Ingredientes para o casal ser feliz

 

 Para célula de casais e edificação pessoal

  

Odilon Massolar Chaves

 

 

 

Copyright © 2024, Odilon Massolar Chaves 

Todos os direitos reservados ao autor. 

É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente

Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998. 

Digitação: Liliana Hidd Fonteles

Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 144 

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com

 Tradutor: Google

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor

 


Índice

                                     

Introdução

Princípios para uma vida feliz e saudável - Lição 1

Princípios para uma vida feliz e saudável - Lição 2

Família abençoada e abençoadora - Lição 1

Família abençoada e abençoadora – Lição 2

Família, profissão e ministério

Casamento, profissão e vida espiritual

Trancas e chaves no casamento – Lição 1

Trancas e chaves no casamento – Lição 2

Nossas escolhas, nosso futuro

À prova de tempestades – Lição 1

À prova de tempestades – Lição 2

Entre a ira e o perdão – Lição 1

Entre a ira e o perdão – Lição 2

Entre a ira e o perdão – Lição 3

Entre a ira e o perdão – Lição 4

O poder da língua – Lição 1

O poder da língua – Lição 2

Histórias semelhantes, finais diferentes – Lição 1

Histórias semelhantes, finais diferentes – Lição 2

Histórias semelhantes, finais diferentes – Lição 3

Feridas curadas, relacionamento sadio – Lição 1

Feridas curadas, relacionamento sadio – Lição 2

Feridas curadas, relacionamento sadio – Lição 3

Nos braços do cônjuge, nos braços do Pai

Família abençoada por amor aos nossos antepassados 

Derrote três inimigos para o seu lar ser feliz 

 


Introdução

 

O livro “Ingredientes para o casal ser feliz” traz uma série de estudos focando o tema da família e o relacionamento conjugal.

A Bíblia diz: “Que o amado do Senhor descanse nele em segurança, pois ele o protege o tempo inteiro e aquele a quem o Senhor ama descansa nos seus braços” (Dt 33.12). E assim é com a família, que foi criada por Deus. A mão do Senhor é acolhedora e amorosa.

 São estudos para uso pessoal e para ser estudado em grupo.

Numa célula é importante a participação do grupo para que os corações sejam abertos e curados; possa haver testemunho das bênçãos e as pessoas posam falar de seus anseios e sonhos. E assim, no final, orem pelos anseios e sonhos de cada casal.

Eliede, a “Pastorinha”, nos presenteia com alguns estudos bem profundos: “Histórias semelhantes, finais diferentes” e “Feridas curadas, relacionamento sadio”.

Nossa oração é para que o Senhor possa dar sabedoria aos dirigentes e possa haver aprendizado e assim a família e o relacionamento do casal seja aperfeiçoado.

Quando a crise familiar chegar, corra para os braços do Pai. Esteja debaixo do governo de Deus. Ele tem cuidado de nós.

A Bíblia diz: “Bem-aventurado todo aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera, no interior da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira, ao redor da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor” (Salmo 128.1-4)

A percentagem de divórcios tem aumentado, mas é possível dizer sim e viver unido e feliz até o fim.

Deus os abençoe

Pastor Odilon


Princípios para uma vida feliz e saudável

 

Estudo 1 – Texto Base: Mateus 5.1-5 - Lição 1 

A família é para ser uma benção. O casamento é para os dois serem felizes. Este foi o propósito do Senhor desde o início. Mas para que isso aconteça precisamos estar nas mãos do Senhor. Precisamos estar debaixo do Seu governo. Ele tem cuidado de nós. Devemos nos refugiar em Seus braços e obedecer a Sua Palavra. 

Pautar nossa vida em princípios saudáveis e bíblicos será o caminho excelente para ter essa felicidade. 

Priorizar a família e o relacionamento amável com o cônjuge proporcionará alegria e paz no lar. Com Jesus no centro do casamento o casal será feliz, mesmo enfrentando lutas.

Como diz aquele cântico: “Segura na mão de Deus”. 

 

A Bíblia utiliza a expressão “bem-aventurado” para dizer sobre a felicidade plena. 

Todos querem ser felizes, mas nem todos sabem o caminho para encontrar a real felicidade. Às vezes, é uma falsa felicidade, uma alegria passageira. 

A Bíblia fala do Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo (Ef 3.8). Temos então onde procurar os recursos para a nossa felicidade. 

Entre os princípios que nos levam à felicidade, estão:

Buscar a real riqueza da vida

Não corra atrás das “ondas do momento” ou festinhas onde rolam a bebida, drogas e orgias, nem corra atrás de amizades e atividades que prejudiquem a sua vida. A vida é um presente de Deus. 

A Bíblia alerta sobre os que andam no caminho da morte: segundo o curso desse mundo, segundo o inimigo, segundo as inclinações da carne (Ef 2.1-3) 

Busque os reais valores da vida! 

Entre os reais valores, estão: bondade, verdade e justiça (Ef 5.8-9). 

Somos chamados a ser imitadores de Deus (Ef 5.1-17). 

Valorize a família, a espiritualidade, a boa companhia etc. Esses valores você encontra através de Jesus. Nele está toda a riqueza da vida (Cl 2.1-3). 

Jesus disse: buscai, antes de tudo, o Seu Reino e todas estas coisas vos serão acrescentadas (Lc 12.31). 

Deixemos de lado o orgulho e a vaidade. Jesus disse também: Bem-aventurado os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5.3). 

Lembre-se de que como filhos de Deus, através de Jesus, somos herdeiros e coerdeiros com Jesus (Rm 8.17). E nosso Pai é dono de tudo. 

Jesus disse: Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra (Mt 5.5).  

Estabelecer nossa vida sob o firme alicerce da fé  

O salmista disse, numa crise: Esperei confiantemente pelo Senhor (Sl 40.1). Ele clamou, Deus trouxe livramento. 

A fé é um dom dado por Deus (Ef 2.8) para utilizarmos sempre, especialmente nas crises. É como nós tocarmos a companhia da Casa de Deus. Ele nos atenderá. 

A fé é uma certeza, uma convicção (Hb 11.1). 

A fé é também um escudo (Ef 6.16). 

Entregue a sua vida a Jesus. Procure ter intimidade com Ele.Se construirmos uma casa sobre a areia, ela não resistirá nas tempestades. 

Você é um daqueles que se desespera com uma crise ou consegue se manter de pé pela fé? 

Todos nós passamos por lutas e choramos com dor, mas temos um Deus que cuida de nós e nos consola. Jesus enxuga nossas lágrimas. 

Ele disse: Bem-aventurados os que choram porque serão consolados (Mt 5.4). 

Faça seu lar ser bem-aventurado!


Princípios para uma vida feliz e saudável

 

Estudo 2 – Texto Base: Mateus 5.6-13 - Lição 2 

Vimos na lição anterior alguns princípios para termos uma vida feliz e saudável:

- Buscar a real riqueza da vida;

- Estabelecer nossa vida sob o firme alicerce da fé. 

A seguir veremos mais dois princípios: 

Eliminar o que prejudica a vida 

Algumas pessoas precisam perdoar para que não fiquem presas ao passado e nem deem direitos ao inimigo para nos atormentar (Mt 18.23-35). 

Outras precisam curar lembranças doentias ou quebrar maldições. O casamento é afetado por essas lembranças. O pecado atrapalha em muito a vida conjugal. 

Jesus disse: Bem-aventurado os limpos de coração porque eles verão a Deus (Mt 5.8). 

A boa notícia é que é possível, em Jesus, ser feliz! 

Abrahão precisou tomar a decisão de “sacrificar” Isaque porque ele o tinha colocado em primeiro lugar. Em primeiro lugar deve estar o Reino de Deus. 

E qual tem sido o “Isaque” que tem ocupado o primeiro lugar e tem lhe prejudicado? 

Se você tem uma ansiedade, que o deixa com noites sem dormir, pratique esse princípio bíblico de Fp 4.6-7: “não andeis ansiosos”. Mas confie em Deus. Entregue tudo em Suas mãos.

Coloque tudo nas mãos de Deus e descansa n’Ele (Sl 37).

Andar com Deus

Precisamos de segurança mais do que nunca hoje. Ela vem do Senhor! Paulo disse: Tudo posso naquele que me fortalece (Fp 4.13). 

Muitos andam com espíritos ou más companhias. Não pode ser feliz uma pessoa que age assim. Veja o que diz o Salmo 1: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios”. 

Enoque foi uma pessoa que andou com Deus e foi abençoado (Jim 5.24). Ande com Jesus. Você estará seguro. Ele prometeu que estaria conosco todos os dias. Ele disse: Não vos deixareis órfãos (Jo 14.18). 

Como ter certeza disso? 

Pela fé, pela confiança. 

Andar com Deus é deixá-lo ser o dono de sua vida e confiar nele. Quem anda com Deus anda em amor (Ef 5.2). 

Creia nisso e ande com Jesus. Você será feliz. 

Invista em seu relacionamento conjugal. Priorize a sua família.


Família abençoada e abençoadora

 

 Estudo 3 – Texto Base: Josué 24.15 – Lição 1

Quando Deus criou o homem e a mulher Ele viu que era bom (Gn 1.26-3).

A família é um projeto de Deus.

1.    A família foi criada para ser abençoada e abençoadora (Gênesis 12.1-3). 

Para Abrão foi dito: “(...) e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gênesis 12.3).

“Seu nome original era Abrão (Gn 11.26), que significava “pai elevado”, ou “pai das alturas”. Posteriormente, depois de uma aliança feita com o Deus Altíssimo, seu nome passou a chamar-se Abraão, que quer dizer “pai de uma multidão” (Jim. 17.5)”.[1] 

Essa é uma promessa para todos que crêem em Jesus: “E, se sois de Cristo, então sois descendência de Abraão, e herdeiros conforme a promessa” (Gálatas 3.28-29).

A promessa foi: “(...) e em ti serão benditas todas as famílias da terra (Gênesis 12.3). Então, já temos a benção de Deus.

Dois grandes problemas que podem impedir esta benção na família cristã:

Deus criou a família para ser abençoada e abençoadora, sim. Mas existem dois pequenos problemas: o diabo quer destruir a família e o pecado leva a fazer coisas que destroem a família.

Muitos filhos são marcados emocionalmente por causa das agressividades e falta de amor no lar.

Portanto, devemos cuidar principalmente desses dois grandes problemas, se quisermos que nossa família seja abençoada.

O pecado não existindo em nossa casa, as portas estarão fechadas para o diabo.

Para isso acontecer, o lar precisa ter Deus reinando. Precisa do Deus da Paz e do Amor. 

2.    Os pais devem ser o sacerdote dos filhos e filhas  

Os pais devem ser sacerdotes dos filhos e filhas, ou seja, deve encaminhá-los a vida de comunhão com Deus.

O homem tem uma influência espiritual muito maior nos filhos. Como o pai for, os filhos entenderão que assim é Deus. O pai é carinhoso, então os filhos e filhas entenderão que Deus é amor. O pai não dialoga e é distante, então os filhos e filhas entenderão que Deus é distante.

Josué assumiu esse sacerdócio e disse: “(...) porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor (Josué 24.15).

Desde cedo, os pais devem ser exemplos para os filhos de integridade, verdade, justiça. Os filhos seguirão seus passos.

O homem tem como dever implantar os princípios divinos no seu lar.

As atitudes amorosas e espirituais do pai trarão edificação à sua família. O pai deve ser um intercessor dos filhos e ensiná-los no caminho bíblico.

Na próxima lição concluímos este tema.


Família abençoada e abençoadora

 

         Estudo 4 – Texto Base: Gênesis 12.1-3 – Lição 2

Vimos na lição duas afirmações sobre o propósito da família cristã:

1.    A família foi criada para ser abençoada e abençoadora (Gênesis 12.1-3). 

2.    Os pais devem ser o sacerdote dos filhos e filhas 

 

A seguir veremos mais uma afirmação bíblica sobre a família cristã:

3.    Para a casa ser edificada, a mulher deve ser sábia 

“A mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata destrói o seu lar” (Pv 14.1).

Edificar significa erguer; levantar; ou construir algo.

A esposa deve ser a mulher sábia para edificar a sua casa junto com seu marido.

Na ausência de um marido cristão, a mulher deve tomar a frente na educação espiritual dos filhos.

Ela deve ser a intercessora da família.

Li na internet sobre uma mulher que se chama de “Mulher Sábia e Virtuosa”, mas que errou muito no início do casamento. Ela passou a orar e a buscar sabedoria e aprendeu que a mulher deve ter esses princípios:

-Deve ser proativa, isso é, ser alguém que age antecipadamente evitando ou resolvendo situações e problemas futuros.

- ser submissa;

- ser grata;

- ser atenta.[2] 

A Bíblia cita o exemplo da mulher Sunamita (2 Reis 4.8-37) que era uma mulher de Deus.

Era bondosa, abnegada, hospitaleira dos que serviam ao Senhor e proativa.

Onde estavam as esposas do sacerdote Eli e do profeta Samuel?

Na história do sacerdote Eli e de Samuel, seus filhos tenderam para fazer coisas erradas. Foi uma vergonha em Israel. Um pecado que desagradou a Deus.

Certamente, houve erro na educação. Alguém diz que o sacerdote Eli se omitiu na educação dos filhos. O mesmo pode ter acontecido com Samuel. 

Mas uma coisa me chama a atenção. A Bíblia não cita os nomes das esposas do Eli (1 Samuel 2.12-17) e nem de Samuel (1 Samuel 8.2-4). Certamente, não foram tão exemplos assim.

Quando uma mulher é exemplo, como Ana, mãe de Samuel, a Bíblia a destaca. Maria é outro exemplo de ser serva, por isso foi escolhida para gerar Jesus.

A mãe insensata destrói o seu lar (Pv 14.1).

De um modo geral, as mães são responsáveis pelo bem-estar de seus filhos ou pelo mal procedimento dos filhos.

A mulher Cananéia correu atrás de Jesus para que sua filha fosse liberta dos demônios em sua vida. Mas como esses demônios chegaram até sua filha? Onde essa mãe estava?

Pais sejam responsáveis pelo cuidado espiritual de seus filhos.

Cuide de seus filhos agora para que mais tarde eles possam ter uma família abençoada e venha também a cuidar de você.

 

Família, profissão e ministério

 

Estudo 5 – Texto Base: Atos 18.3

Priscila e Áquila foram exemplos de caráter e dedicação ao Senhor. Eles tinham a mesma profissão e o mesmo ministério de discipulado: “Logo começou a falar corajosamente na sinagoga.

Quando Priscila e Áquila o ouviram, convidaram-no para ir à sua casa e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus” (Atos 18. 26).

Eles trabalham com confecção de tendas e serviam juntos ao Senhor. Paulo disse: "E como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas" (Atos 18.3).

Além da vida profissional não impedir dos dois servirem intensamente ao Senhor, o que aprendemos mais com eles?

"Saudai Priscila e Áquila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida arriscaram a sua própria cabeça; e isto lhes agradeço, não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios; saudai igualmente a igreja que se reúne na casa deles (...)" (Rm 16.3-5).

Perseguidos pelo Governo permaneceram totalmente firmes em Cristo. Priscila, casada com Áquila, natural de Ponto. Outrora, moravam em Roma, até que o Imperador Cláudio por volta de 50 d.C. decidiu expulsar todos os judeus de Roma (At 18.1).

Tinham um coração cheio de amor que acolhia totalmente a um irmão em Cristo. Acolheram Paulo em Atenas. Eram da mesma profissão – tecelões (At 18.1-3).

Deixaram tudo e seguiram Paulo em viagem missionária. Comprometidos com Cristo, Áquila e Priscila foram com Paulo para Éfeso (Atos 18.18-21).

O casal ficou em Éfeso e lançou o alicerce para a próxima visita do apóstolo. Viviam tudo pelo Evangelho. Eram cooperadores em Cristo Jesus (Rm 16.3).

Arriscaram suas vidas por Paulo e impactaram todas as igrejas que passaram a ter grande gratidão por eles (Rm 16.4). Abriram toda a sua casa para ministração do Evangelho (Rm 16.5).

Se não somos totalmente do Senhor, haverá brechas. Pequenas coisas fazem com que um dia a carne e o diabo tomem conta totalmente de você. Cuidado, o diabo entra pelas brechas.

Preencha seu coração e a mente com boas coisas: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, (...) seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Fp 4.8).

Ame totalmente ao Senhor. “Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças” (Mc 12.30).  


Casamento, profissão e vida espiritual

 

Estudo 6 – Texto Base: Atos 18.3

Áquila e Priscila tinham a mesma profissão e ministério. A profissão não atrapalhava o ministério. Uma das razões era que eles eram autônomos, mas principalmente porque o foco era Cristo.

Vamos aprender um pouco dessa relação profissão x ministério ou casamento x ministério com Maria Bosanquet e John Fletcher, ambos metodistas no tempo de João Wesley.

Maria Bosanquet (1739-1815) nasceu Leytonstone, Waltham Forest no bairro na periferia de Londres. Seus pais eram ricos.

Desde pequena mostrou interesse espiritual perguntando a si mesma o que ela seria. Reconhecia que era pecadora e indagava se tinha fé em Cristo.

Sua família era da alta sociedade e mesmo contra a vontade tinha que participar das etiquetas da sociedade. Mas uma conversa entre sua irmã e uma empregada metodista confirmou a sua fé.

Conheceu algumas mulheres metodistas de Londres que a levou a abandonar a vida social frívola para se dedicar a Cristo. Ela experimentou a presença de Jesus e desejou ser santa e dedicada ao seu Salvador.

Aos 21 anos, em 1760, deixou seus pais e tendo uma propriedade desocupada em Laytonstone mudou-se para lá e abriu com Sara Crosby e Ryan uma escola para os órfãos desamparados se mudou para outra casa. Os pregadores metodistas itinerantes encontravam ali repouso. Wesley visitou várias vezes Laytonstone

Ela se uniu ao movimento metodista e, em 1762, em Leytonstone, com Sara Crosby e Ryan fundaram uma sociedade metodista para cuidar de crianças carentes.

Em 1768, ela transferiu a instituição para Cross Hall, em Yorkshire. Em 1771, escreveu uma carta para o Wesley dizendo que tinha o chamado para pregar e solicitou conselhos. Wesley considerou o metodismo como uma extraordinária concessão de Deus, inclusive as mulheres ministrarem. Bosanquet organizou uma sociedade com 25 membros.

Foi amiga intima de Wesley e gastou sua fortuna na manutenção do orfanato e fazendo outras caridades.

Casou-se em novembro de 1781 com John Fletcher, pastor e grande líder do metodismo. Foram muito felizes. Durante os quatro anos de casados abriram novos pontos de pregação em Madeley. Empregaram todas as suas economias no socorro dos pobres.

O casamento de Maria Fletcher oferece um modelo para a mulher que deseja continuar o seu desenvolvimento espiritual e vida profissional.

Maria Bosanquet foi solicitada por muitos para ministrar após autorização de Wesley. Depois da morte do seu marido, ela continuou o trabalho por mais 29 anos.

Sua casa foi um centro de grande atividade espiritual. Não somente hospedava os pregadores, mas ela mesma dirigia cultos. As suas palestras eram edificantes e bem freqüentadas. Foi uma guia de classe.[3] 

Um grande exemplo para as mulheres de hoje!   


Trancas e chaves no casamento

 

  Estudo 7 – Texto Base: 2 Reis 5.1-15 – Lição 1 

Muitos casamentos não conseguem ir para frente por causa de trancas nos corações dos cônjuges. São amarrações que impedem a caminhada. Enquanto a tranca não for retirada, o relacionamento ficará prejudicado. 

Algumas trancas no casamento são: falta de perdão, bloqueio sexual, vaidade, materialismo, falta de cumplicidade, desequilíbrio financeiro, frieza espiritual, repetição de erros dos pais, medo, preconceito etc. 

Qual é a sua tranca? 

 A história da cura de Naamã traz alguns princípios que podemos aplicar hoje em nossa vida diária e em nosso casamento para sermos bem-sucedidos. São chaves ou princípios para abrirem as portas espirituais. 

Uma porta foi aberta para a cura de Naamã, mas ele vivia em meio a trancas, Dentre as diversas chaves para termos uma porta aberta, estão:

1.    O testemunho é uma chave - A coragem de testemunhar sobre o poder de Deus pode encaminhar uma pessoa aflita para uma porta que trará uma saída para o seu problema (5.3).

Uma jovem levada cativa pelos sírios foi trabalhar na casa do comandante leproso. Vendo a situação do herói sírio disse: “Tomara o meu senhor estivesse diante do profeta que está em Samaria; ele o curaria da sua lepra (5.3). O testemunho dessa jovem ajudou Naamã  a encontrar a direção da porta que iria trazer saída para seu problema..

Quando temos coragem de testemunhar estamos ajudando pessoas a encontrar a porta da benção. Quando nós testemunhamos, ao contar nossas experiências, lançamos luzes na mente das pessoas que têm problemas e assim motivamos a se abrirem para o Deus das causas impossíveis.

2.O medo é uma tranca - O medo é uma tranca que bloqueia nosso entendimento e nos impede de abrirmos as portas (5.6-7).

“Assim que o rei de Israel leu a carta, rasgou as vestes e disse: “Por acaso sou Deus, capaz de conceder vida ou morte? Por que este homem me envia alguém para que eu o cure da lepra? Vejam como ele procura um motivo para se desentender comigo!”

O rei de Israel demonstrou ser um grande medroso, pois achou que a carta enviada pelo rei da Síria era, na verdade, um pretexto para romper as ralações e entrar em guerra com ele. Com este pensamento negativo quase prejudicou a cura de Naamã.

Muitas pessoas não realizam seus sonhos e impedem outros de alcançá-los por causa do medo que carregam dentro de si.

3.A disponibilidade para ajudar é uma chave - Uma pessoa sem preconceitos ou medo está mais apta a ajudar qualquer pessoa a ter as portas abertas para a solução dos seus problemas (5.8).

Preconceito quer dizer prejuízo. O preconceito fecha as portas, exclui as pessoas e traz prejuízos. Eliseu demonstrou estar pronto para servir e ajudar as pessoas. Ele não carregava trancas em sua mão, mas sim chaves.Tendo o coração aberto ele se colocou à disposição para solucionar o problema de Naamã.

Eliseu disse: “Por que rasgaste tuas vestes? Envia o homem a mim, e ele saberá que há profeta em Israel” (2 Rs 5.8).

Eliseu viu ainda nesse episódio uma grande oportunidade de testemunhar o poder de Deus.

Na próxima lição concluímos este tema. 


Trancas e chaves no casamento

 

Estudo 8 – Texto Base: 2 Reis 5.1-15 – Lição 2

Algumas chaves que podem ser usadas para abrir as trancas e portas em seu casamento são: fé, disponibilidade, companheirismo, humildade, determinação, perseverança, amor, alegria, sabedoria, etc.

Vimos na lição anterior alguns aprendizados sobre a cura de Naamã:

1.    O testemunho é uma chave - A coragem de testemunhar sobre o poder de Deus pode encaminhar uma pessoa aflita para uma porta que trará uma saída para o seu problema (5.3). 

2.    O medo é uma tranca - O medo é uma tranca que bloqueia nosso entendimento e nos impede de abrirmos as portas (5.6-7). 

3.    A disponibilidade para ajudar é uma chave - Uma pessoa sem preconceitos ou medo está mais apta a ajudar qualquer pessoa a ter as portas abertas para a solução dos seus problemas (5.8). 

4.    A visão espiritual limitada e o racionalismo são trancas. Elas nos impedem de abrir as portas da benção  (5.11-12).

Naamã era um herói, de bom conceito, mas tinha bloqueios que quase lhe impediram de ser abençoado.

Primeiro, ele apresentava uma visão espiritual limitada: “pensava eu que ele sairia a ter comigo, por-se-ia de pé, invocaria o nome do Senhor, seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e restauraria o leproso” (5.11).

Segundo, era muito racional e bairrista: “Não são, porventura, Abana e Farfar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? Não poderia eu lavar-me neles e ficar limpo?” (5.11)

O que impede a nossa benção pode estar em nosso próprio coração. Veja que Naamã ainda saiu indignado. Existem pessoas que não querem conhecer o novo e se fecham achando que sua verdade é a melhor.

5.Uma palavra sábia na hora certa poderá ser a chave que moverá o coração mais racional para caminhar em direção a porta da benção (5.13).

Como cristãos somos chamados a ser porta-vozes de Deus, das bênçãos e promessas que Ele tem para nós.

Foi uma palavra sábia dos oficiais de Naamã que moveu seu coração e abriu o seu entendimento: “Meu pai, se te houvesse dito o profeta alguma coisa difícil, acaso não a farias? Quanto mais, já que apenas te disse: lava-te e ficarás limpo”.

Veja que os oficiais tiveram o maior cuidado com as palavras..O bom-senso ajudou na cura de Naamã.

6.A humildade e a fé são as chaves certas para as portas das bênçãos serem abertas (5.14).

Quando Naamã, humilde e confiante, desceu e mergulhou no Jordão sete vezes, conforme a Palavra do homem de Deus, ele ficou curado. Ele só foi abençoado quando agiu conforme a Palavra profética e não mais conforme seus conceitos soberbos e preconceituosos.

Se utilizarmos as chaves espirituais, as portas serão abertas

 

Nossas escolhas, nosso futuro

 

Estudo 9 – Texto Base: Gênesis 25.27-34

As escolhas podem determinar nosso futuro e a nossa felicidade bem como de outras pessoas que estão ao nosso redor.

No relacionamento conjugal as escolhas devem ser feitas em comum acordo. Deve haver diálogo, bom senso, calma e especialmente consultar ao Senhor em oração. Veja a seguir alguns princípios:

1. As melhores escolhas não são necessariamente as que nos dão prazer

A escolha de Eva e Adão pelo prazer do fruto afetou toda a humanidade.

O que parece ser belo pode significar um grande problema

- Ló, sobrinho de Abrão, escolheu ir pela “campina verde” que ia dar em Sodoma e Gomorra: “E levantou Ló os seus olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada, antes de o SENHOR ter destruído Sodoma e Gomorra, e era como o jardim do  Senhor...armou suas tendas até Sodoma..” (Gn 13.10).

Provérbios 14.12: “Há caminhos que ao ser humano parecem ser as melhores opções de vida, mas ao final conduzem à morte”.

2.A melhor escolha pode significar passar pela doação e mesmo dor

A escolha de Jesus pelo sacrifício na cruz abriu a porta para a salvação de todo o ser humano.

Barbara Fergunson decidiu doar 1 milhão de dólares para a campanha da Igreja Metodista “Imagine No malária”, na África. Salvou milhares de crianças da malária. Sua atitude de amor vai salvar 8500 pessoas no continente Africano.

3.Nossas escolhas podem ser influenciadas

Devemos entendê-las para fazermos as melhores escolhas.

-Valores negativos que Influenciam: baixa autoestima, medos, vaidade, ganância, precipitação, ansiedade, etc.

A escolha de Judas foi pelo dinheiro. Traiu Jesus e depois se suicidou.

- Valores positivos que influenciam: fé, amor a Deus, amor ao próximo; princípios bíblicos, vida saudável em família etc.

A história de Esau e Jacó nos ajuda a compreender isso:

4.Temperamentos influenciam nas escolhas, cônjuge e profissão

Esaú (sanguíneo) era caçador.

Jacó (fleumático) era caseiro.

5.As atitudes dos pais influenciam nas escolhas dos filhos

- Isaque amava mais a Esau porque gostava de sua caça.

Como consequência Esaú desprezou seu direito de primogenitura. Valorizou mais a comida.

- Rebeca preferia mais a Jacó porque esse vivia em casa perto dela certamente a ajudando.

Como consequência, ajudou Jacó a enganar o pai Isaque e fugir de seu irmão.

Como deve ser a nossa escolha

Como resultado de princípios bíblicos, oração, profundo conhecimento do que almeja e saber qual é a vontade do Senhor.

José é um exemplo de ter sabido escolher: em sua caminhada sofreu muito com seus irmãos, mas perdoou seus irmãos, manteve-se fiel, quando foi tentado, pagou um preço, mas Deus o honrou sendo governador do Egito e contribuindo para salvar o povo de Deus.  

À prova de tempestades 

 

 Estudo 10 – Texto Base: Mateus 7.24-27 – Lição 1

Cedo ou tarde, as tempestades virão sobre o lar e tentações virão para o casal para destruir os relacionamentos. Mas nosso lar pode suportar as tempestades. Nosso relacionamento pode vencer as investidas do inimigo.

Jesus disse:

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda” (Mt 7.24-27).

O segredo para construir um relacionamento à prova de tempestades é investir no fundamento, na base, no alicerce. Jesus nos ensina sobre isso. O material a ser utilizado é fundamental.

O ex-deputado federal Sérgio Naya sempre procurou ganhar o máximo em todas as situações. Tanto que não hesitou em misturar areia da praia com cimento na construção do Palace 2, edifício no Rio de Janeiro que desabou em 1998, matando oito pessoas. Naya teve seu mandato de deputado cassado, e também seu registro de engenheiro. Foi preso por falsificar documento público.

O material que você utiliza é suficiente para resistir grandes tempestades?

“Cerca de 1.000 tornados baixam nos Estados Unidos anualmente. Os tornados frequentemente causam devastação de fazendas, povoados, e cidades que são golpeadas por sua violência natural. Cinquenta e duas pessoas foram mortas por tornados só em 2002 e centenas foram feridas.

Os tornados explodem escombros em todas as direções – frequentemente em velocidades de centenas de milhas por hora. A maioria das casas é feita para resistir velocidades de vento de até 70milhas por hora, mas um tornado não é nem registrado, se não alcança o mínimo de 73milhas por hora”.[4]

O melhor material, a rocha, que é à prova de tempestade deve ter esses ingredientes:

1. A fé – Fé é uma rocha porque em sua constituição está a segurança, a resistência. Ela sustenta. É escudo contra as investidas do inimigo.

Paulo a chama de “escudo”. Quem tem fé anda sobre o mar. Quem não tem fé naufraga. Paulo disse que Alexandre naufragou na fé.

Já a incredulidade é areia – que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois em sua constituição está a fragilidade, o medo, a insegurança. A incredulidade dá brecha ao inimigo.

Uma construção com brecha não subsiste.

2. O amor – Cantares diz que o amor é mais forte do que a morte

O amor constrói, sustenta, fortalece: "O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1Co 13.7).

O amor, portanto, é uma rocha que permanece para sempre.

Já o ódio é areia porque não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois divide, destrói, derruba, mata. 

Na próxima lição concluímos este tema. 


À prova de tempestades 

  

Estudo 11 – Texto Base: Mateus 7.24-27 – Lição 2

Vimos na lição anterior a importância do alicerce, da base. O melhor material, a rocha, que é à prova de tempestade deve ter esses ingredientes:

- Fé

- Amor.

Outros ingredientes essenciais são:

3. A mansidão – é rocha. Ela é a marca do equilíbrio, firmeza de caráter. Nas tempestades (agressividades), quem é manso permanece calmo, tranquilo.

Já a agitação é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois perturba, traz insegurança, desarmoniza.

4. Humildade – é rocha porque depende de Deus, leva à intimidade com Deus, se submete ao Corpo de Cristo e unido fica forte.

Já a soberba é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois em sua constituição está a autossuficiência e por isso cai, derruba e ainda arrasta outros, como fizeram Lúcifer e Adão.

O exemplo do Titanic: 10 de abril de 1912: Um grande dia na história da navegação. O Titanic, o maior e mais luxuoso transatlântico construído até aquela data, parte com 2.200 passageiros a bordo para sua primeira viagem de Southampton para Nova Iorque. Devido ao seu engenhoso e bem planejado sistema de compartimentos estanques, ele era considerado praticamente insubmergível. "Nem Deus consegue afundar esse navio!", afirmaram alguns.

Na madrugada do dia 11 ele afundou matando mais de 1500 pessoas.

5. Santidade – é rocha por não se misturar com o mal e sim com a luz, com o amor de Deus. Santidade é uma vida liberta do domínio do pecado e cheia de amor. É uma vida em comunhão com Deus

Já a impureza é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois está associada a coisas negativas que a tornam fragilizada. Paulo chega a dizer: não vos associeis aos impuros.

O alerta de Paulo sobre o cristão se associar com alguém não cristão: “Já em carta vos escrevi que não vos associásseis com os impuros; refiro-me, com isto, não propriamente aos impuros deste mundo, ou aos avarentos, ou roubadores, ou idólatras; pois, neste caso, teríeis de sair do mundo. Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais “(1Co 5.9-11).

6. Verdade – é rocha, pois tem a fonte em Jesus: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” (João 14.6). Ela leva à transparência, confiança e protege, é escudo, é cinturão espiritual.

O cinturão é uma peça que nos dá confiança, ela ajuda a segurar a roupa do corpo. Ajustando a esta verdade para a nossa vida espiritual, estaremos cingidos com o cinturão da verdade.

Já a mentira é areia que não sustenta a casa ou um projeto de vida diante das tempestades, pois tem a marca da falsidade, é engano. Uma mentira não sustenta nada.

Como consequência da fé, amor, mansidão, humildade, santidade e verdade haverá os elementos que constituem uma rocha e, consequentemente haverá unidade. Unidade traz edificação, consolidação, solidificação.

Através da unidade há força, proteção, compreensão, cumplicidade, vida em comum: Jesus disse: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30). Para termos comunhão precisamos viver no espírito.

A Bíblia diz: “Melhor é serem dois do que um... o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade” (Ec 4.9-12).

E assim é constituída a rocha que é o alicerce contra qualquer tempestade.


Entre a ira e o perdão

 

 

Estudo 12 – Texto Base: Tiago 1.19 – Lição 1

Jesus disse que veio para que tivéssemos vida em abundância. Nem todos os cristãos, porém têm tido uma vida em abundância. No relacionamento conjugal, a ira não deve fazer parte. Por outro lado, o perdão deve sempre ser exercido.

Nosso casamento terá saúde, vida, se seguirmos algumas das dicas a seguir:

Algumas dicas para termos uma boa saúde:

- Mantenha um peso constante e adequado à sua idade, altura e sexo. O excesso de gordura corporal aumenta as probabilidades de vir a sofrer de tensão arterial elevada, doença coronária, diabetes etc.[5]

- Manter a serenidade, pois a ansiedade eleva os níveis de adrenalina e aumentam o estresse.[6]

- Deixar os vícios de lado. Cigarro, cafeína e outros estimulantes ampliam e prolongam os efeitos do estresse sobre o sistema cardiovascular.[7]

- Cuidar da dieta sem deixar de comer o que gosta. Com moderação, todos os alimentos são bem-vindos.[8]

O que diz a Bíblia

A Bíblia afirma ainda que a ira prejudica todo o nosso ser: “A ira do louco o destrói” (Jó 5.2).

Ira é o descontrole cerebral, por perda do autodomínio. Ira é a paixão que nos incita contra alguém; é a cólera, raiva, ódio, fúria. É o desejo da vingança.[9] 

John Hunter viveu na Inglaterra de 1728 a 1793. Ele desde cedo demonstrou grande habilidade na sala de dissecções, tendo feito algumas descobertas importantes em anatomia. Era um trabalhador infatigável a quem bastavam quatro a cinco horas de sono e que se aborrecia com a especulação teórica, muito em voga na época, sobre doutrinas e conceitos, sem nenhuma base experimental. Foi o fundador da cirurgia experimental e a ele se deve a descoberta da circulação colateral nos casos de aneurisma, permitindo a ligadura da artéria logo acima do saco aneurismático.[10]

Sofria insuficiência coronariana com crises de angina do peito e chegou e prever o seu fim com as seguintes palavras: "minha vida está nas mãos de qualquer canalha que queira me aborrecer e contrariar". Em uma reunião da Diretoria do Hospital St. George em que se discutia quem seria o seu sucessor no Hospital teve uma discussão acalorada com seus interlocutores e caiu fulminado por um infarto agudo do miocárdio.[11]

A Bíblia recomenda: “Todo homem, pois seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar” (Tg 1.19).

Esaú foi uma pessoa que não seguia esse princípio bíblico: “Passou Esaú a odiar a Jacó por causa da benção que seu pai o tinha abençoado” (Gn 27.41).

Na próxima lição continuamos sobre este tema.  


Entre a ira e o perdão 

 

Estudo 13 – Texto Base: Tiago 1.19 – Lição 2

Continuando a lição anterior veremos alguns princípios que nos ajudam no relacionamento conjugal.

O que causa a ira?

Quando a pessoa sente que perdeu seus direitos, direitos baseados no egoísmo, ela reage com agressividade. Isso acontece em muitos relacionamentos.

Quando alguém o impede de exercer seus supostos direitos, a pessoa tende a reagir com agressão, com ira.

Às vezes, reagimos até mesmo contra Deus. Ficamos com raiva dele.

Reagimos com violência até mesmo contra as pessoas que nem conhecemos. Certa vez, atendi uma pessoa que perdeu seu filho e ela passou a ficar com raiva dos mendigos. Ela dizia: meu filho era maravilhoso e morreu e esse mendigo está aqui vivo.

A ira é uma forma da pessoa revelar um sentimento de superioridade e desejo de controle. Quando achamos que o outro não faz aquilo que queremos, do jeito que gostamos ou esperamos, então achamos que esta pessoa precisa sofrer a punição da nossa ira. A ira, contudo, produz também agressividade em nosso próprio corpo. Na verdade, através da ira a pessoa se morde por dentro. A pessoa agride interiormente o seu corpo.

Certo homem queria plantar uma horta no jardim em frente a sua casa. Sua esposa não concordou. O homem sentiu que seus direitos foram violados. Ele ficou irado e passou a ter colite e úlcera. Só quando ele a perdoou é que melhorou.

A receita de Deus

1. Devemos abrir mão dos nossos direitos egoístas

Paulo diz para a igreja em Corinto: “O só existir entre vós demandas é completa derrota. Por que não sofreis antes a injustiça, o dano?” (1Co 6.7).

Certa vez, uma pessoa estranha procurou a igreja e, na conversa, disse que o ódio contra o irmão foi o combustível que a moveu durante muito tempo.

Percebi que essa pessoa era doente emocionalmente.

Precisamos renunciar ao ódio e a vingança. Deixar Deus operar na situação. Ele vai proporcionar paz interior e não ira.

2. Devemos perdoar aos que nos ofendem no mesmo dia

É natural que fiquemos magoados. Existem pessoas invejosas ou maldosas que nos agridem. Só não devemos deixar essa mágoa se tornar ressentimento e desejo de vingança.

Perdoar é optar pela liberação da pessoa.

Perdoar é uma decisão. Não é um sentimento.

Perdoar é desatar cadeias e correntes.

Quem perdoa é perdoado por Deus.

Quem não perdoa dá lugar ao diabo. Por isso Paulo afirma: “Não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo” (Ef 4.26-27).

Ele nos ensina a perdoar no mesmo dia. Esse é o segredo de não sermos prejudicados.

Na próxima lição continuaremos com este tema.  


Entre a ira e o perdão

 

 

Estudo 14 – Texto Base: Tiago 1.19 – Lição 3

Na lição anterior vimos sobre a receita de Deus para nos livrar da ira:

1. Devemos abrir mão dos nossos direitos egoístas

2. Devemos perdoar aos que nos ofendem no mesmo dia

Isso salva muitos relacionamentos e casamentos. Continuando sobre a receita de Deus:

3. Devemos deixar Deus fazer justiça

Não adianta querer se vingar. “Porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (Tg 1.20). 

A justiça de Deus é diferente da justiça humana. A justiça humana dá a cada um o que merece, e, às vezes nem isto. A justiça de Deus é amorosa. Deus nos aceita assim como somos, nos perdoa, por pura graça e nos justifica, ou seja, Ele nos aceita como justos.

Esta foi a grande descoberta do Reformador Martinho Lutero. 

4. Devemos pedir que o Senhor realize a circuncisão do nosso coração

Vejamos três espécies de coração que a Bíblia apresenta:

 - Coração Obstinado

"Ouvi-me, vós os que sois de obstinado coração, que estais longe da justiça” (Is 46.12).

A obstinação é uma doença que anula o senso do comportamento compatível com a verdade. O sujeito obstinado é teimoso, inflexível e irredutível rumo ao pecado. Prefere não medir as consequências, embora saiba do perigo. Está sempre longe da justiça (Is 46. 12). A obstinação e o obscurecimento do coração são doenças graves. Uma cega o coração,  o outro encaminha o coração para o erro.[12]

Coração dividido

Tiago fala do homem de ânimo dobre: pessoa que é inconstante em todos os seus caminhos (Tg 1.8). São pessoas que precisam da limpeza do coração. Ela apresenta duas personalidades em uma. É pessoa que finge servir a Deus, porém dedica-se ao mundo; instável na sua trajetória de vida. Mostra-se com lábios amorosos, porém com coração maligno (Pv 26. 23).[13]

Jesus falou sobre a hipocrisia: “(...) Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mc 7.6).  O coração dividido demonstra frequentemente ações e reações hipócritas, isto é, uma doença que anula a graça de Deus e separa o crente dos valores espirituais.

- Coração incircunciso

Um coração incircunciso é cheio de ira, discórdia, malícia, soberba etc. Precisamos da circuncisão espiritual em nosso coração. Deus quer que nos cheguemos a Ele, com mudança de coração (1Sm 10.9), lavando o coração da malícia (Jr 4.14); lançando fora as transgressões (Ez 18.31), guardando os seus mandamentos e nos convertendo de todo o coração (Dt 30.10); se nos convertermos e nos afastar da injustiça (Jó 22.22-23).

Deus quer que o sirvamos com o coração íntegro (Dt 11.13; Js 22.5; 1Sm 12.24; 1Cr 28.9); que o busquemos (Dt 4.29; Sl 119.2); que o amemos (Dt 6.5; 30.6); que o louvemos (Sl 9.1); que o invoquemos (Sl 119.145), de todo o coração.

Não pode, portanto, haver espaço para a ira em nosso coração.

Na próxima lição concluímos este tema. 

  

Entre a ira e o perdão

 

Estudo 15 – Texto Base: Tiago 1.19 – Lição 4

Vimos na lição anterior duas receitas de Deus para nos livrar da ira:

3. Devemos deixar Deus fazer justiça

4. Devemos pedir que o Senhor realize a circuncisão do nosso coração

Outras receitas de Deus:

5. Devemos nos revestir da armadura do amor

“Revestindo-nos da couraça da fé e amor” (1Ts 5.8).

Você sabia que a enorme couraça óssea que o dinossauro Triceratops possuía em volta do pescoço protegia seus ombros, permitindo-lhe resistir aos violentos golpes de outros dinossauros? A couraça óssea no pescoço deixava o Triceratops protegido contra as cabeçadas do rival.[14]

O mesmo acontece com nosso coração. Se tivermos a couraça da fé e amor, seremos protegidos contra a agressividade das pessoas. Com um coração cheio de amor não haverá espaço para a ira, ressentimento e mágoas. 

Precisamos por isso ter o fruto do Espírito Santo: amor, alegria, paz, mansidão, bondade... 

Foi assim com Estevão. Cheio do Espírito, cheio de amor conseguiu perdoar seus agressores: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (At 7.60).

Quem anda com o amor em baixa, por qualquer coisa fica ressentido ou revida com agressividade.

Por isso, a Bíblia recomenda que cresçamos em amor (Ef 4.15).

Só assim iremos nos pautar pelos reais valores do Evangelho. 

6.Devemos procurar ter longanimidade

 

Como cristãos devemos ter todo o fruto do Espírito, mas para vencer a ira a longanimidade é fundamental.

A Bíblia diz: “Melhor é o longânimo do que o herói de guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade” (Pv 16.32).

No idioma em que o apóstolo Paulo escreveu (o grego koiné), "longanimidade" (makrothumia, em que "makros" é "grande", "longo" e "thumos" quer dizer "paixão", "sentimento") significa ser equilibrado em vez de ter pavio curto, ser demorado em irritar-se, ter boa vontade para com quem fere, sofrer por um longo tempo.[15]

Longanimidade é a capacidade de ser infinitamente paciente, suportando as constantes ofensas.[16] No latim, longânimo é ânimo longo.[17]

Por isso a Bíblia diz ainda que todo aquele que odeia seu irmão é assassino (...) não tem a vida eterna permanente (1Jo 3.15).

Já a natureza do cristão é andar em amor: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em aroma suave” (Ef 5.1-2).

A Bíblia nos orienta dizendo: “Deixe a ira, abandona o furor, não te impacientes; certamente, isso acabará mal. Porque os maus feitores serão exterminados, mas os que esperam no Senhor possuirão a terra” (Sl 37.8-9). 

 

O poder da língua

 

Estudo 16 – Texto Base: Colossenses 4.6 – Lição 1

A agressividade verbal destrói os relacionamentos. A palavra temperada, doce, agradável aperfeiçoa e aprofunda os relacionamentos.

É sábio quem procura colocar as palavras certas, no momento certo, da forma correta. Há momentos de tensões, crises e pressão sobre o lar, sobre o casamento. É preciso ter calma e saber usar a temperança, a palavra correta.

 Em Provérbios quem tem comportamento inadequado é chamado de insensato e quem tem comportamento adequado é chamado de sábio.

Sábio é aquele que sabe muito. Ele é prudente (cauteloso, moderado).

O sábio tem a capacidade para tomar decisões corretas e fazer escolhas piedosas na vida, segundo a vontade de Deus.

Insensato é quem tem falta de senso: juízo claro, saber aplicar a razão de uma forma perfeita para julgar ou raciocinar em cada caso particular da vida.

“Está na boca do insensato a vara para a sua própria soberba, mas os lábios do prudente o preservarão” (Pv 14.3).

Vamos abordar, especialmente, sobre a atitude sábia e insensata no uso da língua.

I - Atitudes erradas no uso da língua pelo insensato

Na Bíblia, aprendemos sobre isso:

1 - Ser precipitado e descontrolado

- Responder antes de ouvir (Pv 18.13)

- Falar demais – não faltará transgressão (Pv 10.19).

- Ser tagarela - é como ponta de espada (Pv 12.18).

2 - Não ser verdadeiro

- Ter duas palavras – cairá no mal (Pv 17.20).

- Ser falso – falará mentiras (Pv 14.5).

3 - Usar a língua para o mal

- Usar a língua para contendas (Pv 18.6).

- Escarnecer de quem o corrige (Pv 15.12).

- Trazer um erro de uma pessoa para o meio de outras pessoas – irá separar os maiores amigos (Pv 17.9);

II. Procedimentos corretos no uso da língua pelo sábio

A Bíblia também nos ensina como ser correto:

1 - Saber responder

- Ter resposta branda – desvia o furor (Pv 15.1).

- Responder adequadamente é bom e traz alegria (Pv 15.23): “ Como beijo nos lábios é a resposta com palavras retas” (Pv 24.26).

- Meditar no que vai responder a cada pessoa (Pv 15.28): “A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um” (Cl 4.6).

Na próxima lição encerraremos este tema. 


O poder da língua

 

Estudo 17 – Texto Base: Colossenses 4.6 – Lição 2

No final da lição anterior vimos os “Procedimentos corretos no uso da língua pelo sábio”.

Continuando veremos mais alguns procedimentos corretos:

2 - Utilizar a língua de uma forma agradável

- Ter a língua serena – é árvore de vida (Pv 15.4).

- Usar palavras bondosas agrada ao Senhor (Pv 15.26).

- Ter doçura no falar aumenta a sabedoria (Pv 16.21).

- Utilizar palavras agradáveis – são como favo de mel: doce para a alma e medicina para o corpo (Pv 16.24).

3 - Usar a palavra no tempo certo

Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo (Pv 25.11).

Conclusão

A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto. A Bíblia diz que o fruto da nossa boca nos fará fartar de bens (Pv 12.14).

Siga esses passos para ser sábio:

Deseje adquirir a sabedoria: Melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro (Pv 16.16). Muitas pessoas estão sempre repetindo frases feitas...frases vazias, “abobrinhas”.

Peça sabedoria ao Senhor: “Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...” (Tg 1.5).

- “Porque o SENHOR dá a sabedoria, e da sua boca vem a inteligência e o entendimento” (Pv 2.6).

- “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos; é escudo para os que caminham na sinceridade (Pv 2.7).

Ande com o sábio e serás sábio: “Quem anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos insensatos se tornará mau” (Pv 13.20).

Enche tua mente com a Palavra do Senhor: “Habite, ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus...” (Cl 3.16-17).

Siga o exemplo dos sábios:

“Quatro coisas há, entretanto são extremamente sábias; as formigas são um povo sem força, todavia no verão preparam a sua comida; os coelhos selvagens (querogrilo) são um povo frágil, contudo fazem a sua casa nas rochas; os gafanhotos não têm rei, contudo marcham todos enfileirados; a lagartixa apanha-se com as mãos, contudo anda nos palácios dos reis” (Pv 30.24-28).

Lembrem-se:

- Formigas: fazem planejamento.

- Coelhos selvagens: fazem sua casa na rocha.

- Gafanhotos: marcham unidos e disciplinados como um exército.

- Lagartixa: Anda nos palácios dos reis. 

O que você pode aprender com eles?  

 

Histórias semelhantes, finais diferentes

 

 Estudo 18 – Texto Base: Juízes 11.1-2– Lição 1

Jefté e José foram dois personagens bíblicos com histórias semelhantes, mas que tiveram resultados de vida completamente diferentes.

Ambos foram rejeitados por seus irmãos. Jefté recebeu a indiferença do seu pai e José recebeu o amor de seu pai. Ambos saíram de suas casas. Cada um reagiu à situação de forma diferente e ambos tiveram resultados diferentes.

O que podemos aprender na história de cada um poderá nos ajudar em nossa caminhada e ao final feliz que tantos almejamos na vida – a felicidade e paz.

“Era, então, Jefté, o gileadita, homem valente, porém filho de uma prostituta; Gileade gerara a Jefté” (Jz 11.1). Seus irmãos não o aceitavam em casa. Não queriam dividir a herança de seu pai. A vida em família tornou-se tão insuportável que Jefté teve que sair de casa. Ele não tinha uma família que o amava.

Havia um abismo profundo na vida de Jefté. Um vazio criado pela falta de imagem positiva da sua mãe; a falta de apoio e amor do pai e a rejeição de seus irmãos adotivos. 

Jefté não tinha um referencial familiar e a imagem positiva de amor de seu pai. Ele não foi abençoado. Sabemos que o diabo trabalha justamente no referencial do pai para que assim possa ser destruída a imagem de Deus-Pai dentro de nós.

O diabo destrói a referência da mãe consoladora e assim fica difícil sentir a presença do Espírito consolador.

Assim podemos entender porque tantas pessoas não conseguem amar a Deus e se firmarem na fé, em seus ministérios e na Igreja.

Muitos têm em suas vidas um pouco ou muito da vida de Jefté. Conheci uma senhora que veio para oração com um referencial de família destruído.

Ela nunca conheceu seu pai e sua mãe a tratava com grosseria e indiferença. Por isso, apesar de ser uma jovem bem casada, evangélica, ela não queria ter filhos. Ela nunca se sentiu amada.

O vazio deixado pela falta do pai e pela falta de carinho da mãe criou em seu coração uma profunda tristeza e revolta. Como ela poderia gerar um filho e se doar totalmente, se, ela própria estava carente desde criança e com sentimentos de rejeição e profunda amargura?

Jefté sentia o peso da rejeição dos seus irmãos que o expulsaram da casa de seu pai e lhe disseram: “não herdarás em casa do nosso pai, porque és filho doutra mulher” (Jz 11.2).

A maldição pesou sobre sua vida e ele fugiu de casa, sob o jugo da rejeição e acabou por se juntar com pessoas de má conduta na cidade de Tobe. Ele saiu de Gileade, a cidade do bálsamo e cura, para a cidade de Tobe, a terra da orfandade. Ela se sentia um órfão.

Muitos de nós nos sentimos assim, órfãos de pai ou de mãe. Sim, nos sentimos estranhos em família como a história do Patinho Feio que sai de casa por não se sentir amado.

Muitos carregam dentro de sua alma sentimentos amargurados de um passado de dor, de agressões, de estupros, de indiferença e mesmo que em adultos tenham uma vida em família, um trabalho e dignidade, a memória desse passado continua trazendo tristeza, depressão e muitos casos síndromes de pânico.

Continuamos este tema no próximo estudo.

Por Eliede, a “Pastorinha”. 


Histórias semelhantes, finais diferentes

 

Estudo 19 – Texto Base: Juízes 11.1-2– Lição 2

Continuando o estudo anterior...

Quando isso acontece, faltaram a bênção, a proteção e a direção do pai. Faltaram em muitos casos o cuidado e o colo carinhoso da mãe. Em muitas famílias, os irmãos com ciúmes e carências, rejeitam uns aos outros.

Assim age o diabo em nossas vidas, roubando nossa maior identidade que é de filhos e filhas de Deus. Uma pessoa que não se sentiu amada também não se sente amada por Deus.

E a mesma distância criada em sua família referencial passa a ser a mesma com relação a Deus e a Palavra de Deus. Não há intimidade e confiança.

Muitas vezes a pessoa vai para a igreja e é batizado com aquela alegria, mas logo depois volta e mesma vida de antes. Falta firmeza, falta fé, falta um referencial de amor. A pessoa vive ainda um passado que a puxa para trás.

Mas Jefté era um homem que buscava o Senhor. Ele foi chamado para comandar o povo de Gileade contra os amonitas. Ele fez um voto para o Senhor e o cumpriu. 

“O Espírito do Senhor veio sobre Jefté (...) e fez Jefté um voto ao Senhor” (Jz 11.29-30). Mas as motivações do coração dele eram de revolta e agressividade.

O passado não pode impedir o trabalho de Deus na vida de uma pessoa. Deus está sempre olhando para quem o clama. Ele vê o seu coração e os seus anseios.

Ele quer que você seja um odre novo para receber o seu vinho novo, para abençoar outras vidas que também estão precisando de cura para suas feridas.

Existe uma grande diferença na história de José. Ele recebeu a bênção do seu pai e uma túnica especial de filho amado: “Ora, Israel amava mais a José que a todos os seus filhos (...) e fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas” (Gn 37.3).

Talvez isso tenha feito toda a diferença na vida de José, apesar da rejeição dos seus irmãos, foi um vencedor. Ao contrário de José, Jefté guardou rancor pelos seus irmãos. E mesmo tendo feito um voto ao Senhor ele colocou sua família e sua casa numa situação de risco, quando ele disse:

“Quem primeiro da porta de minha casa me sair ao encontro, voltando eu vitorioso dos filhos de Amom, esse será do Senhor, e eu oferecerei um holocausto” (Jz 11.31).

Ele foi vitorioso nas batalhas, mas não foi assim na sua vida pessoal. Ele não usou a sabedoria de Deus e acabou colocando sua única filha numa situação de morte. 

José teve um caminho diferente. Ele foi vendido pelos irmãos, foi escravo no Egito, foi preso injustamente. Mas sua mansidão, humildade, perdão e sabedoria de Deus o levou a ser Governador do Egito e a abençoar seu povo, seus irmãos e seu pai.

José viveu uma provação de 13 anos até ser governador. A bênção do seu pai o direcionou, o protegeu e o fez firme diante das adversidades e tentações.

Muitos não receberam a bênção de seu pai e continuam sem direção, sem saber o que fazer, sem firmeza, se comportando como crianças, adultos, mas fazendo coisas de criança e até prejudicando a vida dos outros.

Todos nós precisamos da bênção do Deus-Pai e todos os dias nos firmarmos na certeza que fomos criados à sua imagem e semelhança. Todos precisamos de esperança.

Encerramos este tema no próximo estudo.

Por Eliede, a “Pastorinha”. 


Histórias semelhantes, finais diferentes

 

 Estudo 20 – Texto Base: Juízes 11.1-2– Lição 3

Continuando o estudo anterior...

Nosso passado necessita ser curado, as feridas tratadas e fechadas. Precisamos crer no amor de Deus-Pai para nos sentirmos abençoados e fortes para seguirmos em frente.

Aquela senhora que falei no início deste capítulo buscou ajuda para a cura das suas feridas e, através da oração e do perdão, sua depressão foi sarada e hoje ela é mãe de uma linda menina. Ela deixou o passado sofrido na cruz de Jesus e escolheu uma vida de paz.

O Senhor quer curar a sua vida para te libertar das correntes do passado, para que haja paz interior, amor e alegria no coração. Ele quer que você se sinta filho e filha amados para que seus sonhos se realizem.

Assim como José, precisamos ter o Espírito de Deus habitando em nós para sermos sábios e vencedores: “Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus? (...). Visto que Deus te fez saber tudo isto, ninguém há tão ajuizado e sábio como tu” (Gn 41.38-39).

José tinha a motivação da sua vida em Deus.

José teve um sonho. Ele olhou para adiante. Não deixou sentimentos de amargura dominarem sua mente. Sua mente estava ligada em Deus. E Deus fortalecia José dia-a-dia  para vencer todos os obstáculos e dificuldades.

Se você também se sente rejeitado, se você teve um passado triste, ore ao Senhor para te libertar de todo jugo do passado.

Trabalhe o perdão no seu coração. O mesmo que motivou José a perdoar seus irmãos.

Lembre-se de Jesus que foi rejeitado e humilhado, mas liberou perdão na cruz.

Que Ele te dê força para perdoar e criar em você um coração puro onde o Espírito Santo habite e faça a diferença.

Você tem tudo para se transformar numa pessoa segundo o coração de Deus, ser cheia do Espírito Santo de Deus e ser um vencedor como José.

José não ouvia a voz de seus irmãos. Ele ouvia a voz de seu pai amoroso.

Devemos ter cuidado com o que nos falam. Não ouça seu passado sofrido. Ouça a voz de Deus-Pai falado ao seu coração como falou a Jesus: Tu és meu filho, minha filha amada.

Um odre novo busca viver uma nova vida em Jesus.

Por Eliede, a “Pastorinha”.


Feridas curadas, relacionamento sadio

 

Estudo 21 – Texto Base: Gálatas 5.1 – Lição 1

Alguns casais têm dificuldades no relacionamento conjugal por terem sido marcados negativamente no passado e por não serem curados. Repetimos em nosso relacionamento os erros dos nossos antepassados. Muitas vezes, agredimos porque fomos agredidos. Somos prisioneiros do passado.

Precisamos ser curados. Eis uma boa notícia: não existe pessoa tão ferida que não possa ser curada pelo toque de amor de Cristo.

Muitos homens e mulheres bíblicos foram transformados pela presença de Jesus em suas vidas. Os discípulos, principalmente, cada um com uma personalidade, se prostraram diante da humildade e do amor de Cristo. Maria Madalena, Zaqueu, a mulher samaritana e muitos outros tiveram suas vidas mudadas e curadas pelo toque amável do Senhor.

Em nossa caminhada, sofremos, ficamos vazios e nos decepcionamos com as pessoas significativas. Ficamos deprimidos e nos rebelamos fechando o coração. Costumamos transferir esses sentimentos para outras pessoas, principalmente para aquelas que convivemos intimamente.

Passamos a adorar outros ídolos como o dinheiro, a sensualidade, as diversões do mundo, o celular, o facebook, uma pessoa, roupas, qualquer coisa para preencher o vazio da alma não sarada. Continuamos a repetir as mesmas práticas das pessoas.

Iludimo-nos que tantas coisas poderiam dar significado a nossa vida. Assim é a história de todos nós. Nossa personalidade ou identidade foi sendo construída ao longo dos anos, em meio a tantas pessoas e acontecimentos tristes ou alegres da nossa vida cotidiana. 

Como é nossa personalidade hoje e o que estamos vivendo?

Muitos de nós crescemos com uma autoimagem deteriorada.

Assim também aconteceu com Paulo: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1.1).

Paulo era judeu, mas nascido como cidadão romano da cidade de Tarso. Seu nome, a princípio, era Saulo. Viveu em Jerusalém e foi aluno do mestre da lei de nome Gamaliel. Por ser fiel à tradição da lei judaica, perseguiu os cristãos até sua conversão.

Paulo, não só presenciou e consentiu no apedrejamento de Estevão, homem de Deus e cheio do Espírito Santo que pregava sobre Jesus e fazia milagres, como perseguia os cristãos, homens e mulheres, indo de casa em casa para levá-los para prisão. Conseguiu inclusive, uma autorização para ir à cidade de Damasco para prender os cristãos judeus que lá estavam residindo.

Ele tinha uma personalidade austera e convicções próprias. Ele viu muitas guerras, austeridade e mortes na sua infância vivendo dentro do Império Romano. Para ele tudo isto era certo. Mas será que ele estava agindo certo para Deus?

Foi no caminho para Damasco, que Paulo teve um encontro com o Senhor e a partir daí, tudo mudou em sua vida. A luz que vinha do céu brilhou e ele escutou a voz de Deus dizendo: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” (At 9-4).

A luz o cegou e durante três dias nada comeu, nada bebeu e permaneceu em oração. Deus enviou Ananias para curá-lo. Ele foi batizado com o Espírito Santo e a partir daí passou para ter fé em Cristo, amar os cristãos e pregar o evangelho aos pagãos.

A presença do Espírito Santo em sua vida fez toda a diferença e ele passou a ser um instrumento nas mãos de Deus. Sua personalidade foi transformada.

De perseguidor se tornou um defensor do cristianismo. Ele mesmo diz: “Outrora era blasfemo, perseguidor e insolente. Mas obtive misericórdia porque agi por ignorância, na incredulidade. Superabundou em mim a graça do nosso Senhor com a fé e o amor que há em Cristo” (1Tm 12-14).

Continuamos este tema na próxima lição.

Por Eliede, a “Pastorinha”.


Feridas curadas, relacionamento sadio

 

Estudo 22 – Texto Base: Gálatas 5.1 – Lição 2

Continuando o estudo anterior...

Paulo era blasfemo, perseguidor e insolente. Muitos de nós agimos tantas vezes assim. Repetimos o que aprendemos na infância e agimos muitas vezes de uma forma distorcida.

Tantas vezes agressivos, explosivos, amargurados, tímidos, angustiados, adúlteros, briguentos, não convertidos, mas convencidos que é mesmo assim. Na verdade, dormindo para o poder que “ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo” (Tt 3.4-5).

Nunca diga sou assim e não mudo, pois “foi para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gálatas 5.1).

Assim como nós, Paulo experimentou o sofrimento. Ele foi encarcerado diversas vezes, açoitado, exposto à morte repetidas vezes. Trabalhou arduamente; muitas vezes ficou sem dormir, passou fome e sede, e, muitas vezes, ficou em jejum, suportou frio e nudez (2Co 11.23-27).

Mas ele encarou o sofrimento sentindo que isso o aproximava mais para ser como Jesus. Ele foi testemunha de Jesus como Deus, Senhor e Salvador.

Paulo nunca desistiu do seu propósito por causa de tribulações, lutas e provações, mas em tudo foi mais que vencedor por amor e fidelidade a Jesus. No final de sua vida afirmou: “Combati o bom combate, terminei a carreira e conservei a fé” (1Tm 4.7).

Muitos de nós precisamos desse lavar regenerador e renovador do Espírito Santo para que o amor de Cristo restaure nosso coração e nossa identidade semelhante à daquele que nos criou. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” (Rm 12.2).

Você está conformado ou quer se tornar uma pessoa melhor diante de Deus?

Aprendemos na escola da vida, mas é hora de aprendermos do Senhor e termos nossa personalidade restaurada. Nossa verdadeira identidade é de filhos e filhas de Deus, feitos a Sua imagem e semelhança, por Ele abençoados para ser luz do mundo e sal da terra. Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo, quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá luz da vida” (Jo 8.12).

Como diz a Palavra de Deus em 2 Crônicas 7.14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”

Nossa vida precisa ser tratada e sarada pelo Senhor. Não podemos nos conformar só com o que aprendemos em nossa família, na escola, na sociedade, etc. Precisamos colocar nossa personalidade diante do Senhor, com humildade, quebrantamento e buscar Nele a restauração para ser uma pessoa segundo o coração de Deus.

Muitos de nós carregamos um jugo pesado do passado e nos tornamos escravos de emoções perturbadoras. Muitos viram brigas em suas famílias e continuam brigando; muitos viram bebedeiras e continuam bebendo; muitos viram adultério e continuam adulterando; muitos ouviram palavras duras e continuam falando palavras duras; muitos viveram em ambiente de depressão e têm depressão também em suas vidas.

Até quando vamos continuar a repetir as coisas de criança?

É tempo de crescer!

“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para traz as coisas de menino” (1 Coríntios 13.11).

Continuamos este tema no próximo estudo.

Eliede, a “Pastorinha”

 

Feridas curadas, relacionamento sadio

 

Estudo 23 – Texto Base: Isaías 30.15– Lição 3

Continuando o estudo anterior...

É tempo de amadurecer e deixas as coisas da infância para trás porque nosso alvo é Cristo. Imitar Cristo, sua maturidade, sua mansidão, humildade e sabedoria em lidar com as pessoas, circunstâncias da vida e com as tentações do diabo.  Jesus também foi criança, mas sempre buscou sabedoria e o agir e viver em obediência ao Pai.

Precisamos como pessoas adultas pensar, refletir, examinar, escolher, comparar, tirar conclusões e não ser levado pelas ondas do passado. Temos uma vida pela frente e amadurecer como cristão é o caminho para a vitória e bem-aventurança.

O Senhor quer nos dar um fardo leve, mas o querer ser uma nova pessoa depende de nossa vontade e é nossa responsabilidade. Devemos manter os olhos no Senhor, perseverando com fé, orando humildemente e sempre estando em alerta, vigiando por todo o tempo.

Precisamos aprender a superar a irritabilidade e trocar a ira pelo amor. Sair dos extremos e entrar no caminho da vontade do Pai. O amor não é um dom para meninos na fé. O amor é uma atitude de maturidade espiritual para ser vivida. 

É tempo de se libertar das emoções negativas do passado e viver o novo de Deus. É tempo de curtir de forma sadio nosso relacionamento conjugal.

É tempo de buscar o Senhor para ser como Ele é; um odre novo para receber o vinho novo, porque “o Espírito de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio” (Gl 5.22-23)

Precisamos ajoelhar nossa personalidade aos pés do Senhor e de nossas lágrimas de arrependimento beber da fonte da água da vida e dizer: quero ser uma pessoa renovada e transformada para me anelar ao coração do Senhor.

Ser mais como Ele: mais sábios, mais puros, mais amáveis, mais perdoadores, mais compreensivos, mais pacientes, mais alegres, mais agradáveis, mais pacificadores, mais santos, mais espirituais, mais filhos e filhas de Deus.

 “Porque assim diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força...” (Is 30.15).

Você tem um valor ilimitado que foi dado por Deus: “Criou Deus, pois o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gn 1.27).

Nunca pense que por causa da sua criação que você não tem valor. Nada pode ser comparado ao valor que Deus nos dá e esse valor ninguém pode tirar.

Precisamos nos sentir filhos e filhas de Deus e buscar em nós essa semelhança do Pai. Fomos feitos por Ele e para Ele. Isso será cura para o seu coração e para sua vida.  Amadureça na fé, na esperança e no amor e seu verdadeiro valor que está em Deus será completo.

Precisamos interromper em nós as heranças amargas de nossas famílias para não passarmos para as gerações futuras.

Nossos filhos e filhas precisam ser criados com paz e amor. Precisam ver no seu pai um exemplo de caráter abençoador e sentir na sua mãe o colo protetor e consolador.

“Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10).

Nunca mais se separe do Senhor e ande sempre nos seus caminhos. A Bíblia diz que somos mais do que vencedores (Rm 8.37-39).

Lembre-se que pais ausentes e opressores geram filhos inseguros e desajustados.

Use sempre uma linguagem sábia e pacífica como Jesus usava. Sejam sempre um homem e uma mulher controlados e harmonizados por Cristo.

Para ser um odre novo você precisa ter suas palavras e atitudes controladas e moldadas pelo Espírito Santo.

Eliede, a “Pastorinha” 


Nos braços do cônjuge, nos braços do Pai

 

Estudo 24 – Texto Base: Oseías 11.1-4

Uma das delícias da vida conjugal é estar nos braços do cônjuge. Mas nem todos fazem isso. Alguns têm bloqueios.

Na Bíblia vemos expressões assim entre um casal: “A sua mão esquerda esteja debaixo da minha cabeça, e a sua mão direita me abrace” (Cânticos 8.3).

O livro de Oséias, no capítulo 11, mostra detalhes do amor de Deus pelo seu povo. Deus é amor. Ele só pode agir dentro dessa dimensão. No livro do profeta Oséias há expressões que lembram o cuidado de um pai para com seu filho revelando assim todo o amor de Deus por nós: “Quando Israel era menino, eu o amei” (Oséias 11.1).

Mostrando que o Deus-Pai se preocupa com cada fase de nossa vida, em Oséias é dito: “Eu o ensinei a andar” (Oseías 11.3). Ele ainda hoje nos ensina a andar em Seus caminhos.

Revelando todo carinho, contato físico e amor pelo povo de Deus, o texto ainda diz: “tomei-os nos meus braços” (Oseías 11.3). Nas horas difíceis, devemos nos atirar nos braços do Pai.

Deus nos ama tanto que usa estratégia para nos atrair: “Atrai-os com laços de amor” (Oseías 11.4).

Quem ama se dá. Da mesma forma que Jesus se deu por nós na cruz levando nosso pecado e lembrando o cuidado de um pai para com seu filho ainda pequenino, o Senhor diz: “(...) me inclinei para dar-lhes de comer” (Oséias 11.4).

Deus tem um grande amor por nós. Lembre-se disso. Ele tudo faz para nos restaurar e nos elevar à condição de filho ou filha de Deus para vivermos de forma digna. Ele é um Pai de amor que cuida de cada um de nós. Afinal, “Ele tem cuidado de nós” (1Pe 5.7).

Acredito que você quando era pequeno correu algum dia para os braços do seu pai ou sua mãe. Podem ter sido em momentos alegres ou em momentos de busca de proteção. Como casal, precisamos aprender a estar nos braços do cônjuge onde temos aconchego, carinho e nos sentimos pertencendo um do outro, numa só carne.

Em determinados momentos é possível um dos cônjuges correr para os braços da mãe onde encontra apoio e segurança.

Alguns chegam a gritar: “Quero minha mãe”!

Mas precisamos também aprender como casal ou cônjuge a correr para os braços do Pai nos momentos difíceis. Nos braços do Pai vamos ter proteção, apoio e segurança.

Jesus disse para a cidade de Jerusalém: “(...) quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” (Mateus 23.37). 

Não recuse os braços do Pai. Ele tem cuidado de nós: “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro 5.7).

Na história do Filho Pródigo aprendemos que Deus também corre para nos abraçar: “E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou” (Lucas 15.20).

Esteja sempre que possível nos braços do seu cônjuge! Como filho e filha aprendam também a correr para os braços do Pai.

Um verso do cântico “Família nas mãos de Deus” (Casiane) diz:

Na minha casa irá brotar

Um rio de águas novas pra curar

A vida vai chegar

Porque o meu Deus trará

A existência o que me fez sonhar

Os meus celeiros irão transbordar

A benção do senhor vai me alcançar

O tempo de bonança vai chegar

Minha família nas mãos de Deus está.


 Família abençoada por amor aos nossos antepassados

 

  Estudo 25 – Texto Base: Oseías 11.1-4

Nossa família pode ser abençoada por causa da fidelidade de nossos pais. Minha avó era fiel no dízimo. Se ela faltava um domingo, reservava a oferta daquele domingo e juntava com a oferta do domingo seguinte.

Meus pais foram abençoados. Vejo hoje que meus irmãos e irmãs são abençoados financeiramente. É verdade que eles são fiéis ao Senhor. Se rejeitarmos ao Senhor, perderemos essas bênçãos.

A fé e a fidelidade ao Senhor são suficientes para nós e nossa família serem abençoadas. A Bíblia mostra que a benção de Deus pode vir para nossa vida pela fidelidade de nossos antepassados. 

O Senhor é presente e promete bênçãos

Por amor a Abrahão, o Senhor era com Isaque e prometeu abençoa-lo – Gn 26.24: “Não temas, porque eu sou contigo; abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência por amor de Abrahão, meu servo”.

O Senhor abençoa financeiramente

Labão foi abençoado pelo Senhor por amor a Jacó – Gn 30.27: “Tenho experimentado que o Senhor me abençoou por amor de ti”.

Os descendentes são abençoados

- O Senhor deu a Salomão uma tribo em Israel por amor a Davi – 1Rs 11.32: “Ele terá uma tribo por amor de Davi, meu servo”.

- O Senhor fez a Salomão príncipe em seus dias por amor a Davi – 1Rs 11.34: “Fá-lo-ei príncipe todos os dias da sua vida, por amor de Davi”.

 Somos protegidos do inimigo

Jerusalém foi protegida pelo Senhor dos inimigos por amor a Davi – 2Rs 19.34: “Porque eu defenderei esta cidade (Jerusalém) por amor de mim e por amor de meu servo Davi”.

Por amor o Senhor não destrói o que errou

- Por amor a Davi o Senhor não quis destruir Judá – 2 Reis 8.19: “Porém, o Senhor não quis destruir a Judá por amor de Davi, seu servo”

- Por amor da aliança com Abrahão, Isaque a Jacó o Senhor não destruiu Israel – 2 Reis 13.23: “Porém, o Senhor teve misericórdia de Israel, e se compadeceu dele, e se tornou para ele, por amor da aliança com Abrahão, Isaque e Jacó; e não o quis destruir...”.

O Senhor Abençoa a casa

- Por amor a José o Senhor abençoou a casa de Potifar – Gn 39.5: “O Senhor abençoou a casa do egípcio por amor de José; a benção do Senhor estava sobre tudo o que tinha, tanto em casa como no campo”.

- Por amor da arca de Deus, o Senhor abençoou a casa de Obede-Edon – 2 Sm 6.12: “Ficou a arca do Senhor em casa de Obede-Edom, o geteu, três meses; e o Senhor o abençoou e a toda sua casa. Então avisaram a Davi, dizendo: O Senhor abençoou a casa de Obede-Edom e tudo quanto tem, por amor da arca de Deus...”

Nossa fé e fidelidade a Deus nos garantem sempre a vitória. Invista no Reino de Deus e seus descendentes serão abençoados.

Diga como Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24.15). 


Derrote três inimigos para o seu lar ser feliz


Estudo 26 – Texto Base: Efésios 5.21-31

Em 10 anos, a taxa de divórcios cresceu mais de 160% no Brasil. O Brasil registrou 341,1 mil divórcios em 2014, ante 130,5 mil registros em 2004. É um salto de 161,4% em dez anos. No período entre 1984 e 2014, constatou-se redução na duração dos casamentos, de 19 para 15 anos.[18]

Portugal é o campeão dos divórcios na Europa. Por cada 100 casamentos, há 70 divórcios.[19]

Por outro lado, foi realizada “pesquisa com casais entre quarenta e cinco e sessenta anos de relacionamento e identificaram como variáveis importantes para a satisfação: estar casado com alguém que se valorize como pessoa e aprecie estar junto; compromisso com o cônjuge e com o casamento; senso de humor; consenso sobre vários assuntos, tais como objetivos e projeto de vida, amigos e tomada de decisão”.[20]

Deus criou o casal para ser feliz e para ser uma só carne. Criou para dizer sim e viver unido e feliz até o fim. E no Jardim do Éden tudo era lindo, pois o pecado não existia e o inimigo não tinha espaço na vida do primeiro casal.

Com o pecado passando a existir por causa da desobediência do primeiro casal o relacionamento entre os dois passou a ficar fragilizado e doentio. Um passou a acusar ao outro. Passou a haver falta de amor e respeito. O companheirismo deixou de existir. Passou a haver competição entre os dois.

A nossa realidade hoje é outra. Não vivemos mais no “paraíso”. Vivemos no mundo que jaz no maligno (1Jo 5.19).  Para sermos felizes é necessário batalhar, lutar espiritualmente.

Nos dias atuais, o casal para ser feliz precisa vencer três inimigos:

1.    O diabo (1Pedro 5.8; 1Jo 2.13);

2.    A natureza humana pecadora (Efésios 5.1-5)

3.    As memórias doentias herdadas (Jeremias 16.19; Hebreus 12.15). 

O casamento é um presente de Deus, mas hoje o casal vive em um terreno minado. Se não soubermos desarmar essas “minas”, o lar pode ser destruído.

Mas há solução, sim!

Para vencer o inimigo, que atormenta e quer dividir o casal, devemos utilizar a couraça da fé e do amor (1Ts 5.8). A fé apaga os dardos inflamados do maligno. O amor é um antídoto contra toda agressividade. Ele apaga multidão de pecados.

Para vencer a natureza humana pecadora, precisamos do perdão de Jesus e andar no Espírito, que é fonte de vida. A carne nos induz para o mal e nos leva a ter ciúmes, inveja, agressividade, falta de perdão, falta de respeito etc. Andando no Espírito jamais satisfaremos os desejos da carne.

E, por fim, precisamos curar as memórias doentias recebidas de nossos antepassados.

Repetimos exemplos de nossos pais, parentes e outros antepassados. Atitudes ou palavras dos nossos antepassados são repetidas por nós hoje no casamento. Não basta dizer que ama. É preciso vencer as forças externas e as forças internas negativas que nos impulsionam hoje e nos levam a ter atitudes negativas em relação ao cônjuge.

É possível viver com harmonia, respeito e companheirismo. Em Jesus tudo subsiste. Ele precisa ser o alicerce do lar. Ele é a fonte de vida e de sabedoria.

É possível, sim, viver hoje de uma forma feliz no casamento.

Podemos sair das garras do inimigo e ir para os braços do Pai sob a poderosa mão do Senhor.

 

 

 

 

 



[1] http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/estudos_show.asp?id=8462

[2] http://mulhersabiaevirtuosa.com/como-ser-uma-esposa-sabia-feliz/

[3] http://es.123rf.com/photo_24245302_maria-bosanquet-fletcher-1739--1815-diaconisa-ingles-a-principios-del-movimiento-metodista-se-caso-c.html

https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/EL/.../4411

https://histometodista.wordpress.com/2016/01/29/los-predicadores-laicos-maria-bosanquet-xix/

http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=1242

http://www.academia.edu/11871419/That_Peculiar_Voice_Jane_Eyre_and_Mary_Bosanquet_Fletcher_an_Early_Wesleyan_Preacher 

[4] http://www.starnews2001.com.br/storm.html

[5] http://www.deficientesemacao.com/component/content/article/79-manual-do-lesado-medular/1890-saiba-todas-as-informacoe

[6] http://www2.uol.com.br/vyaestelar/nutricaofuncional_estresse.htm

[7] www.baneses.com.br/noticias.asp?Cod_Noticia=295

[8]http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/nutricao-hidratacao/21606-alimentacao-o-excesso-faz-mal-e-o-moderado-e-bem-vindo

[9] www.dicio.com.br/ira[10] https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Hunter 

[11] Idem.

[12] www.agaguerrero.blogspot.com/2010/.../homem-incomum.

[13] www.iprb.org.br/artigos/textos/art01_50/art17.htm

[14] http://afreire3.br.tripod.com/triceratops.html

[15] www.prazerdapalavra.com.br

[16] www.ibfpatriarca.org.br/estudos/44_08.pdf

[17] Idem.

[18] http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2015/11/em-10-anos-taxa-de-divorcios-cresce-mais-de-160-no-pais

[19] https://www.publico.pt/2016/10/20/sociedade/noticia/por-cada-100-casamentos-ha-70-divorcios-em-portugal-1748189

[20] http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2004000300020

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