Epistolas de João:
Em defesa de Cristo e da prática do amor
Comentários de João Wesley
Epístolas em formato popular para a Igreja
hoje
Odilon Massolar Chaves
Copyright
© 2024, Odilon Massolar Chaves
Todos os direitos reservados ao autor.
É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente
Art. 184 do Código Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998.
Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 185
Livros publicados pelo autor: 334
Livretos: 3
Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com
Tradutor: Google
-----------------
Odilon Massolar Chaves é
pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade
Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o
avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como
paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal
oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e
youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor
“O que era desde o princípio, o que ouvimos,
o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos
tocaram da Palavra da vida”
Índice
· Introdução
· Apóstolo João, o autor das epístolas
· 1ª Epistola de João
· 2ª Epistola de João
·
3ª Epistola de
João
Introdução
“Epístolas de João: Em defesa de Cristo e da prática do amor”.
São epístolas em formato popular para a Igreja hoje.
É um livro que mostra o apóstolo João testemunhando em suas epístolas
sobre quem é Jesus em meio a heresias da época, especialmente o gnosticismo,
que afirmava que Jesus não veio em carne.
Por isso, as epístolas de João, especialmente a primeira epístola,
destacam Jesus como sendo humano e divino. Ele é o Filho de Deus, mas morreu na
cruz pelos nossos pecados.
João viu e tocou em Jesus. Seu testemunho foi fundamental e é ainda para
nossos dias.
Estas epístolas foram estudadas primeiro nas comunidades de pessoas
humildes de Itaguaí e Muriqui, entre 1979-1980, no Estado do Rio de Janeiro.
As epístolas foram colocadas num formato popular. Os versículos foram condensados
para facilitar mais a leitura. Uma apostila ilustrada foi distribuída entre os
participantes, impressa em um mimeógrafo antigo, que solicitei e ganhei da
Igreja Metodista do Jabaquara, SP, onde fui pastor, para o trabalho nos campos
missionários.
Para os dias de hoje, ampliamos um pouco mais os estudos com comentários
e esclarecimentos de alguns autores.
Para entender bem as afirmações do apóstolo João, especialmente na
primeira epistola, é importante entender a influência do gnosticismo.
O gnosticismo (gnose: conhecimento) foi uma corrente de pensamento que
influenciou parte da Igreja primitiva, mas foi condenado como heresia. Dentre
outras coisas, alguns grupos originários do gnosticismo, como os docetas, os
fibionitas e os encratistas, “ensinavam, respectivamente, que a encarnação de
Jesus era só aparente e que a abstinência sexual, a virgindade era um caminho
seguro de Salvação.”[1]
Afirmavam ainda que o mundo era mal e que Jesus não veio em carne.
Portanto, as “epístolas de João tem por finalidade, expressamente
declarada, expor e refutar as ideias errôneas do gnosticismo”.[2]
Assim, o apostolo João, nas epístolas, procurou ressaltar o amor de
Deus, a encarnação de Jesus e sua divindade como o Cristo e o Filho de Deus.
Comentários de João Wesley.
O Autor
Apóstolo João, o autor das epístolas
Além de ter escrito o Evangelho
e o livro de Apocalipse, João escreveu também as três epístolas de João. É o
que a maioria dos teólogos afirmam.
João Wesley disse que a
grande similitude do Evangelho de João e todas as suas três epístolas é uma grande
evidência de que foram escritos pela mesma pessoa, apóstolo João.[3]
Mas quem foi João?
O nome de João traz a marca
da graça de Deus em sua vida.
Tem origem no
“hebraico Yehokhanan, Iohanan, composto pela união dos
elementos Yah, que significa Javé, Jeová, Deus”, e hannah,
que quer dizer ‘graça’. Significa ‘Deus é gracioso, agraciado por Deus, a graça
e misericórdia de Deus, Deus perdoa”.[4]
Antes de ser intitulado
discípulo amado, cheio da graça e do amor de Deus, João tinha marcas fortes da
carne em sua vida. Jesus deu a “Tiago e João o título de Boanerges ou ‘filhos do trovão’. Porque eles
perguntaram a Jesus se deveriam invocar fogo do céu sobre uma aldeia de
samaritanos que O havia rejeitado (ver Lucas 9.51–56), esse apelido pode sugerir que eles eram impetuosos
ou pelo menos tinham personalidade forte”.[5]
É considerado o mais jovem
dos 12 apóstolos.
João era filho de Zebedeu.
Era irmão de Tiago, ambos eram pescadores. “Possivelmente Tiago era mais velho
do que João, visto que ele sempre é citado primeiro (Mateus 10:2-4). O apóstolo
João era pescador de profissão. Seu pai foi um homem próspero no ramo da pesca,
pois tinha alguns empregados (Marcos
1:20)”.[6]
“Sendo solteiro, vivia com os seus pais em
Betsaida; era pescador e trabalhava com o seu irmão Tiago, em sociedade com
André e Pedro”.[7]
João era bem próximo de Jesus. Havia muito amor em João vindo do amor de Jesus pelos discípulos. “No evangelho de João, o discípulo amado surge como um amigo íntimo e pessoal do Senhor.
Sua posição na mesa ao lado de Jesus durante a Última Ceia refletia honra e proximidade. É bom lembrar também que João, Pedro e Tiago eram uma espécie de auxiliares pessoais de Jesus.
Por causa de sua
proximidade e amor por Jesus, ele sempre esteve próximo dos acontecimentos mais
importantes da vida de Jesus como junto a cruz.
A tradição
cristã acredita que ele teria sobrevivido às perseguições e teria sido o único
a não sofrer o martírio. [8]
João é chamado ou se autodenomina de “discípulo
amado” ou o discípulo que Jesus amava (João 21.20).
No original grego, "discípulo amado" ὁ μαθητὴς ὃν ἠγάπα ὁ Ἰησοῦς; romaniz.: o mathētēs on ēgapa o Iēsous”.[9]
Seu Evangelho destaca muito o amor de Jesus e
de Deus.
É o único que diz: “Deus amou o mundo de tal
maneira que deu seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não
pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3.16).
É o único que diz que seremos reconhecidos
como discípulos de Jesus, se amarmos uns aos outros (João 13.35). Destaca ainda
Jesus falando que deveríamos amá-lo para sermos amados pelo Pai (João 14.21).
João destaca muito as referências de Jesus
sobre o amor (João 14.15; João 14.23; João 15.9). Ele destaca Jesus afirmando
que deveríamos permanecer em Seu amor (João 15.9). Destaca Jesus dizendo: “O que eu vos mando a
vocês é isto: amem uns aos outros” (João 15.17).
João, como filho de trovão
Mas João não foi sempre assim. Quando chamou
os 12 apostolo, Jesus deu o apelido de “Filhos de trovão” aos irmãos Tiago e
João (Mc 3.17). Estudiosos afirmam que era por causa de sua impetuosidade.
João já teve antes sentimento de ódio,
discriminação e vingança. Os irmãos João e André, certa vez, queriam pedir fogo
dos céus para destruir os samaritanos que não receberam Jesus em suas terras
(Lc 9.51-56).
João já teve antes atitude de superioridade.
Além da vida rude que levavam por serem pescadores, Tiago e João tinham ainda
uma mãe que queria privilégios para eles. Queria que, quando Jesus se tornasse
rei, concedesse aos seus filhos o privilégio de um se sentar à direita e o
outro à sua esquerda (Mt 20.20-22).
Interessante que Jesus se dirigiu aos dois
filhos dela – João e Tiago, como sendo eles que estavam por trás desse pedido:
“Jesus disse aos dois filhos dela: Vocês não sabem o que estão pedindo” (Mt 20.
22). Marcos diz que foram eles que pediram (Mc 10.35-45). Tanto que os outros
discípulos ficaram zangados com os dois irmãos (Mt 20.24).
O amor de Jesus mudou João
Antes de conhecer Jesus, o
jovem pescador João era intolerante, agressivo e vingativo. É o que os
evangelhos revelam de suas atitudes.
“Tiago e João, ambos,
possuíam temperamento semelhante. Eram rudes, vigorosos, intolerantes,
ambiciosos, zelosos e explosivos. No entanto, três anos com Jesus começaram a
transformar um fanático egocêntrico como João, numa pessoa madura e
equilibrada. Três anos com Jesus colocaram esse outro filho do trovão no
caminho certo para tornar-se o Apóstolo do Amor. João foi transformado de um
cabeça quente intolerante em um líder amoroso e devoto para a igreja primitiva”.[10]
A convivência com Jesus recebendo a
ministração da Palavra e vendo suas atitudes de amor; o desejo de se tornar
amoroso e manso como o Mestre trouxe mudança radical na vida de João.
Ele foi um dos únicos que permaneceu junto a
Jesus na crucificação (João 19.26). E foi a João que Jesus deixou a
responsabilidade de cuidar de sua mãe. João a levou para morar com ele (João
19.27).
Por isso, em suas epistolas, João disse:
“Vejam como é grande o amor do Pai por nós! O seu amor é tão grande que somos
chamados de filhos de Deus e somos, de fato, filhos de Deus” (1Jo 3.1).
João, portanto, foi transformado pelo amor de
Jesus e se transformou no apóstolo do amor.
Em suas epístolas, ele continuou ensinando
sobre a importância de amar a Deus e aos irmãos.
1ª Epistola de João
Dados Gerais
Autor da 1ª epístola de
João:
João Wesley disse que a grande similitude, “tanto de
espírito quanto de expressão, que percorre o Evangelho de São João e todas as
suas epístolas, é uma clara evidência de que eles foram escritos pela mesma
pessoa. Nesta epístola ele não fala com nenhuma igreja em particular, mas com
todos os cristãos dessa época; e neles para toda a igreja cristã em todas as
eras de sucesso. Alguns apreenderam que não é fácil discernir o escopo e o
método desta epístola. Mas se examiná-lo com simplicidade, estes podem ser facilmente
descobertos. São João nesta carta, ou melhor, trato, (pois ele estava presente
com parte daqueles a quem escreveu,) tem esse objetivo aparente, para confirmar
a feliz e santa comunhão dos fiéis com Deus e Cristo, descrevendo as marcas
desse estado abençoado”.[11]
Data: Escrita entre 90 e
100 d.C.
Destinatários: Igrejas da
Ásia Menor
Tema: Condições para
andarmos na luz e como filhos de Deus.
Para uns, a “primeira carta de João é um sermão em
defesa de Cristo, da verdadeira fé em Deus, a
vida em santidade e do amor que os filhos de Deus têm uns pelos
outros”.[12]
Motivo da
carta ser escrita
As Igrejas da Ásia Menor estavam sendo influenciadas por doutrinas
estranhas (gnosticismo);
Ensinavam que Jesus não veio em carne; que o conhecimento é maior do que
o amor e que não temos pecado;
Segundo o gnosticismo, a salvação vem através do conhecimento (gnose);
“Os falsos profetas recusavam-se a confessar que Jesus tinha vindo em
carne (I Jo. 4:2,3 e II Jo: 7). Eles negavam que Jesus é o Cristo (I Jo.2:22).
De sorte que Cristo não poderia jamais ter vindo em forma humana”.[13]
João, então, escreve para orientar às igrejas sobre estas doutrinas,
especialmente o gnosticismo.
Escreve para reafirmar que Jesus veio em carne e que é o Cristo, o Filho
de Deus. Em diversas passagens da epístola, o apostolo João afirma que Jesus é
o Cristo (5.6), o Filho de Deus (2.22, 5.1-5). Pelo menos, 21 vezes Jesus é
chamado de o Filho de Deus.
Combatendo o gnosticismo, João começa a epístola afirmando que ele tocou
em Jesus, que veio em carne: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que
vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da
Palavra da vida” (1Jo 1.1).
João Wesley disse: “Para a vida - A Palavra Viva. Foi manifestado - Em
carne e osso, aos nossos sentidos. E testemunhamos e declaramos - Testemunhamos
declarando, pregando e escrevendo.”[14]
Além de ser uma epistola doutrinária, João enfatiza também a prática do
amor (1Jo 2.7-11, 3.11-24, 4.7-21).
Para compreendermos bem esta epistola de
João, precisamos ter como base a influência desta heresia.
Orientação do
apóstolo João
O testemunho
do apóstolo João
Ouvimos, vimos, contemplamos e nossas mãos apalparam a Palavra da Vida:
Jesus Cristo (1Jo 1.1)
Este que é a vida que vem de Deus foi revelado a nós e damos testemunho
e vos anunciamos esta vida eterna (1Jo 1. 2);
O que vimos e ouvimos vo-lo anunciamos para que também estejais em
comunhão conosco, que temos comunhão com o Pai e o Filho (1Jo 1.3);
Vos escrevemos para que a vossa alegria seja completa (1Jo 1.4);
A mensagem é esta: Deus é luz e se andarmos nas trevas e dissermos que
estamos em comunhão com Ele, mentimos e a verdade não está em nós (1Jo 1.5-6);
Se caminharmos na luz, estamos em comunhão uns com os outros e o sangue
de Jesus nos purifica de todo pecado (1Jo 1.6);
Primeira condição para caminhar na luz: romper com o pecado
Se dissermos que não temos pecado e nem pecamos, mentimos; se
confessarmos, Ele nos purifica de todo pecado (1Jo 1.8-10);
Filhinhos, escrevo para que não pequeis, mas se pecarmos, Cristo é nosso
advogado (1Jo 2.1.);
Jesus é a vítima dos pecados e de todo mundo (1Jo 2.2);
Segunda condição para caminhar na luz: observar os mandamentos
Conhecemos a Cristo, se guardamos seus mandamentos, caso contrário,
somos mentirosos e a verdade não está em nós (1Jo 2.3-4);
O que guarda Sua Palavra, o amor de Deus é perfeito nele e aquele que
diz que permanece em Jesus, deve andar como Ele andou (1Jo 2.5-6);
Não vos escrevo um mandamento novo, mas antigo. É novo porque foi dado
por Jesus e a medida que obedecemos a este mandamento de amarmos uns aos ouros,
permanecemos na luz, mas o que odeia está nas trevas e não sabe para onde vai
(1Jo 2.7-11).
Terceira condição para caminhar na luz: afastar-se do mundo
Vos escrevo, filhinhos, porque vossos pecados foram perdoados, à vocês,
pais, porque conhecem aquele que é desde o princípio; à vocês, jovens, porque
sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno” (1Jo
2.12-13);
Não ameis o mundo, pois se
alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque os desejos da carne, os
desejos dos olhos, o orgulho das riquezas não veem do Pai e sim do mundo (1Jo
2.15-16);
O mundo passa e os seus
desejos, mas a vontade de Deus permanece eternamente (1Jo
2.17).
Quarta
condição para caminhar na luz: preservar-se dos anticristos
Filhinhos, o fim do mundo está chegando, pois ouvistes que o anticristo
vem e muitos já vieram (1Jo 2.18);
Eles saíram dos nossos, mas não eram dos nossos. Vós, porém, tendes
recebido a unção do Espírito e conheceis todas as coisas (1Jo 2.19-20);
Não vos escrevi porque ignorais a verdade, mas porque a conheceis.
Mentiroso é o anticristo, que nega que Jesus é o Cristo, nega o Pai e o Filho
(1Jo 2.21-22);
O que nega o Filho não possui o Pai, o que confessa o Filho, possui o
Pai. Sde em vós permanece o que ouvistes desde o início, vós também permaneceis
no Filho e no Pai (1Jo 2.23-24);
Ele vos fez a promessa da vida eterna e vos escrevi sobre aqueles que
vos procura, torar do caminho (1Jo 2.25-26);
A unção que dele recebestes permanece em vós, por isso, não tendes
necessidade que alguém vos ensine, mas assim como Ele vos ensinou, permanecei
Nele (1Jo 2.27);
Permanecei Nele para que na sua
vida tenhamos confiança, pois Deus é justo e todos os que fazem o bem são seus
filhos (1Jo 2.28-19);
Ele mostra seu amor por nós, chamando-nos seus filhos e nós o somos. Por
isso, o mundo não nos conhece, pois não O conhecem (1Jo 3.1);
Somos filhos de Deus, mas só seremos semelhantes à Ele, quando Ele vier,
pois o veremos tal como Ele é (1Jo 3.2);
Primeira condição para vivermos como filhos de Deus: romper com pecado
O que tem esta esperança, purifica-se, pois Cristo é puro, O que comete
pecado, comete iniquidade, pois o pecado é iniquidade (1Jo 3.3-4);
Jesus se manifestou para tirar nosso pecado. Todo que Nele permanece,
não peca, mas o que peca, não o viu nem o conheceu (1Jo 3.5-6);
O que pratica a justiça é justo, a sim como Ele é justo. Aquele que
comete pecado é do demônio, pois ele é pecador desde o início e o Filho de Deus
veio para destruir suas obras 1Jo 3.7-8);
O que nasceu de Deus não comete pecado. O que não pratica a justiça e
não ama seu irmão, não é de Deus (1Jo 3.9-10);
Segunda condição para vivermos como filhos de Deus: observar os
mandamentos
Desde o início ouvistes que devemos amar uns aos outros e não proceder
como Caim, pois suas obras eram más e a do seu irmão justas (1Jo 3.11-12);
Não admireis, se o mundo vos odeia. Nós passamos da morte para a vida,
pois amamos aos irmãos (1Jo 3.13-14);
O que odeia seu irmão é um assassino e não tem a vida eterna (1Jo 3.15);
Conhecemos o verdadeiro amor
através da atitude de Jesus em dar sua vida por nós. Se alguém ver seu irmão
padecer necessidades e lhes fechas o coração, o amor de Deus não pode estar
nele (1Jo 3.16-17);
Se amarmos de ações e não de palavras, reconhecemos que somos da
verdade. Se nossas consciências estiverem pesadas é porque Deus abe o que
fazemos de errado (1Jo 3.18-20);
Se nossa consciência não nos acusa, temos confiança diante de Deus e
tudo que lhe pedirmos, recebemos, pois guardamos os seus mandamentos (1Jo
3.21-22);
Seu mandamento é que creiamos em Jesus e amemos uns aos outros. Aquele
que faz isto permanece em Deus e Deus nele (1Jo 3.23-24).
Terceira condição para vivermos como filhos de Deus: preservar-nos do
anticristo
Muitos falsos profetas apareceram no mundo, por isso, examinais os
espíritos da seguinte maneira: todo aquele que confessa que Jesus veio em carne
é de Deus, o contrário, não é de Deus (1Jo 4.1-2);
Todo quele que não confessa Jesus é o espírito do anticristo e ele já
está no mundo, mas vós sois de Deus e os vencestes (1Jo 4.3-4);
Eles são do mundo, por isso, falam segundo o mundo, mas nós somos de
Deus e quem é de Deus nos ouve (1Jo 4.5-6).
Origem do amor
Amemo-nos uns aos outros, pois todo aquele que ama nasceu e conhece a
Deus. Aquele que não ama não conheceu a Deus (1Jo 4.7-8);
Deus manifestou Seu amor enviando Seu único Filho. O amor consiste
nisto: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele quem nos amou e enviou seu
Filho para propiciação pelos nossos pecados (1Jo 4.9-10);
Como Deus nos amou, devemos amar uns aos outros para que Deus permaneça em nós e o Seu amor em nós seja perfeito (1Jo 4.11-12);
Reconhecemos que estamos em Deus e Deus em nós, pois Ele nos deu Seu
Espirito e nós testemunhamos que o Pai enviou Seu Filho (1Jo
4.13-14);
Confessando que Jesus é o Filho de Deus, Ele permanece em nós e temos
reconhecido que o amor de Deus está entre nós, pois quem permanece no amor,
permanece em Deus e Deus nele (1Jo 4.15-16);
Eis a perfeição do amor em nós: ter plena confiança no dia do
julgamento, pois o amor lança fora o
temor (1Jo 4.17-18);
Wesley disse: “Não há medo no amor; Mas o amor
perfeito expulsa o medo: porque o medo atormenta. Aquele que teme não se
aperfeiçoa no amor.
Não há
medo no amor – Nenhum medo servil pode estar onde o amor reina. Mas o amor
perfeito e adulto expulsa o medo servil: porque esse medo atormenta - E assim é
inconsistente com a felicidade do amor. Um homem natural não tem medo nem amor;
aquele que é despertado, medo sem amor; um bebê em Cristo, amor e medo; um pai
em Cristo, amor sem medo”.[15]
Apostolo João continua escrevendo: “Amemos, pois Ele nos amou primeiro e
quem disser quer a ama a Deus e odeia seu irmão é mentiroso. Se alguém não ama
a seu irmão a quem vê, como pode amar a Deus que não vê? Ame a Deus e a seu
irmão” (1Jo 4.19-21).
Wesley disse> “E este mandamento temos dele, Que
aquele que ama a Deus ame também o seu irmão.
E este
mandamento temos nós dele – tanto Deus quanto Cristo.
Que
aquele que ama a Deus ame seu irmão – Cada um, quaisquer que sejam suas
opiniões ou modo de adoração, puramente porque é filho e carrega a imagem de
Deus. Bigotry é propriamente a carência desse amor puro e universal. Um
fanático só ama aqueles que abraçam suas opiniões e recebem seu modo de
adoração; e ele os ama por isso, e não por causa de Cristo”.[16]
Apostolo João disse: “Aquele que crê que Jesus é o Cristo, nasceu de
Deus. Reconhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e
guardamos seus mandamentos” (1Jo 5.1-2).
Este é o amor de Deus: que guardemos Seus mandamentos, que não são
pesados pois o que nasceu de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o
mundo, a nossa fé (1Jo 5.3-4).
Origem da fé
Vence o mundo, senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus, que
veio com água e sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a
verdade (1Jo 5.5-6);
O Espirito, a água e o sangue testemunham e o testemunho de Deus é maior
(1Jo 5. 7-8);
Quem não crê em Deus o faz mentiroso, pois não crê no Seu testemunho que
a vida está em Seu Filho
(1Jo 5.10-11);
Quem crê no Filho tem a vida e eu vos escrevo para saberdes que tendes a
vida eterna (1Jo 5.12-13).
Oração pelos pecadores
Temos confiança que, se pedirmos alguma coisa A Deus, Ele nos ouve e
sabemos que possuímos o que havíamos pedido (1Jo 5.14-15);
Podemos orar pelo irmão que cometeu um pecado que não conduz à morte. Há
um pecado que não conduz à morte (1Jo 5.16-17);
O que nasceu de Deus, conserva-se a si mesmo e
o maligno não lhe toca (1Jo 5.18);
Sabemos que somos filhos de Deus e o mundo está sob o poder do maligno.
O Filho de Deus nos deu inteligência para conhecermos o verdadeiro, mas
filhinhos guardai-vos dos ídolos. Amém. (1Jo 5.19-21).
2ª Epístola de João
Autor: Apóstolo João
“O primeiro autor a referir-se
especificamente a uma dessas epístolas como sendo obra de João é Papias de
Hierápolis, em meados do séc. II, o qual, segundo Eusébio (Hist. Ecles.,
3.39.17), "fez uso de exemplos extraídos da primeira epístola de João".
É importante assinalar que "a primeira" é uma expressão de Eusébio
(historiador do início da era cristã), não de Papias. Nos tempos de Irineu (c.
180 d.C.), pelo menos a primeira e a segunda epístolas são explicitamente
atribuídas a João, o discípulo do Senhor e autor do quarto Evangelho (Adv.
Haer. 3.16.18)”.[17]
Data: Entre 90 e 100 d.C.
Destinatários: Uma Igreja da Ásia Menor.
Tema: O que ama caminha na verdade.
Motivo de escrever
a carta
O ancião, que significa
chefe de uma comunidade religiosa, escreve para uma senhora eleita.
Senhora eleita significa uma
Igreja cristã.
Este ancião, é provavelmente o apóstolo João.
É para exortá-los a perseverar em amor.
Orientação à Igreja
Sobre a verdade e o amor
O ancião escreve dizendo que ama na verdade e que esta verdade permanece
nele e que estará para sempre com eles (2Jo 1-2);[18]
Conosco estarão a graça, misericórdia, paz que vem de Deus e Jesus, na
verdade e no amor (2Jo 3);
Alegrei-me por ter encontrado algu8ns dos meus filhos vivendo na verdade
e te peço, senhora, que nos amemos uns aos outros (2Jo 4-5);
O amor consiste em viver conforme os mandamentos de Cristo 2Jo 6).
Sobre os
anticristos
Os anticristos, os sedutores, espalham-se pelo mundo. Acautelai-vos para
que possais receber plena recompensa (2Jo 7-8).
Todo que ultrapassar os ensinos apostólicos, não permanecem na doutrina
de Cristo, não possuem a Deus. O que permanece na doutrina possui o Pai e o
Filho (2Jo 9).
Se alguém não segue esta doutrina, não o recebais em vossa casa e nem o
saudeis. O que faz isto participa de suas obras más (2Jo 10-11).
Não vos escrevi tudo, pois espero estar convosco e vos falar de viva voz
para que a vossa alegria seja perfeita (2Jo 12).
As Igrejas que vieram da tua irmã eleita te saúdam (2Jo 13).
3ª Epistola de João
Dados Gerais
Autor: Apóstolo João
“As irmãs gêmeas 2ª e 3ª João com certeza vem de um mesmo autor "ho presbyteros" 2ª João 1 e 3ª João 1. As comparações destas duas, nos revelam que é possível ser o mesmo autor (cf. 2ª João 1 com 3ª João 1; 2ª João; 2ª João 4 com 3ª João 3; 2ª João 10,11 com 3ª João 5,6; 2ª João 12 com 3ª João 13,14). “(…) Dionísio de Alexandria (265) concluiu, da concordância no uso vocabular o teor de pensamento, que estes dois escritos tiveram que vir do mesmo autor.”[19]
Data: Entre 90 e 100 d.C.
Destinatários: Gaio
Tema: Gaio, fiel discípulo.
Motivo da carta ser escrita
O ancião, provavelmente, o apóstolo João, escreve para elogiar a conduta
do fiel discípulo Gaio.
Que recebe bem os pregadores cristãos.
E caminha na verdade.
Escreve para advertir Diótrefes, que ambiciona o lugar do ancião.
E, talvez, por isso, não recebe os pregadores enviados pelo ancião.
Orientação à Gaio
Sobre a conduta de Gaio
O ancião dirige a carta à Gaio desejando que ele prospere e que tenha
tão boa saúde quanto a sua alma (3Jo 1-2).[20]
Segundo João Wesley, “Caius provavelmente foi aquele Caius de Corinto
que São Paulo menciona, Rom 16:23. Se assim for, ou ele foi removido de Aqueia
para a Ásia, ou St. John enviou esta carta para Corinto.” [21]
Alegrei-me com o testemunho que tive da tua conduta e me alegro mais ao
saber que meus filhos vivem na verdade (3Jo 3-4).
Procedes fielmente meus irmãos estrangeiros. Eles deram testemunho do
teu amor. Farás bem provendo-se do necessário para a viagem (3Jo 5-6).
Foi pelo nome do Senhor que eles saíram pelo mundo, sem nada receberem
de pagãos. Seremos cooperadores da verdade, se acolhermos esses homens (3Jo
7-8).
Sobre a conduta de Diótrefes
Diótrefes ambiciona o primeiro lugar e não nos recebe. Indo ai o
repreenderei pela sua má conduta, pois também se recusa em receber irmãos e
expulsa da Igreja àqueles que os recebem (3Jo 9-10).
Gaio, não imites o mal,
pois quem faz o bem é de Deus (3Jo 11).
Todos dão bom testemunho de Demétrio (3Jo 12).
Tinha muito que escrever, mas não quero escrever-te com tinta e pena
(3Jo 13).
Espero ver-te em breve e falarmos boca a boca (3Jo 14).
Paz seja contigo. Saúdam-te os amigos. Saúda os amigos pelos seus nomes
(3Jo 15).
[1] www.bibliaeapocrifos.com.br/.../gnosticismo-no-evangelho-de-joa…
[2]
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Refutando-o-Gnosticismo/..
[3]
wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible
[4]
https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/joao/
[5]
https://www.churchofjesuschrist.org/study/liahona/2019/01/john-the-disciple-whom-jesus-loved?lang=por
[6]
https://estiloadoracao.com/apostolo-joao/
[7]
https://bigbluebook.org/pt/139/4/
[8]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o,_o_Ap%C3%B3stolo
[9]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o,_o_Ap%C3%B3stolo
[10]
http://blog.adai.com.br/joao-o-apostolo-do-amor/
[12] https://pregadormanasses.com/i-epistola-de-joao-estudo-biblico
[13]
www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Refutando-o-Gnosticismo/49466640.html
[14]
wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible
[15] https://www.studylight.org/
commentaries/eng/wen/1-john-4.html
[16] https://www.studylight.org/
commentaries/eng/wen/1-john-4.html
[17] https://prgilsonmedeiros.blogspot.com/2009/07/as-epistolas-de-joao.html
[18] Wesley disse: “O mais velho - Uma denominação adequada a uma
carta familiar, mas sobre um assunto
pesado”. wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible
[19] https://teologiaeclesiastica.blogspot.com/2011/08/ii-epistola-de-joao.html
Comentários
Postar um comentário