O Pedro que somos

e o Pedro que devemos ser


Comentários de João Wesley

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 


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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor

  


“Por isso mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à fraternidade o amor”

(2 Pedro 1.5-7)   

 


Índice

 

·       Introdução

·       O Pedro que somos

     O Pedro pescador

·       O Pedro que aprendeu a amar

·       As experiencias de oração de Pedro

·       Pedro viu Jesus se transfigurar no Monte

·       Pedro e os discípulos foram repreendidos porque dormiram em vez de vigiarem

·       Pedro orava sempre com os apóstolos e as mulheres

·       Pedro incentivou e participou da oração para a escolha do novo apóstolo

·       Pedro ficou cheio do Espírito Santo e coragem quando orou com os discípulos

·       Pedro orou com imposição de mãos para receberem o Espírito Santo

·       Pedro orou e ressuscitou Dorcas

·       Pedro teve êxtase quando orava

·       Foi liberto da prisão pela oração da Igreja

·       O Pedro que aprendeu a amar

·       O Pedro corajoso

·       O Pedro que vai ao martírio  


Introdução

 

“O Pedro que somos e o Pedro que devemos ser” é um livro que trata da trajetória espiritual do apóstolo Pedro, de pescador ao martírio.

A história de Pedro relatada nos Evangelhos e Atos dos Apóstolos de uma forma clara, sem esconder nada, é a história de muitos de nós, pecadores.

Somos todos Pedro!

Às vezes, somos francos, destemidos, falamos impulsivamente e, muitas vezes, não somos sinceros, temos medo e não falamos ou não revelamos com a nossa vida que somos discípulos de Jesus.

A mudança operada no coração de Pedro pelo amor do Cristo ressuscitado e o poder do Espírito Santo derramado no Pentecostes são sinais para todos nós, que nascemos pecadores e precisamos da redenção pelo sangue de Jesus.

É possível uma mudança como ocorreu com Pedro.

Este livro é objetivo e revelador da personalidade complexa de Pedro, que foi também grande líder da Igreja e uma real testemunha de Jesus chegando ao martírio.

O Autor


O Pedro que somos

 

Pedro sempre foi impulsivo, corajoso, rude, falante, às vezes também uma situação o levava a ficar calado e a ser medroso. Sua vida foi um complexo[1].

Todos concordam que Pedro foi simples, sincero, falador e radical.

“É um homem impulsivo e impetuoso. É mais levado pela ação do que pela reflexão. Promete mais do que pode cumprir. É aquele que, na torcida, puxa o grito de ‘gol’. Vai de um extremo a outro facilmente. Tem dificuldade de esperar. Quer tudo para ontem. Chora com os que choram. Sorri com a vitória do outro. É uma pessoa simples e objetiva”. [2]

Mas dentro do complexo que foi Pedro, ele foi um líder que teve diversas experencias com Jesus, que marcaram sua caminhada de fé.

Pedro foi infiel e negou a Jesus, mas foi tratado com amor pelo Senhor. Recebeu uma segunda oportunidade. E aproveitou muito bem.

“Pedro teve uma transformação de vida depois de seguir a Jesus. Durante o seu percurso acertou, falhou, pecou e se arrependeu. Mas cresceu na graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo (2 Pedro 3.18)”. [3]

O que marcou profundamente sua vida foi o encontro com Jesus ressuscitado, o Pentecostes e a vida de oração. Ele buscava intensamente ao Senhor em oração. Isso fez toda a diferença em sua vida.

Todos nós temos muito de Pedro no que se refere às suas práticas e sentimentos negativos, mas deveríamos também ser como Pedro nas questões que levaram à mudança de sua vida, como a atitude de buscar ao Senhor de todo o coração.

Pedro mudou após se encontrar com o Cristo ressuscitado e passar pelo Pentecostes.

O martírio de Pedro foi testemunhado por diversos Pais Apostólicos.[4] Era algo previsível porque os discípulos receberam o batismo do Espírito Santo com possibilidade real de serem mártires, que é o original da palavra “testemunha”.

A história de Pedro é uma profunda mensagem para todas as pessoas que vivem uma vida de infidelidade, sem compromisso real com Cristo, erram, mas se arrependem e o Senhor os capacita para serem reais testemunhas.

O pastor Hernandes Dias Lopes escreveu sobre “Pedro, nosso fiel retrato” e de uma forma profunda ele compara nossas vidas atuais à vida de Pedro, com alto e baixo, com fidelidade e infidelidade, com coragem e com medo.

No início de sua mensagem, o pastor presbiteriano diz: “Pedro é o personagem mais contraditório da história. Oscilava como uma gangorra desde os picos mais altos da coragem até às profundezas da covardia mais vil. Com a mesma velocidade que avançava rumo à devoção mais fiel, dava marcha ré e tropeçava em suas próprias palavras. Pedro é mais do que um homem paradoxal; é um emblema. Pedro é o nosso fiel retrato. É a síntese da nossa biografia. O sangue de Pedro corre em nossas veias e o coração de Pedro pulsa em nosso peito. Temos o DNA de Pedro. Oscilamos também entre a devoção e a apostasia. Subimos aos píncaros e caímos nas profundezas. Falamos coisas lindas para Deus e depois tropeçamos em nossa língua e blasfemamos contra ele. Prometemos inabalável fidelidade e depois revelamos vergonhosa covardia. Revelamos uma fé robusta num momento e em seguida naufragamos nas águas revolta da incredulidade. É isso que somos, Pedro”.[5]

Somos todos o Pedro iniciando sua jornada. Mas depois houve um Pedro tratado e testemunha que todos nós podemos e devemos ser.

É o que este livro quer mostrar como um exemplo para todos nós. 

 


O Pedro pescador

 

O texto bíblico que relata o encontro de Jesus com Pedro diz: “E, caminhando junto ao mar da Galiléia, viu Jesus dois irmãos: Simão, chamado Pedro e André que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores.  Então, disse-lhes Jesus: “Vinde após mim, e Eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4.18-19).

E Pedro e André foram e seguiram a Jesus!

O mar da Galileia, na verdade, era um lago.

“O mar da Galileia, também conhecido como mar de Tiberíades ou lago de Genesaré (em hebraico: יָם כִּנֶּרֶת,  ? Yam Kinneret; em árabe: بحيرة طبريا), é um extenso lago de água doce localizado no Distrito Norte de Israel. É o maior lago do país e tem comprimento máximo de cerca de 19 quilômetros e largura máxima de cerca de 13 km, sendo que sua área total abrange 166,7 km².[1] O seu afluente principal é o rio Jordão, que vem do monte Hérmon e de Cesareia de Filipe, e que é também o seu efluente, seguindo depois para o mar Morto.[6]

Esse mar tem cerca de “20 quilômetros de comprimento e uns 12 quilômetros de largura. Já por muito tempo os pescadores exploram sua grande quantidade de peixe. Pelo visto, no Portão do Peixe de Jerusalém havia um mercado de peixe. (Neemias 3:3) Parte dos peixes vendidos ali vinha do mar da Galiléia.[7]

A Bíblia relata que Pedro era de uma cidade no mar da Galiléia chamada Betsaida, que talvez signifique “Casa do Pescador”.[8]

Nesse mar onde aconteceram muitos milagres Pedro tinha também sócios no seu negócio de pesca:

“Os que foram ajudar Pedro numa pesca milagrosa eram seus “associados no outro barco” (Lucas 5.3-7).Eruditos explicam que “os pescadores podiam formar ‘cooperativas’ . . . para conseguir contratos ou licenças de pesca”. Talvez tenha sido dessa forma que Pedro, André, os filhos de Zebedeu e seus sócios conseguiram autorização para ter seu negócio de pesca. As Escrituras não dizem se esses pescadores galileus eram os donos dos barcos e do equipamento que usavam. Alguns acham que sim. De fato, a Bíblia diz que Jesus entrou num barco “que era o de Simão” (Lucas 5.3).[9]

Há diversos filmes cujo personagem principal é o apóstolo Pedro.

 

Dentre eles, “Apóstolo Pedro e a última ceia” e “Pedro a redenção”. Um outro é um filme de ficção “O Pescador da Galileia”, foi produzido em 1959, e narra a história da princesa árabe Fara que foge para o estrangeiro em busca de vingança, mas é recolhida por Pedro, o grande pescador da Galiléia. Ambos irão de encontro ao messias, Jesus, o que pode dar novos rumos à suas vidas.[10]

Tiveram novos rumos nas suas vidas.

Pedro, então, foi um grande líder que foi ao martírio por causa de sua fidelidade a Jesus.   


O Pedro que aprendeu a amar

 

Pedro era um pescador rude, acostumado às lutas e dificuldades nos mares, muitas vezes, bravios.

Pedro era de temperamento colérico, acostumado a falar o que vinha à sua mente sem muito refletir.

Muitos de nós somos assim como Pedro.

Ele acabou passando por três episódios que marcaram sua história: por ter tido medo do vento começou a afundar; por ter negado Jesus três vezes. O outro episódio foi quando Jesus lhe perguntou se Pedro o amava:

“E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros” (João 21.15).

João Wesley comentou: Simão, filho de Jonas - A denominação que Cristo havia lhe dado, quando se fez aquela confissão gloriosa, 16:16, cuja lembrança poderia torná-lo mais profundamente sensível à sua negação tardia daquele a quem ele havia confessado. Amas-me tu? - Por três vezes, nosso Senhor pergunta a ele, que o negou três vezes: mais do que estes - Seus companheiros discípulos fazem? - Peter pensou assim uma vez, 26:33, mas agora ele responde apenas - eu te amo, sem acrescentar mais do que isso. Tu sabes - Ele agora tinha aprendido por triste experiência que Jesus conhecia o seu coração. Meus cordeiros - O mais fraco e terno do rebanho.[11]

Jesus pergunta novamente a Pedro se ele o ama

“Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas” (João 21.16).

Jesus pergunta pela terceira vez a Pedro se ele o ama

“Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas” (João 21.17).

Porque ele disse pela terceira vez - Como se ele não acreditasse nele.[12]

João Wesley comentou:

Porque ele disse pela terceira vez - Como se não acreditasse nele.[13]

O discípulo a quem Jesus amava

“E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair?” (João 21.20).

João Wesley comentou: Pedro se virando - enquanto caminhava atrás de Cristo. Vê o discípulo a quem Jesus amava segui-lo - Há um espírito e uma ternura peculiar nesta passagem clara. Cristo ordena que São Pedro o siga em sinal de sua prontidão para ser crucificado em sua causa. São João não fica para a ligação; ele se levanta e o segue também; mas não diz uma palavra de seu próprio amor ou zelo. Ele escolheu que a ação deveria apenas falar isso; e mesmo quando ele registra a circunstância, ele nos diz não o que essa ação significava, mas com grande simplicidade relaciona apenas o fato. Se aqui e ali um coração generoso o vê e emula, seja assim; mas ele não é solícito que os homens a admirem. Foi dirigido ao seu amado Mestre, e bastava que ele entendesse isso.[14]

Pedro experimentou o poder do Espírito Santo no Pentecostes e na vida de oração. O Espírito Sano o capacitou e o usou com grande poder.

Pedro seguiu a Jesus como um real discípulo.

Esse é o Pedro que devemos ser.

 


As experiencias de oração de Pedro

 

Pedro passou por situações sobrenaturais em relação à vida de oração. Ele aprendeu com Jesus sobre como deveria orar e participou de momentos onde o poder e a glória de Deus se manifestaram de forma tremenda em sua vida.

A vida de oração fez toda a diferença em sua vida após o Pentecostes.

De todos os casos, somente em um deles não houve a manifestação do poder de Deus – no Getsêmani.

Vamos ver alguns desses momentos: 

Pedro viu Jesus se transfigurar no Monte

 

Jesus convidou alguns apóstolos, dentre eles, Pedro, para irem ao monte. Lá Pedro, João e Tiago foram impactados pelo poder e Deus:

“Seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um alto monte. Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz. Naquele mesmo momento apareceram diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus.  Então Pedro disse a Jesus: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias” (Mt 17.1-4).

João Wesley comentou:

Uma montanha alta - Provavelmente Monte Tabor. 9: 2; Lucas 9:28.

E foi transfigurado - Ou transformado. A Divindade residente lançou seus raios através do véu da carne; e isso com tal esplendor transcendente, que ele já não tinha a forma de um servo. Seu rosto brilhava com divina majestade, como o sol em sua força; e todo o seu corpo foi tão irradiado por ela, que suas roupas não puderam esconder sua glória, mas tornaram-se brancas e brilhantes como a própria luz, com a qual ele se cobriu como com uma vestimenta.

Apareceram Moisés e Elias - Aqui para a confirmação completa de sua fé em Jesus, Moisés, o legislador, Elias, o mais zeloso de todos os profetas, e Deus falando do céu, todos deram testemunho dele.

Façamos três tendas - As palavras de grande surpresa. Ele diz três, não seis: porque os apóstolos desejavam estar com seu Mestre.[15]

O Pedro que deseja estar com o Senhor é o Pedro que devemos ser.

 

 

Pedro e os discípulos foram repreendidos porque dormiram em vez de vigiarem

 

Era um momento decisivo para a vida de Jesus e também dos discípulos. A decisão de ir à cruz estava nas mãos de Jesus, mas Ele foi conversar com o Pai sobre isso. Era preciso que os discípulos que foram com Jesus vigiassem e também estivessem orando, mas isso não aconteceu:

“Então Jesus foi com seus discípulos para um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali orar”. Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes então: “A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo” (Mt 26.36-38).

“Depois, voltou aos seus discípulos e os encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”, perguntou ele a Pedro. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.40-41).

João Wesley comentou:

O espírito - Seu espírito: vós mesmos. A carne - sua natureza. Quão gentil foi essa repreensão, e quão amáveis foram as desculpas! Especialmente em um momento em que a mente de nosso Senhor estava tão oprimida pela tristeza.[16]

Esse é o Pedro que muitos são, mas não devemos ser.

 


Pedro orava sempre com os apóstolos e as mulheres

 

 

“Quando chegaram, subiram ao aposento onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André; Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres, inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus” (Atos 1.13-14).

Logo depois aconteceu o Pentecostes (Atos 2.1-5) e Pedro se levantou para pregar. Naquele dia mais de três mil pessoas se converteram.

João Wesley comentou:

Eles subiram para o cenáculo - Os aposentos superiores, tão frequentemente mencionados nas Escrituras, eram câmaras na parte mais alta da casa, separadas pelos judeus para orações privadas. apóstolos agora usados para todos os ofícios da religião. 10: 2; Marcos 3:14; Lucas 6:13.

Seus irmãos - Seus parentes próximos, que por algum tempo não acreditaram; parece que não até perto de sua morte.[17]

O Pedro que valorizava a oração é que devemos todos ser. 


Pedro incentivou e participou da oração para a escolha do novo apóstolo

 

“Naqueles dias Pedro levantou-se entre os irmãos, um grupo de cerca de cento e vinte pessoas” (Atos 1.15).

Pedro explicou aos discípulos e discípulas que era necessário escolher outra pessoa para substituir Judas e completar o número de 12 apóstolos:

“Então indicaram dois nomes: José, chamado Barsabás, também conhecido como Justo, e Matias. Depois oraram: "Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual destes dois tens escolhido para assumir este ministério apostólico que Judas abandonou, indo para o lugar que lhe era devido". Então tiraram sortes, e a sorte caiu sobre Matias; assim, ele foi acrescentado aos onze apóstolos (Atos 1.23-26).

Segundo a tradição, Matias, na verdade, era Zaqueu que teria mudado de nome é foi um  mártir de Cristo na Etiópia onde foi servir e ministrar aos pobres.[18]

Esse é o Pedro que sabia da importância da oração para buscar a direção do Senhor que devemos todos ser para as decisões de nossa vida e da vida da Igreja.

Pedro ficou cheio do Espírito Santo e coragem quando orou com os discípulos

 

Depois que Pedro e João foram presos e ameaçados pelas autoridades, eles foram soltos e junto com outros discípulos clamaram ao Senhor pedindo que lhes concedessem pregar corajosamente. Eles não pediram proteção e livramento, mas para que pregassem com autoridade:

“Agora, Senhor, considera as ameaças deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente. Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do teu santo servo Jesus". Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a palavra de Deus” (Atos 4.29-31).

João Wesley comentou:

Você estende a sua mão - exerce o seu poder.

Eles estavam todos cheios - Novos; e falou a palavra com ousadia - Então sua petição foi atendida.[19]

Ser cheio do Espírito Santo teve um propósito: testemunhar com coragem em dias difíceis.

Esse é o Pedro que aprendeu a não mais negar, fugir e ter medo, mas que decidiu a buscar o poder do Espírito Santo para ser testemunha fiel de Jesus.

Esse é o Pedro que devemos todos ser: sermos cheios do Espírito Santo. 

 


Pedro orou com imposição de mãos para receberem o Espírito Santo

 

O evangelista Filipe foi pregar em Samaria e muitos se converteram (Atos 8. 5-8), mas eles não receberam o Espírito Santo. Os apóstolos, então, enviaram Pedro e João para que orassem pelos novos convertidos para que recebessem o Espírito Santo:

“Os apóstolos em Jerusalém, ouvindo que Samaria havia aceitado a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Estes, ao chegarem, oraram para que eles recebessem o Espírito Santo, pois o Espírito ainda não havia descido sobre nenhum deles; tinham apenas sido batizados em nome do Senhor Jesus. Então Pedro e João lhes impuseram as mãos, e eles receberam o Espírito Santo” (Atos 8,14-17).

João Wesley comentou:

E os apóstolos ouvindo que Samaria - Os habitantes daquele país, haviam recebido a palavra de Deus - Pela fé, enviaram Pedro e João - Aquele que envia deve ser superior, ou pelo menos igual, àquele que é enviado. Segue-se que o colégio dos apóstolos era igual, senão superior, a Pedro.

O Espírito Santo - Em seus dons milagrosos? Ou suas graças santificadoras? Provavelmente em ambos.[20]

A imposição de mãos para recebimento do Espírito não era algo comum. O Espírito Santo vem à nossa vida quando cremos em Jesus como Senhor e Salvador (Ef 1.13; 4.30).

Provavelmente houve dificuldades espirituais geradas por causa por causa de Simão, o Mago. Foi preciso, então, algo mais.

O Pedro que valorizava o poder do Espírito Santo e deseja que todos sejam abençoados é que devemos todos ser.

 

Pedro orou e ressuscitou Dorcas

 

 

Certamente, essa foi a maior experiência que Pedro teve ao orar com uma pessoa. Houve poucas ressurreições de mortos no Novo Testamento e Pedro participou de dessas ressurreições.

A Bíblia relata: “E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de boas obras e esmolas que fazia.  E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a depositaram num quarto alto.
E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois homens, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera quando estava com elas.Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se” (
Atos 9.36-40).

João Wesley comentou:

Tabitha, que é por interpretação Dorcas - Ela era provavelmente uma judia helenista, conhecida entre os hebreus pelo nome siríaco Tabitha, enquanto os gregos a chamavam em sua própria língua, Dorcas. Ambas são palavras do mesmo significado e significam uma ova ou fulvo.

Os discípulos enviaram a ele - Provavelmente nenhum dos que estavam em Jope tinha o dom de milagres. Nem é certo que esperavam um milagre dele (...).

Pedro tendo colocado todos para fora - Para que ele pudesse ter a melhor oportunidade de lutar com Deus em oração, disse: Tabita, levante-se. E ela abriu os olhos, e vendo Peter, sentou-se - Quem pode imaginar a surpresa de Dorcas, quando chamada de volta à vida, ou de seus amigos, quando a viram viva? Por causa deles próprios e dos pobres, houve motivo de alegria, e muito mais, por tal confirmação do Evangelho. No entanto, para si mesma era questão de resignação, não de alegria, ser chamada de volta a essas cenas de vaidade: mas, sem dúvida, seus dias restantes foram ainda mais zelosamente gastos no serviço de seu Salvador e seu Deus. Assim, um tesouro mais rico foi depositado para ela no céu, e ela depois voltou a um peso de glória mais excessivo do que aquele do qual uma providência tão surpreendente a havia trazido de volta por um período.[21]

Tabita ou Dorcas era uma mulher muito amada. Servia aos pobres. Pedro primeiro pediu para ficar só.

As fortes emoções ou os pensamentos e sentimentos negativos poderiam atrapalhar.

Pedro orou e ordenou ao corpo da Talita numa só palavra: “Levanta-te”. Ela abriu os olhos.

Um grande poder era operado no tempo da Igreja Primitiva.

O Pedro que está disponível para servir ao Reino e que crê em milagres é o Pedro que devemos todos ser. 


Pedro teve êxtase quando orava

 

Este é um dos poucos textos que mostra Pedro orando. E, como sempre, Pedro teve mais uma grande experiência com o poder de Deus:

“No dia seguinte, por volta do meio-dia, Pedro subiu ao terraço da casa para orar. Enquanto isso, os homens vinham pelo caminho e já estavam próximos de Jope. Então, sentindo muita fome, desejou comer; entretanto, enquanto a refeição estava sendo preparada, de repente sobreveio-lhe um estado de completo êxtase” (Atos 10. 9-10).

João Wesley comentou:

E ele ficou com muita fome - Na hora da refeição habitual. Os símbolos em visões e transes, é fácil de observar, geralmente são adequados ao estado das faculdades naturais.[22]

Pedro estava orando num dos horários determinados pela tradição judaica, na hora sexta, ou seja, por volta de meio dia.

Deus tinha um propósito para levar o evangelho aos gentios, o que Paulo mais tarde faria muito bem. Cornélio foi o primeiro.

O êxtase, então, teve um propósito. Não foi algo apenas para o seu prazer. Foi para receber revelação que veio numa visão sobre os alimentos no lençol. O coração de Pedro precisa ser curado de preconceito em relação aos gentios. Ele viu o lençol contendo toda espécie de animais e aves. No final, o Senhor lhe disse: “Ao que Deus purificou não consideres imundo” (Atos 10.15).

Ele, por fim, pode então ir na casa de Cornélio e um derramamento do Espírito aconteceu e toda família de Cornélio foi batizada.

O Pedro que está aberto às mudanças que vêm de Deus para ser um instrumento do Reino é que devemos todos ser.  


Foi liberto da prisão pela oração da Igreja


Outro momento que Pedro viu o poder de Deus ser manifestado em sua vida foi quando foi Preso por Herodes e a Igreja orou incessantemente e as portas da prisão se abriram para ele.

“Enquanto Pedro estava no cárcere, da Igreja havia incessantemente a Deus uma oração por ele” (At 12.5).

Um anjo veio em socorro e abriu as portas da prisão. Inicialmente, Pedro pensou até ser uma visão: “E, saindo, Pedro o seguiu, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; tudo lhe parecia uma visão” (Atos 12.9).

Pedro experimentou muito do poder de Deus quando participou de momentos de oração. Somente no Getsêmani, quando Deus deixou Jesus sozinho tomar livremente a sua decisão de ir a cruz, que não houve o sobrenatural de Deus.

O Pedro que experimentou o poder da oração e o poder de Deus é que devemos todos ser.   


O Pedro que aprendeu a amar

 

O amor ágape significa: o amor dádiva, o amor sacrificial, o amor que se entrega.

Nós podemos até amar aos inimigos. Somos filhos e filhas do Pai de Amor e podemos amar como Ele ama. Jesus disse para sermos perfeitos como o Pai é perfeito (Mt 5.48).

Paulo fala desse amor em 1 Coríntios 13.1: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”.

Foi esse amor que fez toda a diferença na vida de Pedro.

Certa vez, após a ressurreição, Jesus perguntou sobre esse amor ágape a Pedro: “Simão, filho de João, você me ama (ágape) mais do que estes outros amam?” (Jo 21.15), ou seja, você me ama com um amor incondicional, que se doa, que se sacrifica?

Mas Pedro usou a expressão philéo que significa – amo como um irmão, que é amar de uma forma ainda imperfeita (Jo 21.15).

Nas duas perguntas iniciais a Pedro: “Tu me amas?” Jesus utilizou a expressão ágape; mas Pedro, respondeu que ama utilizando a expressão philéo - “te amo como irmão”.

Pedro foi sincero até porque não adiantava querer mentir para Jesus. Ele precisou crescer espiritualmente, o que aconteceu após o Pentecostes.

Pedro em sua epístola fala desse crescimento e amadurecimento:

Pedro orienta ao povo de Deus sobre a necessidade de esperar inteiramente na graça do Senhor:

“Portanto, cingindo os lombos do vosso entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.13).

Pedro também orienta sobre a importância de purificar a alma pelo Espírito:

“Purificando as vossas almas pelo Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos ardentemente uns aos outros com um coração puro; Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre” (1 Pedro 1.22-23).

O apóstolo orienta ainda sobre a necessidade de ter o desejo de crescimento:

“Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo” (1 Pedro 2.2).

Diz mais: “Cresçam, porém, na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória, agora e para sempre! Amém” (2Pe 3.18).

A graça santificante continuamente nos forma à semelhança de Cristo.

Por fim, Pedro a fala da necessidade de ter o amor uns pelos outros.

“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1 Pedro 4.8).

Não é possível ser um cristão pela metade. Pedro aprendeu isso e usa palavras como fortes como: amai-vos ardentemente, empenhem-se, esperai inteiramente na graça, desejai afetuosamente, tende ardente amor, etc.

Essa totalidade e intensidade Pedro aprendeu na sua própria experiência com Cristo.

O Pedro que aprendeu a amar é que devemos todos ser.

 

O Pedro corajoso

 

 

Vivemos um tempo de medo. Certamente, é o sentimento que mais está ativo no mundo atual.

O medo é um sentimento muito ruim e prejudicial.

“Quem sente medo tem verdadeiro pavor daquilo que pode lhe causar uma grande ameaça, evita a todo custo aquilo que pode lhe fazer mal. Esse sentimento ruim é um mecanismo de proteção. O mal-estar é tão grande que funciona para afastar a pessoa do que poderia lhe causar algum dano”.[23]

O medo não é bom, não ajuda em nada e tampouco ninguém. Ele te breca, coloca mais obstáculos onde já tem e faz com que muitas vezes você desista de realizar algo que tanto queria.[24]

É preciso ter coragem.

A coragem é a chave que abre a ‘porta das dificuldades’, a única chave possível (a chave-mestra) quando tudo o resto já falhou.[25]

Mas Pedro teve também seus medos. Medo de testemunhar, medo de afundar, etc.

Como Pedro se tornou destemido?

Pedro e João tiveram coragem após o Pentecostes

Pedro e João ficaram cheios do Espírito Santo no Pentecostes (Atos 2.1-5) e pregaram com toda ousadia a Palavra de Deus mesmo diante de todas as ameaças (Atos 4.1).

Ser cheio do Espírito não dá espaço para um sentimento negativo como o medo.

Os apóstolos também estavam cheios do amor de Deus, por isso, mais tarde, apostolo João explicou:

“No amor não há medo. Antes o perfeito amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18).

Eles estavam alegres e sabiam de que não fizeram nada de errado, ao contrário, foram instrumentos de Deus para a cura de um aleijado e todo o povo reconhecia isso.

Além disso, O Conselho Superior não via “uma forma sequer de castigá-los, pois todo o povo estava dando graças a Deus pelo que tinha acontecido” (Atos 4.21-22).

A coragem demonstrada por Pedro e João quando foram presos

A coragem é, regra geral, convocada e utilizada diante de uma tarefa difícil, senão impossível, ou numa situação de perigo. Ela é composta por intrepidez, ousadia, força moral e perseverança...[26]

As autoridades “Então prenderam os dois e os puseram na cadeia para ficarem lá até o dia seguinte, pois já era muito tarde” (Atos 4.3).

Os membros do Conselho Superior ficaram admirados com a coragem de Pedro e de João, pois sabiam que eram homens simples e sem instrução (Atos 4.13).

As autoridades ordenaram que não mais falassem em nome de Jesus:

“Então os chamaram e ordenaram duramente que não falassem nem ensinassem nada a respeito de Jesus” (Atos 4.18).

Corajosamente, Pedro e João disseram que não poderiam deixar de falar de Jesus

“Mas Pedro e João responderam:

— Os senhores mesmos julguem diante de Deus: devemos obedecer aos senhores ou a Deus? Pois não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido” (Atos 4.19-20).

Eles foram soltos e junto com outros discípulos adoraram a Deus

“Quando Pedro e João foram soltos, voltaram para o seu grupo e contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os líderes do povo haviam dito” (Atos 4.23).

“Adoraram todos juntos a Deus” (Atos 4.24).

Como havia ainda ameaças, pediram ao Senhor lhes concedessem que pregassem com coragem

“Agora, Senhor, olha para a ameaça deles. Dá aos teus servos confiança para anunciarem corajosamente a tua palavra. Estende a mão para curar, a fim de que, por meio do poder do nome do teu dedicado Servo Jesus, milagres e maravilhas sejam feitos” (Atos 4.29-30).

Ficaram cheios do Espírito Santo e anunciaram corajosamente a Palavra de Deus

“Quando terminaram de fazer essa oração, o lugar onde estavam reunidos tremeu. Então todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a anunciar corajosamente a palavra de Deus” (Atos 4.31).

Pregaram com coragem porque estavam cheios do Espírito Santo.

As lutas e ministrações levaram ao desgaste natural, ao esvaziamento dando lugar às fraquezas e medos.

Por isso, buscaram o que haviam recebido no Pentecostes e ficaram novamente cheios do Espírito Santo.

Este Pedro destemido é que devemos todos ser. 


O Pedro que vai ao martírio

 

A tradição cristã antiga relata que Pedro morreu crucificado em Roma durante a perseguição liderada por Nero, entre 64 e 65 d.C.

Dionísio de Corinto, no ano 170 D.C, afirmou: "Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente".[27]

John Foxe, no “O Livro dos Mártires”, afirma que Pedro teve uma visão com Jesus e entendeu que Ele o chamava para o martírio:  “Hegessipo diz que Nero procurava fatos contra Pedro para condená-lo à morte. Quando o povo percebeu isso, rogaram a Pedro, com muita insistência, para que ele fugisse da cidade. Pedro no fim foi persuadido pelos importunos pedidos e preparou-se para a fuga. Porém, ao chegar ao portão da cidade, viu o Senhor Jesus Cristo vindo ao seu encontro, a quem Pedro, adorando, disse: — Senhor, para onde vais tu? — Ao que Ele respondeu dizendo: — Estou voltando para ser crucificado. — Assim Pedro, percebendo que com essas palavras o Senhor se referia ao martírio do qual ele estava fugindo, voltou para a cidade. Jerônimo diz que ele foi crucificado, com a cabeça para baixo e os pés para o alto a pedido dele mesmo porque era — disse ele — indigno de ser crucificado do mesmo modo e jeito como o fora o Senhor.”[28]

Clemente de Roma (35-100 d.C), que foi discípulo de Pedro, por volta de 96 d.C., em sua Epístola aos Coríntios 5.7, fala do martírio de Pedro em Roma[o1] :

“Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido.” [29]

Clemente de Roma exaltou a vida do apóstolo Pedro quando diz que “suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foram para o lugar glorioso que lhe era devido”. 

Como disse o pastor presbiteriano Hernandes Dias Lopes: “Pedro foi um homem que encorajou a igreja a enfrentar o sofrimento da perseguição e também denunciou com inabalável coragem os falsos mestres que perturbavam a igreja. Esse foi o teor respectivo de suas duas epístolas. Pedro foi um missionário que, juntamente com sua esposa, anunciou o evangelho em muitos redutos do império romano. Pedro exaltou a Cristo em sua vida e glorificou a Deus através de sua morte. Que você e eu, sigamos as pegadas desse homem de Deus e que em nossa geração, Cristo seja conhecido em nós e através de nós!”[30]

Esse Pedro fiel e destemido é que devemos todos ser;

O Pedro que foi transformado de pescador a pescador de almas é que devemos todos ser;

O Pedro que deixou de ser rude para ser amável é que devemos todos ser;

O Pedro que deixou de ser infiel e foi ao martírio é que devemos todos ser.

O Pedro que estava aberto às mudanças é que devemos todos ser.

O Pedro que creu no poder da oração é que todos devemos ser.

O Pedro que foi líder e servo é que devemos todos ser. 

 

 



[1] Complexo é uma característica daquilo que não é simples, daquilo que se mostra complicado, que não possui clareza, que é confuso, de difícil entendimento. https://www.significados.com.br/complexo/

[2] https://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2010/04/18/a-historia-de-pedro-o-apostolo-impulsivo-e-sincero/

[3] https://www.respostas.com.br/historia-de-pedro/

[4] Os” pais apostólicos eram teólogos cristãos centrais entre os Pais da Igreja que viveram nos séculos I e II d.C, que se acredita terem conhecido pessoalmente alguns dos Doze Apóstolos, ou que foram significativamente influenciados por eles. Seus escritos, embora amplamente divulgados no cristianismo primitivo, não foram incluídos no cânon do Novo Testamento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Padres_apost%C3%B3licos

[5] https://hernandesdiaslopes.com.br/pedro-nosso-fiel-retrato/

[6] https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_da_Galileia

[7] https://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/pesca-no-mar-da-galileia-proibido-pescar

[8] https://www.jw.org/pt/biblioteca/revistas/wp20091001/A-pesca-no-mar-da-Galil%C3%A9ia/

[9] Idem.

[10] https://www.cineplayers.com/filmes/o-pescador-da-galileia

[11] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-21.html

[12] Idem.

[13] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-21.html

[14] Idem.

[15] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/matthew/matthew-17.html

[16] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/matthew/matthew-26.html

[17] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-1.html

[18] https://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_(apóstolo)

[19] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-4.html

[20] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-8.html

[21] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-9.html

[22] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-10.html

[23] https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/20221-como-se-livrar-do-medo-que-paralisa

[24] https://www.mensagenscomamor.com/o-medo-te-paralisa

[25] https://juliofreitas.com/mensagens/beneficios-da-coragem/

[27] Extrato de uma de suas cartas aos Romanos conforme fragmento conservado na HE II,25,8). https://www.xn--apologtico-g7a.com.br/products/pregacao-martirio-e-espiscopado-de-sao-pedro-em-roma/

[28] John Foxe, O Livro dos Mártires, p. 21, 22. https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/como-morreu-o-apostolo-pedro/

[29] https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_(ap%C3%B3stolo)

[30] https://hernandesdiaslopes.com.br/pedro-nosso-fiel-retrato/


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