Discipulado com propósito
Segundo João Wesley
Odilon Massolar
Chaves
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Odilon Massolar Chaves
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Toda gloria a Deus!
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista
na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia
Índice
Introdução
O propósito da santidade
O
propósito da firmeza de fé de Paulo
O
propósito de ser amigo de Deus
O
propósito de ter compromisso
O
propósito de tratar das memórias
O propósito de reconstruir o muro
O propósito de ser cheio do Espírito
O propósito da Aliança com Deus
O propósito da cruz
O propósito da Intimidade com
Deus
O propósito de consultar ao Senhor nas decisões
O propósito de ter o foco no Senhor
O
propósito de se manter fiel
O propósito da humildade
O propósito do amor sincero
O propósito da oração
O
propósito da verdadeira fé
O
propósito da Fonte da Água da Vida
O
propósito do amor paternal de Deus
O
propósito do jejum
O
propósito da vida do cristão
O
propósito de participar do Corpo de Cristo
O propósito da restauração
O
propósito do abraço
O
propósito da Escola de Treinamento de Deus
O
propósito de Deus nas provações
O
propósito de profetizar
O propósito do sonho de Deus
Introdução
Quando não havia ainda se
transformado
O objetivo desses grupos de discipulado era levar os participantes ao perfeito amor, à perfeição cristã. As classes eram agrupadas geograficamente e os bands por faixa etária ou sexo.
João Wesley orientou como as pessoas deveriam se agrupar para cuidarem de sua salvação: “Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12 pessoas em cada classe sendo uma delas indicada para ser o líder”[1] .
As classes se
diferenciavam dos bands: eram agrupadas geograficamente, em vez de serem divididas por idade, sexo ou estado
civil, como os bands. Elas continham todas as pessoas da sociedade, não apenas
aquelas que voluntariamente se agrupavam[2]
(2).
O alvo dos bands era o crescimento espiritual: “Suas principais atividades eram a confissão dos pecados e a oração; o alvo deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o modelo morávio: havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).[3]
O objetivo principal dos pequenos grupos era reunir “pessoas interessadas em buscar seriamente o estudo de um viver santo.”[4] Mais tarde, diante das novas exigências, Wesley fez novas adaptações, criou os bands seletos para aqueles que haviam recebido a remissão dos pecados e estavam tendo uma vida exemplar.
Portanto, a volta do grupo de discipulado, células ou pequenos grupos, na atualidade, não é algo inédito e não é uma novidade para o metodismo. Começaram com Wesley.
Estes estudos e encontros do Grupo de Discipulado com Propósito têm também o propósito de capacitar de uma forma objetiva os participantes dos grupos de discipulado para alcançarem um viver santo, um guerreiro espiritual, um vencedor pela fé através de Jesus. Os estudos têm este propósito.
No final de cada um dos estudos, há um propósito do dia que deverá ser buscado, pelo menos, durante toda a semana seguinte. Esses propósitos foram criados por Wesley para as sociedades metodistas no século 18, na Inglaterra, visando a santidade.
O líder do grupo de discipulado é fundamental para motivar os participantes. Os estudos determinados deverão todos ser ministrados.
A base do Grupo de Discipulado com Propósito deverá ser o amor. Amor para compreender e ajudar aos que têm dificuldades de superar barreiras. Andar em amor para ser testemunha e um Gadita de Cristo.
Este propósito será uma bênção, se o levarmos a sério e o praticarmos.
O Autor
No grande movimento de renovação espiritual liderado por Wesley, na Inglaterra, século 18, encontramos exemplos de diversas pessoas que alcançaram a santidade.
Mas você dirá: É possível alcançar a santidade aqui?
A Bíblia diz que sim em Mateus 5.48:” Sede vós perfeitos”.
Você não concorda que Jesus não nos pediria um absurdo?!
O Senhor disse para Abraão: “Eu sou o Deus Todo-poderoso, anda na minha presença e sê perfeito" (Gênesis 17.1).
Veja esse exemplo contado por Wesley no movimento metodista, na Inglaterra, século 18. Uma das pessoas que alcançou a santidade, segundo Wesley, era considerada um modelo de piedade (vida de oração, estudo da Palavra, jejum, participação nos cultos etc) e de atividade; trabalhava em favor dos pobres; possuía ardente amor pela palavra de Deus; não perdia oportunidade de assistir aos cultos com os irmãos que ela amava.
Certa ocasião essa pessoa disse: “Oh! Estou cheia do amor de Deus! A glória de Deus é tão grande que não posso suportar; estou submersa, minha vida natural está quase consumida com a claridade da sua presença”. Disse mais: “Às vezes, vejo-me forçada a gritar: Senhor, retira a Tua mão para que eu entre na Tua glória”.
Santidade tem muito a ver com o Gadita de Cristo. Ele tem a marca do caráter de Jesus e é uma testemunha do Evangelho. A santidade é uma vida liberta do domínio do pecado e uma vida de amor a Deus e ao próximo.
Paulo disse: “Revesti-vos de amor que é o vínculo da perfeição” (Cl 3.14). O amor é o caminho sobremodo excelente de que Paulo fala (1Co 13.1). É o alvo maior do cristão: uma vida cheia de amor, cheia de fé.
A santidade é a roupagem do Gadita de Cristo. É um escudo espiritual. É
uma marca dos que são de fato filhos e filhas de Deus (1Jo 3.23-24). A
santidade é progressiva: "Mas todos nós, com o rosto descoberto,
refletindo a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma
imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2 Coríntios 3.18). A Bíblia diz que
sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb 12.14).
Lembrete: A santidade é uma marca do caráter do Gadita de Cristo
Propósito: Praticar a mais profunda Mansidão e Humildade
(Mt 11.29).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da firmeza de fé de Paulo
Paulo
era forte espiritualmente. Muitas vezes, foi açoitado e preso, mas permaneceu
inabalável em sua fé. Ele afirmou que tudo podia através de Jesus (Fp 4.13).
Veja o exemplo de fé de Paulo:
Diante da oposição das pessoas, ele foi
ousado
Os judeus tinham inveja e blasfemaram,
contradizendo a Paulo. Mas Paulo e Barnabé não se intimidaram. Eles
“falaram ousadamente...” aos judeus (Atos 13.46).
Quando foi tentado, ele venceu a tentação e manteve a humildade
O povo começou a chamar Paulo e Barnabé de
deuses por causa das curas que realizaram. O povo chamou Paulo de Mercúrio e a Barnabé
de Júpiter. Eles, porém, disseram: ”Somos homens como vós sujeitos aos mesmos
sentimentos” (At 14.15).
Quando seu grande amigo Barnabé decidiu ir
por outro caminho, ele manteve sua firmeza de propósito
Quando Marcos e Barnabé decidiram ir por
outro caminho, Paulo não desistiu do seu propósito. Mas ele não foi sozinho:
“... tendo escolhido a Silas, partiu...” (Atos 15.38-39). Ele continuou a
missão: “Atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia, confirmando
todos os discípulos” (Atos 18.23).
Diante
de uma grande tempestade, ele manteve firme a sua fé em Jesus
“Sendo o navio arrastado com violência” (Atos
27.15), o Senhor lhe apareceu e lhe disse: “Não temas”. (Atos 27.24).
E mesmo diante de enfermidade, ele não desistiu e foi sustentado pela graça do Senhor
Ele pediu a cura para sua enfermidade, mas o Senhor disse a Paulo: " A minha graça te basta" (2Co 12.8-9). Paulo aceitou e continuou sua missão
Lembrete: Um Gadita de Cristo segue os passos de Paulo para ser um
vencedor.
Propósito: Habituar-se a ter pensamentos santos em todos
os lugares (Sl 2.3).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Tudo posso naquele que me fortalece: Jesus!
O
propósito de ser amigo de Deus
A Palavra do Senhor nos diz que quem encontrou um amigo encontrou um tesouro. A Bíblia cita Abraão como sendo amigo de Deus: “Mas tu, o Israel, servo meu, tu Jacó, a quem escolhi, descendência de Abraão, meu amigo" (Is 41.8).
Que fez Abraão para ser considerado amigo de Deus?
Participou dos sonhos de Deus. O Senhor tinha um propósito de mudar a história da humanidade. Abraão aceitou o desafio e deixou tudo para trás (Gn 12.1-4). Ele participou do projeto de Deus.
Foi edificador. Edificar é construir, é alicerçar vidas. Edificar é construir um ambiente de paz e harmonia... Abraão edificou: “Apareceu o Senhor a Abrão e lhe disse: darei à tua descendência esta terra. Ali edificou Abraão um altar ao Senhor, que lhe aparecera” (Gn 12.7). Os amigos de Deus edificam um altar para Sua adoração. Os Amigos de Deus são porta-vozes de Boas Novas de esperança neste mundo.
Confiou em Deus. “Abraão creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn 15.6). Sem fé é impossível agradar a Deus. O amigo confia.
Permaneceu junto ao Senhor. “Abraão permaneceu ainda na presença do Senhor” (Gn 18.22).
O amigo dialoga, está junto nas horas
difíceis e alegres. Amigo não abandona o amigo. Amigo não deixa o amigo
sozinho. O amigo não renega, não deixa e
sim honra Deus e testemunha sobre Sua grandeza e fidelidade.
Deu o que mais amava ao Senhor. Amigo compartilha e sempre abre espaço para o amigo. Abraão ofereceu o que tinha de melhor, seu filho (Gn 22.2). Jesus disse que ninguém tem maior amor do que dar a sua vida em benefício dos seus amigos (João 15.13).
Como consequência da amizade com Deus, Abraão foi muito abençoado até o fim de sua velhice, em todas as coisas.
Quem é Amigo de Deus adquire um tesouro. A Bíblia fala que há amigo mais chegado que um irmão (Pv 18.24).
Lembrete: Um discípulo de Cristo é amigo íntimo do Senhor.
Propósito: Evitar todas as ocasiões previsíveis de
pecado, como más companhias, tentações conhecidas, etc (1Ts 5.22).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Tudo posso naquele que me fortalece: Jesus!
O propósito de ter compromisso
Vivemos em meio a uma geração que está muito ligada aos meios de comunicação: celular, TV, Internet, vídeos, MSN, rede social (Twitter, Orkut, Facebook), etc.
Se por um lado há um grande avanço e benefício na comunicação, por outro lado, isso contribui para termos uma geração desligada dos relacionamentos pessoais; dos compromissos e responsabilidades. Tudo tende a ser “rapidinho”. Até o “ficar” mostra essa tendência de não haver compromisso. É verdade que há boas exceções!
Mas uma boa maioria não se baseia mais na palavra, que já foi sinônimo de “compromisso” e “documento”. É difícil até nós ouvirmos a célebre frase: “Eu lhe dou a minha palavra”. Por isso, tem que haver hoje firma reconhecida.
Vivemos num tempo em que a pessoa diz: “Pode deixar que estarei lá”. No final, a pessoa não vai e nem justifica porque não foi. Não há compromisso. Não há, na verdade, palavra. Outras pessoas até juram, fazem promessas de fidelidade ao Senhor, de compromisso com Sua obra, mas nem sempre cumprem.
É muito forte o que disse Jesus, mas é a pura verdade! Ele disse: “Não jurarás falso” (Mt 5.33). Depois, Jesus disse: “Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno” (Mt.5.37).
A Bíblia nos orienta dizendo: “Vede prudentemente como andais, não como néscios, e, sim, como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” (Ef 5.15-16). Somos chamados a não nos conformarmos com esse século (Rm 12.2). Quem foi transformado por Jesus tem a verdade, ética e justiça como base para a sua ação. E é essa prática que faz a diferença no mundo.
Paulo diz que devemos ser “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Fp 2.15). A pontualidade faz parte de ter compromisso e ser responsável.
Os gaditas prometeram a Moisés que só iriam morar nas terras junto ao Jordão após levarem os filhos de Israel ao seu lugar: “Não voltaremos para nossa casa até que os filhos de Israel estejam de posse, cada um, da sua herança” (Nm 32. 17-18).
Moisés disse: “Edificai vós cidades para as vossas crianças e currais para as vossas ovelhas; e cumpri o que haveis prometido” (Nm 32.24). E eles cumpriram a palavra! (Js 22.1- 9).
Lembrete: Um discípulo de Cristo tem palavra.
Propósito: Fazer um autoexame todas as noites, pensando
no que fizeram de bem ou de mal durante o dia que passou (2Co 13.5).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de tratar das memórias
Paulo fala que a carne é inimiga do Espírito (Gl 5.17). A carne se opõe ao Espírito. João Wesley dizia que temos dois inimigos: a carne e o diabo.
Quando nascemos de novo há uma grande alegria em nossa vida. Rios de águas vivas fluem do nosso interior (Jo 7.38). Muitas vezes, pensamos estar andando sobre as nuvens.
Mas por que será que muitas pessoas que passam por essa linda experiência acabam ficando travadas ou mesmo retrocedem?
Uma resposta está nas memórias que podem trazer lembranças negativas do passado ou mesmo marcas negativas dos nossos antepassados, quando damos lugar novamente à carne.
Se darmos lugar à carne, à natureza humana não crucificada, as memórias podem nos travar ou mesmo nos levar a praticar atos que nós mesmos condenamos. Podemos repetir atos errados dos nossos pais.
Encontramos no Antigo Testamento exemplos de pessoas que foram vencedoras, mas depois tiveram suas fraquezas, como Saul, Salomão, Davi, Sansão etc.
Gideão é citado como exemplo de fé (Hebreus 11.32), mas não é citado como modelo de santidade. Gideão também foi influenciado pelas memórias do pai. Ele foi um vencedor. Obedeceu a voz do Senhor e destruiu os ídolos de seu pai (Juízes 6.25-28).
Ele venceu depois os inimigos. Gideão, contudo, fez uma estola sacerdotal (manto usado pelo sumo sacerdote) e todo Israel se prostituiu. Gideão se prostituiu espiritualmente fazendo uma estola sacerdotal. Essa atitude abriu brecha. A Bíblia diz que ela “veio a ser um laço a Gideão e à sua casa” (Jz 8.27). Quando Gideão morreu, os filhos de Israel voltaram a se prostituir (Jz 8.34).
Não vemos orientação de Deus para Gideão fazer tal estola sacerdotal e nem é dito que Gideão desejava que o povo se prostituísse, mas ele acabou fazendo algo estimulado pela carne que lembrava o que o seu pai havia feito com os ídolos (Jz 6.25).
Por esse motivo e outros devemos tratar das memórias.
Lembrete: O discípulo de Cristo está aberto à cura das memórias.
Propósito: Praticar um Jejum particular uma vez por mês
(especialmente perto da sua participação na Ceia do Senhor), se estiver em
condições de fazê-lo, ou jejuar apenas por uma refeição quando for conveniente
(Mt 6.16; Lc 5.35).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de reconstruir o muro
O muro traz proteção e segurança. As enchentes, tornados e terremotos acabam derrubando os muros. É preciso reconstruí-los.
Neemias foi tocado pelo Senhor para reconstruir os muros de Jerusalém para que o inimigo não mais empobrecesse e humilhasse o Povo de Deus. De toda maneira, porém, o inimigo procurou impedir a reconstrução. Na nossa vida, acontece a mesma coisa hoje.
Desagrada ao inimigo ver você desejando o bem dos outros (Ne 2.10). Ele irá zombar e lhe desmerecer (Ne 2.19). Você não deve se intimidar. Responda corajosamente ao inimigo (Ne 2.20). Ele ainda vai dizer que você não pode, que você é fraco (Ne 4.2). Mas, repreenda e ore ao Senhor (Ne 4.4).
Como você não se intimida, ele vai procurar lhe atacar para trazer confusão (Ne 4.8), mas o Senhor lhe dará livramento. Você deverá ficar em vigilância (Ne 4.9). Coloque-se de prontidão e fique atento com suas armas nas mãos (Ne 4.13). O inimigo vai ver frustrado o seu plano (Ne 4.15).
Ele, então, vai procurar tirar você de dentro
do muro espiritual (fé, mansidão, amor, benignidade, autoridade, etc.). Ele vai
insistir para ver você parar com a reconstrução da sua vida (Ne 6.2-7). Diga
não à tentação do inimigo.
Mas ainda ele tentará mais uma vez; vai mentir a seu respeito para lhe atemorizar (Ne 6.9). Ore na Palavra: “Agora, pois, ó Deus, fortalece as minhas mãos” (Ne 6.9).
Como última tentativa, vai usar pessoas que você confia - falsos profetas - mas o discernimento vai lhe dar a vitória (Ne 6.10-14). Com o muro reconstruído, o inimigo vai temer e reconhecer que Deus agiu na sua vida. A vitória é certa (Ne 6.15-16).
Muitas pessoas também têm necessidade de reconstruir o muro. Áreas da vida espiritual, familiar, social ou física que foram atingidas. O muro é para ter uma vida mais sólida, mais madura, mais protegida, mais segura, mais tranquila.
A santidade é uma couraça de proteção vital (1Ts 5.8).
Deus que colocar uma armadura em cada um de nós (Efésios 6.11-18) para ficarmos protegidos e sermos vitoriosos.
Lembrete: O discípulo de Cristo pega o tijolo para reconstruir o muro.
Propósito: Mortificar a carne com as suas concupiscências
e Luxúrias (Gl 5.19,24).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de ser cheio do Espírito
A carne, a natureza ainda não crucificadas, traz franqueza espiritual e grandes dificuldades nos relacionamentos – amargura, falta de perdão, ira, discórdia, inveja, egoísmo, agressividade (Gl 5.19-21), etc.
Precisamos andar no Espírito para não satisfazermos os desejos da carne (Gl 5. 16). João Wesley disse que “sem o Espírito de Deus não podemos fazer nada, a não ser acrescentar pecado sobre pecado”.
Após recomendar aos cristãos para serem cheios do Espírito (Ef 5.18), Paulo fala de relacionamentos e usa expressões como “falando entre vós”: Sendo cheios do Espírito a nossa conversação será agradável. Ele diz: “falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração...” (Efésios 5.19).
Sendo cheios do Espírito daremos sempre graças em vez de maldizermos e murmurarmos: “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai...” (Efésios 5.20). Sendo cheios do Espírito, em vez de explorarmos ou ofendermos as pessoas, nos sujeitaremos uns aos outros: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios 5.21).
Quem é cheio do Espírito
não dá espaço para a ação da carne. Quando a Bíblia cita Barnabé, diz: “Porque
era homem bom, cheio do Espírito santo e de fé” (Atos 11.24).
Estevão, quando estava sendo apedrejado, sendo cheio do Espírito Santo, pediu ao Pai: “Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor não lhes imputes esse pecado!” (Atos 7.60).
Além de ser usado poderosamente com fé pelo Espírito na Palavra enfrentando o inimigo e sendo vitorioso, o nosso relacionamento passa a ser fraternal.
No movimento metodista na Inglaterra acontecia constantemente a ação do Espírito Santo: “Deus derramou abundantemente Seu Espírito sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação (...) Deus restaurou o homem à luz da Sua face, e deu à jovem moça a convicção clara do Seu amor.”[5]
Lembrete: Um discípulo de Cristo procura ser cheio do Espírito.
Propósito: Evitar o orgulho espiritual e seus efeitos,
como maledicências, ira, impertinência, e intolerância com a oposição etc
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da Aliança com Deus
Você já deve ter
feito aliança com pessoas. É assim no casamento e nos negócios com um sócio.
Aliança é um contrato, um pacto, um ajuste que se realiza entre duas ou mais
pessoas.
A Bíblia fala que
Deus fez uma aliança com o ser humano. Na verdade, essa aliança com Deus se
tornou um modelo de relação entre parceiros que é marcada pelo amor, a partir
do qual um parceiro não abandona o outro.
As alianças que
Deus estabelece na Bíblia são livres promessas da Sua parte, baseadas em várias
condições que o ser humano deve cumprir. Ele fez aliança com Noé, com Abraão,
etc.
Com Jesus, foi
feito uma nova aliança. Jesus disse:"Isto é o meu sangue, o sangue da nova
aliança, que é derramado por muitos, para remissão de pecados" (Mateus
26.28).
Parceria,
fidelidade, comunhão, amor e obediência são as principais marcas da aliança.
A Aliança
estabelece um compromisso. A palavra “compromisso” está relacionada à
fidelidade a uma promessa ou à aliança feita. Compromisso é sinônimo de
seriedade, firmeza de propósito. Mas nem todos conseguem manter um compromisso
e fidelidade e acabam quebrando a aliança realizada.
O fato de
afirmarmos que cremos em Deus nem sempre significa que fizemos uma aliança com
Deus. Uma aliança pressupõe cumprimento de acordos entre ambas as partes. O
Senhor exige fidelidade a Ele. Se virarmos as costas, estaremos quebrando uma
aliança com Deus.
Deus não nos
abandona, nós é que abandonamos a Deus. Se nos arrependermos e voltarmos, Ele
estará de braços abertos nos esperando.
Na história do
Filho Pródigo (Lc 15.11) vemos o Pai se alegrando e fazendo uma festa com a
volta do filho.
Deus consegue
manter a Sua aliança com as pessoas e com Seu povo por causa do Seu caráter. O
caráter de Deus revela Sua santidade, verdade, bondade, fidelidade etc. Se Deus
faz uma promessa, Ele cumpre porque esse é o Seu caráter, a Sua essência.
Lembrete:
Um discípulo de
Cristo permanece firme na Aliança com o Senhor.
Propósito: Ler frequentemente livros religiosos para
própria edificação
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da cruz
A cruz era um instrumento de punição corporal usado pelos assírios, persas, gregos, egípcios e romanos para as execuções do primeiro século. Era um castigo cruel e, geralmente, quem era crucificado era tido como malfeitor (Lc 23.33).
No cristianismo, porém, a cruz se tornou um símbolo de vitória (Jo 12.32; Rm 6.6; Gl 5.24; Cl 2.24).
Ela é também símbolo de abnegação e bênção: “Quem não toma a sua cruz e não vem após mim não é digno de mim” (Mt 10.38).
Enfatizar a cruz de Cristo é confiar na ação milagrosa e poderosa de Deus em vez de confiar somente em si próprio (1Co 1.17).
Veja várias afirmações da Bíblia sobre a cruz:
Por intermédio da cruz, Jesus trouxe a reconciliação (Ef 2.16).
Os inimigos da cruz de Cristo vivem na carne (Fp 3.18).
Jesus trouxe a paz pelo seu sangue na cruz (Cl 1.20).
Devemos nos crucificar com Cristo – nosso eu
– e viver para Deus (Gl 2.19).
Devemos nos gloriar somente na cruz de Cristo e não na prática da lei do Antigo Testamento (Gl 6.14).
Na cruz, Jesus nos resgatou do pecado e nos deu vida em abundância.
Nós não adoramos a cruz até porque Jesus está vivo e não se encontra
mais nela, mas a cruz é símbolo de fé, símbolo de vitória.
A cruz de Cristo não é nosso símbolo de sofrimento pessoal, que nos faz carregar algum problema ou enfermidade. Levar a cruz é estar disposto a morrer por Jesus.
Lembrete: Um discípulo de Cristo carrega a cruz no coração e está pronto para testemunhar.
Propósito: Orar muitas vezes por dia, lembrando da nossa
dependência de Deus, tanto para coisas espirituais como para temporais (1Ts
5.17).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da Intimidade com Deus
A Bíblia diz que a intimidade do Senhor é para os que o temem, “aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança” (Sl 25.14).
Intimidade é familiaridade, amizade, contato íntimo. Moisés era uma pessoa que tinha contato íntimo com o Senhor. A Bíblia diz que o Senhor falava face a face com Moisés, como alguém fala a um amigo (Ex 33.11).
Como consequência dessa intimidade, Moisés ouvia do Senhor o que ele devia fazer: “Vai, sobe daqui” (Ex 33.1).
Também o Senhor disse: “Enviarei o Anjo diante de ti; lançarei fora os cananeus, os amorreus ...” (Ex 33.2).
Por causa dessa afinidade, o Senhor lhe dava a direção certa para receber a bênção: “Sobe para uma terra que mana leite e mel ...” (Ex 33.3). O Senhor nunca vai enviar os que Ele ama para um local ruim.
Por causa, ainda, dessa intimidade, o Senhor nos conhece pelo nome. Ele chamava Moisés pelo nome, como depois chamou Samuel, Paulo, etc. Ele também conhece você pelo nome (Ex 33.17).
O Senhor ainda colocou sobre a tenda de Moisés a nuvem da sua bênção (Ex 33.9) e o encheu da Sua glória (Ex 34.29).
Tenha também intimidade com o Senhor. A comunhão com o Senhor fortalece e traz ânimo para sermos testemunhas.
João Wesley entendia a fé cristã como uma vida de relacionamento com Deus por intermédio de Jesus Cristo, e a oração era o dom de Deus para facilitar e enriquecer tal relacionamento. Para ele, a ausência de oração era a causa mais comum de aridez espiritual.
Como anda sua intimidade com o Senhor?
Propósito: Participar da Ceia do Senhor pelo menos uma
vez por mês, se não estiver impedido por um motivo muito razoável (1Co 11.26 –
Lc 22.19).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de consultar ao Senhor nas decisões
Constantemente,
somos chamados a tomar decisões, umas simples e outras mais sérias. Conforme a
nossa decisão, poderemos ser bem-sucedidos ou não. Algumas decisões são tomadas
por impulsos, outras por medo, fuga, sonhos, pressão e outras ainda pela direção
de Deus.
A história de
Noemi e de sua família nos ensina muitas coisas. Houve fome na terra (Rute 1.1)
e Elimeleque, esposo de Noemi, decidiu levar sua família para Moabe.
Belém significa a
“casa de pão”. Era uma região montanhosa com oliveiras e vinhas. Terra amada
por Deus, onde mais tarde nasceria Jesus. Ao contrário, Moabe era um lugar de
idolatria onde se sacrificavam crianças ao deus Camos.
Os moabitas
tiveram origem no incesto de Ló com sua filha mais nova quando nasceu Moabe,
que deu origem aos Moabitas (Gn 19.30-38). Era um lugar amaldiçoado. Um lugar
de morte. Como conseqüência, Elimeleque morreu e depois os seus dois filhos
também morreram (Rute 1.3-5) deixando viúvas Noemi e as duas noras Orfa e Rute.
O que mudou o
futuro de Noemi foi sua decisão sábia de voltar à Belém (Rute 1.6). Noemi quer
dizer “minha doçura”, mas a difícil situação que passou a tornou amarga (Rute
1.13) e ela ainda ficou revoltada e com uma visão errada sobre Deus. Apesar
disso, ela tomou outra decisão humana. Pediu as suas noras que voltassem ao seu
povo porque não queria vê-las presas a um compromisso com ela (Rute 1.8-13).
Orfa voltou ao seu
povo e aos seus deuses, mas Rute, que quer dizer “Amiga” tomou uma decisão que
mudaria seu futuro e o futuro de Noemi. Ela disse: “Aonde quer que fores, irei
eu e, aonde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu
Deus é o meu Deus” (Rute 1.16).
Uma decisão
radical por Deus e por Noemi. Como conseqüência, o Senhor restaurou sua vida
dando-lhe um casamento abençoado com Boaz, que era uma pessoa muito
bem-sucedida
Lembrete: Um discípulo consulta ao
Senhor para tomar as melhores decisões
Propósito: Praticar a mais profunda Mansidão e Humildade
(Mt 11.29).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Tudo posso naquele que me fortalece: Jesus!
O propósito de ter o foco no Senhor
Vivemos um tempo
de rápida comunicação, tempo sem muito tempo para comunhão, reflexão e
sentimento. Muitas vezes, por isso, perdemos o foco, o alvo, a bênção.
Jesus disse algo
há dois mil anos atrás, mas que ainda é muito necessário para nossas vidas
hoje: “Olhai as aves dos céus”; “Olhai os lírios do campo” (Mt 6.26-28).
Os discípulos
estavam ansiosos, preocupados demais com o dia de amanhã. Estavam olhando
somente para os problemas. Jesus ensinou sobre o confiar nas providências de
Deus e a curtir a beleza da natureza.
Na vida agitada,
especialmente, nas grandes cidades, as pessoas vivem correndo e sem tempo para
curtir a beleza da vida. O estresse é comum trazendo nervosismo, insônia,
doenças e mesmo a morte.
Nas pequenas
coisas está a beleza da vida. Na selva de pedra das grandes cidades há toda uma
frieza, mas na selva criada por Deus há toda uma beleza e harmonia.
Se você está
excessivamente preocupado, cheio de problemas, pare e olhe a beleza da
natureza, o cantar dos pássaros, que contêm as melodias mais belas de autoria
do Criador do Universo.
Essas melodias
trazem cura às nossas neuroses.
E se você quer
definitivamente dar um basta na ansiedade, entrega teu caminho ao Senhor,
confia nEle e o mais Ele fará por você (Sl 37.5).
Apóstolo Pedro
disse algo fundamental: “Lançando sobre Ele vossa ansiedade porque Ele tem
cuidado de vós” (1Pe 5.7).
Ele aprendeu com
as experiências da vida e com Jesus. Quando Jesus disse para Pedro ir andando
sobre as águas, ele foi, mas perdeu o foco e olhou para a força do vento e teve
medo. Por isso começou a afundar (Mt 14.30).
O segredo é olhar
sempre para Jesus.
Lembrete:
Um discípulo de
Cristo tem o olhar fixo no Senhor.
Propósito: Habituar-se a ter pensamentos santos em todos
os lugares (Sl 2.3).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de se manter fiel
Por causa da fidelidade, as tribos dos rubenitas, gaditas e manassés foram abençoadas com terras junto ao Jordão, as quais Moisés já havia prometido (Nm 32.29-32):
“Josué convocou os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés e disse-lhes: Cumpristes tudo o que o Senhor ordenou a Moisés, servo do Senhor, e observastes todos os mandamentos que vos dei. Em todo este espaço de tempo, até ao dia de hoje, não abandonastes os vossos irmãos, observando fielmente os mandamentos do Senhor vosso Deus. Agora que o Senhor vosso Deus deu aos vossos irmãos o repouso por Ele prometido, voltai para as vossas tendas na terra que vos pertence e que Moisés, servo do Senhor, vos deu além-Jordão. Procurai, porém, praticar cuidadosamente os mandamentos e leis que vos prescreveu Moisés, servo do Senhor, amando o Senhor vosso Deus, andando em todos os seus caminhos, guardando os seus mandamentos, unindo-vos a Ele e servindo-o com todo o vosso coração e com toda a vossa alma” (Js 22.1-5).
Os gaditas junto com os filhos de Rubem e da meia tribo de Manassés “eram homens valentes, que traziam escudo e espada, entesavam o arco e eram destros na guerra” (1Cr 5.18). Eles fizeram guerra aos hugarenos, como a Jetur, Nafis e a Nodabe (1Cr 5.19).
A Bíblia diz que eles “foram ajudados” (1Cr 5.20) por Deus porque eles, em plena guerra, “clamaram a Deus, que lhes deu ouvidos, porquanto confiram nele” (1Cr 5.20). A Bíblia ainda diz que muitos dos inimigos caíram feridos à espada, pois de Deus era a peleja (1Cr 5.22).
A fé e a obediência ao Senhor nos garantem a vitória em nossas lutas. Tanto os gaditas como os filhos de Rúben e a meia tribo de Manassés se apropriaram de mais de 150 mil camelos, 250 mil ovelhas e 2 mil jumentos (1Cr 5.21).
O grande problema é que os filhos da meia tribo de Manasses “cometeram transgressões contra Deus de seus pais e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra” (1Cr 5.26). Não seguiram as determinações de Josué para se manterem fiéis. Uma brecha que prejudicou a todos, inclusive os gaditas e filhos de Rúben (1Cr 5.26). Deus mesmo suscitou o rei da Assíria que os levou cativos para outro lugar.
Um pecado atinge a todo corpo de Cristo. Não basta ser forte militarmente. É preciso se manter fiel servindo ao único Deus.
Posteriormente, os gaditas foram até Davi para fazerem parte de seu
exército eles tinham o rosto de leões e eram ágeis como as gazelas. (1Cr
2.8-14).
Lembrete: Um discípulo de
Cristo se mantém fiel.
Propósito: Habituar-se a ter pensamentos santos em todos
os lugares (Sl 2.3).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da humildade
A soberba é
elevação, orgulho, presunção. É se sentir e agir como sendo maior do que todos.
O contrário é a humilde. É não se supervalorizar agindo na medida justa do seu
verdadeiro valor. Humilde é a pessoa que age de forma simples respeitando a
opinião do outro desejando sempre auxiliar e aprender.
A Bíblia diz que
Deus resiste aos soberbos e dá graça aos humildes (Tg 4.6). Paulo afirma,
inclusive, que não devemos colocar na liderança os novos na fé para que não se
ensoberbeçam e caiam na condenação do diabo (1Tm 3.6).
Qual foi a
condenação do diabo?
Ele quis ser
superior a Deus e teve a sua queda: “Teu coração se tornou soberbo por causa de
tua beleza, corrompeste tua sabedoria por causa de teu esplendor” (Ezequiel 28.
17).
Quem é soberbo nem
sempre percebe. Ele passa a se sentir superior aos outros e a se considerar o
centro de todas as coisas. Passa a pensar somente que suas opiniões é que são
as melhores e certas.
Em todas as áreas
encontramos pessoas que se tornam soberbas. Líderes políticos e religiosos
podem cair na soberba. O caminho será a queda, como aconteceu também com Adão e
Eva (Gn 3.5).
É bom lembrar que os
Imperadores romanos foram pelo caminho da soberba. Após a morte de Augusto, o
senado romano chegou a decretar a sua divinização, passando a ser adorado como
"Divus Augustus" (Divino Augusto). A questão é tão séria que o Senhor
não curou a Paulo de uma enfermidade para que ele não se ensoberbecesse com as
grandezas das revelações evitando assim que ele caísse da graça (2Co 12.7).
O exemplo que
devemos seguir é o de Jesus. Mesmo subsistindo em forma de Deus, Ele não julgou
com usurpação ser igual a Deus, mas “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma
de servo” (Fp 2.7). Sendo servo, Jesus se deu pela humanidade indo até a cruz
e, por isso, ressuscitou e foi exaltado por Deus. Sendo servos, também seremos
vitoriosos. É um caminho de paz que traz bem-estar a todos.
A Palavra nos
orienta: “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em
tempo oportuno, vos exalte” (1Pe 5.6).
Lembrete:
Um discípulo de
Cristo é humilde e se submete sempre ao Senhor.
Propósito: Evitar todas as ocasiões previsíveis de pecado, como más companhias, tentações conhecidas, etc (1Ts 5.22).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito do amor sincero
Na antiga Roma era
costume dos fabricantes de vasos procurarem disfarçar e vender aqueles que
ficavam danificados com alguma rachadura. Eles preenchiam com cera e acabavam,
na verdade, iludindo os compradores.
No latim a
expressão é “Sini cera”, que quer dizer sincera. O apóstolo Paulo utiliza esta
expressão ao falar do amor. Ele diz: “O amor seja sem hipocrisia”. Outra
tradução diz “não fingido” e outra ainda diz “Seja sincero”.
Amor fingido, “com
cera”, é aquele que não é leal, não é autêntico ou puro. É aquele que arde em
ciúmes; que se conduz inconvenientemente; que procura os seus interesses
próprios e guarda ressentimentos (1Co 13.4-5).
No relacionamento
sentimental, o amor sincero é fundamental. E o amor sincero tem que ter a
essência do amor ágape, que é o amor dádiva, de abnegação, sacrificial. Paulo
fala “da abnegação do vosso amor” ao se referir e elogiar os tessalonicenses
(1Ts 1.3).
Muitos desejam
viver esse amor, mas para que ele possa existir em nossa vida é preciso vir do
Espírito. O mesmo Paulo fala que o fruto do Espírito é amor (Gl 5.22). Ele
produz paciência (1Co 13.4) etc. Isso significa que esse amor só vem do
Espírito. Ele não vem da própria natureza humana. E por mais que se tenha
consciência da importância, por si só, ninguém consegue expressá-lo
autenticamente, sem cera. A essência do amor sincero, do amor ágape é fazer o
bem. Ele é benigno (1Co 13.4).
Esse amor tem o
poder de resistir ao sofrimento. Ele tudo suporta (1Co 13.8). Paulo chega a
dizer que o amor é uma couraça (1Ts 5.8). É só lembrar como o casco da
tartaruga a protege. É assim na vida do ser humano que tem o amor como couraça.
Podemos e devemos
buscar esse amor, que foi revelado
O perfeito amor
lança fora todo medo (1Jo 4.18).
Lembrete:
Um discípulo de
Cristo tem o amor sem cera, sincero.
Propósito: Fazer um autoexame todas as noites, pensando no que fizeram de bem ou de mal durante o dia que passou (2Co 13.5).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da oração
Paulo disse aos cristãos: “Luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor” (Rm 15.40).
Isto significa perseverar na oração. É insistir para que Deus nos atenda. Significa crer que Deus pode resolver qualquer problema.
É claro que, às vezes, Deus não está nos atendendo por haver algo de errado em nossa vida, como o pecado ou falta de fé, ou ainda por não sabermos pedir.
João Wesley conta a história de uma senhora que sentiu o poder de Deus em sua vida pecaminosa e caiu no chão.
Ele diz em seu diário: “Oramos a Deus em favor dela. Seus gritos juntos com os de muitos outros, clamando a Deus, aumentaram. Mas nós continuamos lutando com Deus em oração, até que Ele nos atendeu com a paz”.
Há muitas pessoas que estão lutando com Deus de outra forma. Estão se opondo à vontade do Senhor, estão lutando para a sua própria vontade ser feita.
Devemos lutar
Jacó não largou o anjo do Senhor, enquanto não foi abençoado. Devemos perseverar em oração até sermos abençoados (Gn 32.22-32).
Wesley orava durante todo o dia. Seu diário mostra que ele treinara a mente para orar a cada hora. Essas orações geralmente eram breves, curtas frases de louvor. Constituíam o meio de apresentar os eventos de sua vida a Deus. Ele também orava ao final do dia para fazer uma revisão das atividades e confessar os pecados cometidos.
Os gaditas eram de oração. Na batalha contra inimigos, eles “clamaram a Deus, que lhes deu ouvidos, porquanto confiaram nele” (1Cr 5.20).
A oração é o fôlego da vida espiritual do Gadita.
Lembrete: Um discípulo de Cristo ora constantemente para sempre ser forte espiritualmente.
Propósito: Praticar um Jejum particular uma vez por mês (especialmente perto da sua participação na Ceia do Senhor), se estiver em condições de fazê-lo, ou jejuar apenas por uma refeição quando for conveniente (Mt 6.16; Lc 5.35).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da verdadeira fé
A Bíblia diz que a fé é uma certeza (Hb 11.1). Wesley diz que a fé é uma evidencia divina e uma convicção. Ela não é visível e nem perceptível quer pela vista quer por qualquer outro sentido.
Segundo ele, a fé implica numa evidência sobrenatural de Deus, uma espécie de luz exposta à alma[6].
A fé tem o poder de mudar situações
consideradas impossíveis. No resgate dos 33 mineiros presos numa mina, no
Chile, a
Os demônios sabem que a fé pode destruí-los ou impedir sua ação. A fé pode sustentar uma pessoa nas maiores adversidades e lhe dar força para vencer as barreiras.
Mas qual é a fé que destrói fortalezas e abre
o caminho para a vitória?
Baseado em Romanos 4.17-24 e 5.1-2 podemos dizer:
·
A fé no Deus que
traz vida aos mortos e traz à existência as coisas que não existem;
· A fé que atua mesmo quando não há motivo de ter esperança;
· A fé que não olha para as impossibilidades
humanas;
· A fé que traz a certeza de que Deus é poderoso para fazer infinitamente mais;
· A fé que nos dá crédito diante de Deus;
· A fé que nos traz o perdão e a paz;
· A fé que nos leva a ter acesso às bênçãos de Deus.
Fé é certeza, convicção inabalável no poder
de Deus (Hb 11.1). Com essa fé é que venceremos. Foi essa confiança em Deus que
deu aos gaditas vitórias: “clamaram a Deus, que lhes deu ouvidos, porquanto
confiaram nele” (1Cr 5.20).
Lembrete:
Um discípulo de
Cristo tem uma fé inabalável.
Propósito: Mortificar a carne com as suas concupiscências
e Luxúrias (Gl 5.19,24).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da Fonte da Água da Vida
“Vidas Secas” é um romance de Graciliano Ramos, publicado em 1938, que trata da problemática da seca e da opressão social no Nordeste. Mas essa sequidão não existe só na terra. Algumas pessoas vivem em uma seca diária tanto física como emocionalmente.
Ao contrário, Jesus exala vida. É fértil em doçura, sensibilidade, bondade e autoridade. A graça era constante em Sua vida quando Ele ensinava, curava e perdoava. Ele é a Fonte da Água Viva.
Mas Jesus encontrou, certa vez, uma pessoa que tinha a mão ressequida (Lc 6.6-11). Alguns falam da possibilidade de ter sido uma artrite reumatoide, que é uma inflamação nas articulações.
A sensibilidade e o amor de Jesus o levaram a procurar curar essa pessoa e Ele o fez. Sua mão foi restaurada. Ao contrário, havia alguns escribas e fariseus que observavam Jesus procurando ver se ele curaria em dia de sábado para ter do que o acusar.
Esses escribas e fariseus são exemplos de pessoas que têm vidas secas. Não têm sensibilidade e amor em seus corações. Vivem exalando ódio e maquinando o mal.
Jesus sabiamente lhes perguntou: “Que vos parece? É lícito, no sábado, fazer o bem ou o mal? Salvar a vida ou deixá-la perecer?”.
Eles não responderam, mas se encheram de furor e discutiram entre si quanto ao que fariam com Jesus, quando Ele curou o homem de mão ressequida. Pessoas que têm o coração cheio de furor são pessoas que não tiveram seu espírito aberto pela graça de Deus. O espírito é o habitat de Deus na vida do ser humano. Dele vêm a alegria, a paz, a bondade etc.
Se agirmos somente pela nossa razão, nem sempre chegaremos à verdade e também não teremos um coração de compreensão e sensibilidade. Por isso Jesus disse que o Reino de Deus está dentro de nós.
Jesus é a Fonte da Água Viva. Ele pode transformar nosso deserto num manancial. Ele disse que pode matar a nossa sede. Se a sua vida é um deserto, vá até Jesus. Ele pode matar a sua sede e fazer jorrar um rio de água viva do seu interior.
Lembrete: Um discípulo de Cristo bebe da Fonte da Água da Vida.
Propósito: Evitar o orgulho espiritual e seus efeitos, como maledicências, ira, impertinência, e intolerância com a oposição etc.
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito do amor paternal de Deus
O livro de Neemias nos mostra um Deus que se preocupa com cada um de nós. Veja algumas dessas atitudes de Deus para conosco:
Ele é um Deus que age convencendo as pessoas em nosso benefício. Neemias afirmou que o o rei deu autorização porque a boa mão de Deus era comigo (Ne 2.8,18).
Ele é um Deus que coloca em nosso coração o que falar e fazer.
Veja o que Neemias diz:
- Meu Deus me pusera no coração para eu falar em Jerusalém (Ne 2.12);
- O meu Deus me pôs no coração que ajuntasse os nobres, os magistrados e o povo para registrar as genealogias (Ne 7.5).
O livro de Neemias nos ensina ainda que o bom êxito de um empreendimento vem de Deus:
- O Deus dos céus é quem nos dará bom êxito (Ne 2.20);
- Nosso Deus pelejará por nós (Ne 4.20).
Aprendemos que Deus pode impedir alguém de realizar um plano contra os ungidos: Deus tinha frustrado o desígnio deles (Ne 4.15).
Por fim, Neemias nos revela que Deus é quem nos proporciona alegrias e bênçãos:
- Deus os alegrara com grande alegria (Ne 12.43);
- Nosso Deus converteu a maldição em bênção
(Ne 13.2);
- Deus o constituiu governador de Jerusalém
(Ne 2.1-20).
Deus cuida de nós. Foi essa experiência que
Neemias teve. Creia nisso e busque ao Pai de todo coração porque Ele tem
cuidado de nós.
Lembrete:
Um discípulo de Cristo deve reconhecer o amor de Deus
constantemente.
Propósito: Ler frequentemente livros religiosos para própria edificação.
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O
propósito do jejum
Jejum significa “afligir a alma” (Lv 23.26) que está soberba, em pecado e longe de Deus. Mente, vontade e sentimentos constituem a alma. E a alma luta contra o Espírito (Gl 5.17). Ela precisa ser dominada. O jejum é um meio para esse objetivo.
O objetivo do jejum é levar a alma à humildade, à submissão total ao Senhor para que Ele possa, então, agir mais em nossas vidas.
A Bíblia fala do jejum de 40 dias; jejum de um dia; jejum de meio jejum (até às 3 h da tarde); jejum de abstinência (deixar de comer em parte devido a fraqueza física ou enfermidade) e fala ainda de jejum da abstinência de manjares (Dn 1.12).
Geralmente, no jejum, deixamos de nos alimentar por determinado tempo para nos entregarmos às orações. Não se deve deixar de beber água.
O jejum é para aplacar a ira de Deus e atrair as bênçãos do Senhor.
João Wesley dizia que a mais poderosa razão para o jejum é ser um auxílio para a oração.
O jejum aceitável ao Senhor é aquele que é
praticado na presença de Deus.
Nossa intenção deve ser glorificar ao Senhor. Junto ao jejum, deve haver orações fervorosas. Por isso, devemos adicionar a ele a prática das obras de misericórdia (At 10.4).
Isaías 58.6 fala do verdadeiro jejum: “Parte o teu pão com o que tem fome, e introduza em tua casa os pobres e peregrinos; quando vires o nu, cobre-o (...) então romperá a tua luz como a aurora, e a tua saúde mais depressa nascerá, e a tua justiça irá diante de tua face, e a glória do Senhor te recolherá. Então invocarás tu o Senhor, e Ele te atenderá”.
Jesus ensinou aos discípulos sobre a importância do jejum quando disse: “Esta espécie de demônios não pode ser expulsa de nenhum modo, a não ser pela oração e jejum” (Marcos 9.29).
Lembrete: Um discípulo de Cristo jejua.
Propósito: Orar muitas vezes por dia, lembrando da nossa dependência de Deus, tanto para coisas espirituais como para temporais (1Ts 5.17).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da vida do cristão
Algumas pessoas que foram salvas milagrosamente na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, quando houve a tragédia que matou centenas de pessoas, foi dito que elas nasceram de novo. Quem aceita a Jesus nasce de novo e inicia o caminho para alcançar a perfeição cristã ou inteira santificação.
O apóstolo Paulo deixa claro isso quando
afirma: “até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do
Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura de Cristo” (Ef
4.13).
O que é ter a “medida da estatura de Jesus”?
É alcançar o seu caráter, a santidade, ter o mesmo sentimento que teve Jesus, andar em amor com Ele andou, etc.
Algumas pessoas deixam de crescer por descuido, outras por terem bloqueios dentro de si, como falta de perdão, ou ainda falta de uma orientação adequada.
Alguns se preocupam muito com o físico e com o intelecto, mas se esquecem do valor do espírito. Precisamos crescer de forma equilibrada e alcançar o caráter de Cristo. Isso é santidade.
Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, com Seu caráter: mesmo amor,
fé, equilíbrio, liberdade, senso moral. O pecado destruiu parcialmente essa
imagem em nossas vidas. Jesus veio nos restaurar à sua imagem.
Wesley dizia que somos enviados a este mundo para um único fim: “Prepararmo-nos para a eternidade. Vivemos somente para isso.” [7]
E aqui somos embaixadores de Cristo. Ouvi de uma professora de Educação Física. “Eu sou uma embaixadora de Cristo disfarçada de professora de Educação Física”. Esse deve ser o alvo cristão.
Para alcançar esse alvo, devemos buscar mais a graça do Senhor, a unção do Espírito e consagrar nossa vida a Deus.
Lembrete: Um discípulo é um
embaixador de Cristo
Propósito: Participar da Ceia do Senhor pelo menos uma
vez por mês, se não estiver impedido por um motivo muito razoável (1Co 11.26 –
Lc 22.19).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de participar do Corpo de
Cristo
Quando os novos convertidos passaram a integrar a Igreja do Senhor, eles perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (At 2.42).
Foram discipulados e passaram a exercer ministérios testemunhando Jesus
Cristo. A Igreja do Senhor nasceu no dia de Pentecostes (Atos 2.1-5).
Wesley dizia que a Igreja é “um corpo unido por um Espírito, tendo uma fé, uma esperança, um batismo, um Deus Pai”.
É fundamental o discípulo de Cristo estar integrado ao Corpo de Cristo, à Igreja do Senhor (1Co 12.27).
É necessário ser parte integrante da Igreja servindo uns aos outros. Precisamos ouvir a Palavra; adorar em comunidade ao Senhor; receber e ministrar uns aos outros; aprender com nosso irmão e irmã; para orarmos juntos (Atos 1.13-14; 2.43-47), etc.
E como é necessário participar da Ceia do Senhor (Mt 26.26-27)! A Ceia do Senhor é o sinal de nossa redenção em Cristo e o memorial perpétuo de Seu sacrifício.
É um meio para que recebamos a graça de Deus
e para continuamente recordarmos a morte de Cristo.
Na ceia do Senhor lembramos que somos todos iguais perante nosso Deus e renovamos nossa Aliança com o Senhor e a comunhão com nossos irmãos e irmãs (1Co 11.25).
Jesus determinou: “Fazei isso em memória de mim” (1Co 11.24). Jesus disse aos discípulos: “Tomais, comei; isto é o meu corpo” (Mt 26.26); “Bebei deles todos” (Mt 26.27).
Pela graça recebida na Ceia do Senhor, somos
fortalecidos e renovados espiritualmente. Anunciamos a morte do Senhor até que
Ele venha (1Co 11.26).
Lembrete: Um discípulo de Cristo jamais deixa de participar da Ceia
do Senhor
Propósito: Praticar a mais profunda Mansidão e Humildade
(Mt 11.29).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece: Jesus!
O propósito da restauração
Um objeto de valor, com o passar do tempo, fica danificado, desgastado ou com dificuldades de funcionar. Precisa de uma restauração. É assim com um vaso nas mãos do oleiro. É assim com um relógio nas mãos do relojoeiro.
Espiritualmente, precisamos muitas vezes de restauração. Ficamos acomodados ou feridos e passamos a ter dificuldades espirituais.
Muitos precisam de restauração. Precisam ir à Casa do Oleiro.
No período do profeta Jeremias, Israel e Judá estavam aprisionados, cativos na Babilônia. Era tempo de escassez, tempo de angústia.
Às vezes, passamos por situações semelhantes (Jr 30.3; 29.10). Pode ser um tempo de provação ou um tempo de quebrantamento para o Senhor poder agir.
O Senhor quer nos restaurar, como fez com Israel e Judá no passado. Restaurar é renovar, consertar. Este é Seu propósito. Algumas pessoas ficam achando que Deus não as ama porque sua situação não muda.
Deus tem o Seu próprio tempo de agir, mas também o Senhor fala da chave
para a restauração: “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo
o vosso coração” (Jr 29.13).
Quando isso acontece, Ele promete: “Porque te restaurarei a saúde, e te curarei as tuas chagas, diz o Senhor...” (Jr 30.17).
Diz mais: “Porque eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei voltar do cativeiro o meu povo Israel, e de Judá, diz o Senhor; e tornarei a trazê-los à terra que dei a seus pais, e a possuirão” (Jr 30.3).
Sim, o Senhor mudará a nossa sorte quando nós o buscarmos de todo o coração: “Serei achado, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte” (Jr 29.14).
Essa restauração é motivada pelo amor: ‘’Com amor eterno eu te amei, por isso com benignidade te atraí’’ (Jr 31.3).
Por isso, devemos pedir ao Espírito Santo que nos mostre a causa de não alcançarmos a nossa benção. Às vezes, falta o básico: praticar a Palavra do Senhor.
Lembrete: O discípulo de Cristo
vive em processo de restauração espiritual.
Propósito: Habituar-se a ter pensamentos santos em todos
os lugares (Sl 2.3).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito do abraço
O abraço ajuda na cura da depressão e de outras enfermidades. É o que o Dr. Harold Voth, psiquiatra da Universidade de Kansas, disse: "o abraço é o melhor tratamento para a depressão”. Nossa saúde melhora com a terapia do abraço. Uma criança que não é abraçada fica com sentimento de rejeição e cresce insegura. O abraço traz cura e segurança.
Veja o que diz Helen Colton: "Quando a pessoa é tocada a quantidade de hemoglobina no sangue aumenta significativamente. Hemoglobina é a parte do sangue que leva o suprimento vital de oxigênio para todos os órgãos do corpo, incluindo coração e cérebro. O aumento da hemoglobina ativa todo o corpo, auxilia a prevenir doenças e acelera a recuperação do organismo, no caso de alguma enfermidade."
A Bíblia já falou sobre isso há milhares de anos atrás. O Senhor disse: “Todavia, eu ensinei a andar a Efraim; tomei-os nos meus braços, mas não atinara, que eu os curava” (Os 11.3).
Abraçar carinhosamente tem o sentido de aceitar, amar, compreender, ter afinidade etc. O abraço foi uma estratégia de Deus para curar os que tinham o coração duro. A Bíblia ainda diz sobre como Deus agiu: “Atraí-os com cordas humanas, com laços de amor” (Os 11.4). E quando diz que “fui para com eles como quem alivia o jugo”, o sentido é como levantar uma criança e colocar junto ao rosto. Foi um abraço de aceitação que proporcionou cura e integração do filho pródigo à família.
Na história do Filho Pródigo, o pai correu e abraçou o filho: “Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou” (Lc 15.20).
É fundamental os pais abraçarem os filhos diariamente com ternura. Cria laços fortes na família. Além da questão da saúde, também aperfeiçoa e reforça os relacionamentos familiares. Abraçar é expressar carinho! Mas só pode abraçar com ternura quem foi abraçado primeiro. Foi isso que nos ensinou o apóstolo do amor: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1João 4.19).
Se você tem dificuldade de abraçar, receba então o abraço do Senhor para que possa expressar todo o amor que você recebeu.
Lembrete: Um discípulo de
Cristo abraça o Senhor e ao próximo com amor.
Propósito: Evitar todas as ocasiões previsíveis de
pecado, como más companhias, tentações conhecidas, etc (1Ts 5.22).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito da Escola de Treinamento de
Deus
Deus investe em nós! Ele nos educa e nos treina para sermos instrumentos do Seu Reino. Ele nos treina para realizarmos Seus projetos e para enfrentarmos situações adversas. Estamos matriculados nessa escola e muitos nem sabem.
É que Deus usa de métodos não convencionais, nada comuns.
Como exemplo, citamos Davi que era um pastor de ovelhas e protegeu o rebanho vencendo um urso e um leão. Davi foi treinado para vencer mais tarde Golias defendendo o Povo de Deus (1Rs 17.34-37).
José aprendeu a discernir os sonhos para, mais tarde, interpretar os sonhos de Faraó tornando-se assim governador do Egito para salvar, posteriormente, o Povo de Deus da fome que viria sobre o mundo (Gn 45.7).
Essa escola, usa todas as situações para nos ensinar e nos treinar. Foi assim com Saulo que precisou aprender a necessidade de obediência, humildade e submissão a Deus. Após seu encontro com Jesus na estrada de Damasco (At 9.3-6), ele ficou cego e precisou ser guiado pela mão de seus companheiros ficando três dias sem comer e beber (At 9.8-9).
As adversidades que estamos passando podem ser simplesmente um treinamento para enfrentarmos situações mais adversas no futuro. Por isso, devemos sempre perguntar ao Senhor “para que?” e não “por quê?”. Deus tem propósito em nossa vida.
Deus leva em conta nosso currículo quando nos matriculamos nessa escola. Ele utiliza nossos conhecimentos, títulos, cultura etc. Foi assim com Paulo. O fato dele ser cidadão romano foi fundamental para seus caminhos serem abertos onde Roma dominava. O fato dele ter aprendido com o famoso rabi Gamaliel lhe deu credibilidade e muito conhecimento bíblico. Só lhe faltava entender que Jesus era o Messias.
Deus também nos capacita. Ele encheu Paulo do Espírito Santo e o capacitou (At 9.17).
Se você se considera incapaz, isso não deve ser motivo de desanimar, pois Deus capacita os incapacitados. Ele usa as pessoas simples porque elas se colocam humildemente em Suas mãos. Portanto, esteja pronto para o aprendizado. Lembre-se de que você está matriculado na Escola de Treinamento de Deus.
Lembrete: Um discípulo de Cristo está matriculado para sempre na Escola do Senhor.
Propósito: Fazer um autoexame todas as noites, pensando
no que fizeram de bem ou de mal durante o dia que passou (2Co 13.5).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
O propósito de Deus nas provações
Muitos veem as provas como algo negativo. É assim no meio escolar, especialmente, se a prova é de uma disciplina que a pessoa não gosta ou se ela não estudou para a ocasião.
Mas as provas devem ser vistas como oportunidades de crescimento, de sair de uma etapa para a outra. Uma prova num concurso nos dá oportunidade de conseguir um emprego. Na vida espiritual existem também as provas. Somos provados em nossa fé. Mas não devemos ver essa prova como algo ruim ou como rejeição de Deus. As provas nos aperfeiçoam.
A mulher Cananéia (Mt 15.21-28) passou por quatro provas antes de conseguir sua bênção. Ela tinha uma filha endemoniada e correu para Jesus.
Na primeira prova, houve silêncio de Jesus;
Na segunda prova, os discípulos disseram para ela se calar;
Na terceira prova, Jesus disse a ela que havia vindo para as ovelhas perdidas da Casa de Israel;
Na quarta prova, Jesus disse que não se pegava os pães dos filhos (Israel) para lançar aos cachorrinhos (pagãos).
Em todas as circunstâncias, a mulher Cananéia não desistiu e nem se irou contra ninguém e muito menos contra Deus. Ela perseverou e deu respostas sabias e humildes.
Jesus, então lhe disse: “Ó mulher, grande é a tua fé! Faça-se contigo como queres. E, desde aquele momento sua filha ficou sã”. Como essa mulher, também passamos por provas. Às vezes, lutamos e fazemos tudo certo, mas percebemos que há um silêncio de Deus. Em outra ocasião, notamos que há uma oposição até mesmo dos nossos queridos.
Se cremos nos nossos propósitos, não devemos desanimar. Não devemos deixar entrar em nosso coração qualquer amargura porque nossos sonhos ainda não se realizaram.
As provas de Deus revelam que nossas bênçãos devem ser conquistadas. É como uma corrida cheia de obstáculos. Lá, no final, está a linha de chegada, está a nossa realização. Olhe somente para a linha. Olhe somente para Jesus. Você será vencedor.
Lembrete: Um discípulo de Cristo permanece firme nas provações.
Propósito: Praticar um Jejum particular uma vez por mês
(especialmente perto da sua participação na Ceia do Senhor), se estiver em
condições de fazê-lo, ou jejuar apenas por uma refeição quando for conveniente
(Mt 6.16; Lc 5.35).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Tudo posso naquele que me fortalece: Jesus!
O propósito de profetizar
Nos dias de hoje, a palavra não tem muito valor. Mas no mundo espiritual, ela conta, ela vale. O mundo foi criado pela Palavra, o Verbo (Jo1.1-3).
O Senhor disse para Ezequiel: “Profetiza!“
O que aprendemos com a Palavra do Senhor é que o Espírito leva servos e servas até o vale para manifestar a vida em meio ao caos (Ez 37.1).
O vale, na Bíblia, na maior parte das vezes, é considerado um lugar negativo: Vale da sombra da morte, Vale da matança, Vale dos ossos secos, Vale do sal, etc.
Nós precisamos da fé para anunciar a Palavra que o Senhor colocou em nosso coração (Ez 37.3-4). A Palavra que o Senhor nos trouxe tem poder, tem vida. Ela não volta vazia.
Foi isso que Pedro disse a Jesus quando ele pediu para jogar a rede no mar: “sobre a tua palavra lançarei a rede” (Lc 5.5).
Temos que profetizar em direção ao problema, em direção aos “ossos secos” (Ez 37.12). Isso é fé! Isso é determinação!
É importante sermos fiéis e objetivos.
Não devemos baratear a Palavra e a toda hora, sem mais nem menos, dizer que estamos profetizando. Só devemos profetizar aquilo que temos certeza que vem do Senhor. Ezequiel disse: “Então profetizei segundo me fora ordenado” (Ez 37.7).
Se tivermos unção, se profetizarmos pelo Espírito, segundo o que Ele determinou, então a resposta virá. Os “tendões, pele, carne e o espírito” naturalmente virão.
No Novo Testamento, geralmente quem falava ousadamente na Palavra estava
cheio do Espírito (Atos 4.31; Atos 13.9; Ef 5.18-19).
Lembrete: Um discípulo de Cristo se fundamenta na
Palavra e profetiza em nome do Senhor.
Propósito: Mortificar a carne com as suas concupiscências
e Luxúrias (Gl 5.19,24).
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por meio daquele que nos amou. Tudo posso naquele que me fortalece: Jesus!
O propósito do sonho de Deus
Uma das frases mais conhecidas no mundo é a do pastor Martim Luther King: I have a dream - “Eu tenho um sonho”. Ele era líder da luta pelos direitos civis nos EUA: “Eu tenho um sonho que um dia esta nação se levantará e viverá o verdadeiro significado de sua crença - nós celebraremos estas verdades e elas serão claras para todos, que os homens são criados iguais. Eu tenho um sonho que um dia nas colinas vermelhas da Geórgia os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes dos donos de escravos poderão se sentar junto à mesa da fraternidade”.
Ele não viu seu sonho ser realizado. Contudo, um negro - Barack Obama - se tornou presidente dos EUA.
Mas saiba que Deus também tem sonhos para a sua vida. Ele quer nos usar poderosamente para Seus sonhos serem realizados.
O Senhor ama e quer usar os humildes, os simples. Foi assim com José, com Davi, com Gideão. Foi assim com José, Maria, Pedro, João e com tantos outros.
Deus quer também te usar. Somos herdeiros com Cristo: E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e herdeiros segundo a promessa” (Gl 3.29).
Deus não desiste de seus sonhos. Sim, “os sonhos de Deus jamais vão morrer”.
Deus tem um projeto para sua vida. Faça sempre a vontade do Pai e, no momento certo, Ele te dará a vitória.
Os sonhos de Deus não são egoístas e nem individualistas. O sonho de Deus na vida de José tinha um propósito: salvar o Seu povo de uma grande fome que viria sobre a terra (Gn 45.7).
Deus tem propósito com os sonhos!
Deus colocou no coração de José o Seu sonho (Gn 37.5-8). José realizou o sonho de Deus (Gn 45.5-7). Você também pode realizar o sonho de Deus e ser instrumento de Sua bênção.
Lembrete: Um discípulo de
Cristo jamais deixa de sonhar confiando sempre nas Promessas do Senhor.
Propósito: Evitar o orgulho espiritual e seus efeitos,
como maledicências, ira, impertinência, e intolerância com a oposição etc.
Declaração de vitória: Em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por meio daquele que nos amou.
Tudo posso naquele que me fortalece:
Jesus!
[1] BURTNER, Robert;
CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, JGEC, São Paulo, 1960,
p.264.
[2] HEITZENRATER,
Richard P. Wesley e o povo chamado metodista. São Bernardo do Campo/Rio de
Janeiro, Editeo/Pastoral Bennett, 1996, p.104.
[3] Existiam
diversas sociedades na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube Santo
lideravam algumas, mas não necessariamente elas eram consideradas metodistas
(HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.103).
[4]HEITZENHATER,
Richard P., Ibidem, p.108.
[5] WESLEY, João.Trechos do diário de João Wesley, p.105.
[6] BURTNER, Robert –
[7] BURTNER, Robert – CHILES, Robert. Coletânea da
Teologia de João Wesley. Ibidem, p. 281.
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