Wesley e a Doutrina do Espírito Santo

 

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 

 

Copyright © 2024, Odilon Massolar Chaves 

Todos os direitos reservados ao autor. 

É proibida a reprodução total ou parcial do livro para fins comerciais. 

O livro é para ler, copiar e compartilhar 

Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 42 

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com 

Tradutor: Google

-----------------

Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor.

 

 

Foi hora deliciosa. Deus derramou abundantemente seu Espírito sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação."[1]

 (João Wesley)

 

 

 Índice

 

 

·       Introdução

·       A pessoa e a obra do Espírito Santo

·       O cessasionismo

·       Pentecostes no meio do povo metodista

·       O derramamento do Espírito

·       O poder do Espírito Santo

·       Os dons do Espírito Santo

·       Os 12 dons do Espírito

·       O Espírito Santo e a santidade

 

 

Introdução

 

 “Wesley e a Doutrina do Espírito Santo” é um livro que relata a importância que João Wesley deu ao Espírito Santo e mostra a sua ação em meio ao povo chamado metodista, na Inglaterra, no século XVIII. 

Wesley acreditava que os dons do Espírito estão disponíveis para os cristãos hoje. Para ele os dons do Espírito são uma consequência natural da santidade genuína e da morada do Espírito de Deus no coração. 

A ênfase no Espírito Santo havia sido negligenciada em seu tempo pelas Igrejas, na Inglaterra. A crença era de que os dons do Espírito haviam cessado nos primeiros séculos depois de Cristo. 

Mas Wesley afirmou: "Não parece que esses dons extraordinários do Espírito Santo fossem comuns na Igreja por mais de dois ou três séculos ... A causa disso não era porque não havia ocasião para eles porque todo o mundo se tornou cristão.  A verdadeira causa foi [que] "o amor de muitos", quase todos os cristãos, assim chamados, estavam "gelados". Esta era a verdadeira razão pela qual os dons extraordinários do Espírito Santo já não se encontravam na Igreja cristã, porque os cristãos voltaram a ser pagãos e só restavam uma forma morta”.[2] 

O Espírito Santo, os dons e o fruto do Espírito não são opções que podemos ter como cristãos. São necessidades em nossa vida. 

Carlos Wesley afirmou: "O dia de pentecoste não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido que venha”.[3] Wesley acreditava que os dons do Espírito estão disponíveis para os cristãos hoje. Para ele os dons do Espírito são uma consequência natural da santidade genuína e da morada do Espírito de Deus no coração. E ele veio! 

Carlos e João Wesley tinham expectativa de um novo Pentecostes. Carlos Wesley dizia frequentemente: "O dia de pentecoste não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido que venha; e então você verá tantas pessoas santificadas como justificadas."[4] 

Em 1762, Wesley afirmaria que o Pentecostes finalmente havia chegado e ele viu alguns sinais como o progresso da obra missionária e uma verdadeira metamorfose na sociedade metodista em relação a perfeição cristã. 

O Autor

  

A pessoa e a obra do Espírito Santo 

 

Para Wesley, o Espírito Santo é tão importante que “as menores coisas não podem ser executadas sem a assistência de seu Espírito”.[5] 

Mas quando uma pessoa recebe o Espírito Santo? 

Com respeito à frase bíblica “receber o Espírito Santo”, Wesley insistiu que isso ocorre na justificação. Escrevendo a Joseph Benson em 28 de dezembro de 1770, respeitando a inteira santificação, ele o exortou a confirmar os irmãos "com todo zelo e diligência" de duas maneiras, primeiro, "mantendo firme o que eles alcançaram - a saber, a remissão de todos os seus pecados pela fé em um Senhor sangrento”, e em segundo lugar, “esperando uma segunda mudança, pela qual eles serão salvos de todo pecado e aperfeiçoados em amor”. Imediatamente após o segundo ponto, Wesley acrescenta este importante comentário. Se eles gostam de chamar isso de "receber o Espírito Santo", eles podem: apenas a frase nesse sentido não é bíblica e não é muito apropriada; pois todos eles “receberam o Espírito Santo” quando foram justificados. Deus então “enviou o Espírito de Seu Filho aos seus corações, clamando Abba, Pai”.[6] 

Para Wesley, “o Espírito Santo é dado para convencer os seguidores de Cristo desta verdade e capacitá-los a serem santos.”[7] 

A pneumatologia de Wesley (o estudo teológico do Espírito Santo) era trinitária em estrutura e incluía temas soteriológicos (salvação), epistemológicos (conhecimento) e escatológicos (últimos tempos).[8] 

João Wesley acreditava também na ‘personalidade’ do Espírito Santo. “Repetidamente faz uso de pronomes pessoais e imagens ao descrever o Espírito na relação com os seres humanos. Uma leitura dos Hinos dos Wesleys na trindade revela uma concepção do Espírito Santo como ‘uma presença viva, ativa, ‘pessoal’ que entra em uma amizade interpessoal intima com o homem (...).”[9] 

Mais do que um poder, uma energia ou um dom, o Espírito Santo é uma pessoa e faz parte da Trindade: Deus-Pai, Deus-Filho, Deus-Espírito Santo. Podemos dizer que Ele é Deus em nós.

Wesley disse assim sobre o Espírito Santo: “Creio no Espírito infinito e eterno de Deus, igual ao Pai e ao Filho, não somente perfeito em si mesmo, mas sendo a causa de toda a nossa perfeição. Aquele que ilumina nosso entendimento, retifica a nossa vontade e afeições, renova a nossa natureza, une a nossa pessoa com Cristo, dá-nos a certeza da nossa adoção como filhos, guia-nos em nossas ações, purifica a nossa alma e nosso corpo para gozo completo e eterno de Deus.”[10]

Wesley ensinou que o Espírito Santo é de "uma substância, majestade e glória, com o Pai e o Filho, muito e eterno Deus". Na carta acima, Wesley resume os atributos divinos do Espírito Santo ("infinito... eterno... perfeitamente santo em si mesmo") e seu status dentro da Cabeça de Deus ("igual com o Pai e o Filho") a fim de ressaltar seu papel como o agente divino da salvação, transmitindo aos crentes os benefícios salvadores do trabalho redentor de Cristo.[11] 

Wesley escreveu que “o autor da fé e da salvação é só Deus. É ele que opera em nós o querer e o fazer. É o único doador de todo dom perfeito e o único autor de toda a boa obra. Não há mais poder do que mérito no homem; mas como todo mérito está no Filho de Deus pelo que Ele fez e sofreu por nós, assim todo o poder está no Espírito de Deus. Por- tanto, todo o homem para crer para salvação, precisa receber o Espírito Santo. É isto essencialmente necessário a todo cristão, não para que opere milagres, mas para fé, paz, alegria e amor - os frutos comuns do Espírito”.[12]

Para Wesley: “O mesmo Espírito que conduz o pecador arrependido a Cristo e lhe permite confessar ´Jesus é Senhor´ (1Co 12.3) faz-nos não apenas andar uniformemente como Cristo andou (1Co 11.1) como também ter o mesmo sentimento que nele houve, a saber, o de esvaziar-se a si mesmo e identificar-se com  a nossa humanidade, nossa  miséria, nosso pecado e nossas contradições, a  fim de nos remir (...).”[13]

O Espírito Santo completa a obra justificativa e redentora do Pai e do Filho aos que creem.

“Wesley usou uma variedade de verbos para descrever a atividade salvífica do Espírito — permite, inspira, auxilia, respira, guias, assessores, confortos, assegura, unifica e santifica. Essas ações internas trazem o trabalho objetivo do Pai e do Filho para se concretizar na vida do povo de Deus. Como o Espírito de Deus e o Espírito de Cristo, o Espírito Santo aplica efetivamente a obra justificativa e redentora do Pai e do Filho aos corações dos crentes, efetuando sua recuperação na imagem divina”.[14]

Uma das orações de Wesley resume os papeis da Trindade na salvação:

"Agora, para Deus, o Pai, que primeiro nos amou, e nos fez aceitos no Amado; a Deus, o Filho, que nos amava, e nos lavou de nossos pecados em seu próprio sangue; a Deus, o Espírito Santo, que derramou o amor de Deus no exterior em nossos corações, ser todo amor e toda a glória no tempo e para toda a eternidade. Amém."[15]

 

O cessacionismo 

 

O cessacionismo é a crença de que os dons cessaram depois que os apóstolos morreram. 

“Cessacionismo é a visão cristã na qual se formula que parte dos chamados dons do Espírito Santo, apesar de terem sido de fundamental utilidade e importância nos primórdios da igreja cristã, cessaram de existir ainda no período da Igreja Primitiva”.[16] 

Para Wesley, “a grande razão pela qual os presentes milagrosos foram tão logo retirados foi não apenas que a fé e a santidade estavam bem perdidas, mas que os homens secos, formais e ortodoxos começaram então a ridicularizar quaisquer dons que não tinham e a chorar (Contra) todos eles como loucura maligna”.[17] 

Essa crença foi generalizada durante o tempo de João Wesley, que ensinou que os dons do Espírito permanecem. 

“Portanto, Wesley foi um dos precursores ao declarar a necessidade de que os dons sobrenaturais de Deus sejam vivenciados hoje. Wesley acreditava que não era possível apenas que as pessoas em seu tempo falassem em línguas e experimentassem os outros dons milagrosos do Espírito Santo, mas que era necessário!”[18]  

O derramar do Espírito ocorria nas ministrações de João Wesley porque havia a busca de santidade e clamor de todo coração. Wesley sabia que “(...) onde não se encontra o poder de Deus, o trabalho enfraquece.”[19] 

Havia manifestações espirituais e Wesley descrevia as pessoas como sendo fulminadas, feridas pela espada do Espírito, tomadas de fortes dores. Algumas caíam de joelhos, outras tinham estranhos acessos, mas ele registra ainda que a maioria era aliviada pela oração e alcançava a paz.[20] Mas isso não era ainda Pentecostes. 

Em 1749, Wesley relatou sobre algumas manifestações no final do culto: “Quando, enfim, despedi o povo com a benção, ninguém se mexeu; ficaram todos nos seus lugares, enquanto eu ia passando no meio deles. Logo se ouviu uma pessoa que gritou: ´Meu Deus, meu Deus, tu te esquecestes de mim´. Tendo dito isto, caiu no chão. Oramos a Deus em favor dela. Seus gritos junto com de muitos outros, clamando a Deus, se aumentaram. Mas nós continuamos lutando com Deus em oração, até que Ele nos atendeu com a paz.”[21] Mas isso não era ainda Pentecostes. 

Wesley fala de um avivamento ocorrido em 1767 em Cork: “Estive aqui quando a chama do avivamento estava mais alta, e preguei ao ar livre, no centro da cidade e no lado sul, perto do quartel, e diversas vezes em Blackpool, que fica ao norte. Mais e mais interessados, e houve aqui avivamento maior do que em qualquer outra parte do reino”.[22] 

Wesley acreditava que o Pentecostes traria transformações profundas e muitas pessoas seriam justificadas e santificadas. 

Era comum o avivamento, reavivamento, derramar do Espírito ou Pentecostes no movimento metodista. Wesley disse: “Aprouve a Deus derramar Seu Espírito em todas as partes, tanto na Inglaterra como na Irlanda, e de uma maneira tal que nunca sequer vimos antes, pelo menos nestes últimos vinte anos.”[23] 

O avivamento em Dublin foi o mais notável para Wesley. Teve início com um pregador chamado João Manners, pessoa singela e sem eloquência, mas que parecia destinada a essa obra. 

João Wesley descreveu o que viu: “Essa gente está tomada pelo fogo divino; nunca presenciei dias como o domingo passado. Enquanto orava na sociedade, o poder de Deus tomou conta de nós completamente, e alguns exclamavam em voz alta, ‘Senhor, já posso crer.”[24] 

Ele pregou em cima do túmulo de seu pai, por ter sido impedido de pregar no templo anglicano, em Epworth: “Neste local, algumas vezes, sua voz era abafada pelo choro e clamor dos ouvintes e diversos caíram como se estivessem mortos. Ele disse: Meu pai trabalhou aqui durante quase 40 anos; mas houve pouco fruto. Eu sofri também entre este povo, e parecia que os meus esforços eram feitos em vão, mas os frutos aparecem agora.”[25] 

Samuel Wesley, seu pai e pastor, havia dito para João Wesley esperar porque o Pentecostes viria. O Pentecostes também é possível em nossos dias. Ele pode demorar, mas se perseverarmos e o buscarmos dentro dos princípios bíblicos, ele virá. 

 

Pentecostes no meio do povo metodista 

 

Wesley acreditava que o derramamento do Espírito escatológico acabaria por inaugurar o reinado milenar de Cristo. 

“Assim como outros evangélicos primitivos, Wesley acreditava que o Renascimento Evangélico era um novo Pentecostes, um novo derramamento do Espírito escatológico que acabaria por inaugurar o reinado milenar de Cristo. Uma das principais hermenêuticas de seu pós-milênio foi a ideia de que a maneira de entender como Deus vai trabalhar no futuro é olhar como ele trabalhou no passado.  Desde que o reino da graça estabelecido na primeira vinda de Cristo incluiu um grande derramamento do Espírito em Pentecostes, Wesley ensinou que antes do estabelecimento do reino da glória no retorno de Cristo haverá um derramamento final do Espírito em todas as nações”.[26] 

Pregando na Universidade de St. Mary's, Oxford, em 1744. Wesley descreveu o derramamento do Espírito baseado em Atos 4.31: "E todos estavam cheios do Espírito Santo’, Wesley descreveu como a igreja cristã começou no dia de Pentecostes com um grande derramamento do Espírito, trazendo novo nascimento e plenitude do amor divino. Vivendo vidas sagradas caracterizadas por boas obras, esses primeiros cristãos testemunharam a fé e, desta forma, a fé passou de um indivíduo para outro até que o "reino de Deus se espalhou cada vez mais" em várias partes do mundo. Da mesma forma, Wesley declarou que Deus um dia cumprirá sua promessa de cristianizar as nações do mundo, enchendo-as com o Espírito Santo”.[27]     

Os metodistas experimentaram o derramamento do Espírito. “Foi por estarem em oração que houve uma manifestação grande do poder de Deus sobre diversos metodistas no dia 1º de janeiro de 1739. Wesley disse: “Pelas 3 horas da manhã, enquanto nos mantínhamos em oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, de tal modo que muitos clamaram de indizível alegria, e muitos caíram por terra.”[28]  

Para João Wesley, o pentecostes, missão e santidade estão interligadas: “Nosso Pentecoste finalmente chegou’, disse em 1762, ao contemplar os progressos da obra missionária. Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades testificaram que foram libertos de todo pecado. Em Liverpool, a sociedade passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição.”[29] 

Em 1781, Wesley publicou na Revista Arminiana um texto do metodista Joseph Benson, que disse: “Admitindo que (eu penso) nem a Razão, nem as Escrituras nos proíbem de aceitar que Deus pode, e que Ele frequentemente o faz instantaneamente assim batizar uma alma com o Espírito Santo, e com fogo, de maneira a purificá-la de toda impureza, e refiná-la como ouro; de maneira a renová-la no amor, no amor puro e perfeito, como ela nunca fora antes.”[30]

 

Para Wesley, Pentecostes é amor entronizado no coração. “Em seu sermão ‘Sobre o Zelo’ (1781), Wesley disse: ‘Esta é aquela religião que nosso Senhor estabeleceu sobre a terra, desde a descida do Espírito Santo no dia de Pentecoste … amor entronizado no coração’ [= inteira santificação].”[31]

 

O derramamento do Espírito

 

João Wesley registrou no diário diversos momentos em que eles clamaram e perseveraram até que o Espírito do Senhor fosse derramado. Dentre esses relatos, estão:

- 10/07/1767: "(...) Deus respondeu às nossas orações. Parecia que as portas do céu foram abertas;"[32]

- 09/10/1768: "(...) não cessaram de clamar a Deus enquanto não foram atendidos. Deus lhes transbordou o coração de alegria."[33] 

- 19/05/1769: "(...) oramos por avivamento no trabalho do Senhor (...) desta feita Deus tocou o coração do povo, e até o coração daqueles que estavam mortos no pecado."[34] 

João Wesley escreveu em seu diário diversas experiências que as comunidades metodistas tiveram com o Espírito Santo, no século 18, dentre elas: 

- Janeiro, 1, 1739. “Mr.Hall, Kinchin, Ingham, Whitefield, Hutchins e meu irmão Carlos estavam presentes 'a nossa festa de amizade em Fetter Lane, com mais sessenta de nossos irmãos. Pelas 3 horas da manhã, enquanto nos mantínhamos em oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, de tal modo que muitos clamaram de indizível alegria, e muitos caíram por terra. Logo que recobramos um pouco daquele espanto e do temor que nos sobreveio da presença da Majestade Divina, entoamos em uma só voz: ´Louvamos-Te, ó Deus, reconhecemos a Ti como Senhor."[35] 

O historiador metodista Richard Paul Heitzenhater disse:  "Essas demonstrações da obra do Espírito Santo levaram Wesley a refletir sobre sua própria vida espiritual afirmando que no passado ele não era um cristão, ‘pois um cristão é alguém que tem os frutos do Espírito de Cristo,’[36] o que ele afirmava não ter tido no passado. 

Sua mente foi aberta mais nesse ano ao ler as obras do avivalista Jonathan Edwards e percebeu novas possibilidades da ação do Espírito entre o povo. 

Reavivamento de Bristol em 1739    

Visitando Britol, Wesley registrou em seu diário que em muitas ocasiões as pessoas foram ´fulminadas', ´feridas pela espada do Espírito'.

Wesley diz que elas foram “tomadas de fortes dores' ou ´caiam de joelhos' nas reuniões da sociedade; a mesma coisa  começou a acontecer ocasionalmente nos ofícios públicos em Newgate e em outros lugares."[37]      

 Esse fato era comum com o mover do Espírito, naquele tempo. "(...) em Bristol, João Wesley viu a ação do Espírito da maneira que havia apenas lido na descrição de Jonathan sobre o reavivamento na Nova Inglaterra."[38]

Manifestação do poder de 1750

Wesley escreveu em seu diário, em 18 de fevereiro de 1750:

"Hoje, também, onde nos reunimos, Deus manifestou seu poder; mas particularmente em nossa Festa de Amor. A simplicidade com que muitos falaram, declarando a maneira como deus lhes tinha falado, inflamou o coração de outros; e a chama se espalhou mais e mais, e, tendo ficado quase uma hora mais do que o costume, estávamos constrangidos por ter de separar-nos."[39]

O Pentecostes de 1762

Em 1761 já havia um avivamento nas sociedades. A melhor prova era de que levavam a sério a Missão. Em Dublim, o avivamento foi grande promovido por um pregador chamado João Manners. "Essa gente está tomada pelo fogo divino",[40] afirmou Wesley.      

Apesar disto, ele escreveu em 28 de outubro de 1762, em seu diário sobre afirmações de seu irmão Carlos Wesley: "O dia de pentecoste não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido que venha; e então você verá tantas pessoas santificadas como justificadas."[41]

Em 1762 foi notório o mover do Espírito Santo. Wesley afirmou: "Aprouve a Deus derramar seu Espírito este ano."[42] Foi um avivamento contínuo por  mais de 20 anos. O avivamento começou em uma reunião caseira para oração, cântico de hinos e conversas sobre a necessidade de santificação.[43]

"Nosso Pentecoste finalmente chegou,"[44] afirmou Wesley, em 1762, "ao contemplar os progressos da obra missionária. Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades testificaram que foram libertos de todo o pecado. Em Liverpool, a sociedade passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição, e Wesley achou ali um notável crescimento da piedade na maioria dos cristãos."[45] 

A expectativa sobre a vinda do Pentecostes metodista “foi dramaticamente cumprida entre os anos 1758-1763. No final do último ano, Wesley refletiu: ‘Aqui, fiquei de pé e olhei para trás sobre as ocorrências tardias. Antes de Thomas Walsh ter deixado a Inglaterra em 13 de abril de 1758, Deus havia começado esse excelente trabalho que Ele continuou desde então sem qualquer intervalo considerável. Durante todo esse tempo, muitos foram convencidos do pecado, muitos justificados e muitos desviados curados. Mas o trabalho peculiar desta temporada foi o que São Paulo chama de ‘o aperfeiçoamento dos santos’. Muitas pessoas em Londres, em Bristol, em York, e em várias partes da Inglaterra e da Irlanda, experimentaram uma tão profunda e universal mudança que antes não tinham imaginado entrar em seus corações. Depois de uma profunda convicção de pecado inato, de sua queda total de Deus, eles foram tão cheios de fé e amor (e geralmente em um momento), que o pecado desapareceu” (...).[46]

Contudo, os anos de Pentecostes também foram anos de provações para Wesley em relação ao clero anglicano e a unidade entre os metodistas.

Mas havia a graça de Deus. Em seu diário, em 28 de abril de 1762, ele escreveu que após o sermão tiveram uma Festa de Amor: "Foi hora deliciosa. Deus derramou abundantemente seu Espírito sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação."[47]

Reavivamento em Weardale em 1772

Em Weardale, a característica da ação do Espírito Santo era semelhante aos outros reavivamentos: surgimento inesperado, rápido progresso, grande número de conversões, emoções violentas e o povo simples que o liderou.

A diferença foi que "este era um verdadeiro reavivamento do trabalho, não um começo; o povo foi despertado e justificado em tempo muito mais curto; um número maior foi convertido; o número de visões e revelações ´fatalmente fabricadas pelo diabo' foi bem menor; e o grupo de liderança incluía três pregadores itinerantes que foram ´renovados em amor.”[48]

Encorajando ao reavivamento em 1784

Wesley encorajou os metodistas da Nova Inglaterra (Estados Unidos) a passarem pelo reavivamento como ocorria na Inglaterra. Ele disse: "Verdadeiramente esses são os símbolos de nossa missão, prova de que Deus nos enviou. Sessenta mil pessoas volvendo suas faces para o céu, e muitas delas se regozijando em Deus Seu salvador."[49] 

Mark K. Olson [50]disse: “Wesley observou que esse reavivamento tinha durado mais de cinquenta anos e ainda estava crescendo.  Para Wesley, isso significava que o Renascimento Evangélico era único na história da igreja como o "início de uma obra muito maior — o início da "glória dos últimos dias— quando o "grande Pentecostes" acontece e todas as nações estarão "cheias do Espírito Santo". Então, na nova criação, a obra salvadora do Espírito será concluída quando o resgatado desfrutar do imago Dei totalmente restaurado (...) estado de santidade e felicidade muito superior ao que Adão desfrutava no paraíso". [51] 

 

O poder do Espírito Santo 

 

Wesley "definiu a graça simplesmente como 'o poder do Espírito Santo nos permitindo acreditar e amar e servir a Deus'".[52] 

Para Wesley, o Espírito Santo passa a habitar no coração daquele que crê em Jesus. 

Segundo ele, “(...) todos os cristãos têm esse Espírito”.[53] 

E mais: “Wesley acreditava e buscava o poder do Espírito. Ele sabia que onde há falta do poder de Deus, a obra enfraquece, mas ele combateu o fanatismo. Em seu Diário, em 3 de abril de 1786, ele relata vários tipos de comportamento fanático que ele testemunhou durante sua vida. Apesar de discordar dessas práticas, Wesley acredita que os fanáticos não devem ser corrigidos com dureza, mas com gentileza e amor.”[54] 

Para Wesley, o Espírito Santo pode vir sobre as pessoas “como uma torrente enquanto experimentam o poder dominador da graça salvadora (...). Mas Ele opera em outros de maneira muito diferente: Ele exerce a sua influência de maneira delicada, refrescante como o orvalho silencioso.”[55] 

Wesley passou por diversas experiências fortes. Numa delas, ele disse: “O amor de Deus foi derramado no meu coração, e uma chama acendeu-se lá, com dores tão violentas, mas tão arrebatadora, que meu corpo estava quase despedaçado. Eu amei. O Espírito chorou forte em meu coração. Eu suava. Eu tremia. Eu desmaiei. Eu cantei (...)”.[56] 

Para falar da ação e do poder do Espírito Santo em nossas vidas, a Bíblia utiliza diversas expressões. Estas expressões procuram falar do grande significado e função do Espírito Santo em nossas vidas, dentre as principais estão:       

Os metodistas foram os primeiros a usar a frase batismo do Espírito Santo aplicado a uma segunda e santificadora graça (experiência) de Deus.[57] 

Wesley não acreditava que falar em línguas era um sinal do batismo do Espírito Santo.[58] Ele viu os dons do Espírito como uma parte natural da experiência cristã conectando-a com a doutrina da santificação.[59] 

Wesley nunca colocou uma ênfase particular em nenhum dom. Todos tinham o mesmo nível de importância. Wesley afirmou que, após a justificação, o Espírito dá um dom ou talento, mas um homem santificado recebe muito mais.[60] 

“A afirmação de Wesley sobre os dons e manifestações do Espírito não era meramente teórica. Sua insistência sobre os dons do Espírito também resultou dos primeiros dias do avivamento metodista (1739-1759), onde muitos indivíduos em Londres, Oxford e Bristol relataram curas sobrenaturais, visões, sonhos, impressões espirituais, poder em evangelização, concessão extraordinária de sabedoria” etc.[61] 

“Wesley acreditava na continuidade dos dons, carismas e revelações especiais. Eles são úteis para a edificação da igreja, impressionando e convertendo almas para Cristo e para predizer eventos futuros. No entanto, estes não servem o propósito de estabelecer a fé e doutrina. Para Wesley, a base da fé e doutrina é a certeza da Palavra de Deus (...).”[62] 

Wesley acredita que há um batismo com vários graus. “Todos os crentes são batizados com as graças santificantes do Espírito (frutos comuns), mas apenas alguns selecionados com os dons extraordinários. Essas categorias gêmeas guiam a interpretação de Wesley sobre todas as principais passagens de batismo espiritual no livro de Atos. Apenas três versos depois Jesus promete dar poder dotado do Espírito aos seus discípulos (1:8). Wesley observa que esse poder é para pregar (dom) e sofrimento (graça). Mais tarde, quando Pedro disse à multidão para se arrepender, ser batizado, e eles receberiam o Espírito (2:38-39), Wesley esclarece que essa promessa não se refere ao dom das línguas (dom extraordinário), mas aos "constantes frutos da fé, até mesmo da justiça, da paz e da alegria no Espírito Santo" (graças santificantes). Em Atos 6:3 Wesley observa que os sete diáconos recebem uma "grande medida tanto dos dons quanto da graça de Deus". No Atos 8:15 Wesley pergunta se a recepção samaritana do Espírito se refere aos "dons milagrosos do Espírito, ou suas graças santificantes?" Sua resposta é simples: "Provavelmente em ambos." Finalmente, aos Atos 19:2 Wesley explica a pergunta de Paulo aos discípulos de João ("Vocês receberam o Espírito Santo desde que acreditavam?") para se referir tanto às graças santificantes do Espírito quanto aos dons extraordinários.[63] 

 

Os dons do Espírito Santo 

 

Wesley acreditava que os dons espirituais estavam disponíveis para a sua época. "Um estudo cuidadoso das Obras de Wesley e, em particular, das vidas dos primeiros pregadores metodistas revela evidências que todos os dons espirituais listados em 1 Coríntios 12: 8-10 foram exercidos, com a única exceção da interpretação das línguas.”[64] 

A ênfase maior de Wesley era no fruto do Espírito. “Wesley ensinou que nosso Pai celestial quer que seus filhos sejam preenchidos com "aqueles santos 'frutos do Espírito'" que lhes permitem crucificar a carne com suas paixões e desejos e crescer à semelhança de Cristo até que o amor perfeito seja alcançado, até mesmo uma "salvação completa de todos os nossos pecados”.[65]

Explicando sobre o termo “Operações”, em 1 Coríntios 12.6, ele explica: “Efeitos produzidos. Esta palavra é de maior extensão do que qualquer um dos primeiros. Mas é o mesmo Deus que trabalha todos esses efeitos em todas as pessoas em causa”.[66] 

Wesley acreditava que os dons “estão disponíveis para os cristãos hoje”.[67] Para ele os dons do Espírito são uma consequência natural da santidade genuína e da morada do Espírito de Deus no coração.[68]  Ele falava dos dons extraordinários e comuns do Espírito. Os primeiros são ocasionais e especiais; o segundo é comum a todos os crentes.[69] 

Segundo Wesley, “os ‘dons comuns’ incluíam ‘discurso convincente’, persuasão, conhecimento, fé, ‘elocução fácil’ e pastores e professores como ‘oficiais comuns’.  Entre os ‘dons extraordinários’ que ele incluiu cura, milagres, profecia (no sentido de prever), o discernimento dos espíritos, falar em línguas, e a interpretação de línguas. Ele descreve os apóstolos, os profetas e os evangelistas como ‘oficiais extraordinários."[70]  

João Wesley fazia uma clara distinção entre os dons como curas, milagres, falar em línguas e os frutos comuns. 

“Os primeiros são dados com moderação, diz Wesley, mesmo na era apostólica, mas este último é o privilégio para todos os crentes. Wesley então desenha uma imagem romântica da igreja apostólica como uniformemente aperfeiçoada no amor e na fé.  Mas esta última descrição nos aponta na mesma direção que encontramos na Perfeição Cristã”. [71] 

Wesley via a importância de uma série de dons espirituais, dentre eles: Expulsar demônios; falar novas línguas; curar os enfermos; profecia, predizendo coisas por vir; visões; sonhos divinos; discernimento dos espíritos etc.[72] 

Ele cita alguns fatos relacionados a expulsão de demônios, dentre eles: “Um homem, com o nome de John Haydon, teria lido um sermão, quando ‘mudou de cor, caiu da cadeira e começou a gritar terrivelmente e a bater-se contra o chão’. Wesley chegou à cena apenas para ser acusado pelo demônio como ‘um enganador do povo’. O demônio fingiu ser uma manifestação do Espírito Santo na esperança de transformar as pessoas contra Wesley, mas Wesley lutou. Ele e todos os outros lá começaram a orar. Logo, as dores de Haydon cessaram e seu corpo e alma ficaram livres.”[73] 

 

Os 12 dons do Espírito 

 

Para Wesley, todo os dons do Espírito estão disponíveis para os que creem. 

Em seus comentários, ele explica sobre cada um dos dons relacionados em 1 Coríntios 12: 

A Palavra de Conhecimento 

João Wesley descreve o dom do conhecimento como "uma capacidade extraordinária de compreender e explicar os tipos de profecias do Antigo Testamento”.[74] 

Em uma ocasião, Wesley escreveu: "Não confie em visões e sonhos; dentro de impressões repentinas, ou forte impulso de qualquer tipo. Lembre-se, não é por estes que você deve saber qual é a vontade de Deus em qualquer ocasião particular; mas por aplicar a simples regra das Escrituras, com a ajuda da experiência e razão, e a assistência comum do Espírito de Deus."[75] 

A Bíblia é o fundamento, mas Wesley acreditava que sonhos e visões podem vir de Deus: “(...) um dos maiores usos de visões e sonhos de Deus para Wesley foi o poder para converter os indivíduos que a experimentam e os indivíduos que ouvem o testemunho dessa poderosa experiência.”[76] 

 A Palavra de Sabedoria 

Em suas anotações em 1 Coríntios 12, Wesley define o dom da sabedoria como "um poder de compreender e explicar a múltipla sabedoria de Deus no grande esquema da salvação dos evangelhos."[77] 

A Fé 

Wesley sustentou que o dom da fé difere de uma fé geral. “O dom especial da fé é uma ‘extraordinária’ confiança em Deus nas circunstâncias mais difíceis ou perigosas."[78] 

Dons de Cura 

Wesley acreditava plenamente na cura pela oração. “Ele orou muitas vezes por sua própria recuperação e registrou que Deus o curou de muitas enfermidades em sua vida. Wesley descreve que uma noite, na capela, seus dentes estavam muito prejudicados. Ele orou e “minha dor cessou e não voltou mais.”[79] 

Ele experimentou outras curas: “Em 10 de maio de 1741, Wesley ficou bastante doente. Ele tinha dor na cabeça, bem como nas costas, febre e tosse que era tão grande que dificilmente podia falar. Mas então um milagre aconteceu com Wesley enquanto ele ‘invocava Jesus em voz alta’. Enquanto falava, sua dor desapareceu, a sua febre se afastou e sua força voltou. E, além disso, ele não sentiu nenhuma fraqueza ou dor por muitas semanas depois.”[80] 

Mas Wesley acreditava também que “o dom da cura não precisa ser completamente confinado às doenças de cura com uma palavra ou um toque. Pode também exercer-se, embora em menor grau, onde os remédios naturais são aplicados; E muitas vezes pode ser essa, não habilidade superior, o que torna alguns médicos mais bem sucedidos do que outros”.[81] 

Em 25 dezembro de 1742, Wesley orou por um homem em seu leito de morte que foi recuperado.  

Em 16 outubro de 1778, uma mulher estava doente por sete meses.  Imediatamente ficou recuperada depois que ele visitou e orou por ela.[82]  

Operações de milagres 

Nas suas notas explicativas da Bíblia, para a passagem de Marcos 16. 17, Wesley registra uma de suas experiências na cidade de Leonberg, onde um aleijado foi curado através da pregação deste texto.[83] 

Wesley cita um fato ocorrido com o Sr. Sr. Meyrick como um milagre: “Eu subi e achei todos eles chorando sobre ele, suas pernas estavam frias e (como parecia) já estavam mortas. Todos nos ajoelhamos e invocamos Deus com fortes gritos e lágrimas. Ele abriu os olhos e me chamou. E, a partir daquela hora, continuou a recuperar a força, até restaurar a saúde perfeita”.[8

Profecia 

No seu sermão “O caminho mais excelente”, Wesley explica o que entende por profecia: “(...) profetizar (no sentido apropriado da palavra; ou seja, predizer coisas vindouras).[85] Nas Notas do Novo Testamento sobre 1 Coríntios 12, ele diz: “Profecia - Preconiza coisas por vir.”[86] 

Wesley testava os profetas para saber se a mensagem vinha de Deus. Para ele um dos benefícios da profecia “é a previsão do futuro, o que é benéfico para toda a comunidade”.[87] 

No entanto, em suas Notas do Novo Testamento sobre Romanos 12.6: “Se alguém tem o dom de profetizar, use-o na proporção da sua fé”, Wesley afirma: “(...) parece aqui significar o dom comum de expor as escrituras. Profetizemos de acordo com a analogia da fé - São Pedro expressa, ‘como os oráculos de Deus’ (...).”[88] 

Pela profecia, explica Wesley: “Os segredos de seu coração são manifestados - Colocado aberto, claramente descrito; de uma maneira que para ele é mais surpreendente e totalmente inexplicável. Quantos casos são vistos neste dia! Deus ainda aponta sua palavra”.[89]   

Discernimento de espíritos 

Nas suas anotações de 1 Coríntios 12, Wesley menciona o “dom de discernimento ‘que segundo ele representa habilidade para saber’ se os homens são de um espírito reto ou não; se eles têm dons naturais ou sobrenaturais para ofícios na igreja; e se eles que professam falar por inspiração falam de um espírito divino, natural ou diabólico."[90]

Variedade de Línguas  

O pregador metodista Thomas Walsh, em 8 de março de 1750, escreveu sua experiência com o dom de línguas: "Esta manhã, o Senhor me deu um idioma que eu não conhecia, levando minha alma a Ele de uma maneira maravilhosa."[91] 

Wesley acreditava na continuação para todos os tempos do dom de línguas e outros dons do Espírito Santo referidos na Bíblia. 

Ele disse: “É acionado por esse Espírito, de modo a falar com línguas, curar doenças ou expulsar demônios”.[92]           

Capacidade de interpretar línguas 

Os dons espirituais foram exercidos pelos metodistas do tempo de Wesley.  Um estudo sobre os primeiros pregadores metodistas revela evidências que todos os dons espirituais listados em 1 Coríntios 12: 8-10 foram exercidos, com a única exceção da interpretação das línguas.”[93]     

 

O Espírito Santo e a santidade

 

 

"Wesley identificaria o fruto do Espírito como as marcas essenciais da verdadeira religião em vez dos dons do Espírito."[94]

Wesley adverte seu povo contra o perigo de medir a espiritualidade pelos dons do Espírito, mesmo os extraordinários:

"Cuidado com essa filha de orgulho, entusiasmo. Às vezes, também é o pai do orgulho. Ó, mantenha-se na distância mais longe dele! Não dê lugar a uma imaginação aquecida. Não atribua a Deus o que não é de Deus. Não supõe facilmente que sonhos, vozes, impressões, visões ou revelações sejam de Deus, sem provas suficientes. Eles podem ser puramente naturais: podem ser diabólicos. Lembre-se, portanto, da cautela do apóstolo: "Amado, não acredite em todos os espíritos, mas tente os espíritos, sejam eles de Deus." [95]

Wesley adverte seu povo que os dons extraordinários podem vir de Deus, da natureza humana, ou mesmo de Satanás.

João Wesley, em seu sermão O Cristianismo Bíblico, pregado em 24 de agosto de 1744, em Oxford, comenta sobre os motivos da manifestação do Espírito Santo a todos os cristãos, entre eles, após realizar mudança interior,  levar a andar no trabalho de amor.

Wesley disse: “Conceder-lhes ( o que ninguém pode negar seja essencial a todos os cristãos, em todos os tempos), a mente que havia em Cristo; os santos frutos do Espírito, os quais, não os tendo alguém, esse tal não lhe pertence; teve em vista enchê-los de ‘caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade (Gál, V:22-24); dotá-los de fé (talvez esta ideia melhor se expresse pelo termo fidelidade), com humildade e temperança; habilitá-los a crucificar a carne, com suas feições e cobiças, suas paixões e desejos; e em consequência da mudança interior, assim assegurada, preencher toda justiça exterior, ‘andar como Cristo também andou na ‘obra da fé, na paciência da esperança, no trabalho de amor’ (! Tes.I:3).[96]

Wesley diz: “Ele é a grande fonte de santidade para a sua Igreja; o Espírito de quem fluem toda a graça e toda virtude pelas quais as manchas da culpa são lavadas, e somos renovados em todas as disposições santas, e de novo trazemos a imagem de nosso Criador.”[97]           

Wesley foi um dos líderes que mais falou em santidade, santificação e perfeição cristã. Para ele, o crente pode alcançar, inclusive, a santificação completa.           

Ele disse que conheceu um grande número de pessoas de todas as idades e sexos que foram santificadas totalmente, isto é, "lavados de toda impureza da carne e do espírito", de modo que "amavam ao Senhor seu Deus de todo o seu coração, alma e força", que continuamente "apresentavam as suas almas e os corpos num vivo, santo e aceitável sacrifício a Deus", e, em consequência disso, "regozijavam-se sempre, e orando sem cessar e em tudo davam graças."[98]

Aqui vemos a vida liberta do pecado; cheia de amor; dedicando-se ao seu Senhor, constantemente alegre, orando sem cessar e em tudo davam graças.           

O Pentecostes no movimento metodista entre os anos de 1758-1963, para Wesley, foi “o aperfeiçoamento dos santos’. Muitas pessoas em Londres, em Bristol, em York, e em várias partes da Inglaterra e da Irlanda, experimentaram uma tão profunda e universal mudança que antes não tinham imaginado entrar em seus corações. Depois de uma profunda convicção de pecado inato, de sua queda total de Deus, eles foram tão cheios de fé e amor (e geralmente em um momento), que o pecado desapareceu (...)”.[99] 

Wesley disse que eles descobriram que a partir desse momento estavam sem orgulho, raiva, desejo ou incredulidade. Então, eles podiam sempre se alegrar, orar sem cessar e em tudo dão graças. 

Para Wesley, a santificação deve ser buscada.

 Para ele, devemos esperar pelo “cumprimento da promessa na obediência universal; em guardar todos os mandamentos; negando a nós mesmos, e assumindo a cruz diariamente. Estes são os meios gerais que Deus ordenou para recebermos a sua graça santificadora. As particularidades são a oração, buscando as Escrituras, a comunicação e o jejum."[100]  

Wesley acreditava numa segunda experiência espiritual. 

“A pregação da inteira santificação foi convenientemente descrita como ‘um evangelho não apenas para os pecadores, mas para os salvos’. Foi um desafio para a segunda geração de metodistas ‘descobrir altos níveis de santidade pessoal e novas fontes de poder espiritual em uma segunda experiência religiosa pessoal como definitiva e crítica como a experiência cristã inicial’. A possibilidade de uma vida superior da graça veio como uma novidade para a segunda geração de metodistas.”[101] 

Esta possibilidade de “altos níveis de santidade pessoal e novas fontes de poder espiritual” está disponível também a todos nós hoje que cremos no Senhor Jesus Cristo. 

“No sermão de 1741, Christian Perfection, Wesley faz uma distinção nítida entre os privilégios dos antigos e novos pactos. Apontando para as palavras de Jesus em João 7:37-39; Wesley demarca o novo pacto do velho pelo dom do Espírito. Mas esse dom, argumenta Wesley, não se refere ao poder de trabalho milagroso do Espírito, porque os discípulos já possuíam esse poder antes do dia de Pentecostes. Em vez disso, o que Jesus prometeu foram as graças santificantes do Espírito: ‘Quando o dia de Pentecostes estava totalmente chegado... eles que 'esperaram pela promessa do Pai', foram feitos mais do que conquistadores sobre o pecado pelo Espírito Santo dado a eles.’  Esta ligação explícita de Pentecostes com a perfeição cristã pode possivelmente abrir caminho para identificar graus dentro de sua doutrina de batismo espiritual.”[102] 

Na teologia da perfeição de Wesley o “batismo espiritual está relacionado com a perfeição cristã. Pois a vontade de Deus é que todo o seu povo seja preenchido com o Espírito Santo, e isso significa estar cheio de amor sagrado. No entanto, há outra dimensão do batismo espiritual dada a alguns poucos selecionados: a confiscação de dons extraordinários para o propósito do ministério do Reino e expansão.[103]


[1] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p.105.

[2] E. H. Sugden. The Standard Sermons of John Wesley' por Vol. I '. https://www.cai.org/bible-studies/scriptural-christianity-john-wesley.cf. http://enrichmentjournal.ag.org/201103/201103_000_holy_sp.cfm

[3] BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do Diário de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista, 1065, p.130.

[4] BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do Diário de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista, 1965, p.130.

[5] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, p. 88.

[6] https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1773&context=asburyjournal

[7] Idem.

[8] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[9]STAPLES, Rob L. John Wesley’s doctrine of the hole Spirit. https://iliff.instructure.com/courses/1439137/files/.../download?.

[10] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, p. 91-92

[11] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[12] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, p. 86-87.

[13] REILY, Duncan Alexander. “João Wesley e o Espírito Santo”  em História, Metodismo, Libertações, Ibidem, p. 18.

[14] https://wesleyscholar.com/the-doctrine-of-justification-in-the-early-wesley/

[15] Idem.

[16] https://pt.wikipedia.org/wiki/Cessacionismo

[17] http://www.alaskandreams.net/ekklesia/Wesley%20Quotes.htm

[18] Andrew Williams. Publicado por Duke Lancaster. John Wesley e o sobrenatural. http://www.vineyardjackson.org/blog/wesley.

[19] WESLEY, João. Trechos do diário de João Wesley, ibidem, p.115.

[20] Ibidem,, p.37-8.

[21] Ibidem, p.84.

[22] Ibidem, p.156.

[23] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997p.217.p.217.

[24] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997p.217p.218.

[25]  FISCHER, Harold A. Avivamentos que avivam. Ibidem, p.102.

[26] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[27] Idem.

[28] WILLIAM, Allen. A História dos avivamentos religiosos. Casa Publicadora Batista, 1958, p.32

[29] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley - Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997.p.217.

[30]http://www.johnwesley-izildabella.com.br/2016/01/27/john-fletcher-redescoberto/Laurence W. Wood, Ph. D.Frank Paul Morris Professor of  Systematic Theology Asbury Theological Seminary.

[31] Idem.

[32] BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo, Imprensa Metodista, 1965, p. 99

[33] Idem.

[34] Idem

[35] WILLIAM, Allen. A História dos avivamentos religiosos. Casa Publicadora Batista, 1958, p.32

[36] HEITZENHATER, Richard P. Wesley e o povo chamado Metodista. São Bernardo do Campo-Rio de Janeiro: Editeo-Pastoral Bennett, 1986,  p.90

[37] Idem, p.100-101.

[38] Idem, p.102.

[39] Idem, p.103.

[40] Idem, p.218.

[41] Idem, p.130.

[42] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 217.

[43]Ward & Heitzenrater, Works, Volume 21, 438–439.https://www.lcoggt.org/Articles/methodist_pentecost.htm

[44] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p. 217.             

[45] Idem.

[46]Ward&Heitzenrater, Works, Volume 21, 438–439. https://www.lcoggt.org/Articles/methodist_pentecost.htm.

[47] LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p.105.

[48] Idem, p.249.

[49] Idem, p.293.

[50] “Mark atua como instrutor adjunto na Nazareno Bible College e na Indiana Wesleyan University, e é editor-chefe da wesleyscholar.com”. É autoir de livros, como “Wesley e Aldersgate: Interpretando Narrativas de Conversão”. www.mwrc.ac.uk/mark-olson

[51] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[52] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[53] http://wesley.nnu.edu/john-wesleyjohn-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII

[54] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 60.

[55] BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo, Imprensa Metodista, 1965, p.95.

[56] Jamin Bradley citando The Works of John Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/

[57] Conferência Geral: "Diretrizes: a Igreja Metodista Unida e a Renovação Carismática ", 1976. http://www.umc.org/what-we-believe/guidelines-the-umc-and-the-charismatic-movement.

[58] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 68.

[59] Idem, p. 69.

[60] Idem, p.58.

[61] Idem, p. 58.

[62] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 70.

[63] https://wesleyscholar.com/https-wesleyscholar-com-john-wesleys-doctrine-of-the-baptism-with-the-holy-spirit-an-exegetical-study-

[64]Conferência Geral da UMC. Diretrizes: A UMC e o Movimento Carismático, 1976. Fonte Davies e Peart, O Movimento Carismático e o Metodismo, 2. http://www.umc.org/what-we-believe/guidelines-the-umc-and-the-charismatic-movement

[65] https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-holy-spirit/

[66] http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII

[67] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais). Dojcin Zivadinovic, Ph.D. Candidato à História da Igreja (Andrews University), p.70.

[68] Ibid, p.58. In Wesley, “The More Excellent Way,” (1787) in Works of the Rev. John Wesley, 12 vols. (London: Wesleyan Conference Office, 1872), 7:27 [hereafter referred to as WRJW]. See Wesley’s early longings for Fruits of the Holy Spirit in his diary entry of August 12, 1738 in WRJW 1:120ff; January 4, 1739 in WRJW 1:170-72. See also the entire sermon 4, “Scriptural Christianity,” August 24, 1747, in WRJW 5:37-52.

[69] E. H. Sugden,'The Standard Sermons of John Wesley', Vol. I . https://www.cai.org/bible-studies/scriptural-christianity-john-wesley.

[70] Notas Explicativas , p. 625 (1 Corintios 12:31). Observe seu comentário sobre cura, p. 623.   Veja também o Sermão, "O caminho mais excelente", Works (Jackson), 7:27; Notas Explicativas , p. 713 (em Eph. 4: 8-11). http://www.swartzentrover.com/cotor/e-books/freemeth/flame/tdf04.html.

[71] https://wesleyscholar.com/https-wesleyscholar-com-john-wesleys-doctrine-of-the-baptism-with-the-holy-spirit-an-exegetical-study-part-one

[72] JR, Robert G. Tuttle. João Wesley e os dons do Espírito Santo. Op.cit.,p.58.

[73] Jamin Bradley citando The Works of John Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/

[74]John Wesley's Notes on the Bible. http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII

[75] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 63.

[76] Idem.

[77]John Wesley's Notes on the Bible. http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII.

[78]John Wesley's Notes on the Bible.http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII

[79] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 64.

[80] Jamin Bradley citando The Works of John Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/

[81]John Wesley's Notes on the Bible. http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII.

[82] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 64.

[83] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 63.

[84] Jamin Bradley citando The Works of John Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/

[85]  WESLEY, João. O Caminho Mais Excelente. Cf. http://enrichmentjournal.ag.org/201103/201103_000_holy_sp.cfm

[86] John Wesley's Notes on the Bible. http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII.

[87] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 63.

[88]http://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/romans/romans-12.html

[89] http://wesley.nnu.edu/john-wesley/jjohn-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII

[90] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p.63.

[91] http://enrichmentjournal.ag.org/201103/201103_000_holy_sp.cfm. Stanley H. Frodsham, com sinais seguidos (Springfield, Missouri: Gospel Publishing House, 1941), 258.

[92]http://wesley.nnu.edu/john-wesley/j john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-st-pauls-first-epistle-to-the-corinthians/#Chapter+XII

[93] Conferência Geral da UMC. Diretrizes: A UMC e o Movimento Carismático, 1976. Fonte Davies e Peart, O Movimento Carismático e o Metodismo, 2. http://www.umc.org/what-we-believe/guidelines-the-umc-and-the-charismatic-movement

[94]https://wesleyscholar.com/john-wesleys-doctrine-of-the-baptism-with-the-holy-spirit-an-exegetical-study-part-two/

[95] Idem.

[96] WESLEY, João. Sermões de Wesley. 1.v, ibidem, p.83.

[97]BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo, Imprensa Metodista, 1965, p.92

[98] Idem, p.192.

[99]Ward & Heitzenrater, Works, Volume 21, 438–439. https://www.lcoggt.org/Articles/methodist_pentecost.htm.

[101] Idem.

[102]https://wesleyscholar.com/https-wesleyscholar-com-john-wesleys-doctrine-of-the-baptism-with-the-holy-spirit-an-exegetical-study-part-one/

[103] Idem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog