Missões wesleyanas no período do ateísmo
e da Rússia pós-soviética
As missões, perseguições, martírios,
abertura e renascimento do metodismo
Odilon Massolar Chaves
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Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de
fevereiro de 1998.
Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 139
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Tradutor:
Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia
e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no
século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de
Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória
seja dada ao Senhor
Rio de Janeiro
– Brasil
"Tenho vergonha do
meu país e magoado pela perda de vidas humanas. Isso é uma desgraça. Quantos
cadáveres de guerra devem aparecer na Rússia e na Ucrânia para que este
pesadelo acabe?"[1]
(Eduard Khegay, bispo metodista )
·
Introdução
·
O surgimento do ateísmo na Rússia
·
A origem do metodismo na Rússia
·
Revolução Bolchevique de 1917 persegue à
Igreja
·
Uma santa e um mártir metodista na Rússia
·
A ressurreição do metodismo na Rússia
pós-soviética
·
O metodismo na Ucrânia
·
A religião como aliada do Governo
Introdução
“Missões wesleyanas no período do
ateísmo e da Rússia pós-soviética”[2]
é um livro que trata da história das missões wesleyanas e das
perseguições e martírio dos metodistas que passaram a acontecer após 1917
quando houve a Revolução Bolchevique na Rússia.
É uma história de fé, luta,
perseguição e sobrevivência de metodistas em tempos de ateismo russo.
Foram vários os mártires em diversas
Igrejas. Destacamos alguns lideres metodistas que pagaram com a vida o fato de serem testemunhas de Jesus.
Victoria Smolkin[3], escritora e professora da Universidade Wesleyana, membro do Corpo docente fala em “confronto do
ateísmo científico soviético com a religião”.[4]
Lidamos com fatos históricos e
escrevemos para formar consciências e honrar a tantos que se dedicaram em
extremo pelo Evangelho e Igreja Metodista.
A pesquisa foi, acima de tudo, nas
redes sociais por não termos tantos livros escritos sobre o metodismo e o
ateísmo soviético.
Importante ressaltar que o metodismo
tem oficialmente hoje liberdade para cultuar e de se organizar na Rússia.
A Rússia pós-soviética[5] tem
sido mais aberta à religião.
O Autor
O surgimento do ateísmo na Rússia
Em 1917 aconteceu a Revolução Bolchevique
na Rússia ou Revolução Russa, que implementou o ateísmo.
A revolução se fundamentou em Karl
Marx, que afirmava que a religião era o ópio do povo. Ele criou as bases da
doutrina comunista.
[6]
Marx disse: “A religião é o suspiro da criatura oprimida, o
coração do mundo sem coração e o espírito das condições sem espírito. Ela é o
ópio do povo”.[7]
A ênfase era em ciências e não em milagres: “Na linha do materialismo
marxista, sendo a religião o ópio das massas, a URSS queria Ciência em vez de
milagres”.[8]
Portanto, após a revolução de
1917, os missionários, pastores e nem Deus eram bem-vindos na Rússia. Mais do
que atrapalhar, eles estariam impedindo o desenvolvimento.
“O golpe na fé foi severo já
que, das 50.000 igrejas ortodoxas em 1917,
sobraram 1.000 no fim dos anos 30”.[9]
Nem templos budistas, sinagogas
ou mesquitas ficaram de pé.
“O ateísmo de Estado da União Soviética era conhecido como gosateizm,
e era baseado na ideologia do marxismo-leninismo”.[10]
A formação da Liga
dos Ateus Militantes piorou a situação das Igrejas. Ela teve “o objetivo de
apoiar, através da propaganda e outros veículos de comunicação, as medidas antirreligiosas
do governo”.[11]
Mas foi muito mais do que isso, segundo pesquisadores.
“A Liga de militantes ateus, fundada em 1929, ajudou o
governo soviético no assassinato de milhares de crentes e de seus líderes.
Muitos templos foram convertidos em celeiros, depósitos e ‘museus do
ateísmo’, enquanto eram realizados com frequências manifestações que promoviam
o escárnio da religião e dos fieis”.[12]
Os cristãos foram perseguidos ao longo da história da União Soviética (1922-1991).
“As autoridades soviéticas suprimiram e perseguiram, em diferentes graus, várias
formas de cristianismo, dependendo do período particular.”[13]
Lenin, Stalin e Mao Tse- Tung levaram adiante o que Marx idealizou. que
Marx:
“(...) a ditadura que Marx
idealizou para si mesmo foi levada a efeito por seus três mais importantes
seguidores: Lenin, Stalin e Mao Tse- Tung, com
incalculáveis consequências para a humanidade e nesse ponto foram, todos eles,
marxistas convictos. Os regimes comunistas russo e chinês tinham uma
característica em comum, a violência. Courtouis (1999, p. 7) afirma que: [...]
desde o início, Lênin e seus camaradas se situaram no contexto de uma “guerra
de classes” sem perdão, na qual o adversário político, ideológico, ou mesmo a
população recalcitrante eram considerados - e tratados – como inimigos e
deveriam ser exterminados. “Os crimes cometidos pelos regimes comunistas somam
cerca de cem milhões de mortos. Estima-se que vinte milhões de pessoas tenham
sido exterminadas na URSS e sessenta e cinco milhões na China”.[14]
Outros afirmam que o número foi de 12 milhões de mortos.
“Estima-se que o número de cristãos mortos pelo regime socialista ateu chega a
12 milhões. Esses dados são mostrados em detalhes no documentário ‘Martirizados
na URSS’, que mostra as atrocidades dos regimes de Lênin, Stalin, Kruschev e
outros”.[15]
“A União Soviética abraçou, vigorosamente, o ateísmo enquanto
parte da sua ideologia política, pregando e agindo ativamente em prol da
extinção de todos os credos e de todas as estruturas de apoio e disseminação de
ideias religiosas em todo o território soviético”.[16]
Nos finais da década de 1980, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS) entrou em colapso.
Mikhail Gorbachev havia sido eleito em 1985 para realizar a reconstrução
chamada de Perestroika para garantir a subsistência do regime soviético, mas
foi em vão. Acabou contribuindo para a implosão da URSS.
“Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev finalmente renunciou
também ao cargo de presidente, reconhecendo, assim, o fracasso de suas reformas
e o colapso da União Soviética. A partir de então, foi formada, entre
ex-integrantes das repúblicas soviéticas, a Comunidade dos Estados Independentes (CEI),
que implantou o modelo de representação política de acordo com a sua
realidade”.[17]
Com isso, houve abertura para as Missões do cristianismo em diferentes
países.
Os Metodistas Unidos priorizaram o
fortalecimento e desenvolvimento de congregações e de líderes de igrejas nos
países do antigo Bloco Soviético da Europa Oriental e Central.
A origem do metodismo na Rússia
Foi o pastor metodista da Suécia
Carl Lindborg quem iniciou o trabalho metodista na Rússia. Ele veio de uma
pequena congregação sueca de São Petersburgo.
“Foi em 1882 e em 1889 em São
Petersburgo a primeira congregação metodista russa foi estabelecida. As pessoas
que serviram lá eram principalmente da Suécia e da Finlândia. Ainda estava
longe do dia em que a Igreja Metodista foi oficialmente reconhecida ...
O mês de abril de 1905 trouxe
mudanças na vida dos protestantes, incluindo os metodistas. “O manifesto sobre
a tolerância” foi publicado na Rússia. Este documento permitiu que os
metodistas trabalhassem com mais liberdade”. [18]
Em 1906, um novo impulso foi dado ao
metodismo na Rússia com a chegada do pastor Hialmar F. Salmi, nascido em São
Petersburgo. “Ele teve uma educação teológica, falava russo muito bem, falava
as línguas finlandesa e sueca. Tudo isso serviu como um novo impulso para o
desenvolvimento do Metodismo em São Petersburgo e na região. Em março de 1907
ele recebeu permissão oficial do estado para obras públicas da Igreja
Metodista”.[19]
Também em 1906 chegou mais um pastor
metodista, o missionário dos EUA George A. Simons que foi ser pastor na
Finlândia e Peterburg.
Em 1907, Dr. George A. Simons se
tornou um pastor residente em São
Petersburgo. Em 1908, foi inaugurada a Casa Betânia Diaconal.
“Sob a orientação de George Simons,
a publicação intensiva de edições periódicas de sua Igreja Metodista:
“Methodism in Russia” (em inglês) e revista “Christian Defender”. Também
algumas edições editoriais metodistas: “Catequistas canônicos”, “Doutrinas e
disciplinas da Igreja Episcopal Metodista”, “Metodistas: quem são e o que
querem”. Também foi publicada a brochura de John Wesley “Character of
Methodist”. A revista de São Petersburgo
“Christian Defender” - é o primeiro órgão de publicação da Igreja Metodista”. [20]
Em 1909, a Igreja Metodista na
Rússia registrada oficialmente. Recebeu o nome de “Primeira Igreja Metodista
Episcopal de Peterburg”.
“A congregação uniu 132 pessoas de 9
nacionalidades sob a orientação do pastor DA Simons. Na casa nº 37 décima linha
de Vasilievskiy Islândia, em local alugado, aconteciam reuniões diárias que
atraíam os habitantes da cidade”.[21]
Em 1910, os metodistas de diferentes
nacionalidades já passam de 500 membros.
A ênfase era nas áreas de social,
missionária e educacional.
“Desde o início, cuidar dos pobres,
doentes e aqueles que precisavam de ajuda era uma parte importante de seu
ministério. Então, em setembro de 1908, na casa # 44 na terceira linha de
Vasilievskiy Islândia durante o tempo de cólera epidêmica, a congregação de
diáconos “Betânia” com a cabeça de sua mentora Anna Aklund começou a
funcionar”.[22]
A abertura desta congregação se
tornou notícia na capital do Norte.
Os primeiros metodistas russos se
dedicaram às missões e investiram na China e na cidade de Mariinsk. Houve um rápido crescimento com estudos
bíblicos sob a liderança de ministros experientes.
“Em janeiro de 1911 na cidade Kovno
(era o nome da cidade Kaunas até 1917), a casa de oração metodista foi
inaugurada e em julho de 1912 foi realizada a primeira reunião do distrito
missionário da Rússia. A partir dessa época, a missão da Rússia tornou-se o
ramo independente da Igreja Metodista Episcopal. Naquele momento na parte norte
da Rússia estavam 13 pregadores, 15 congregações metodistas, 9 escolas
dominicais (onde estudavam mais de 700 crianças), 2 capelas e duas casas de
oração que estavam em processo de construção. Os primeiros pregadores russos
apareceram - AI Ivanov e NP Smorodin”. [23]
Quando os agricultores
russo-coreanos e coreanos étnicos fugiram da invasão japonesa de 1910, a missão
Sibéria-Manchuria foi lançada pela Igreja Episcopal Metodista, Sul.
“O metodismo cresceu nas bordas do
império. Um grande número de devotos ajudou a construir igrejas, escolas,
clínicas e orfanatos. Dentro desses bolsões de influência, havia grande
esperança para futuras congregações”.[24]
Havia um hinário com 100 hinos: “Em
1913, foi publicado um livro de hinos contendo 100 hinos bem conhecidos
traduzidos para o russo. Isso foi seguido por um livro de adoração em 1924”. [25]
Havia ainda cerca de 40 locais de
culto até 1927. O metodismo tinha chegado também na Sibéria.
“Em 1927, havia quarenta locais de
pregação em Leningrado e arredores (como São Petersburgo já era conhecido); e
também houve uma presença metodista na Sibéria - devido ao afluxo de refugiados
coreanos fugindo da ocupação japonesa de sua terra natal (1910)”.[26]
Revolução Bolchevique de
1917 persegue à Igreja
A revolução mudou drasticamente o
destino da Rússia e das igrejas cristãs.Em 1917, os bolcheviques[27] deram origem a Revolução Bolchevique.
“A Revolução
Bolchevique de 1917 na Rússia provocou diferentes reações entre os
metodistas. O bispo do norte dos Estados
Unidos James Bashford lamentou que o metodismo não tenha gasto mais em missões
na Rússia, garantindo que "a democracia russa teria se mantido firme na
crise provocada pela revolução". O pastor metodista do norte dos EUA George
Simons, que havia chefiado missões metodistas na Rússia, em 1919, testemunhou
ao Congresso dos EUA contra o "terrorismo não cristão, anti-americano e
ódio de classe que é a alma do bolchevismo".[28]
O ateísmo passou a ser a doutrina
oficial do partido comunista.
"Adorar qualquer deus é uma
necrofilia ideológica", escreveu certa vez o líder bolchevique Vladímir
Lênin a Maksím Górki. Em outubro de 1917, os bolcheviques, ateus marxistas
radicais, tomaram o poder. Esmagar a religião em geral - e, em particular, a
ortodoxa – era parte central de seu programa. Mas os bolcheviques nunca
proibiram a Igreja totalmente, ‘apenas’ a oprimindo.” [29]
Após 1917, o bispo Nuelsen da Igreja
Episcopal Metodista chegou a relatar que os soviéticos não interferiam “mais na
adoração de qualquer seita que não se oponha ao governo. Chegou-se a decidis
que três bispos episcopais metodistas iriam a “Moscou em abril para apresentar
o credo social ao governo para aprovação e cooperar no trabalho dos destinos da
mal desorganizada Igreja Russa”.[30]
Mas a história revela que posteriormente, o teólogo[31] e bispo metodista John Louis Nuelsen (1867-1946),[32] que nasceu e morava na Suíça, foi chamado pelos ministros de Hitler para colaborar com o regime.
Ele foi convidado a visitar prisões e conversou com presos políticos. Depois enviou telegramas para o exterior protestando contra a imprensa britânica e americana por supostas denúncias de atrocidades. Posteriormente, ele “visitou os EUA em nome de Hitler para proteger sua igreja, mas em cartas privadas ele indicou que temia e odiava o nazismo, e ele eventualmente se aposentou e fugiu para a Suíça”.[33]
O fato é que o surgimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas “resultou no confisco da propriedade da igreja e na perseguição dos fiéis metodistas”.[34]
Até
a Catedral Ortodoxa Russa foi demolida em 1930 pelos russos. Ela “era um dos
pontos turísticos mais notáveis de Baku. Foi demolida em 1930 durante o governo
de Stalin. O ateísmo era a doutrina
oficial do Partido Comunista. Apesar de objetivar a extinção
completa das religiões, num primeiro momento algumas igrejas foram poupadas da
destruição e fechamento arbitrário”.[35]
Mas a Igreja Ortodoxa Russa sobreviveu a esse período.
“Mesmo com as prisões e mortes de milhares de padres, a Ortodoxia Russa ainda conseguiu chegar a acordos com os líderes soviéticos e sobreviver aos bolcheviques”.[36]
No dia da celebração do Natal, em 25
de dezembro de 1931, a igreja metodista que estava localizada no prospecto
Bolshoi, casa nº 58, parou de funcionar.[37]
A Igreja metodista Nikolsk na cidade
de Ussuriisk foi apagada.
Em 1937, o regime stalinista fez
cessar o trabalho metodista na Rússia.
Uma santa e um mártir metodista na Rússia
Diversos leigos e pastores metodistas sofreram, foram perseguidos, expulsos ou morreram devido à perseguição russa.
Dentre eles, destacamos:
Uma santa metodista da Rússia
Anna Eklund (1867-1949) nasceu na Finlândia e se tornou diaconisa da Igreja
Metodista na Rússia.
O metodismo começou entre os imigrantes suecos em São Petersburgo, na
Rússia, em 1881. Desde o início, o metodismo cuidou dos pobres, doentes e
necessitados.
Em 1908, a Casa Diaconal Betânia foi aberta, chefiada por sua mentora Anna
Eklund durante a epidemia de cólera. Anna foi treinada em Hamburgo e Frankfurt.
Cuidar dos pobres, doentes e aqueles que precisavam de ajuda era uma parte
importante do ministério metodista. “Então, em setembro de 1908, na casa # 44
na terceira linha de Vasilievskiy Islândia durante o tempo de cólera epidêmica,
a congregação de diáconos “Betânia” com a cabeça de sua mentora Anna Aklund
começou a funcionar”.[38]
Ela e quatro irmãs ofereceram cuidados de enfermagem e ajuda humanitária.
Em 1909, a Igreja Metodista foi legalizada e, em 1910, havia 500 membros em São
Petersburgo.
O metodismo continuou na Rússia mesmo após a Revolução de 1917, através dos
esforços de Anna Eklund.
Anna é admirada por sua fidelidade, bravura e seu coração sacrificial em
seu ministério para Deus e próximo.
“Diaconisa Anna Eklund não poupou sua energia nem sua saúde quando ela
ministrou para pessoas que estavam morrendo por milhares de fome e cólera na
1920. No inverno, muitas pessoas não tinham sapatos para manter os pés
aquecidos. Irmã Anna fez o impossível para organizar ajuda para os pobres e
doentes de São Petersburgo. Ela deu tudo o que tinha para salvar vidas das
pessoas e cuidar de suas almas.”[39]
Ela era uma ministra única. Um orfanato foi aberto perto de São
Petersburgo.
Em 25 de dezembro de 1931, o novo regime na Rússia fechou a igreja metodista
localizada em Bolshoi. Em 1937, o regime stalinista forçou o fechamento da
Igreja Metodista na Rússia.
Forçada a terminar seu trabalho, Anna voltou para a Finlândia em 1939. Mas
seus sonhos se tornaram realidade: o metodismo renasceu na Rússia.
Foi criado o Prêmio Anna Eklund para os que se destacam no serviço pioneiro
do metodismo na Rússia.
Um livro foi publicado sobre sua vida: Irmã Anna Eklund, 1867-1949: uma
santa metodista na Rússia; suas palavras e testemunho, St. Petersburg
1908-1931”.[40]
Martírio de missionário
metodista coreano
Kim Yeong-hak (1877-1933) nasceu em Geumcheon, Seul, Coréia. Sua família era aristocrata.
Ele teve um encontro casual com um grupo evangélico onde ouviu a mensagem do evangelho e se arrependeu. Kim se tornou um cristão e um colportor, espalhando Bíblias.
Depois, em 1911, Kim “assumiu funções como evangelista; ele se formou no Seminário Hyeopseong e, em 1918, foi ordenado ministro. Ele foi ministro-chefe de várias igrejas em sucessão, incluindo a Igreja Jonggyo e a Igreja Supyogyo em Seul. Em 1919, quando o Movimento da Primeira Independência de Março se espalhou pelo país, ele era o pastor responsável na Igreja Yangyang em Gangwon-do. Ele estava no centro do Movimento Yangyang Mansei (Long Live Korea)”. [41]
Por suas atividades no movimento, pastor Kim passou três anos na prisão de Seodaemun, em Seul.
Em 1922, depois de ser libertado, ele pediu e serviu como missionário aos coreanos em Vladivostok, Rússia, por nove anos.[42]
“Desde o início dos
anos 1920, a Igreja Metodista iniciou o trabalho missionário na Manchúria e na
Sibéria, principalmente por meio dos esforços do Rev. Yang Ju-sam. Muitos
coreanos se mudaram para essas áreas para escapar da perseguição do império
japonês”.[43]
Na Rússia, depois da revolução comunista de 1917, as Igrejas foram perseguidas. Kim foi pastorear os coreanos na Rússia mesmo sabendo das perseguições.
“Em 1930, o Partido Comunista Russo o deteve como criminoso reacionário e tentou forçá-lo a rejeitar sua fé. Ele recusou; e no ano seguinte ele foi condenado a 10 anos de trabalhos forçados e enviado para a Sibéria, onde morreu antes do final de seu mandato”.[44]
Um filme, “O Martírio,” lançado em 2015, na Coréia do Sul, trata da vida dos missionários Kim Yeong-Hak e Bae Hyeong-gyu.
Na atualidade, o rev. Bae Hyeong-gyu (1965-2007) da Igreja Presbiteriana, em 2007, foi sequestrado com 22 outros cristãos voluntários da Comunidade Saemmul, em Bundang, Coréia do Sul., que haviam ido ao Afeganistão para praticar ações humanitárias.[45]
Bae era responsável pelo departamento de jovens como pastor assistente da Igreja Presbiteriana de Saemmul em Bundang, Coréia do Sul.
Eles foram
sequestrados no estado de Ghanzni, no Afeganistão, pelo Talibã e morto com oito
tiros. Shim Seong-min (1978-2007), um leigo, foi também martirizado junto com o
Rev. Bae, no Afeganistão.[46]
A ressurreição do metodismo na na
Rússia pós-soviética
Após a queda da URSS, as Igrejas
Evangélicas e o metodismo ressurgiram.
“Quando a escassez de alimentos
ameaçou a população após o colapso do governo, os Metodistas Unidos
responderam. Em 1991, o Comitê Metodista Unido de Ajuda foi designado como a
principal agência de ajuda humanitária pelo governo russo”.[47]
Desde a queda do comunismo no início
da década de 1990, os Metodistas Unidos colocaram uma
prioridade no fortalecimento e desenvolvimento de congregações e líderes de
igrejas nos países do antigo Bloco Soviético da Europa Oriental e Central.
“A Conferência Geral de 1992 aprovou
a Conferência da Missão Metodista Unida da Rússia; hoje, a Eurásia é a maior
área geográfica episcopal da denominação, abrangendo 11 fusos horários.”[48]
“(...) apesar de todas as
dificuldades, o desenvolvimento da Igreja Metodista na Rússia continuou com
nova força. Desta vez, aconteceu por causa de missionários dos Estados Unidos
da América, Alemanha, Coréia e Libéria. Foram Cristina Hena, Yong Chol Cho e Susanna
Cho, William e Grace Wornok, Tom e Nancy Hoffman, Terence e Evelyn Erbely, Son
Le Kim, Gerald e Natalie Tyson, Joon Sung Park e Helen Park, William e Helen
Lavlais. A Igreja Metodista da
Estônia teve um grande impacto na segunda onda do Metodismo na Rússia. Os
maiores centros do renascimento do Metodismo se tornaram Moscou, Samara e
Yekaterinburg”. [49]
O pastor Yong Chol Cho estabeleceu a
Igreja Metodista Central Unida em Moscou, que mais tarde deu origem às
primeiras Igrejas Metodistas de Moscou - Mytischy, Vnukovo, Perovo.
Em 1992, o Rev. Cho, juntamente com
missionários de outras denominações, organizou o trabalho do Seminário
Teológico Unido, onde estudou os primeiros ministros do Metodismo Russo
moderno.
“Em 1993, a Igreja Metodista Unida
da Rússia recebeu a aprovação do Estado, confirmada em 1999 pelo Ministério da
Justiça da Federação Russa. A Igreja recebeu o estatuto de “Organização
religiosa centralizada”. O primeiro Bispo da Igreja Metodista Unida da Rússia
foi Rudiger R. Minor.”[50]
Em 1995, o Seminário Teológico da
Igreja Metodista Unida da Rússia começou seu trabalho. Estava preparando
pastores e ministros para a igreja. Os graduados do seminário, a partir de
1997, recebem nomeações e exercem a pastoral em todo o território da ex-União
Soviética.
Em 1999 foi inaugurado o curso de
estudos a distância do seminário. Era chefiado pelo reitor do Seminário Andrey
Kim.
Na Rússia, a Igreja Metodista Unida
novamente começou a publicar na imprensa periódica e reiniciou a publicação de
livros metodistas na língua russa.
Foi organizada a Conferência Anual
da Igreja Metodista Unida da Rússia, de acordo com os princípios da Igreja
Metodista Unida.[51]
“De acordo com os dados apresentados
pelo Seminário Teológico da Igreja Metodista Unida Rússia, existem atualmente:
·
Mais de 110 igrejas;
·
188 escolas dominicais;
·
4 Conferências Anuais Metodistas Unidas” .[52]
As quatro Conferenciais Anuais
incluem: Rússia Central, Noroeste da Rússia, Rússia do Sul, Ucrânia e Moldávia,
Rússia Oriental e Ásia Central e são divididas em 11 distritos (Distrito Norte
de Moscou, Distrito Sul de Moscou, Distrito de Volga, Distrito de São
Petersburgo, Distrito de Novgorod, Distrito Ocidental), Distrito Central de
Solo Negro, Distrito Norte do Cáucaso, Distrito Leste, Distrito Oeste, Distrito
de Ural, Distrito Extremo Oriente da Sibéria, Ásia Central) servido por:
127 homens e mulheres com nomeação,
incluindo: 37 clérigos ordenados, 38 trabalhadores comissionados.[53]
A abertura na Rússia pós-soviética
A Rússia pós-soviética tem sido mais aberta à religião.
O artigo 28 da Constituição garante liberdade
de pensamento e religião, assim como a liberdade de não professar nenhuma
religião.
Mas nem todos tem a liberdade de se organizar na
Rússia como as Testemunhas de Jeová e outros por serem considerados extremistas. “O mais
alto Tribunal de Direitos Humanos da Europa está focado em punir a Rússia por
violar os direitos à liberdade de religião dos Testemunhas de Jeová”.[54]
O fato é que o “protestantismo na Rússia tem uma longa história de altos e baixos. Até o início do século 20, ser protestante era um crime. O metodismo chegou à Rússia há mais de 120 anos. Dependendo do ambiente político, no entanto, teve períodos de crescimento interrompidos por tempos de luta. A Rússia pós-soviética tem sido mais aberta. À medida que a Igreja Metodista Unida cresceu lá, também cresceu a necessidade de clérigos mais treinados.”[55]
Segundo
Victoria Smolkin[56], escritora e professora da Universidade Wesleyana em Connecticut, EUA, “o retorno da religião à política e à vida pública
em 1988 rompeu os laços entre o ateísmo e o Estado soviético”.[57]
Victoria Smolkin escreveu, em 2018, seu primeiro
livro: “Um espaço sagrado nunca está vazio: uma história do ateísmo soviético”.[58]
Tendo alguma semelhante com o tema
do nosso livro “Missões wesleyanas em tempo do ateismo soviético”, o livro de Victoria
Smolkin “apresenta a primeira história do ateísmo soviético desde a revolução
de 1917 até a dissolução da União Soviética em 1991. Explora o significado do
ateísmo para a vida religiosa, para a ideologia comunista e para a política
soviética”.[59]
O metodismo na Ucrânia
O metodismo chegou à Ucrânia antes da Primeira Guerra Mundial, mas a Rússia fechou as Igrejas metodistas e somente uma congregação permaneceu.
“Algumas congregações foram plantadas na Ucrânia antes da Primeira Guerra Mundial, notadamente perto de Uzhgorod e Ternopil, mas destas, todas menos a comunidade em Uzhgorod foram fechadas durante a era soviética”.[60]
O ressurgimento das igrejas atuais na “Ucrânia começou após o fim da União Soviética, que trouxe um fluxo e disseminação de missionários metodistas unidos dos Estados Unidos, Alemanha e Libéria para muitas das nações recém independentes na década de 1990”.[61]
Há diversas congregações metodistas unidas na Ucrânia, dentre elas, Kiev, Lviv, Kamyanitsa, Uzghorod, Klarkiv, Poltova e Chernivtsi, “bem como as duas áreas separatistas reconhecidas pela Rússia em Donetzk e Luhansk”.[62]
“Os metodistas unidos têm congregações e parceiros de missão em solo na Ucrânia, oferecendo esperança, apoio e ajuda de todas as formas que puderem. A nação da Ucrânia está incluída, com a Moldávia, na Conferência Anual Provisória da Igreja Metodista Unida da Ucrânia-Moldávia, parte da Área Episcopal da Eurásia, liderada pelo Bispo Eduard Khegay”.[63]
Com a invasão da Ucrânia pelos russos comandados pelo presidente Putin, muitos evangélicos fugiram do país.
O pastor metodista em Kiev, Oleg Starodubets, afirmou que os membros de sua Igreja estão espalhados em 9 países, mas ele procura manter contato com os membros, especialmente realizando culto online.
Diversas Igrejas metodistas abriram suas instalações e templos para os refugiados.
Dentre eles, estão: pastores metodistas Vasylli e Alla Vuksta em Kamyanitsa e Uzghorod transformaram suas igrejas em obrigo para 40 refugiados.[64]
O SD e pastor metodista Oleg Starodubets disse: “Ministério com refugiados é muito difícil. As pessoas que fugiram da guerra estão deprimidas e estão constantes em lágrimas. Nossos pastores compartilham amor e boas notícias sobre Jesus Cristo com eles. Rev. Vasylii e Rev. Alla são sempre exemplo de ministério sacrificial para mim”. [65]
Já outros, como Igor Park, pastor metodista em Klarkiv, cidade bombardeada pela Rússia, que resiste como heroína, ficou na cidade para apoiar os metodistas que não conseguiram fugir. Um homem corajoso e fiel, como disse seu superintendente distrital Oleg Starodubets.
A religião como aliada do Governo
Se a religião antes era vista como ópio do povo, agora ela é vista como uma grande aliada nos propósitos do governo russo, apesar da Rússia ser um estado laico.
As justificativas para a invasão da Ucrânia
são conhecidas, dentre elas, “parar o avanço da OTAN em direção às fronteiras
da Rússia, proteger os colegas russos do ‘genocídio’ ou a alegação infundada de
‘des-nazificar’ a Ucrânia”.[66]
O patriarca Kirill,[67] da Igreja Ortodoxa Russa, oferece outros motivos, especialmente a
defesa dos valores culturais e espirituais russos em contraste com os valores
liberais ocidentais, que inclui apoio aos gays.[68]
“Kirill descreve um mundo marcado pelo consumo excessivo e
aparente liberdade: Na Ucrânia está
em curso uma guerra justa — do ponto de vista moral — que serve para
proteger a região de Donbass que há anos vem sendo atacada pelas forças do mal,
por uma espécie de Anticristo que avança e obscurece os valores cristãos
tradicionais. Nos bastidores de tudo isso, move-se, poderoso, o lobby gay”.[69]
O patriarca Kirill vê a Ucrânia como uma
parte integral e histórica da Rússia e fala da unidade dada por Deus à Ucrânia
e à Rússia. Ele denunciou “forças malignas” na Ucrânia que querem destruir essa
unidade.[70]
O patriarca Kirill fala de uma guerra justa, real e uma
legitimidade moral para a invasão, que é a escolha entre o pecado e santidade, com aqueles que promovem o pecado.
Nesse sentido, a Igreja Ortodoxa Russa está
fornecendo muito do simbolismo e ideologia a toda essa invasão.
“Os padres ortodoxos russos estão abençoando
os tanques, e os padres ortodoxos ucranianos estão abençoando os soldados para
lutarem contra a Rússia.”[71]
Segundo a visão russa, há uma tentativa de restaurar a ordem
natural dada por Deus de que ucranianos e russos sempre foram um povo, o que o
patriarca Kirill reforça em seus discursos afirmando que as potências
ocidentais estariam interferindo na unidade histórica dos russos e ucranianos.[72]
O fato é que “Kirill é aliado do presidente Vladimir Putin, a
relação entre Igreja e Estado está tão forte que o patriarca já se referiu ao
político como “milagre de Deus”.[73]
Durante uma videochamada, o Papa Francisco pediu ao patriarca
russo que evitasse a linguagem da política.[74]
O Papa chamou a invasão russa de “guerra”;[75] “abuso perverso
de poder”[76] e de
“agressão armada”.[77]
O patriarca russo tem negado atender aos pedidos para procurar
apelar para o fim da guerra. “O presidente dos Bispos Católicos europeus,
Jean-Claude Hollerich escreveu ao Patriarca de Moscou e de todas as Rússias
Kirill em busca de esperança e pedindo que peça às autoridades russas que
cessem as hostilidades, buscando uma solução diplomática e incentivando a
abertura de corredores humanitários”.[78]
O arcebispo de Poznan e presidente da Conferência Episcopal
Polonesa, dom Stanislaw Gądecki também escreveu uma carta pedindo ao patriarca
para interferir junto a Putin para parar a guerra.[79]
Mas a visão do patriarca russo é bem diferente de outros religiosos.
Segundo ele, “trata-se da salvação humana, onde a humanidade se encontrará à
direita ou à esquerda de Deus Salvador, que vem ao mundo como juiz e criador.
Muitos hoje, por fraqueza, insensatez, ignorância, e mais frequentemente porque
não querem resistir, vão para o lado esquerdo. E tudo o que tem a ver com a
justificação do pecado condenado na Bíblia é a prova da nossa fidelidade ao
Senhor, da nossa capacidade de confessar a fé no nosso Salvador”.[80]
Os
ucranianos estão desapontados com o patriarca Kirill. “Estima-se que 29% dos
ucranianos sejam ortodoxos ligados à Moscou. A unidade dos ucranianos em defesa
de seu país é quase total, por isso, muitos ucranianos ortodoxos que têm Kirill
como líder ficaram perplexos e desapontados com suas declarações”.[81]
O fato é
que “os membros do clero russo temem ser presos caso questionem a presente
guerra movida pelo regime de Vladimir Putin contra a Ucrânia”.[82]
O fato é
que a religião voltou a ser importante para as lideranças russas inclusive para
justificar as guerras, que é chamada de “operação”.
Comemorando
os oito anos de anexação da Crimeia ao território russo, no dia 18 de março, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, citou a
Bíblia ao se referir à guerra contra a Ucrânia.
Ele disse
em relação aos soldados russos na Ucrânia: “É isso que eu penso, que não há
amor maior do que alguém dar a sua alma pelo seu amigo. Nós podemos ver o que
nos guia durante o curso dessa operação’, afirmou Putin, em discurso no estádio
Lujniki, em Moscou”.[83]
Mas nem todos pensam assim. Eduard
Khegay, bispo metodista da Rússia e da Ucrânia
compartilhou sua angústia com a invasão e disse:
"Tenho vergonha do meu país e magoado pela perda de vidas humanas.
Isso é uma desgraça. Quantos cadáveres de guerra devem aparecer na Rússia e na
Ucrânia para que este pesadelo acabe?"[84]
[1]
htps://www.calpacumc.org/news/united-methodists-respond-to-invasion-of-ukraine-um-news/
[2] Parte deste livro foi
retirado dos meus livros “Missões Wesleyanas”; “Fé, solidariedade e martírio” e
“Submissão e Resistência das Igrejas ao nazismo na Alemanha”.
[3]
“Victoria Smolkin é Professora Associada de História Russa na Universidade
Wesleyana (Middletown, Connecticut). Ela concluiu seu doutorado na Universidade
da Califórnia em Berkeley em 2010. Suas publicações incluem: "A Confissão
de um Ateu que Se Tornou Um Estudioso da Religião": A Última Entrevista de
Nikolai Semenovich Gordienko", Kritika (Verão 2014) e
"O Bilhete para a Alma Soviética: Ciência, Religião e a Crise Espiritual
do Ateísmo Soviético Tardio", em Revisão Russa (abril de
2014)”. https://www.wilsoncenter.org/person/victoria-smolkin
[4]
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/russ.10726.
[5]. “Referente ou
pertencente a soviete; sovietista. Relativo a ou pertencente à União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (Estado formado em 1922, que existiu até
1991, composto por 15 repúblicas socialistas).
Regime político totalitário que prevaleceu na Rússia com a queda do regime
também totalitário dos czares”. https://www.dicionarioinformal.com.br/soviético/
[6] “Karl
Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 – Londres, 14 de março de
1883) foi um filósofo, economista, historiador, sociólogo, teórico
político, jornalista, e revolucionário socialista alemão. Nascido em
Tréveris, Prússia, Marx estudou direito e filosofia nas universidades de Bona e
Berlim” - https://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx.
[7] https://filosofianaescola.com/politica/marx-e-a-religiao-o-opio-do-povo/
[8]https://isadoracalil.medium.com/ateísmo-soviético-ascensão-e-queda-e5298800ecb2
[9]
https://isadoracalil.medium.com/ateísmo-soviético-ascensão-e-queda-e5298800ecb2
[10]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Religião_na_União_Soviética
[11]
“As funções da Liga dos Ateus Militantes foram finalizadas 1942 e substituídas
para Associação para a Propagação do Conhecimento Político e Científico de Toda
União. https://pt.wikipedia.org/wiki/Perseguição_aos_Cristãos_no_Bloco_do_Leste
[12]
https://www.ligadonogospel.com/2013/04/maior-genocidio-da-historia-foi-contra.html
[13]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_Crist%C3%A3os_na_Uni%C3…
[14]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Perseguição_aos_Cristãos_no_Bloco_do_Leste
[15]
https://www.ligadonogospel.com/2013/04/maior-genocidio-da-historia-foi-contra.html
[16]https://
www.publico.pt/2019/11/18/p3/fotogaleria/beleza-cartazes-antireligiosos-uniao-sovietica-398066
[17]
https://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/fim-urss.htm
[19]
Idem.
[20]
umc-eurasia.ru/en/about
[21]
Idem.
[22]
Idem.
[23]
umc-eurasia.ru/en/about
[25]
https://oimts.files.wordpress.com/2013/04/2007-9-vidamour.pdf ·
Arquivo PDF
[26] https://oimts.files.wordpress.com/2013/04/2007-9-vidamour.pdf · Arquivo PDF
[27] “A palavra bolchevique significa “maioria”
no idioma russo. Essa palavra passou a ser usada, no começo do século XX, para
designar os integrantes mais radicais do POSDR (Partido Operário
Social-Democrata Russo). Esse partido foi fundado em 1898 e se opunha ao regime
czarista de Nicolau II na Rússia (...). Os bolcheviques eram favoráveis a uma
mudança radical na Rússia, com a queda do czarismo e implantação da ditadura do
proletariado, através de uma revolução comunista. Para eles, o novo governo
russo, pós-revolução, deveria ser composto por uma união entre os operários e
os camponeses (...). Foram os bolcheviques, liderados por Lênin, que assumiram
o comando político da Rússia após a Revolução Russa de outubro de 1917”.
https://www.suapesquisa.com/russa/bolcheviques.htm
[28] juicyecumenism.com/2020/03/06/methodism-soviet-empire/
[29] https://br.rbth.com/historia/82834-igreja-ortodoxa-russa-urss
[30]
content.time.com/time/magazine/article/0,9171,881374,00.html
[31] Bispo Nuelsen foi autor de diversos livros, dentre
eles: Lutero, o lider; Algumas fases recentes da teologia alemã; John Wesley e o hino alemão: um
estudo detalhado das traduções de John Wesley de trinta e três hinos
alemães ; Reforma e
Metodismo, etc.
https://www.worldcat.org/identities/lccn-no99-028273/identity.html
[32] “João nasceu em Zurique, filho do Reverendo Heinrich e Rosalie (Mueller)
Nuelsen. Heinrich nascido em Nörten, Hanôver,tornou-se um cidadão americano e foi ordenado para o
ministério episcopal metodista. Ele passou um tempo na Alemanha como missionário, e mais tarde foi enviado para a Suíça para ajudar
a estabelecer o metodismo lá. Serviu igrejas na Europa por 38
anos. A família era originária da Holanda. John foi batizado pelo Bispo Calvin
Kingsley”.
https://wiki2.org/en/John_Louis_Nuelsen
[33] https://www.thefreelibrary.com/A+Tale+of+Two+Leaders%3a+German+Methodists+and+the+Nazi+State.-a076751695
[35]
https/pt.wikipedia.org/wiki/Religi%C3%A3o_na_Uni%C3%A3o_Sovi%C3%A9tica
[36]
htps://br.rbth.com/historia/82834-igreja-ortodoxa-russa-urss
[37]
umc-eurasia.ru/en/about
[38]
umc-eurasia.ru/en/about
[39]
https://christonthemountaintop.org/anna-eklund-and-methodist-mission-in/
[40] Pesquisa:
http://www.gracerussia.org/news
http://oimts.files.wordpress.com/2013/04/2007-9-vidamour.pdf
[41]
www.kukmindaily.co.kr/article/view.asp?page=&arcid=0009745248
[42]
Hoje é “a maior cidade portuária da Federação Russa no oceano Pacífico, e o
centro administrativo do Krai de Primorsky, pertencente ao Distrito Federal do
Extremo Oriente.” https://pt.wikipedia.org/wiki/Vladivostoque.
[44] Idem.
[45]
https://portasabertas.org.br/noticias/cristaos-perseguidos/noticia3770
[46] Idem.
[47]
http://umnews.org/en/news/united-methodists-reclaim-rich-russian-history
[48]
https://www.umc.org/en/content/theological-education-flourishes-in-post-communist-russia-and-eastern-europ-wsf
[49] umc-eurasia.ru/en/about
[50] Idem.
[51]https:// umc-eurasia.ru/en/about
[52] https://
lifeofasoul.com/resources/russianchurches
[53]https://
lifeofasoul.com/resources/russianchurches
[54] https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/russia-e-punida-por-violacoes-de-liberdade-religiosa-contra-testemunhas-de-jeova.html
[55] https://www.umc.org/en/content/theological-education-flourishes-in-post-communist-russia-and-eastern-europ-wsf
[56]
Victoria Smolkin é Professora Associada de História Russa na Universidade
Wesleyana (Middletown, Connecticut). Ela concluiu seu doutorado na Universidade
da Califórnia em Berkeley em 2010. Suas publicações incluem: "A Confissão
de um Ateu que Se Tornou Um Estudioso da Religião": A Última Entrevista de
Nikolai Semenovich Gordienko", Kritika (Verão 2014) e
"O Bilhete para a Alma Soviética: Ciência, Religião e a Crise Espiritual
do Ateísmo Soviético Tardio", em Revisão Russa (abril de
2014). https://www.wilsoncenter.org/person/victoria-smolkin
[57]
https://www.wilsoncenter.org/blog-post/victoria-smolkin-history-soviet-atheism
[58] https://www.wilsoncenter.org/blog-post/victoria-smolkin-history-soviet-atheism
[59]https://vsmoklin.faculty.wesleyan.edu
[60]
https://www.umc.org/en/content/ask-the-umc-how-are-united-methodists-present-in-ukraine
[61]Idem.
[62]
Idem.
[64]
https://www.facebook.com/oleg.starodubets
[65]
Idem.
[66] https://krdo.com/news/2022/03/14/in-putins-vision-for-the-world-a-medieval-narrative-resurfaces/
[67] Kirill vem
daquela que há 69 anos era Leningrado, e o seu nome era Vladimir
Mikhailovich Gundjaev – https://ihu.unisinos.br/185-noticias/noticias-2016/551592-quem-e-kirill-o-controverso-patriarca-de-todas-as-russias
[68]
https://krdo.com/news/2022/03/14/in-putins-vision-for-the-world-a-medieval-narrative-resurfaces/
[69]
https://www.paulopes.com.br/2022/03/patriarca-kirill-diz-que-guerra-sera.html#.YjS9h4_MK3A
[70]
https://krdo.com/news/2022/03/14/in-putins-vision-for-the-world-a-medieval-narrative-resurfaces/
[71]
https://www.paulopes.com.br/2022/02/igreja-ortodoxa-da-russia-abencoa.html#.YjXS-k3MK3A
[72]
https://krdo.com/news/2022/03/14/in-putins-vision-for-the-world-a-medieval-narrative-resurfaces/
[73]
https://overbo.news/igreja-ortodoxa-governo-lei-religiao/
[74]
htpps://www.opovo.com.br/noticias/mundo/2022/03/16/papa-pediu-que-patriarca-russo-evite-a-linguagem-da-politica-vaticano.html
[75]
https://extra.globo.com/noticias/mundo/papa-contradiz-putin-chama-invasao-da-ucrania-de-guerra-lamenta-rios-de-sangue-25421279.html
[76]
https://br.noticias.yahoo.com/papa-francisco-chama-posição-russa.
[77]
https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2022/03/13/em.
[78]
https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2022-03/cartamhollerich-a-kirill-pelo-fim-da-guerra-ucrania.html
[79]
https://www.acidigital.com/noticias/arcebispo-catolico-ao-patriarca-russo-kirill-peca-a-putin-que-pare-a-guerra-na-ucrania-79577
[80]
https://www.paulopes.com.br/2022/03/patriarca-kirill-diz-que-guerra-sera.html#.YjS9h4_MK3A
[81]
https://gaudiumpress.org/content/arcebispo-ortodoxo-ucraniano-invectiva-patriarca-ortodoxo-kirill-de-moscou/
[82]
https://pt.aleteia.org/2022/03/16/a-sombra-da-uniao-sovietica-sobre-a-igreja-na-russia-de-hoje/
[83]
https://juremaemfoco.com/2022/03/18/putin-cita-biblia-ao-defender-invasao-e-diz-estar-salvando-a-ucrania/
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