuidaram de nossas famílias. Alguns de vocês
foram banidos. O próprio seu Bispo Presidente compartilhou prisão conosco por
alguns anos na Ilha Robben. Você fez isso, não como estranhos à causa da
democracia, mas como parte da sociedade e profetas eminentes dos ensinamentos
de sua fé”[26].
“A
Igreja Metodista foi a única Igreja
a ser declarada uma organização ilegal sob o
apartheid”
E exaltou a Igreja
Metodista diante do apartheid: “A Igreja Metodista foi a única Igreja a ser
declarada uma organização ilegal sob o apartheid, e por dez longos anos você
foi proibido de operar no bantustão de Transkei. É nesta mesma Câmara que esta
ordem de proibição foi promulgada”.[27]
E, ao concluir seu
discurso, Mandela afirmou: “Estou confiante de que, com o apoio da Igreja
Metodista e da fraternidade religiosa como um todo, nossa nação alcançará o
topo das montanhas de seus desejos coletivos.
“Nosso
Hino Nacional foi
cantado
pela primeira vez há
muito
tempo na Ordenação de um
ministro
metodista”
Estou ciente de que o
grande hino que agora faz parte do nosso Hino Nacional
foi cantado pela primeira vez há muito tempo na Ordenação de um ministro
metodista. Eu me uno a vocês nessa humilde oração: Nkosi Sikelela
i'Afrika!”.[28]
Mandela aqui lembra do
hino “Deus abençoe a África” composto pelo professor metodista Enoch Sontonga
que foi cantado pela primeira vez na ordenação de um pastor metodista e que se
tornou o Hino Nacional da África do Sul.
Gratidão
à Igreja Metodista
Depois que saiu da prisão, Mandela
se divorciou e se casou com Graça Machel, membro da Igreja Metodista Unida e
viúva do ex-presidente de Moçambique Samora Machel. O casamento foi realizado
por Mvuve Dandala, bispo metodista da África do Sul.
Segundo Machel, um missionário
americano chamado Mabel lhe deu todo apoio. Vendo algo de bom nela, teve
confiança e fez tudo para que pudesse encontrar e ter uma boa educação. Machel
disse que sua educação é algo “que eu devo à igreja Metodista e especialmente a
Mabel.”[29]
Em 1975, Machel foi nomeada como
ministra de Educação para Moçambique, primeira mulher a ocupar esse cargo.
Mandela, ex-presidente da África do
Sul e um símbolo internacional dos direitos humanos, e sua esposa, ex-ministra
de instrução de Moçambique Machel, surpreenderam os bispos com sua presença num
jantar no domingo de 5 de novembro de 2006. Machel é também a viúva do
presidente Samora Machel de Moçambique.
Mandela e Machel têm raízes
Metodistas profundas. Mandela foi educado em uma escola Metodista, na África do
Sul. Machel é da Metodista Unida e leciona em uma escola Metodista, em
Moçambique[30].
Ainda como Presidente da África do Sul, Mandela visitou a congregação
Metodista em Langa, em 14 de fevereiro de 1999, e reconheceu a importância da
Igreja Metodista, a qual chama de “minha Igreja” e declarou:
“Rev.Nkomonde
Membros da Congregação
Amigos,
Como presidente, eu tive o privilégio
de assistir a várias conferências de grupos religiosos, incluindo no ano
passado a conferência da Igreja Metodista. Aquela é sempre uma experiência
inspiradora e incentivadora. Mas é mais assim quando se pode compartilhar de um
momento como este com uma congregação. É uma honra especial e eu lhe agradeço
do fundo de meu coração por uma vez mais ser convidado a estar com você.
Estando aqui, na comunidade, onde os
homens e as mulheres vivem sua fé em suas vidas diárias, nós podemos
compreender como uma religião poderosa dá força em nossa sociedade, e sustenta
os valores espirituais e morais que nos unem em toda nossa diversidade (...).
Durante todas as gerações da
opressão e discriminação, a religião deu ao povo incontável determinação e o
compromisso para resistir à desumanidade. Muitos extraíram da religião a
coragem para sobreviver à dor (...).
Nós recordamos como os corpos
religiosos foram responsáveis para a instrução dos milhões de africanos do sul
quando o governo nos negou. Nós recordamos como durante nossos anos na prisão a
nossa igreja e outras comunidades religiosas nos atenderam, trazendo o cuidado
e o incentivo espirituais através dos capelães que nos visitaram; e
importando-se com nossas famílias quando nós não poderíamos fazer assim (...).”[31]
Prêmio
Mundial Metodista da Paz
Em 1993, Mandela recebeu o Nobel da Paz. Ele foi “responsável por
mudanças contra as leis de discriminação racial e social, que mantinham os
negros e outros grupos sociais na marginalidade social.”[32]
A liderança inteira do Conselho
Mundial Metodista esteve presente na cerimônia. “No dia 21 de setembro, na
catedral Metodista da Cidade do cabo, em cerimônia significativa e de impacto
evangélico e político internacional, mobilizando a África do Sul e a Igreja
Metodista, foi entregue ao ex-presidente da África do Sul, Dr. Nelson Mandela,
o Prêmio Mundial Metodista da Paz, ano 2000”.
Após a entrega do prêmio, Mandela disse: “Já recebi muitos prêmios, inclusive o Nobel da Paz, mas este é muito especial para mim, é o prêmio concedido pela minha Igreja Metodista”[33].
“Mandela se aposentou como presidente da África do Sul em 1999, após
cumprir um mandato, mas continuado a ter uma influência global e no continente
africano. Em 18 de julho de 2009, seu aniversário foi declarado Dia
Internacional de Mandela e se tornou um evento anual de serviço prestado”.[34]
“O casal Nelson Mandela e sua esposa
Graça Machel “fez uma aparição surpresa perante o Conselho Metodista Unido de
Bispos durante uma reunião de novembro de 2006 em Maputo, Moçambique, a Bispa
Janice Huie, então presidente do conselho, pessoa que o grupo era
"abençoado" por tê-los em sua presença “Temos estado na
companhia dos santos e sabemos disso e somos gratos”, disse ela”.[35]
Nelson Mandela faleceu no dia 5 de dezembro de 2013.
“(...) clero da Igreja Metodista da África do Sul (MCSA) presidiu o
serviço memorial público no Estádio FNB em 10 de dezembro de 2013,3 o serviço funeral oficial do estado em Qunu em 15 de
dezembro de 2013,4 e também ofereceu cuidado pastoral em particular aos
membros da família Mandela e aos membros e lideranças do Congresso Nacional
Africano.5 O presidente Jacob Zuma escolheu fazer seu primeiro
discurso público formal sobre o falecimento do Sr. Mandela na Igreja Metodista
de Bryanston no domingo, 8 de dezembro de 2013”.[36]
Frases
de Mandela
“Se não fosse pela Igreja Metodista Unida, eu ainda estaria na minha aldeia.”[37]
"Depois de escalar uma montanha
muito alta, descobrimos que há muitas outras montanhas por escalar."
"Sonho com o dia em que todos se
levantarão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos."
"Eu faço tudo isso em nome dos
princípios morais, segundo os quais não podemos abandonar aqueles que nos
ajudaram nos momentos mais sombrios da história do nosso país."
"Se existem sonhos sobre uma
bela África do Sul, há também estradas que levam a este objetivo. Duas destas
estradas podem ser chamadas Bondade e Clemência. "
"Cultivo minha própria
liberdade carinhosamente, mas cuido ainda mais da nossa liberdade. Tantos têm
morrido desde que deixei a prisão. Tantos têm sofrido pelo amor à liberdade.
Devo isso às suas viúvas, aos seus órfãos, às suas mães e aos seus pais, que
enlutaram e sofreram por eles."
"Isso foi uma das coisas que
me preocuparam - ter ascendido à posição de semideus - pois daí em diante você
não é mais um ser humano. Eu queria ser conhecido como Mandela, um homem com
fraquezas, algumas das quais são fundamentais, e um homem que é engajado."
"Uma boa cabeça e um bom
coração são sempre uma formidável combinação." "Como eu tenho dito, a
primeira coisa é ser honesto consigo mesmo. Você não pode nunca ter um impacto
sobre a sociedade se não mudou a si próprio... Os grandes pacificadores são
todas pessoas íntegras, honestas, exceto humildes."[38]
“Nós recordamos como durante nossos
anos na prisão a nossa igreja (Metodista) e outras comunidades religiosas nos
atenderam, trazendo o cuidado e o incentivo espirituais através dos capelães
que nos visitaram; e importando-se com nossas famílias quando nós não
poderíamos fazer assim (...).”[39]
Símbolo de
liberdade, justiça e paz
“Muitas pessoas respondem com compreensão a boa nova da Igreja Metodista Unida. Alguns que respondem têm um impacto em uma família… uma vila… uma nação. Alguns, como Nelson Mandela, têm um impacto no mundo”[40]
O Conselho Mundial Metodista assim
se referiu sobre Mandela:
“Ao longo de sua vida, Nelson
Mandela teve muitas conexões com o metodismo. Formado em um internato
metodista, o campeão antiapartheid foi orientado por pregadores e educadores
metodistas e formou um vínculo com um capelão metodista enquanto estava na
prisão. Como presidente da África do Sul, ele trabalhou com líderes da
igreja na formação de uma nova nação e eventualmente casou-se com Graça Machel,
uma Metodista Unida”.[41]
O Conselho Metodista Mundial
reconheceu Mandela como um "símbolo de liberdade,
justiça e paz" ao presenteá-lo com seu prêmio de paz de 2000”.[42]
Mandela foi um cidadão do mundo amado por todos que lutam pela
liberdade, justiça e paz.
Mas o que proporcionou a Mandela ter um caráter admirável foi sua formação religiosa. E isso se deve ao ensino e e apoio da Igreja Metodista.
Bom lembrar que “antes de ser ativista ou lutador pela liberdade,
prisioneiro da esperança e presidente, Nelson Rolihlahla Mandela era
metodista”.[43]
[4]
www.africanhistory.about.com/od/mandelanelson/a/bio_mandela.htm
[6]
www.findarticles.com/p/articles/mi_m1077/is_n10_v49/ai_15687222
[8]
Idem.
[9] http://www.scielo.org.za/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1017-04992014000200007
[10] https://www.estudarfora.org.br/mandela-day-universidades/
[11] https://www.terra.com.br/noticias/mundo/africa/nelson-mandela/exclusivo-bairro-onde-mandela-morou-vive-descaso-do-governo-ha-70-anos,1f0126d88b8e2410VgnVCM10000098cceb0aRCRD.html
[13]
https://www.umnews.org/en/news/mandelas-methodist-ties
[14]
http://danissincrasia.blogspot.com/2005_09_01_archive.html
[15]
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=575
[16] Idem.
[18] Idem.
[19] Idem.
[20] Idem.
[21] Idem
[22]
http://www.mandela.gov.za/mandela_speeches/1994/940918_methodist.htm
[23] Idem.
[24] Idem.
[25] Idem.
[26] Idem.
[27] Idem.
[28] Idem.
[29]
www.homepage.mac.com/larryhol/iblog/C1482802393/E20061117144452/index.html
[30] Idem.
[32] Bispo Paulo Lockmann,”Mandela
recebe Prêmio Mundial Metodista da Paz”
[33] Idem.
[34]
https://www.umnews.org/en/news/mandelas-methodist-ties
[35]
https://www.umnews.org/en/news/mandelas-methodist-ties
[36] http://www.scielo.org.za/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1017-04992014000200007 -- Dion
Forster, Mandela e os metodistas: fé,
falácia e fato,
[38]
http://www.frasesfamosas.com.br/
[40]
www.umcgiving.org/content/confbenevolences.asp
[41]
https://www.umnews.org/en/news/nelson-mandela-and-methodism
[42] Idem.
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