Interpretação dos símbolos do

Apocalipse

 

Ensino de Wesley e Carlos Mesters

 

 

  

Odilon Massolar Chaves

 

 

 


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Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 133

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 Tradutor: Google

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor

Rio de Janeiro - Brasil

 

 

Aconselho cada um, antes de ler as Escrituras, a usar esta ou a oração semelhante: ‘Senhor Abençoado, que fez com que todas as Escrituras sagradas sejam escritas para nosso aprendizado, conceda que possamos ouvi-las, ler, marcar, aprender e digeri-las interiormente, que pela paciência e conforto da sua Santa Palavra, podemos abraçar, e sempre manter firme a esperança abençoada da vida eterna, que tu nos deste em nosso Salvador Jesus Cristo."[1]

 (João Wesley)

 


Índice

 

Introdução

O significado dos símbolos

Apocalipse 1

·       Apocalipse

·       Sete

·       Sete espíritos

·       Ômega

·       Sete candelabros

·       O Filho do Homem

·       Túnica longa

·       Cinto de ouro

·       Cabelos brancos

·       Olhos chamejantes

·       Pés de bronze

·       Voz estrondosa

·       Espada afiada

·       Rosto como o sol

·       Hades/morte

·       caídos.

·       Sete estrelas

Apocalipse 2

·       Nicolaítas

·       Sinagoga de Satanás

·       10 dias de provação

·       Trono de Satanás

·       Doutrina de Balaão

·       Maná escondido

·       Pedrinha branca

·       Nome novo

·       Olhos como chama de fogo

·       Bronze reluzente

·       Jezabel

·       Profundidade de satanás

·       Estrela da manhã

Apocalipse 3

·       Não sujar as vestes

·       Comprar ouro purificado

·       Comprar vestes brancas

·       Comprar colírio

Apocalipse 4

·       Voz com trombeta

·       Trono colocado no céu

·       24 anciãos

·       Mar vítreo

·       Quatro animais

·       Cheio de Olhos

·       Semelhante a um leão

·       Boi/Bezerro

·       Face do homem

·       Águia em voo

·       Animais com 6 asas e cheios de olhos

·       Um livro

Apocalipse 5

·       Selado com sete selos

·       Cordeiro

·       Sete chifres e sete olhos

·       Taças de ouro cheios de incenso

Apocalipse 6

·       Cavalo branco

·       Cavalo vermelho

·       Espada

·       Cavalo negro

·       Balança

·       Cavalo amarelo

Apocalipse 7

·       Quatro cantos da terra

·       Marcado a fronte

·       Número 144

·       Palmas

Apocalipse 8

·       Silêncio

·       Montanha incandescente

·       Absinto

·       Estrela caindo do céu

Apocalipse 9

·       Poço do abismo

·       Gafanhotos

·       Escorpiões

·       Árvores

·       Selo de Deus

·       Cabelos como cabelos de mulheres

·       Abadom e Apoliom

·       Cabeça de Leão

·       Poder na boca e caudas

Apocalipse 10

·       Livrinho aberto

·       Voz como um leão que ruge

·       Sete trovões

·       Devorar o livrinho

·       Fará amargo o teu estômago

Apocalipse 11

·       Como uma Vara

·       Átrio externo

·       42 meses

·       Duas oliveiras

·       Besta que sobe do abismo

·       Arca da Aliança no templo

Apocalipse 12

·       Vestida com o sol

·       Coroa de 12 estrelas

·       Dores de parto

·       Dragão

·       Sete cabeças, 10 chifres, 7 diademas

·       1/3 das estrelas do céu

·       Deserto

·       Miguel

·       Vomitou água como um rio

Apocalipse 13

·       Besta que subia do mar

·       Besta semelhante a alguns animais

·       Seguindo a besta

·       Besta que sai da terra

·       Dois chifres

·       Marca na mão ou fronte

·       Número 666

Apocalipse 14

·       Monte Sião

·       Cântico Novo

·       Virgens

·       Babilônia

·       Coroa de ouro

·       Foice afiada

·       Ceifa

·       Lagar foi pisado fora da cidade

Apocalipse 15

·       Templo do tabernáculo

·       Sete pragas

Apocalipse 16

·       Três espíritos como rãs/sapos

·       Granizo pesado como chuva de talento

Apocalipse 17

·       Grande prostituta

·       Muitas águas

·       Reis da terra

·       Mulher sentada

·       Besta de cor de escalarta

·       Besta com 7 cabeças e 10 chifres

·       Nome na fronte da prostituta

·       Cinco reis já caíram

Apocalipse 18

·       Pedra lançada no mar

Apocalipse 19

·       Bodas do Cordeiro

·       Olhos como chama de fogo

·       Muitos diademas

·       Manto vestido de sangue

·       Exércitos no céu

·       Regerá com vara de ferro

·       Nome no manto e na coxa

·       Ceia do grande banquete

·       Falso profeta

Apocalipse 20

·       Chave do abismo

·       Mil anos

·       Primeira ressurreição

·       Segunda morte

·       Gog e Magog

·       Lago de fogo

Apocalipse 21

·       Mar já não existe

·       Esposa do Cordeiro

·       12 anjos

·       Cana de ouro

·       Cidade quadrangular

Apocalipse 22

·       Árvore da vida

·       Nome na testa

·       Ficarão de fora os cães 


Introdução

 

“Interpretação dos símbolos do Apocalipse” é um livro que foi estudado primeiro nas Igrejas onde fui pastor no início do meu ministério no Estado do Rio de Janeiro em Muriqui e Itaguaí, na década de 80.

Na verdade, são notas, pequenas observações sobre o significado dos símbolos.

Pedi ajuda a diversos estudiosos, especialmente a João Wesley e Carlos Mesters, buscando o conselho de sábios. Seus livros ajudaram bastante.

O próprio livro de Apocalipse diz várias vezes que é preciso ter sabedoria, inteligência para entender o significado, a mensagem e os símbolos.

É preciso também conhecer o Antigo Testamento onde profetas escreveram em forma de símbolos, especialmente Daniel, Ezequiel, Joel, Jeremias, Isaias, etc. O Apocalipse utiliza muito desses símbolos.

É preciso entender ainda o contexto histórico de perseguição romana, na época.

O Apocalipse foi escrito para trazer esperança ao povo de Deus em meio a feroz perseguição.

É também um chamado à fidelidade e perseverança em meio a intimidação e violência dos imperadores para que César fosse adorado como um deus.

Sugiro que você medite na oração de Wesley colocada no início desse livro, onde ele aconselha orar antes de ler as Escrituras: “(...) conceda que possamos ouvi-las, ler, marcar, aprender (...)”.

O Autor

 


O significado dos símbolos

Apocalipse 1

Apocalipse

“Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo” (Apocalipse 1.1).

Significa “revelação”, descobrir, tirar o véu que cobre uma coisa e a esconde dos olhos.

Wesley explicou: “A Revelação - apropriadamente chamada; pois as coisas cobertas antes são aqui reveladas ou reveladas. Nenhuma profecia do Antigo Testamento tem esse título; foi reservado apenas para isso no Novo. É, por assim dizer, um manifesto, no qual o Herdeiro de todas as coisas declara que todo o poder é dado a ele no céu e na terra, e que no final ele exercerá gloriosamente esse poder, impedindo toda a oposição de todos os seus inimigos”.[2]

Sete

“João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono” (Apocalipse 1.4).

Versículos: 1.4; 1.11-12; 1.20; 2.1; 4.5; 5.6; 6.1; 8.2. 11.13; 13.1; 15.6; 16.1; 17.3; 17.9.

É o número da totalidade, total.

É plenitude, pleno.

Sete espíritos

Versículos: 3.1.

“E ao anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto” (Apocalipse 3.1).

Significa Espírito Santo pleno, cheio.

Wesley disse: “Sete era um número sagrado na igreja judaica: mas nem sempre implicava um número preciso. Às vezes, deve ser interpretado figurativamente, para denotar integridade ou perfeição. Por esses sete espíritos, não sete anjos criados, mas o Espírito Santo deve ser compreendido”.[3]

Alfa

“Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (Apocalipse 1:8).

Versículos: 1.8; 22.13.

Primeira letra do alfabeto grego.

Jesus é o princípio de todas as coisas.

Ômega

Versículos: 1.8; 22.13.

Última letra do alfabeto grego.

Jesus é o fim de todas as coisas.

Sete candelabros

“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro” (Apocalipse 1.12).

Versículos:1.12; 2.1.

Castiçal com vários braços;

Lampadário;

São as sete igrejas (cf. 1.20).

O candeeiro é o emblema do testemunho.

“candelabros de ouro (Ap 1,12): o povo de Deus, as comunidades”.[4]

O Filho do Homem

“E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem (...)” (Apocalipse 1.13).

Versículos: 1.13; 14.14.

Filho do Homem é Jesus.

Túnica longa

“(...) vestido até aos pés de uma roupa comprida (...)” - (Apocalipse 1.13).

Versículos: 1.13.

Sacerdócio de Jesus

Cinto de ouro

“(...) e cingido pelos peitos com um cinto de ouro” (Apocalipse 1.13

Realeza de Jesus.

Cabelos brancos

“E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve (...)” (Apocalipse 1.14).

Sabedoria e eternidade de Jesus.

Wesley explicou: “Sua cabeça e seu cabelo - isto é, o cabelo de sua cabeça, não toda a sua cabeça. Eram brancos como lã branca - Como o Ancião de Dias, representado na visão de Daniel 7:9 , Daniel 7:9 . A lã é comumente considerada um emblema da eternidade”.[5]

Como neve - sua pureza imaculada.

Olhos chamejantes

“(...) e os seus olhos como chama de fogo” (Apocalipse 1.14).

Onisciência de Jesus.

Wesley explicou: “E seus olhos como uma chama de fogo - Atravessando todas as coisas; um símbolo de sua onisciência”.[6]

Pés de bronze

“E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha (...) (Apocalipse 1.15).

Expressa estabilidade e força de Jesus.

“Pés de bronze (Ap 1,15): firmeza invencível”.[7]

Voz estrondosa

(...) e a sua voz como a voz de muitas águas” (Apocalipse 1.15).

Versículos: 1.15

Majestade e poder de Jesus.

Espada afiada

“E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios (...)” – (Apocalipse 1.16).

Força dos decretos divinos contra os infiéis (cf 19.15; 2.16).

Wesley disse: “E de sua boca saiu uma espada afiada de dois gumes - Significando sua justiça e justa ira, continuamente apontada contra seus inimigos como uma espada”.[8]

Rosto como o sol

”(...) e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece” (Apocalipse 1.16).

Significa a glória e beleza infinita.

Hades/morte

“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1.18).

Lugar onde residem os mortos (cf Nm 16.33).

Diferente de Geena ou o popular inferno,[9] que significa lugar de morte eterna para os ímpios e anjos caídos.

Wesley disse: “No estado intermediário, o corpo permanece na morte, a alma no hades. Cristo tem as chaves de, isto é, o poder sobre ambos; matando ou acelerando o corpo e livrando-se da alma, como lhe agrada. Ele deu a São Pedro as chaves do reino dos céus; mas não as chaves da morte ou do inferno”.[10]

Sete estrelas

“O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas” (Apocalipse 1.20).

Versículos: 1.20; 2.1; 3.1.

Sete anjos das sete Igrejas.

Estrela significa anjos.

 

Apocalipse 2

Nicolaítas

“Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio” (Apocalipse 2.6).

Versículos: 2.6; 2.15.

Uma heresia que havia se infiltrado na Igreja Primitiva. A Bíblia não explica quem são e no que criam.

Wesley levanta uma possibilidade e explica: “Provavelmente assim chamado de Nicolau, um dos sete diáconos, Atos 6:5 . Suas doutrinas e vidas eram igualmente corruptas. Eles permitiam a mais abominável lascívia e adultérios, bem como o sacrifício aos ídolos; tudo o que eles colocaram entre as coisas indiferentes, e pleitearam como ramos da liberdade cristã”.[11]

Sinagoga de Satanás

Conheço as tuas obras, e tribulação, e pobreza (mas tu és rico), e a blasfêmia dos que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás” (Apocalipse 2.9).

Pérgamo era um centro de idolatria. Havia um grande altar dedicado a Júpiter. Havia o culto imperial.

Wesley afirmou: “Onde está o trono de Satanás - Pérgamo estava acima da medida dado à idolatria: então Satanás tinha seu trono e residência completa lá”.[12]

10 dias de provação

“Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10).

“Dez dias de provação” (Ap 2,10) (cf. Dn 1,12.14), tempo curta duração”[13]

Trono de Satanás

“Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita” (Apocalipse 2.13).

Para alguns, o trono de Satanás não significa um lugar, mas para Carlos Mesters, sim: “trono de Satanás (Ap 2,13): altar do templo de Zeus no alto da montanha em Pérgamo”.[14]

Doutrina de Balaão

“Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e fornicassem” (Apocalipse 2.14).

Balaão quis levar o povo eleito à imoralidade (Nm 25.1-3).

É levar à idolatria.

Wesley explicou: “Aqueles que sustentam a doutrina de Balaão - Doutrina quase parecida com a dele. Quem ensinou Balak - E o resto dos moabitas. Para lançar uma pedra de tropeço diante dos filhos de Israel - Eles geralmente são chamados de filhos, mas aqui, os filhos de Israel, em oposição às filhas de Moabe, por quem Balaão os induziu à fornicação e idolatria”.[15]

Pérgamo era uma cidade idólatra e a doutrina de Balaão foi a mais prejudicial ao cristianismo.

Maná escondido

“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei eu a comer do maná escondido” (Apocalipse 2.17).

Alimento do Reino celeste (Hb 9.4; João 6.31; 15.8).

 Wesley disse: “O maná judeu foi guardado na antiga arca da aliança. A arca celestial da aliança aparece sob a trombeta do sétimo anjo, Apocalipse 11:19 , onde também o maná escondido é mencionado novamente”.[16]

Pedrinha branca

“(...) e dar-lhe-ei uma pedra branca” (Apocalipse 2.17).

Nos jogos, o vencedor ganhava uma pedrinha branca. Nos tribunais servia para absolver uma pessoa. A pedra branca significava ser favorável a absolvição. Era uma sentença favorável para quem vence.

Sinal de admissão no Reino de Deus.

Nome novo

“(...) e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Apocalipse 2.17).

Vida nova, renovação interior (cf 3.2; 19.12).

Wesley lembrou que Jacó, após sua vitória, ganhou o novo nome de Israel.[17]

Olhos como chama de fogo

“E ao anjo da igreja de Tiatira escreve: Isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo (...)” (Apocalipse 2.18).

Para Wesley significa: “Quem tem olhos como chama de fogo - "Esquadrinhando as rédeas e o coração", Apocalipse 2:23”.[18]

Bronze reluzente

“(...)  e os pés semelhantes ao latão reluzente” (Apocalipse 2.18).

Significa resistência e imensa força.

Jezabel

“Mas algumas poucas coisas tenho contra ti que deixas Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que forniquem e comam dos sacrifícios da idolatria” (Apocalipse 2.20).

Falsa profetiza da seita dos nicolaítas (2 Reis 9,22).

Levar à idolatria.

Profundidade de satanás

“Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conheceram, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei” (Apocalipse 2.24).

Idólatras que criam ter os mistérios de Deus. “Jezabel” é o símbolo daqueles que incentivam às pessoas a comerem carne oferecida aos ídolos e a penetrar no conhecimento profundo de Satanás. É profundo, mas é profundeza em Satanás.

Estrela da manhã

“E dar-lhe-ei a estrela da manhã” (Apocalipse 2.28).

Qualidade do corpo glorificado que ressuscitou.

Glorificação do cristão (2.26; 1.5; At 2.36; Rm 1.4).

Wesley disse que “aquele que, depois de ter vencido seus inimigos, mantém as obras de Cristo até o fim, terá a estrela da manhã - um brilho indizível e domínio pacífico nele”.[19]

Carlos Merters afirma outro significado: estrela da manhã (Ap 2,28): Jesus, fonte de esperança (Ap 22,16)”.[20]

Apocalipse 3

Não sujar as vestes

“Mas também tens em Sardes algumas poucas pessoas que não contaminaram suas vestes, e comigo andarão de branco; porquanto são dignas disso” (Apocalipse 3.4).

Não se envolver com a idolatria.

Comprar ouro purificado

“Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças (...) Apocalipse 3.18

Adquirir a verdadeira riqueza espiritual.

Comprar vestes brancas

(...) e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez (...) - (Apocalipse 3.18).

Referência à Laodiceia que fabricava vestes.

Se purificar.

Comprar colírio

“(...) e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas” (Apocalipse 3.18).

Laodiceia fabricava um pó para a cura dos olhos.

A Igreja de Laodiceia deve procurar enxergar a vontade de Deus.

Apocalipse 4

Voz com trombeta

“Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer” (Apocalipse 4.1).

Os sacerdotes, em Jerusalém, anunciavam ao povo, com uma trombeta o momento de adoração no templo.

Trombeta é o instrumento com que são anunciados especialmente os acontecimentos escatológicos (Mt 24.31; 1Ts 4.16).

Trono colocado no céu

“E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono” (Apocalipse 4.2).

João Wesley explicou: “A corte do céu está aqui aberta; e o trono de Deus é, por assim dizer, o centro de onde tudo no mundo visível sai, e para o qual tudo retorna”.

Ele continua explicando: “E um se sentou no trono - Como um rei, governador e juiz. Aqui está descrito Deus, o Todo-Poderoso, o Pai do céu, em sua majestade, glória e domínio”.[21]

24 anciãos

“E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestes brancas; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro” (Apocalipse 4:4).

Para Wesley, “É muito provável que os vinte e quatro anciãos representem a igreja judaica: suas harpas parecem dar a entender que pertenceram ao serviço do antigo tabernáculo, onde costumavam ser usadas”.[22]

Carlos Mester amplia essa visão e diz: O número 24 “é uma composição de 2 x 12. Os 24 anciãos (Ap 4,4; 11,16), isto é representantes do povo do AT (12 tribos) e do povo do NT (12 apóstolos), ou seja a totalidade do povo de Deus”.[23]

Mar vítreo

“(...) E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal (...)” (Apocalipse 4.6).

Era um grande tanque do templo de Salomão onde os sacerdotes lavavam as mãos e os pés, antes de irem para o altar e de entrarem no santuário (cf 1Rs 7.30).

Wesley explica: “E diante do trono está um mar como de vidro, como cristal - Largo e profundo, puro e claro, transparente e parado. Ambas as "sete lâmpadas de fogo" e este mar estão diante do trono; e ambos podem significar "os sete espíritos de Deus", o Espírito Santo; cujos poderes e operações são frequentemente representados sob o emblema do fogo e da água”.[24]

Quatro animais

“E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro (...)” (Apocalipse 4.6).

São 4 anjos que presidem o governo do mundo físico. “Esse simbolismo é inspirado em Ezequiel 1,5-21. Trata-se de 4 anjos que controlam o governo do mundo físico. Além disso 4 é o número cósmico (os 4 pontos cardeais).”[25]

Representa a criação diante do trono do seu Criador.

Cheio de Olhos

(*...) cheios de olhos, por diante e por detrás” (Apocalipse 4.6).

Significa ciência e providencia de Deus.

Onisciência de Deus.

Semelhante a um leão

“E o primeiro animal era semelhante a um leão (...)” (Apocalipse 4.7).

Segundo Wesley, a “primeira criatura viva era como um leão - Para significar coragem destemida” [26] (cf Ezequiel 1.10; 10.14).

Boi/Bezerro

“(...) o segundo parecia um boi (...)” – (Apocalipse 4.7).

 Wesley diz: “O segundo, como um bezerro - Ou boi, Ezequiel 1:10 , para significar paciência incansável.”[27]

Face do homem

“(...) o terceiro tinha rosto como de homem (...)” - Apocalipse 4.7

Wesley explica: “O terceiro, com rosto de homem - Para significar prudência e compaixão”.[28] 

Águia em voo

“(...) o quarto parecia uma águia quando em voo” – (Apocalipse 4.7).

Versículos: 4.7; 8.13

Wesley simplesmente comenta que é “uma águia voadora - Ou seja, com asas expandidas”.[29]

Arauto de Deus para anunciar as desgraças.

Animais com 6 asas e cheios de olhos

“Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: ‘Santo, santo, santo é o Senhor, o Deus todo-poderoso, que era, que é e que há de vir" (Apocalipse 4.8).

Wesley diz: “Cada um deles tem seis asas - Como cada um dos serafins na visão de Isaías. "Dois cobriam seu rosto", em sinal de humildade e reverência: "dois pés", talvez em sinal de prontidão e diligência para executar as comissões divinas”.[30]

Asas simbolizam rapidez em obedecer e cumprir a vontade de Deus.

Olhos significa ciência e atenção à ordem divina.

A abundância de olhos significa que estão presos de admiração e espanto na contemplação de Deus

Um livro

Então vi na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo escrito de ambos os lados (...)” - Apocalipse 5.1.

Plano de Deus estabelecido para a salvação do mundo;

Os decretos divinos.

Wesley diz: “E, portanto, as coisas que ainda estão por vir são figurativamente ditas como "escritas no livro de Deus"; assim era naquela época o conteúdo desta profecia de peso. Mas o livro estava selado. Agora vem a abertura e realização também das grandes coisas que são, por assim dizer, as letras dele. Um livro escrito por dentro e por fora - Ou seja, nenhuma parte em branco.”[31]

Apocalipse 5

Selado com sete selos

“(...) e selado com sete selos” – (.Apocalipse 5.1).

Mostra acontecimentos que anunciam e preparam a derrota do Império romano.;

“Os livros habituais dos antigos não eram como os nossos, mas eram volumes ou longos pedaços de pergaminho, enrolados em uma longa vara, como frequentemente enrolamos sedas. Tal foi representado, que foi selado com sete selos”.[32]

E Wesley completa: “O livro e seus selos representam todo o poder no céu e na terra dado a Cristo”. [33]

Cordeiro

“Então vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, de pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos (...)” - (Apocalipse 5.6).

Jesus que foi crucificado com um cordeiro puro para tirar o pecado do mundo.

Sete chifres e sete olhos

“(...) Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra” (Apocalipse 5.6).

Sete: totalidade

Chifres: poder, força

Olhos: ciência, conhecimento

Todo poder e todo conhecimento.

Wesley diz: “Tendo sete chifres - Como um rei, o emblema da força perfeita. E sete olhos - O emblema do conhecimento e sabedoria perfeitos”.[34]

Taças de ouro cheios de incenso

“Ao recebê-lo, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro. Cada um deles tinha uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” - (Apocalipse 5.8).

Wesley diz: “E frascos de ouro - Taças ou incensários. Cheio de incenso, que são as orações dos santos - Não dos próprios anciãos, mas dos outros santos ainda na terra, cujas orações foram assim emblematicamente representadas no céu”.[35]

Apocalipse 6

Cavalo branco

“Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco! (...)” - Apocalipse 6.2.

 Wesley comentou: “E eu vi, e eis um cavalo branco, e aquele que estava montado nele tinha um arco - Esta cor, e o arco atirando flechas ao longe, indicava vitória, triunfo, prosperidade, expansão do império e domínio sobre muitas pessoas”.[36]

Era usado pelos vencedores romanos.

O cavaleiro que o monta é símbolo de imperialismo.

Branco é símbolo de vitória.

Arco

“(...) Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer” (Apocalipse 6.2).

Para uns significa os Partos, povos que no primeiro século entraram na luta contra o Império romano, sendo seu terror.

Cavalo vermelho

“Então saiu outro cavalo; e este era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar a paz da terra e fazer que os homens se matassem uns aos outros (...)” (Apocalipse 6.4).

Traço distintivo das forças contrárias a Deus (12.3; 176.3; 17.4).

Significa sangue.

Wesley comentou: “Uma cor adequada para derramamento de sangue. E ao que nela estava sentado foi dado tirar a paz da terra - Vespasiano, no ano 75, havia dedicado um templo à Paz; mas depois de algum tempo, pouco mais ouvimos sobre paz. Tudo está cheio de guerra e derramamento de sangue, principalmente no mundo ocidental, onde a principal ocupação dos homens parecia ser matar uns aos outros.

A este cavaleiro foi dada uma grande espada; e ele teve muito a ver com isso; pois assim que Trajano ascendeu ao trono, a paz foi tirada da terra”.[37]

Espada

“(...) E lhe foi dada uma grande espada” - (Apocalipse 6.4).

Símbolo de guerra.

Wesley explicou: “Decébalo, rei da Dácia, que fica a oeste de Patmos, causou muitos problemas aos romanos. A guerra durou cinco anos e consumiu abundância de homens de ambos os lados; no entanto, foi apenas um prelúdio para muitos outros derramamentos de sangue, que se seguiram por uma longa temporada. Tudo isso foi representado pela grande espada, que atinge os que estão próximos, como o arco faz com os que estão distantes”.[38]

Cavalo negro

“Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: "Venha! " Olhei, e diante de mim estava um cavalo preto (...)” (Apocalipse 6.5).

Aqui, o negro está relacionado a fome.

Wesley disse: “Um emblema adequado de luto e angústia; particularmente da fome negra, como os poetas antigos a chamam”. [39]

Balança

“(...) Seu cavaleiro tinha na mão uma balança” (Apocalipse 6.5).

Dando sequência ao comentário acima, Wesley continuou:” E o que estava sentado sobre ele tinha uma balança na mão - Quando há fartura, os homens dificilmente pensam que vale a pena pesar e medir tudo, Gênesis 41:49 . Mas quando há escassez, eles são obrigados a entregá-los por medida e peso, Ezequiel 4:16 . Consequentemente, essas escalas significam escassez.”[40]

A balança, portanto, significa a fome.

Cavalo amarelo

“Olhei, e diante de mim estava um cavalo amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades o seguia de perto. Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra” - Apocalipse 6.8).

É usado o termo grego “Thanatos”. Além da morte significa também  peste.

Para Carlos Mesters, o amarelo-esverdeado ou baio (Ap. 6,7) é cor de cadáver que se descompõe ou doença.[41]

Wesley diz: “E eu vi, e eis um cavalo amarelo - Adequado para a morte pálida, seu cavaleiro. E hades - O representante do estado de almas separadas”.[42]

Apocalipse 7

Quatro cantos da terra

“E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma” (Apocalipse 7:1).

Segundo Carlos Mesters, 4 é o “número cósmico: os quatro cantos da terra, toda a terra (Ap 4,6; 7,1; 20,8); os quatro elementos do universo: terra, fogo, água, ar”. [43]

Marcado a fronte

“Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos selado nas suas testas os servos do nosso Deus” – (Apocalipse 7.3).

Ser marcado com o sinete significa proteção divina.

 Wesley disse: “Outros anjos foram unidos em comissão com ele. Selaram os servos de nosso Deus em suas testas - Protegeram os servos de Deus das doze tribos das calamidades iminentes; pelo que devem ser tão claramente distintos do resto, como se estivessem visivelmente marcados em suas testas”.[44]

Número 144

‘E ouvi o número dos selados, e eram cento e quarenta e quatro mil selados, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 7:4).

Para Carlos Mesters, o número 144 é “uma composição de 12 x 12 (Ap 21,17). Sinal de grande perfeição e totalidade”.[45]

Palmas

“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos” – (Apocalipse 7.9).

É o símbolo de vitória. Triunfo. No Antigo Testamento era a alegre festa das tendas (Lv 23.33-34).

Apocalipse 8

 

Silêncio

“E, havendo aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora” (Apocalipse 8.1).

Para Wesley “Este silêncio diante de Deus mostra que aqueles que estavam ao seu redor esperavam, com a mais profunda reverência, as grandes coisas que a Divina Majestade mais adiante abriria e ordenaria”. [46]

Montanha incandescente

“E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar” (Apocalipse 8.8).

Para alguns, pode significar a erupção do vulcão Vesúvio na cidade de Pompéia, em 79 d.C.

Para Wesley: “Uma montanha aqui parece significar uma grande força e uma multidão de pessoas. Jeremias 51:25 ; portanto, isso pode apontar para a irrupção das nações bárbaras no Império Romano.

Os guerreiros godos a invadiram por volta do ano 250: e daquele tempo em que a irrupção de uma nação após a outra nunca cessou, até que a própria forma do Império Romano, e tudo menos o nome, foi perdida”.[47]

Absinto

“E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas” (Apocalipse 8.11).

É uma planta de suco amargo e desagradável.

Era considerado o mais amargo e também venenoso.

Wesley atribui a Ário. “A amargura sem paralelo do próprio Ário e de seus seguidores mostra a exatidão de seu título. E a terceira parte das águas tornou-se absinto - uma parte considerável de África foi infectada com a mesma doutrina amarga e Espírito. E muitos homens (embora não um terço deles) morreram - Pela crueldade dos Arianos”.[48]

Estrela caindo do céu

“E o quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo” (Apocalipse 9.1).

Para uns, anjo decaído (12.9; Lc 10.10).

Para Wesley: “Caindo para a terra - Vindo rapidamente e com grande força.”[49]

Apocalipse 9

Poço do abismo

“(...) e foi-lhe dada a chave do poço do abismo” (Apocalipse 9.1).

 Wesley explica: “E a ele foi dado - quando ele veio. A chave do abismo sem fundo - Uma prisão profunda e horrível; mas diferente de "o lago de fogo".[50]

Gafanhotos

“E da fumaça vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra” (Apocalipse 9.3).

Evoca uma das pragas do Egito.

Wesley explica: “Um conhecido emblema de um povo numeroso, hostil e prejudicial. Tais foram os persas, de quem os judeus, no século VI, sofreram além da expressão. No ano de 540, suas academias foram interrompidas, nem lhes foi permitido ter um presidente por quase cinquenta anos. Em 589 essa aflição terminou; mas começou muito antes de 540”.[51]

Escorpiões

“(...) e foi-lhes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da terra” (Apocalipse 9.3).

“É como a serpente, o símbolo do mal espiritual que prejudica o homem no mundo”.[52]

Para Wesley: “O prelúdio foi por volta dos anos 455 e 474: a tempestade principal veio no reinado de Cabades e durou de 483 a 532. No início do século VI, Mar Rab Isaac, presidente da academia, foi submetido a morte. Nisto se seguiu uma insurreição dos judeus, que durou sete anos antes de serem conquistados pelos persas. Alguns deles foram mortos, mas não muitos; o resto foi encarcerado de perto.

E desde então a nação dos judeus foi odiada e perseguida pelos persas, até que quase os erradicaram. Os escorpiões da terra - o tipo mais prejudicial. Os escorpiões do ar têm asas”.[53]

Árvores

“E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de Deus” (Apocalipse 9.4).

Provavelmente, os fiéis em Cristo (cf. 7.1s).

Wesley comenta: “E foi ordenado a eles - Pelo poder secreto de Deus. Não ferir a grama, nem qualquer coisa verde, nem qualquer árvore - Nem as de baixo, médio ou alto grau, mas somente aquelas que não foram seladas - Principalmente os israelitas descrentes. Mas muitos que foram chamados de cristãos sofreram com eles”.[54]

Selo de Deus

“(...) mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de Deus” (Apocalipse 9.4).

“Principalmente os israelitas descrentes. Mas muitos que foram chamados de cristãos sofreram com eles.

“, segundo João Wesley.[55]

Cabelos como cabelos de mulheres

“E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões” (Apocalipse 9.8).

Wesley explicou: “E eles tinham cabelos como cabelos de mulheres - Todos os persas de antigamente se orgulhavam de cabelos longos. E seus dentes eram como dentes de leões - Quebrando e rasgando todas as coisas em pedaços”.[56]

Abadom e Apoliom

“E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebreu era o seu nome Abadom, e em grego Apoliom” (Apocalipse 9.11).

Wesley disse: “E eles têm sobre eles um rei - Aquele por quem são peculiarmente dirigidos e governados. Seu nome é Abaddon - tanto este quanto Apollyon significam um destruidor. Por isso ele se distingue do dragão, cujo nome próprio é Satanás”.[57]

Cabeça de Leão

“E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fogo e fumaça e enxofre” - (Apocalipse 9.17).

Leão na Bíblia é símbolo de coragem, domínio e força.

Os três elementos - fogo, fumaça e enxofre - significam grande destruição.

Poder na boca e caudas

“Porque o poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas danificam” (Apocalipse 9.19).

O teólogo metodista Adam Clark comentou: “(...) a descrição, no entanto alegórico, é bastante claro; para material bélico de latão especialmente são frequentemente assim ornamentados, tanto em seus focinhos e em seus culatra”.[58]

 

Apocalipse 10

Livrinho aberto

“E tinha na sua mão um livrinho aberto. E pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra” (Apocalipse 10.2).

“E agora este livrinho, contendo o restante do outro, é dado aberto, por assim dizer, a São João. Deste lugar, o Apocalipse fala mais claramente e menos figurativamente do que antes. E ele colocou seu pé direito sobre o mar - De onde a primeira besta estava por vir. E seu pé esquerdo sobre a terra - do qual estava para vir o segundo. O mar pode significar a Europa; a terra, Ásia; os principais teatros dessas grandes coisas”,[59] explicou Wesley.

Voz como um leão que ruge

E clamou com grande voz, como quando ruge um leão; (...)” – (Apocalipse 10.3).

Deus é comparado a um leão, quando se apresenta para fulminar seus decretos que vão “devorar” os inimigos (Amós 1.2; Salmo 4.16).

Sete trovões

 “(...) e, havendo clamado, os sete trovões emitiram as suas vozes” (Apocalipse 10.3).

É a voz de Deus (cf Salmo 29.3-9; Jr 4.16).

Para Wesley, “aqueles que falaram essas palavras eram gloriosos, poderes celestiais, cuja voz era como o mais forte trovão.”[60]

Devorar o livrinho

E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho (...)” (Apocalipse 10.9).

Wesley comentou: “Coma - o mesmo foi ordenado a Ezequiel. Este foi um símbolo de consideração e digestão meticulosamente. E isso tornará tua barriga amarga, mas será doce como mel em tua boca - A doçura indica as muitas coisas boas que se seguem, Apocalipse 11:1 , Apocalipse 11:15 , & c .; a amargura, os males que se sucedem sob o terceiro ai”.[61]

Fará amargo o teu estômago

“(...) E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel” (Apocalipse 10.9).

A origem dessa expressão vem do profeta Ezequiel, segundo o teólogo Feret: “O rolo é doce na boca de João (10.10), porque, como outrora a Ezequiel (Ez 2.8; 3.1-3), é para ele uma alegria conhecer e poder dizer o sentido da história humana. Esse mesmo rolo, porém, amarga-lhe as entranhas, porque o conteúdo da revelação insinua-lhe na alma ‘amargura e indignação” (Ez 3.14) contra ‘povos, nações e reis numeroso (10.10)”.[62]

Apocalipse 11

Como uma Vara

E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram” (Apocalipse 11.1).

Para o teólogo Albert Barnes: Como uma varaEsta palavra - ῥάβδος rabdos - significa apropriadamente uma "vara, varinha, bastão", usada para a lavagem, 1 Coríntios 4:21; ou para se apoiar na caminhada, Mateus 10:1; ou para um cetro, Hebreus 1:8. Aqui o significado é que o junco que foi colocado em suas mãos era como uma vara ou bastão em relação ao tamanho e, portanto, era conveniente para o manuseio. A palavra “bastão” também é usada para denotar um poste de medição, Salmos 74:2Jeremias 10:16Jeremias 51:19.[63]

Átrio externo

“E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses” (Apocalipse 11.2)

O teólogo Feret afirma: “O antigo templo tinha um pátio ao ar livre, para os pagãos que adoravam o Deus de Israel (...). E foi pisado quase desde então pelos romanos, persas, sarracenos e turcos”. [64]

42 meses

“(...) e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses” (Apocalipse 11.2)

Versículos: 11.2; 13.5; 11.).

Significa três anos e meio (metade de sete, número perfeito).

“Medida da desgraça dos que se rebelaram contra Deus(...) e o período do domínio das forças rebeldes a Deus”.[65]

Duas oliveiras

“Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra” (Apocalipse 11.4).

“Estas são as duas oliveiras - Ou seja, como Zorobabel e Josué, as duas oliveiras mencionadas por Zacarias, Zacarias 3:9 , Zacarias 4:10 , eram então os dois instrumentos escolhidos nas mãos de Deus, assim serão estes. estar em sua temporada.

“Estando eles próprios cheios da unção do Santo, eles devem transmitir continuamente a mesma a outros também. E os dois castiçais - Luzes ardentes e brilhantes. Diante do Senhor da terra - Sempre esperando em Deus, sem a ajuda do homem, e afirmando seu direito sobre a terra e todas as coisas nela”,[66] explicou Wesley.

Besta que sobe do abismo

“E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará” (Apocalipse 11.7).

Wesley disse: “A fera - doravante a ser descrita. Que ascende - Primeiro fora do mar, Apocalipse 13:1 , e então fora do abismo sem fundo, Apocalipse 17:8 .

Deve fazer guerra com eles - É em sua última ascensão, não fora do mar, mas no abismo sem fundo, que a besta faz guerra contra as duas testemunhas”.[67]

Arca da Aliança no templo

“E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca da sua aliança foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva” (Apocalipse 11.19).

“Os habitantes do céu viram a arca antes: São João também a viu agora; para um testemunho de que o que Deus havia prometido, deveria ser cumprido ao máximo. E houve relâmpagos e vozes e trovões e um terremoto e grande granizo”, disse Wesley.[68] 

Apocalipse 12

Vestida com o sol

“E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça” (Apocalipse 12.1).

Para Wesley: “Vestida com o sol e a lua sob seus pés, e em sua cabeça uma coroa de doze estrelas - Essas expressões figurativas devem ser interpretadas de modo a preservar a devida proporção entre elas. Assim, no sonho de José, o sol simbolizava seu pai; a lua, sua mãe; as estrelas, seus filhos. Pode haver alguma semelhança aqui; e como a profecia aponta o "poder sobre todas as nações", talvez o sol possa indicar o mundo cristão; a lua, os maometanos, que também carregam a lua em suas insígnias; e a coroa de doze estrelas, as doze tribos de Israel; que são menores que o sol e a lua. Todo este capítulo responde ao estado da igreja desde o século IX até hoje”.[69]

Coroa de 12 estrelas

“(...) e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça” (Apocalipse 12.1).

Número da totalidade, perfeição.

12 estrelas formam um diadema: poder real.

Dores de parto

“E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz” (Apocalipse 12.2).

Dragão

“E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas” (Apocalipse 12.3).

Inspirado em Daniel 7.7. “Refere-se ao mesmo problema, o da hostilidade dos impérios pagãos contra o povo de Deus”.[70]

Sete cabeças, 10 chifres, 7 diademas

“(...) que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas” (Apocalipse 12.3).

Sete cabeças: elevada inteligência;

- 10 chifres: 10 reis, grande força;

- 7 diademas: poder soberano, pleno poder real;

Títulos com a pretensão de ser o próprio Deus.

1/3 das estrelas do céu

“E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho” (Apocalipse 12.4).

“Satanás se rebelou e foi expulso do céu. "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!" (Isaías 14:12). Jesus disse: "Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago" (Lucas 10:18), e no livro do Apocalipse, Satanás é visto como "uma estrela caída do céu na terra" (Apocalipse 9:1”).[71]

Para Wesley: “Esta é propriamente uma parte da descrição do dragão, que ainda não estava ele mesmo na terra, mas no céu: consequentemente, esta expulsão foi entre o início da sétima trombeta e o início do terceiro ai; ou entre o ano 847 e o ano 947; naquela época, doutrinas pestilentas, particularmente a dos maniqueus no oriente, tiraram abundância de gente da verdade”.[72]

Deserto

“E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias” (Apocalipse 12.6).

Refúgio tradicional dos perseguidos (Ex 2.15; 1Rs 19.3), etc.

Miguel

“E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos” (Apocalipse 12.7).

“Na angeologia de Daniel, é p anjo que conduz o povo de Deus, e o defende contra os inimigos (cf. Dn 10. 13,21)”.[73]

Vomitou água como um rio

“E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar” (Apocalipse 12.15).

Adam Clark explicou: “E a serpente expulsa da água da sua boca como um dilúvio – A água aqui evidentemente significa grandes multidões de nações e povos; pois em Apocalipse 17:15 , o anjo interpretador diz: As águas que viste – são povos, multidões, nações e línguas. Essa água, então, que o dragão expulsou de sua boca, deve ser uma inundação de nações bárbaras pagãs sobre o império romano; e o propósito que o dragão tem em vista por esta inundação é que ele possa causar a mulher, ou Igreja Cristã”.[74]

Apocalipse 13

Besta que subia do mar

“E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia” (Apocalipse 13.1).

Para Adam Clark, a “quarta besta será o quarto reino sobre a terra, que será diferente de todos os reinos e devorará toda a terra, e a pisará e a quebrará em pedaços. E os dez chifres deste reino são dez reis que surgirão ", c. Nesta escritura é declarado claramente que o quarto animal deve ser o quarto reino na terra, consequentemente, as quatro bestas vistas por Daniel são quatro reino: daí o termo besta é o símbolo profético para um reino”.[75]

Para Wesley: “A besta tem uma ligação estreita com a cidade de Roma. Isso aparece claramente no capítulo dezessete. A besta agora existe. Ele não é passado. pois Roma já existe; e só depois da destruição de Roma a besta é lançada no lago. Ele não deve vir de todo: pois o segundo ai já passou, depois do qual o terceiro veio rapidamente; e logo depois que começou, a besta surgiu do mar”.[76]

Portanto, seja o que for, ele agora existe. A besta é o papado romano”.[77]

Besta semelhante a alguns animais

“E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio” (Apocalipse 13.2).

 Este versículo se refere a um conglomerado geopolítico de três reinos de Daniel 7. Estes animais representam os impérios representam a Babilônico, Medo-Persa e impérios gregos[78]

Seguindo a besta

“Notei que uma das cabeças da Besta parecia ter sofrido um golpe mortal, contudo, tal ferimento de morte foi curado. E toda a humanidade ficou maravilhada e seguiu a Besta” (Apocalipse 13.4).

Wesley disse: “E eles adoraram o dragão - Mesmo adorando a besta, embora eles não soubessem. E adorava a besta selvagem - pagando-lhe tal honra como não foi pago a qualquer potencial meramente secular. Esse mesmo título, "Nosso Senhor mais santo", nunca foi dado a nenhum outro monarca na Terra. Dizer: Quem é como a besta selvagem - "Quem é como ele?" é um atributo peculiar de Deus; mas que isso é constantemente atribuído à besta, os livros de todos os seus adeptos mostram”.[79]

Besta que sai da terra

“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão” (Apocalipse 13.11).

A besta-cordeiro é o sistema sacerdotal do Império Romano que impunha culto ao imperador.

“Trata-se, dos cultos do sincretismo religioso e de todos as correntes gnósticas”.[80]

Wesley afirma: “o falso profeta". Ele vem confirmar o reino da primeira besta. A seguir - Depois que o outro exerceu sua autoridade por muito tempo. Fora da Terra - Fora da Ásia. Mas ele ainda não chegou, embora não possa estar longe para aparecer no final dos quarenta - dois meses da primeira besta. E ele tinha dois chifres como um cordeiro- Uma aparência leve e inocente. Mas ele falava como um dragão- venenoso, ardente, terrível. Assim como aqueles que são zelosos pela besta”.[81]

Dois chifres

“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão” (Apocalipse 13.11).

Estes dois chifres + os 10 da primeira besta (13.1) perfazem 12, número perfeito. Completa-se o poder da primeira besta.

É o falso profeta (16.13; 14.1; 22.4).

Marca na mão ou fronte

“E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas” (Apocalipse 13.16).

Os pagãos traziam na mão ou fronte o sinal de seu deus.

Foi mandado pelo imperador para descobrir quem era cristão e para só permitir comprar ou vender quem o adorasse (Ap 13.17).

Número 666

“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” (Apocalipse 13.18).

 Wesley afirma: “Pois é o número de um homem”.[82]

É César-Neron em hebraico e César-Deus em grego.

Carlos Mesters afirma que “666 é o número da besta (Ap 13,18). Em grego e em hebraico cada letra tinha um valor numérico. O número de um nome era o total do valor numérico de suas letras. O número 666 é do nome César-Neron conforme o valor das letras hebraicas ou César-Deus. Conforme o valor das letras gregas. É também o número de maior imperfeição: seis não alcança sete, é só a metade de doze, e isto por três vezes! O número 666 é o cúmulo da imperfeição”.[83]

O teólogo Feret vai na mesma direção: “Seu simbolismo designa ao mesmo tempo Nero, cujo nome em caracteres hebraicos corresponde a 666, o número da Besta (13,18; cf. 13.3; 12.14; a série dos imperadores romanos ímpios e perseguidores (17.8-12), o conjunto do poder político do império (11.7; 13.1-4)”.[84]

Apocalipse 14

Monte Sião

“E olhei, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome de seu Pai” (Apocalipse 14:1).

Wesley disse: “eu vi no monte Sion - O Sion celestial. Cento e quarenta e quatro mil - Ou aqueles de toda a humanidade que foram os mais eminentemente santos, ou os mais santos das doze tribos de Israel as mesmas que foram mencionadas, Apocalipse 7:4 , e talvez também, Apocalipse 16:2 .

Mas eles estavam no mundo e foram selados em suas testas, para preservá-los das pragas que se seguiriam. Eles agora estão em segurança e têm o nome do Cordeiro e de seu Pai escrito em suas testas, como sendo os redimidos de Deus e do Cordeiro, sua propriedade agora inalienável”[85]

Cântico Novo

“E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra” (Apocalipse 14.2-3).

Versículos: 15.3

Como Moisés, celebra a libertação e salvação dos fiéis (Êxodo 15.1-21).

Virgens

“Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro” (Apocalipse 14.4).

Íntegros e fiéis.

Não se contaminaram com a idolatria e apostasia.

Babilônia

“E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua fornicação” (Apocalipse 14.8).

Wesley disse: “Babilônia, a grande - Portanto, a cidade de Roma é chamada por muitos motivos. Babilônia era magnífica, forte, orgulhosa, poderosa. Roma também. Babilônia foi primeiro, Roma depois, a residência dos imperadores do mundo. O que Babilônia foi para o Israel da antiguidade, Roma foi para o "Israel de Deus" literal e espiritual. Consequentemente, a liberdade dos antigos judeus estava relacionada com a derrubada do império babilônico. E quando Roma for finalmente derrubada, o povo de Deus estará em liberdade”.[86]

Coroa de ouro

“E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro, e na sua mão uma foice aguda” (Apocalipse 14.14).

Coroa (Ap 4.4): poder de rei.

Foice afiada

“(...) e na sua mão uma foice aguda” (Apocalipse 14.14).

Símbolo do instrumento do Juiz para o julgamento.

O Juiz não é Deus e sim Jesus, o Filho do Homem.

“Como o Filho do Homem de Daniel 7:13 e 14, Cristo é o Rei ("coroa") e o Juiz (a "foice"), quem executa os veredictos do tribunal celestial. Apocalipse 14:14 mostra o cumprimento cristológico do tempo do fim de Joel 3. O segundo advento de Cristo introduz o tempo da ceifa da terra”.[87]

Ceifa

“E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice, e sega; a hora de segar te é vinda, porque já a seara da terra está madura” (Apocalipse 14.15).

Julgamento divino.

Lagar foi pisado fora da cidade

“E o anjo lançou a sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e atirou-as no grande lagar da ira de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios” (Apocalipse 14.19-20).

Consistia de dois ou mais tanques, cavados em solo rochoso, perto da vinha. Os frutos da uva eram pisados num desses tanques com os pés descalços para o líquido da uva sair para outro tanque (Mt 21.33; Ne 13.15; c 14.10).

O pisar ou ser pisado no lagar é imagem de julgamento divino (Is 63.2; Lm 1.15)”.[88]

Significa o extermínio das nações pagãs (Zc 14.2; Ez 38-39).

Evidencia os imensos e terríveis proporções do julgamento divino.

Apocalipse 15

Templo do tabernáculo

“E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu” (Apocalipse 15:5).

Wesley disse: “Depois dessas coisas, o templo do tabernáculo do testemunho - O mais santo de todos. Foi inaugurado - Divulgando um novo teatro para o surgimento dos julgamentos de Deus agora manifestos”.[89]

Sete pragas

“E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus” (Apocalipse 15.1).

“Antes que eles tivessem os frascos, que eram como instrumentos pelos quais aquelas pragas deveriam ser transmitidas. Eles são chamados de últimos, porque por eles a ira de Deus é cumprida - até agora. Deus suportou seus inimigos com muita longanimidade; mas agora sua cólera vai ao extremo, derramando pragas sobre a terra de uma ponta a outra, e em toda a sua circunferência.

Mas, mesmo depois dessas pragas, a santa ira de Deus contra seus outros inimigos não cessa, Apocalipse 20:15”, [90] disse Wesley. 

Apocalipse 16

Úlcera maligna

“E foi o primeiro, e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem” (Apocalipse 16.2).

“E derramou seu frasco sobre a terra - literalmente tomado. E veio uma úlcera grave - Como no Egito, Êxodo 9:10-11 . Sobre os homens que tinham a marca da fera - Todos eles, e somente eles. Todas essas pragas parecem ser descritas em palavras adequadas, não figurativas”,[91] explicou Wesley.

Três espíritos como rãs/sapos

“E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs” (Apocalipse 16.13).

Carlos Mesters explica: “sapo (Ap 16,13): animal impuro (Lv 11,10-12); símbolo persa da divindade das trevas. Evoca a praga das rãs (Ex 7,26 a 8,11)”.[92]

Wesley afirmou: “Parece que o dragão luta principalmente contra Deus; a besta, contra Cristo; o falso profeta, contra o Espírito da verdade; e que os três espíritos imundos que vêm deles, e exatamente se assemelham a eles, se empenham em denegrir as obras da criação, da redenção e da santificação. O falso profeta - assim é a segunda besta frequentemente nomeada, depois que o reino da primeira é escurecido; pois ele não pode mais prevalecer pela força principal, e assim age por meio de mentiras e engano.[93]

Wesley lembra que sapo vem de pântano, algo imundo.

Na religião dos persas, as rãs eram instrumentos de Ahrimam, o deus da escuridão, da destruição e da morte.[94]

Granizo pesado como chuva de talento

“E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva; porque a sua praga era mui grande” (Apocalipse 16.21).

O talento pesava cerca de 40 quilos e era utilizado como unidade monetária.

“O povo hebreu utilizava o talento para quantificar metais como o ouro, a prata, o chumbo, o ferro e o cobre (Êxodo 38:29; 1 Reis 9:14; 2 Reis 5:22; 1 Crônicas 29:7; Zacarias 5:7). Por esse motivo o talento era também utilizado como unidade monetária, sendo a mais valiosa de todas devido à quantidade de metal que incluía”. [95]

Apocalipse 17

Grande prostituta

“E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas” (Apocalipse 17.1).

É Roma antiga.

Muitas águas

“(...) que está assentada sobre muitas águas” (Apocalipse 17.1).

Rede de canais do rio Eufrates que cortava a cidade e arredores.

Significa povos e multidões

Domínio de Roma sobre todos os povos.

Reis da terra

Com a qual fornicaram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua fornicação” (Apocalipse 17.2).

Nações pagãs que adotaram o culto imperial.

Mulher sentada

“E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres” (Apocalipse 17.3).

Roma antiga

Besta de cor de escalarta

“(...) sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua fornicação” (Apocalipse 17.3-4).

Sua púrpura – realeza.

“São os tecidos coloridos, os mais luxuosos da época. Representam pompa, realeza e luxo.”[96]

Besta com 7 cabeças e 10 chifres

”(...) tinha sete cabeças e dez chifres” (Apocalipse 17.3).

A cidade de Roma:

7 cabeças: sete colinas:

10 chifres: 10 reis que ainda não receberam um reino ainda.

10 governadores partos que se esperava que ajudasse Nero em se vingar de Roma por havê-lo arrancado do trono.

Feret diz que “João viu, pois, antes de tudo, os reis sucessores de Roma. Apareceram-lhe devendo ter, à maneira dela, pacto com a besta (19.19).[97]

Apocalipse 17.9 explica: “Os Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada”.

Roma tem sete colinas localizadas à margem esquerda do rio Tibre.
Nome na fronte da prostituta

“E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra” (Apocalipse 17.5).

Naquele tempo, as prostitutas de Roma tinham um diadema em que estava escrito seu nome.

João utiliza esse fato para aplicar à Roma.

Cinco reis já caíram

“E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo” (Apocalipse 17.10).

Uma hipótese:

Os cinco reis seriam:

·       Otávio Augusto (27-14 d.C);

·       Tibério (14-37 D.C);

·       Calígula (37-41 d.C);

·       Claudio (41-54 d.C.);

·       Nero (54-58 d.C.);

O que existe (17.10) seria Vespasiano (69-79). O que ficaria pouco tempo: Tito (79-81 d.C).

A besta que existia e não existe mais seria o oitavo dos sete: Domiciano (81-96 d.C).

Wesley diz: “E eles são sete reis - Antigamente havia palácios reais em todas as sete contas romanas. Eram os montes Palatino, Capitolino, Celiano, Exquilino, Viminal, Quirinal, Aventino. Mas a profecia respeita as sete colinas na época da besta, quando o Palatino estava deserto e o Vaticano em uso. Não que as sete cabeças signifiquem colinas distintas de reis; mas eles têm um significado composto, implicando ambos juntos”.[98]

Apocalipse 18

Pedra lançada no mar

E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada” (Apocalipse 18.1).

Wesley afirmou: “E um poderoso anjo pegou uma pedra e lançou-a ao mar - Por um emblema semelhante a Jeremias antes - mostrou a queda da Babilônia caldeia, Jeremias 51:63-64 .[99]

É baseado em Jeremias 51.63-64.

Pedra de moinho ou lagar, que afiava instrumentos cortantes.

Uma alusão às mortes dos cristãos, que foram imolados em Roma e morreram (18.24).

Apocalipse 19

Bodas do Cordeiro

“Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou” (Apocalipse 19.7).

Wesley afirmou: “As bodas do Cordeiro estão chegando - está perto, para ser solenizado rapidamente. O que isso implica, nenhum dos "espíritos dos justos", mesmo no paraíso, ainda sabe. Oh, que coisas são aquelas que ficaram para trás! E que pureza de coração deve haver para meditar sobre eles! E sua esposa se aprontou - Mesmo na terra; mas em um sentido muito mais elevado, naquele mundo. Depois de um tempo permitido para isso, a nova Jerusalém desce, pronta e adornada, Apocalipse 21:2.[100]

Cavalo branco

“E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça” (Apocalipse 19.11).

Wesley disse: “E vi o céu aberto - Esta é uma abertura nova e peculiar dele, a fim de mostrar a magnífica expedição de Cristo e seus acompanhantes, contra seu grande adversário. E eis um cavalo branco - Muitos pouco consideraram Cristo, quando ele veio manso, "montado em um jumento"; mas o que dirão, quando ele avançar em seu cavalo branco, com a espada de sua boca? Branco - como os generais usam em triunfo solene.

E aquele que se assenta sobre ele é chamado de Fiel - No cumprimento de todas as suas promessas. E verdadeiro - na execução de todas as suas ameaças. E em retidão - Com a maior justiça. Ele julga e faz guerra - Frequentemente, a sentença e a execução andam junta”.[101]

Olhos como chama de fogo

E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo” (Apocalipse 19.12).

Wesley disse: “Eles eram considerados como ou como uma chama de fogo, antes, Apocalipse 1:14”. [102]

E ele explica: “"Esquadrinhando as rédeas e o coração.”[103]

Muitos diademas

É o Rei dos reis.

“(...) e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo” (Apocalipse 19.12).

Wesley ensinou que “(...) um emblema de sua onisciência. E sobre sua cabeça estão muitos diademas - Pois ele é o rei de todas as nações. E ele tem um nome escrito, que ninguém conhece a não ser ele mesmo - Como Deus, ele é incompreensível para toda criatura”.[104]

Manto vestido de sangue

“E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus” (Apocalipse 19.13).

Jesus, o Cordeiro imolado.

Para Wesley: “E ele está vestido com uma veste manchada de sangue - O sangue dos inimigos que ele já conquistou. Isaías 63:1.”[105]

Exércitos no céu

“E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19.14).

Seriam anjos (Mt 26.53) ou mártires (Apocalipse 14.4; 17.14).

Regerá com vara de ferro

“E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso” (Apocalipse 19.15).

“E ele os governará - Que não foram mortos por sua espada. Com uma barra de ferro - Ou seja, se eles não se submeterem ao seu cetro de ouro. E ele pisa o lagar do vinho da ira de Deus - isto é, ele executa seus julgamentos sobre os ímpios”,[106] disse Wesley.

Nome no manto e na coxa

“E no manto e na sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19.16).

Título do Senhor (Ap 17.14; Fp 2.9-11), que ultrapassa infinitamente os títulos da besta (Ap 13.1; 17.3);

“E ele tem em sua vestimenta e em sua coxa - isto é, na parte de sua vestimenta que está em sua coxa. Um nome escrito - Era comum antigamente, para grandes personagens nos países orientais, ter títulos magníficos afixados em suas vestes”, [107]explicou Wesley.

Ceia do grande banquete

“E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus” (Apocalipse 19.17).

Retirado de Ezequiel 39.17-20, que anuncia a vitória final sobre os inimigos de Deus, com um grande banquete.

“Reúnam-se para a grande ceia de Deus - Como para uma grande festa, que a vingança de Deus em breve proporcionará; uma expressão fortemente figurativa (tirada de Ezequiel 39:17 ) denotando a vastidão da matança que se seguiu”,[108] afirmou Wesley.

Falso profeta

“E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre” (Apocalipse 19.20).

É a besta que emergiu do mar (Ap 13.11; 16.13; 20.10).

“O falso profeta, que operou os milagres antes dele - E, portanto, participou de sua punição; estes dois homens ímpios foram lançados vivos - Sem sofrer morte corporal. No lago de fogo - E isso antes do próprio diabo, Apocalipse 20:10 . Aqui está o último da besta. Depois de vários golpes repetidos de onipotência, ele está vivo no inferno”, [109]disse Wesley.

Apocalipse 20

Chave do abismo

“E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão” (Apocalipse 20.1).

“E uma grande corrente em sua mão - O anjo do abismo foi encerrado ali antes do início do primeiro ai. Mas é agora que Satanás, depois de ter ocasionado o terceiro ai, é acorrentado e fechado”.[110]

Mil anos

 “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos” (Apocalipse 20.4).

Wesley explicou: “Mil anos - deve-se observar que dois mil anos distintos são mencionados ao longo de toda esta passagem. Cada um é mencionado três vezes; os mil onde Satanás está preso, Apocalipse 20:2-3 , Apocalipse 20:7 ; os mil onde os santos reinarão, Apocalipse 20:4-6.[111]

Primeira ressurreição

“Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição” (Apocalipse 20.5).

Há, pelo menos, três teorias: seria espiritual, literal ou simbólica.

“O resto dos mortos viveram não até os mil anos - Mencionado, Apocalipse 20:4 . Foram terminados - Os mil anos durante os quais Satanás está preso começam e terminam muito mais cedo.

O pequeno tempo e os segundos mil anos começam no mesmo ponto, imediatamente após os primeiros mil anos. Mas nem o início do primeiro nem do segundo mil serão conhecidos pelos homens na terra, visto que tanto a prisão de Satanás quanto sua perda são realizadas no mundo invisível”,[112] disse Wesley.

Segunda morte

“Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos”
(
Apocalipse 20.6).

A morte eterna.

Gog e Magog

“E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha” (Apocalipse 20.8).

Gog e Magog, ambos significam alto ou elevado.

“Gog e Magog - Magog, o segundo filho de Japhet, é o pai das inúmeras nações do norte em direção ao leste. O príncipe dessas nações, das quais a maior parte desse exército consistirá, é denominado Gogue por Ezequiel”,[113] afirmou Wesley.

São dois reis.

No final dos tempos, “são suscitados pelos espíritos maus para lutarem contra o povo de Deus; mas são derrotados no lugar chamado em hebraico Armagedão”[114] ou Amargedon (Monte de Megido).

Uma expressão que vem dos profetas. “A batalha ou campanha do Armagedom é descrita em Daniel 11.40-45, Joel 3.9-17, Zacarias 14-1-3 e Apocalipse 16.14. Ela terá, portanto, lugar nos últimos dias da Grande Tribulação.” [115]

Gog é o tipo de inimigo de Deus. E se encontra no livro dos profetas que anunciam a ele o ataque final (Jr 3.17; Mq 4.11; Is 24.27; Jr 30).

Magog era uma região onde Gog era o rei. É um local indefinido, talvez simbólico.

No Apocalipse, Magog aparece como sendo uma pessoa. Eles simbolizam as nações pagãs em luta final contra os fiéis.

Lago de fogo

“E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte” (Apocalipse 20.14).

Lago de fogo é uma tradução de “geena”, uma transliteração do hebraico “Gehinnon”,[116] que significa “Vale dos filhos de Hinom” (Isaias 15.8; 2Rs 23.10).

Era lugar do culto a moloque, onde os reis Acaz e Manassés sacrificaram seus filhos (2Cr 28.3; 33.6). O rei Josias fez desse lugar um local de lixo e cadáveres, que eram queimados (Jr 31.40; Is 66.24). Pessoas consideradas indignas eram lançadas nesse lugar.

Geena “significa literalmente ‘vale de Hinom’, um lugar que ficava perto de Jerusalém. Nos tempos bíblicos, esse vale era usado como um depósito de lixo. O fogo era mantido permanentemente aceso para queimar todos os detritos. O que não era destruído pelo fogo era consumido por larvas.

Jesus usou a Geena como símbolo de destruição eterna. (Mateus 23:33) Ele disse que na Geena ‘os vermes não morrem e o fogo não se apaga’. (Marcos 9:47, 48) Com essas palavras, Jesus referiu-se às condições no vale de Hinom e também à profecia de Isaías 66:24 (..)”.[117]

Geena ou lago de fogo é popularmente conhecida como inferno.

Apocalipse 21

Mar já não existe

“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe” (Apocalipse 21.1).

Wesley lembra que “todas as coisas anteriores serão eliminadas, para que tudo se torne novo, Apocalipse 20:4-5 , 2 Pedro 3:10 , 2 Pedro 3:12 . Já passaram - Mas no quarto versículo é dito: "se foram." Nesse caso, a palavra mais forte é usada; pois a morte, o luto e a tristeza vão embora todos juntos: o antigo céu e a terra passam apenas, dando lugar ao novo céu e à nova terra”.[118]

Esposa do Cordeiro

“E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro” (Apocalipse 21.9).

“E lá veio um dos sete anjos que tinham os sete frascos - onde espaço havia sido aberto para o reino de Deus. Dizendo: Vem, vou mostrar-te a noiva - O mesmo anjo tinha mostrado antes a Babilônia, Apocalipse 17:1 , que é diretamente oposta à nova Jerusalém”,[119] disse Wesley.

12 anjos

“E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de Israel” (Apocalipse 21.12).

“Doze anjos - ainda esperando os herdeiros da salvação”,[120] disse Wesley.

Cana de ouro

“E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro” (Apocalipse 21.15).

Em Apocalipse 11.1. a cana é comprada a uma vara. É o medidor perfeito e glorioso da Jerusalém Celeste.

Cidade quadrangular

“E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais” (Apocalipse 21.16).

Significa a cidade perfeita.

Para os gregos, o quadrado era a figura perfeita. As maiores cidades do Oriente eram construídas em quadrado (Nínive, Babilônia).

Simboliza a grandeza da cidade.

Apocalipse 22

Árvore da vida

No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações” (Apocalipse 22.2).

Árvore da vida está no Paraiso. E não é só uma árvore, segundo Wesley..

“No meio da rua - Aqui está o paraíso de Deus, citado, Apocalipse 2:7 . É a árvore da vida - não apenas uma árvore, mas muitas. Todos os meses - ou seja, em abundância inexprimível. A variedade, da mesma forma, bem como a abundância dos frutos do Espírito, podem ser sugeridas por meio disso. E as folhas são para a cura das nações - Para a continuação de sua saúde, não para restaurá-la; pois nenhuma doença existe”, explicou Wesley.[121]

Nome na testa

“E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome” (Apocalipse 22.4).

“(...) E seu nome estará em suas testas - Cada um deles será abertamente reconhecido como propriedade de Deus, e sua gloriosa natureza brilhará mais visivelmente neles”, disse Wesley.[122]

Ficarão de fora os cães

“Mas, ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Apocalipse 22.15).

Wesley disse: “(...) os portões estão sempre abertos; mas não para cães; homens ferozes e vorazes”.[123]

O cão era considerado impuro pelos judeus.

Os hebreus consideravam todos os cachorros impuros, pois no passado “viviam em grandes bandos ou matilhas próximos aos grandes feudos, e para sobreviverem também comiam carniça, pois subsistiam à base dos refugos, lixo e até corpos humanos”,[124] o que para os judeus era imperdoável.

Paulo disse: “Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão” (Filipenses 3.2).

São às pessoas, portanto, que rejeitam Jesus, que são impuras.

 

 

 


 

 



[1] https://studybible.info/version/Wesley

[4] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[7] MESTERS, CARLOS ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao 

[8] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/1/16.

https://meusestudos.org/2013/09/seu-rosto-resplandece-como-o-sol

[9] Na Bíblia latina, a palavra “inferno” foi usada para representar o termo hebraico equivalente a “Sheol” e os termos gregos “Hades” e também “Geena”. A maioria das versões em idioma português seguem o latim, e elas não fazem distinção do original hebraico ou grego, podendo assim, trazer problemas de entendimento de textos bíblicos e até mudar alguns contextos do que o autor bíblico realmente quis empregar.

[13] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[14] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[20] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[21] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/4/2

[22] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/4/6.

[23] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[24] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/4/6.

[25]https://www.abiblia.org/ver.php?id=295

[26] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/4/7. 

[27] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/4/7.

[28] Idem.

[29] Idem.

[30] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/5/1

[31] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/5/1

[32] Idem.

[33] Idem.

[34] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/5/6

[35] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/5/8;

[36] https://www.bibliaplus.org/.../notas-explicativas-de-wesley/apocalipse/6/2

[40] Idem.

 

[41] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[45] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO, Op.cit.

[52] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.117).

[58] https://www.bibliaplus.org/.../apocalipse/9/19

[62] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.137.

[63] https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/4/comentario-biblico-de.. O teólogo norte-americano Albert Barnes (1798-1870), nasceu em Roma. Formado no seminário de Princeton. Foi pastor presbiteriano. Suas notas no Novo Testamento continuam a ser bastante populares até hoje.

[65] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.132.

[70] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.120.

[71] https://www.gotquestions.org/Portugues/um-terco-anjos.html

[73] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.120.

[74]https://versiculoscomentados.com.br/index.php/estudo-de-apocalipse-12. Adam Clark (1762 –1832) foi um pregador, escritor e teólogo metodista do tempo de João Wesley. Foi Presidente da Conferencia Metodista na Inglaterra em três ocasiões (1806–07, 1814–15 e 1822–23).

[76] https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/7/comentario-biblico-de..

[78] https://blogaultimatrombeta.wordpress.com/2015/08/10/traduzindo.

[80] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.125.

[83] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[84] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.123.

[87]https://www.nistocremos.net/2012/06/xxviii-dupla-ceifa-da-terra-apocalipse.html

[88] A.Van Den Born. “Lagar”, Dicionário Enciclopédico da Bíblia., Editora Vozes, Petrópolis, 1977, p.871.

[92] MESTERS CARLOS, ORFINO FRANCISCO. Apocalipse de João, Esperança, Coragem e Alegria, (Círculos Bíblicos), São Paulo, Ed. Paulus, 2002. https://www.xaverianos.org.br/noticias-e-artigos/teologia/536-simbolos-e-imagens-no-apocalipse-de-joao

[94] https://oequilibriosobrenatural.blogspot.com/2016/02/ahriman-o-demonio...

[95] https://estiloadoracao.com/significado-de-talento-na-biblia

[96] J.F.Almeida. Bíblia Vida Nova. SP, Edições Vida Nova, 1980, p.304.

[97] FERET, H. M. O Apocalipse de São João: visão cristã da história. São Paulo: Paulinas, 1968, p.181.

[114] “Gog”, Dicionário Enciclopédico da Bíblia, P.646.

[115] https://bibliotecadopregador.com.br/armagedom

[116] ttps://luizantoniooliveira.wordpress.com/2019/06/11/a-etimologia-do.

[117] https://www.jw.org/pt-pt/ensinos-biblicos/perguntas/lago-de-fogo

[124] https://cachorrosblogs.blogspot.com/2014/11/cachorros-no-judaismo.html

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