Hinos antigos, mas sempre atuais

                             

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 

 

 

 

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Toda gloria a Deus!

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia  

Rio de Janeiro - Brasil

 

 

 

Índice

 

·      Introdução

·      Comunhão preciosa

·      Deixa a luz do céu entrar

·      Brilho Celeste

·      A porta da salvação

·      A Última Hora

·      Nome precioso

·      Ó Senhor que a tudo excedes

·      Conta as bênçãos

·      Mais perto da tua cruz

·      Saudai o nome de Jesus

·      Pastor divino

·      Igreja, alerta!

·      Confia em Deus

·      Morri na cruz por ti

·      Não vos demoreis

·      Ó Mestre, o mar se revolta

·      Alma tristonha

·      Não me passes, ó gentil Salvador

·      Quero estar ao pé da cruz

·      Quero o Salvador comigo

 

 

Introdução

 

“Hinos antigos, mas sempre atuais” é uma coleção de hinos chamados de tradicionais publicados na Harpa Cristã, Cantor Cristão, Hinário Evangélico etc.

Hinos com uma grande profundidade nas letras, em especial abordando a questão da salvação e baseados nos Evangelhos.

Alguns já têm mais de cem anos de composição e há em especial dois que têm mais de 200 anos escrito por metodistas.

Hinos com letras, música ou tradução realizada  por metodistas, batistas, anglicanos,  presbiterianos, congregacionais, etc.

Hinos que são sempre atuais porque tocam fundo no coração tratando da questão da vida, Jesus, salvação, situações de lutas, fé, espiritualidade, etc.

 

O Autor

 

 

 

Comunhão preciosa

 

Ellen Lakshmi Goreh (1853-1937) foi a autora da letra do hino "Comunhão preciosa" ou "Preciosas são as horas".

Goreh nasceu na Índia. Era filha do Rev. Nehemiah Goreh, um brâmane da classe mais alta, que se converteu ao cristianismo em 1853.

Goreh passou por duas adoções depois que sua mãe morreu. Primeiro pelo Sr. Smailes. Depois pela família do Rev. WT Storrs, que a levou para à Inglaterra, onde foi educada e residiu até 1880.

Quando se formou, voltou à Índia  para trabalho missionário com suas próprias compatriotas.  Goreh publicou From India's Coral Strand: Hymns of Christian Faith [1883]. Seu  hino mais conhecido foi "Preciosas são as horas".

Foi o missionário presbiteriano norte americano Myron August  Clark ,(1866-1930) quem traduziu o hino para o português, em 1894.

Em 1902, a ACM  em São Paulo foi organizada por Myron Augusto Clark, que também organizou a ACM no Rio de Janeiro e em Porto Alegre.

Myron se casou com uma brasileira e foi enviado para organizar a ACM em Portugal e depois voltou ao Brasil.

Foi George C.Stebbins quem compôs a melodia.

George Coles Stebbins (1846-1945) nasceu em Nova York.

Ele estudou música em Nova Yorque, e depois se tornou professor de canto. Por volta de 1869, ele se mudou para Chicago e se tornou o diretor de música na Primeira Igreja Batista em Chicago.

Ele se associou às campanhas evangelísticas de Moody e depois se tornou missionário em alguns países.

 

Hino

 

Preciosas são as horas na presença de jesus

Comunhão deliciosa, de minh'alma com a luz

Os cuidados deste mundo não me podem envolver

Pois é ele o meu abrigo, quando o tentador vier

Quando o tentador vier

 

Se confesso meus temores, toda minha imperfeição

Ele escuta com paciência essa triste confissão

E da forças pra que eu vença, o pecado e todo mal

Ele é sempre o meu amigo, o melhor e mais leal

O melhor e mais leal

 

Se quereis saber quão doce é com Deus ter comunhão

Podereis então prova-lo, e tereis compensação

Procurai estar sozinhos em conversa com jesus

E tereis na vossa vida, paz perfeita graça e luz

Paz perfeita graça e luz.[1]

 

  

Deixa a luz do céu entrar

 

 

Foi o metodista Charles Hutchinson Gabriel (1856-1932) quem compôs o hino "Deixa a luz do céu entrar".

Charles cresceu em uma fazenda em Iowa, EUA. Aprendeu sozinho a tocar no órgão de palheta da família. Sempre parentes e amigos se reuniam para cantar com Charles.

Aos dezesseis anos já dava aula de música em escolas.

Ele se tornou conhecido como professor e compositor. Atuou como diretor musical na "Igreja Metodista Episcopal", em São Francisco, Califórnia.

Mais tarde, ele se mudou para Chicago, Illinois e em 1912 começou a trabalhar com uma empresa de publicações.

Quando faleceu, suas cinzas foram depositadas na "Capela de Pinheiros".

 

O hino      

 

Medo tens que o tentador te vá vencer?

Luz te falta e onde estás não podes ver?

Abre o coração e deixa Cristo entrar

E o sol em ti raiar

 

Deixa a luz do céu entrar

Deixa o sol em ti nascer

Abre o coração e deixa Cristo entrar

E o sol em ti nascer

 

Fraca está a tua fé no salvador?

Deus não ouve as tuas preces com favor?

Abre o coração e deixa Cristo entrar

E o sol em ti raiar

 

Queres ir andando alegre para o céu?

Ignorando todo negro e denso véu?

Abre o coração e deixa Cristo entrar

E o sol em ti raiar.[2]  

 

 

Brilho Celeste

 

O pastor metodista Henry Jeffreys Zelley (1859-1942) foi o autor do hino "Brilho Celeste" ou "Peregrinando."

Ele nasceu em Mt. Holly, NJ, e foi educado em Mt. Holly, no Pennington Seminary e na Taylor University, onde obteve seu mestrado e doutorado.

"Ele se tornou ministro metodista em 1882 e serviu pela primeira vez na Conferência de Nova Jersey como secretário de estatística, tesoureiro e curador, tornando-se um promotor do movimento de reuniões campais".

Zelley escreveu mais de 1.500 poemas, hinos e canções gospel.

A tradução foi de Benjamim Rufino Duarte.

Como surgiu o hino.

Um dia, em 1899, o pastor George Harrison Cook "foi até J.Zelley com um pedido. 'Meu amigo, quero que me ajude”. Deus me deu uma linda melodia, mas não consigo escrever as palavras certas para ela. Posso tocá-la para o irmão?'   'Claro”, foi a resposta de Zelley, 'deixe-me ouvi-la”.[3]

. Deste encontro dos dois pastores-hinistas surgiu o  hino Brilho Celeste.

O autor da melodia, George Harrison Cook, desde cedo dedicou-se à música. “Teve uma longa vida de ministério que inclui pregar, cantar, tocar, compor, reger coros, organizar bandas e orquestras e treinar gospel singers (cantores de gospel hymns)”. [4]Passou seus últimos anos em Ocean Grove, estado de Nova Jersey, onde veio a falecer em 1948.

 

O hino

 

Peregrinando por sobre os montes

Dentro dos vales, sempre na luz

Cristo promete nunca deixar-me

Eis-me convosco, disse Jesus

 

Brilho celeste! Brilho celeste!

Enche a minha alma, glória do céu!

Oh, Aleluia! Sigo cantando

Dando louvores, pois Cristo é meu!

 

Sombras à roda, sombras em cima

O salvador não hão de ocultar

Pois Cristo é luz que nunca se apaga

Junto ao seu lado sempre hei de andar

 

Brilho celeste! Brilho celeste!

Enche a minha alma, glória do céu!

Oh Aleluia! Sigo cantando

Dando louvores, pois Cristo é meu!

 

A luz bendita me vai guiando

Passos avante, para a mansão

Mais e mais perto ao mestre seguindo

Dando os louvores da salvação

 

Brilho celeste! Brilho celeste!

Enche a minha alma, glória do céu!

Oh Aleluia! Sigo cantando

Dando louvores, pois Cristo é meu![5]

 

  

A porta da salvação

 

Foi Lydia Baxter (1809-1874) quem escreveu o hino "A porta da salvação" ou "É franca a porta divinal".

Ela de converteu na Igreja Batista e foi uma poetisa e escritora de hinos americana. Ela é lembrada principalmente como a autora de "The Gate Ajar for Me" (A porta da salvação) e outros hinos.  Esta canção em particular influenciou o metodista Ira D. Sankey, cantor e compositor gospel americano, a escrever seu primeiro hino.[6]

Baxter  viveu a maior parte da sua vida acamada e com dores. Ela escreveu a letra de "The Gate Ajar for Me" cerca de três anos antes de sua morte na cidade de Nova York em 1874."

A melodia desse  hino foi composta por Silas Jones Vail (1818-1883).

Ele foi um chapeleiro  americano, que foi notável por compor hinos como "Scatter Seeds of Kindness", "The Guiding Hand", "Nothing But Leaves", "O, Be Saved" e "The Gate Ajar".[7]


O hino   

 

É franca a porta divinal

Aberta a todo mundo

Por ela o pecador mortal

Avista amor profundo!

 

Oh! Graça imensa! Pois assim

A porta aberta fica a mim!

A mim! A mim!

Aberta fica a mim!

 

Aberta! Sim! De par em par

Entrai, com grande urgência!

Deus aos constantes vai mostrar

Real munificência

 

Deposta a cruz, o vencedor

Nos céus entronizado

Repousará com o Senhor

Seu Deus e rei amado![8]

   

 

A Última Hora

 

Foi Elias Taylor Cassel (1849–1930) quem escreveu a letra do hino “A Última Hora”. Ele nasceu no Condado de Warren, Indiana.

“Ele frequentou o Shurtleff College, Alton, Illinois (escola incorporada ao sistema da Southern Illinois University em 1957). Ele se tornou médico e exerceu a profissão em Hastings, Nebraska.

Por volta de 1910, ingressou no ministério. Ordenado em Denver, Colorado, ele pastoreou na Igreja Batista Bethel, Denver (1911–17) e na Primeira Igreja Batista, Fort Morgan, Colorado (1919–21)”.[9]

A autora da melodia foi sua filha Flora.

Flora Hamliton Cassel (1852-1911)  nasceu em Otterville, Illinois.

Ela foi criada em White Hall, Illinois, onde o Rev. Hamilton foi pastor Batista até os 16 anos. “Depois morou com uma tia no Brooklyn, Nova York, onde estudou canto com Madame Hartell. Ela então frequentou o Maplewood Institute em Pittsfield, Massachusetts, onde estudou piano e composição com Benjamin C. Blodgett e voz com JI Lalor.” [10]

Posteriormente, Flora “chefiou o departamento de música do Shurtleff College em Alton, Illinois. Ela se casou com o Dr. Elijah Taylor Cassel e eles se mudaram para Nebraska. Num prédio em Hastings, Nebraska, ela ensinava piano e órgão e vendia instrumentos musicais no primeiro andar, enquanto seu marido praticava medicina no segundo”.[11]

Pelo menos, 52 hinos foi de autoria de Flora.[12]

Flora foi uma lutadora da temperança. Um dos seus hinos foi composto e utilizado pelos defensores da temperança.

 

O hino     

 

Ao findar o labor desta vida

Quando a morte ao teu lado chegar

Que destino há de ter tua alma

Qual será no futuro teu lar?

 

Meu amigo hoje tu tens a escolha

Vida ou morte qual vais aceitar?

Amanhã pode ser muito tarde

Hoje Cristo te quer libertar

 

Tu procuras a paz neste mundo

Em prazeres que passam e vão

Mas na última hora da vida

Eles já não mais te satisfarão

 

Por acaso tu riste, ó amigo

Quando ouviste falar de Jesus?

Mas somente Jesus pode dar-te

Salvação pela morte na cruz

 

Tens Manchada tua alma e não podes

Contemplar o semblante de Deus?

Só os cristãos de corações limpos

Poderão ter o gozo nos céus

 

Se decides deixar teus pecados

E entregar tua vida a Jesus

Trilharas, sim, na última hora

Um caminho brilhante de luz.[13]

  

 

Nome precioso

 

Foi Lydia Baxter (1809-1874) quem escreveu o hino "Nome precioso" ou "Nome bom, doce a fé".

 Ele era estudiosa da Bíblia especialmente de nomes bíblicos.

Ela nasceu nos EUA e se converteu na Igreja Batista. Foi uma poetisa e escritora de hinos. Ela é lembrada principalmente como a autora de "The Gate Ajar for Me" (A porta da salvação) e outros hinos.

A tradução foi de Benjamim Rufino Duarte, em 1900. Ele nasceu em Cabo Verde e traduziu e compôs outros hinos.

Howard Doane (1832-1915) compôs a música em 1871.

William Doane foi um líder Batista que trabalhou muito na Escola Dominical. Compôs cerca de 2200 hinos e era um benfeitor.

 

O hino     

       


Leva tu contigo o nome

De Jesus, o Salvador!

Este nome dá conforto

Seja no lugar que for

 

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

 

Este nome leva sempre

Para bem te defender

Ele é a arma ao teu alcance

Quando o mal te aparecer

 

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

 

Oh! Que nome precioso!

Gozo traz ao coração!

Sendo por Jesus aceito

Tu terás o seu perdão

 

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

 

Nome Santo e venerável

É Jesus, o amado teu

Rei dos reis, Senhor eterno

Tu o aclamarás no céu

 

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir!

Nome bom! Doce a fé

A esperança do porvir![14]

 

  

Ó Senhor que a tudo excedes

 

Carlos Wesley escreveu 9 mil hinos. Um deles foi “Grande amor”.

É conhecido também como “Ó Senhor que a tudo excedes”.

A base do metodismo sempre foi a santidade, a perfeição cristã, o perfeito amor. Carlos Wesley

 aqui retrata esse propósito de santidade, cuja marca é o amor. Um verso do hino que retrata essa teologia é:

“Vem remove o mau desejo, que nos tenta o coração. Tu somente nos conheces

E nos podes proteger, dá-nos, pois, a tua graça,

e com ela o teu poder”. 

O autor da melodia foi John Zundel (1815-1882). Ele nasceu em Hochdorf, Alemanha.  Ele foi organista, compositor, arranjador, mestre de banda, e pedagogo.

Ele “recebeu sua primeira educação musical na Academia Real de Esslingen, Württemberg (1829-31)”.

Em 1833, “tornou-se professor de música em um seminário em Esslingen, ao mesmo tempo em que estudava violino com Molique”. 

Em 1840, mudou-se para São Petersburgo, Rússia, “onde serviu como organista da Igreja Luterana de Santa Ana e foi mestre de banda dos guardas de cavalos imperiais”.

Depois emigrou para a América, em 1847, e tocou órgão na Igreja Unitária em Brooklyn, Nova York, depois em Plymouth Church, Brooklyn (1850-78). 

Zundel ajudou a editar a Coleção de Hinos Plymouth.

O pastor da Igreja era Henry Ward Beecher, o famoso pregador abolicionista, “e seu ministério conjunto fez com que a Igreja de Plymouth se tornasse conhecida por sua pregação, tocar órgão e cantar congregacionalmente.

Zundel se aposentou e voltou para a Alemanha em 1877. 

A tradução

Foi o pastor metodista Antônio de Campos Gonçalves (1899-1980) quem traduziu o hino " Amor divino que excede todos os amores".

No Hinário Evangélico está com o título “Grande amor”, nº 293.

Sua primeira nomeação pastoral foi em 1920. Em 1922 foi pastorear Leopoldina, MG, e diversas outras igrejas. Era chamado de “Mestre da língua portuguesa”.

Em 1943 foi eleita uma Junta Consultiva que decidiu fazer uma nova versão da Bíblia, que se chamou Revista e Atualizada no Brasil. Antônio de Campos foi o Secretario e passou a ser também coordenador do projeto.

Antônio de Campos Gonçalves revisou o português. A Bíblia completa foi publicada em 1959.

Em 1935, a Confederação Evangélica do Brasil organizou a Comissão de Hinário para o preparo das letras dos hinos. Antônio participou dos trabalhos do início (1935-1961). Dez hinos de sua autoria estão no Hinário Evangélico, dentre eles o número 92 - “Eu preciso de Ti, meu Senhor”. Ele era capelão da Sociedade Bíblica no Rio de Janeiro e se aposentou aos 78 anos de idade após dedicar 33 anos na tradução da Bíblia.

 

O Hino

Ó Senhor, que a tudo excedes,
Dom celeste, Amor sem par,
Vem, coroa os teus favores,
Entre em nós vem habitar.
Grande Amor, Amor bendito,
Ó divina compaixão,
Vem, socorre ao que padece,
Faze nele habitação.

Vem, Senhor, e dia a dia,

Dá-nos tua inspiração;
Vem remove o mau desejo,
Que nos tenta o coração.
Tu somente nos conheces
E nos podes proteger,
Dá-nos, pois, a tua graça,
E com ela o teu pode.

Ó Senhor, não te separes

Do rebanho terrenal,
Une a Igreja estreitamente,
Dá-lhe vida fraternal;
Abençoa todo crente,
Ilumina-lhe o andar,
E que todos se comprazam
Em teu nome proclamar.
[15]

 

Conta as bênçãos

 

Foi o metodista Johnson Oatman Jr. (1856- 1922) quem escreveu o hino "Conta as bençãos".

Johnson Oatman, Jr. era filho de Johnson e Rachel Ann Oatman e nasceu perto de Medford, NJ. Seu pai era um excelente cantor na igreja.

Johnson estudou na Herbert's Academy, Princetown, NJ, e no New Jersey Collegiate Institute, Bordentown, NJ. [16]

Aos dezenove anos, ele se tornou membro da Igreja Metodista Episcopal e alguns anos mais tarde, recebeu licença para pregar o Evangelho e foi ordenado pelo Bispo Merrill, mas depois ficou só como pregador local. Por muitos anos ele esteve envolvido com seu pai no negócio mercantil.[17]

Aos 36 anos, descobriu que tinha talento para escrever hinos e chegou a escrever cerca de 5 mil hinos, dentre eles " Conta as bençãos".[18]

 

O hino    

 

Se da vida as vagas procelosas são

Se com desalento julgas tudo vão

Conta as muitas bênçãos, dize-as de uma vez

Hás de ver surpreso quanto Deus já fez

 

Conta as bênçãos, conta quantas são

Recebidas da divina mão

Uma a uma, dize-as de uma vez

Hás de ver surpreso quanto Deus já fez

 

Tens acaso mágoas, triste é teu lidar?

É a cruz pesada que tens de levar?

Conta as muitas bênçãos, não duvidarás

E em canção alegre os dias passarás

 

Conta as bênçãos, conta quantas são

Recebidas da divina mão

Uma a uma, dize-as de uma vez

Hás de ver surpreso quanto Deus já fez

 

Quando vires outros com seu ouro e bens

Lembras que tesouros prometidos tens

Nunca os bens da terra poderão comprar

A mansão celeste em que tu vais morar

 

Conta as bênçãos, conta quantas são

Recebidas da divina mão

Uma a uma, dize-as de uma vez

Hás de ver surpreso quanto Deus já fez

 

Conta as bênçãos, conta quantas são

Recebidas da divina mão

Uma a uma, dize-as de uma vez

Hás de ver surpreso quanto Deus já fez

 

O quanto Deus já fez

O quanto Deus já fez

O quanto Deus já fez.[19]

  

 

Mais perto da tua cruz

 

Fanny Crosby (1820–1915) foi autora do hino “Mais perto da Tua cruz ” e cerca de outros 9 mil hinos.

Fanny nasceu na aldeia de Brewster, cerca de 50 km ao norte de Nova York. Com pouco mais de um mês, teve uma infecção nos olhos.

O médico receitou cataplasmas de mostarda quente, e a menina ficou cega. Ele fugiu da cidade, tamanha a revolta suscitada entre os parentes e vizinhos do bebê. O pai de Fanny faleceu logo depois.

Fanny Crosby foi evangelizada por sua avó, que passava horas lendo a Bíblia para ela, que demonstrava ter uma memória extraordinária. Fanny foi para o Instituto de Cegos em Nova York onde, posteriormente lecionou por mais de 35 anos. Ela trocava piano e harpa.

No Instituto de Cegos, conheceu Alexandre Van Alstyne, um músico que também era cego e com quem se casou aos 38 anos.

Foi uma das mulheres mais conhecidas nos EUA em sua época. Foi conselheira de cinco presidentes dos EUA. Era uma pregadora. Publicou livro de poema.

Entre seus hinos, estão: A Deus demos glória; Conta-me a história de Cristo, Segurança e alegria, etc.

O filme “Fanny Crosby Story” conta a história de sua vida.

Fanny era membro da Igreja Metodista Episcopal de Nova York. Ela era uma oradora devota e frequentemente preparava os cultos infantis da igreja.

“Em 1975, ela foi introduzida postumamente no Gospel Music Hall of Fame. ”

No seu túmulo está escrito: “Ela fez o máximo que pôde. Sem dúvida, foi uma heroína da fé”.

A inspiração para o hino

Fanny J. Crosby “estava em visita ao lar do Sr. W.H. Doane, em Cinccinati, Ohio. Eles estavam conversando sobre a proximidade de Deus; era a hora do pôr do sol. O assunto impressionou tanto a popular escritora que antes de retirar-se para dormir, já havia escrito as palavras deste hino”.[77]

Autor da melodia

William Howard Doane (1832-1915) foi o autor da melodia para “Mais perto quero estar meu Deus de Ti ”.Ele foi inventor, escritor de hinos, diretor de coral, líder de igreja e filantropo tendo composto mais de 2.000 hinos.

Mais de setenta patentes são creditadas a Doane.[78]

Doane foi um membro ativo da Igreja Batista Mount Auburn, em Cincinnati. Foi superintendente da Escola Dominical.[79]

 

O hino

 

Meu Senhor, sou teu, tua voz ouvi
A chamar-me com amor;
Mas de ti mais perto eu desejo estar
Ó bendito Salvador!

Mais perto da tua cruz

Quero estar, ó Salvador!

Mais perto da tua cruz

Quem me dera estar, Senhor!

 

A seguir-te agora eu me decidi,
Constrangido pelo amor;
Jubiloso, pois, me declaro teu,
Sem reservas, meu Senhor.

Que delícias santas irei fruir

Junto a ti, no doce lar;
Que alegria imensa eu poder no céu
O teu rosto contemplar! [20]



Saudai o nome de Jesus

 

Edward Perronet (1721-1792) foi quem compôs o hino “Saudai o nome de Jesus”. Era filho do vigário da Igreja Anglicana Vicente Perronet (1693-1785), que era muito amigo de João e Carlos Wesley. Vicent Perronet foi  apresentado a Wesley em 1744. Ele convidou John e Charles Wesley em 1746 para sua paróquia.

Carlos e Wesley confiavam no conselho e apoio de Perronet. Ele participou da Conferência de 1747 e John Wesley lhe deu seu “Relato Simples do Povo Chamado Metodista”.

Em abril de 1748, Charles Wesley consultou-o sobre sua intenção de se casar com Sally Gwynn, e em 1782 referiu-se a ele como o "Arcebispo dos Metodistas".

No seu final de vida, Wesley escreveu no diário de 9 de dezembro de 1784 que "ele parece ter mais amor do que nunca”. Seu sermão fúnebre foi pregado por Charles Wesley.

Seus filhos mais novos, Eduardo e Carlos, foram ambos pregadores metodistas.

Na época, a perseguição aos metodistas era comum. John Wesley registrou em seu diário que o próprio Eduardo "foi jogado no chão e enrolado na lama" em Bolton.

Posteriormente, Eduardo passou a criticar à Igreja Anglicana e seguiu seu próprio caminho tendo sua própria congregação.

Seu maior legado foi o hino "All Hail the Power of Jesus' Name”. (Todos saúdam o poder do nome de Jesus).

Este hino foi traduzido para o português por Justus Henry Nelson (1850-1937), que foi missionário metodista no Pará durante quase 50 anos, como “Saudai o nome de Jesus”.

 

O hino       

 

Saudai o nome de Jesus

Arcanjos, vos prostrai

Arcanjos, vos prostrai

Ao filho do eterno Deus

Com glória, glória

Glória, glória

Com glória, coroai!

 

Ó, escolhida geração

Do bom eterno pai

Do bom eterno pai

Ao grande autor da salvação

Com glória, glória

Glória, glória

Com glória, coroai!

 

Ó, perdoados, cujo amor

Bem triunfante vai

Bem triunfante vai

Ao Deus varão, conquistador

Com glória, glória

Glória, glória

Com glória, coroai!

 

Ó, raças, tribos e nações

Ao rei dos reis, honrai

Ao rei dos reis, honrai

A quem quebrou vossos grilhões

Com glória, glória

Glória, glória

Com glória, coroai![21]


 

Pastor divino

 

Foi William Batchelder Bradbury (1816-1868) quem compôs  o hino conhecido como "Pastor divino" ou "Eis-nos ó pastor divino".

Ele nasceu em York, EUA, onde seu pai foi regente de um coro na igreja.

Aos 14 anos já dominava os instrumentos musicais disponíveis

Em 1834 era conhecido como organista.

Foi professor de música na Primeira Igreja Batista de Nova York.

 Foi para a Alemanha onde estudou harmonia, composição música vocal e instrumental com os melhores mestres.

Depois que voltou, fundou a Bradbury Pianos Company.

Trabalhou com as crianças dando aula gratuita de canto e trabalhando em festivais anuais juvenis.

No hino ele colocou:"Leva os ternos cordeirinhos no teu seio, bom pastor,".  Certamente, uma referência às crianças.

Depois, por muitos anos frequentou a Igreja Presbiteriana de Nova Jersey até o final da vida.

William Bradbury é mais conhecido como compositor e editor de uma série de coleções musicais para coros e escolas.

Foi compilador de cinquenta e nove livros.

Publicou canções para a Escola Dominical.

 

O hino     

 

Eis-nos, ó pastor divino

Todos juntos num lugar

Como ovelhas, congregados

Teu auxílio a suplicar

Sê presente, o rebanho a apascentar

Sê presente, o rebanho a apascentar

 

Aos perdidos em pecado

Seu perigo faz sentir

Oh! Reclama os pecadores

Deixa-os tua voz ouvir

Aos enfermos prestes digna-te acudir

Aos enfermos prestes digna-te acudir

 

Guia os tristes, fatigados

Ao aprisco do Senhor

Leva os tenros cordeirinhos

Nos teu seio, bom pastor

Às pastagens de celeste e doce amor

Às pastagens de celeste e doce amor

 

Ó Jesus! Escuta os rogos

Desta humilde petição

Vem encher o teu rebanho

De sincera gratidão

Cantaremos tua eterna compaixão

Cantaremos tua eterna compaixão.[22]

 

  

Igreja, alerta!

 

A letra do hino "Alerta, Igreja!" foi escrita por Fanny Jane Crosby (1820-1915).

A tradução para o português foi de A. J. Rodrigues da Silva e a composição da música foi de John Robson Sweney (1837-1899). 

Fanny Crosby escreveu cerca de outros 9 mil hinos.

Fanny nasceu na aldeia de Brewster, cerca de 50 km ao norte de Nova York. Com pouco mais de um mês, teve uma infecção nos olhos.

Por um erro médico, a menina ficou cega. O pai de Fanny faleceu logo depois.

Fanny Crosby foi evangelizada por sua avó, que passava horas lendo a Bíblia para ela. Fanny demonstrava ter uma memória extraordinária. No Instituto de Cegos, em Nova York, lecionou por mais de 35 anos. Tocava piano e harpa.

Foi uma das mulheres mais conhecidas nos EUA em sua época. Era uma pregadora. Publicou livro de poemas. 

Um filme foi feito sobre sua vida: Fanny Crosby Story. Chegou a ser muito conhecida por cinco presidentes dos Estados Unidos.

Fanny era membro da Igreja Metodista Episcopal de Nova York. Ela era uma oradora devota e frequentemente preparava os cultos infantis da igreja.

“Em 1975, ela foi introduzida postumamente no Gospel Music Hall of Fame. ”

O autor da música:

John Robson Sweney nasceu em West Chester, Pennsylvania. Ele compôs mais de 1000 hinos em toda sua vida.

Desde cedo, ele demonstrou seu talento musical. Ainda menino, ele começou a ensinar música em escolas. "Aos 19 anos, começou a estudar música seriamente com o prof. Bauer, um célebre professor alemão. Teve aulas de violino e piano. Foi líder de corais, e realizou constantes concertos para crianças".

Ele ensinou em Dover, Delaware. Na guerra civil americana, ele assumiu o comando da banda do "Terceiro Regimento de Delaware".

Após a guerra, tornou-se "professor de música da Academia Militar da Pennsylvania onde "trabalhou por mais de 25 anos, e recebeu os graus de "Bacharel em Música (1876)" e "Doutor em Música (1886)".[23]


O Hino

 

É tempo, é tempo, o Mestre está chamando já!
Marchar, marchar, confiando em seu amor!
Partir, partir, a salvação a proclamar
Com a palavra santa do bom Salvador!

Marchar, sim, avante!
Marchar, erguendo o pendão real! Avante!
Sim, avante, unidos, firmes sempre a avançar
Glória, glória
Eis que canta a multidão!
Consagrando todo o vosso coração
Pra Jesus obedecer
Seu querer executar
Entoai louvores altos! Avançar!

Queremos luz, é o grito das nações pagãs
Que vêm atravessando o imenso mar
Ir já, sim, já, levando novas de amor
Sem esquecer também aqui de semear

Desperta, Igreja! O teu poder vem exercer
A todos faze Cristo conhecer
A tua mão estende com paciente amor
Esforça-te da morte eterna a os deter

Igreja, alerta! O dia prometido vem
Quando aclamado o Salvador será
Por toda parte o bem amado Redentor
Eterna glória, honra e louvor terá.[24]

  

 

Confia em Deus

 

Foi Virgil Prentiss Brock (1887-1978)quem escreveu o hino " Confia em Deus". Ele nasceu em Ohio, USA.

Virgil ou Virgílio foi ordenado ministro da Igreja Cristã aos 19 anos.

Em 1914, ele se casou com Blanche, que atuou como compositora e pianista da equipe.

“Virgil não sabia nada sobre teoria musical, mas com a ajuda de Blanche, ele é creditado por escrever mais de 500 canções".

O Trinity College, Dunedin, Flórida , concedeu a ele um Grau Honorário de Música Sacra em 1969 por suas contribuições à área.

 Virgil ficou viúvo e se casou de novo.

 Ele "passou seus últimos dias no Youth Haven Ranch, uma missão para crianças carentes em Rives Junction, Michigan." [25]

Dentre seus hinos escritos estão:

"Além do pôr do sol";

 "Ele é um maravilhoso Salvador para mim";

 "Cante, sorria e ore";

"Descansando em Seu Amor";

 "Deixe Deus fazer o que quer".

 

O hino

 

A vida tem tristezas mil, nem tudo é um céu de anil

Mas quanto à dor que é tão sutil, há um caminho só

Confia em Deus que Ele sempre te ouvirá

Confia em Deus que Ele nunca falhará

Confia em Deus e a negra nuvem passará

Oh! Não duvides, mas confia em Deus

 

Se tua fé provada for e esqueceres do teu Senhor

Necessitares do Salvador há um caminho só

Confia em Deus que Ele sempre te ouvirá

Confia em Deus que Ele nunca falhará

Confia em Deus e a negra nuvem passará

Oh! Não duvides, mas confia em Deus

Confia em Deus e a negra nuvem passará

Oh! Não duvides, mas confia em Deus.[26]

 

 

Morri na cruz por ti

 

Frances Ridley Havergal (1836-1879) foi quem escreveu a letra do hino “Morri na cruz por ti”.

Ela nasceu em “Astley, Worcestershire, Inglaterra, em 14 de dezembro de 1836. 1  

“Compositora e escritora de grande talento, Frances Ridley Havergal consagrou todos os seus dons exclusivamente a Deus”. Tinha uma inteligência acima da média. “Capaz de ler o Novo Testamento na língua original, o grego, também se aplicou a estudá-lo”.[27]

O pai de Frances era o ministro da Igreja Anglicana em Astley, Inglaterra.

“William Henry Havergal era um músico talentoso; e suas discussões com Frances sobre música, composição e escrita de hinos foram o maior incentivo para seu próprio trabalho”.[28]

Nos estudos de William Henry Havergal estavam muitos dos teólogos puritanos. Ele era um ótimo pregador.

Frances era a mais nova dos seis filhos de Jane (Head) e William Havergal. Seu nome foi uma homenagem a Nicholas Ridley, um mártir da Reforma queimado em Oxford em 1555. [29]

Frances “era muito precoce e conseguia ler livros simples facilmente aos três anos de idade. Aos quatro anos de idade, ela conseguia escrever bem e ler a Bíblia corretamente. Seu pai era um compositor e músico de grande mérito, e aos nove anos de idade Frances escreveu longas cartas para seus amigos em rima perfeita”.[30]

Frances nunca se casou e se dedicou inteiramente ao Senhor.

Em 1877, ela assumiu o trabalho de temperança e passava muito tempo visitando às casas para ler a Bíblia e levar às pessoas até Cristo. Frequentemente liderava reuniões de consagração.

Frances era escritora. Dentre seus livros está: “Pensamentos de Boa Noite Para os Pequeninos” ·

A inspiração do hino

“Um de seus primeiros hinos publicados foi inspirado por uma pintura que ela viu na Alemanha. Mostrava Cristo sofrendo na cruz, com as palavras ‘Tudo isso eu fiz por ti. O que fizeste por mim?’   Profundamente comovida, Frances, de dezessete anos, anotou alguns pensamentos que rapidamente lhe vieram à mente. De volta à Inglaterra, ela tentou transformá-los em um hino, mas desanimou e jogou o papel no fogo. De alguma forma, ele caiu da grelha sem queimar. Alguns meses depois, Frances mostrou ao pai, que a encorajou a terminá-lo. Ela terminou, e ele escreveu a música para acompanhar as palavras. No primeiro verso, Jesus fala algumas palavras e faz uma pergunta:

“Eu dei minha vida por ti,

Meu precioso sangue eu derramei,

Para que tu pudesses ser resgatado,

E vivificado dentre os mortos;

Eu dei minha vida por ti,

O que tu deste por mim?”

Na versão para o português diz:

 

Morri na cruz por ti

Morri pra te livrar!

Meu sangue, ali, verti

E posso te salvar

 

Morri! Morri na cruz por ti

Que fazes tu por mim?

Morri! Morri na cruz por ti

Que fazes tu por mim?”[31]

 

Homenagem a Fanny Crosby

Frances escreveu um poema sobre a metodista cega e compositora Fanny Crosby que escreveu 9 mil hinos.

Ela começa o poema assim: “DOCE cantora cega sobre o mar (...)”.

No segundo verso, ela começa assim:

“Oh, seu coração pode ver, seu coração pode ver!
E sua visão é forte, rápida e livre.
Nunca o olho
mortal Poderia perfurar tão fundo e longe e alto
Como a visão águia dos corações que habitam (...)”.[32]

O último verso diz:

“Querida irmã cega sobre o mar!
Um coração inglês vai até ti.
Estamos ligados por um cabo de fé e canção,
Piscando simpatia brilhante rapidamente junto;
Um no Oriente e outro no Ocidente,
Cantando por Aquele que nossas almas mais amam,
'Cantando por Jesus', dizendo Seu amor
até nossa casa acima,
Onde o mar cortante, com sua maré inquieta,
Nunca atrapalhará e nunca dividirá.
Irmã! qual será o nosso encontro,
quando nossos corações cantarem e nossos olhos verem!”[33]

 

 

Não vos demoreis

 

O hino foi composto pelo rev. Alfredo Henrique da Silva (1872-1950). Ele nasceu em Porto, Portugal.

Ele também compôs os hinos “Vigiar e orar”,  “Mãos ao trabalho”, “Mensageiro do Senhor” e outros.

Era formado em ciências econômicas e financeiras e foi professor de língua inglesa”.[34] 

Alfredo “sucedeu a Robert Hawkey Moreton, na liderança da Igreja Evangélica Metodista Portuguesa, foi o mais destacado dos líderes, tendo expandido a obra da Igreja ao longo dos anos mais favoráveis da I República. Moreton organizou esta igreja no ano de 1871. Foi durante a direção do dr. Alfredo, mais precisamente entre 1920 e 1940, que a Igreja Evangélica Metodista Portuguesa atravessou o seu período de expansão mais frutífero, recrutando membros de todas as classes sociais, aumentando o número das suas escolas e confirmando-se como uma das mais dinâmicas e prestigiadas Igrejas Evangélicas do País”.[35]

Além de pastor, ele foi também professor em Porto, e vereador.

“Foi fundador da Associação Cristã da Mocidade, do Porto, e redator do Amigo da Infância, um jornal evangélico para crianças, muito apreciado em seu tempo. Ele esteve no Brasil em 1922, chefiando a delegação que representou o Governo Português nas comemorações do Centenário da Independência política”. [36]

“No hinário Salmos e Hinos encontram-se 10 produções dele. Entre eles está o hino Bem de manhã, embora o céu sereno que ele traduziu, em 1913, do hinário francês Psaumes et Cantiques (Salmos e Cânticos). Sua versão está em quase todos os hinários evangélicos do Brasil, demonstrando seu valor. Não se conhece o autor do original francês, pois a maioria dos hinários das Igrejas Reformadas da época não registravam os nomes dos autores…”[37]

Ele foi um dos “grandes compositores e tradutores da Harpa Cristã, inclusive, foi ele que compôs ou traduziu os hinos de N° 582 “A Barca da Vida“, e o louvor de N° 185 “Invocação e Louvor“.[38]


O hino

 

 

Não vos demoreis, Jesus vos chama,
Ele chama com amor.
Não vos demoreis, Jesus vos ama,
Ele acalma a vossa dor.

 

Não vos demoreis!

Não vos demoreis!

Vinde sem temor!

Quem vos chama é Jesus,

Que morreu por nós na cruz.


[2]

Não vos demoreis, perdão alcança
Quem confia no Senhor.
Não vos demoreis, e sem tardança
Recebei o Redentor.

[3]

Não vos demoreis, Jesus foi morto
E remiu ao pecador.
Não vos demoreis, paz e conforto.[39]


Ó Mestre, o mar se revolta

 

Mary Anna Baker (1832–1925) foi a autora do hino “Ó Mestre, o mar se revolta”.

Ela nasceu em Orwell, Oswego, NY.[40]

Ela foi uma compositora e cantora americana. Era membro ativo de uma congregação Batista. [41]

Mary passou por muitos dramas em sua família. A tuberculose ceifou a vida dos seus pais e a deixou órfã ainda cedo. Seu pai morreu aos 39 anos. Três dias antes, seu irmão de menos de dois meses de idade também havia morrido. Sua mãe morreu anos depois. [42]

Anos depois, Mary se mudou para Chicago e se conectou “com uma editora de Chicago, Root Cady, que publicou um hino seu, ‘No more the empty name’, em The Palm (1870). Logo depois, ela estabeleceu uma parceria de composição com Horatio R. Palmer (1834-1907), que era diretor de coro na Segunda Igreja Batista em Chicago, um compositor experiente e um músico da igreja nacionalmente considerado. A coleção gospel Pure Diamonds (1872), editada por James Murray, continha três canções suas, ‘Names Written in Heaven’, ‘Lead Us, O Shepherd True’ e ‘The Joares".[43]

Mary disse que "na época do incêndio de Chicago, em 1871, eu estava trabalhando com o Prof. H. R. Palmer em 'Lesson Songs”.[44] Eles estavam fornecendo duas músicas por mês para serem utilizadas pelo professor da Escola Dominical, mas o incêndio acabou com esse trabalho.

Eles moravam em Chicago com a irmã e o irmão. “Esse, um moço de excepcionais qualidades de caráter, começou a sofrer efeitos desta terrível doença. Das suas escassas economias, as duas irmãs conseguiram recursos para que ele viajasse à Flórida, na esperança de que no clima mais ameno começasse a melhoria. Não lhes foi possível acompanhá-lo. Tudo em vão. Em poucas semanas o mal se agravou e o rapaz faleceu, longe do aconchego da família. Não havia dinheiro para as irmãs irem ao seu enterro, nem para transportar o seu corpo para Chicago”. [45]

Embora ela tivesse crido em Cristo desde menina e desejasse sempre viver uma vida consagrada e obediente, ela se tornou rebelde por causa dessa situação.

“Disse no meu coração que Deus não amava a mim, nem aos meus. Mas a própria voz do meu Mestre veio acalmar a tempestade no meu coração rebelde e me trouxe a calma de uma fé mais profunda e uma confiança mais perfeita."[46]

Foi logo depois dessa experiência, o Dr. Horatio Palmer a solicitou que ela composse hinos sobre os assuntos das lições da Escola Bíblica da sua igreja Batista. "Um dos temas era Cristo Acalmando a Tempestade. Esta lição expressou tão vividamente a minha experiência, que este hino foi o resultado."[47]

O Hino

 

Ó Mestre! O mar se revolta:

As ondas nos dão pavor:

O céu se reveste de trevas:

Não temos um Salvador!

Não se te dá que morramos?

Podes assim dormir.

Se a cada momento nos vemos,

Sim, prestes a submergir?

 

— “As ondas atendem ao meu mandar:

Sossegai!

Seja o encapelado mar

A ira dos homens, o gênio do mal:

Tais águas não podem a nau tragar,

Que leva o Senhor, Rei do Céu e mar,

Pois todos ouvem o meu mandar:

Sossegai! — sossegai!

Convosco estou para vos salvar:

Sim, sossegai!”

 

— Mestre, na minha tristeza

Estou quase a sucumbir:

A dor que perturba minha alma,

Oh! Peço-te, vem banir!

De ondas do mal que me encobrem,

Quem me fará sair?

Pereço, sem ti, oh! meu Mestre!

Vem logo, vem me acudir!

 

— Mestre, chegou a bonança,

Em paz eis o céu e o mar!

O meu coração goza calma

Que não poderá findar.

Fica comigo, oh! meu Mestre,

Dono da Terra e Céu,

E assim chegarei bem seguro

Ao porto, destino meu.[48]

Mary morreu em 1925 aos 93 anos de idade. 

 

 

Alma tristonha

 

 “Go Bury thy Sorrow”, originalmente, “Vá enterrar sua tristeza” ou “Vai alma tristonha” é uma composição de Philip Paul Bliss (1838-1876).

Em 1875, Sarah Poulton Kalley traduziu para o Hinário Salmos & Hinos, nº 372.

Philip escreveu hinos bem conhecidos, dentre eles: "Hold the Fort" (1870), "Almost Persuaded" (1871); "Aleluia, que salvador!" (1875); "Que as luzes inferiores estejam acesas"; "Palavras Maravilhosas de Vida" (1875); e a melodia de "It Is Well with My Soul" (1876), de Horatio Spafford”.[49]

Ele é considerado “o segundo compositor cristão mais famoso da história. Se tivesse vivido tanto tempo quanto Fanny Crosby, Charles Wesley e Ira Sankey, ele poderia ter superado todos eles, como o maior compositor de música cristã e o mais amplamente cantado de todos os tempos, mas um trágico acidente ferroviário tirou sua vida aos 38 anos de idade.”[50]

Bliss nasceu em 1838 em Clearfield County, Pensilvânia, numa cabana de madeira em uma região montanhosa. “Seu pai, o Sr. Isaac Bliss, era um cristão dedicado. As primeiras lembranças espirituais que Bliss teve de seu pai foram as orações diárias em família. Essas orações foram parte integrante das suas memórias de infância, que o acompanharam por toda a vida. 

Seu pai era um amante da música e foi através de seu pai que ele desenvolveu uma paixão pelo canto. Eles frequentavam a Igreja Metodista”. [51]

Aos 10 anos, ouviu pela primeira vez um piano ser tocado. Aos 11 anos, saiu de casa para ganhar a vida trabalhando em serrarias e madeireiras.

Aos 12 anos, fez sua profissão de fé numa Igreja Batista. Mais tarde, ele se mudou para a Pensilvania para estudar e se tornar professor.

Conheceu a poetisa Lucy Young, que era membro zelosa da Igreja Presbiteriana, da qual ele também se tornou membro.

 Estudou na Academia Normal de Música de Nova York e se tornou professor de música. Ele promoveu convenções musicais, escolas de canto e concertos sacros sob o patrocínio de seus empregadores.

Foi convidado elo evangelista Dwight L. Moody. para ajudar nos cânticos das campanhas.

Em 1870, “Bliss assumiu a função adicional de Superintendente da Escola Dominical na Igreja Congregacional, que durou três anos até que sua agenda lotada o impossibilitasse de continuar. Seu primeiro livro de escola dominical, The Charm, foi publicado em 1871”. [52]

Ele publicou livros de canções. Bliss compilou um livro de canções de avivamento para uso em suas campanhas, intitulado Gospel Songs. Participou como Major Whittle  de campanhas evangelísticas.

Bliss viajava com a esposa e houve um acidente, por causa da nevasca, quando o trem caiu numa ponte e pegou fogo. Inicialmente, ele se salvou, mas voltou para procurar tirar a esposa que ficou presa e acabou falecendo junto dela.

“O funeral foi realizado em Roma, Pensilvânia, onde foi erguido um monumento com a inscrição “P.P. Bliss, autor… Hold the Fort!” Os serviços memoriais foram realizados em todo o país para o casal amado. A morte de nenhum outro cidadão trouxe mais sofrimento à nação.” [53]

 

O hino

 

Vai, alma tristonha, teu pranto depor!

Enterra os cuidados aos pés do Senhor!

Ao Mestre confia toda essa aflição

Jesus te concede real compaixão!

 

Teus sustos e medos descobre ao Senhor!

Seu mando transforma a noite em fulgor!

Levanta a cabeça! Cedo há de raiar

O Sol que dissipa nuvens de pesar!

 

Há muitos que choram angústia maior

Há corações tristes de culpas e dor!

Vai! Leva a mensagem de perdão e luz!

Vai, deixa as tristezas na mão de Jesus![54]

 

Não me passes, ó gentil Salvador

 

Não me passes, ó gentil Salvador, Ouve o meu humilde clamor é baseado em Lucas 18.38.

Autora foi Fanny Crosby, em 1868.

Fanny Crosby foi a maior autora com cerca de 9 mil hinos. Cega desde cedo por um erro médico, foi educada pela avó, que lhe ensinou sobre a Bíblia.

Era da Igreja Metodista em Nova York e foi conselheira de cinco presidentes dos EUA.

Na Igreja Metodista havia o “Dia de Fanny Crosby”, em sua homenagem.

Estudou e foi professora no Instituto de Cegos de Nova York. Um filme foi feito sobre sua vida.

A música foi composta por William H. Doane em 1870.

William Howard Doane (1832-1915) nasceu nos EUA e era da Igreja Batista. Ele “foi um fabricante, inventor, escritor de hinos, diretor de coral, líder da igreja e filantropo. Ele compôs mais de 2.000 hinos da igreja. Mais de setenta patentes são creditadas a ele por inovações em máquinas para marcenaria”.[55]

O pai de Doane plantava algodão. Doane   desde cedo se interessou por música. “Aos seis anos de idade anos ele cantou frequentemente em público, e com a idade de dez ele cantou no coro da igreja. Aos doze anos era considerado um flautista excepcionalmente fino. Aos treze anos, ele podia tocar viola contrabaixo, e aos quinze com igual habilidade que ele poderia tocar no órgão do gabinete. Nessa época, ele começou a musicalizar composição”.[56]

Gravações e traduções

“O hino foi gravado por cantores como Reggie HoustonCyrus ChestnutBill Gaither e Lyle LovettBob Dylan cantou esta canção ao vivo para abrir cinco concertos em sua turnê americana de 2002”. [57]

Esse hino foi traduzido para o português pela missionária Sarah P. Kalley (1825-1907) que fez uma bela letra, mas diferente da letra original de Fanny Crosby.

 

O Hino

 

Não me passes, ó gentil Salvador,
ouve o meu humilde clamor.
Enquanto nos outros tu estás chamando,
não me passe ao lado.

Salvador, Salvador,
escutai o meu humilde clamor.
Enquanto nos outros tu estás chamando,
não me passe ao lado.

Deixa-me no teu trono de misericórdia,
encontre um doce alívio.
Ajoelhado ali em profunda contrição,
ajude minha incredulidade.

Salvador, Salvador,
escutai o meu humilde clamor.
Enquanto nos outros tu estás chamando,
não me passe ao lado.

Confiando somente em Teu mérito,
Eu buscaria Teu rosto,
curaria meu espírito ferido e quebrantado,
Me salvaria por Tua graça.[58]

 

 

Quero estar ao pé da cruz

 

Foi a metodista Fanny Crosby (1820–1915) quem escreveu “Quero estar ao pé da cruz” e cerca de outros 9 mil hinos.

Ela nasceu numa aldeia nos EUA.Ainda bebê ficou cega por um erro médico.

O pai de Fanny faleceu depois cedo.

Fanny Crosby foi evangelizada por sua avó, que passava horas lendo a Bíblia para ela, que demonstrava ter uma memória extraordinária. No Instituto de Cegos, em Nova York, lecionou por mais de 35 anos. Tocava piano e harpa.

No Instituto, conheceu Alexandre Van Alstyne, um músico que também era cego e com quem se casou aos 38 anos.

Foi uma das mulheres mais conhecidas nos EUA em sua época. Era uma pregadora. Publicou livro de poemas.

Entre seus hinos, estão:

* Quero estar ao pé da cruz;

* A Deus demos glória;

* Junto a Ti;

* Meu Senhor, sou teu; etc.

Um filme foi feito sobre sua vida: Fanny Crosby Story. Chegou a ser muito conhecida por cinco presidentes dos Estados Unidos.

Fanny era membro da Igreja Metodista Episcopal de Nova York. Ela era uma oradora devota e frequentemente preparava os cultos infantis da igreja.

“Em 1975, ela foi introduzida postumamente no Gospel Music Hall of Fame. ”

No seu túmulo está escrito: “Ela fez o máximo que pôde. Sem dúvida, foi uma heroína da fé”.

 

O hino

 

 

Quero estar ao pé da cruz

De onde rica fonte

Corre franca, salutar

Do Calvário monte

 

Sim, na cruz, sim, na cruz

Sempre me glorio

E enfim vou descansar

Salvo, além do rio

 

A tremer ao pé da cruz

Graça eterna achou-me

Matutina Estrela ali

Raios seus mandou-me

 

Sempre a cruz, Jesus, meu Deus

Queiras recordar-me

Dela à sombra, Salvador

Queiras abrigar-me

 

Junto a cruz, ardendo em fé

Sem temor vigio

Pois à terra santa irei

Salvo, além do rio.[59]

 

Quero o Salvador comigo

 

A letra deste hino foi escrita por Fanny Crosby, em 1896.

A tradução foi do metodista Robert Hawkey Moreton, em 1914.

Sua história

“Robert Hawkey Moreton (1844-1917) nasceu na Argentina (1844-1917) e foi fundamental na fundação da Igreja Metodista (Capela Mirante) no Porto, Portugal”.

De uma família inglesa, Roberto Hawkey Moreton nasceu em Buenos Aires, Argentina. Posteriormente, foi residir na Inglaterra com seus pais.

Robert começou a estudar medicina no Hospital de S. Bartolomeu, em Londres, mas foi chamado para o ministério da Igreja Metodista Wesleyana e fez o Seminário de Richmond, Londres, em 1864. Foi “ordenado ministro em plena conexão na Igreja Metodista Wesleyana, em 3 de agosto de 1870, na Conferência Anual, na cidade de Burslem, Inglaterra”.

Foi como missionário para o Porto chegando em 1871 com sua esposa onde ficou quarenta e três anos no ministério ativo. “Logo nos primeiros dias ele soube o que era sofrer perseguição popular, chegando muitas vezes a casa, depois de tentar pregar, coberto de lama; mas ele sobreviveu a esta fase, e tornou-se muito respeitado e estimado; através dos anos os seus dons como pregador, ensinador, administrador e organizador foram bem exercidos”. 

Robert organizou a Igreja Evangélica Metodista em Porto  deu todo apoio à União Cristã da Mocidade Portuguesa. 

“Ele traduziu várias obras para o português, adaptou o livro Mapas Bíblicos, e colaborou muito em revisões bíblicas. Ele realizou conferências sobre História e sobre Ciências naturais, que conhecia profundamente”. 

Robert trouxe contribuição também na área musical. Ele “escreveu numerosos cânticos, sendo alguns de própria autoria, e outros traduzidos ou adaptados. Vinte e dois hinos dele se encontram no Hinário Evangélico”. 

São muito conhecidos seus hinos: Nasce Jesus, Eis dos anjos a harmonia (de Charles Wesley) e Mais junto, ó Deus, a ti (de Sarah Flower Adams),”

Sobre Fanny Crosby

Fanny Crosby perdeu o pai ainda bem pequena

 “O pai de Fanny morreu quando a menina tinha um ano de idade, e sua mãe teve de trabalhar arduamente para sustentar a família. Por essa razão, Fanny passou muito tempo em companhia de sua avó que a ensinou a respeito da chuva, do sol, da lua, das estrelas, também sobre o frio e o calor. Fanny aprendeu a identificar quase todas as flores com as mãos e pelo seu perfume. Ela gostava de ir ao riacho perto de sua casa e tocar a fria e clara água”.

Com apenas 8 anos de idade, Fanny escreveu este poema:

               Que criança feliz sou eu!

 

Não posso ver, mas tenho decidido ser feliz,

Porque tenho muitas bênçãos que outros não têm;

Portanto, eu não chorarei ou suspirarei por ser cega!

A música

A música foi composta por John Robson Sweney (1837-1899). Ele compôs outras melodias para hinos de Fanny Crosby.

John Robson Sweney nasceu em West Chester, Pennsylvania.

“Sweney demonstrou seu talento musical precocemente. Ainda menino, ele começou a ensinar música em ‘Escolas públicas’. Aos 19 anos, começou a estudar música seriamente com o prof. Bauer, um célebre professor alemão. Teve aulas de violino e piano. Foi líder de corais, e realizou constantes concertos para crianças.

Aos 22 anos, Sweney foi chamado para ensinar em Dover, Delaware. Quando a guerra civil americana estourou, ele assumiu o comando da banda do ‘Terceiro Regimento de Delaware’. Após a guerra, Sweney tornou-se professor de música da ‘Academia Militar da Pennsylvania’, em West Chester, Pennsylvania. 

Recebeu os graus de "Bacharel em Música (1876)" e "Doutor em Música (1886)".

Foi professor de música da Pennsylvania Military Academy em West Chester, PA  por 25 anos.

Ele compôs mais de 1000 hinos.

 

O hino

 

Quero o Salvador comigo;

Só com ele eu posso andar;

Quero conhecê-lo perto,

No seu braço descansar.

 

Quero o Salvador comigo,

Pois tão fraca é minha fé;

Sua voz me dá conforto,

Quando me vacila o pé.

 

Quero o Salvador comigo,

Dia a dia em meu viver,

Na tristeza, no trabalho,

No conflito e no prazer.

Quero o Salvador comigo,

Sábio guia e Bom Pastor,

Té passar além da morte,

Longe do perigo e dor.

 

Confiado no Senhor,

Consolado em seu amor,

Seguirei no meu caminho,

Sem tristeza e sem temor.[60]

 

 

 

 

 

 

 

 

 



[1]https://www.letras.mus.br/vencedores-por-cristo/1734304

[2]https://www.letras.mus.br/i izaias-mendes/521794/

[4] https://musicaeadoracao.com.br/35743/historias-de-hinos-do-hinario-adventista-338/

[5] https://www.letras.mus.br/hinos-presbiterianos/brilho-celeste/

[6] https://musicaeadoracao.com.br/33558/hinario-adventista-do-setimo-dia-188/

[7] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Silas_Jones_Vail

[8]https://www.letras.mus.br/hinario-aleluia/e-franca-a-porta-divinal/

[9] http://www.hymntime.com/tch/bio/c/a/s/s/cassel_et.htm

[10] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Flora_Hamliton_Cassel

[11] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Flora_Hamliton_Cassel

[12] https://hymnary.org/person/Cassel_Flora

[13]https://www.letras.mus.br/ adilson-silva/1228037/

[14] https://www.letras.mus.br/cantor-cristao/623809/

[15] https://www.hinarioevangelico.com/2009/11/293-grande-amor.html

[16] https://louvorcomhistoria.wordpress.com/2020/10/30/contas-as-bencaos-johnson-oatman-jr/

[17] https://hymnary.org/text/im_pressing_on_the_upward_way

[19] https://www.letras.mus.br/cantor-cristao/623778/

[20] https://www.letras.mus.br/harpa-crista/450230/

[21] https://www.letras.mus.br/harpa-crista/450202/

[22] https://www.letras.mus.br/hinario-aleluia/eis-nos-o-pastor-divino

[23] https://hinostradicionais.blogspot.com/2013/02/john-robson-sweney-1837-1899.html?m=1.

[24] https://www.vagalume.com.br/igreja-crista-maranata/e-tempo-e-tempo-marchar-avante.html

[25] https://hymnary.org/person/Brock_VP. 

[26]https://www.letras.mus.br/ marco-aurelio/confia-em-deus/

[27] https://www.revistashowdafe.com.br/ reportagens/herois-da-fe-frances-ridley-havergal-271/

[28] https://banneroftruth.org/us/resources/articles/2005/the-life-of-francis-ridley-havergal-1836-1879/ 

[29]https://www.cslewisinstitute.org/resources/frances-ridley-havergal-1836-1879-always-only-for-my-king/

[30] https://www.wholesomewords.org/biography/bhavergal10.html

[31] https://www.letras.mus.br/harpa-crista/853763/

[32] https://www.poetryexplorer.net/poem.php?id=10068112

[33] https://www.poetryexplorer.net/poem.php?id=10068112

[34] https://www.ahsocial.ics.ulisboa.pt/atom/arquivo-alfredo-henrique-da-silva

[35] https://crentebatista.wordpress.com/2010/05/06/alfredo-henrique-da-silva

[36]https://www.hinologia.org/alfredo-henrique-da-silva/

[37]https://www.hinologia.org/alfredo-henrique-da-silva/

[38] https://hinosdaharpa.com/a-h-s/

[39] https://www.hinarioevangelico.com/2009/09/227-nao-vos-demoreis.html

[40] https://www.hymnologyarchive.com/peace-be-still

[41] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Mary_Ann_Baker

[42] https://www.hymnologyarchive.com/peace-be-still

[43] https://www.hymnologyarchive.com/peace-be-still

[44] https://ldshymnology.wordpress.com/2020/11/09/mary-baker-1832-1925/

[46] http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=x37DN0BHAN8

[47] http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=x37DN0BHAN8

[48] https://www.letras.mus.br/hinario-adventista/o-mestre-o-mar-se-revolta/

[49] https://en.wikipedia.org/ wiki/Philip_Bliss

[50] https://www.hinologia.org/philip-bliss/

[51] https://www.hinologia.org/philip-bliss/

[52] https://www.hinologia.org/philip-bliss/

[53] https://www.hinologia.org/philip-bliss/

[54] https://www.letras.mus.br/ /hinario-aleluia/alma-tristonha/

[55] https://en.wikipedia.org/ wiki/William_Howard_Doane

[56] https://www.wholesomewords.org/ biography/bdoane2.html

[57] https://en.wikipedia.org/wiki/Pass_Me_Not,_O_Gentle_Saviour

[58] https://en.wikipedia.org/wiki/Pass_Me_Not,_O_Gentle_Saviour

[59] https://www.letras.mus.br/cantor-cristao/722146/

[60] https://www.letras.mus.br/cantor-cristao/678465/

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