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Odilon Massolar Chaves
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de 1998.
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Google
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Odilon Massolar
Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela
Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre
o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como
paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal
oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e
youtuber.
Toda glória seja dada
ao Senhor
“Por isso
mesmo, empenhem-se para acrescentar à sua fé a virtude; à virtude o
conhecimento; ao conhecimento o domínio próprio; ao domínio próprio a
perseverança; à perseverança a piedade; à piedade a fraternidade; e à
fraternidade o amor”
Índice
·
Introdução
· O Pedro que somos
O Pedro pescador
·
O Pedro que aprendeu a amar
·
As
experiencias de oração de Pedro
·
Pedro viu
Jesus se transfigurar no Monte
·
Pedro e os discípulos
foram repreendidos porque dormiram em vez de vigiarem
·
Pedro orava sempre com os apóstolos e as mulheres
·
Pedro incentivou e participou da oração para a escolha do novo apóstolo
·
Pedro ficou cheio do Espírito Santo e coragem quando orou com os discípulos
·
Pedro orou com imposição de mãos para receberem o Espírito Santo
·
Pedro orou e ressuscitou Dorcas
·
Pedro teve êxtase quando orava
·
Foi liberto da prisão pela oração da Igreja
·
O Pedro que aprendeu a amar
·
O Pedro corajoso
· O Pedro que vai ao martírio
Introdução
“O Pedro que somos e o Pedro
que devemos ser” é um livro que trata da trajetória espiritual do apóstolo
Pedro, de pescador ao martírio.
A história de Pedro relatada
nos Evangelhos e Atos dos Apóstolos de uma forma clara, sem esconder nada, é a
história de muitos de nós, pecadores.
Somos todos Pedro!
Às vezes, somos francos,
destemidos, falamos impulsivamente e, muitas vezes, não somos sinceros, temos
medo e não falamos ou não revelamos com a nossa vida que somos discípulos de Jesus.
A mudança operada no coração
de Pedro pelo amor do Cristo ressuscitado e o poder do Espírito Santo derramado
no Pentecostes são sinais para todos nós, que nascemos pecadores e precisamos
da redenção pelo sangue de Jesus.
É possível uma mudança como
ocorreu com Pedro.
Este livro é objetivo e
revelador da personalidade complexa de Pedro, que foi também grande líder da
Igreja e uma real testemunha de Jesus chegando ao martírio.
O Autor
O Pedro que somos
Pedro sempre foi impulsivo, corajoso,
rude, falante, às vezes também uma situação o levava a ficar calado e a ser
medroso. Sua vida foi um complexo[1].
Todos concordam que Pedro foi
simples, sincero, falador e radical.
“É um homem impulsivo e
impetuoso. É mais levado pela ação do que pela reflexão. Promete mais do que
pode cumprir. É aquele que, na torcida, puxa o grito de ‘gol’. Vai de um
extremo a outro facilmente. Tem dificuldade de esperar. Quer tudo para ontem.
Chora com os que choram. Sorri com a vitória do outro. É uma pessoa simples e
objetiva”. [2]
Mas dentro do complexo que
foi Pedro, ele foi um líder que teve diversas experencias com Jesus, que
marcaram sua caminhada de fé.
Pedro foi infiel e negou a
Jesus, mas foi tratado com amor pelo Senhor. Recebeu uma segunda oportunidade.
E aproveitou muito bem.
“Pedro teve uma
transformação de vida depois de seguir a Jesus. Durante o seu percurso acertou,
falhou, pecou e se arrependeu. Mas cresceu na graça e conhecimento do Senhor
Jesus Cristo (2 Pedro 3.18)”. [3]
O que marcou profundamente
sua vida foi o encontro com Jesus ressuscitado, o Pentecostes e a vida de
oração. Ele buscava intensamente ao Senhor em oração. Isso fez toda a diferença
em sua vida.
Todos nós temos muito de
Pedro no que se refere às suas práticas e sentimentos negativos, mas deveríamos
também ser como Pedro nas questões que levaram à mudança de sua vida, como a
atitude de buscar ao Senhor de todo o coração.
Pedro mudou após se
encontrar com o Cristo ressuscitado e passar pelo Pentecostes.
O martírio de Pedro foi
testemunhado por diversos Pais Apostólicos.[4] Era algo previsível porque os discípulos receberam o batismo
do Espírito Santo com possibilidade real de serem mártires, que é o original da
palavra “testemunha”.
A história de Pedro é uma profunda
mensagem para todas as pessoas que vivem uma vida de infidelidade, sem
compromisso real com Cristo, erram, mas se arrependem e o Senhor os capacita
para serem reais testemunhas.
O pastor Hernandes Dias
Lopes escreveu sobre “Pedro, nosso fiel retrato” e de uma forma profunda ele
compara nossas vidas atuais à vida de Pedro, com alto e baixo, com fidelidade e
infidelidade, com coragem e com medo.
No início de sua mensagem, o
pastor presbiteriano diz: “Pedro é o personagem mais contraditório da história.
Oscilava como uma gangorra desde os picos mais altos da coragem até às
profundezas da covardia mais vil. Com a mesma velocidade que avançava rumo à
devoção mais fiel, dava marcha ré e tropeçava em suas próprias palavras. Pedro
é mais do que um homem paradoxal; é um emblema. Pedro é o nosso fiel retrato. É
a síntese da nossa biografia. O sangue de Pedro corre em nossas veias e o
coração de Pedro pulsa em nosso peito. Temos o DNA de Pedro. Oscilamos também
entre a devoção e a apostasia. Subimos aos píncaros e caímos nas profundezas.
Falamos coisas lindas para Deus e depois tropeçamos em nossa língua e
blasfemamos contra ele. Prometemos inabalável fidelidade e depois revelamos
vergonhosa covardia. Revelamos uma fé robusta num momento e em seguida
naufragamos nas águas revolta da incredulidade. É isso que somos, Pedro”.[5]
Somos todos o Pedro
iniciando sua jornada. Mas depois houve um Pedro tratado e testemunha que todos
nós podemos e devemos ser.
É o que este livro quer mostrar como um exemplo para todos nós.
O Pedro pescador
O texto
bíblico que relata o encontro de Jesus com Pedro diz: “E, caminhando junto ao
mar da Galiléia, viu Jesus dois irmãos: Simão, chamado Pedro e André que
lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Então, disse-lhes Jesus: “Vinde após mim, e
Eu vos farei pescadores de homens” (Mateus 4.18-19).
E Pedro e André foram e seguiram a Jesus!
O mar da Galileia, na verdade, era um lago.
“O mar da Galileia, também conhecido como mar de
Tiberíades ou lago de Genesaré (em hebraico: יָם כִּנֶּרֶת,
Esse mar tem cerca de “20 quilômetros de comprimento e
uns 12 quilômetros de largura. Já por muito tempo os pescadores exploram
sua grande quantidade de peixe. Pelo visto, no Portão do Peixe de Jerusalém
havia um mercado de peixe. (Neemias 3:3) Parte dos peixes
vendidos ali vinha do mar da Galiléia.[7]
A Bíblia relata que Pedro era de uma cidade no mar da
Galiléia chamada Betsaida, que talvez signifique “Casa do Pescador”.[8]
Nesse mar onde aconteceram muitos milagres Pedro tinha também
sócios no seu negócio de pesca:
“Os que foram ajudar Pedro numa pesca milagrosa eram seus
“associados no outro barco” (Lucas 5.3-7).Eruditos explicam que
“os pescadores podiam formar ‘cooperativas’ . . . para conseguir
contratos ou licenças de pesca”. Talvez tenha
sido dessa forma que Pedro, André, os filhos de Zebedeu e seus sócios
conseguiram autorização para ter seu negócio de pesca. As Escrituras não dizem
se esses pescadores galileus eram os donos dos barcos e do equipamento que
usavam. Alguns acham que sim. De fato, a Bíblia diz que Jesus entrou num barco
“que era o de Simão” (Lucas 5.3).[9]
Há
diversos filmes cujo personagem principal é o apóstolo Pedro.
Dentre eles, “Apóstolo Pedro e a última ceia” e “Pedro a redenção”. Um outro é um filme de ficção “O Pescador da Galileia”, foi produzido em 1959, e narra a história da princesa árabe Fara que foge para o estrangeiro em busca de vingança, mas é recolhida por Pedro, o grande pescador da Galiléia. Ambos irão de encontro ao messias, Jesus, o que pode dar novos rumos à suas vidas.[10]
Tiveram novos rumos nas
suas vidas.
Pedro, então, foi um
grande líder que foi ao martírio por causa de sua fidelidade a Jesus.
O Pedro que aprendeu a amar
Pedro
era um pescador rude, acostumado às lutas e dificuldades nos mares, muitas
vezes, bravios.
Pedro
era de temperamento colérico, acostumado a falar o que vinha à sua mente sem
muito refletir.
Muitos
de nós somos assim como Pedro.
Ele
acabou passando por três episódios que marcaram sua história: por ter tido medo
do vento começou a afundar; por ter negado Jesus três vezes. O outro episódio foi
quando Jesus lhe perguntou se Pedro o amava:
“E, depois de terem jantado, disse
Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele
respondeu: Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus
cordeiros” (João 21.15).
João
Wesley comentou: Simão, filho de Jonas - A denominação que Cristo havia
lhe dado, quando se fez aquela confissão gloriosa, 16:16, cuja lembrança
poderia torná-lo mais profundamente sensível à sua negação tardia daquele a
quem ele havia confessado. Amas-me tu? - Por três vezes, nosso Senhor pergunta
a ele, que o negou três vezes: mais do que estes - Seus companheiros discípulos
fazem? - Peter pensou assim uma vez, 26:33, mas agora ele responde apenas - eu
te amo, sem acrescentar mais do que isso. Tu sabes - Ele agora tinha aprendido
por triste experiência que Jesus conhecia o seu coração. Meus cordeiros - O
mais fraco e terno do rebanho.[11]
Jesus pergunta novamente a Pedro se
ele o ama
“Tornou a dizer-lhe segunda vez:
Simão, filho de Jonas, amas-me? Disse-lhe: Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas” (João 21.16).
Jesus pergunta pela terceira vez a Pedro se ele o ama
“Disse-lhe terceira vez: Simão,
filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez:
Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus
disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas” (João 21.17).
Porque ele disse pela terceira vez - Como se ele não
acreditasse nele.[12]
João Wesley comentou:
Porque ele disse pela terceira
vez - Como se não acreditasse nele.[13]
O discípulo a quem Jesus amava
“E Pedro, voltando-se, viu que o
seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também
sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair?” (João 21.20).
João Wesley comentou: Pedro se
virando - enquanto caminhava atrás de Cristo. Vê o discípulo a quem Jesus amava
segui-lo - Há um espírito e uma ternura peculiar nesta passagem clara. Cristo
ordena que São Pedro o siga em sinal de sua prontidão para ser crucificado em
sua causa. São João não fica para a ligação; ele se levanta e o segue também;
mas não diz uma palavra de seu próprio amor ou zelo. Ele escolheu que a ação
deveria apenas falar isso; e mesmo quando ele registra a circunstância, ele nos
diz não o que essa ação significava, mas com grande simplicidade relaciona
apenas o fato. Se aqui e ali um coração generoso o vê e emula, seja assim; mas
ele não é solícito que os homens a admirem. Foi dirigido ao seu amado Mestre, e
bastava que ele entendesse isso.[14]
Pedro experimentou o poder do Espírito Santo no Pentecostes e na vida de
oração. O Espírito Sano o capacitou e o usou com grande poder.
Pedro seguiu a Jesus como um real discípulo.
Esse é o Pedro que devemos ser.
As experiencias de oração de Pedro
Pedro passou por situações sobrenaturais
em relação à vida de oração. Ele aprendeu com Jesus sobre como deveria orar e
participou de momentos onde o poder e a glória de Deus se manifestaram de forma
tremenda em sua vida.
A vida de oração fez toda a diferença em
sua vida após o Pentecostes.
De todos os casos, somente em um deles
não houve a manifestação do poder de Deus – no Getsêmani.
Vamos ver alguns desses momentos:
Pedro viu Jesus se transfigurar no Monte
Jesus convidou alguns apóstolos, dentre
eles, Pedro, para irem ao monte. Lá Pedro, João e Tiago foram impactados pelo
poder e Deus:
“Seis dias depois, Jesus tomou consigo
Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago, e os levou, em particular, a um alto
monte. Ali ele foi transfigurado diante deles. Sua face brilhou como o sol, e
suas roupas se tornaram brancas como a luz. Naquele mesmo momento apareceram
diante deles Moisés e Elias, conversando com Jesus. Então Pedro disse a
Jesus: “Senhor, é bom estarmos aqui. Se quiseres, farei três tendas: uma para
ti, uma para Moisés e outra para Elias” (Mt 17.1-4).
João Wesley comentou:
Uma montanha alta - Provavelmente Monte
Tabor. 9: 2; Lucas 9:28.
E foi transfigurado - Ou transformado. A
Divindade residente lançou seus raios através do véu da carne; e isso com tal
esplendor transcendente, que ele já não tinha a forma de um servo. Seu rosto
brilhava com divina majestade, como o sol em sua força; e todo o seu corpo foi
tão irradiado por ela, que suas roupas não puderam esconder sua glória, mas
tornaram-se brancas e brilhantes como a própria luz, com a qual ele se cobriu
como com uma vestimenta.
Apareceram Moisés e Elias - Aqui para a
confirmação completa de sua fé em Jesus, Moisés, o legislador, Elias, o mais
zeloso de todos os profetas, e Deus falando do céu, todos deram testemunho
dele.
Façamos três tendas - As palavras de
grande surpresa. Ele diz três, não seis: porque os apóstolos desejavam estar
com seu Mestre.[15]
O Pedro que deseja estar com o Senhor é o
Pedro que devemos ser.
Pedro e os discípulos foram repreendidos porque
dormiram em vez de vigiarem
Era um momento decisivo para a vida de
Jesus e também dos discípulos. A decisão de ir à cruz estava nas mãos de Jesus,
mas Ele foi conversar com o Pai sobre isso. Era preciso que os discípulos que
foram com Jesus vigiassem e também estivessem orando, mas isso não aconteceu:
“Então Jesus foi com seus discípulos para
um lugar chamado Getsêmani e lhes disse: “Sentem-se aqui enquanto vou ali
orar”. Levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a
entristecer-se e a angustiar-se. Disse-lhes então: “A minha alma está
profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo” (Mt
26.36-38).
“Depois, voltou aos seus discípulos e os
encontrou dormindo. “Vocês não puderam vigiar comigo nem por uma hora?”,
perguntou ele a Pedro. “Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O
espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26.40-41).
João Wesley comentou:
O espírito - Seu espírito: vós mesmos. A
carne - sua natureza. Quão gentil foi essa repreensão, e quão amáveis foram as
desculpas! Especialmente em um momento em que a mente de nosso Senhor estava tão
oprimida pela tristeza.[16]
Esse é o Pedro que muitos são, mas não
devemos ser.
Pedro orava sempre com os
apóstolos e as mulheres
“Quando chegaram, subiram ao aposento
onde estavam hospedados. Achavam-se presentes Pedro, João, Tiago e André;
Filipe, Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Alfeu, Simão, o zelote, e
Judas, filho de Tiago. Todos eles se reuniam sempre em oração, com as mulheres,
inclusive Maria, a mãe de Jesus, e com os irmãos de Jesus” (Atos 1.13-14).
Logo depois aconteceu o Pentecostes (Atos
2.1-5) e Pedro se levantou para pregar. Naquele dia mais de três mil pessoas se
converteram.
João Wesley comentou:
Eles subiram para o cenáculo - Os
aposentos superiores, tão frequentemente mencionados nas Escrituras, eram
câmaras na parte mais alta da casa, separadas pelos judeus para orações
privadas. apóstolos agora usados para todos os ofícios da religião. 10: 2;
Marcos 3:14; Lucas 6:13.
Seus irmãos - Seus parentes próximos, que
por algum tempo não acreditaram; parece que não até perto de sua morte.[17]
O Pedro que valorizava a oração é que devemos todos ser.
Pedro incentivou e participou da oração para
a escolha do novo apóstolo
“Naqueles dias Pedro levantou-se entre os
irmãos, um grupo de cerca de cento e vinte pessoas” (Atos 1.15).
Pedro explicou aos discípulos e
discípulas que era necessário escolher outra pessoa para substituir Judas e
completar o número de 12 apóstolos:
“Então indicaram dois nomes: José,
chamado Barsabás, também conhecido como Justo, e Matias. Depois oraram:
"Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra-nos qual destes dois tens
escolhido para assumir este ministério apostólico que Judas abandonou, indo
para o lugar que lhe era devido". Então tiraram sortes, e a sorte caiu
sobre Matias; assim, ele foi acrescentado aos onze apóstolos (Atos 1.23-26).
Segundo a tradição, Matias, na verdade,
era Zaqueu que teria mudado de nome é foi um
mártir de Cristo na Etiópia onde foi servir e ministrar aos pobres.[18]
Esse é o Pedro que sabia da importância
da oração para buscar a direção do Senhor que devemos todos ser para as
decisões de nossa vida e da vida da Igreja.
Pedro ficou cheio do Espírito Santo e coragem
quando orou com os discípulos
Depois que Pedro e João foram presos e
ameaçados pelas autoridades, eles foram soltos e junto com outros discípulos
clamaram ao Senhor pedindo que lhes concedessem pregar corajosamente. Eles não
pediram proteção e livramento, mas para que pregassem com autoridade:
“Agora, Senhor, considera as ameaças
deles e capacita os teus servos para anunciarem a tua palavra corajosamente.
Estende a tua mão para curar e realizar sinais e maravilhas por meio do nome do
teu santo servo Jesus". Depois de orarem, tremeu o lugar em que estavam
reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e anunciavam corajosamente a
palavra de Deus” (Atos 4.29-31).
João Wesley comentou:
Você estende a sua mão - exerce o seu
poder.
Eles estavam todos cheios - Novos; e
falou a palavra com ousadia - Então sua petição foi atendida.[19]
Ser cheio do Espírito Santo teve um
propósito: testemunhar com coragem em dias difíceis.
Esse é o Pedro que aprendeu a não mais negar,
fugir e ter medo, mas que decidiu a buscar o poder do Espírito Santo para ser
testemunha fiel de Jesus.
Esse é o Pedro que devemos todos ser: sermos cheios do Espírito Santo.
Pedro orou com imposição de mãos para receberem
o Espírito Santo
O evangelista Filipe foi pregar em
Samaria e muitos se converteram (Atos 8. 5-8), mas eles não receberam o
Espírito Santo. Os apóstolos, então, enviaram Pedro e João para que orassem
pelos novos convertidos para que recebessem o Espírito Santo:
“Os apóstolos em Jerusalém, ouvindo que
Samaria havia aceitado a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. Estes,
ao chegarem, oraram para que eles recebessem o Espírito Santo, pois o Espírito
ainda não havia descido sobre nenhum deles; tinham apenas sido batizados em
nome do Senhor Jesus. Então Pedro e João lhes impuseram as mãos, e eles
receberam o Espírito Santo” (Atos 8,14-17).
João Wesley comentou:
E os apóstolos ouvindo que Samaria - Os
habitantes daquele país, haviam recebido a palavra de Deus - Pela fé, enviaram
Pedro e João - Aquele que envia deve ser superior, ou pelo menos igual, àquele
que é enviado. Segue-se que o colégio dos apóstolos era igual, senão superior,
a Pedro.
O Espírito Santo - Em seus dons
milagrosos? Ou suas graças santificadoras? Provavelmente em ambos.[20]
A imposição de mãos para recebimento do
Espírito não era algo comum. O Espírito Santo vem à nossa vida quando cremos em
Jesus como Senhor e Salvador (Ef 1.13; 4.30).
Provavelmente houve dificuldades
espirituais geradas por causa por causa de Simão, o Mago. Foi preciso, então,
algo mais.
O Pedro que valorizava o poder do
Espírito Santo e deseja que todos sejam abençoados é que devemos todos ser.
Pedro orou
e ressuscitou Dorcas
Certamente, essa foi a maior experiência
que Pedro teve ao orar com uma pessoa. Houve poucas ressurreições de mortos no
Novo Testamento e Pedro participou de dessas ressurreições.
A Bíblia relata: “E havia em Jope uma
discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas. Esta estava cheia de
boas obras e esmolas que fazia. E
aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu; e, tendo-a lavado, a
depositaram num quarto alto.
E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe
mandaram dois homens, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles.E,
levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou o levaram ao quarto alto, e
todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas
fizera quando estava com elas.Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de
joelhos e orou: e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela
abriu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se” (Atos 9.36-40).
João Wesley comentou:
Tabitha, que é por interpretação Dorcas -
Ela era provavelmente uma judia helenista, conhecida entre os hebreus pelo nome
siríaco Tabitha, enquanto os gregos a chamavam em sua própria língua, Dorcas.
Ambas são palavras do mesmo significado e significam uma ova ou fulvo.
Os discípulos enviaram a ele -
Provavelmente nenhum dos que estavam em Jope tinha o dom de milagres. Nem é
certo que esperavam um milagre dele (...).
Pedro tendo colocado todos para fora -
Para que ele pudesse ter a melhor oportunidade de lutar com Deus em oração,
disse: Tabita, levante-se. E ela abriu os olhos, e vendo Peter, sentou-se -
Quem pode imaginar a surpresa de Dorcas, quando chamada de volta à vida, ou de
seus amigos, quando a viram viva? Por causa deles próprios e dos pobres, houve
motivo de alegria, e muito mais, por tal confirmação do Evangelho. No entanto,
para si mesma era questão de resignação, não de alegria, ser chamada de volta a
essas cenas de vaidade: mas, sem dúvida, seus dias restantes foram ainda mais
zelosamente gastos no serviço de seu Salvador e seu Deus. Assim, um tesouro
mais rico foi depositado para ela no céu, e ela depois voltou a um peso de
glória mais excessivo do que aquele do qual uma providência tão surpreendente a
havia trazido de volta por um período.[21]
Tabita ou Dorcas era uma mulher muito
amada. Servia aos pobres. Pedro primeiro pediu para ficar só.
As fortes emoções ou os pensamentos e
sentimentos negativos poderiam atrapalhar.
Pedro orou e ordenou ao corpo da Talita
numa só palavra: “Levanta-te”. Ela abriu os olhos.
Um grande poder era operado no tempo da
Igreja Primitiva.
O Pedro que está disponível para servir ao Reino e que crê em milagres é o Pedro que devemos todos ser.
Pedro teve êxtase quando orava
Este é um dos poucos textos que mostra
Pedro orando. E, como sempre, Pedro teve mais uma grande experiência com o
poder de Deus:
“No dia seguinte, por volta do meio-dia,
Pedro subiu ao terraço da casa para orar. Enquanto isso, os homens vinham pelo
caminho e já estavam próximos de Jope. Então, sentindo muita fome, desejou
comer; entretanto, enquanto a refeição estava sendo preparada, de repente
sobreveio-lhe um estado de completo êxtase” (Atos
10.
9-10).
João Wesley comentou:
E ele ficou com muita fome - Na hora da
refeição habitual. Os símbolos em visões e transes, é fácil de observar,
geralmente são adequados ao estado das faculdades naturais.[22]
Pedro estava orando num dos horários
determinados pela tradição judaica, na hora sexta, ou seja, por volta de meio
dia.
Deus tinha um propósito para levar o
evangelho aos gentios, o que Paulo mais tarde faria muito bem. Cornélio foi o
primeiro.
O êxtase, então, teve um propósito. Não
foi algo apenas para o seu prazer. Foi para receber revelação que veio numa
visão sobre os alimentos no lençol. O coração de Pedro precisa ser curado de
preconceito em relação aos gentios. Ele viu o lençol contendo toda espécie de
animais e aves. No final, o Senhor lhe disse: “Ao que Deus purificou não
consideres imundo” (Atos 10.15).
Ele, por fim, pode então ir na casa de
Cornélio e um derramamento do Espírito aconteceu e toda família de Cornélio foi
batizada.
O Pedro que está aberto às mudanças que vêm de Deus para ser um instrumento do Reino é que devemos todos ser.
Foi liberto da prisão pela oração da Igreja
Outro momento que Pedro viu o poder de
Deus ser manifestado em sua vida foi quando foi Preso por Herodes e a Igreja
orou incessantemente e as portas da prisão se abriram para ele.
“Enquanto Pedro estava no cárcere, da
Igreja havia incessantemente a Deus uma oração por ele” (At 12.5).
Um anjo veio em socorro e abriu as portas
da prisão. Inicialmente, Pedro pensou até ser uma visão: “E, saindo, Pedro o
seguiu, não sabendo que era real o que se fazia por meio do anjo; tudo lhe
parecia uma visão” (Atos 12.9).
Pedro experimentou muito do poder de Deus
quando participou de momentos de oração. Somente no Getsêmani, quando Deus
deixou Jesus sozinho tomar livremente a sua decisão de ir a cruz, que não houve
o sobrenatural de Deus.
O Pedro que experimentou o poder da oração e o poder de Deus é que devemos todos ser.
O Pedro que aprendeu a amar
O amor ágape significa: o amor dádiva, o
amor sacrificial, o amor que se entrega.
Nós podemos até amar aos inimigos. Somos
filhos e filhas do Pai de Amor e podemos amar como Ele ama. Jesus disse para
sermos perfeitos como o Pai é perfeito (Mt 5.48).
Paulo fala desse amor em 1 Coríntios
13.1: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse
amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”.
Foi esse amor que fez toda a diferença na
vida de Pedro.
Certa vez, após a ressurreição, Jesus
perguntou sobre esse amor ágape a Pedro: “Simão, filho de João, você me ama
(ágape) mais do que estes outros amam?” (Jo 21.15), ou seja, você me ama com um
amor incondicional, que se doa, que se sacrifica?
Mas Pedro usou a expressão philéo que
significa – amo como um irmão, que é amar de uma forma ainda imperfeita (Jo
21.15).
Nas duas perguntas iniciais a Pedro: “Tu
me amas?” Jesus utilizou a expressão ágape; mas Pedro, respondeu que ama
utilizando a expressão philéo - “te amo como irmão”.
Pedro foi sincero até porque não
adiantava querer mentir para Jesus. Ele precisou crescer espiritualmente, o que
aconteceu após o Pentecostes.
Pedro em sua epístola fala desse
crescimento e amadurecimento:
Pedro orienta ao povo de Deus sobre a
necessidade de esperar inteiramente na graça do Senhor:
“Portanto, cingindo os lombos do vosso
entendimento, sede sóbrios, e esperai inteiramente na
graça que se vos ofereceu na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.13).
Pedro também orienta sobre a importância
de purificar a alma pelo Espírito:
“Purificando as vossas almas pelo
Espírito na obediência à verdade, para o amor fraternal, não fingido; amai-vos
ardentemente uns aos outros com um coração puro; Sendo de novo gerados, não de
semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que
permanece para sempre” (1 Pedro 1.22-23).
O apóstolo orienta ainda sobre a
necessidade de ter o desejo de crescimento:
“Desejai afetuosamente, como meninos
novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades
crescendo” (1 Pedro 2.2).
Diz mais: “Cresçam, porém, na graça e no
conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja a glória,
agora e para sempre! Amém” (2Pe 3.18).
A graça santificante continuamente nos
forma à semelhança de Cristo.
Por fim, Pedro a fala da necessidade de
ter o amor uns pelos outros.
“Mas, sobretudo, tende ardente amor uns
para com os outros; porque o amor cobrirá a multidão de pecados” (1 Pedro 4.8).
Não é possível ser um cristão pela
metade. Pedro aprendeu isso e usa palavras como fortes como: amai-vos
ardentemente, empenhem-se, esperai inteiramente na graça, desejai
afetuosamente, tende ardente amor, etc.
Essa totalidade e intensidade Pedro
aprendeu na sua própria experiência com Cristo.
O Pedro que aprendeu a amar é que devemos
todos ser.
O Pedro corajoso
Vivemos um tempo de medo. Certamente, é o
sentimento que mais está ativo no mundo atual.
O medo é um sentimento muito ruim e
prejudicial.
“Quem sente medo tem verdadeiro pavor
daquilo que pode lhe causar uma grande ameaça, evita a todo custo aquilo que
pode lhe fazer mal. Esse sentimento ruim é um mecanismo de proteção. O
mal-estar é tão grande que funciona para afastar a pessoa do que poderia lhe
causar algum dano”.[23]
O medo não é bom, não ajuda em nada e
tampouco ninguém. Ele te breca, coloca mais obstáculos onde já tem e faz com
que muitas vezes você desista de realizar algo que tanto queria.[24]
É preciso ter coragem.
A coragem é a chave que abre a ‘porta das
dificuldades’, a única chave possível (a chave-mestra) quando tudo o resto já
falhou.[25]
Mas Pedro teve também seus medos. Medo de
testemunhar, medo de afundar, etc.
Como Pedro se tornou destemido?
Pedro e João tiveram coragem após o
Pentecostes
Pedro e João ficaram cheios do Espírito
Santo no Pentecostes (Atos 2.1-5) e pregaram com toda ousadia a Palavra de Deus
mesmo diante de todas as ameaças (Atos 4.1).
Ser cheio do Espírito não dá espaço para
um sentimento negativo como o medo.
Os apóstolos também estavam cheios do
amor de Deus, por isso, mais tarde, apostolo João explicou:
“No amor não há medo. Antes o perfeito
amor lança fora o medo; porque o medo envolve castigo; e quem tem medo não está
aperfeiçoado no amor” (1 João 4.18).
Eles estavam alegres e sabiam de que não
fizeram nada de errado, ao contrário, foram instrumentos de Deus para a cura de
um aleijado e todo o povo reconhecia isso.
Além disso, O Conselho Superior não via
“uma forma sequer de castigá-los, pois todo o povo estava dando graças a Deus
pelo que tinha acontecido” (Atos 4.21-22).
A coragem demonstrada por Pedro e João
quando foram presos
A coragem é, regra geral, convocada e
utilizada diante de uma tarefa difícil, senão impossível, ou numa situação de
perigo. Ela é composta por intrepidez, ousadia, força moral e perseverança...[26]
As autoridades “Então prenderam os dois e
os puseram na cadeia para ficarem lá até o dia seguinte, pois já era muito
tarde” (Atos 4.3).
Os membros do Conselho Superior ficaram
admirados com a coragem de Pedro e de João, pois sabiam que eram homens simples
e sem instrução (Atos 4.13).
As autoridades ordenaram que não mais
falassem em nome de Jesus:
“Então os chamaram e ordenaram duramente
que não falassem nem ensinassem nada a respeito de Jesus” (Atos 4.18).
Corajosamente, Pedro e João disseram que
não poderiam deixar de falar de Jesus
“Mas Pedro e João responderam:
— Os senhores mesmos julguem diante de
Deus: devemos obedecer aos senhores ou a Deus? Pois não podemos deixar de falar
daquilo que temos visto e ouvido” (Atos 4.19-20).
Eles foram soltos e junto com outros
discípulos adoraram a Deus
“Quando Pedro e João foram soltos,
voltaram para o seu grupo e contaram tudo o que os chefes dos sacerdotes e os
líderes do povo haviam dito” (Atos 4.23).
“Adoraram todos juntos a Deus” (Atos
4.24).
Como havia ainda ameaças, pediram ao
Senhor lhes concedessem que pregassem com coragem
“Agora, Senhor, olha para a ameaça deles.
Dá aos teus servos confiança para anunciarem corajosamente a tua palavra.
Estende a mão para curar, a fim de que, por meio do poder do nome do teu
dedicado Servo Jesus, milagres e maravilhas sejam feitos” (Atos 4.29-30).
Ficaram cheios do Espírito Santo e
anunciaram corajosamente a Palavra de Deus
“Quando terminaram de fazer essa oração,
o lugar onde estavam reunidos tremeu. Então todos ficaram cheios do Espírito
Santo e começaram a anunciar corajosamente a palavra de Deus” (Atos 4.31).
Pregaram com coragem porque estavam
cheios do Espírito Santo.
As lutas e ministrações levaram ao
desgaste natural, ao esvaziamento dando lugar às fraquezas e medos.
Por isso, buscaram o que haviam recebido
no Pentecostes e ficaram novamente cheios do Espírito Santo.
Este Pedro destemido é que devemos todos ser.
O Pedro que vai ao martírio
A tradição cristã antiga relata que Pedro
morreu crucificado em Roma durante a perseguição liderada por Nero, entre 64 e
65 d.C.
Dionísio de Corinto, no ano 170 D.C,
afirmou: "Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos
formaram na doutrina evangélica. A seguir, indo para a Itália, eles vos
transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio
simultaneamente".[27]
John Foxe, no “O Livro dos Mártires”,
afirma que Pedro teve uma visão com Jesus e entendeu que Ele o chamava para o
martírio: “Hegessipo diz que Nero
procurava fatos contra Pedro para condená-lo à morte. Quando o povo percebeu
isso, rogaram a Pedro, com muita insistência, para que ele fugisse da cidade.
Pedro no fim foi persuadido pelos importunos pedidos e preparou-se para a fuga.
Porém, ao chegar ao portão da cidade, viu o Senhor Jesus Cristo vindo ao seu
encontro, a quem Pedro, adorando, disse: — Senhor, para onde vais tu? — Ao que
Ele respondeu dizendo: — Estou voltando para ser crucificado. — Assim Pedro,
percebendo que com essas palavras o Senhor se referia ao martírio do qual ele
estava fugindo, voltou para a cidade. Jerônimo diz que ele foi crucificado, com
a cabeça para baixo e os pés para o alto a pedido dele mesmo porque era — disse
ele — indigno de ser crucificado do mesmo modo e jeito como o fora o Senhor.”[28]
Já Clemente de Roma (35-100 d.C), que foi discípulo de
Pedro, por volta de 96 d.C., em sua Epístola aos Coríntios 5.7, fala do
martírio de Pedro em Roma[o1] :
“Todavia, deixando os exemplos antigos,
examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres
exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas
mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os
bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas
muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar
glorioso que lhe era devido.” [29]
Clemente de Roma exaltou a vida do apóstolo Pedro quando diz que “suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foram para o lugar glorioso que lhe era devido”.
Como disse o pastor presbiteriano Hernandes
Dias Lopes: “Pedro foi um homem que encorajou a igreja a enfrentar o sofrimento
da perseguição e também denunciou com inabalável coragem os falsos mestres que
perturbavam a igreja. Esse foi o teor respectivo de suas duas epístolas. Pedro
foi um missionário que, juntamente com sua esposa, anunciou o evangelho em
muitos redutos do império romano. Pedro exaltou a Cristo em sua vida e
glorificou a Deus através de sua morte. Que você e eu, sigamos as pegadas desse
homem de Deus e que em nossa geração, Cristo seja conhecido em nós e através de
nós!”[30]
Esse Pedro fiel e destemido é que devemos
todos ser;
O Pedro que foi transformado de pescador
a pescador de almas é que devemos todos ser;
O Pedro que deixou de ser rude para ser
amável é que devemos todos ser;
O Pedro que deixou de ser infiel e foi ao
martírio é que devemos todos ser.
O Pedro que estava aberto às mudanças é
que devemos todos ser.
O Pedro que creu no poder da oração é que
todos devemos ser.
O Pedro que foi líder e servo é que
devemos todos ser.
[1] Complexo é uma característica daquilo que não é simples, daquilo que se
mostra complicado, que não possui clareza, que é confuso, de difícil
entendimento. https://www.significados.com.br/complexo/
[2]
https://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2010/04/18/a-historia-de-pedro-o-apostolo-impulsivo-e-sincero/
[3] https://www.respostas.com.br/historia-de-pedro/
[4] Os” pais apostólicos
eram teólogos cristãos centrais
entre os Pais da Igreja que
viveram nos séculos I e II d.C, que se acredita terem conhecido pessoalmente
alguns dos Doze Apóstolos, ou que
foram significativamente influenciados por eles. Seus escritos, embora
amplamente divulgados no cristianismo primitivo, não foram incluídos no cânon do Novo Testamento”.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padres_apost%C3%B3licos
[5] https://hernandesdiaslopes.com.br/pedro-nosso-fiel-retrato/
[6]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mar_da_Galileia
[7]
https://meioambiente.culturamix.com/recursos-naturais/pesca-no-mar-da-galileia-proibido-pescar
[8]
https://www.jw.org/pt/biblioteca/revistas/wp20091001/A-pesca-no-mar-da-Galil%C3%A9ia/
[9] Idem.
[10]
https://www.cineplayers.com/filmes/o-pescador-da-galileia
[11] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-21.html
[12]
Idem.
[13] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-21.html
[14]
Idem.
[15] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/matthew/matthew-17.html
[16] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/matthew/matthew-26.html
[17] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-1.html
[18] https://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_(apóstolo)
[19] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-4.html
[20] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-8.html
[21] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-9.html
[22] https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/acts/acts-10.html
[23] https://www.minhavida.com.br/bem-estar/materias/20221-como-se-livrar-do-medo-que-paralisa
[24] https://www.mensagenscomamor.com/o-medo-te-paralisa
[25] https://juliofreitas.com/mensagens/beneficios-da-coragem/
[27] Extrato de uma de suas cartas aos Romanos conforme fragmento conservado
na HE II,25,8). https://www.xn--apologtico-g7a.com.br/products/pregacao-martirio-e-espiscopado-de-sao-pedro-em-roma/
[28] John Foxe, O Livro dos Mártires, p. 21, 22. https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/como-morreu-o-apostolo-pedro/
[29] https://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_(ap%C3%B3stolo)
[30] https://hernandesdiaslopes.com.br/pedro-nosso-fiel-retrato/
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