Odilon Massolar Chaves
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Chaves
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Art. 184 do Código
Penal e Lei 96710 de 19 de fevereiro de 1998.
Livros publicados na
Biblioteca Wesleyana: 165
Livros publicados
pelo autor: 334
Livretos: 3
Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com
Tradutor: Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista
na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos
dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor
Introdução
O
livro “Venha o Teu Reino” é para ser
utilizado nos encontros dos chamados Pequenos Grupos ou Células. São 30
estudos. São estudos profundos e fundamentos na Bíblia.
Eles foram ministrados primeiro nas pregações em nossos cultos. Depois
foram preparados especialmente para os pequenos grupos que se reúnem nas casas
com o propósito de crescimento em conhecimento, amadurecimento, comunhão uns
com os outros e para fazer discípulos e discípulas.
Procure levar a sério estes estudos e se
aprofunde neles porque foram elaborados durante todo um ano e são mensagens
inspiradas pelo Espírito Santo para a edificação do Corpo de Cristo.
As perguntas no final de cada
estudo são para reflexão de todos e para um confronto com a Palavra de Deus
visando mudança de vida. Dê um tempo para elas e procure sempre estimular os
participantes a responderem.
O título “Venha o Teu Reino” é fundamentado
na afirmação do próprio Jesus: “Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja
o Teu nome;
Venha o Teu Reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus
6.9-10).
Participação especial de Eliede.
Nossa
oração é para que estes estudos o levem a glorificar muito mais ao Senhor
Jesus.
O Autor
Índice
O governo de Deus na nossa vida
O governo de Deus na vida de José
Clamando para que o governo seja de Deus
O governo do Príncipe da paz – Lição 1
O governo do Príncipe da paz – Lição 2
A oração vitoriosa
Sensibilidade, sinal de amor e de força – Lição 1
Sensibilidade, sinal de amor e de força – Lição 1
Usado por Deus em terra estranha – Lição 1
Usado por Deus em terra estranha – Lição 2
Pais sábios e cheios do Espírito – Lição 1
Pais sábios e cheios do Espírito - Lição 2
O governo de Jesus e a nossa Páscoa
Amor num mundo de ódio
O que você deve fazer por
Cristo
Elas lutaram pelos seus filhos
Entre a tribulação e a glória
de Deus
O poder concedido no
Pentecostes
Encorajamento que nos faz vencedores
Chamados a ter bom senso
Níveis de intimidade com Jesus
Eliminando emoções negativas
para ter vida em abundancia
Um cachorro morto na mesa do
rei
O cristão vitorioso que agrada
a Deus - Lição 1
O cristão vitorioso que agrada
a Deus - Lição 2
O galardão do cristão fiel
Operários de Deus para a
reconstrução
Nós podemos também ser iguais a Estevão
Os propósitos e o governo de
Deus em meio às crises e lutas - Lição 1
Os propósitos e o governo de
Deus em meio às crises e lutas - Lição 2
O governo de
Deus na nossa vida
Estudo 1 - Texto Base: Mt 6.33
Vi um vídeo que mostrava um boi com a cabeça presa num tronco
de uma árvore e não conseguia se levantar. Dois motoqueiros que passavam pelo
local fizeram um grande esforço e conseguiram livrar o boi da morte.
Jesus fez o mesmo com cada um que o buscou e se submeteu ao
seu governo.
Se submeter ao governo de Jesus é deixar Ele ser o senhor da
sua vida. Não são mais as emoções, o dinheiro, o poder, a carne, os demônios
que dirigem a sua vida, mas agora é o Senhor. Mas este mundo ainda jaz no
maligno e em muitos lugares o governo é do diabo. E onde o diabo reina há
morte, opressão, escravidão, vícios.
Para ser liberto no terreno do inimigo precisamos desejar
sair desse cativeiro e nos submeter ao governo de Jesus.
Herodes havia determinado que Pedro fosse preso e escoltado
por diversos soldados.
Pedro estava debaixo das ordens de Herodes, o governador
(Atos 12.1-4). Mas o governo passou a ser do Senhor a partir do momento em que
a Igreja entrou em oração perseverante pela sua vida (Atos 12.5).
Nada mais deteve o governo de Deus:
- Um anjo foi enviado e entrou na prisão, sem pedir
autorização do governo de Herodes;
- As portas foram abertas sem nenhum impedimento dos guardas;
- As correntes de Pedro foram retiradas sem chave alguma e
ele foi liberto.
- Ele foi restituído ao convívio da igreja.
Quando oramos, quando nos submetemos ao Senhor, Ele reina.
Jesus disse: “Sereis levados à presença de governadores e
reis por minha causa, para testemunhardes a eles e aos gentios. Todavia,
quando vos prenderem, não vos preocupeis em como, ou o que deveis falar, pois
que, naquela hora, vos será ministrado o que haveis de dizer” (Mt
10.18-19).
Disse mais: “Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua
justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
O governo do Senhor na vida do profeta Elias:
Elias era profeta do Senhor e demonstrou prova disso quando
confrontou o Rei Acabe, que levava o povo de Deus para adorar Ball. Em tempo de
seca e fome, o Senhor determinou que ele fosse para Sarepta onde uma viúva iria
sustentá-lo (1Rs 17.8-9).
A submissão de Elias foi tão grande que ele pediu logo a
viúva água e um pedaço de pão (1Rs 17.10-11).
Quando Deus nos coloca em um lugar por mais que possa parecer
estranho, Deus tem algo tremendo a fazer naquele lugar através de sua vida.
E o que aconteceu?
- A farinha da panela não acabou e o azeite não faltou mais
na casa da viúva (1Rs 17.16).
- O filho da viúva foi ressuscitado pela oração do profeta
Elias (1Rs 17.21-23).
- No final, a viúva disse: “Nisto conheço agora que tu és
homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade” (1Rs 17.24).
Deus honrou ao profeta!
Jesus nos ensinou a orar: “Venha o teu Reino. Seja feita a
sua vontade aqui na terra como nos céus”.
Jesus quer reinar em nossas vidas. Cabe a você se submeter para ser abençoado e instrumento do amor de Deus.
O governo de
Deus na vida de José
Estudo 2 - Texto
Base: Gn 45.4-8
O
segredo para sermos vitoriosos é termos o governo de Deus em nossas vidas.
Jesus ensinou isso na oração do Pai nosso, quando disse para orarmos assim:
“Venha o teu Reino, seja feita a sua vontade assim na terra como no céu”.
Ter
o governo de Deus é ter a vontade de Deus sendo realizada. E apara isso
acontecer deve haver submissão, humildade, fidelidade, etc.
Nossos
entendimentos nem sempre perceberão o plano de Deus, porque os Seus pensamentos
não são os nossos pensamentos.
Veja
como José passou a ter o governo de Deus em sua vida:
Jacó
como patriarca o abençoou e foi um pai presente e amoroso conduzindo assim José
a submissão de Deus-Pai. Gn 37.1-3.
Só
há governo de Deus, se houver submissão, santidade e fidelidade. Esses
ingredientes foram encontrados em José.
José
tinha o governo de Deus em sua vida, por isso tinha intimidade com Deus, a
revelação do futuro - Gn 45.8
Não
basta ser religioso. Os irmãos de José eram religiosos e foram movidos pelo
ódio e ciúme. Estavam debaixo do governo do diabo, que veio para matar e
destruir. Muitos estão sob o governo do ódio, de pessoas, da mídia, de traumas
etc.
No
governo de Deus sobre nossa vida nem tudo vai estar tranquilo. As tempestades
poderão acontecer. Só temos que confiar e esperar, pois nosso barco chegará a
um porto seguro.
Se
estivermos debaixo do governo de Deus, temos apenas que glorificar ao Senhor e
esperar nele. Todas as situações contrárias cooperaram para que José fosse se
aproximando de faraó, mesmo ele sendo esquecido por dois anos pelo companheiro
de cela a quem José ajudou. Mas depois ele o ajudou.
José
passou as provas com dor e humilhação sem saber no que iria dar aquilo tudo.
Parecia até que o pior estava por vir. É que temos que caminhar por fé, que é
certeza das coisas que se espera de fatos que não se veem.
Deus
tem sua estratégia própria. Deus não tem Plano B ou C. Deus só tem um Plano. E
Seus planos nunca podem ser frustrados. Se o diabo tentar atrapalhar vai acabar
ajudando a Deus. Ele sempre vai honrar aos que estão submissos a Sua vontade.
José foi honrado e foi instrumento de Deus para abençoar o Povo de Israel.
José,
no final perdoou seus irmãos e os abençoou. Somente estará sob o governo de
Deus quem está unido ao corpo de Cristo e ama aos seus irmãos e irmãs (Gn
45.1-8; Gn 50.17-21).
Deus
precisa ser soberano em nossas vidas para que Sua vontade seja realizada e
sejamos abençoados.
Clamando
para que o governo seja de Deus
Estudo 3 - Texto Base: Atos 12.1-11
No
tempo da Igreja Primitiva havia uma luta intensa entre as trevas e a luz, ente
Jesus e o diabo e seus anjos.
Em
certas situações, os agentes das trevas eram os fariseus e em outras situações
o agente das trevas era Herodes. Quando Pedro foi preso, o agente das trevas
era Herodes.
Essa
história nos ensina hoje:
O
cristão está sujeito a passar por provas e aflições nesse mundo (Atos 12.1-3).
Estamos em terra onde o diabo domina com seus anjos.
Por
mais que esteja em situação de provação e aflição, o cristão não deve se
desesperar (Atos 12.4).
Deus
nos concedeu armas poderosas para vencer o inimigo. Dentre elas, estão a fé ,
oração e o auxilio dos anjos.
Li
certa vez a história de um missionário que foi evangelizar em determinado lugar
cheio de índios perigosos. Ele conseguiu evangelizá-los. Um dia, porém, um
deles perguntou ao missionário quem eram as pessoas de branco que estavam com
ele quando ele chegou aqui. Os índios estavam prontos para matá-lo, mas ficaram
com medo naquela ocasião por causa das pessoas de branco ao lado do
missionário.
Como
Corpo de Cristo, a Igreja deve ajudar e perseverar em oração para que o governo
em determinada situação específica seja dEle (Atos 12.5). Devemos aprender a
amarrar o valente que domina determinada área e orar para que o Reino de Deus
se faça presente para ocupar e reinar naquele lugar.
Jesus
disse: “Mas, se é pelo Espírito de Deus que Eu expulso demônios, então,
verdadeiramente, é chegado o Reino de Deus sobre vós!” (Mt 12.27).
Por
mais que a situação possa parecer como uma derrota, devemos manter a fé de
porque a última palavra é de Deus (Atos 12.6). Foi o que aconteceu com Pedro
que estava preso e Herodes tinha a intenção de sacrificá-lo, mas a Igreja orou
até que o governo de Deus se fizesse presente na situação que Pedro passava.
Quando
permanecemos em oração e com fé, Deus
age com o sobrenatural (Atos 12.7-9) e milagres acontecem. Deus enviou um anjo
porque a Igreja orou pedindo intervenção e livramento de Pedro.
Deus
tem o poder de abrir as portas e trazer a vitória para nós (Atos 12.11).
As
portas da prisão onde Pedro estava foram abertas por um anjo do Senhor por
causa da oração perseverante da Igreja (Atos 12.5). As portas da prisão onde
Paulo e Silas estavam foram abertas pela adoração e oração (Atos 16.25). A
palavra é “de repente” veio um terremoto e logo foram abertas todas as portas
(Atos. 16.26).
O governo de Deus na vida de Eliseu
Certa
ocasião, Eliseu foi cercado pelo exército sírio e o seu servo ficou
desesperado. “E o servo do homem de Deus se levantou muito cedo e saiu, e eis
que um exército tinha cercado a cidade com cavalos e carros; então o seu servo
lhe disse: Ai, meu senhor! Que faremos?
E
ele disse: Não temas; porque mais são os que estão conosco do que os que estão
com eles. E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para
que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava
cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu. E, como desceram a ele,
Eliseu orou ao Senhor e disse: Fere, peço-te, esta gente de cegueira. E feriu-a
de cegueira, conforme a palavra de Eliseu” (2 Reis 6.15-18).
Clame também ao Senhor “Venha o Teu Reino”, como nos ensina o “Pai Nosso”.
O governo do
Príncipe da paz
Estudo 4 - Texto Base: Fp 4.1-7 – Lição 1
Vivemos
em tempos de terrorismo que traz medo e falta de paz. Por isso a paz é o que as
nações estão buscando. Existe até o Prêmio Nobel da Paz. As pessoas igualmente
buscam a paz para suas vidas.
Jesus
é o Príncipe da Paz (Isaias 9.6). Ele veio trazer a paz aos nossos corações. É
um dos bens mais preciosos que recebemos do Senhor.
Escrevendo
aos filipenses Paulo lembra que a nossa pátria está nos céus (Fp 3.20) e o
Senhor tem o poder de subordinar a si todas as coisas (Fp 3.21). Ele fala do
governo de Jesus.
A
submissão ao governo de Jesus traz força para resistir as lutas e alegria e paz
aos nossos corações.
Mas
como manter essa paz?
1.
Permanecer
firmes no Senhor
Permanecer firmes é perseverar. Não tirar o foco. O diabo
lutará contra isso para você ser infeliz.
Os filipenses estavam passando por várias experiências
assustadoras. Os inimigos estavam provocando conflitos (Fp 1.30). O ambiente em
que viviam era muito hostil, “no meio de uma geração corrompida e depravada”
(Fp 2.15). Esta é a razão porque Paulo os exorta a que fiquem firmes.[1]
O verbo grego para perseverar significa literalmente
“permanecer ou ficar embaixo” (...) significa “permanecer em vez de
fugir . . ., manter-se firme, aguentar”.[2]
E isso podemos fazer. Paulo disse: “Porquanto, por amor de
Cristo vos foi concedida a graça de não somente crer em Cristo, mas também de
sofrer por Ele” (Fp 1.29).
O substantivo grego traduzido “perseverança” significa
“capacidade de aguentar ou manter-se firme em face de dificuldades”. Certo
erudito bíblico diz o seguinte a respeito do tipo de perseverança mencionado
pelos escritores da Bíblia: “É o espírito que pode suportar as coisas, não
simplesmente com resignação, mas com a esperança
fulgurante . . . É a qualidade que mantém o homem em pé
enfrentando o vento. É a virtude que pode transmutar a provação mais severa em
glória porque, além da dor, vê o alvo.”[3]
Que fazer para trazer a paz resolvendo conflitos?
2.
Pensar
Concordemente no Senhor
É pensar de acordo com o Senhor.
Significa “vivam bem”, “vivam em harmonia” “sintam o mesmo”.
No grego, o verbo pode de fato ter o sentido de pensar, sentir, ter uma
postura.[4]
Paulo já havia falado antes para os filipenses serem: Do
mesmo ânimo, unidos de todo o coração (Fp 2:.2)”.[5] Paulo já havia falado também
com a Igreja para ela ter o mesmo sentimento que houve em Jesus (Fp 2.5).
Ele chama a Igreja a estar firmes em um só espírito, como uma
só alma, lutando juntos pela fé evangélica (Fp 1.27). Diz para a Igreja pensar
a mesma coisa, ter o mesmo amor e ser unida de alma. Nada fazer por
partidarismo ou vanglória e sim por humildade (Fp 2.2).
Na próxima semana completamos este estudo.
O governo do
Príncipe da paz
Estudo 5 - Texto Base: Fp 4.1-7 – Lição 2
Vimos na lição anterior algumas atitudes que nos ajudam a
permanecer em paz. Veja mais algumas delas que são necessárias em nossas vidas.
O que fazer para manter a paz?
1.
Alegrar-se
no Senhor
Alegrar-se
no Senhor traz uma alegria permanente e real, que nos dá força mesmo nas lutas
e dor. Não se firme numa fonte de alegria transitória e falha.
Jesus
disse aos seus discípulos: “O vosso coração se alegrará, e a vossa alegria
ninguém poderá tirar” (Jo 16.22).
A
alegria é um fruto do Espírito e ela traz força e paz (Gl 5.22).
Uma
das estratégias de Satanás é nos tirar a alegria, que consequentemente irá
tirar a nossa paz e a nossa força trazendo assim desânimo.
A
alegria traz também saúde física e emocional. É um remédio contra o
aparecimento de rugas.
O
que fazer para manter a paz?
2.
Ser
moderado (pacífico). Perto está o Senhor
A pessoa “epieikes” (moderada) é a que não é contenciosa, por não gostar
de contendas, mas que tem um caráter pacífico, estando disposta a renunciar aos
seus direitos a fim de alcançar a paz.
- “epieikeia” (o abrir mão de exercer o direito de exigir justiça).
O contrário do “moderado” é o “akribodikaios”, que é o homem que defende seus direitos legais até o fim. Mas, o homem “epieikes” sabe que há ocasiões em que se pode abrir mão de seu direito.[6]
A
frase "Perto está o Senhor, no original grego, o sentido é "o
Senhor está próximo". E o mesmo sentido de Efésios 2.13: "Mas
agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue
de Cristo chegastes perto" (IBB - Rev.) e de Efésios 2:17: "E,
vindo, evangelizou paz a vós outros que estáveis longe, e paz também aos
que estavam perto." Tanto nessas duas passagens como em
Filipenses 4.5, a palavra perto tem o sentido de distância, não de tempo.
O Senhor está perto, está ao meu lado, por isso devo alegrar-me![7]
Por
fim o que fazer para manter a paz?
3. Não andar ansioso
E
então, o apóstolo Paulo menciona o assunto principal deste estudo:
"Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém,
sejam conhecidas diante de Deus as vossas petições, pela oração e
pela súplica, com ações de graça".
Paulo
dá as dicas: Alegrar-se. Não deixe que a nuvem da insegurança venha sobre você.
Não tenha medo, pois o Senhor está perto de você.
Ele
governa a sua vida. É uma questão de confiança, de crer.
Se
procedermos assim, a paz de Deus que excede todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus (Fp 4.7).
Sim
é uma questão de confiança, crer que não está sozinho, que o Senhor está perto.
Crer que o Senhor governa a nossa vida. Isso traz uma imensa paz.
A oração vitoriosa
Estudo 6 - Texto Base: Efésios 6.18
Charles
Finney (1792-1875) era filho de pais descrentes e morava em um lugar dos EUA
onde os crentes tinham uma fé formal. Comprou uma Bíblia e passou a frequentar
uma Igreja Presbiteriana (mais tarde deixou a Igreja por discordar de algumas
de suas doutrinas). Ficou impressionado com as orações não respondidas pelos
crentes e descobriu que não estava apto para entrar no céu e decidiu buscar a
salvação.
Teve sua
experiência em um bosque. Ele disse “Recebi um poderoso batismo do Espírito
Santo (...). O Espírito Santo desceu sobre mim de maneira que parecia
perpassar-me, corpo e alma... Parecia vir em ondas e mais ondas de amor
líquido... Parecia o próprio sopro de Deus (...). Não há palavras que exprimam
o maravilhoso amor que foi derramado em meu coração”.[8]
O amor a
Deus, a fome de sua Palavra, a unção para testemunhar e anunciar do Evangelho
vieram sobre ele no dia de sua entrega a Jesus. Ele deixou seu trabalho de
advocacia para se7r um pregador do Evangelho. Levou mais 500 mil vidas para
Cristo.
Foi um
pregador, professor,
advogado, teólogo, abolicionista e
avivalista dos EUA, um dos líderes do “Segundo Grande Despertar” (1790-1940), uma onda de
revivificação espiritual.
Ficou
impressionado das orações dos crentes não serem respondidas semana pós semana.
Além da necessidade da fé e de nosso pedido estar de acordo com a vontade de
Deus, Charles Finney coloca alguns princípios para a oração vitoriosa, dentre
eles:
1.
Orar em nome de Jesus é condição da oração vitoriosa. Devemos orar a Deus em
nome de Jesus porque é o único meio aprovado por Deus para nos dirigirmos a
Ele. Jesus disse: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai
senão por mim.” (João 14.6) Jesus também disse a seus
apóstolos fiéis: “Eu vos digo em toda a verdade: Se pedirdes ao Pai qualquer
coisa, ele vo-la dará em meu nome” (João 16.23).
2. A inspiração do Espírito Santo é
outra condição. Toda oração verdadeiramente vitoriosa é inspirada pelo Espírito
Santo. Rm 8.26,27; "Porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo
Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aque|e que sonda os
corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é
que ele intercede pelos santos". Esse é o verdadeiro espírito da oração:
ser guiado pelo Espírito. É a única oração realmente vitoriosa.
3. O fervor é condição. Uma oração,
para ser vitoriosa, tem de ser fervorosa. A palavra fervoroso
significa ferver como líquido. Jonas disse para os ninivitas: “Que cada
pessoa ore a Deus com fervor e abandone os seus maus caminhos e as suas
maldades!” (Jonas 3.8). Outra tradução diz: “e clamem fortemente a Deus”.
4. A perseverança ou persistência na
oração muitas vezes é uma condição de vitória. Vejam os casos de Jacó, de
Daniel, de Elias, da mulher siro fenícia, do juíz iníquo, e o ensino da Bíblia
de modo geral.
5. Muitas vezes a angústia de
espírito é condição da oração vitoriosa. Salmo 4.1: “Responde-me quando eu
clamar, ó Deus da minha justiça! Na angústia me deste largueza; tem
misericórdia de mim e ouve a minha oração”.
Na angustia
de espírito há toda uma entrega e sofrimento real diante de Deus. Há um abrir
de coração de Davi, mas também de confiança.
6. A oração vitoriosa é específica.
Visa um objetivo definido. Não podemos obter vitória para tudo de uma só vez.
Nos casos registrados na Bíblia, em que a oração foi atendida, é notável que o
suplicante pedia uma bênção definida.
7. Outra condição da oração
vitoriosa é que nossa intenção seja idêntica aquilo que dizemos na oração: que
não haja nenhuma simulação; em resumo, que sejamos sinceros como crianças,
falando do coração, nem mais nem menos do que aquilo que queremos dizer, que
sentimos e cremos.
8. Outra condição da oração
vitoriosa é um estado de espírito que presume a fidelidade de Deus a todas as
Suas promessas.
9. Mais uma condição é que, além de
"orar no Espírito Santo", "sejamos sóbrios e vigiemos em
oração". Com isso me refiro à vigilância contra tudo quanto possa apagar
ou entristecer o Espírito de Deus em nosso coração. Também me refiro à
vigilância pela resposta, em estado de espírito que usará diligentemente todos
os meios necessários, a qualquer custo, com instância sobre instância.
Estas
são as principais condições para termos uma oração vitoriosa.
Sensibilidade, sinal de amor e de força
Estudo 7
- Texto Base: João 11.35 – Lição 1
Vi uma cena no aeroporto de Buenos Aires que
mostra bem a realidade em que vivemos. Uma senhora chorava muito sentada num banco.
No banco de trás quatro rapazes choravam de rir vendo uma cena de sexo no
celular.
Vivemos uma época em que a sensibilidade tem
sido bloqueada pelo corre-corre, foco nos celulares, ausência de comunhão com
Deus, etc. O sofrimento pode também nos levar a fechar os corações. A ênfase no
ódio e vingança também leva a perda da sensibilidade.
A sensibilidade é a faculdade de sentir
compaixão, simpatia pela humanidade; piedade, empatia, ternura.[9]
Vivemos um tempo cada vez mais de perda de
sensibilidade, que é uma marca do pecado em nossa vida.
Nossa
sensibilidade pode vir de uma emoção ou pelo Espírito
1. A sensibilidade vinda
da emoção
Pode ter aspectos negativos:
as pessoas ficam mais chateadas e tomam decisões erradas; são propensas mais à ansiedade
e depressão e choram com mais facilidade.
É a sensibilidade voltada mais para si própria. Querem que as pessoas
sintam a sua dor. Por trás está a baixa autoestima.
2. A sensibilidade vinda do Espírito
Ela nos leva a compaixão, ao amor pelo próximo
sentindo a sua dor. No grego a
palavra usada para compaixão é “sympathesai” (sentir com,
sofrer com).[10]
“A palavra hebraica (hamal) e grega (splanchnisomai), às vezes
traduzidas como “compaixão” também têm um significado mais amplo, como “mostrar
pena”, “amar” e “mostrar misericórdia”.[11]
“Compaixão é uma forma de amor”.[12]
Jesus chorou porque amava e sentiu a dor de
Maria e Marta (Jo 11.35).
3. Os que não têm sensibilidade são os de
corações duros
Ezequiel – 3.7.
Palavra do Senhor:
“Mas a casa de Israel recusará
escutar-te, porque eles não querem atender a mim! Pois, toda a casa de Israel
nada mais é do que gente teimosa, de coração insensível (dura de coração)”.
Marcos – 8.17.
Palavra de Jesus:
“Jesus percebeu-o e disse-lhes:
Por que discutis por não terdes pão? Ainda não tendes refletido nem
compreendido? Tendes, pois, o coração insensível (ou endurecido)?”
No próximo estudo encerraremos
esta lição.
Sensibilidade, sinal de amor e de força
Estudo 8
- Texto Base: João 11.35 – Lição 2
Vimos no estudo anterior que muitos têm
perdido a sensibilidade. Vimos que a Bíblia condena os que são de coração duro.
A primeira falta de sensibilidade na Bíblia foi
demonstrada por Caim:
“E disse o Senhor a
Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu guardador do meu
irmão”? (Jim 4.9).
I.A sensibilidade de Jesus – Deus e humano
Jesus sendo Deus revelou como deve ser nossa
humanidade. Ninguém teve tanta sensibilidade e compaixão como Ele.
1. Jesus chorou pela morte de Lázaro
(João 11.35)
O verbo “chorou” indica que Jesus derramou
lágrimas e a seguir pranteou em silêncio.
2. A
sensibilidade traz compaixão. Jesus tinha compaixão “porque estavam aflitas
e desamparadas, como ovelhas sem pastor” (Mt 9.35-38).
“Quando Jesus saiu do barco e viu tão grande
multidão, teve compaixão deles e curou os seus doentes” (Mateus 14.14).
3. Teve compaixão da viúva de Naim
(Lucas 7.11-15 ).
"E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima
compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o
esquife (e os que o levavam pararam), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te.
E o morto assentou-se, e começou a falar. E entregou-o a sua mãe.”
II. Ensinamentos sobre a sensibilidade
vinda do Espírito
- Sensibilidade é um sinal de força e não de
fraqueza;
- Se não houver sensibilidade vinda do
Espírito, não haverá afeto;
- Não é a altura, nem o peso, nem os músculos
que tornam uma pessoa grande e forte, mas a sua sensibilidade pela dor do
próximo;
III. Parábola do bom samaritano: a
necessidade de sensibilidade e amor
A parábola do Bom Samaritano (Lucas 10. 25-37)
destaca a necessidade de termos sensibilidade e amor.
- Mostra duas pessoas que não tiveram
sensibilidade:
“E, ocasionalmente descia pelo mesmo caminho
certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo também um levita,
chegando àquele lugar, e, vendo-o, passou de largo (Lucas 10.31-32).
Certa vez, vi uma pessoa que viajou muitos quilômetros
para uma festa. Uma semana depois passou ao lado da casa de uma líder de sua
Igreja doente e não parou para visitar.
- Mostra uma pessoa que teve sensibilidade:
“Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou
ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão; E, aproximando-se,
atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu
animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele” (Lucas 10.33-34).
A Parábola do Bom Samaritano na vida de um
pastor
Certa vez, um colega pastor me deixou
esperando duas horas na estrada porque teve um problema e deu preferência a
resolver esse problema. Nem ligou. Sua atitude foi de um sacerdote preocupado
com a obra em sua casa. Na viagem passei mal. Depois ele foi tocado ao ouvir a
Palavra sobre o Bom Samaritano ao chegar na Escola de Missões e tomou a decisão
de sempre me buscar em minha casa para a
viagem.
IV. A vida eterna está relacionada a
sensibilidade e ao amor:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua
direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está
preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer;
tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu,
e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver” (Mateus 25.34-36).
A santidade está relacionada a vida de amor a
Deus e ao próximo. Quem tem santidade tem amor e tem sensibilidade. Então, sem
sensibilidade ninguém verá ao Senhor. Por isso, o Senhor fala de visitar os
necessitados, alimentos os famintos, vestir os nus, etc.
É tempo de restaurar a sensibilidade do Espírito em nossa vida.
Usado por Deus em terra estranha
Estudo 9 - Texto
Base: Ez 1.13 – Lição 1
Não adiantou o profeta Jeremias profetizar. O
povo não se arrependeu e foi levado para a Babilônia. A primeira
deportação teve início em 598 a.C.
Nesse período, o povo de Israel, Daniel,
Ezequiel e Neemias estiveram no cativeiro. Eles tiveram diferentes atitudes em
terra estranha. Seus olhos estavam em diferentes lugares.
Veja as reações de cada um no cativeiro:
1.
Sentado às margens do rio da Babilônia o povo olhava para o passado,
lembrando da terra natal
“Junto
aos rios da Babilônia, ali nos assentamos e choramos, quando nos lembramos de
Sião. Sobre os salgueiros que há no meio dela, penduramos as nossas harpas.
Pois lá aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos
destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos uma das canções de Sião.
Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha?” (Salmos
137.1-4).
Para eles, Deus não estava em terra estranha.
Como resultado havia falta de adoração e
sentimento de ausência de Deus.
Foi desenvolvido um espírito de ira e
vingança: “Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que
diziam: Descobri-a, descobri-a até aos seus alicerces. Ah! filha de babilônia,
que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste
a nós” (Salmos
137.7-8).
2.
Ezequiel
olhou para os céus para encontrar a resposta de Deus
Ezequiel também esteve junto ao rio, um
canal, a sudeste da Babilônia a pouca distância do rio Eufrates: ”Estando eu no
meio dos exilados, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de
Deus (...)” (Ez 1.1).
A diferença é que Ezequiel olhou para os
céus.
E por isso, “Veio expressamente a palavra do
Senhor a Ezequiel” (Ez 1.3).
E a Palavra diz: “Entrou em
mim o espírito e me pos em pé, e ouvi o que me falava” Ez 2.2. Ele viu o
que ninguém mais viu naquele campo de refugiados. Tudo porque seu olhar se
elevou ao céu! Seu ser buscou respostas e conforto no alto. Ele não viu desilusão
e morte, mas visão de Deus, que lhe dizia ser possível a restauração, um novo
começo.
Revestido de forças, Ezequiel foi atalaia para casa de Israel. Ele enxugou suas lágrimas! Extraiu força, de onde parecia não haver. Ele se tornou uma sentinela de Israel.
Da
mesma forma, o apostolo João foi exilado na Ilha de Patmos onde recebeu as
revelações de Deus registradas no Apocalipse (Ap 1.9-10).
3. A visão dos ossos secos revela a restauração de Israel (Ezequiel 37.1):
“Veio
sobre mim a mão do SENHOR, e ele me fez sair no Espírito do SENHOR, e me pôs no
meio de um vale que estava cheio de ossos.
E me fez passar em volta deles; e eis que
eram mui numerosos sobre a face do vale, e eis que estavam sequíssimos. E me
disse: Filho do homem, porventura viverão estes ossos? E eu disse: Senhor DEUS,
tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos
secos, ouvi a palavra do Senhor” (Ezequiel 37.1-4).
A visão de Ezequiel também foi às margens de
um rio na Babilônia só que foi diferente de Ezequiel e do povo de Deus. Ele viu
que o Espírito do Senhor iria restaurar Israel.
Na próxima lição concluiremos este tema.
Usado por
Deus em terra estranha
Estudo 10 - Texto
Base: Dn 2.47-48 – Lição 2
Você viu na lição anterior que, sentado às
margens dos rios da Babilônia, o povo olhava para seu passado e lamentava. Você
viu que Ezequiel sentado as margem do rio Quebar olhou para os céus e teve
visões dos céus.
Já Daniel teve outro procedimento.
Daniel olhou
para o lugar onde estava e perguntou o que podia fazer para testemunhar sobre o
Deus vivo
A Bíblia afirma que Daniel era jovem nobre e
de uma boa aparência. Ele e seus companheiros foram preparados para servirem no
palácio do rei (Dn 1.4).
Daniel e seus companheiros decidiram não se
contaminar com bebidas e alimentos: “E Daniel propôs no seu coração não se
contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia” (Daniel
1.8).
Deus concedeu dons e sabedoria a Daniel (Dn
1.17) que interpretou o sonho do rei e assim se tornou Governador da Babilônia
(Dn 2.47-48).
E Neemias?
Neemias
olhou para a dor daqueles que havia ficando em Jerusalém e procurou fazer algo
pelo povo de Deus:
“e perguntei-lhes pelos judeus que escaparam,
e que restaram do cativeiro, e acerca de Jerusalém” (Neemias
1.2).
Neemias chorou muito, buscou resposta em Deus
e hoje ele certamente cantaria:
“Ouou Pode me chamar, Senhor,
Ouou Eu estou aqui,
Ouou Estou ao Seu dispor”.
Neemias orou e jejuou: “E sucedeu que, ouvindo eu
estas palavras, assentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive
jejuando e orando perante o Deus dos céus” (Neemias 1.4).
“E
disse ao rei: Se é do agrado do rei, e se o teu servo é aceito em tua presença,
peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu
a reedifique” (Neemias 2.5).
Em
52 dias, lutando contra inimigos e liderando o povo, Neemias reergueu os muros:
“Acabou-se,
pois, o muro aos vinte e cinco do mês de Elul; em cinquenta e dois dias. E
sucedeu que, ouvindo-o todos os nossos inimigos, todos os povos que havia em
redor de nós temeram, e abateram-se muito a seus próprios olhos; porque
reconheceram que o nosso Deus fizera esta obra” (Neemias 6.15-16).
Onde estão nossos olhos estará também nosso
coração.
Deus quer nos usar em terra estranha. Seja um Daniel, um Ezequiel, um Neemias em nossos dias.
Pais sábios e cheios do Espírito
Estudo 11 - Texto Base: Atos 21.8-11– Lição 1
Vivemos tempos difíceis com os filhos e a
família tem sido muito atingida nessa época conturbada.
É possível ter hoje uma família abençoada e cheia
da graça de Deus?
A Bíblia relata a história do ministério e da
família de Filipe. Um vencedor tanto em seu ministério, relacionamento com as
pessoas e na sua família.
O que tinha Filipe para suas filhas viverem
uma vida santa e serem usadas pelo Espírito com dons espirituais?
Uma
visita feita por Paulo em sua casa nos dá algumas dicas sobre sua família e sua
vida (Atos 21.8-11). Esse fato nos revela detalhes importantes:
Filipe
era respeitado e tinha a confiança da Igreja
Filipe tinha credibilidade. Ele foi escolhido
pelos apóstolos para servir às mesas por causa de seu caráter: “Escolhei, pois,
irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de
sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio (Atos 6.3).
Filipe foi o segundo da lista atrás de
Estevão: “e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe”
(Atos 6.5).
Filipe
passou para suas filhas o exemplo sendo modelo de santidade. Os filhos seguem o
exemplo dos pais. Consequentemente, a figura de Deus que Filipe passou para
elas é de um Deus que é Santo e exige santidade.
Ele
foi perseguido e continuou firme testemunhando o Senhor
“Mas os que andavam dispersos iam por toda a
parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes
pregava a Cristo” (Atos 8.4-5).
Era desprovido de apego aos bens materiais e
não era preso à grande cidade de Jerusalém. Foi para o interior e continuou
servindo ao Senhor. Um exemplo para suas filhas viverem uma vida sem vaidade e ostentação, mas na
simplicidade.
Filipe era cheio do Espírito Santo e de sabedoria
(Atos 6.3,5)
Filipe era cheio do Espírito Santo (Atos
6.5). Isso fazia grande diferença.
Escrevendo aos efésios, Paulo diz para
andarmos prudentemente e não sermos insensatos (sem bom senso, juízo pleno).
Depois diz: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas
enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos...” (Efésios
5.1-19).
Ser cheio do Espírito Santo é um propósito de
vida no qual se paga um preço para crucificar a carne e ter a plena presença do
Espírito. Ele era guiado pelo Espírito Santo (Atos 8.29).
Exercia
ministérios servindo ao Senhor
Filipe era evangelista e um dos sete diáconos
escolhidos pelos apóstolos para servir (Atos 6.5).
Foi
usado pelo Espírito Santo para servir às mesas e evangelizar o eunuco e outros
(Atos 8. 26-39).
Na próxima lição completamos esse estudo.
Pais sábios e cheios do Espírito
Estudo 12 - Texto Base: Atos 21.8-11– Lição 2
Vimos
na lição anterior que Filipe tinha um caráter e uma vida cheia do Espírito que
influenciaram grandemente as suas filhas.
O
que mais podemos aprender com Filipe para seguirmos o seu exemplo e nossa
família ser também grandemente abençoada?
Ele
era acolhedor e sua casa era cheia da graça atraindo pessoas de Deus
Paulo
escolheu ficar em sua casa. “Partindo no dia
seguinte, fomos para Cesáreia; ali chegamos e fomos recebidos na casa de
Filipe” (...). ”Demorando-nos ali por muitos dias” (Atos 21.8).
Até
os profetas do Senhor gostavam de ir a sua casa: “(...) chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; E,
vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo, e ligando-se os seus próprios pés e
mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo” (Atos 21.10-11).
Suas filhas viam sempre em sua casa um ambiente favorável para a presença do Deus vivo. Nada de ambiente pecaminoso, mas de santidade.
Ministrava
como servo e corpo de Cristo
Pregando
em Cesareia realizou muitos milagres, conversões e batizou a muitos. Mas como
não haviam recebido o Espírito Santo, os apóstolos Pedro e João foram para lá
ajudá-lo nessa tarefa (Atos 8.12-16).
Sem
vaidade e com humildade aceitou a boa presença dos apóstolos que foram
ajudá-lo. Afinal, a Missão é de Deus. Somos apenas servos. Isso é ser Corpo de
Cristo.
Suas
filhas eram santificadas e com dons espirituais
Ele
tinha quatro filhas virgens que profetizavam (Atos 21.9). Elas falavam da parte
de Deus. Ora, o pai Filipe era cheio do Espírito e isso motivou as suas quatro
filhas. Filipe era um pai exemplo.
Filhos
não contaminados pela carne eram usados pelo Espírito Santo. Nossa família pode
também ser uma benção nas mãos de Deus.
Precisa para isso:
- Vida
de santidade dos pais como Josué disse: “Eu e minha casa serviremos ao
Senhor”.
- Vida
disciplinada com as coisas do Reino de Deus. Há tempo para lazer, descanso,
dormir, estudar, trabalhar e tempo para as coisas de Deus. Os pais devem
disciplinar seus filhos e filhas.
- Vida exemplar dos pais
diante dos filhos.
Seus
filhos irão fazer o que você faz. Deus lhe deu uma família para você ser o
mordomo. Os pais são sacerdotes dos filhos.
Sim,
os filhos não podem mandar nos pais, mas eles farão isso, se os pais não os
disciplinarem com autoridade e amor.
- Uma
casa onde o Reino de Deus é prioridade.
Se
a sua casa é dividida, não prosperará. O governo tem que ser do Senhor.
Com
pais sábios e cheios do Espírito teremos uma família santa e usada por Deus.
O governo de Jesus e a nossa
Páscoa
Estudo 13 - Texto Base: João 20.19-29
Páscoa é passagem da
opressão para a libertação (Egito), da morte para a vida (ressurreição).
Que Páscoa você precisa ter
em sua vida hoje? De que situação negativa você precisa sair para poder passar
para uma vida de bênçãos?
O que você precisa fazer para
ter uma vida vitoriosa?
Os discípulos estavam sob o
governo do medo, estavam em tormento e bloqueados, fragilizados (Jo 20.19).
Sob o governo do inimigo as portas
estavam trancadas: Estavam com as portas trancadas (Jo 20.19). Estavam sem
perspectiva de futuro, sem esperança.
Jesus ressuscitou para
assumir seu governo nesse mundo e em nossas vidas. Ele está a direita de
Deus-Pai. Ele é o Rei dos reis. Por isso, precisamos “Buscai em primeiro lugar
o Seu Reino...” e pedir Venha o Teu Reino.
Sob o governo do inimigo os
discípulos estavam em tormento; estavam sem paz (Jo 20.19). Estavam
vivendo um inferno.
Eles tinham olhado as
circunstâncias (crucificação e morte de Jesus) e por isso estavam naquela
situação. O inimigo deseja sempre dominar e governar as nossas vidas.
O governo de Jesus traz a
Páscoa
Jesus ressuscitou para
assumir seu governo. Eles passaram do medo para a fé; do tormento para a paz;
da tristeza para a alegria.
Para isso acontecer, é
preciso: O governo de Jesus.
1 – Jesus deve ser o
centro de tudo. Jesus chega e se
coloca no meio dos discípulos (Jo 20.19).
Ele deve ser o centro de tudo. Nele tudo subsiste. Nele nos movemos e
existimos.
2 – O governo de Jesus
traz a paz. A primeira coisa que
Jesus fez é lhes dar a paz (Jo 20.19). A paz traz harmonia, equilíbrio,
bem-estar, saúde, tranquilidade.
3 – O governo de Jesus
traz a alegria. A alegria é nossa força. Eles ficaram alegres com a
presença do Senhor. A alegria é marca da presença de Deus em nossa vida ( Jo
20.20). Ela traz ânimo, entusiasmo e força.
4 – O governo de Jesus
traz imensa paz. Novamente Jesus dá a paz (Jo 20.21). É uma das maiores
graças que Deus nos dá.
5 – No governo de Jesus
realizaremos a Missão. Jesus os envia em Missão (Jo 20.21). Eles são
enviados com uma tarefa específica – anunciar a chegada do tempo da
restauração, do Reino de paz, amor e alegria. Eles têm assim autoridade legal
para exercer essa função de ministros de Cristo.
6 – Sob o governo de Jesus, o
Espírito Santo nos capacitará. Jesus sopra e envia o Espírito sobre os
discípulos (Jo 20.22) para que eles não vivam mais na dimensão da carne e
tenham condições de ter fruto em sua vida e poder (dons) para executar a
Missão.
7– No governo de Jesus
iremos perdoar. Jesus os estimula a exercitar o perdão dos pecados (Jo
20.23). Quem não perdoa fica preso e prende a pessoa que ofendeu.
8 – No governo de Jesus
seremos mais do que felizes: “Bem-aventurados os que não viram e creram”
(Jo 20.29).
Precisamos viver a Páscoa
hoje novamente. Precisamos o governo de Jesus para nossa vida.
Amor num
mundo de ódio
Estudo 14 – Texto
Base: 1Jo 4.19
Em junho de 2016, nos EUA,
um jovem mulçumano matou mais de 50 jovens e deixou outros 53 feridos numa
boate gay. Foi o pior caso de tiroteio em massa da história dos EUA. Vivemos
tempos difíceis nos relacionamentos. Há falta de tolerância. Há radicalismo e
muita violência. Há muita falta de amor. A marca do ministério de Jesus foi o
amor e é desse jeito que devemos viver e agradar a Deus.
No tempo de Jesus, os
fariseus, saduceus e zelotes eram maiores do que o grupo de discípulos de Jesus
e nem por isso caminhavam na verdade. O grupo de Jesus tinha por base o amor e
os outros, não. É o amor que faz toda diferença e importa para Deus:
1. Quem ama é nascido de
Deus e conhece a Deus – 1Jo 4.7
Muitos vão à Inglaterra
para conhecer a rainha. E só a conhecem de longe, sem tocar nela. Mas conhecer
é mais profundo ainda.
Conhecer "(...)
expressa uma relação pessoal entre o que conhece e o que é conhecido (...)
".[13] Conhecer “é estar
num relacionamento correto com ele, com características de amor, confiança,
respeito e comunicação aberta”.[14] Podemos conhecer
Deus, o Rei supremo do universo, aqui mesmo pela fé. Seu Filho nos leva até
Ele. Quem ama conhece a Deus.
2. Amar implica em
comunicação e união. Quem não ama não conhece a Deus - 1Jo 4.8
Nós fomos reconciliados
com Deus através de Jesus. “(...) quando éramos inimigos de Deus fomos
reconciliados com Ele mediante a morte de seu Filho” (Rm 5.10). Reconciliação
implica em amor, paz, união, etc. Por isso, não pode haver em nosso coração
inveja, egoísmo, raiva, ciúme, falta de perdão com o próximo. Isso gera
bloqueio e quebra de relacionamento.
Amor é um bem, algo
prático, produz relacionamento sadio, Deus é amor. É sua essência e Ele é a
fonte do amor. Por isso quem conhece a Deus recebe o amor da Fonte e
necessariamente vai amar ao seu irmão. Conhecer abrange qualidades tais
como: contato, intimidade, preocupação, parentesco e reciprocidade.[15]
3. Amar é a condição para
Deus permanecer em nós e nós em Deus
Deus coloca uma condição:
amar uns aos outros. Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós (1Jo
4.12). Aquele que permanece no amor permanece em Deus (1Jo 4.16).
Paulo fala que o que conta
para Deus é a fé que atua pelo amor (Gl 4.6). Por isso ele diz também para
andar em amor como Jesus andou (Ef 5.1-2).
4. O amor de Deus é
aperfeiçoado em nós, se amarmos uns aos outros - 1Jo 4.12, 17
Ser aperfeiçoado é ser
completado. O amor é entrega, é relacionamento. Ele cresce sempre.
Paulo diz que podemos
“compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a
altura, e a profundidade, e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o
entendimento” (Efésios 3.18-19). O perfeito amor lança
fora todo medo (1Jo 4.18).
5. Podemos amar porque Ele
nos amou primeiro – 1Jo 4.19
Muitos têm dificuldades de
amar, pois não receberam o amor de seus pais. Mas isso foi resolvido pelo
próprio Deus enviando Jesus. Quando cremos em Jesus recebemos o Espírito Santo.
O primeiro fruto do Espírito é o amor.
Em Romanos 5.5, Paulo diz
que o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito que nos foi
dado. É necessário deixar esse amor fluir.
O que você deve fazer por Cristo
Estudo 15 – Texto
Base: João 15.16
Alguém
disse: “Diante do que Jesus fez por mim na Cruz, nada que eu faça neste mundo
poderá ser comparado ao que Ele fez por mim”.
Jesus
não somente fez por você, como agora quer fazer muitas coisas através de você.
Você tem o compromisso de fazer algo por Jesus e Seu Reino.
Jesus
te chama para você ser livre e dar fruto
“Assim
também nós, quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos
primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou
seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam
debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4.3-5).
Jo
15.16: “(...) eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis
frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em
meu nome, ele vo-lo conceda.”
Jesus
disse que nós somos a luz do mundo e o sal da terra: “Vós sois o sal da terra;
e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão
para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se
pode esconder uma cidade edificada sobre um monte” (Mateus 5.13-14).
Jesus
te chama para você ser um servo do Reino
“Mas
não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa
como quem serve” (Lucas 22.26).
aulo
disse: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo
Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos
homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente
até à morte, e morte de cruz” (Filipenses 2.5-8).
Jesus
te chama para você ser embaixador do Reino
“De
sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por
nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com
Deus” (2Co 5.20).
O
embaixador ou a embaixadora leva a
mensagem de paz, a reconciliação com Deus. Ele representa Deus na terra, um
país estranho. O embaixador só transmite o que Deus determina.
Jesus
te chama para você fazer discípulos
Jesus
disse para fazer discípulos, batizando e ensinando. O discipulado se inicia com
o batismo e é feito “em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt
28.19).
Exemplos
de discipulado: Discipulado de Barnabé e Saulo: “E partiu Barnabé para Tarso à
procura de Saulo; tendo-o encontrado, levou-o para Antioquia. E, por todo um
ano, se reuniram naquela Igreja e ensinaram numerosa multidão” (Atos 11.25-26).
Paulo
a Timóteo: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso
mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2Tm
2.2).
Jesus
te chama para você receber a Promessa do Pai
“E,
se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa”
(Gálatas 3.29).
“Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher,
nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de
recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4-6). “Se somos filhos, então, também somos
herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se realmente
participamos dos seus sofrimentos para que, da mesma maneira, participemos da
sua glória. O sofrimento e a glória futura” (Rm 8.17).
Cristo
fez algo maravilhoso por você na cruz. Ele quer fazer muito através de você
hoje. Somos chamados a fazer tudo por Cristo e pela salvação das pessoas.
Elas lutaram pelos seus
filhos
Estudo 16 – Texto Base: Mt 15.28
A Bíblia procura mostrar a
ação de Deus na história do Seu Povo. Por isso existe pouca história mães num
relacionamento com seus filhos e filhas.
Mas quero destacar duas
mulheres na Bíblia que foram exemplos de mães. Especialmente porque elas
tomaram decisões, elas se expuseram, foram destemidas e conseguiram abençoar
seus filhos.
1. A
viúva que salvou seus dois filhos – 2 Reis 4
Ela lutou pela liberdade dos
filhos. Seus filhos iam ser levados como escravos porque o marido morreu e
deixou dívidas (2 Reis 4.1). Pela fé, a sua botija de azeite encheu tantas
vasilhas a ponto dela pode pagar toda sua dívida e viver do resto com seus dois
filhos (2 Reis 4.4-7). Quantos filhos hoje estão precisando ser resgatados de
vícios e prisões espirituais e emocionais!
Como é necessário existir
mães como a viúva para investir com muito amor para salvar seus filhos! O amor
faz toda a diferença! Ensinar e viver na presença da criança a Palavra de Deus
faz toda a diferença.
2. Mulher
Cananéia - Mateus 15.21
Ela não teve vergonha de
lutar pela filha. Disse publicamente que ela estava endemoninhada (Mt 15.22).
Ela venceu diversas
oposições, obstáculos e preconceitos para salvar sua filha:
Jesus a provou ficando em
silêncio, não a respondendo; os discípulos pediram a Jesus para despedir a
mulher; Jesus lhe disse que os pães são para os filhos. Ela disse que os
cachorrinhos pegam as migalhas que caem debaixo da mesa de seus donos. Aqui ela
reconhece Jesus como Senhor! (Mt 15.27). Ela o adorou, foi humilde e Jesus
disse: “Grande é a tua fé! Faça-te contigo como queres” (Mt 15.28).
3. Susanna
Wesley, mãe de Carlos e João Wesley
Susanna era a caçula dos 25
irmãos. Era esposa do pastor anglicano
Samuel Wesley. Seu esposo esteve preso por causa de dívidas e ela teve que lutar sozinha
em casa. Mas na ausência do marido abriu cultos com cerca de 200 pessoas.Ela
teve 19 filhos. Nove de seus filhos morreram quando bebês. Quatro das crianças
que morreram eram gêmeos. Uma empregada acidentalmente sufocou um filho. Ela
entendia o compromisso da maternidade como a responsabilidade de educar e
formar homens e mulheres de Deus. Era a responsável pela alfabetização e
evangelização dos próprios filhos.[16]. O ensinamento de Carlos e João Wesley os fez ser capacitados e usados
pro Deus para transformar a Inglaterra.
Algumas dicas dos seus
ensinamentos:
1. Seus filhos eram ensinados sobre a
importância da confissão. Quando eles faziam algo errado e confessavam
completamente, ela não os punia, mas os louvava por sua honestidade; 2. Ela
sempre recompensava a obediência; 3. Quando era necessário disciplinar seus
filhos, ela era moderada e gentil, mas muito consistente. Ela nunca permitia
ser manipulada por seus choros;
4. Barulho nunca era permitido em sua casa;
5.Respeito pelos outros era uma obrigação. A nenhuma das crianças era permitida
invadir a propriedade de um irmão ou irmã por mais insignificante que fosse. Um
centavo ou vinte e cinco centavos não podiam ser tocados se eles pertencessem a
outrem; 6. Conversas semanais eram realizadas com cada filho, e ela os tratava
de acordo com seus temperamentos individuais (Susanna gastava duas horas
ininterruptas todas as noites de quinta-feira com John Wesley); 7.Exercícios
religiosos eram dados às crianças cedo e a noite. Todos eram ensinados a orar
em alta voz, e a oração do Pai Nosso era repetida cada manhã e noite; 8. As
crianças liam alto as Escrituras todas as noites. Os irmãos mais velhos liam
para os mais jovens, e boa parte da noite era ocupada com cânticos de louvor;
9. Orações com toda a família eram realizadas todas as manhãs.[17]
São exemplos de que podemos também fazer o melhor para nossos filhos.
Entre a
tribulação e a glória de Deus
Estudo 17 – Texto Base: 2Co 4.7-15
Vivemos
tempos de desemprego, doenças, mudança de clima que geram fragilidades e
impacto em muitas pessoas. São situações que atingem a todos, mesmo os mais
fervorosos. Às vezes, vemos alguns líderes doentes ou passando por lutas. Paulo
estava passando por essa situação e muitos na igreja não entendiam isso. Como
pode um homem de Deus passar por tribulações e doenças? (2Co 2.4).
Como
pode um ministro de Deus ter tantas lutas?
Paulo
procura mostrar que não somos super homens e nem mulheres maravilhas. Nem temos
a força física de Sansão nem de um leão.
Nossa
fragilidade e o poder de Deus – v.7
Paulo
faz uma comparação da nossa vida com o vaso de barro, que é frágil. Muitos
tesouros eram guardados em vasos, em jarros. Ele explica que somos esse vaso
frágil para que reconheçamos que o poder é de Deus. Somos limitados. Forte é
Deus.
Temos
um tesouro, mas o recipiente, o nosso corpo, é frágil. Isso é importante para
não nos orgulharmos e sempre dependermos de Deus. Deus nos usa no ministério
que nos deu para anunciarmos o Evangelho, que é um tesouro.
Mas
também nosso sofrimento tem limite:
Somos
atingidos pelas aflições, mas não somos derrotados – v.8-9
Somos
atribulados - mas não angustiados;
Ficamos
perplexos – mas não desanimados.
Policarpo
de Esmirna, que viveu entre os anos 69-150 dc., foi um bispo cristão em tempo
de perseguição do imperador que queria que todos adorassem a César. Apesar de
tudo isso, Policarpo não esmoreceu. Foi queimado vivo e serviu de exemplo para
todos os cristãos que continuaram pregando o Evangelho. Ele dizia que não
poderia negar o Senhor Jesus que há oitenta anos servia.
Somos
perseguidos – mas não desamparados por Deus
Nas
perseguições, Deus cuida de nós. Um exemplo é o profeta Elias, que estava
desgastado emocionalmente, mas foi levado pelo anjo para o monte para ser
restaurado por Deus.
Somos
até abatidos, jogados ao chão – mas não somos destruídos.
Nosso
corpo se desgastará, mas nosso espírito se renovará – v.16
Paulo
não desanimava porque sabia que Deus age em nossas fraquezas – Ele disse:
“Quando sou fraco é que sou forte” (2Co 12.10). Nosso corpo passa por processo
de envelhecimento ou desgaste com doenças e aflições, mas dentro de nós o
espírito permanece cada vez mais renovado.
Nosso
corpo ficará na terra um dia, mas nosso espírito voltará para Deus.
A
tribulação produzirá um bem – um grande peso de glória – v.17
Na
tribulação poderemos sentir muito mais o poder de Deus pela dependência que
passamos a ter dele. Chega a ser um peso porque é tesouro...
Muitos
não resistem ao poder de Deus. Wesley relata algo que aconteceu em 1º de
janeiro de 1739: “Às três da manhã aproximadamente, enquanto continuávamos em
oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, a ponto de muitos
clamarem por júbilo e outros tantos caírem no chão. Tão logo nos recobramos um
pouco desse temor e surpresa com a presença de Sua Majestade, falamos todos
juntos: Te louvamos, ó Deus, reconhecemos que Tu És o Senhor.”[18]
Essa
tribulação não será além de nossas forças. Ela será leve e passageira.
Por fim, devemos olhar não para as coisas que passam, mas olhar para aquilo que é eterno – v.18.
O poder
concedido no Pentecostes
Estudo 18 - Texto Base: Lc 24.49
A
Igreja evangélica coreana cresceu num solo regado pelo sangue dos mártires.[19] Milhares de crentes foram castigados até a
morte, com requintes de crueldade, na época da ocupação japonesa. Centenas de
pastores foram decapitados às margens do rio Ran. Mais tarde, na terrível
guerra contra a Coréia do Norte, outras centenas de crentes morreram por sua
fidelidade a Cristo. Na Coreia do Sul há um Museu de Mártires com uma enorme
sala com quadros emoldurados com as fotografias de centenas de mártires. Em
cada quadro havia um breve histórico com o relato da vida, das obras, do
ministério e sobretudo da maneira cruel com que cada pessoa foi torturada e
morta pela sua fé.
O cristianismo na Coreia do
Sul passou por um grande avivamento.
Geração do oba
oba
Enquanto
muitos cristãos morrem por seu testemunho em países mulçumanos, em terras de
liberdade e libertinagem, muitos crentes são dominados pela corrupção,
prazeres, sexo, bebidas etc.
Alguém
disse: “Essa geração mimada. Essa geração que não aceita
repreensão. Não aceita correção. Ela quer oba oba, ela quer milagre, ela
quer pentecoste, ela quer rolar, ela ora em línguas, ela quer profecia, ela não
quer ser mártir por cristo!”.
Paulo chamou
sua geração de corrompida e perversa (Fp 2.15). Mas o
apóstolo convoca os cristãos a serem diferentes: “Para que sejais
irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração
corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo” (Filipenses 2.15).
Jesus disse sobre a geração de sua época:
“Ó geração incrédula e perversa” (Lc 9.41). Disse mais:
“Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será
dado” (Mt 16.4). Nenhum sinal será dado. Por isso, Deus tem se afastado hoje e
falta verdadeiro poder do Espírito Santo em muitas igreja e pessoas.
A
geração de discípulos de Jesus pagou um preço e estava pronta para sofrer, ser
presa e até morrer por Ele, por isso Deus enviou a promessa do Espírito Santo
que fez toda a diferença: Eles ficaram cheios do Espírito Santo no Pentecostes
e foram capacitados para viver e anunciar o Evangelho.
O poder que
receberam foi amplo. Dentre eles, estão:
1.
O poder
sobrenatural de falar nas línguas de outros povos para lhes pregar o Evangelho
(Atos 2.8);
2.
O poder da
autoridade moral e espiritual. Pedro pregou com ousadia para os judeus (Atos
2.14);
3.
O poder de
ministrar a Palavra fixando impressões salvadoras na mente dos ouvintes com
grandes frutos (Atos 2.41);
Em
Atos 2.38 diz que os judeus ficaram compungidos quando Pedro lhes pregou a
Palavra. Eles ficaram comovidos, sensibilizados, afligidos.
4.
O poder de
perseverar para viver uma vida santa (Atos 2.42) e isso incluía uma vida de
submissão aos apóstolos, prática e fidelidade à doutrina ensinada, vida de
oração, vida de comunhão com o povo de Deus.
5.
O poder da fé
para curar. Pedro disse que não tinha dinheiro para esmola, mas tinha o poder
de curar em nome de Jesus (Atos 3.6, 16);
6.
O poder da
coragem para testemunhar em meio às adversidades (Atos 4.31,33).
Pedro e João haviam acabado de sair da prisão
e foram ameaçados, se pregassem de novo a Palavra. Mas eles não pararam.
7.
O poder de viver
unido como Corpo de Cristo (Atos 4.32). Isso só foi possível porque o EU foi
crucificado e eles se tornaram servos e servas uns dos outros.
8.
O poder de uma
vida de abnegação e de amor para repartir e suprir as necessidades de cada um
(Atos 4.33-34).
Precisamos novamente desse poder em nossas
vidas.
Encorajamento
que nos faz vencedores
Estudo 19 – Texto Base: Hb 10.32-36
Muitas pessoas desistem logo no início ou no meio do caminho por falta
de força, animo e coragem. É assim fazendo um curso ou com um sonho, um
trabalho etc.
Muitos precisam de um encorajamento para continuar. Encorajamento
significa estimulo, incentivo que gera animo, coragem.
O autor de Hebreus encorajou pela palavra: “Lembrai-vos, porém, dos
dias passados, em que, depois de serdes iluminados, suportastes grande combate
de aflições” (Hb 10.32).
Jesus encorajou Paulo pela palavra: “Na noite seguinte, o Senhor,
pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo porque deste testemunho a
meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma” (At 23.
11). O encorajamento que o cristão deve ter é para enfrentar grandes
adversidades e para alcançar grandes objetivos. Alguns são tão fracos que
precisam ser encorajados apenas para levantar cedo da cama para ir trabalhar ou
para fazer um curso.
O encorajamento ideal deve vir também acompanhado do revestimento do
alto
A Bíblia diz: “depois de Iluminados sustentastes”. A palavra
“sustentastes” está relacionada ao sustento: “sustentastes grandes lutas e
sofrimento” (Hb 10.32).
Significa que está sendo alimentado, nutrido para se manter vivo no
sonho, na luta. Esse é um encorajamento perfeito: pela palavra de animo e pelo
revestimento.
As palavras coragem, encorajamento e cordial vem do latim cor.
Cordialidade é a manifestação do amor, carinho, respeito e boa vontade.O
encorajamento e a cordialidade devem andar juntos. O encorajamento deve ser com
amor, com cordialidade.
Richard I, rei da Inglaterra de 1189 a 1199, era admirado pela coragem.
Cantando os seus feitos, os poetas da época o chamavam de “Richard, Coração de
Leão”. Ele desafiava os soldados com amor.
Ele era corajoso e amoroso – Coração de Leão. Aos dezesseis anos,
Ricardo comandou seu próprio exército, acabando com rebeliões contra seu pai.
Virtudes que sustentam nas adversidades:
O encorajado deve ter uma estrutura adequada para suportar grandes
lutas e desafios. Se ele tiver um alicerce forte resistirá. O autor de Hebreus
fala de algumas virtudes necessárias:
Abnegação: “Em parte fostes feitos espetáculo com
vitupérios e tribulações, e em parte fostes participantes com os que assim
foram tratados. Porque também vos compadecestes das minhas prisões, e com
alegria permitistes o roubo dos vossos bens” (Hb 10.33-34).
Foco nos reais valores do Reino: “(...) sabendo que em
vós mesmos tendes nos céus uma possessão melhor e permanente” (Hb 10.34).
Confiança: “Não rejeiteis, pois, a vossa confiança,
que tem grande galardão” (Hb 10.35).
Perseverança: “Porque necessitais de perseverança (...)”
(Hb 10.36).
Fazer a vontade de Deus
(...) “para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais
alcançar a promessa” (Hb 10.36). Aqueles que perseveram alcança a promessa de
Deus, realiza seus sonhos.
Você tem recebido o encorajamento para superar as adversidades e ir em frente? Você tem adquirido as virtudes para ser um sustento em suas lutas e sonhos?
Chamados a
ter bom senso
Estudo 20 –
Texto Base: 1Tm 1.18-20
Na primeira epistola a Timóteo, Paulo fala sobre diversas pessoas que
naufragaram na fé e orienta como proceder para nos manter firmes. Em sua
epístola Paulo aborda sobre o bom senso, a boa consciência. O bom senso hoje é
raro. Existe muita insensatez.
Bom senso vem do Latim SENSUM, “percepção, sentimento, significado”, de
SENTIRE, “perceber, sentir, saber”. [20] A palavra “senso” é definida como “juízo”, “entendimento” e “sabedoria
prática ou critério”.[21]
O livro de Provérbios fala do valor do bom senso: “O bom senso te
guardará, e a plena inteligência te protegerá” (Pv 2.11).
Na epistola de 1º
Timóteo Paulo fala do bom senso para nos mantermos firmes na fé:
1.
Devemos ter bom
senso de só fazer o que promove o serviço de Deus
Paulo fala para Timóteo exortar para que deixem de lado fábulas e mitos
que promovem discussões em vez de promoverem a obra de Deus (1Tm 1.3-5).
Por causa disso, alguns se desviaram da fé perdendo-se em loquacidade
frívola (1Tm 1.6). “Loquacidade é a facilidade ou aptidão para discursos, eloquência,
e frívolo significa inconsistente, inútil, superficial, fútil, leviano”.[22]
2.
Devemos manter a
fé e a boa consciência
Paulo diz para Timóteo fazer exortação para ser mantida a fé e a boa
consciência, pois alguns rejeitaram a boa consciência e vieram a naufragar na
fé (1Tm 1.18-20).
Na Bíblia, a palavra grega para “consciência” significa literalmente
“conhecimento consigo mesmo”.[23] Paulo diz que fala palavras de verdade e bom senso (At 26.25).
Diz ainda: “Homens irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de
Deus com toda a boa consciência” (Atos 23.1).
3. A mulher deve ter bom senso no uso das vestes
Deve usar traje decente, se ataviem com modéstia, não usar outro ou pérolas e vestidos dispendioso (1Tm 2.9); deve realizar boas obras (1Tm 2.10); ser uma mãe com fé, amor e santificação com bom senso (1Tm 2.15).
4. Devemos ter bom senso no uso do
dinheiro
Evitar a cobiça, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males
(1Tm 6.9-10). Timóteo deve fugir dessas coisas e seguir a justiça, a piedade, a
fé e o amor, a constância, a mansidão (1Tm 6.11).
O livro de Provérbios afirma: "O homem de bom senso economiza e
tem sempre bastante comida e dinheiro em sua casa; o tolo gasta todo o seu
dinheiro assim que o recebe" (Pv 21.20).
5. Os ricos devem ter bom senso e não depositar a esperança na
instabilidade da riqueza, mas em Deus (1Tm 6.17)
evem praticar o bem, serem ricos de boas obras, generosos em dar e
prontos a repartir (1Tm 6.18-19). O livro de Provérbios afirma: "Não
esgote suas forças tentando ficar rico; tenha bom senso!”
(Pv 23.4-5).
6.Devemos ter o
bom senso e o guardar o tesouro de Deus em nós
Timóteo deve ter o bom senso e guardar o tesouro a ele confiado e
evitar falatórios inúteis. Alguns se desviaram da fé por causa disso (1Tm
6.20-21). A insensatez "(...) Aos que não têm bom senso ela diz: "A
água roubada é doce, e o pão que se come escondido é
saboroso!"(Pv 9.16-17).
Somos chamados a andar com boa consciência. Paulo disse: “Varões
irmãos, até ao dia de hoje tenho andado diante de Deus com toda a boa
consciência” (Atos 23.1).
Níveis de
intimidade com Jesus
Estudo 21 – Texto Base: Ef 3.14-17
Como cristãos temos
diferentes níveis de comunhão e intimidade com Jesus. Na Bíblia aprendemos
sobre esse nível de intimidade.
Os discípulos eram os
seguidores e aprendiam com Jesus. Mas havia outros mais próximos: “E nomeou
doze para que estivessem com ele” (Mc 3.14). Em todas as partes, eles
estavam com Jesus. Neste nível, os discípulos andam sempre lado a lado com
Jesus.
Podemos ser amigos de Jesus
Primeiro é preciso ser servo
para depois ser amigo de Jesus: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos
mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor;
mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer” (João 15.14-15).
Nesse nível, a intimidade e a confiança são maiores. Jesus compartilha coisas
dos céus. Ele dá a conhecer coisas que Ele ouviu do Pai. É a revelação.
Podemos estar afastados da
comunhão com Jesus
A Igreja de Laodiceia não
agradava ao Senhor. Era uma igreja sem comunhão e sem vida: “... porque és
morno e nem és quente nem frio...” (Ap 3.16). Jesus estava a ponto de vomitá-lo
da minha boca (Ap 3.16).
A Igreja era arrogante, pois dizia “Estou rico e abastado e não preciso de
coisa alguma” (Ap 3.17) e não reconhecia, “porém, que é miserável, digno de
compaixão, pobre, cego e que está nu”(Apocalipse
3.17). Neste nível, não há comunhão. Jesus está do lado de
fora, mas espera com Sua graça para os abençoar: “Eis que estou à porta e bato:
se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com
ele, e ele comigo” (Ap 3.20).
Para Jesus habitar no
coração
O coração é a sede do
intelecto, da mente, desejos, sentimentos. É de onde saem os desejos e
pensamentos maus (Mc 7.21). Ele é enganoso. Por isso, Paulo fala da circuncisão
do coração (Rm 2.29). É preciso ser purificado. O coração é o lugar onde Jesus
precisa habitar: “Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem
toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, para que, segundo a
riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante
o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração,
pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor” (Ef 3.14-17).
“Para que Cristo possa
habitar em nosso coração, para que possa dominar os nossos pensamentos, nossos
sentimentos, nossas intenções, temos que ser primeiro fortes no homem interior,
e esse homem interior se refere ao espírito, que é a parte mais interior do
nosso ser”.[24]
A Bíblia fala em homem
interior do coração (1Pedro 3.4).
Se estivermos com o coração
limpo, Jesus habitará nele. O homem interior é o habitat do Espírito Santo. É
de onde jorram rios de águas vivas (João 7.38). Por isso, o amor de Deus é
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5.5). O
amor vem do homem interior para o coração. Um coração alicerçado em amor criará
um ambiente para Jesus habitar (Ef 3.17). Habitar aqui significa alojar-se,
residir, habitar permanentemente.
Cristo vive em nós
“Fui crucificado com Cristo.
Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gálatas 2.20).
Veja que o “eu” (vontade, desejos) de Paulo estava crucificado, por isso a
carne não tinha espaço e assim Jesus reinava plenamente em sua vida.
É ter a mente de Cristo! Ter a mente de Cristo é ter a plenitude de Deus.
Eliminando
emoções negativas para ter vida em abundância
Estudo 22 – Texto Base: Gn 25.27-34
“Por causa da minha falta de
juízo, tenho feridas que cheiram male apodrecem. Estou muito abatido e
encurvado e choro o dia todo. Estou muito doente, queimando de febre. Sinto-me
profundamente abatido e desanimado; o meu coração está aflito, e eu fico
gemendo de dor” (Salmo 38.5-8).
Os sentimentos e emoções que
temos afetam grandemente nosso corpo e a nossa mente e podem nos levar à morte.
Precisamos aprender a lidar com os sentimentos negativos para termos vida em
abundância.
A Bíblia nos dá várias
orientações dentre elas, estão:
1.
É possível
eliminar o ressentimento e a amargura pelo perdão
“Livrem-se de toda amargura
(…) perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo” (Efésios
4.31-32).
“(...) o ressentimento é o
resultado do que outras pessoas fazem contra mim. Eu sinto culpa pelo que faço
contra as pessoas, mas eu fico ressentido por causa do que elas fazem contra
mim (...) o modo como tratamos o ressentimento determina se cresceremos ou
encolheremos. Eu posso escolher se a situação vai me devastar ou se vai me dar
uma nova direção; se me ajudará a prosseguir ou a retroceder; refinar ou
estagnar”.[25]
Toda vez que recordamos do
fato que nos feriu, ficamos ressentidos e somos magoados e amargurados
novamente. O livro de Jó diz: “Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta
de juízo que leva à morte” (Jó 5.2, NTLH).
2.
É necessário
eliminar a culpa para termos uma vida saudável
“Culpa’ é o termo que usamos
para os sentimentos negativos que repetidamente sentimos quando cometemos um
erro que consideramos grave, ou quando fazemos algo que gostaríamos de não
fazer ou de não ter que fazer”..[26]
Alguém disse que “Nada pode
destruir a alma mais rapidamente do que a culpa”.[27]
É um mecanismo de autodestruição.
Davi disse: “As minhas
culpas me afogam; são como um fardo pesado e insuportável. Estou encurvado e
muitíssimo abatido; o dia todo saio vagueando e pranteando” (Salmo 38.4 e 6).
Não adianta fingir que nada aconteceu e nem racionalizar dizendo que todo mundo
faz a mesma coisa. Se errarmos, temos que pedir perdão a Deus através de Jesus
e a paz de Deus inundará nossos corações. A culpa nos faz ter baixa alta estima
e nos torna depressivos. A vida fica negativa. Jesus disse: "Os olhos são a candeia do corpo. Se os
seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz. Mas se os seus olhos
forem maus, todo o seu corpo será cheio de trevas” (Mateus 6.22-23).
3.
É necessário eliminar a raiva e a ira para possuir a terra
A raiva é um
mecanismo usado para tentar se auto preservar, mas ela acaba destruindo. A
pessoa agride porque se sente ameaçada. Muitos explodem e perdem coisas
preciosas por causa da explosão de raiva. Só que precisamos agir com mansidão e
ter uma atitude equilibrada.
Muitas pessoas têm agido com
violência chegando a matar por se sentirem agredidas ou rejeitadas. Muito comum
é reagir ao Bullying, que significa “valentão!”. “O Bullying é um termo
utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica, intencionais
e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de indivíduos causando dor e
angústia (...)”.[28]
Dizem que a frustração,
medo, dúvida e a culpa produzem a raiva. “Quem se libertar destas quatro
emoções negativas dominará o mundo”.[29]
É preciso conhecer os motivos da raiva e procurar dominá-la. É preciso perdoar
e colocar sua raiva na cruz de Cristo.
O Espírito Santo é o melhor
remédio para a cura. Ele traz domínio próprio.
Um cachorro
morto na mesa do rei
Estudo
23 – Texto Base: 2 Samuel 9.1-12
Davi havia prometido a seu
amigo Jonatas, filho do rei Saul, que ele trataria com bondade os seus
descendes (1Sm 20.14-17).
Anos depois que Jonatas e
Saul haviam morrido, certo dia Davi perguntou: “- Será que alguma pessoa da
família de Saul ainda está viva? Se está, eu
quero fazer alguma coisa boa para essa pessoa, por causa de Jonatas”
(2Sm 9.1).
O rei tem um coração fiel e
abençoador
Davi fez novamente esta
pergunta a Ziba, um empregado da família de Saul.
A resposta de Ziba foi que
havia um filho de Jonatas, que era aleijado (2Sm 9.3).
O rei que abençoa até mesmo
os aleijados
E Davi quis saber onde ele
estava e mandou buscá-lo (2Sm 9.4-5).
Era Mefibosete, que
significa “vergonha”. Ele se ajoelhou diante de Davi e depois disse ao Rei,
respondendo: “As suas ordens, senhor”.
Davi disse para ele não
temer e deixou claro que seria bondoso com ele por causa da promessa feita a
Jonatas (2Sm 9.7).
O rei bondoso que eleva um
cachorro morto à dignidade
Duas coisas Davi prometeu a
Mefibosete: restituir as terra que era do seu avô, Saul, e convidá-lo para
estar sempre à mesa do rei (2Sm 9.7).
Mefibosete não se
considerava digno: “Eu não valho mais do que um cachorro morto (2Sm 9.8).
O cachorro morto passa a ser
acolhido com um filho do rei
Mefibosete havia perdido o
pai (Jonatas), avo (Saul) numa batalha e, para piorar, uma criada ao tentar
salvá-lo apressadamente o deixou cair ficando ele aleijado:
“E Jônatas, filho de Saul,
tinha um filho aleijado de ambos os pés; era da idade de cinco anos quando as
novas de Saul e Jônatas vieram de Jezreel, e sua ama o tomou, e fugiu; e
sucedeu que, apressando-se ela a fugir, ele caiu, e ficou coxo; e o seu nome
era Mefibosete” ( 2 Samuel 4. 4).
Mas Davi restituiu a sua
posição na família real:
“Quanto a Mefibosete, disse
o rei, comerá à minha mesa como um dos filhos do rei” (2 Samuel 9.11).
“Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém, porquanto sempre comia à mesa do rei, e
era coxo de ambos os pés” (2 Samuel 9.13).
Jesus, o rei que restaura
nossa dignidade
Davi foi um protótipo de
Jesus, mas Jesus foi muito mais além.
Jesus foi o Rei humilde, que
andou no jumentinho;
Jesus foi o Rei amoroso que
chamou pescadores para sentar à sua mesa;
Jesus foi o Rei que tocou em
leprosos, cegos e aleijados para os curar;
Jesus foi o Rei que chamou
os pecadores ao arrependimento para elevá-los a condição de filhos de Deus.
Jesus é o Rei dos reis, o
Senhor dos senhores.
O cristão
vitorioso que agrada a Deus
Estudo 24 – Texto Base: Romanos 12.10-12 – Lição 1
Todos querem agradar a Deus
e fazer a Sua vontade. Quem agrada a Deus consequentemente é um vitorioso.
Como podemos agradar a Deus?
1. Amando dedicadamente uns aos outros com amor
fraternal
“Amor fraternal é
um sentimento de carinho muito forte, de dedicação, de interesse pela
figura do outro, gerando sentimentos positivos e construtivos, podendo até em
certos momentos, levar o indivíduo a fazer grandes sacrifícios, que só seria
capaz de fazer por ele mesmo”.[30]
2. Preferindo dar honra
a outras pessoas, mais do que a si próprios
Acho que ele “adiciona” mais
um “ingrediente” a este ensinamento quando diz: “Nada façais por contenda
ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a
si mesmo” (Fp 2.3).[31]
Honra não é para quem
precisa, pois quem precisa deve receber ajuda. Honra é para quem merece.
Mais
à frente, Paulo amplia esse ensinamento: “Dai a cada um o que lhe é devido: se
imposto, imposto; se tributo, tributo; se temor, temor; se honra, honra” (Rm
13.7).
3.
Não
sejais (remissos) descuidados do zelo
A
palavra “remisso” deriva do grego e significa:
- que tarda em
fazer ou dizer alguma coisa.
- que demonstra
negligência; descuidado.[32]
A palavra “zelo” quer dizer dedicação
ardente, paixão, cuidado, interesse.[33]
A
expressão grega para zelo é “σπουδη” -“spoude”, que
significa, “diligência, ou empenhar-se por algo, fazer com toda diligência,
interessar-se com muita seriedade
(...)”.[34]
Na parábola dos
talentos, em Mateus 25.14-30, Jesus chamou de “negligente” (v. 26) aquele que
aplicou mal o dinheiro do patrão. A palavra usada por Jesus é a mesma que Paulo
usou para “remisso” “οκνερος” – “okneros”.[35]
4. Sede
fervorosos no espírito
No dicionário, fervor
significa “estado daquilo que ferve, ardor,
grande desejo”. Outros significados do dicionário para esta palavra são “grande
desejo, devoção ardente, grande dedicação”.[36]
A
palavra grega para fervoroso é zeo,
que significa “ferver como líquido.[37]
Jonas disse para os ninivitas: “Que cada pessoa ore a Deus com fervor e abandone os seus maus caminhos e as suas maldades!” (Jonas 3.8). Outra tradução diz: “e clamem fortemente a Deus”.
O cristão
vitorioso que agrada a Deus
Estudo 25 – Texto Base: Romanos 12.10-12
– Lição 2
Vimos na lição anterior que
todos querem agradar a Deus e fazer a Sua vontade. Quem agrada a Deus consequentemente
é um vitorioso.
Vimos também algumas
práticas que agradam ao Senhor. Vamos ver mais algumas:
1. Servir ao Senhor
Jesus era Servo e nos ensinou a sermos servos. Para Jesus,
maior é o que serve: “Não será assim entre vós. Ao
contrário, quem desejar ser importante entre vós será esse o que deva servir
aos demais” (Mt 20.26).
Paulo nos chama a servir ao Senhor. Ele deu o exemplo:
Servi ao Senhor com toda a humildade e com lágrimas, sendo
impiedosamente provado pelas ciladas dos judeus. Sabeis
igualmente, que jamais deixei de vos pregar nada que fosse proveitoso, mas vos
ensinei tudo em público e de casa em casa” (Atos 20.19-20).
- Alegrar-se na esperança
- Esperança é um
"sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja;
confiança em coisa boa; fé;
- "e. de uma
vida melhor".
É a segunda das
três virtudes ao lado da fé e do amor [Representa-se por uma âncora.].[38]
O termo grego Elpis para
esperança é usado por Paulo em I Tessalonicenses 1.3:
"Lembrando-nos
sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da
esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai’. Aqui,
no idioma grego, se refere a “permanecer
confiante em uma promessa”.[39]
Esperança significa que
temos fé que algo vai acontecer. Nosso espírito deve seguir os mesmos passos da
esperança: alegrar-nos. A alegria é a força que vai nos dar ânimo para esperar,
se a benção demorar.
3. Ser paciente na tribulação
Ludmila Ferber diz num
cântico: “(…) em tempos de guerra nunca pare de lutar”.
O termo "paciente" é um verbo grego
"makrothumeo" que é composto das palavras "makros" que
significa “longe” e "thumos" que significa "raiva",
"ira". Em outras palavras, "makrothumeo" significa
"afastar-se antes que você fique irado.1" e é o
oposto de “temperamento curto". "Makrothumeo" tem mais o
significado de ser paciente com as pessoas do que ser paciente com as
situações, pois ser paciente com as situações há outra palavra em grego que
será usada mais tarde na mesma passagem de 1 Coríntios. O amor não se irrita
com as pessoas facilmente, não perde a têmpera, mas permanece paciente.[40]
4.
Perseverar na oração
É uma capacidade de aguentar. O verbo
grego para “perseverar” significa “permanecer ou ficar embaixo”. Ocorre 17
vezes na Bíblia.
No grego “hupomeno”,
significa permanecer, não retirar-se ou fugir, preservar sua fé mesmo
que sob provações e sofrimento, aguentar bravamente e manter-se
firme.[41]
No sentido bíblico,
perseverança envolve firmeza, manter a atitude mental correta e não perder a
esperança ao enfrentar provações.[42] Para perseverar precisamos
recorrer ao Deus ‘que confere poder’ (Filipenses 4.13).
O galardão
do cristão fiel
Estudo 26 – Texto Base: Mateus
10.41
A
palavra galardão vem do grego "misthós" e significa
salário, recompensa.
O Novo Testamento fala de galardões reservados
para o cristão. São recompensas ou prêmios.
O Galardão depende totalmente do crente
“A vida eterna é alcançada
pela graça por meio da fé. Porém, o galardão vem como conseqüência das obras
realizadas depois da fé. Todos os que crêem estão participando de uma corrida e
são comparados a um atleta que luta, um guerreiro que batalha, um lavrador que
semeia, um pedreiro que edifica (1Co 9:24-27; 2Tm 2:3-6; 1Co 3:9-11)”.[43]
-Paulo disse que “Se o que alguém construiu permanecer,
esse receberá recompensa” (1Co 3.14).
-Um
copo de água fria dado a um discípulo só pelo fato de este pertencer a Cristo
será motivo de galardão (Marcos 9.41);
-O Senhor voltará e dará o galardão para cada
um segundo as suas obras (Apocalipse 22.12).
Galardão é um merecimento
“O Galardão é merecido; é o salário pelo
serviço prestado, recebido pelas obras através do labor e sacrifício. No
Galardão o menor serviço é lembrado (...)”.[44]
“Mas
tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que
está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.6).
Wesley disse: “Quando o Filho do homem vier
na sua gloria e conceder a todos a sua recompensa, esta será indubitavelmente
proporcional 1) à nossa santidade interior, à nossa semelhança a Deus; 2) às
nossas obras; 3) aos nossos sofrimentos.[45]
Salvação e galardão
O Galardão é oferecido aos justos; a Graça é
oferecida aos perdidos.[46]
A salvação é pela graça. O galardão é prêmio
ao serviço do crente pelo Reino de Deus. Fazer o comum não dá direito ao
galardão: “Se amardes os que vos amam, que galardão tereis?” (Mt 5.46).
Jesus indica que existem níveis de galardão
"Alegrai-vos e exultai, porque é grande
o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram
antes de vós" (Mateus 5.12).
“Quem recebe um profeta, no caráter de
profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de
justo, receberá o galardão de justo.” (Mateus 10.41).
“Ora, o que planta e o que rega são um; e cada um receberá
o seu galardão, segundo o seu próprio trabalho” (1 Coríntios 3.8).
Todos nós iremos um dia ao tribunal de
Cristo, "para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito"
(2Coríntios 5.10).
“E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras” (Apocalipse 22.12).
Operários de
Deus para a reconstrução
Estudo 27 – Texto Base: Efésios
3.13
Após cinco anos
da passagem do furacão Katrina em Nova Orleans, 2005, a cidade ainda estava em
reconstrução. Cerca de 200 mil casas ficaram debaixo d'água, mais de 1
milhão de pessoas tiveram que migrar para outros lugares. Calcula-se que mais
de 1.800 pessoas tenham morrido.[47]
Reconstruir não
é fácil. Neemias foi despertado para reconstruir os muros de Jerusalém e teve
muita oposição, mas conseguiu. Levou 52 dias.
Reconstruir
muros é mais fácil do que reconstruir caráter. É preciso boa vontade, perseverança,
querer, paciência, amor etc. É possível reconstruir asas de borboletas que
foram danificadas. É possível colocar uma prótese e um joelho funcionar. É
possível também reconstruir vidas. Jesus veio para os doentes e aos que
precisam. Ele disse que veio para que tivéssemos vida em abundância.
Entenda esse
processo de reconstrução:
1.
Fomos
criados à imagem de Deus (Gn 1.27)
Com capacidade
de amar, raciocinar, senso moral, liberdade, desenvolver etc. Essa imagem foi
parcialmente desconstruída em nós. O diabo veio como um leão, levou ao pecado e
como um tsunami nos atingiu e jogou a construção de Deus no chão. Seu propósito
é destruir a imagem de Deus no ser humano, família e Igreja.
2.
O arquiteto
da desconstrução
O diabo é o
arquiteto da desconstrução da imagem de Deus em nós.Foi ele quem levou Adão e
Eva a desobedecerem, terem medo e a fugirem de Deus. Foi ele quem jogou um
contra o outro. Ele conseguiu tirar o casal do Jardim do Éden e hoje quer nos
tirar do Reino de Deus.
Ele usa o
próprio ser humano para desconstruir essa imagem. Quando rejeitamos, criticamos
e desmerecemos às pessoas prejudicamos sua imagem e jogamos no chão a imagem de
Deus.
De que lado você
está? Você é um demolidor ou reconstrutor?
O diabo usa seus
demônios e todos os meios possíveis, especialmente a Mídia.Usa as drogas, as
bebidas, as guerras, as agressões, as injustiças para destruir a imagem de Deus
no ser humano. O diabo detesta a imagem de Deus.
3.
Jesus veio
para reconstruir essa imagem de Deus em nós
Ele veio
destruir as obras do diabo: “Para isto o Filho de Deus se manifestou: para
desfazer as obras do diabo” (1 João 3.8). Seu sangue na
cruz pagou um alto preço e nos purifica do pecado. O Espírito Santo foi enviado
para trabalhar no processo de reconstrução. O Novo nascimento dá inicio a esse
processo de reconstrução. A santificação é o processo de reconstrução da imagem
de Deus em nós.
4.
Deus chamou
operários para essa obra de reconstrução
Somos esses
operários: evangelistas, pastores, discipuladores, intercessores, visitadores
etc.
- O propósito é
aperfeiçoar os que nasceram de novo (os santos) – Ef 4.11;
- E tornar o
Corpo de Cristo edificado, construído - (Ef 4.12). O diabo quer desconstruir a
imagem da Igreja. Como ministros, devemos edificá-la, como povo de Deus devemos
manter a sua unidade.
- O propósito
final da reconstrução é ter o pleno conhecimento do Filho de Deus. Até nossa
imagem ser igual a de Cristo (Ef 4.13).
“Mas todos nós, com rosto descoberto,
refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em
glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18).
É preciso querer ser tratado pelos ministros, pela graça de Deus e Espírito Santo. Assim seremos transformados de “glória em glória” (2Co 3.18).
Nós podemos
também ser iguais a Estevão
Estudo 28 – Texto Base: Atos
6.3
Charles Pamla,
um jovem da África do Sul, estudava a Bíblia enquanto cuidava das ovelhas e
pregava para as árvores. Ele buscou a inteira santificação e conseguiu em 1866
e se tornou um pregador cheio do Espírito Santo com mais de 25 mil conversões.
Nós podemos ir além. Jesus disse que outras coisas maiores nós iremos fazer.
Podemos porque é
um propósito do Senhor pra seus filhos e filhas. Podemos por causa da fé que
temos e do Espírito Santo que habita em nós.
A história de
Estevão é poderosa e mostra que podemos fazer o mesmo.
1. Ele serviu
às mesas
Nós podemos
também. Estevão era simples, humilde. O seu coração estava pronto para servir.
Servir às mesas era um importante negócio: “E os doze, convocando a multidão
dos discípulos, disseram: Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e
sirvamos às mesas. Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa
reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos
sobre este importante negócio” (Atos 6.2-3).
2. Estevão
era cheio do Espírito Santo.
Nós podemos
também. Ele era cheio do Espírito; E elegeram Estêvão, homem cheio de fé
e do Espírito Santo (Atos 6.5).
Você pode também. Paulo disse em Efesios
5.18: “Enchei-vos do Espírito”.
3. Estevão era instrumento do poder e
graça de Deus
Nós podemos também. “E Estêvão, cheio
de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”. (At
6.8). Podemos fazer grandes sinais em
meio ao povo.
John Abner Snell
nasceu em uma família muito zelosa espiritualmente. Aos 11 anos ele aceitou a
Jesus e aos 14 anos decidiu dedicar sua vida a Obra de Cristo. Ele se preparou
e foi como médico missionário para a China. Os chineses consideravam ele como
fazedor de milagres.
4. Estevão tinha a mente de Cristo e
era cheio de sabedoria
Nós podemos
também. Ele tinha a mente de Cristo, uma sabedoria que derrotava a todos
adversários. Diversos homens discutiam com Estêvão, mas não podiam fazer frente
"à sabedoria e ao espírito com que falava" (Atos 6.9-10).
5. A glória de Deus resplandecia em
Estevão
Nós podemos
também resplandecer a glória de Deus. A glória de Deus resplandecia em sua vida
(At 6.15): “Então, todos os que estavam assentados no Sinédrio, ao fixarem seus
olhos em Estevão, viram que seu rosto parecia como o rosto de um anjo”.
6. Estevão tinha autoridade e coragem para
testemunhar em meio à oposição (At 7.51).
Nós podemos também. Estevão pregou com
ousadia e disse: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido,
vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual
dos profetas não perseguiram vossos pais?” (At 7.51-52).
7. Mesmo em meio ao ódio, Estevão via a
presença de Deus (At 7.55).
Sim, nós
podemos. “E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os
dentes contra ele.Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no
céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis
que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de
Deus” (At
7.54-56).
8. Estevão perdoou os que o apedrejaram
Nós podemos
também. Seu coração cheio de amor estava pronto para perdoar: “E, pondo-se de
joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo
dito isto, adormeceu” (At 7.60). É possível, sim, perdoar como Estevão perdoou.
Os
propósitos e o governo de Deus em meio às crises e lutas
Estudo 29 – Texto Base: Jr 25.1-14 – Lição 1
O
profeta Jeremias exortou os habitantes de Jerusalém a abandonarem sua idolatria
e apostasia. Ele via um cativeiro de setenta anos no horizonte (Jr 25.1-14) e
viveu para ser testemunha das invasões babilônicas de Judá, que resultariam na
destruição de Jerusalém e do templo.[48]
A
corrupção era tanta que Deus não teve alternativa senão corrigi-la permitindo o
cativeiro na Babilônia. No terceiro ano de Jeoaquim (reinou de 608 a 597 a.C.) como rei
de Judá, o rei Nabucodonosor, da Babilônia, atacou Jerusalém e os seus soldados cercaram e conquistaram a
cidade (597 a.C.).[49]
Muitos
foram levados cativos para a Babilônia, inclusive o rei (Jr. 22.24-30). No
total foram levadas 4600 pessoas (Jr 52.28-30). Dentre eles quatro jovens
tementes a Deus: Daniel ou Beltessazar, Hananias, Misael e Azarias. Eles foram
levados cativos para trabalhar no palácio do rei, mas deveriam antes ser
preparados durante três anos na cultura dos caldeus.
O
povo levado cativo tinha saudades de sua terra (Salmo 137). Esses quatro jovens
enfrentaram desafios, provas, perigos de morte, mas não se converteram aos
deuses e cultura dos caldeus e foram usados por Deus. Eles estavam debaixo do
governo do Senhor.
Nesta
história aprendemos várias lições:
1.
Podemos ser levados cativos para o terreno do
inimigo para dar testemunho
Daniel,
Hananias, Misael e Azarias enfrentaram desafios, provas. Eles deixaram a vida simples, a cultura e a religião de seu
país para estar em terreno do inimigo, mas foram usados por Deus. Eles estavam
debaixo do governo do Senhor (Dn 1.3-4).
2.
Podemos ser cativos de governos, mas podemos
decidir não ser escravos do pecado
“E
Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do
rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe
permitisse não se contaminar” (Daniel 1.8).
3.
Sob o governo de Deus, Ele intervirá na vida
daquele que é justo para realizar seus grandes propósitos
A
história de Daniel é semelhante à de José. Deus tocava no coração das pessoas
para abençoar seus servos: “Ora, Deus fez com que Daniel achasse graça e
misericórdia diante do chefe dos eunucos” (Daniel 1.9).
4.
Deus concede dons para capacitar seus servos para
enfrentar as dificuldades
Semelhante
a José, Deus concedeu o dom de entendimento em toda visão e sonhos: “Quanto a
estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as
letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos” (Daniel
1.17).
Daniel
estava em terreno do inimigo, mas capacitado para enfrentar os desafios.
No
próximo estudo concluiremos este tema.
Os
propósitos e o governo de Deus em meio às crises e lutas
Estudo 30 –
Texto Base: Salmo 137 – Lição 2
Vimos na lição anterior que o
povo de Deus foi levado cativo para a Babilônia e tinha saudades de sua terra
(Salmo 137).
Daniel
ou Beltessazar, Hananias, Misael e Azarias enfrentaram desafios, provas,
perigos de morte, mas não se converteram aos deuses e cultura dos caldeus e
foram usados por Deus. Eles estavam debaixo do governo do Senhor.
Vimos na lição anterior
algumas várias lições retiradas de suas experiências. Vamos ver mais algumas:
1.
A confiança no governo de Deus nos faz enfrentar
desafios
“E
saiu o decreto, segundo o qual deviam ser mortos os sábios; e buscaram a Daniel
e aos seus companheiros, para que fossem mortos.Então Daniel falou avisada e
prudentemente a Arioque, capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar
os sábios de babilônia. Respondeu, e disse a Arioque, capitão do rei: Por que
se apressa tanto o decreto da parte do rei? Então Arioque explicou o caso a
Daniel.E Daniel entrou; e pediu ao rei que lhe desse tempo, para que lhe
pudesse dar a interpretação” (Daniel
2.13-16).
2. Em meio aos
perigos e desafios precisamos buscar a solução no governo de Deus
“Então
Daniel foi para a sua casa, e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias,
seus companheiros; para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este
mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente
com o restante dos sábios da Babilônia” (Daniel
2.17-18).
3. Toda solução para
os grandes desafios devem ser creditadas ao governo do Senhor
Daniel
reconheceu que todo poder vem de Deus: “Então foi revelado o mistério a Daniel
numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu. Falou Daniel, dizendo:
Seja bendito o nome de Deus de eternidade a eternidade, porque dele são a
sabedoria e a força; E ele muda os tempos e as estações; ele remove os reis e
estabelece os reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos”
(Daniel 2.19-21).
4.
O grande propósito de Deus nos honrar é para que
Ele seja reconhecido como Senhor
“Agora,
pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu; porque todas
as suas obras são verdade, e os seus caminhos juízo, e pode humilhar aos que
andam na soberba” (Daniel 4.37).
5.
Aquele que é justo será honrado pelo Senhor
“Então
o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitas e grandes dádivas, e o pôs por
governador de toda a província de babilônia, como também o fez chefe dos
governadores sobre todos os sábios de babilônia. E pediu Daniel ao rei, e
constituiu ele sobre os negócios da província de babilônia a Sadraque, Mesaque
e Abednego; mas Daniel permaneceu na porta do rei” (Daniel 2.48-49).
Foi
assim também com José que chegou a ser governador do Egito.
O
propósito de Deus proteger e nos usar é para que o Seu nome seja glorificado.
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