Venha o Teu Reino


Odilon Massolar Chaves

 

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Livros publicados pelo autor: 334

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor


 

Introdução

 

O livro “Venha o Teu Reinoé para ser utilizado nos encontros dos chamados Pequenos Grupos ou Células. São 30 estudos. São estudos profundos e fundamentos na Bíblia.

Eles foram ministrados primeiro nas pregações em nossos cultos. Depois foram preparados especialmente para os pequenos grupos que se reúnem nas casas com o propósito de crescimento em conhecimento, amadurecimento, comunhão uns com os outros e para fazer discípulos e discípulas.

Procure levar a sério estes estudos e se aprofunde neles porque foram elaborados durante todo um ano e são mensagens inspiradas pelo Espírito Santo para a edificação do Corpo de Cristo.

As perguntas no final de cada estudo são para reflexão de todos e para um confronto com a Palavra de Deus visando mudança de vida. Dê um tempo para elas e procure sempre estimular os participantes a responderem.

O título “Venha o Teu Reino” é fundamentado na afirmação do próprio Jesus: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o Teu nome;
Venha o Teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (
Mateus 6.9-10).

Participação especial de Eliede.

Nossa oração é para que estes estudos o levem a glorificar muito mais ao Senhor Jesus.

O Autor

 

Índice

 

O governo de Deus na nossa vida

O governo de Deus na vida de José

Clamando para que o governo seja de Deus

O governo do Príncipe da paz – Lição 1

O governo do Príncipe da paz – Lição 2

A oração vitoriosa

Sensibilidade, sinal de amor e de força – Lição 1

Sensibilidade, sinal de amor e de força – Lição 1

Usado por Deus em terra estranha – Lição 1

Usado por Deus em terra estranha – Lição 2

Pais sábios e cheios do Espírito – Lição 1

Pais sábios e cheios do Espírito - Lição 2

O governo de Jesus e a nossa Páscoa

Amor num mundo de ódio

O que você deve fazer por Cristo

Elas lutaram pelos seus filhos

Entre a tribulação e a glória de Deus

O poder concedido no Pentecostes

Encorajamento que nos faz vencedores

Chamados a ter bom senso

Níveis de intimidade com Jesus

Eliminando emoções negativas para ter vida em abundancia

Um cachorro morto na mesa do rei

O cristão vitorioso que agrada a Deus - Lição 1

O cristão vitorioso que agrada a Deus - Lição 2

O galardão do cristão fiel

Operários de Deus para a reconstrução

Nós podemos também ser iguais a Estevão

Os propósitos e o governo de Deus em meio às crises e lutas - Lição 1

Os propósitos e o governo de Deus em meio às crises e lutas - Lição 2


O governo de Deus na nossa vida

 

Estudo 1 - Texto Base: Mt 6.33

Vi um vídeo que mostrava um boi com a cabeça presa num tronco de uma árvore e não conseguia se levantar. Dois motoqueiros que passavam pelo local fizeram um grande esforço e conseguiram livrar o boi da morte.

Jesus fez o mesmo com cada um que o buscou e se submeteu ao seu governo.

Se submeter ao governo de Jesus é deixar Ele ser o senhor da sua vida. Não são mais as emoções, o dinheiro, o poder, a carne, os demônios que dirigem a sua vida, mas agora é o Senhor. Mas este mundo ainda jaz no maligno e em muitos lugares o governo é do diabo. E onde o diabo reina há morte, opressão, escravidão, vícios.

Para ser liberto no terreno do inimigo precisamos desejar sair desse cativeiro e nos submeter ao governo de Jesus.

Herodes havia determinado que Pedro fosse preso e escoltado por diversos soldados.

Pedro estava debaixo das ordens de Herodes, o governador (Atos 12.1-4). Mas o governo passou a ser do Senhor a partir do momento em que a Igreja entrou em oração perseverante pela sua vida (Atos 12.5).

Nada mais deteve o governo de Deus:

- Um anjo foi enviado e entrou na prisão, sem pedir autorização do governo de Herodes;

- As portas foram abertas sem nenhum impedimento dos guardas;

- As correntes de Pedro foram retiradas sem chave alguma e ele foi liberto.

- Ele foi restituído  ao convívio da igreja.

Quando oramos, quando nos submetemos ao Senhor, Ele reina.

Jesus disse: “Sereis levados à presença de governadores e reis por minha causa, para testemunhardes a eles e aos gentios.  Todavia, quando vos prenderem, não vos preocupeis em como, ou o que deveis falar, pois que, naquela hora, vos será ministrado o que haveis de dizer” (Mt 10.18-19).

Disse mais: “Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

O governo do Senhor na vida do profeta Elias:

Elias era profeta do Senhor e demonstrou prova disso quando confrontou o Rei Acabe, que levava o povo de Deus para adorar Ball. Em tempo de seca e fome, o Senhor determinou que ele fosse para Sarepta onde uma viúva iria sustentá-lo (1Rs 17.8-9).

A submissão de Elias foi tão grande que ele pediu logo a viúva água e um pedaço de pão (1Rs 17.10-11).

Quando Deus nos coloca em um lugar por mais que possa parecer estranho, Deus tem algo tremendo a fazer naquele lugar através de sua vida.

E o que aconteceu?

- A farinha da panela não acabou e o azeite não faltou mais na casa da viúva (1Rs 17.16).

- O filho da viúva foi ressuscitado pela oração do profeta Elias (1Rs 17.21-23).

- No final, a viúva disse: “Nisto conheço agora que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (1Rs 17.24).

Deus honrou ao profeta!

Jesus nos ensinou a orar: “Venha o teu Reino. Seja feita a sua vontade aqui na terra como nos céus”.

Jesus quer reinar em nossas vidas. Cabe a você se submeter para ser abençoado e instrumento do amor de Deus.     

 

 


O governo de Deus na vida de José

 

Estudo 2 - Texto Base: Gn 45.4-8

O segredo para sermos vitoriosos é termos o governo de Deus em nossas vidas. Jesus ensinou isso na oração do Pai nosso, quando disse para orarmos assim: “Venha o teu Reino, seja feita a sua vontade assim na terra como no céu”.

Ter o governo de Deus é ter a vontade de Deus sendo realizada. E apara isso acontecer deve haver submissão, humildade, fidelidade, etc.

Nossos entendimentos nem sempre perceberão o plano de Deus, porque os Seus pensamentos não são os nossos pensamentos.

Veja como José passou a ter o governo de Deus em sua vida:

Jacó como patriarca o abençoou e foi um pai presente e amoroso conduzindo assim José a submissão de Deus-Pai.  Gn 37.1-3.

Só há governo de Deus, se houver submissão, santidade e fidelidade. Esses ingredientes foram encontrados em José.

José tinha o governo de Deus em sua vida, por isso tinha intimidade com Deus, a revelação do futuro - Gn 45.8

Não basta ser religioso. Os irmãos de José eram religiosos e foram movidos pelo ódio e ciúme. Estavam debaixo do governo do diabo, que veio para matar e destruir. Muitos estão sob o governo do ódio, de pessoas, da mídia, de traumas etc.

No governo de Deus sobre nossa vida nem tudo vai estar tranquilo. As tempestades poderão acontecer. Só temos que confiar e esperar, pois nosso barco chegará a um porto seguro.

Se estivermos debaixo do governo de Deus, temos apenas que glorificar ao Senhor e esperar nele. Todas as situações contrárias cooperaram para que José fosse se aproximando de faraó, mesmo ele sendo esquecido por dois anos pelo companheiro de cela a quem José ajudou. Mas depois ele o ajudou.

José passou as provas com dor e humilhação sem saber no que iria dar aquilo tudo. Parecia até que o pior estava por vir. É que temos que caminhar por fé, que é certeza das coisas que se espera de fatos que não se veem.

Deus tem sua estratégia própria. Deus não tem Plano B ou C. Deus só tem um Plano. E Seus planos nunca podem ser frustrados. Se o diabo tentar atrapalhar vai acabar ajudando a Deus. Ele sempre vai honrar aos que estão submissos a Sua vontade. José foi honrado e foi instrumento de Deus para abençoar o Povo de Israel.

José, no final perdoou seus irmãos e os abençoou. Somente estará sob o governo de Deus quem está unido ao corpo de Cristo e ama aos seus irmãos e irmãs (Gn 45.1-8; Gn 50.17-21).

Deus precisa ser soberano em nossas vidas para que Sua vontade seja realizada e sejamos abençoados.


Clamando para que o governo seja de Deus

 

Estudo 3 - Texto Base: Atos 12.1-11

No tempo da Igreja Primitiva havia uma luta intensa entre as trevas e a luz, ente Jesus e o diabo e seus anjos.

Em certas situações, os agentes das trevas eram os fariseus e em outras situações o agente das trevas era Herodes. Quando Pedro foi preso, o agente das trevas era Herodes.

Essa história nos ensina hoje:

O cristão está sujeito a passar por provas e aflições nesse mundo (Atos 12.1-3). Estamos em terra onde o diabo domina com seus anjos.

Por mais que esteja em situação de provação e aflição, o cristão não deve se desesperar (Atos 12.4).

Deus nos concedeu armas poderosas para vencer o inimigo. Dentre elas, estão a fé , oração e o auxilio dos anjos.

Li certa vez a história de um missionário que foi evangelizar em determinado lugar cheio de índios perigosos. Ele conseguiu evangelizá-los. Um dia, porém, um deles perguntou ao missionário quem eram as pessoas de branco que estavam com ele quando ele chegou aqui. Os índios estavam prontos para matá-lo, mas ficaram com medo naquela ocasião por causa das pessoas de branco ao lado do missionário.

Como Corpo de Cristo, a Igreja deve ajudar e perseverar em oração para que o governo em determinada situação específica seja dEle (Atos 12.5). Devemos aprender a amarrar o valente que domina determinada área e orar para que o Reino de Deus se faça presente para ocupar e reinar naquele lugar.

Jesus disse: “Mas, se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso demônios, então, verdadeiramente, é chegado o Reino de Deus sobre vós!” (Mt 12.27).

Por mais que a situação possa parecer como uma derrota, devemos manter a fé de porque a última palavra é de Deus (Atos 12.6). Foi o que aconteceu com Pedro que estava preso e Herodes tinha a intenção de sacrificá-lo, mas a Igreja orou até que o governo de Deus se fizesse presente na situação que Pedro passava.

Quando permanecemos em oração e  com fé, Deus age com o sobrenatural (Atos 12.7-9) e milagres acontecem. Deus enviou um anjo porque a Igreja orou pedindo intervenção e livramento de Pedro.

Deus tem o poder de abrir as portas e trazer a vitória para nós (Atos 12.11).

As portas da prisão onde Pedro estava foram abertas por um anjo do Senhor por causa da oração perseverante da Igreja (Atos 12.5). As portas da prisão onde Paulo e Silas estavam foram abertas pela adoração e oração (Atos 16.25). A palavra é “de repente” veio um terremoto e logo foram abertas todas as portas (Atos. 16.26).

O governo de Deus na vida de Eliseu 

Certa ocasião, Eliseu foi cercado pelo exército sírio e o seu servo ficou desesperado. “E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos?

E ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles. E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. E, como desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a de cegueira, conforme a palavra de Eliseu” (2 Reis 6.15-18).

Clame também ao Senhor “Venha o Teu Reino”, como nos ensina o “Pai Nosso”.  


O governo do Príncipe da paz

 

Estudo 4 - Texto Base: Fp 4.1-7 – Lição 1

Vivemos em tempos de terrorismo que traz medo e falta de paz. Por isso a paz é o que as nações estão buscando. Existe até o Prêmio Nobel da Paz. As pessoas igualmente buscam a paz para suas vidas.

Jesus é o Príncipe da Paz (Isaias 9.6). Ele veio trazer a paz aos nossos corações. É um dos bens mais preciosos que recebemos do Senhor.

Escrevendo aos filipenses Paulo lembra que a nossa pátria está nos céus (Fp 3.20) e o Senhor tem o poder de subordinar a si todas as coisas (Fp 3.21). Ele fala do governo de Jesus.

A submissão ao governo de Jesus traz força para resistir as lutas e alegria e paz aos nossos corações.

Mas como manter essa paz?

1.    Permanecer firmes no Senhor

Permanecer firmes é perseverar. Não tirar o foco. O diabo lutará contra isso para você ser infeliz.

Os filipenses estavam passando por várias experiências assustadoras. Os inimigos estavam provocando conflitos (Fp 1.30). O ambiente em que viviam era muito hostil, “no meio de uma geração corrompida e depravada” (Fp 2.15). Esta é a razão porque Paulo os exorta a que fiquem firmes.[1]

O verbo grego para perseverar significa literalmente “permanecer ou ficar embaixo” (...) significa “permanecer em vez de fugir . . ., manter-se firme, aguentar”.[2]

E isso podemos fazer. Paulo disse: “Porquanto, por amor de Cristo vos foi concedida a graça de não somente crer em Cristo, mas também de sofrer por Ele” (Fp 1.29).

O substantivo grego traduzido “perseverança” significa “capacidade de aguentar ou manter-se firme em face de dificuldades”. Certo erudito bíblico diz o seguinte a respeito do tipo de perseverança mencionado pelos escritores da Bíblia: “É o espírito que pode suportar as coisas, não simplesmente com resignação, mas com a esperança fulgurante . . . É a qualidade que mantém o homem em pé enfrentando o vento. É a virtude que pode transmutar a provação mais severa em glória porque, além da dor, vê o alvo.”[3]

Que fazer para trazer a paz resolvendo conflitos?

2.    Pensar Concordemente no Senhor

É pensar de acordo com o Senhor.

Significa “vivam bem”, “vivam em harmonia” “sintam o mesmo”. No grego, o verbo pode de fato ter o sentido de pensar, sentir, ter uma postura.[4]

Paulo já havia falado antes para os filipenses serem: Do mesmo ânimo, unidos de todo o coração (Fp 2:.2)”.[5]  Paulo já havia falado também com a Igreja para ela ter o mesmo sentimento que houve em Jesus (Fp 2.5).

Ele chama a Igreja a estar firmes em um só espírito, como uma só alma, lutando juntos pela fé evangélica (Fp 1.27). Diz para a Igreja pensar a mesma coisa, ter o mesmo amor e ser unida de alma. Nada fazer por partidarismo ou vanglória e sim por humildade (Fp 2.2).

Na próxima semana completamos este estudo. 

 


O governo do Príncipe da paz

 

Estudo 5 - Texto Base: Fp 4.1-7 – Lição 2

Vimos na lição anterior algumas atitudes que nos ajudam a permanecer em paz. Veja mais algumas delas que são necessárias em nossas vidas.

O que fazer para manter a paz?

1.    Alegrar-se no Senhor

Alegrar-se no Senhor traz uma alegria permanente e real, que nos dá força mesmo nas lutas e dor. Não se firme numa fonte de alegria transitória e falha.

Jesus disse aos seus discípulos: “O vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar” (Jo 16.22).

A alegria é um fruto do Espírito e ela traz força e paz (Gl 5.22).

Uma das estratégias de Satanás é nos tirar a alegria, que consequentemente irá tirar a nossa paz e a nossa força trazendo assim desânimo.

A alegria traz também saúde física e emocional. É um remédio contra o aparecimento de rugas.

O que fazer para manter a paz?

2.    Ser moderado (pacífico). Perto está o Senhor

A pessoa “epieikes” (moderada) é a que não é contenciosa, por não gostar de contendas, mas que tem um caráter pacífico, estando disposta a renunciar aos seus direitos a fim de alcançar a paz.

- “epieikeia” (o abrir mão de exercer o direito de exigir justiça).

O contrário do “moderado” é o “akribodikaios”, que é o homem que defende seus direitos legais até o fim. Mas, o homem “epieikes” sabe que há ocasiões em que se pode abrir mão de seu direito.[6] 

A frase "Perto está o Senhor, no original grego, o sentido é "o Senhor está próximo". E o mesmo sentido de Efésios 2.13: "Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto" (IBB - Rev.) e de Efésios 2:17: "E, vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe, e paz também aos que estavam perto." Tanto nessas duas passagens como em Filipenses 4.5, a palavra perto tem o sentido de distância, não de tempo. O Senhor está perto, está ao meu lado, por isso devo alegrar-me![7]

Por fim o que fazer para manter a paz?

      3. Não andar ansioso

E então, o apóstolo Paulo menciona o assunto principal deste estudo: "Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graça".

Paulo dá as dicas: Alegrar-se. Não deixe que a nuvem da insegurança venha sobre você. Não tenha medo, pois o Senhor está perto de você.

Ele governa a sua vida. É uma questão de confiança, de crer.

Se procedermos assim, a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus (Fp 4.7).

Sim é uma questão de confiança, crer que não está sozinho, que o Senhor está perto. Crer que o Senhor governa a nossa vida. Isso traz uma imensa paz.  

 


A oração vitoriosa

 

 

Estudo 6 - Texto Base: Efésios 6.18

Charles Finney (1792-1875) era filho de pais descrentes e morava em um lugar dos EUA onde os crentes tinham uma fé formal. Comprou uma Bíblia e passou a frequentar uma Igreja Presbiteriana (mais tarde deixou a Igreja por discordar de algumas de suas doutrinas). Ficou impressionado com as orações não respondidas pelos crentes e descobriu que não estava apto para entrar no céu e decidiu buscar a salvação.

Teve sua experiência em um bosque. Ele disse “Recebi um poderoso batismo do Espírito Santo (...). O Espírito Santo desceu sobre mim de maneira que parecia perpassar-me, corpo e alma... Parecia vir em ondas e mais ondas de amor líquido... Parecia o próprio sopro de Deus (...). Não há palavras que exprimam o maravilhoso amor que foi derramado em meu coração”.[8]

O amor a Deus, a fome de sua Palavra, a unção para testemunhar e anunciar do Evangelho vieram sobre ele no dia de sua entrega a Jesus. Ele deixou seu trabalho de advocacia para se7r um pregador do Evangelho. Levou mais 500 mil vidas para Cristo.

Foi um pregador, professor, advogado, teólogo, abolicionista e avivalista dos EUA, um dos líderes do “Segundo Grande Despertar” (1790-1940), uma onda de revivificação espiritual.

Ficou impressionado das orações dos crentes não serem respondidas semana pós semana. Além da necessidade da fé e de nosso pedido estar de acordo com a vontade de Deus, Charles Finney coloca alguns princípios para a oração vitoriosa, dentre eles:

1. Orar em nome de Jesus é condição da oração vitoriosa. Devemos orar a Deus em nome de Jesus porque é o único meio aprovado por Deus para nos dirigirmos a Ele. Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14.6) Jesus também disse a seus apóstolos fiéis: “Eu vos digo em toda a verdade: Se pedirdes ao Pai qualquer coisa, ele vo-la dará em meu nome” (João 16.23).

2. A inspiração do Espírito Santo é outra condição. Toda oração verdadeiramente vitoriosa é inspirada pelo Espírito Santo. Rm 8.26,27; "Porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aque|e que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos". Esse é o verdadeiro espírito da oração: ser guiado pelo Espírito. É a única oração realmente vitoriosa.

3. O fervor é condição. Uma oração, para ser vitoriosa, tem de ser fervorosa. A palavra  fervoroso  significa ferver como líquido. Jonas disse para os ninivitas: “Que cada pessoa ore a Deus com fervor e abandone os seus maus caminhos e as suas maldades!” (Jonas 3.8). Outra tradução diz: “e clamem fortemente a Deus”.

4. A perseverança ou persistência na oração muitas vezes é uma condição de vitória. Vejam os casos de Jacó, de Daniel, de Elias, da mulher siro fenícia, do juíz iníquo, e o ensino da Bíblia de modo geral.

5. Muitas vezes a angústia de espírito é condição da oração vitoriosa. Salmo 4.1: “Responde-me quando eu clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração”.

Na angustia de espírito há toda uma entrega e sofrimento real diante de Deus. Há um abrir de coração de Davi, mas também de confiança.

6. A oração vitoriosa é específica. Visa um objetivo definido. Não podemos obter vitória para tudo de uma só vez. Nos casos registrados na Bíblia, em que a oração foi atendida, é notável que o suplicante pedia uma bênção definida.

7. Outra condição da oração vitoriosa é que nossa intenção seja idêntica aquilo que dizemos na oração: que não haja nenhuma simulação; em resumo, que sejamos sinceros como crianças, falando do coração, nem mais nem menos do que aquilo que queremos dizer, que sentimos e cremos.

8. Outra condição da oração vitoriosa é um estado de espírito que presume a fidelidade de Deus a todas as Suas promessas.

9. Mais uma condição é que, além de "orar no Espírito Santo", "sejamos sóbrios e vigiemos em oração". Com isso me refiro à vigilância contra tudo quanto possa apagar ou entristecer o Espírito de Deus em nosso coração. Também me refiro à vigilância pela resposta, em estado de espírito que usará diligentemente todos os meios necessários, a qualquer custo, com instância sobre instância.

 

Estas são as principais condições para termos uma oração vitoriosa.

 

  


Sensibilidade, sinal de amor e de força

 

Estudo 7 - Texto Base: João 11.35 – Lição 1

Vi uma cena no aeroporto de Buenos Aires que mostra bem a realidade em que vivemos. Uma senhora chorava muito sentada num banco. No banco de trás quatro rapazes choravam de rir vendo uma cena de sexo no celular.

Vivemos uma época em que a sensibilidade tem sido bloqueada pelo corre-corre, foco nos celulares, ausência de comunhão com Deus, etc. O sofrimento pode também nos levar a fechar os corações. A ênfase no ódio e vingança também leva a perda da sensibilidade.

A sensibilidade é a faculdade de sentir compaixão, simpatia pela humanidade; piedade, empatia, ternura.[9]

Vivemos um tempo cada vez mais de perda de sensibilidade, que é uma marca do pecado em nossa vida.

Nossa sensibilidade pode vir de uma emoção ou pelo Espírito

1. A sensibilidade vinda da emoção

Pode ter aspectos negativos: as pessoas ficam mais chateadas e tomam decisões erradas; são propensas mais à ansiedade e depressão e choram com mais facilidade.

É a sensibilidade voltada mais para si própria. Querem que as pessoas sintam a sua dor. Por trás está a baixa autoestima.

 

2. A sensibilidade vinda do Espírito

 

Ela nos leva a compaixão, ao amor pelo próximo sentindo a sua dor. No grego a palavra usada para compaixão é “sympathesai” (sentir com, sofrer com).[10]

“A palavra hebraica (hamal) e grega (splanchnisomai), às vezes traduzidas como “compaixão” também têm um significado mais amplo, como “mostrar pena”, “amar” e “mostrar misericórdia”.[11] 

“Compaixão é uma forma de amor”.[12]

 

Jesus chorou porque amava e sentiu a dor de Maria e Marta (Jo 11.35).

3. Os que não têm sensibilidade são os de corações duros

 

Ezequiel – 3.7. Palavra do Senhor:

“Mas a casa de Israel recusará escutar-te, porque eles não querem atender a mim! Pois, toda a casa de Israel nada mais é do que gente teimosa, de coração insensível (dura de coração)”.

Marcos – 8.17. Palavra de Jesus:

“Jesus percebeu-o e disse-lhes: Por que discutis por não terdes pão? Ainda não tendes refletido nem compreendido? Tendes, pois, o coração insensível (ou endurecido)?”

No próximo estudo encerraremos esta lição.


Sensibilidade, sinal de amor e de força

 

Estudo 8 - Texto Base: João 11.35 – Lição 2

Vimos no estudo anterior que muitos têm perdido a sensibilidade. Vimos que a Bíblia condena os que são de coração duro.

A primeira falta de sensibilidade na Bíblia foi demonstrada por Caim:

E disse o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu irmão”? (Jim 4.9).

I.A sensibilidade de Jesus – Deus e humano

Jesus sendo Deus revelou como deve ser nossa humanidade. Ninguém teve tanta sensibilidade e compaixão como Ele.

1. Jesus chorou pela morte de Lázaro (João 11.35)

O verbo “chorou” indica que Jesus derramou lágrimas e a seguir pranteou em silêncio.

 2. A sensibilidade traz compaixão. Jesus tinha compaixão “porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor” (Mt 9.35-38).

“Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes” (Mateus 14.14).

3. Teve compaixão da viúva de Naim (Lucas 7.11-15 ).

"E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o morto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o a sua mãe.”

II. Ensinamentos sobre a sensibilidade vinda do Espírito

- Sensibilidade é um sinal de força e não de fraqueza;

- Se não houver sensibilidade vinda do Espírito, não haverá afeto;

- Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande e forte, mas a sua sensibilidade pela dor do próximo;

III. Parábola do bom samaritano: a necessidade de sensibilidade e amor

A parábola do Bom Samaritano (Lucas 10. 25-37) destaca a necessidade de termos sensibilidade e amor.

- Mostra duas pessoas que não tiveram sensibilidade:

“E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita, chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo (Lucas 10.31-32).

Certa vez, vi uma pessoa que viajou muitos quilômetros para uma festa. Uma semana depois passou ao lado da casa de uma líder de sua Igreja doente e não parou para visitar.

- Mostra uma pessoa que teve sensibilidade:

“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele” (Lucas 10.33-34).

A Parábola do Bom Samaritano na vida de um pastor

Certa vez, um colega pastor me deixou esperando duas horas na estrada porque teve um problema e deu preferência a resolver esse problema. Nem ligou. Sua atitude foi de um sacerdote preocupado com a obra em sua casa. Na viagem passei mal. Depois ele foi tocado ao ouvir a Palavra sobre o Bom Samaritano ao chegar na Escola de Missões e tomou a decisão de  sempre me buscar em minha casa para a viagem.

IV. A vida eterna está relacionada a sensibilidade e ao amor:

“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” (Mateus 25.34-36).

A santidade está relacionada a vida de amor a Deus e ao próximo. Quem tem santidade tem amor e tem sensibilidade. Então, sem sensibilidade ninguém verá ao Senhor. Por isso, o Senhor fala de visitar os necessitados, alimentos os famintos, vestir os nus, etc.

É tempo de restaurar a sensibilidade do Espírito em nossa vida. 

 


Usado por Deus em terra estranha

 

Estudo 9 - Texto Base: Ez 1.13 – Lição 1

Não adiantou o profeta Jeremias profetizar. O povo não se arrependeu e foi levado para a Babilônia. A primeira deportação teve início em 598 a.C.

Nesse período, o povo de Israel, Daniel, Ezequiel e Neemias estiveram no cativeiro. Eles tiveram diferentes atitudes em terra estranha. Seus olhos estavam em diferentes lugares.

Veja as reações de cada um no cativeiro:

1.    Sentado às margens do rio da Babilônia o povo olhava para o passado, lembrando da terra natal

 “Junto aos rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião. Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” (Salmos 137.1-4).

Para eles, Deus não estava em terra estranha.

Como resultado havia falta de adoração e sentimento de ausência de Deus.

Foi desenvolvido um espírito de ira e vingança: “Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Descobri-a, descobri-a até aos seus alicerces. Ah! filha de babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós” (Salmos 137.7-8).

2.    Ezequiel olhou para os céus para encontrar a resposta de Deus

 

Ezequiel também esteve junto ao rio, um canal, a sudeste da Babilônia a pouca distância do rio Eufrates: ”Estando eu no meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus (...)” (Ez 1.1).

A diferença é que Ezequiel olhou para os céus.

E por isso, “Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel” (Ez 1.3).

E a Palavra diz: “Entrou em mim o espírito e me pos em pé, e ouvi o que me falava” Ez 2.2.  Ele viu o que ninguém mais viu naquele campo de refugiados. Tudo porque seu olhar se elevou ao céu! Seu ser buscou respostas e conforto no alto. Ele não viu desilusão e morte, mas visão de Deus, que lhe dizia ser possível a restauração, um novo começo.

Revestido de forças, Ezequiel foi atalaia para casa de Israel. Ele enxugou suas lágrimas! Extraiu força, de onde parecia não haver. Ele se tornou uma sentinela de Israel. 

Da mesma forma, o apostolo João foi exilado na Ilha de Patmos onde recebeu as revelações de Deus registradas no Apocalipse (Ap 1.9-10).

3.    A visão dos ossos secos revela a restauração de Israel (Ezequiel 37.1): 

“Veio sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos.

E me fez passar em volta deles; e eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos. E me disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS, tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor” (Ezequiel 37.1-4).

A visão de Ezequiel também foi às margens de um rio na Babilônia só que foi diferente de Ezequiel e do povo de Deus. Ele viu que o Espírito do Senhor iria restaurar Israel.

Na próxima lição concluiremos este tema. 

 


Usado por Deus em terra estranha

 

Estudo 10 - Texto Base: Dn 2.47-48 – Lição 2

Você viu na lição anterior que, sentado às margens dos rios da Babilônia, o povo olhava para seu passado e lamentava. Você viu que Ezequiel sentado as margem do rio Quebar olhou para os céus e teve visões dos céus.

Já Daniel teve outro procedimento.

Daniel olhou para o lugar onde estava e perguntou o que podia fazer para testemunhar sobre o Deus vivo

A Bíblia afirma que Daniel era jovem nobre e de uma boa aparência. Ele e seus companheiros foram preparados para servirem no palácio do rei (Dn 1.4).

Daniel e seus companheiros decidiram não se contaminar com bebidas e alimentos: “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Daniel 1.8).

Deus concedeu dons e sabedoria a Daniel (Dn 1.17) que interpretou o sonho do rei e assim se tornou Governador da Babilônia (Dn 2.47-48).

E Neemias?

Neemias olhou para a dor daqueles que havia ficando em Jerusalém e procurou fazer algo pelo povo de Deus:

“e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam, e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém” (Neemias 1.2).

Neemias chorou muito, buscou resposta em Deus e hoje ele certamente cantaria:

“Ouou Pode me chamar, Senhor,

Ouou Eu estou aqui,

Ouou Estou ao Seu dispor”.

Neemias orou e jejuou: “E sucedeu que, ouvindo eu estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus” (Neemias 1.4).

“E disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença, peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique” (Neemias 2.5).

Em 52 dias, lutando contra inimigos e liderando o povo, Neemias reergueu os muros:

“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinquenta e dois dias. E sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra” (Neemias 6.15-16).

Onde estão nossos olhos estará também nosso coração.

Deus quer nos usar em terra estranha. Seja um Daniel, um Ezequiel, um Neemias em nossos dias. 


Pais sábios e cheios do Espírito

 

Estudo 11 - Texto Base: Atos 21.8-11– Lição 1

Vivemos tempos difíceis com os filhos e a família tem sido muito atingida nessa época conturbada.

É possível ter hoje uma família abençoada e cheia da graça de Deus?

A Bíblia relata a história do ministério e da família de Filipe. Um vencedor tanto em seu ministério, relacionamento com as pessoas e na sua família.

O que tinha Filipe para suas filhas viverem uma vida santa e serem usadas pelo Espírito com dons espirituais?

 Uma visita feita por Paulo em sua casa nos dá algumas dicas sobre sua família e sua vida (Atos 21.8-11). Esse fato nos revela detalhes importantes:

Filipe era respeitado e tinha a confiança da Igreja

Filipe tinha credibilidade. Ele foi escolhido pelos apóstolos para servir às mesas por causa de seu caráter: “Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio (Atos 6.3).

Filipe foi o segundo da lista atrás de Estevão: “e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe” (Atos 6.5).

Filipe passou para suas filhas o exemplo sendo modelo de santidade. Os filhos seguem o exemplo dos pais. Consequentemente, a figura de Deus que Filipe passou para elas é de um Deus que é Santo e exige santidade.

Ele foi perseguido e continuou firme testemunhando o Senhor

“Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo” (Atos 8.4-5).

Era desprovido de apego aos bens materiais e não era preso à grande cidade de Jerusalém. Foi para o interior e continuou servindo ao Senhor. Um exemplo para suas filhas viverem uma vida  sem vaidade e ostentação, mas na simplicidade.

Filipe era cheio do Espírito Santo e de sabedoria (Atos 6.3,5)

Filipe era cheio do Espírito Santo (Atos 6.5). Isso fazia grande diferença.

Escrevendo aos efésios, Paulo diz para andarmos prudentemente e não sermos insensatos (sem bom senso, juízo pleno). Depois diz: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos...” (Efésios 5.1-19).

Ser cheio do Espírito Santo é um propósito de vida no qual se paga um preço para crucificar a carne e ter a plena presença do Espírito. Ele era guiado pelo Espírito Santo (Atos 8.29).

Exercia ministérios servindo ao Senhor

Filipe era evangelista e um dos sete diáconos escolhidos pelos apóstolos para servir (Atos 6.5).

 Foi usado pelo Espírito Santo para servir às mesas e evangelizar o eunuco e outros (Atos 8. 26-39).

Na próxima lição completamos esse estudo.

 


Pais sábios e cheios do Espírito

 

Estudo 12 - Texto Base: Atos 21.8-11– Lição 2

Vimos na lição anterior que Filipe tinha um caráter e uma vida cheia do Espírito que influenciaram grandemente as suas filhas.

O que mais podemos aprender com Filipe para seguirmos o seu exemplo e nossa família ser também grandemente abençoada?

Ele era acolhedor e sua casa era cheia da graça atraindo pessoas de Deus

Paulo escolheu ficar em sua casa. “Partindo no dia seguinte, fomos para Cesáreia; ali chegamos e fomos recebidos na casa de Filipe” (...). ”Demorando-nos ali por muitos dias” (Atos 21.8).

Até os profetas do Senhor gostavam de ir a sua casa: “(...) chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo” (Atos 21.10-11).

Suas filhas viam sempre em sua casa um ambiente favorável para a presença do Deus vivo. Nada de ambiente pecaminoso, mas de santidade. 

Ministrava como servo e corpo de Cristo

Pregando em Cesareia realizou muitos milagres, conversões e batizou a muitos. Mas como não haviam recebido o Espírito Santo, os apóstolos Pedro e João foram para lá ajudá-lo nessa tarefa (Atos 8.12-16).

Sem vaidade e com humildade aceitou a boa presença dos apóstolos que foram ajudá-lo. Afinal, a Missão é de Deus. Somos apenas servos. Isso é ser Corpo de Cristo.

Suas filhas eram santificadas e com dons espirituais

Ele tinha quatro filhas virgens que profetizavam (Atos 21.9). Elas falavam da parte de Deus. Ora, o pai Filipe era cheio do Espírito e isso motivou as suas quatro filhas. Filipe era um pai exemplo.

Filhos não contaminados pela carne eram usados pelo Espírito Santo. Nossa família pode também ser uma benção nas mãos de Deus.

Precisa para isso:

- Vida de santidade dos pais como Josué disse: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.

- Vida disciplinada com as coisas do Reino de Deus. Há tempo para lazer, descanso, dormir, estudar, trabalhar e tempo para as coisas de Deus. Os pais devem disciplinar seus filhos e filhas.

- Vida exemplar dos pais diante dos filhos.

Seus filhos irão fazer o que você faz. Deus lhe deu uma família para você ser o mordomo. Os pais são sacerdotes dos filhos.

Sim, os filhos não podem mandar nos pais, mas eles farão isso, se os pais não os disciplinarem com autoridade e amor.

- Uma casa onde o Reino de Deus é prioridade.

Se a sua casa é dividida, não prosperará. O governo tem que ser do Senhor.

Com pais sábios e cheios do Espírito teremos uma família santa e usada por Deus.

 


      O governo de Jesus e a nossa Páscoa

 

Estudo 13 - Texto Base: João 20.19-29

Páscoa é passagem da opressão para a libertação (Egito), da morte para a vida (ressurreição).

Que Páscoa você precisa ter em sua vida hoje? De que situação negativa você precisa sair para poder passar para uma vida de bênçãos?

O que você precisa fazer para ter uma vida vitoriosa?

Os discípulos estavam sob o governo do medo, estavam em tormento e bloqueados, fragilizados (Jo 20.19).

Sob o governo do inimigo as portas estavam trancadas: Estavam com as portas trancadas (Jo 20.19). Estavam sem perspectiva de futuro, sem esperança.

Jesus ressuscitou para assumir seu governo nesse mundo e em nossas vidas. Ele está a direita de Deus-Pai. Ele é o Rei dos reis. Por isso, precisamos “Buscai em primeiro lugar o Seu Reino...” e pedir Venha o Teu Reino.

Sob o governo do inimigo os discípulos estavam em tormento; estavam sem paz (Jo 20.19). Estavam vivendo um inferno.

Eles tinham olhado as circunstâncias (crucificação e morte de Jesus) e por isso estavam naquela situação. O inimigo deseja sempre dominar e governar as nossas vidas.

O governo de Jesus traz a Páscoa

Jesus ressuscitou para assumir seu governo. Eles passaram do medo para a fé; do tormento para a paz; da tristeza para a alegria.

Para isso acontecer, é preciso: O governo de Jesus.

1 – Jesus deve ser o centro de tudo.  Jesus chega e se coloca no meio dos discípulos (Jo 20.19).  Ele deve ser o centro de tudo. Nele tudo subsiste. Nele nos movemos e existimos.

2 – O governo de Jesus traz a  paz. A primeira coisa que Jesus fez é lhes dar a paz (Jo 20.19). A paz traz harmonia, equilíbrio, bem-estar, saúde, tranquilidade.

3 – O governo de Jesus traz a alegria. A alegria é nossa força. Eles ficaram alegres com a presença do Senhor. A alegria é marca da presença de Deus em nossa vida ( Jo 20.20). Ela traz ânimo, entusiasmo e força.

4 – O governo de Jesus traz imensa paz. Novamente Jesus dá a paz (Jo 20.21). É uma das maiores graças que Deus nos dá.

5 – No governo de Jesus realizaremos a Missão. Jesus os envia em Missão (Jo 20.21). Eles são enviados com uma tarefa específica – anunciar a chegada do tempo da restauração, do Reino de paz, amor e alegria. Eles têm assim autoridade legal para exercer essa função de ministros de Cristo.

6 – Sob o governo de Jesus, o Espírito Santo nos capacitará. Jesus sopra e envia o Espírito sobre os discípulos (Jo 20.22) para que eles não vivam mais na dimensão da carne e tenham condições de ter fruto em sua vida e poder (dons) para executar a Missão.

7– No governo de Jesus iremos perdoar. Jesus os estimula a exercitar o perdão dos pecados (Jo 20.23). Quem não perdoa fica preso e prende a pessoa que ofendeu.

8 No governo de Jesus seremos mais do que felizes: “Bem-aventurados os que não viram e creram” (Jo 20.29).

Precisamos viver a Páscoa hoje novamente. Precisamos o governo de Jesus para nossa vida.   


Amor num mundo de ódio

 

Estudo 14 – Texto Base: 1Jo 4.19      

Em junho de 2016, nos EUA, um jovem mulçumano matou mais de 50 jovens e deixou outros 53 feridos numa boate gay. Foi o pior caso de tiroteio em massa da história dos EUA. Vivemos tempos difíceis nos relacionamentos. Há falta de tolerância. Há radicalismo e muita violência. Há muita falta de amor. A marca do ministério de Jesus foi o amor e é desse jeito que devemos viver e agradar a Deus.

No tempo de Jesus, os fariseus, saduceus e zelotes eram maiores do que o grupo de discípulos de Jesus e nem por isso caminhavam na verdade. O grupo de Jesus tinha por base o amor e os outros, não. É o amor que faz toda diferença e importa para Deus:

1. Quem ama é nascido de Deus e conhece a Deus – 1Jo 4.7

Muitos vão à Inglaterra para conhecer a rainha. E só a conhecem de longe, sem tocar nela. Mas conhecer é mais profundo ainda.

Conhecer "(...) expressa uma relação pessoal entre o que conhece e o que é conhecido (...) ".[13] Conhecer  “é estar num relacionamento correto com ele, com características de amor, confiança, respeito e comunicação aberta”.[14] Podemos conhecer Deus, o Rei supremo do universo, aqui mesmo pela fé. Seu Filho nos leva até Ele. Quem ama conhece a Deus.

2. Amar implica em comunicação e união. Quem não ama não conhece a Deus - 1Jo 4.8

Nós fomos reconciliados com Deus através de Jesus. “(...) quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com Ele mediante a morte de seu Filho” (Rm 5.10). Reconciliação implica em amor, paz, união, etc. Por isso, não pode haver em nosso coração inveja, egoísmo, raiva, ciúme, falta de perdão com o próximo. Isso gera bloqueio e quebra de relacionamento.

Amor é um bem, algo prático, produz relacionamento sadio, Deus é amor. É sua essência e Ele é a fonte do amor. Por isso quem conhece a Deus recebe o amor da Fonte e necessariamente vai amar ao seu irmão.  Conhecer abrange qualidades tais como: contato, intimidade, preocupação, parentesco e reciprocidade.[15]

3. Amar é a condição para Deus permanecer em nós e nós em Deus

Deus coloca uma condição: amar uns aos outros. Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós (1Jo 4.12). Aquele que permanece no amor permanece em Deus (1Jo 4.16).

Paulo fala que o que conta para Deus é a fé que atua pelo amor (Gl 4.6). Por isso ele diz também para andar em amor como Jesus andou (Ef 5.1-2).

4. O amor de Deus é aperfeiçoado em nós, se amarmos uns aos outros - 1Jo 4.12, 17

Ser aperfeiçoado é ser completado. O amor é entrega, é relacionamento. Ele cresce sempre.

Paulo diz que podemos “compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento” (Efésios 3.18-19). O perfeito amor lança fora todo medo (1Jo 4.18).

5. Podemos amar porque Ele nos amou primeiro – 1Jo 4.19

Muitos têm dificuldades de amar, pois não receberam o amor de seus pais. Mas isso foi resolvido pelo próprio Deus enviando Jesus. Quando cremos em Jesus recebemos o Espírito Santo. O primeiro fruto do Espírito é o amor.

Em Romanos 5.5, Paulo diz que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi dado. É necessário deixar esse amor fluir.

 

O que você deve fazer por Cristo

 

 Estudo 15 – Texto Base: João 15.16

Alguém disse: “Diante do que Jesus fez por mim na Cruz, nada que eu faça neste mundo poderá ser comparado ao que Ele fez por mim”.

Jesus não somente fez por você, como agora quer fazer muitas coisas através de você. Você tem o compromisso de fazer algo por Jesus e Seu Reino.

Jesus te chama para você ser livre e dar fruto

“Assim também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4.3-5).

Jo 15.16: “(...) eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.”

Jesus disse que nós somos a luz do mundo e o sal da terra: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Mateus 5.13-14).      

Jesus te chama para você ser um servo do Reino

“Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve” (Lucas 22.26).

aulo disse: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.5-8).

Jesus te chama para você ser embaixador do Reino

“De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5.20).

O embaixador  ou a embaixadora leva a mensagem de paz, a reconciliação com Deus. Ele representa Deus na terra, um país estranho. O embaixador só transmite o que Deus determina.

Jesus te chama para você fazer discípulos

Jesus disse para fazer discípulos, batizando e ensinando. O discipulado se inicia com o batismo e é feito “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19). 

Exemplos de discipulado: Discipulado de Barnabé e Saulo: “E partiu Barnabé para Tarso à procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um ano, se reuniram naquela Igreja e ensinaram numerosa multidão” (Atos 11.25-26).

Paulo a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2Tm 2.2).

Jesus te chama para você receber a Promessa do Pai

“E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3.29). “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4-6). “Se somos filhos, então, também somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se realmente participamos dos seus sofrimentos para que, da mesma maneira, participemos da sua glória. O sofrimento e a glória futura” (Rm 8.17).

Cristo fez algo maravilhoso por você na cruz. Ele quer fazer muito através de você hoje. Somos chamados a fazer tudo por Cristo e pela salvação das pessoas.

 


 Elas lutaram pelos seus filhos

 

Estudo 16 – Texto Base: Mt 15.28

A Bíblia procura mostrar a ação de Deus na história do Seu Povo. Por isso existe pouca história mães num relacionamento com seus filhos e filhas.

Mas quero destacar duas mulheres na Bíblia que foram exemplos de mães. Especialmente porque elas tomaram decisões, elas se expuseram, foram destemidas e conseguiram abençoar seus filhos.

1. A viúva que salvou seus dois filhos – 2 Reis 4

Ela lutou pela liberdade dos filhos. Seus filhos iam ser levados como escravos porque o marido morreu e deixou dívidas (2 Reis 4.1). Pela fé, a sua botija de azeite encheu tantas vasilhas a ponto dela pode pagar toda sua dívida e viver do resto com seus dois filhos (2 Reis 4.4-7). Quantos filhos hoje estão precisando ser resgatados de vícios e prisões espirituais e emocionais!

Como é necessário existir mães como a viúva para investir com muito amor para salvar seus filhos! O amor faz toda a diferença! Ensinar e viver na presença da criança a Palavra de Deus faz toda a diferença.

2. Mulher Cananéia -  Mateus 15.21

Ela não teve vergonha de lutar pela filha. Disse publicamente que ela estava endemoninhada (Mt 15.22).

Ela venceu diversas oposições, obstáculos e preconceitos para salvar sua filha:

Jesus a provou ficando em silêncio, não a respondendo; os discípulos pediram a Jesus para despedir a mulher; Jesus lhe disse que os pães são para os filhos. Ela disse que os cachorrinhos pegam as migalhas que caem debaixo da mesa de seus donos. Aqui ela reconhece Jesus como Senhor! (Mt 15.27). Ela o adorou, foi humilde e Jesus disse: “Grande é a tua fé! Faça-te contigo como queres” (Mt 15.28).

3. Susanna Wesley, mãe de Carlos e João Wesley

Susanna era a caçula dos 25 irmãos. Era esposa do pastor anglicano  Samuel Wesley. Seu esposo esteve preso por  causa de dívidas e ela teve que lutar sozinha em casa. Mas na ausência do marido abriu cultos com cerca de 200 pessoas.Ela teve 19 filhos. Nove de seus filhos morreram quando bebês. Quatro das crianças que morreram eram gêmeos. Uma empregada acidentalmente sufocou um filho. Ela entendia o compromisso da maternidade como a responsabilidade de educar e formar homens e mulheres de Deus. Era a responsável pela alfabetização e evangelização dos próprios filhos.[16]. O ensinamento de Carlos e João Wesley os fez ser capacitados e usados pro Deus para transformar a Inglaterra.

Algumas dicas dos seus ensinamentos:

1. Seus filhos eram ensinados sobre a importância da confissão. Quando eles faziam algo errado e confessavam completamente, ela não os punia, mas os louvava por sua honestidade; 2. Ela sempre recompensava a obediência; 3. Quando era necessário disciplinar seus filhos, ela era moderada e gentil, mas muito consistente. Ela nunca permitia ser manipulada por seus choros;

4. Barulho nunca era permitido em sua casa; 5.Respeito pelos outros era uma obrigação. A nenhuma das crianças era permitida invadir a propriedade de um irmão ou irmã por mais insignificante que fosse. Um centavo ou vinte e cinco centavos não podiam ser tocados se eles pertencessem a outrem; 6. Conversas semanais eram realizadas com cada filho, e ela os tratava de acordo com seus temperamentos individuais (Susanna gastava duas horas ininterruptas todas as noites de quinta-feira com John Wesley); 7.Exercícios religiosos eram dados às crianças cedo e a noite. Todos eram ensinados a orar em alta voz, e a oração do Pai Nosso era repetida cada manhã e noite; 8. As crianças liam alto as Escrituras todas as noites. Os irmãos mais velhos liam para os mais jovens, e boa parte da noite era ocupada com cânticos de louvor; 9. Orações com toda a família eram realizadas todas as manhãs.[17]

São exemplos de que podemos também fazer o melhor para nossos filhos.   


Entre a tribulação e a glória de Deus

 

Estudo 17 – Texto Base: 2Co 4.7-15

Vivemos tempos de desemprego, doenças, mudança de clima que geram fragilidades e impacto em muitas pessoas. São situações que atingem a todos, mesmo os mais fervorosos. Às vezes, vemos alguns líderes doentes ou passando por lutas. Paulo estava passando por essa situação e muitos na igreja não entendiam isso. Como pode um homem de Deus passar por tribulações e doenças?  (2Co 2.4).

Como pode um ministro de Deus ter tantas lutas?

Paulo procura mostrar que não somos super homens e nem mulheres maravilhas. Nem temos a força física de Sansão nem de um leão.

Nossa fragilidade e o poder de Deus – v.7

Paulo faz uma comparação da nossa vida com o vaso de barro, que é frágil. Muitos tesouros eram guardados em vasos, em jarros. Ele explica que somos esse vaso frágil para que reconheçamos que o poder é de Deus. Somos limitados. Forte é Deus.

Temos um tesouro, mas o recipiente, o nosso corpo, é frágil. Isso é importante para não nos orgulharmos e sempre dependermos de Deus. Deus nos usa no ministério que nos deu para anunciarmos o Evangelho, que é um tesouro.

Mas também nosso sofrimento tem limite:

Somos atingidos pelas aflições, mas não somos derrotados – v.8-9

Somos atribulados  - mas não angustiados;

Ficamos perplexos – mas não desanimados.

Policarpo de Esmirna, que viveu entre os anos 69-150 dc., foi um bispo cristão em tempo de perseguição do imperador que queria que todos adorassem a César. Apesar de tudo isso, Policarpo não esmoreceu. Foi queimado vivo e serviu de exemplo para todos os cristãos que continuaram pregando o Evangelho. Ele dizia que não poderia negar o Senhor Jesus que há oitenta anos servia.

Somos perseguidos – mas não desamparados por Deus

Nas perseguições, Deus cuida de nós. Um exemplo é o profeta Elias, que estava desgastado emocionalmente, mas foi levado pelo anjo para o monte para ser restaurado por Deus.

Somos até abatidos, jogados ao chão – mas não somos destruídos.

Nosso corpo se desgastará, mas nosso espírito se renovará – v.16

Paulo não desanimava porque sabia que Deus age em nossas fraquezas – Ele disse: “Quando sou fraco é que sou forte” (2Co 12.10). Nosso corpo passa por processo de envelhecimento ou desgaste com doenças e aflições, mas dentro de nós o espírito permanece cada vez mais renovado.

Nosso corpo ficará na terra um dia, mas nosso espírito voltará para Deus.

A tribulação produzirá um bem – um grande peso de glória – v.17

Na tribulação poderemos sentir muito mais o poder de Deus pela dependência que passamos a ter dele. Chega a ser um peso porque é tesouro...

Muitos não resistem ao poder de Deus. Wesley relata algo que aconteceu em 1º de janeiro de 1739: “Às três da manhã aproximadamente, enquanto continuávamos em oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, a ponto de muitos clamarem por júbilo e outros tantos caírem no chão. Tão logo nos recobramos um pouco desse temor e surpresa com a presença de Sua Majestade, falamos todos juntos: Te louvamos, ó Deus, reconhecemos que Tu És o Senhor.”[18]

Essa tribulação não será além de nossas forças. Ela será leve e passageira.

Por fim, devemos olhar não para as coisas que passam, mas olhar para aquilo que é eterno – v.18. 

 


O poder concedido no Pentecostes

 

Estudo 18 - Texto Base: Lc 24.49

A Igreja evangélica coreana cresceu num solo regado pelo sangue dos mártires.[19] Milhares de crentes foram castigados até a morte, com requintes de crueldade, na época da ocupação japonesa. Centenas de pastores foram decapitados às margens do rio Ran. Mais tarde, na terrível guerra contra a Coréia do Norte, outras centenas de crentes morreram por sua fidelidade a Cristo. Na Coreia do Sul há um Museu de Mártires com uma enorme sala com quadros emoldurados com as fotografias de centenas de mártires. Em cada quadro havia um breve histórico com o relato da vida, das obras, do ministério e sobretudo da maneira cruel com que cada pessoa foi torturada e morta pela sua fé.

O cristianismo na Coreia do Sul passou por um grande avivamento.

Geração do oba oba

Enquanto muitos cristãos morrem por seu testemunho em países mulçumanos, em terras de liberdade e libertinagem, muitos crentes são dominados pela corrupção, prazeres, sexo, bebidas etc.

Alguém disse: “Essa geração mimada. Essa geração que não aceita repreensão. Não aceita correção. Ela quer oba oba, ela quer milagre, ela quer pentecoste, ela quer rolar, ela ora em línguas, ela quer profecia, ela não quer ser mártir por cristo!”.

Paulo chamou sua geração de corrompida e perversa (Fp 2.15). Mas o apóstolo convoca os cristãos a serem diferentes: “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2.15).

Jesus disse sobre a geração de sua época: “Ó geração incrédula e perversa” (Lc 9.41). Disse mais: “Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado” (Mt 16.4). Nenhum sinal será dado. Por isso, Deus tem se afastado hoje e falta verdadeiro poder do Espírito Santo em muitas igreja e pessoas.

A geração de discípulos de Jesus pagou um preço e estava pronta para sofrer, ser presa e até morrer por Ele, por isso Deus enviou a promessa do Espírito Santo que fez toda a diferença: Eles ficaram cheios do Espírito Santo no Pentecostes e foram capacitados para viver e anunciar o Evangelho.

O poder que receberam foi amplo. Dentre eles, estão:

1.    O poder sobrenatural de falar nas línguas de outros povos para lhes pregar o Evangelho (Atos 2.8);

2.    O poder da autoridade moral e espiritual. Pedro pregou com ousadia para os judeus (Atos 2.14);

3.    O poder de ministrar a Palavra fixando impressões salvadoras na mente dos ouvintes com grandes frutos (Atos 2.41);

Em Atos 2.38 diz que os judeus ficaram compungidos quando Pedro lhes pregou a Palavra. Eles ficaram comovidos, sensibilizados, afligidos.

4.    O poder de perseverar para viver uma vida santa (Atos 2.42) e isso incluía uma vida de submissão aos apóstolos, prática e fidelidade à doutrina ensinada, vida de oração, vida de comunhão com o povo de Deus.

5.    O poder da fé para curar. Pedro disse que não tinha dinheiro para esmola, mas tinha o poder de curar em nome de Jesus (Atos 3.6, 16);

6.    O poder da coragem para testemunhar em meio às adversidades (Atos 4.31,33).

Pedro e João haviam acabado de sair da prisão e foram ameaçados, se pregassem de novo a Palavra. Mas eles não pararam.

7.    O poder de viver unido como Corpo de Cristo (Atos 4.32). Isso só foi possível porque o EU foi crucificado e eles se tornaram servos e servas uns dos outros.

8.    O poder de uma vida de abnegação e de amor para repartir e suprir as necessidades de cada um (Atos 4.33-34).

Precisamos novamente desse poder em nossas vidas.


Encorajamento que nos faz vencedores

 

Estudo 19 – Texto Base: Hb 10.32-36

Muitas pessoas desistem logo no início ou no meio do caminho por falta de força, animo e coragem. É assim fazendo um curso ou com um sonho, um trabalho etc.

Muitos precisam de um encorajamento para continuar. Encorajamento significa estimulo, incentivo que gera animo, coragem.

O autor de Hebreus encorajou pela palavra: “Lembrai-vos, porém, dos dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate de aflições” (Hb 10.32).

Jesus encorajou Paulo pela palavra: “Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo porque deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23. 11). O encorajamento que o cristão deve ter é para enfrentar grandes adversidades e para alcançar grandes objetivos. Alguns são tão fracos que precisam ser encorajados apenas para levantar cedo da cama para ir trabalhar ou para fazer um curso.

O encorajamento ideal deve vir também acompanhado do revestimento do alto

A Bíblia diz: “depois de Iluminados sustentastes”. A palavra “sustentastes” está relacionada ao sustento: “sustentastes grandes lutas e sofrimento” (Hb 10.32).

Significa que está sendo alimentado, nutrido para se manter vivo no sonho, na luta. Esse é um encorajamento perfeito: pela palavra de animo e pelo revestimento.

As palavras coragem, encorajamento e cordial vem do latim cor. Cordialidade é a manifestação do amor, carinho, respeito e boa vontade.O encorajamento e a cordialidade devem andar juntos. O encorajamento deve ser com amor, com cordialidade.

Richard I, rei da Inglaterra de 1189 a 1199, era admirado pela coragem. Cantando os seus feitos, os poetas da época o chamavam de “Richard, Coração de Leão”. Ele desafiava os soldados com amor.

Ele era corajoso e amoroso – Coração de Leão. Aos dezesseis anos, Ricardo comandou seu próprio exército, acabando com rebeliões contra seu pai.

Virtudes que sustentam nas adversidades:

O encorajado deve ter uma estrutura adequada para suportar grandes lutas e desafios. Se ele tiver um alicerce forte resistirá. O autor de Hebreus fala de algumas virtudes necessárias:

Abnegação: “Em parte fostes feitos espetáculo com vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim foram tratados. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com alegria permitistes o roubo dos vossos bens” (Hb 10.33-34).

Foco nos reais valores do Reino: “(...) sabendo que em vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente” (Hb 10.34).

Confiança: “Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande galardão” (Hb 10.35).

Perseverança: “Porque necessitais de perseverança (...)” (Hb 10.36).

Fazer a vontade de Deus

(...) “para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa” (Hb 10.36). Aqueles que perseveram alcança a promessa de Deus, realiza seus sonhos.

 Você tem recebido o encorajamento para superar as adversidades e ir em frente? Você tem adquirido as virtudes para ser um sustento em suas lutas e sonhos? 

 


Chamados a ter bom senso

 

Estudo 20 – Texto Base: 1Tm 1.18-20

Na primeira epistola a Timóteo, Paulo fala sobre diversas pessoas que naufragaram na fé e orienta como proceder para nos manter firmes. Em sua epístola Paulo aborda sobre o bom senso, a boa consciência. O bom senso hoje é raro. Existe muita insensatez.

Bom senso vem do Latim SENSUM, “percepção, sentimento, significado”, de SENTIRE, “perceber, sentir, saber”. [20] A palavra “senso” é definida como “juízo”, “entendimento” e “sabedoria prática ou critério”.[21] 

O livro de Provérbios fala do valor do bom senso: “O bom senso te guardará, e a plena inteligência te protegerá” (Pv  2.11).

Na epistola de 1º Timóteo Paulo fala do bom senso para nos mantermos firmes na fé:

1.    Devemos ter bom senso de só fazer o que promove o serviço de Deus

 

Paulo fala para Timóteo exortar para que deixem de lado fábulas e mitos que promovem discussões em vez de promoverem a obra de Deus (1Tm 1.3-5).

Por causa disso, alguns se desviaram da fé perdendo-se em loquacidade frívola (1Tm 1.6). “Loquacidade é a facilidade ou aptidão para discursos, eloquência, e frívolo significa inconsistente, inútil, superficial, fútil, leviano”.[22]

 

2.    Devemos manter a fé e a boa consciência

Paulo diz para Timóteo fazer exortação para ser mantida a fé e a boa consciência, pois alguns rejeitaram a boa consciência e vieram a naufragar na fé (1Tm 1.18-20).

Na Bíblia, a palavra grega para “consciência” significa literalmente “conhecimento consigo mesmo”.[23] Paulo diz que fala palavras de verdade e bom senso (At 26.25).

Diz ainda: “Homens irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência” (Atos 23.1).

3. A mulher deve ter bom senso no uso das vestes

Deve usar traje decente, se ataviem com modéstia, não usar outro ou pérolas e vestidos dispendioso (1Tm 2.9); deve realizar boas obras (1Tm 2.10);  ser uma mãe com fé, amor e santificação com bom senso (1Tm 2.15). 

4. Devemos ter bom senso no uso do dinheiro

Evitar a cobiça, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (1Tm 6.9-10). Timóteo deve fugir dessas coisas e seguir a justiça, a piedade, a fé e o amor, a constância, a mansidão (1Tm 6.11).

O livro de Provérbios afirma: "O homem de bom senso economiza e tem sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu dinheiro assim que o recebe" (Pv 21.20).

5. Os ricos devem ter bom senso e não depositar a esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus (1Tm 6.17)

evem praticar o bem, serem ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir (1Tm 6.18-19). O livro de Provérbios afirma: "Não esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso!” (Pv 23.4-5).

6.Devemos ter o bom senso e o guardar o tesouro de Deus em nós

Timóteo deve ter o bom senso e guardar o tesouro a ele confiado e evitar falatórios inúteis. Alguns se desviaram da fé por causa disso (1Tm 6.20-21). A insensatez "(...) Aos que não têm bom senso ela diz: "A água roubada é doce, e o pão que se come escondido é saboroso!"(Pv 9.16-17).

Somos chamados a andar com boa consciência. Paulo disse: “Varões irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa consciência” (Atos 23.1).

 


Níveis de intimidade com Jesus

 

Estudo 21 – Texto Base: Ef 3.14-17

Como cristãos temos diferentes níveis de comunhão e intimidade com Jesus. Na Bíblia aprendemos sobre esse nível de intimidade.

Os discípulos eram os seguidores e aprendiam com Jesus. Mas havia outros mais próximos: “E nomeou doze para que estivessem com ele” (Mc 3.14). Em todas as partes, eles estavam com Jesus. Neste nível, os discípulos andam sempre lado a lado com Jesus.

Podemos ser amigos de Jesus

Primeiro é preciso ser servo para depois ser amigo de Jesus: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (João 15.14-15). Nesse nível, a intimidade e a confiança são maiores. Jesus compartilha coisas dos céus. Ele dá a conhecer coisas que Ele ouviu do Pai. É a revelação.

Podemos estar afastados da comunhão com Jesus

A Igreja de Laodiceia não agradava ao Senhor. Era uma igreja sem comunhão e sem vida: “... porque és morno e nem és quente nem frio...” (Ap 3.16). Jesus estava a ponto de vomitá-lo da minha boca (Ap 3.16). A Igreja era arrogante, pois dizia “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (Ap 3.17) e não reconhecia, “porém, que é miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu”(Apocalipse 3.17). Neste nível, não há comunhão. Jesus está do lado de fora, mas espera com Sua graça para os abençoar: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3.20).

Para Jesus habitar no coração

O coração é a sede do intelecto, da mente, desejos, sentimentos. É de onde saem os desejos e pensamentos maus (Mc 7.21). Ele é enganoso. Por isso, Paulo fala da circuncisão do coração (Rm 2.29). É preciso ser purificado. O coração é o lugar onde Jesus precisa habitar: “Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor” (Ef 3.14-17).

“Para que Cristo possa habitar em nosso coração, para que possa dominar os nossos pensamentos, nossos sentimentos, nossas intenções, temos que ser primeiro fortes no homem interior, e esse homem interior se refere ao espírito, que é a parte mais interior do nosso ser”.[24] 

A Bíblia fala em homem interior do coração (1Pedro  3.4).

Se estivermos com o coração limpo, Jesus habitará nele. O homem interior é o habitat do Espírito Santo. É de onde jorram rios de águas vivas (João 7.38). Por isso, o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.5). O amor vem do homem interior para o coração. Um coração alicerçado em amor criará um ambiente para Jesus habitar (Ef 3.17). Habitar aqui significa alojar-se, residir, habitar permanentemente.

Cristo vive em nós

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20). Veja que o “eu” (vontade, desejos) de Paulo estava crucificado, por isso a carne não tinha espaço e assim Jesus reinava plenamente em sua vida.

É ter a mente de Cristo! Ter a mente de Cristo é ter a plenitude de Deus. 


Eliminando emoções negativas para ter vida em abundância

 

Estudo 22 – Texto Base: Gn 25.27-34

“Por causa da minha falta de juízo, tenho feridas que cheiram male apodrecem. Estou muito abatido e encurvado e choro o dia todo. Estou muito doente, queimando de febre. Sinto-me profundamente abatido e desanimado; o meu coração está aflito, e eu fico gemendo de dor” (Salmo 38.5-8).

Os sentimentos e emoções que temos afetam grandemente nosso corpo e a nossa mente e podem nos levar à morte. Precisamos aprender a lidar com os sentimentos negativos para termos vida em abundância.

A Bíblia nos dá várias orientações dentre elas, estão:

1.    É possível eliminar o ressentimento e a amargura pelo perdão

“Livrem-se de toda amargura (…) perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios 4.31-32).

“(...) o ressentimento é o resultado do que outras pessoas fazem contra mim. Eu sinto culpa pelo que faço contra as pessoas, mas eu fico ressentido por causa do que elas fazem contra mim (...) o modo como tratamos o ressentimento determina se cresceremos ou encolheremos. Eu posso escolher se a situação vai me devastar ou se vai me dar uma nova direção; se me ajudará a prosseguir ou a retroceder; refinar ou estagnar”.[25]

Toda vez que recordamos do fato que nos feriu, ficamos ressentidos e somos magoados e amargurados novamente. O livro de Jó diz: “Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta de juízo que leva à morte” (Jó 5.2, NTLH).

2.    É necessário eliminar a culpa para termos uma vida saudável

“Culpa’ é o termo que usamos para os sentimentos negativos que repetidamente sentimos quando cometemos um erro que consideramos grave, ou quando fazemos algo que gostaríamos de não fazer ou de não ter que fazer”..[26]

Alguém disse que “Nada pode destruir a alma mais rapidamente do que a culpa”.[27] É um mecanismo de autodestruição.

Davi disse: “As minhas culpas me afogam; são como um fardo pesado e insuportável. Estou encurvado e muitíssimo abatido; o dia todo saio vagueando e pranteando” (Salmo 38.4 e 6). Não adianta fingir que nada aconteceu e nem racionalizar dizendo que todo mundo faz a mesma coisa. Se errarmos, temos que pedir perdão a Deus através de Jesus e a paz de Deus inundará nossos corações. A culpa nos faz ter baixa alta estima e nos torna depressivos. A vida fica negativa. Jesus disse: "Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas” (Mateus 6.22-23).

      3. É necessário eliminar a raiva e a ira para possuir a terra

A raiva é um mecanismo usado para tentar se auto preservar, mas ela acaba destruindo. A pessoa agride porque se sente ameaçada. Muitos explodem e perdem coisas preciosas por causa da explosão de raiva. Só que precisamos agir com mansidão e ter uma atitude equilibrada.

Muitas pessoas têm agido com violência chegando a matar por se sentirem agredidas ou rejeitadas. Muito comum é reagir ao Bullying, que significa “valentão!”. “O Bullying é um termo utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e angústia (...)”.[28]

Dizem que a frustração, medo, dúvida e a culpa produzem a raiva. “Quem se libertar destas quatro emoções negativas dominará o mundo”.[29] É preciso conhecer os motivos da raiva e procurar dominá-la. É preciso perdoar e colocar sua raiva na cruz de Cristo.

O Espírito Santo é o melhor remédio para a cura. Ele traz domínio próprio.

 


Um cachorro morto na mesa do rei

 

Estudo 23 – Texto Base: 2 Samuel  9.1-12

Davi havia prometido a seu amigo Jonatas, filho do rei Saul, que ele trataria com bondade os seus descendes (1Sm 20.14-17).

Anos depois que Jonatas e Saul haviam morrido, certo dia Davi perguntou: “- Será que alguma pessoa da família de Saul ainda está viva? Se está, eu  quero fazer alguma coisa boa para essa pessoa, por causa de Jonatas” (2Sm 9.1).

O rei tem um coração fiel e abençoador

Davi fez novamente esta pergunta a Ziba, um empregado da família de Saul.

A resposta de Ziba foi que havia um filho de Jonatas, que era aleijado (2Sm 9.3).

O rei que abençoa até mesmo os aleijados

E Davi quis saber onde ele estava e mandou buscá-lo (2Sm 9.4-5).

Era Mefibosete, que significa “vergonha”. Ele se ajoelhou diante de Davi e depois disse ao Rei, respondendo: “As suas ordens, senhor”.

Davi disse para ele não temer e deixou claro que seria bondoso com ele por causa da promessa feita a Jonatas (2Sm 9.7).

O rei bondoso que eleva um cachorro morto à dignidade

Duas coisas Davi prometeu a Mefibosete: restituir as terra que era do seu avô, Saul, e convidá-lo para estar sempre à mesa do rei (2Sm 9.7).

Mefibosete não se considerava digno: “Eu não valho mais do que um cachorro morto (2Sm 9.8).

O cachorro morto passa a ser acolhido com um filho do rei

Mefibosete havia perdido o pai (Jonatas), avo (Saul) numa batalha e, para piorar, uma criada ao tentar salvá-lo apressadamente o deixou cair ficando ele aleijado:

“E Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado de ambos os pés; era da idade de cinco anos quando as novas de Saul e Jônatas vieram de Jezreel, e sua ama o tomou, e fugiu; e sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo; e o seu nome era Mefibosete” ( 2 Samuel  4. 4).

Mas Davi restituiu a sua posição na família real:

“Quanto a Mefibosete, disse o rei, comerá à minha mesa como um dos filhos do rei” (2 Samuel 9.11). “Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e era coxo de ambos os pés” (2 Samuel 9.13).

Jesus, o rei que restaura nossa dignidade

Davi foi um protótipo de Jesus, mas Jesus foi muito mais além.

Jesus foi o Rei humilde, que andou no jumentinho;

Jesus foi o Rei amoroso que chamou pescadores para sentar à sua mesa;

Jesus foi o Rei que tocou em leprosos, cegos e aleijados para os curar;

Jesus foi o Rei que chamou os pecadores ao arrependimento para elevá-los a condição de filhos de Deus.

Jesus é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores.  


O cristão vitorioso que agrada a Deus

 

Estudo 24 – Texto Base: Romanos 12.10-12 – Lição 1

Todos querem agradar a Deus e fazer a Sua vontade. Quem agrada a Deus consequentemente é um vitorioso.

Como podemos agradar a Deus?

1. Amando dedicadamente uns aos outros com amor fraternal

“Amor fraternal é um sentimento de carinho muito forte, de dedicação, de interesse pela figura do outro, gerando sentimentos positivos e construtivos, podendo até em certos momentos, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo”.[30]

2. Preferindo dar honra a outras pessoas, mais do que a si próprios 

Acho que ele “adiciona” mais um “ingrediente” a este ensinamento quando diz: “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3).[31]

Honra não é para quem precisa, pois quem precisa deve receber ajuda. Honra é para quem merece.

Mais à frente, Paulo amplia esse ensinamento: “Dai a cada um o que lhe é devido: se imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra” (Rm 13.7).

3. Não sejais (remissos) descuidados do zelo

A palavra “remisso” deriva do grego e significa:

- que tarda em fazer ou dizer alguma coisa.

 - que demonstra negligência; descuidado.[32]

A palavra “zelo” quer dizer dedicação ardente, paixão, cuidado, interesse.[33]

A expressão grega para zelo é “σπουδη” -“spoude”, que significa, “diligência, ou empenhar-se por algo, fazer com toda diligência, interessar-se com muita seriedade (...)”.[34]

  Na parábola dos talentos, em Mateus 25.14-30, Jesus chamou de “negligente” (v. 26) aquele que aplicou mal o dinheiro do patrão. A palavra usada por Jesus é a mesma que Paulo usou para “remisso” “οκνερος” – “okneros”.[35]

4. Sede fervorosos no espírito

No dicionário, fervor significa “estado daquilo que ferve, ardor, grande desejo”. Outros significados do dicionário para esta palavra são “grande desejo, devoção ardente, grande dedicação.[36]

A palavra grega para fervoroso é zeo, que significa “ferver como líquido.[37] 

Jonas disse para os ninivitas: “Que cada pessoa ore a Deus com fervor e abandone os seus maus caminhos e as suas maldades!” (Jonas 3.8). Outra tradução diz: “e clamem fortemente a Deus”. 


O cristão vitorioso que agrada a Deus

 

Estudo 25 – Texto Base: Romanos 12.10-12 – Lição 2

Vimos na lição anterior que todos querem agradar a Deus e fazer a Sua vontade. Quem agrada a Deus consequentemente é um vitorioso.

Vimos também algumas práticas que agradam ao Senhor. Vamos ver mais algumas:

1.    Servir ao Senhor  

Jesus era Servo e nos ensinou a sermos servos. Para Jesus, maior é o que serve: “Não será assim entre vós. Ao contrário, quem desejar ser importante entre vós será esse o que deva servir aos demais” (Mt 20.26).

Paulo nos chama a servir ao Senhor. Ele deu o exemplo:

Servi ao Senhor com toda a humildade e com lágrimas, sendo impiedosamente provado pelas ciladas dos judeus. Sabeis igualmente, que jamais deixei de vos pregar nada que fosse proveitoso, mas vos ensinei tudo em público e de casa em casa” (Atos 20.19-20).

  1. Alegrar-se na esperança 

- Esperança é um "sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja; confiança em coisa boa; fé;

- "e. de uma vida melhor".

É a segunda das três virtudes ao lado da fé e do amor [Representa-se por uma âncora.].[38]

O termo grego Elpis para esperança é usado por Paulo em I Tessalonicenses 1.3:

"Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai’. Aqui, no idioma grego, se refere a “permanecer confiante em uma promessa”.[39]

Esperança significa que temos fé que algo vai acontecer. Nosso espírito deve seguir os mesmos passos da esperança: alegrar-nos. A alegria é a força que vai nos dar ânimo para esperar, se a benção demorar.

3.    Ser paciente na tribulação

Ludmila Ferber diz num cântico: “(…) em tempos de guerra nunca pare de lutar”.

O termo "paciente" é um verbo grego "makrothumeo" que é composto das palavras "makros" que significa “longe” e "thumos" que significa "raiva", "ira". Em outras palavras, "makrothumeo" significa "afastar-se antes que você fique irado.1" e é o oposto de “temperamento curto". "Makrothumeo" tem mais o significado de ser paciente com as pessoas do que ser paciente com as situações, pois ser paciente com as situações há outra palavra em grego que será usada mais tarde na mesma passagem de 1 Coríntios. O amor não se irrita com as pessoas facilmente, não perde a têmpera, mas permanece paciente.[40]

4. Perseverar na oração 

É uma capacidade de aguentar. O verbo grego para “perseverar” significa “permanecer ou ficar embaixo”. Ocorre 17 vezes na Bíblia.

No grego “hupomeno”, significa permanecer, não retirar-se ou fugir, preservar sua fé mesmo que sob provações e sofrimento, aguentar bravamente e manter-se firme.[41]

No sentido bíblico, perseverança envolve firmeza, manter a atitude mental correta e não perder a esperança ao enfrentar provações.[42] Para perseverar precisamos recorrer ao Deus ‘que confere poder’ (Filipenses 4.13).

 


O galardão do cristão fiel

 

Estudo 26 – Texto Base: Mateus 10.41

A palavra galardão vem do grego "misthós" e significa salário, recompensa.

 

O Novo Testamento fala de galardões reservados para o cristão. São recompensas ou prêmios.

O Galardão depende totalmente do crente

“A vida eterna é alcançada pela graça por meio da fé. Porém, o galardão vem como conseqüência das obras realizadas depois da fé. Todos os que crêem estão participando de uma corrida e são comparados a um atleta que luta, um guerreiro que batalha, um lavrador que semeia, um pedreiro que edifica (1Co 9:24-27; 2Tm 2:3-6; 1Co 3:9-11)”.[43]

-Paulo disse que “Se o que alguém construiu permanecer, esse receberá recompensa” (1Co 3.14).

-Um copo de água fria dado a um discípulo só pelo fato de este pertencer a Cristo será motivo de galardão (Marcos 9.41);

-O Senhor voltará e dará o galardão para cada um segundo as suas obras (Apocalipse 22.12).

Galardão é um merecimento

“O Galardão é merecido; é o salário pelo serviço prestado, recebido pelas obras através do labor e sacrifício. No Galardão o menor serviço é lembrado (...)”.[44] 

 “Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.6).

Wesley disse: “Quando o Filho do homem vier na sua gloria e conceder a todos a sua recompensa, esta será indubitavelmente proporcional 1) à nossa santidade interior, à nossa semelhança a Deus; 2) às nossas obras; 3) aos nossos sofrimentos.[45]

Salvação e galardão

O Galardão é oferecido aos justos; a Graça é oferecida aos perdidos.[46] 

A salvação é pela graça. O galardão é prêmio ao serviço do crente pelo Reino de Deus. Fazer o comum não dá direito ao galardão: “Se amardes os que vos amam, que galardão tereis?” (Mt 5.46).

Jesus indica que existem níveis de galardão

"Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós" (Mateus 5.12).

“Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo.” (Mateus 10.41). 

“Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho” (1 Coríntios 3.8).

Todos nós iremos um dia ao tribunal de Cristo, "para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito" (2Coríntios 5.10).

“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Apocalipse 22.12). 


Operários de Deus para a reconstrução

 

Estudo 27 – Texto Base: Efésios 3.13

Após cinco anos da passagem do furacão Katrina em Nova Orleans, 2005, a cidade ainda estava em reconstrução. Cerca de 200 mil casas ficaram debaixo d'água,  mais de 1 milhão de pessoas tiveram que migrar para outros lugares. Calcula-se que mais de 1.800 pessoas tenham morrido.[47]

Reconstruir não é fácil. Neemias foi despertado para reconstruir os muros de Jerusalém e teve muita oposição, mas conseguiu. Levou 52 dias.

Reconstruir muros é mais fácil do que reconstruir caráter. É preciso boa vontade, perseverança, querer, paciência, amor etc. É possível reconstruir asas de borboletas que foram danificadas. É possível colocar uma prótese e um joelho funcionar. É possível também reconstruir vidas. Jesus veio para os doentes e aos que precisam. Ele disse que veio para que tivéssemos vida em abundância.

Entenda esse processo de reconstrução:

1.    Fomos criados à imagem de Deus (Gn 1.27)

Com capacidade de amar, raciocinar, senso moral, liberdade, desenvolver etc. Essa imagem foi parcialmente desconstruída em nós. O diabo veio como um leão, levou ao pecado e como um tsunami nos atingiu e jogou a construção de Deus no chão. Seu propósito é destruir a imagem de Deus no ser humano, família e Igreja.

2.    O arquiteto da desconstrução

O diabo é o arquiteto da desconstrução da imagem de Deus em nós.Foi ele quem levou Adão e Eva a desobedecerem, terem medo e a fugirem de Deus. Foi ele quem jogou um contra o outro. Ele conseguiu tirar o casal do Jardim do Éden e hoje quer nos tirar do Reino de Deus.

Ele usa o próprio ser humano para desconstruir essa imagem. Quando rejeitamos, criticamos e desmerecemos às pessoas prejudicamos sua imagem e jogamos no chão a imagem de Deus.

De que lado você está? Você é um demolidor ou reconstrutor?

O diabo usa seus demônios e todos os meios possíveis, especialmente a Mídia.Usa as drogas, as bebidas, as guerras, as agressões, as injustiças para destruir a imagem de Deus no ser humano. O diabo detesta a imagem de Deus.

3.    Jesus veio para reconstruir essa imagem de Deus em nós

Ele veio destruir as obras do diabo: “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1 João 3.8). Seu sangue na cruz pagou um alto preço e nos purifica do pecado. O Espírito Santo foi enviado para trabalhar no processo de reconstrução. O Novo nascimento dá inicio a esse processo de reconstrução. A santificação é o processo de reconstrução da imagem de Deus em nós.

4.    Deus chamou operários para essa obra de reconstrução

Somos esses operários: evangelistas, pastores, discipuladores, intercessores, visitadores etc.

- O propósito é aperfeiçoar os que nasceram de novo (os santos) – Ef 4.11;

- E tornar o Corpo de Cristo edificado, construído - (Ef 4.12). O diabo quer desconstruir a imagem da Igreja. Como ministros, devemos edificá-la, como povo de Deus devemos manter a sua unidade.

- O propósito final da reconstrução é ter o pleno conhecimento do Filho de Deus. Até nossa imagem ser igual a de Cristo (Ef 4.13).

 “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18).

 É preciso querer ser tratado pelos ministros, pela graça de Deus e Espírito Santo. Assim seremos transformados de “glória em glória” (2Co 3.18).

 


Nós podemos também ser iguais a Estevão

 

Estudo 28 – Texto Base: Atos 6.3

Charles Pamla, um jovem da África do Sul, estudava a Bíblia enquanto cuidava das ovelhas e pregava para as árvores. Ele buscou a inteira santificação e conseguiu em 1866 e se tornou um pregador cheio do Espírito Santo com mais de 25 mil conversões. Nós podemos ir além. Jesus disse que outras coisas maiores nós iremos fazer.

Podemos porque é um propósito do Senhor pra seus filhos e filhas. Podemos por causa da fé que temos e do Espírito Santo que habita em nós.

A história de Estevão é poderosa e mostra que podemos fazer o mesmo.

1. Ele serviu às mesas

Nós podemos também. Estevão era simples, humilde. O seu coração estava pronto para servir. Servir às mesas era um importante negócio: “E os doze, convocando a multidão dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio” (Atos 6.2-3).

2. Estevão era cheio do Espírito Santo.

Nós podemos também. Ele era cheio do Espírito; E elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo (Atos 6.5).

Você pode também. Paulo disse em Efesios 5.18: “Enchei-vos do Espírito”.

3. Estevão era instrumento do poder e graça de Deus

Nós podemos também. “E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. (At 6.8).  Podemos fazer grandes sinais em meio ao povo.

John Abner Snell nasceu em uma família muito zelosa espiritualmente. Aos 11 anos ele aceitou a Jesus e aos 14 anos decidiu dedicar sua vida a Obra de Cristo. Ele se preparou e foi como médico missionário para a China. Os chineses consideravam ele como fazedor de milagres.

4. Estevão tinha a mente de Cristo e era cheio de sabedoria

Nós podemos também. Ele tinha a mente de Cristo, uma sabedoria que derrotava a todos adversários. Diversos homens discutiam com Estêvão, mas não podiam fazer frente "à sabedoria e ao espírito com que falava" (Atos 6.9-10).

5. A glória de Deus resplandecia em Estevão

Nós podemos também resplandecer a glória de Deus. A glória de Deus resplandecia em sua vida (At 6.15): “Então, todos os que estavam assentados no Sinédrio, ao fixarem seus olhos em Estevão, viram que seu rosto parecia como o rosto de um anjo”.

6. Estevão tinha autoridade e coragem para testemunhar em meio à oposição (At 7.51).  

Nós podemos também. Estevão pregou com ousadia e disse: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais?” (At 7.51-52).

7. Mesmo em meio ao ódio, Estevão via a presença de Deus (At 7.55).

Sim, nós podemos. “E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus” (At 7.54-56).

8. Estevão perdoou os que o apedrejaram

Nós podemos também. Seu coração cheio de amor estava pronto para perdoar: “E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (At 7.60). É possível, sim, perdoar como Estevão perdoou.  


Os propósitos e o governo de Deus em meio às crises e lutas

 

Estudo 29 – Texto Base: Jr 25.1-14 – Lição 1

O profeta Jeremias exortou os habitantes de Jerusalém a abandonarem sua idolatria e apostasia. Ele via um cativeiro de setenta anos no horizonte (Jr 25.1-14) e viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultariam na destruição de Jerusalém e do templo.[48]

A corrupção era tanta que Deus não teve alternativa senão corrigi-la permitindo o cativeiro na Babilônia. No terceiro ano de Jeoaquim (reinou de 608 a 597 a.C.) como rei de Judá, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, atacou Jerusalém e os seus soldados cercaram e conquistaram a cidade (597 a.C.).[49]

Muitos foram levados cativos para a Babilônia, inclusive o rei (Jr. 22.24-30). No total foram levadas 4600 pessoas (Jr 52.28-30). Dentre eles quatro jovens tementes a Deus: Daniel ou Beltessazar, Hananias, Misael e Azarias. Eles foram levados cativos para trabalhar no palácio do rei, mas deveriam antes ser preparados durante três anos na cultura dos caldeus.

O povo levado cativo tinha saudades de sua terra (Salmo 137). Esses quatro jovens enfrentaram desafios, provas, perigos de morte, mas não se converteram aos deuses e cultura dos caldeus e foram usados por Deus. Eles estavam debaixo do governo do Senhor.

Nesta história aprendemos várias lições:

1.    Podemos ser levados cativos para o terreno do inimigo para dar testemunho

Daniel, Hananias, Misael e Azarias enfrentaram desafios, provas. Eles deixaram a  vida simples, a cultura e a religião de seu país para estar em terreno do inimigo, mas foram usados por Deus. Eles estavam debaixo do governo do Senhor (Dn 1.3-4).

2.    Podemos ser cativos de governos, mas podemos decidir não ser escravos do pecado

“E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar” (Daniel 1.8).

3.    Sob o governo de Deus, Ele intervirá na vida daquele que é justo para realizar seus grandes propósitos

A história de Daniel é semelhante à de José. Deus tocava no coração das pessoas para abençoar seus servos: “Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e misericórdia diante do chefe dos eunucos” (Daniel 1.9).

4.    Deus concede dons para capacitar seus servos para enfrentar as dificuldades

Semelhante a José, Deus concedeu o dom de entendimento em toda visão e sonhos: “Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos” (Daniel 1.17).

Daniel estava em terreno do inimigo, mas capacitado para enfrentar os desafios.

No próximo estudo concluiremos este tema.  


Os propósitos e o governo de Deus em meio às crises e lutas

 

Estudo 30 – Texto Base: Salmo 137 – Lição 2

Vimos na lição anterior que o povo de Deus foi levado cativo para a Babilônia e tinha saudades de sua terra (Salmo 137).

Daniel ou Beltessazar, Hananias, Misael e Azarias enfrentaram desafios, provas, perigos de morte, mas não se converteram aos deuses e cultura dos caldeus e foram usados por Deus. Eles estavam debaixo do governo do Senhor.

Vimos na lição anterior algumas várias lições retiradas de suas experiências. Vamos ver mais algumas:

1.    A confiança no governo de Deus nos faz enfrentar desafios

“E saiu o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a Daniel e aos seus companheiros, para que fossem mortos.Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar os sábios de babilônia. Respondeu, e disse a Arioque, capitão do rei: Por que se apressa tanto o decreto da parte do rei? Então Arioque explicou o caso a Daniel.E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que lhe pudesse dar a interpretação” (Daniel 2.13-16).

2.    Em meio aos perigos e desafios precisamos buscar a solução no governo de  Deus

“Então Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros; para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios da Babilônia” (Daniel 2.17-18).

3.    Toda solução para os grandes desafios devem ser creditadas ao governo do Senhor

Daniel reconheceu que todo poder vem de Deus: “Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu. Falou Daniel, dizendo: Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos” (Daniel 2.19-21).

 

4.    O grande propósito de Deus nos honrar é para que Ele seja reconhecido como Senhor

“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu; porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que andam na soberba” (Daniel 4.37).

5.    Aquele que é justo será honrado pelo Senhor

“Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador de toda a província de babilônia, como também o fez chefe dos governadores sobre todos os sábios de babilônia. E pediu Daniel ao rei, e constituiu ele sobre os negócios da província de babilônia a Sadraque, Mesaque e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Daniel 2.48-49).

Foi assim também com José que chegou a ser governador do Egito.

O propósito de Deus proteger e nos usar é para que o Seu nome seja glorificado.

 

 

 

 

 

 



[1] https://conselhobiblico.com/2012/07/25/fique-firme/

[2]http://sentircomaigreja.blogspot.com.br/2011/04/perseveranca-vital-para-os-cristaos.html

[3] http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102007048

[4] http://www.falandodecristo.com/verpregacao.asp?CD_PREGACAO=1512

[5] http://www.palavraprudente.com.br/estudos/carmo_r/miscelania/cap03.html

[6] http://www.cristoevida.com/?url=koinonia&codigo=34

[7] http://www.palavrasdoevangelho.com/ansiedade/

[8] http://acaminho-dosaber.blogspot.com.br/2012/12/ondas-de-amor-liquido.html

[9] https://www.instagram.com/p/BKhUfObgIeO/

[10] http://www.catequisar.com.br/texto/colunas/jeronimo/22.htm

[11]http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2011/09/compaixao-significado-na-biblia.html

[12]http://bibliotecabiblica.blogspot.com.br/2011/09/compaixao-significado-na-biblia.html

[13] http://www.mentesbereanas.org/conheceradeus.html

[14] Idem

[15] Idem

[16]http://www.institutojetro.com/artigos/lideranca-geral/o-ministerio-de-susannah-wesley.html

[17] https://www.revistaimpacto.com.br/biblioteca/susanna-wesley/

[18] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=261

[19] http://estudodemissoes.blogspot.com.br/2012/05/historia-dos-martires-da-igreja.html

[20] http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/siso/

[21] http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2005363

[22] https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061004155255AATQjyP

[23] http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102008061

[24] http://es.netlog.com/giv1/blog/blogid=1111594

[25]http://ismaelitanasc.blogspot.com.br/2011/03/como-jesus-lidava-com-as-emocoes.html

[26] http://www.escolapsicologia.com/como-lidar-com-o-sentimento-de-culpa/

[27]http://ismaelitanasc.blogspot.com.br/2011/03/como-jesus-lidava-com-as-emocoes.html

[28] https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=bulling

[29] http://www.divinaciencia.com/course/s/c/10-como-controlar-a-raiva

[30] http://www.significados.com.br/amor-fraternal/

[31] https://cindiangelo.wordpress.com/2013/04/02/preferir-o-outro-em-honra/

[32] https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=remisso+significa

[33] http://www.geracaojosue.com.br/mensagens/sede-fervorosos/

[34] http://blogmarcosserjo.blogspot.com.br/2011/05/trabalhe-com-entusiasmo-e-nao-seja.html

[35] Idem

[36] http://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/o-profundo-significado-do-fervor/

[37] https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=fervoroso+de+espirito+significa+grego+biblico

[38] https://www.google.com.br/?gws_rd=ssl#q=+esperan%C3%A7a++significa

[39] http://www.atendanarocha.com/2013/07/tres-significados-biblicos-para.html

[40] http://www.jba.gr/Portuguese/Amor-em-1-Cor%C3%ADntios-13_4-7.htm

[41]http://www.mobilizacao.com.br/noticias/artigo/19-nao-somos-dos-que-retrocedem.html

[42] http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102007048

[43] http://www.preciosasemente.com.br/mostra-artigos.php?artigo=137

[44] Idem.

[45] http://sociedademetodista.blogspot.com.br/2012/04/escatologia.html

[46] http://www.preciosasemente.com.br/mostra-artigos.php?artigo=137

[47] http://veja.abril.com.br/mundo/nova-orleans-da-a-volta-por-cima-10-anos-apos-o-katrina/

[48] http://www.teologiaclub.com/site/index.php?pagina=texto&id=149

[49] https://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel

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