Mulheres guerreiras de coração aquecido

 

Odilon Massolar Chaves




 


Copyright © 2024, Odilon Massolar Chaves 

Todos os direitos reservados ao autor. 

É proibida a reprodução total ou parcial do livro, 

Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998. 

Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 69 

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com 

Tradutor: Google

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor


Índice

 

·       Pioneiras no combate a escravidão em Antígua

·       A mulher que cutucou a América

·       A inclusão das mulheres imigrantes na Noruega

·       A riqueza de se doar aos pobres

·       A Joana d’Arc que enfrentou os japoneses na Coreia

·       A menina arisca que enfrentou a ditadura

·       A jornalista que enfrentou Hitler

·       Primeira mulher a falar no Capitólio dos EUA

·       Em defesa do direito das vítimas

·       Mãe da liberdade dos negros na África do Sul

·       Da tragédia do ataque terrorista à promoção da paz

·       Prêmio Mundial Metodista da Paz

·       Mulher negra mais influente de seu tempo nos EUA

·       Missionária no Camboja e Nepal

·       Premiada como enfermeira em Bahamas

·       Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria

·       Heroína da saúde em Serra Leoa

·       Doou um milhão de dólares para combater a malária em Angola

·       Pioneira no cuidado dos leprosos no Brasil

·       Guerreiras do metodismo na Jamaica

·       Uma mulher corajosa e empresária bem-sucedida na África do Sul

·       Heroína nacional de Barbados

·       Uma santa metodista na Rússia

·       A cidadã do mundo de Barbados

·       O impacto do amor a terrorista mulçumano

·       Recorde mundial como organista da Igreja

·       Famosa pregadora na Inglaterra

·       Criadora das revistas Bem-Te-Vi e Voz Missionária

·       Desenvolvendo o metodismo na Eurásia

·       Atriz de Hollywood e cantora da Cruzada Billy Graham

·       A mãe do Movimento de Santidade nos EUA

·       Da Escola Dominical a governadora de São Vicente e Granadinas

·       Líder da Associação das Mulheres no Peru

·       A mãe dos direitos civis nos EUA

·       Apesar de cega escreveu mais de 9 mil hinos

·       A primeira mulher chamada de “primeira-dama”

·       Pregadora, médica e ativista pelos direitos da mulher

·       Primeira advogada e juíza da Coreia

·       Primeira-dama e a voz da China no mundo

·       O Moisés negro que libertou mais de 300 escravos

·       Wahatchee, a Mulher Guerra

·       A mãe do metodismo na América

·       Defensora das trabalhadoras domésticas da Bolívia

·       Missionária médica pioneira na Índia

·       A mulher que deu origem ao metodismo

·       Primeira-dama e Secretária de Estado

 

 


Introdução

 

“Mulheres guerreiras de coração aquecido” é um livro histórico sobre mulheres metodistas que foram destemidas e/ou consagradas que enfrentaram adversidades, mudaram situações e deixaram um legado.

 

Algumas pagaram com a vida para termos uma vida mais digna com liberdade e justiça.

 

São breves histórias impactantes sobre 49 mulheres de 21 países que amavam ao Senhor, a liberdade e acreditaram muito no que faziam.

 

São mulheres do passado e dos nossos dias atuais, muitas das quais ainda estão vivas e atuantes.

 

São inspirações para os nossos dias tanto para mulheres como para homens. Seus exemplos mostram que é possível ir muito mais além e vale a pena lutar pela vida, liberdade e justiça.

 

O Autor 


Pioneiras no combate a escravidão em Antígua

 

Elizabeth Hart Thwaites (1772-1833) e Anne Hart Gilbert (1773-1833) nasceram em Antígua, Caribe, na época um local de plantação, escravos e um posto naval britânico governado por brancos “ásperos e mercenários.” Elas eram filhas de Anne e Barry, uma família negra livre. 

Elizabeth e Anne causaram escândalo em Antígua, quando decidiram se casar com líderes metodistas leigos e brancos, Anne com John Gilbert, em 1798, e Elizabeth com Charles, por volta de 1805. 

Outro escândalo foi se batizarem ainda jovens na Igreja Metodista, em 1786, por Thomas Coke. Elas trabalharam ativamente para espalhar o metodismo entre os negros de Antigua. Em 1797, havia 2.379 pessoas negras e 25 pessoas brancas na Igreja Metodista em Antígua. 

As chamadas “irmãs Hart” defendiam um cristianismo que desafiava a situação patriarcal e escravagista vigente. Elas insistiam que na obra de Deus as mulheres tinham o direito de buscar o trabalho santo e não apenas os homens. Defendiam a igualdade política propondo assim que negros e escravos fossem iguais aos brancos. Usaram a escrita para desafiar a ordem patriarcal. Foram as primeiras escritoras afro-caribenhas. 

Em 1804, Anne e Elizabeth escreveram uma breve história do metodismo na Antigua. Elizabeth escreveu também poesia, hinos, cartas e um tratado antiescravista. 

Em 1801, Elizabeth fundou uma escola particular em St. John's. Em 1809, elas abriram a primeira Escola Dominical do Caribe para meninos e meninas, independente da raça. 

Em 1813, foi construída a Escola Betesda para crianças escravizadas. 

Em 1815, fundaram a “Sociedade do Refúgio Feminino” para órfãos e mulheres. Elas condenavam a prostituição. 

“A maioria das mulheres afro-descendentes, livres ou escravas, engajavam-se em concubinato em parcerias íntimas com homens negros ou brancos e tinham oportunidades educacionais e profissionais limitadas”. 

Anne e Elizabeth foram pioneiras no combate a escravidão em Antigua.[1] 



A mulher que cutucou a América 

 

Nelle Harper Lee (1926-2016) nasceu em MonroevilleAlabama, EUA. Cresceu como metodista e foi membro da primeira Igreja Metodista Unida em Monroeville. Sua família foi a "espinha dorsal" da Igreja. Os vitrais da capela foram em honra aos pais de Lee. 

Sua irmã mais velha, Alice, era advogada e da liderança na igreja local e foi a primeira mulher a liderar a delegação de Alabama-West na Conferência Geral da Igreja Metodista. Harper Lee fez o curso de direito em Montgomery, Alabama. 

Em 1949, foi para Nova York, onde trabalhou em uma companhia aérea enquanto tentava seguir a carreira de escritora. Em 1956, a família Browns decidiu apoiar Lee por um ano para que ela pudesse escrever em tempo integral. Então, ela deixou o emprego.

Em 1960, publicou o livro O sol é para todos. Foi grande sucesso e evidênciou sua herança metodista da santidade pessoal e social. Um roteiro foi escrito baseado no livro com o mesmo titulo ganhando oito indicações ao Oscar*. A versão cinematográfica ganhou três prêmios. 

Em 1961, ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção pela obra, que retrata o sul do país marcado pela luta racial e injustiça social. O livro vendeu mais de 40 milhões de cópias. 

Em 2007, recebeu a "Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos" por suas contribuições à literatura. Os filmes Capote (2005),  Infamous (2006) e TV Scandalous Me: The Jacqueline Susann Story (1998) retratam sua vida. Harper Lee utilizou a palavra "metodista" e "João Wesley" nas primeiras páginas de seu clássico romance To Kill a Mockingbird. 

Lee teve força de caráter, coragem destemida, coração ético ao escrever um livro sobre a injustiça racial antes da Lei dos Direitos Civis. Recentemente, foi descoberto seu livro “Vá coloque uma vigia”, lançado em 2015. 

O título vem de um versículo do livro do profeta Isaías e também inclui referências metodistas. O presidente Bush disse que Harper Lee estava à frente de seu tempo e que a sua obra-prima cutucou a América.[2] 

 

A inclusão das mulheres imigrantes na Noruega

 

Ingull Grefslie nasceu na Noruega e estudou na Faculdade de Teologia Det Teologiske Menighetsfakultet, em Oslo, Noruega. Serviu na Igreja Metodista Unida em Haugesund. Em 2015, foi consagrada presbítera na Conferência Anual em Halden e nomeada para as Igrejas em Skien e Hvittingfoss. 

Gresfslie tem tido uma preocupação com a questão da imigração que está tão intensa nos últimos anos na Europa. Seu foco tem sido a inclusão das mulheres imigrantes, que tem tido um grande crescimento na Igreja. 

Gresfslie lembra a frase familiar dentro da Igreja Metodista: “corações abertos, mentes abertas, portas abertas”. São cristãos assírios, ortodoxos da Eritreia, católicos e pentecostais africanos que procuram a Igreja Metodista. 

Para ela, os encontros e relacionamentos com os imigrantes têm sido um enriquecimento, mas também é um desafio por causa das diferenças lingüísticas e culturais. Lembra que o “próprio John Wesley tinha lidado com as questões sociais do seu tempo, incluindo o tráfico de escravos, contrabando, produção de licor e tratamento desumano de prisioneiros”. 

Na Conferência Anual em Bergen, em 2017, aos 59 anos, foi nomeada superintendente da Igreja Metodista na Noruega. 

É a segunda bispa na história do metodismo na Noruega em seus 160 anos de organização. Sempre foi líder competente e pastora respeitada tendo um trabalho frutífero, onde pastoreou. Seu desafio agora como bispa é ser Igreja Metodista em uma Noruega multicultural. 

Sua tese de mestrado, em 2015, sobre os imigrantes, tem como título: “Na Igreja eu não sou uma estranha, mas estou em casa”, mulheres imigrantes reunião com UMC (Igreja Metodista Unida). 

Foi uma afirmação de uma imigrante na Igreja Metodista. As mulheres imigrantes sabem que são bem-vindas e isso é um suporte para uma nova vida em um novo país. 

Para Gresfslie, o elemento-chave com a imigração é o que Jesus ensinou sobre o amor ao próximo. [3] 

 

 

A riqueza de se doar aos pobres

 

Elizabeth Snyder Glide (1852-1936) chamada carinhosamente de Lizzie, nasceu em Louisiana, EUA. Durante um estudo da Bíblia em família teve sua própria experiência com Deus. 

A família se transferiu para Sacramento, Califórnia, em 1867, e se uniu à Igreja Metodista Episcopal, Sul. Lizzie era ativa e professora da Escola Dominical. Nessa igreja conheceu seu futuro marido, Joseph Glide, um barão de gado. 

Em 1889, aconteceu um avivamento na igreja e Lizzie consagrou sua vida ao serviço cristão, especialmente para os mais necessitados. Ficou conhecida e amada entre os pobres. 

Viveu de forma mais simples para ter mais riqueza para doar para o trabalho missionário em outros países. 

Pediu ao marido para parar de comprar presentes caros em seu aniversário e outras ocasiões e dar seu dinheiro para que ela pudesse dar mais aos necessitados. Com a morte de seu marido, em 1909, assumiu os negócios passando a ser muito respeitada na Califórnia. Continuou canalizando recursos para ajudar ao próximo pelo trabalho da Igreja. 

Um dia, Lizzie teve uma visão de uma igreja sendo o coração de São Francisco. Em 1920, comprou um terreno na encosta sul de Nob Hill, um pequeno distrito de São Francisco, Califórnia, e criou a Fundação Glide como um memorial para seu marido Joseph Glide. 

Em 1929, começou a construir a igreja na esquina das ruas Taylor e Ellis. 

A pedra angular foi colocada, em 1930, com a inscrição: Templo Evangelístico Memorial de Glide, Uma Casa de Oração para todos os Povos. A Igreja Metodista Episcopal Memorial Glide, Sul, abriu suas portas em 1931. 

A igreja cresceu em sua visão e manteve seu compromisso de alcançar os mais pobres dos pobres. 

Hoje tem mais de 10 mil membros, oferece 5.707 camas para abrigo e três refeições diárias para até 300 pessoas. Julian C McPheeters escreveu A história da vida de Lizzie H. Glide. Parte do filme Em busca da felicidade foi feito na Igreja.[4]


A Joana d’Arc que enfrentou os japoneses na Coreia

 

Ryu Gwansun (1902-1920) nasceu em Cheonan-si, Chungcheongnam-do, Coreia do Sul. Era filha Ryu Jung-gwon e Yi So-je. Em 1919, era uma estudante na Ewha Woman's School, em Seul. A escola foi fundada em 1886 por Mary F. Scranton, missionária metodista dos EUA. 

Sua professora Alice Sharp era missionária. Gwansun entrou na Ewha Womans School com uma bolsa de estudante e ficou conhecida pela organização do Movimento 1º de Março contra o domínio colonial japonês na Coréia do Sul.  

Sua profunda fé em Deus e os ensinamentos da escola metodista Ewha Womans lhes deram coragem de agir. 

Ela voltou para sua casa em Jiryeong-ri quando o governo japonês fechou todas as escolas coreanas. Junto com sua família, começou a despertar sentimentos públicos contra a ocupação japonesa. Visitou Igrejas explicando sobre as condições das manifestações que se realizariam em Seul. 

Ambos os seus pais foram mortos a tiros pela polícia japonesa. Ela foi presa e sofreu tortura. Foi condenada a cinco anos de prisão. 

Durante o julgamento, Gwansun protestou contra a injusta administração colonial japonesa e a lei do governador-geral da Coreia. Gwansun morreu na prisão, em 28 de setembro de 1920. 

Suas palavras finais foram: "Mesmo que minhas unhas sejam arrancadas, o nariz e as orelhas sejam rasgadas e as minhas pernas e braços sejam esmagadas, esta dor física não se compara à dor de perder a minha nação. 

Meu único arrependimento é não ser capaz de fazer mais do que dedicar minha vida para o meu país." 

Os japoneses não queriam liberar seu corpo, mas Lulu Frey e Jeannette Walter, diretores de Ewha Womans School, ameaçaram divulgar a causa de sua morte. 

Em 14 de outubro de 1920 seu funeral foi realizado na Igreja em Jung-dong pelo ministro Kim Jong-wu. Gwansun tem sido chamada de Joana d'Arc da Coreia. 

Foi condecorada com a Ordem do Mérito da Independência, em 1962. É um símbolo da luta coreana pela independência através do protesto pacífico.[5]


A menina arisca que enfrentou a ditadura

 

Heleny Ferreira Telles Guariba (1941-1971) nasceu em Bebedouro, São Paulo. Filha de Isaac Ferreira Caetano e Pascoalina Ferreira. Ficou orfã de pai aos dois anos. Na adolescencia deu aulas para crianças e jovens na Escola Dominical da Igreja Metodista Central, em São Paulo.  

Ela escrevia artigos para os jovens metodistas na revista Cruz de Malta. Heleny teve dois filhos no casamento com o professor universitário Ulisses Telles Guariba. Foi funcionária pública da Junta Comercial de São Paulo e trabalhou como professora em um curso pré-vestibular. 

Ela se formou na Faculdade de Filosofia da USP. Em 1965 ganhou bolsa de estudos e foi para a Alemanha estudar teatro, política e artes. Na França, fez seu doutorado. 

No Brasil, usou o teatro como instrumento de transformação politica e liberdade. Deu aulas na Escola de Artes Dramáticas da USP. 

Em Santo André, 1968, fundou o grupo Teatro da Cidade formado em sua grande maioria por operários. Ela escreveu diversos artigos em jornais dos anos 60 provocando a ira da ditadura. Foi presa em 1970 e torturada pelo Dops. 

Foi solta em 1971 e quando se preparava para deixar o país foi presa novamente. Testemunhas afirmam que ela foi assassinada na “Casa da Morte” da ditadura, em Petrópolis. Entrou na lista de “desaparecidos”.

 

Frei Betto, numa carta enviada a Heleny, disse: “Pequena, arisca, você sempre me pareceu uma pessoa muito bonita, dessa beleza que vem de dentro para fora, enraizada no espírito ágil, que conserva, no corpo, o jeito de menina. Mesmo na prisão, sua alegria contagiava. Guardo de você a última vez que a vi. Era seu aniversário e seus filhos levaram um bolo com velinhas e um presente. Ao desfazer a fita de cetim rosa e papel colorido, você viu o que era e achou muita graça, começou a mostrar a todo mundo, a beijar as crianças (...),”.  

Tinha um modo de viver intenso. Seu nome foi dado a um centro cultural em Diadema e ao Teatro Studio Heleny Guariba, SP. É exemplo de coragem e perseverança.[6] 

 

A jornalista que enfrentou Hitler 

 

Dorothy Thompson (1893-1961) nasceu em Lancaster, New York, EUA. Filha de Margaret e Peter Thompson, um pastor metodista. Margaret morreu quando Dorothy tinha sete anos (em 1901). Dorothy  estudou na Universidade de Syracuse e Instituto de Tecnologia de Illinois. Logo, ela se tornou importante no movimento do sufrágio (direito a voto das mulheres) de Nova York como organizadora e palestrante. 

Foi uma grande jornalista, comentadora política e uma das principais opositoras de Hitler e do fascismo. 

Em 1939, ela foi reconhecida pela Revista Time como a segunda mulher mais influente na América ao lado de Eleanor Roosevelt. Foi apelidada de "o tornado de olhos azuis". Foi a primeira americana jornalista a ser expulsa da Alemanha nazista, em 1934. 

Ela é considerada por alguns como a "Primeira Dama do Jornalismo Americano”.

Depois de se formar em jornalismo, ela se mudou para a Europa. Seu relato negativo sobre Hitler e dos nazistas levou à sua expulsão, em 1934. Ela se tornou a primeira correspondente dos EUA expulsa da Alemanha. Voltou para a America e passou a escrever em mais de 150 jornais e fazer comentários na Rádio BNC. 

Sua coluna On the Record era muito popular. Ela se casou com o vencedor do Prêmio Nobel, o romancista Sinclair Lewis, em 1928, e teve um filho. Escreveu alguns livros, dentre eles: “Eu vi Hitler” e a “A coragem de ser feliz”. 

No final de sua vida, ela apoiou o desarmamento nuclear e retratou a guerra fria como uma batalha cultural e ideológica, e não como uma luta militar.[7] 

 

Primeira mulher a falar no Capitólio dos EUA

 

Dorothy Ripley (1767-1832) nasceu em Whitby, Yorkshire, na Inglaterra. Seu pai enfrentou a pobreza. Foi um mestre pedreiro e um pregador metodista que acompanhou Wesley e construiu a primeira Igreja Metodista em Whithy. 

Dorothy conheceu Wesley e seus pregadores na casa de seu pai. 

Em 1797, ela teve uma forte experiência espiritual e sentiu que Deus lhe havia ordenado a deixar sua casa na Inglaterra e viajar para os EUA em uma missão para ajudar os escravos africanos. Foi a pé até Londres, onde conseguiu embarcar. 

Em 1802, viajou para Washington para falar com o presidente Jefferson, especialmente sobre seu desejo de ajudar as mulheres escravas e o desafiou a ter compaixão de seus 300 escravos. 

Este fato abriu as portas para ser a primeira mulher a falar, em 12 de janeiro de 1806, na Câmara de Representantes, na presença do presidente Thomas Jefferson. Fez sua base em Charleston, a fortaleza da escravidão americana do sul. 

Sua teologia wesleyana se revela na sua pregação sobre a justiça social, doutrina de expiação que assume a salvação universal, a garantia da nossa salvação e doutrina da santidade de Wesley. 

Proclamou "o anúncio jubiloso de salvação" para crianças etíopes e se envolveu na reforma das prisões. Ela se reuniu com Thomas Jefferson, presidente dos EUA, pregou em várias igrejas e escreveu vários livros. 

Em 12 de janeiro de 1806, ela se tornou a primeira mulher a pregar no Capitólio* EUA. Lutou também contra a imoralidade da pena de morte. 

Em 1818, abriu a primeira capela metodista no condado de Bingham em Nottinghamshire. Foi presa acusada de incitar montins. 

Dorothy era uma mulher de oração, pregadora, escritora e missionária que passou 30 anos nos EUA e atravessou o oceano 4Atlântico nove vezes procurando melhorar a vida dos escravos. Pregou em várias igrejas e escreveu vários livros.[8]

 


Em defesa do direito das vítimas

 

Nancy Grace nasceu em 1958, em Macon, Georgia, EUA. Filha de Mac Grace e de Elizabeth Grace, membros da Igreja Metodista Unida de Macon, onde Elizabeth tocou órgão e Mac Grace foi professor da Escola Dominical. 

Grace graduou-se no Windsor Academia de Macon, em 1977, e se formou na Universidade de Mercer.  

Seu sonho era ser professora de inglês, mas em 1979 seu noivo Keith Griffin foi assassinado e Grace decidiu cursar direito e se tornar uma promotora de crime e uma defensora dos direitos das vítimas. 

Obteve a licenciatura em direito constitucional e penal na Universidade de Nova Iorque e ensinou na Georgia State University College of Law.  

Depois serviu como promotora especial no escritório de advogacia do distrito do condado de Fultonem, Atlanta, por mais de dez anos.  A Court TV a contratou para sediar uma cobertura de julgamento ao vivo. Passou a ser uma das mais seguidas analistas legais de TV. Foi apresentadora de programa na Rede News. Em Atlanta, ofereceu linha direta às mulheres agredidas. Sua reputação para lidar com casos de alta visibilidade chamou a atenção e ela foi contratada para fazer a cobertura e comentários na TV de casos policiais. 

Em 2005, Grace entrou no horário nobre na CNN Headline News e trabalhou na Court TV, até 2007, e com Swift Justice, até 2011. Ela adquiriu fama e popularidade devido à cobertura agressiva de controversos assuntos do dia, tais como de seqüestro, estupro etc. 

Ganhou diversos prêmios. Grace é autora de alguns livros, dentre eles: A Primeira Vítima (2009) e Morte na D-List (2010). 

O personagem de Ellen Abbott, no filme “Garota Exemplar”, em 2014, é baseado em Grace. A Fundação das Mulheres Americanas em Rádio e Televisão a presenteou com dois prêmios pelo seu programa de TV Tribunal. 

Em 2007, ela se casou com David Linch. A cerimônia foi realizada na Igreja Metodista em Macon. É mãe dos gêmeos Lucy e John. Grace trabalha em nome dos desaparecidos e explorados. Ela tem dado uma voz aos sem voz.[9]


Charlotte Maxeke (1874-1939) nasceu em Ramokgopa, Polokwane, África do Sul. Sua mãe era professora e seu pai capataz e um pregador leigo na Igreja Presbiteriana. Estudou na escola primária em Uitenhage, escola sênior em Port Elizabeth e Escola Edwards Memorial. 

Em 1885, sua família foi para Kimberley, onde ela se tornou professora. Charlotte e sua irmã, Katie, entraram para o Coro Africano, em 1891, que excursionou à Inglaterra (1891-1893) para homenagear a rainha Victoria. 

Em 1894, Charlotte foi com um coro ao Canadá e EUA. Na América ganhou uma bolsa para a Universidade de Wilberforce, em Cleveland, Ohio, onde conheceu e se casou com Marshall Maxeke. 

Graduou-se bacharel em Ciência, em 1905. Ela e seu marido retornaram à África do Sul e fundaram o Instituto Wilberforce. 

Na Igreja Metodista Episcopal Africana foi eleita presidente da Sociedade Missionária da Mulher. A partir de 1919, ela se tornou ativa na legislação e foi co-fundadora da Liga Feminina Bantu e foi a organizadora da Sociedade Missionária das mulheres em Joanesburgo. 

Ela e seu marido estabeleceram uma escola em Evaton e passaram a ensinar e evangelizar em outros lugares, incluindo Thembuland, no Transkei, sob o rei Sabata Dalindyebo. Charlotte participou na corte do rei, um privilégio para uma mulher. 

Depois se estabeleceram em Joanesburgo, onde se tornou a primeira mulher africana oficial de justiça. Ela e seu marido participaram do lançamento do Congresso Sul-Africano Native Nacional em Bloemfontein, em 1913. 

Participou na formação da União dos Trabalhadores Industrial e Comercial (UTI), em 1920, e criou uma agência de emprego para os africanos em Joanesburgo. 

Foi a primeira mulher negra a se tornar oficial de condicional para delinquentes juvenis. 

Charlotte foi homenageada como "Mãe da liberdade dos negros na África do Sul". 

Na Tanzania, uma escola maternal tem seu nome. O Hospital Joanesburgo foi renomeado para Hospital Charlotte Maxeke.[10]

 

Da tragédia do ataque terrorista à promoção da paz 

 

Myrna Bethke é pastora da Igreja Metodista Unida em Freehold e superintendente distrital no distrito sul, em Gateway, EUA. Ela supervisiona 63 igrejas e seu lazer são os jogos online e caminhar na praia. É casada com Drew Burrus, um organista da Igreja. Eles têm dois filhos. 

  Myrna perdeu seu irmão mais novo no atentado terrorista nas Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Foi uma trágica perda e grande dor. Ela entendeu que tinha dois caminhos: afundar ou subir. Então, decidiu subir percorrendo o caminho da reconciliação e da promoção da justiça e paz. Começou a ajudar seus fiéis, e outros, trabalhando no sentido de tornar o mundo um lugar mais pacífico. 

Em 2002, Myrna fez parte de um grupo chamado Peaceful Tomorrows, uma delegação de paz inter-religiosa para o Afeganistão organizado pela Global Exchange. Ela entrou para o grupo na esperança de ter uma melhor compreensão das circunstâncias que levaram os terroristas a atacarem e ver como os grupos religiosos poderiam fazer conexões preliminares com os muçulmanos.  Em 2002, Myrna viajou ao Afeganistão e passou duas semanas com judeus, cristãos e muçulmanos, onde encontrou exemplos de hospitalidade afegã a influenciam até hoje. 

Afirmou que escolhemos o amor de Deus ou as ações de terror. Ela pergunta: será que nossas ações devem ser definidas por aquilo que o amor de Deus quer que façamos ou vamos permitir que o medo governe nossos dias? 

Como pastora, fez um esforço para a reconciliação quando a comunidade em New Jersey se polarizou sobre a questão dos imigrantes sem documentos. Desde o atentado, tem procurado as relações com os muçulmanos em sua comunidade. Ao desenvolver e defender opções e ações não-violentas na busca da justiça, ela espera quebrar os ciclos de violência gerados pela guerra e terrorismo. Seus dois filhos sempre foram envolvidos em marchas pela paz.[11]


Prêmio Mundial Metodista da Paz 

 

 Jo Anne Lyon nasceu em 1940, em Blackwell, Oklahoma, EUA.  É casada com o Rev. Wayne Lyon e têm quatro filhos e 10 netos. Mora em Indianápolis. Em 1996, foi ordenada pastora na Igreja Wesleyana. 

É bacharel em educação pela Universidade de Cincinnati e tem mestrado em Aconselhamento da Universidade de Missouri-Kansas City. 

Fez pós-graduação em Teologia Histórica, na Universidade de St. Louis. Foi condecorada com um doutorado honorário* em Divindade pelo Seminário Northeastern e Colégio Wesleyano Unido. Recebeu ainda um doutorado honorário de Letras Humanas da Universidade Wesleyana Sul e Universidade Wesleyana Indiana. 

Em 1996, ela fundou e dirigiu a WHI (World Hope International) entre 2006-2008, que procura aliviar o sofrimento e a injustiça através da educação em mais de 30 países dirigindo as organizações humanitárias e de desenvolvimento baseadas na fé. Em 2008, foi eleita a primeira mulher guperintendente Geral na Conferência Geral da Igreja Wesleyana. Em 2012, foi eleita como a única superintendente geral.  Ela é a vice-presidente do Seminário Wesley, em Marion, Indiana. Tem escrito vários artigos e publicações, incluindo o livro “A bênção final”. 

Dirigindo a WHI, ela se relacionou extensivamente com um conselho religioso anterior e escritórios na Casa Branca durante o governo Bush realizando uma grande quantidade de trabalhos na área de alívio da AIDS e desenvolvimento econômico. 

Em 2015, ela foi nomeada pelo presidente Obama para fazer parte do Conselho Consultivo do presidente sobre fé. Em 2015, ela ganhou o Prêmio Mundial Metodista da Paz.[12] 


Mulher negra mais influente de seu tempo nos EUA

 

  Mary Jane McLeod Bethune (1875-1955) nasceu em uma fazenda de arroz e algodão, em Sumter County, Carolina do Sul, EUA. Era filha de ex-escravos.  Aos cinco anos, começou a trabalhar nos campos com sua família. Seus pais eram metodistas. Ela se formou no Seminário Scotia para meninas, em Concord, Carolina do Norte, e no Moody Bible Institute. Mary criou uma escola para meninas afro-americanas, em Daytona Beach, Florida. Ela se casou com Albertus, em 1898, e tiveram um filho. Foi nomeada assessora nacional do presidente Franklin D. Roosevelt e era conhecida como "A primeira dama da luta" por lutar pelos afro-americanos.  

  Em 1896, começou a ensinar no instituto normal e industrial em Augusta, Geórgia. Em 1896, foi presidente da Associação Nacional de Mulheres Negras. Em 1899, em Palatka, Florida, dirigir uma escola de missão. Em 1914, foi recrutada para ajudar a Cruz Vermelha. Em 1924, Mary se tornou líder nacional dos clubes de mulheres, uma organização cívica que apoiava o bem-estar uma das outras. Em 1928, o presidente Calvin Coolidge a convidou para participar da conferência do bem-estar infantil. Em 1930, o presidente Herbert Hoover a indicou para a conferência da Casa Branca sobre Saúde da Criança. Em 1935, fundou o Conselho Nacional de Mulheres Negras, em Nova York. 

Foi nomeada para cargo de diretora da Divisão de Assuntos Negros da Administração Nacional da Juventude se tornando a primeira mulher chefe da Divisão Africano-Americano Feminina. Conselheira de cinco presidentes dos EUA. Há uma escultura sua em Lincoln Park, Washington, DC. Foi a mulher negra mais influente de seu tempo nos EUA. Em 1935, recebeu a medalha Spingarn. Única mulher negra presente na fundação da ONU, em 1945. Em 1973, foi introduzida no Hall da Fama Nacional das Mulheres. Em 1974, o memorial Mary McLeod Bethune Memorial foi erguido em sua honra no Lincoln Park (Washington, DC). Uma metodista fiel tendo participando ativamente como delegada em quatro conferências gerais.[13]


Missionária no Camboja e Nepal

 

Katherine T. Parker nasceu na California, EUA. Dois avôs, um bisavô, uma tia e vários primos serviram como pastores metodistas. Ela frequentou o Harvey Mudd College, em Claremont, Califórnia, e obteve o bacharel de Ciências, em Biologia. Também em Biologia foi o seu grau de mestre da Ciência, na Universidade Estadual da Califórnia, em Sacramento. Desde a infância, foi ativa na Igreja e desde jovem Katherine queria estar no trabalho missionário. Em 2000, começou a servir como estagiária na Missão Interna no Programa de Jovens Adultos do Global Ministries. 

  Como parte desse programa, esteve no Instituto Rural Asiático em Nishinasuno, Japão. Depois, voltou aos Estados Unidos para servir com os agricultores de Iowa, em Ames. Seu serviço de Missão Interna foi completado em 2003. Katherine é missionária desde 2004. Faz parte da Igreja Metodista Unida Mt. Tamalpais, em Mill Valley, Califórnia, onde sempre esteve servindo de várias maneiras, dentre elas, como delegada da Conferência Anual da Califórnia-Nevada à Conferência Geral. 

Katherine serviu no programa de Desenvolvimento Comunitário em Saúde e Agricultura da Missão Metodista no Camboja ajudando a desenvolver projetos cooperativos de segurança alimentar que envolve a criação de vacas, porcos, galinhas e patos. Também trabalha com cooperativas de arroz, agricultura de legumes e vários projetos. No Camboja também ajudou as congregações a assegurarem acesso contínuo à água potável. Desde 2013, ela é missionária da Junta Geral de Ministérios Globais da Igreja Metodista Unida, em Nepal. Trabalha também com as congregações ajudando a garantir o seu acesso à água potável segura. Trabalha com as comunidades locais combatendo o casamento infantil e tráfico de seres humanos.[14] 


Premiada como enfermeira em Bahamas

 

Naomi Anna Christie (1920-2001) nasceu em Tarpum Bay, Eleuthera, em Bahamas, Caribe, uma monarquia constitucional independente desde 1973 do Reino Unido. Cerca de 66% da população são protestantes e 13,5%, católicos. O metodismo chegou às Bahamas, em 1800, com o inglês William Turton. Desde o início, a Igreja nasceu para a Missão comprometida com a cura oferecendo diversos serviços à comunidade. 

Naomi pertenceu a essa comprometida Igreja Metodista Wesley, em Grants Town, e com dedicação serviu regularmente à Igreja, que é considerada uma luz que baliza no centro de Grants Town. Em 1937, Naomi entrou no Hospital Geral Bahamas fazendo treinamento como parteira. Depois de quatro anos dificeis e desafiadores, em 1941, ela se formou em enfermagem. Foi enfermeira e parteira por mais de 50 anos. Em 1942, Naomi se casou com Gladstone Livingstone Christie e tiveram cinco filhos. 

  Ela recebeu vários prêmios nacionais em reconhecimento ao seu trabalho. Recebeu a Medalha e Certificado Independence Jubileu de Prata. 

Em sua homenagem, em novembro de 2003, foi aberta a casa para idosos chamada Enfermeira Naomi Christie pelo primeiro ministro de Bahamas, que inicialmente ofereceu cuidados vinte e quatro horas por dia para 13 idosos. A abertura e funcionamento foi um orgulho para a Conferência da Igreja Metodista das Bahamas que se uniu com o governo para garantir um tratamento com cuidado, dignidade e respeito na casa de idosos, que leva o nome de uma metodista, que foi respeitada em Bahamas.[15] 

 

 

Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz e presidente da Libéria

Ellen Johnson Sirleaf nasceu em Monróvia, na Libéria, em 1938. Seu avô era alemão e se casou com uma mulher da área rural cujas avós eram liberianas indígenas. Ellen se formou na Faculdade de África Ocidental, um colégio da Igreja Metodista Unida. Ela é bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Wisconsin, EUA. É formada em economia pela Universidade do Colorado, EUA, e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade de Harvard, EUA. 

Em 1985, foi candidata ao Senado e criticou o regime militar, o que lhe valeu uma condenação de dez anos de prisão. Depois da passagem pela cadeia, viveu no exílio até 1997, quando regressou à Libéria como economista do Banco Mundial e do Citibank na África. Foi eleita presidente da Libéria em 2005. Como metodista, falou na Conferência Geral da Igreja Metodista Unida de 2008. Lutou contra a corrupção e por profundas reformas institucionais na Libéria. Foi reeleita presidente da Libéria em 2011. Em 2007, o presidente George W. Bush lhe concedeu a Medalha da Liberdade, a mais alta condecoração civil dos EUA. 

Ela é mãe de quatro filhos. Foi a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado de um país africano. Ela fez da educação de meninas uma prioridade. Criou a Liberia Education Trust e um ambicioso programa de formação de professores. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2011 por seu trabalho sobre os direitos das mulheres. Ela é chamada de “a dama de ferro da Libéria”.[16]

 

Heroína da saúde em Serra Leoa

 Beatrice Mamawah Gbanga nasceu em Serra Leoa, na África. Estudou Enfermagem em Serra Leoa, Nigéria, EUA e Inglaterra. Em 1973, obteve o mestrado em Enfermagem, na Inglaterra, e um diploma de enfermeira tutora, em 1989, na Nigéria. Ela foi certificada em Liderança Avançada de Saúde, em 1997, em Atlanta, Geórgia (EUA). Em 1984, em Jamkhed, na Índia, aprendeu sobre os programas de saúde nas aldeias lideradas por agentes comunitários de saúde. 

Gbanga voltou com nova visão para Serra Leoa e treinou a todos que estivessem disponíveis. Ela procurou elevar também a autoestima das mulheres em seu país. Treinou profissionais de Enfermagem (1985-1993). Trabalhou como administradora e coordenadora do programa médico da Conferência Anual Metodista de Serra Leoa (1993-1997). Trabalhou para o Ministério da Saúde de Serra Leoa. Supervisionou, coordenou e treinou milhares de voluntários do Imagine No Malaria, distribuindo 300 mil (2010) e depois 700 mil mosquiteiros (2014), uma das ações mais eficazes do mundo, com reconhecimento internacional. 

Ela é missionária da Junta Geral de Ministérios Globais da Igreja Metodista Unida (JGMG). Coordena todas as atividades de saúde da Igreja em três hospitais e sete clínicas. Supervisiona o Imagine no Malaria na prevenção da malária, aids e ebola. É membro da Primeira Igreja Metodista Unida em Riverdale (Atlanta), Geórgia. É casada com Tamba Samuel Gbanga, com quem tem cinco filhos. É considerada uma heroína anônima da Igreja Metodista Unida. Recebeu o chamado de Deus para mudar e salvar vidas.[17]

 

Doou um milhão de dólares para combater a malária em Angola

Bárbara Ferguson foi casada com Earl Ferguson por 23 anos. Os dois cresceram na comunidade agrícola de Goldendale, Washington. Earl tem origem humilde e cresceu numa fazenda de criação de gado perto do Rio Colúmbia. Foi presidente da classe e membro de banda e de time de futebol. 

Earl obteve o bacharelado em matemática em Washington e um mestrado em matemática na Universidade de Michigan. Teve uma carreira de sucesso na indústria de ciência da computação e ajudou a desenvolver duas empresas premiadas com quatro patentes, entre elas a Foundry Networks. O gênio de Earl em matemática e engenharia o levou a descobrir tecnologias que contribuíram para a criação da internet. Earl faleceu em 2003. 

Bárbara Ferguson é membro da Igreja Metodista Unida de Los Altos. Desde 1985, trabalha como voluntária no Ministério de Finanças. Bárbara ouviu seu pastor falar sobre doações ao programa Imagine No Malaria da Igreja Metodista Unida para comprar redes de proteção contra a malária para salvar vidas em Angola. A cada 60 segundos, a malária ceifa uma vida na África. Bárbara doou um milhão de dólares. 

Anualmente, Earl concedeu de 10 a 12 bolsas de estudo para a Universidade de Washington. Fez ainda uma doação de 1,6 milhão de dólares de bolsas para Klickitat County e Yakima Valley College. Barbara e Earl acreditavam que Deus os estava convidando a compartilhar as bênçãos que tinham recebido. Sempre fizeram isso com humildade e gratidão a Deus pela oportunidade de dar. Foi a maior contribuição individual para a Imagine No Malaria.[18]


Pioneira no cuidado dos leprosos no Brasil

Eunice Sousa Gabi Weaver (1902-1969) nasceu em São Miguel, São Paulo. Sua mãe era portadora de hanseníase. Seus pais se mudaram para Uruguaiana (RS). Ela foi educada em escolas metodistas em Buenos Aires; no Colégio União, em Uruguaiana, e em Piracicaba (SP), onde se formou em Educação Sanitária. Em 1927, Eunice se casou com Charles Anderson Weaver, missionário norte-americano da Igreja Metodista. Ele era viúvo e ex-diretor do Colégio União e diretor do Colégio Granbery da Igreja Metodista, em Juiz de Fora (MG). 

Eunice acompanhou o marido, que dirigiu a Universidade Flutuante da América do Norte, num transatlântico, viajando por 42 países nos quais fez diversos cursos e procurou conhecer os problemas da hanseníase, tendo conhecido Mahatma Gandhi. Seu marido foi nomeado diretor do Instituto Central do Povo da Igreja Metodista. Fundou a Sociedade de Assistência aos Lázaros e o Educandário Santa Maria, no Rio de Janeiro. Em 1935, conseguiu junto ao presidente Getúlio Vargas auxílio oficial para a obra. Viajou por todo o país divulgando a campanha da Federação das Sociedades de Assistência aos Lázaros e Defesa contra a Lepra. Foi a primeira mulher a receber, no Brasil, a Ordem Nacional do Mérito, no grau de comendador. 

Publicou livros e representou o Brasil em congressos internacionais sobre a hanseníase. Organizou serviços assistenciais em diversos países. Recebeu o título de “Cidadã Carioca”. Foi a delegada brasileira no 12º Congresso Mundial da ONU (1967). Diversas instituições de assistência aos hansenianos levam o nome de “Sociedade Eunice Weaver”. Seu oficio fúnebre foi na Igreja Metodista. Foi uma das mulheres mais brilhantes do Brasil.[19]

 

Guerreiras do metodismo na Jamaica

 

Quando o rev. Thomas Coke chegou em 1789 à Jamaica, foi recebido calorosamente por Mr. Fishley, mas logo enfrentou a oposição da aristocracia quando um bando de homens brancos bêbedos entrou gritando no local ele pregava para cerca de 400 brancos e 200 negros. 

Foi defendido por Touro e Mary Ann Smith, que pegaram um par de tesouras e exclamaram: “Agora você pode fazer o que quiser, mas o primeiro homem que puser a mão violenta nele terá esta tesoura empurrada em seu coração”. Os molestadores recuaram resmungando. 

Em 1789, chegou o primeiro missionário, o reverendo William Hammett. Foi aberta uma célula com oito pessoas negras, brancas, pardas, escravas ou livres. Mary Ann Smith era a líder. 

Em 1790, foi construído um templo de dois andares para 1.600 pessoas, fechado depois pelas autoridades por causa da ajuda aos jamaicanos de ascendência africana. Tentaram destruir o edifício. Jornais caluniaram os pastores. Os escravos usavam um túnel subterrâneo sob o templo para entrar no edifício para o culto. Certa vez, uma emboscada matou um grupo. As paredes ficaram manchadas de sangue. 

Mais tarde, Mary Wilkinson se uniu à igreja. Era uma mulata livre que fugiu de Manchioneal, em Kingston, porque os habitantes brancos desaprovavam o casamento de escravos, e ela realizou casamentos de escravos. Mary encontrou a igreja fechada pelas autoridades e começou a evangelizar noite e dia. 

Quando o templo foi reaberto, em 1814, apresentou ao pastor uma lista de 1.100 nomes de pessoas discipuladas. Em 1840, uma estrutura maior foi concluída no mesmo local. O templo foi danificado pelo terremoto de 1907 e reconstruído em estilo neogótico. A Igreja Metodista Coke foi declarada monumento nacional em 2 de janeiro de 2002.[20] 

 

 

Uma mulher corajosa e empresária bem-sucedida na África do Sul

Nomazizi Mtshotshisa (1944-2008) nasceu em Duncan Village, East London, África do Sul. Cursou a Escola Primária Metodista, em Tsolo, e depois a High School Gales. Foi treinada como enfermeira no Hospital Livingstone. Trabalhou em vários hospitais. Obteve licenciatura em Direito e Ciências de Enfermagem. Foi diretora da Associação Nacional de Advogados Democráticos (Nadel), contribuindo para a mudança do sistema judiciário do país. 

Viajou por todo o país para garantir que os presos políticos tivessem assistência jurídica. No auge da luta, em 1970 e 1980, financiou aqueles que foram para o exílio e viajou muitas vezes para Harare, no Zimbábue, onde mobilizou apoio externo e recursos para a luta contra o apartheid. Após deixar a Nadel, entrou para o mundo dos negócios e se tornou uma empresária bem-sucedida. Foi presidente da Midi, que é dona da TV E, e presidente da empresa de telefonia Telkom. 

Foi a primeira presidente do sexo feminino da África de uma empresa africana na Bolsa de Valores de Nova York. Era um pilar de força para sua família e um membro fiel da Igreja Metodista. Foi empresária, ativista comunitária e construtora política. Foi a personificação da liderança corajosa para as mulheres e deu grande contribuição à luta pela democracia. Tinha profundo senso de humanidade e humildade, uma líder que acreditava que podia motivar e influenciar outras mulheres sendo um exemplo a ser seguido. 

O governo da África do Sul lhe concedeu a Ordem dos Luthuli em Bronze, honraria outorgada aos que contribuem para a democracia, a construção da nação e a resolução de conflitos.[21]

 

Heroína nacional de Barbados

 

Sarah Ann Gill (1795-1866) foi uma líder social e religiosa em Barbados, no Caribe. Na época, era um território ultramarino da Inglaterra. A mãe de Sarah era negra, e o pai, branco. Em Barbados, uma pessoa de ascendência africana era considerada inferior. 

Sarah se casou com Alexander George Gill, de ascendência mista, e aos 28 anos herdou a propriedade dele na ocasião de sua morte. O casal teve um filho, que faleceu ainda novo. Em 1788, o metodismo chegou a Barbados e desafiou a ordem social vigente por sua luta contra a escravidão. 

Sarah abraçou esta fé e doou o terreno para a construção do primeiro templo metodista. Em outubro de 1823, uma multidão de brancos destruiu a capela em construção, e os missionários tiveram que fugir. Sarah e sua irmã Christiana Gill estavam entre os líderes da Igreja e abriram suas casas para a Igreja se reunir. Sarah realizou cultos em tempos de perseguição e ameaças físicas, que incluíam o incêndio de suas casas e processos por causa da realização de reuniões “ilegais”. A casa de Sarah foi alvo de tiros, e ela foi processada pela Assembleia da República, mas enfrentou as autoridades e continuou a defender a liberdade religiosa e a realizar cultos. 

Em 25 de junho de 1825, a Câmara dos Comuns, na Inglaterra, declarou uma ampla proteção e tolerância religiosa em Barbados. Sarah doou o terreno para a construção da Igreja Metodista James Street, em Bridgetown. Foi nomeada heroína nacional. 

Por sua firmeza contra a opressão, coragem, perseverança e compromisso com a liberdade religiosa, o Parlamento de Barbados, em 1998, a incluiu como um dos dez Heróis Nacionais de Barbados, sendo a única mulher.[22]

 


Uma santa metodista na Rússia

 

Anna Eklund (1867-1949) nasceu na Finlândia e se tornou diaconisa da Igreja Metodista na Rússia. O metodismo começou entre os imigrantes suecos em São Petersburgo, na Rússia, em 1881. Desde o início, o metodismo cuidou dos pobres, doentes e necessitados. 

Em 1908, a Casa Diaconal Betânia foi aberta, chefiada por sua mentora Anna Eklund durante a epidemia de cólera. Anna foi treinada em Hamburgo e Frankfurt. 

Ela e quatro irmãs ofereceram cuidados de enfermagem e ajuda humanitária. Em 1909, a Igreja Metodista foi legalizada e, em 1910, havia 500 membros em São Petersburgo. 

O metodismo continuou na Rússia mesmo após a Revolução de 1917, através dos esforços de Anna Eklund. 

Ela era uma ministra única. Durante a fome, em 1921, em São Petersburgo, ela liderou a distribuição de alimentos para os que passavam fome. Um orfanato foi aberto perto de São Petersburgo. Em 25 de dezembro de 1931, o novo regime fechou a igreja localizada em Bolshoi. Em 1937, o regime stalinista forçou o fechamento da Igreja Metodista na Rússia. 

Forçada a terminar seu trabalho, Anna voltou para a Finlândia em 1939. Mas seus sonhos se tornaram realidade: o metodismo renasceu na Rússia. Foi criado o Prêmio Anna Eklund para os que se destacam no serviço pioneiro do metodismo na Rússia. Um livro foi publicado sobre sua vida: Irmã Anna Eklund, 1867-1949: uma santa metodista na Rússia; suas palavras e testemunho, St. Petersburg 1908-1931”.[23]

 


A cidadã do mundo de Barbados

 

Ruth Nita Barrow (1916-1995) nasceu em St. Lucy, Barbados. Seu pai, Reginald Barrow, era bispo anglicano. Frequentou as universidades de Toronto e Edimburgo. 

Foi vice-presidente da Conferência Metodista de Igrejas, em 1973, e tornou-se diretora da Comissão Médica Cristã do Conselho Mundial de Igrejas em 1976. Era membro dedicado da Igreja Metodista. Dedicou sua vida à melhoria da educação de adultos, à redução da pobreza, à promoção da mulher e cuidados de saúde. 

Em 1964, tornou-se conselheira da Organização Mundial de Saúde e depois da Organização Pan-Americana de Saúde. Foi eleita presidente da YWCA (1975-1983), um movimento de mulheres que trabalha para a mudança social e econômica mundial. Em 1980, recebeu a maior honraria em Barbados: tornou-se Dame de St. Andrew da Ordem dos Barbados. Foi presidente do Comitê Executivo do Conselho Internacional para Educação de Adultos (1983-1989). Foi uma dos sete presidentes do Conselho Mundial de Igrejas (1983-1991). Presidiu a Associação Cristã de Mulheres Jovens e a Associação de Enfermeiros da Jamaica. 

Em 1985, foi a convocadora da organização não governamental (ONG) Fórum para a Década da Mulher, em Nairóbi, Quênia. Foi a única mulher do Grupo Comunidade de Pessoas Eminentes Commonwealth a ir à África do Sul para negociar o fim do apartheid e a libertação de Nelson Mandela. 

Foi embaixadora na ONU (1986-1990) e a primeira e única mulher governadora geral de Barbados (1990-1995). Ela é descrita como uma “cidadã do mundo”. Visitou mais de 80 países.[24] 

 

O impacto do amor a terrorista mulçumano

Martha Mullen, 48 anos, casada com Bill, mora em Richmond, Virgínia, EUA. Ela obteve o mestrado em Saúde Mental, em 1996, e mestrado em Estudos Teológicos pelo Seminário Teológico United, em Dayton, Ohio, em 2002. 

Na Maratona de Boston, em 2013, um atentado realizado por dois irmãos matou três pessoas e feriu mais de 260. Tamerlan Tsarnaev morreu, e seu irmão, Dzhokhar Tsarnaev, foi capturado. 

O enterro de Tamerlan demorou quase um mês. Vários cemitérios americanos se recusaram a sepultá-lo por temerem represálias. Alguns queriam que o corpo voltasse para a Rússia. Ao ouvir essa notícia, Martha disse: “Meu primeiro pensamento foi que Jesus disse: amai os vossos inimigos”. Discretamente, entrou em contato com pessoas da comunidade local, dos serviços funerários islâmicos da Virgínia e com o Departamento de Polícia de Worcester. 

O corpo foi enterrado em Richmond. A mídia descobriu a história e fez uma grande reportagem que destacava o amor de Martha ao inimigo. Na TV, ela disse: “Eu acho que nós precisamos lembrar que somos todos, no final, seres humanos”. Martha disse que tinha o apoio de seu pastor. Sua formação wesleyana influenciou a decisão. “John Wesley defendia a prática de um evangelho social”, disse. Mullen foi chamada de “a mulher mais odiada na Virgínia”, mas também de heroína. 

Alguém disse: “No mundo de hoje, o exemplo de Martha Mullen pode ser a chave para evangelizar uma geração cansada de guerra e que está à procura de uma terceira via: não a diplomacia, o conflito não armado, mas algo mais profundo e duradouro, algo como uma paz que ultrapassa a nossa compreensão humana”.[25] 


Recorde mundial como

organista da Igreja

 

Martha Curtis Hedrick Godwin nasceu em 17 de janeiro de 1927 nos EUA. Seu pai, Curtis Hedrick, tinha uma mercearia em Southmont, na Carolina do Norte. Aos 13 anos, ela se tornou a organista e pianista da Igreja Metodista Unida em Southmont. 

Martha entrou para o Livro de Recordes, o Guinness World Records. Desde abril de 1940, ela é organista e pianista da Igreja Metodista Unida Macedônia em Southmont, Carolina do Norte, EUA. É organista há mais de 73 anos. 

Ela toca piano desde os cinco anos. Martha, aos 64 anos como organista da igreja. Ela toca órgão no culto de domingo toda semana, acompanha o ensaio do coral e também programas especiais. Ela tocou em cerca de 4 mil cultos, sem contar as centenas de casamentos e funerais na igreja, além de inúmeras horas de prática ao longo das décadas. “E eu ainda fico nervosa”, diz ela. Vitória em Jesus é um dos hinos favoritos de Martha Godwin. Ela é um membro fiel, que serviu em muitas outras atividades na igreja, além de organista. 

Ela é uma pessoa maravilhosa e humilde. “Eu não sou realmente tão grande organista, o Senhor me deixa viver um longo tempo”, Martha disse com uma risada. Ela tem agora o apoio de outros dois pianistas/organistas da igreja. “Eu só envelheci fazendo o que eu gosto de fazer”. 

Ela ficou emocionada com o recorde mundial: “O Senhor tem sido bom para mim, e é uma maneira de eu poder louvá-lo”.[26]

 

Famosa pregadora na Inglaterra

 

Mary Barritt-Taft (1772-1851), nasceu em Lancashire, Inglaterra, em 12 de agosto 1772. Filha de John Barritt, não crente, e de Mary, uma metodista, tinha uma irmã e cinco irmãos. Seu irmão John era um pregador itinerante wesleyano. Apesar da resistência do pai, Mary e seu irmão mais velho John entraram para o metodismo. 

Aos 17 anos, ela já era ativa. Em 1802, ela se casou com o reverendo Zacharias Taft, pastor desde 1801, com quem viajou e pregou. 

Zacharias foi um grande protagonista da defesa de mulheres pregadoras. Em 1803, ele publicou Pensamentos sobre pregações femininas. Em 1809, defendeu a base bíblica do ministério feminino. 

Mary converteu diversas pessoas, que se tornaram pastores wesleyanos. Em 1803, as mulheres passaram a ter maiores dificuldades para pregar. Algumas ignoraram os obstáculos e continuaram a pregar. A mais famosa foi Mary Barritt-Taft. Ela inspirava as congregações com sua pregação. Em 1827, publicou Memórias da vida da Sra. Mary Taft, anteriormente senhorita Barritt, que foi vendido com fins beneficentes. 

Muitas outras mulheres se destacaram no movimento metodista na Inglaterra. Mary Bosanquet-Fletcher (1739-1815) foi a primeira mulher autorizada por John Wesley a pregar. Sarah Crosby (1729-1804) também recebeu autorização de Wesley. Selina Shirley, condessa de Huntingdon, discípula de George Whitefield, é chamada a “rainha do metodismo” pelas suas obras sociais. 

Era conhecida pelo título de Lady Huntingdon. Deixou suas propriedades para o sustento de 74 capelas. Algumas mulheres, como Ann Cutler (1759-1794) e Hester Ann Roe-Rogers (1756-1794), foram muito admiradas como exemplos de santidade.[27] 

 

Criadora das revistas Bem-Te-Vi

e Voz Missionária

Leila Flossie Epps (1884-1962) nasceu em Kingstree, na Carolina do Sul, e estudou em Leesville, no Meridian, Mississippi e na Escola de Formação em Kansas City, Missouri, em 1911. Em 1911, chegou ao Brasil, onde serviu por 37 anos, primeiro na área educativa. Ela criou a revista Bem-Te-Vi para as crianças da Escola Dominical da Igreja Metodista. 

Em 1929, o Conselho Missionário da Mulher da Igreja Metodista Episcopal (EUA) nomeou Leila Epps para o trabalho com as mulheres. Ela resistiu, mas um sonho com as mulheres brasileiras mudou seu pensamento e ela aceitou a nomeação. Foi pioneira no desenvolvimento e expansão do trabalho das mulheres metodistas no Brasil. Quando a Igreja Metodista no Brasil se tornou autônoma, em 1930, Epps foi convidada a continuar esta tarefa. Em 1930, junto com as federações de mulheres, criou a Voz Missionária, uma revista para as sociedades de mulheres. Foi a primeira editora. Ela era entusiasmada, bem-humorada e a chamavam de Dona Mizépe.

Epps se preocupou com a situação dos índios negligenciados no Brasil. Apoiou a criação de uma missão interdenominacional que foi estabelecida entre os índios Cauiá de Mato Grosso, e as mulheres ajudaram a apoiar um jovem médico brasileiro, Nelson de Araújo, um médico-missionário. Ela se arriscou a pegar doenças e enfrentou perigos na selva. Também ajudou a educar um dos jovens índios dessa tribo. 

Na imprensa, combateu a tragédia dos leprosos no Brasil e apoiou o trabalho com os leprosos da metodista Eunice Weaver, que se tornou mundialmente conhecida. Leila se aposentou em 1950, na Carolina do Sul, EUA.[28]

 

Desenvolvendo o metodismo na Eurásia

Lena Kim nasceu no Uzbequistão quando este país fazia parte da URSS. Ela é da quarta geração de coreanos nascidos na Rússia. Seus antepassados eram metodistas e foram para a Rússia após a 2ª Guerra Mundial. Seus avós tiveram medo e passaram a falar somente em russo. Lena aprendeu pouco da língua coreana, mas fala bem o inglês e o russo. 

Formou-se no Seminário Metodista Unido de Moscou em 2000. Foi nomeada para o Cazaquistão, onde serviu como pastora nas cidades de Pavlodar e Kurchatov. Em Pavlodar, trabalhou na Casa Regional da Infância e ministrou na prisão. Em Kurchatov, liderou grupos bíblicos infantis e teve um programa de rádio. 

Entre 2004 e 2006, Lena trabalhou como diretora de Evangelização e Desenvolvimento da Igreja Metodista Unida na Eurásia (Europa-Ásia). Viajou por toda a Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Azerbaijão, promovendo a missão e o evangelismo. Em 2006, foi nomeada diretora executiva de Educação e Desenvolvimento da Igreja na Eurásia. 

Em 2007, Lena recebeu o grau de doutor em Ministério pelo Seminário Teológico de Wesley. É também uma musicista talentosa. Compõe músicas para o povo metodista da Eurásia e já lançou dois discos. Um deles foi gravado em conjunto com o Grupo Christian Rock de Nimb, jovens metodistas de Samara, na Rússia. Suas músicas são baseadas na experiência do seu coração. Ela ama os hinos de Charles Wesley e viaja por toda a Eurásia, introduzindo novas músicas para o povo metodista por onde passa. 

Em 2015, passou a coordenar a Voluntários em Missão da Igreja Metodista Unida (Umvim) para a Eurásia e é a editora do No cenáculo na língua russa.[29]


  Atriz de Hollywood e cantora da Cruzada Billy Graham 


Ethel Waters (1896-1977) nasceu em Chester, Pensilvânia, como resultado do estupro de sua mãe adolescente, Louise Anderson. Foi criada na pobreza. 

Sua infância foi difícil. Ela disse que nunca foi uma criança, nunca foi abraçada ou entendida por sua família. Ela se tornou uma ladra profissional e roubou comida por necessidade. Foi criada pela avó católica convicta e internada num colégio católico, mas se converteu aos 11 anos num reavivamento na Igreja Metodista Episcopal Africana. 

Casou-se aos 13 anos de idade, mas logo deixou o marido abusivo e tornou-se uma empregada de um hotel de Filadélfia. Foi convencida a cantar e impressionou tanto o público, que lhe foi oferecido um trabalho profissional no teatro Lincoln, em Baltimore. Logo foi para Nova York. Participou da série da TV Route 66 e, em 1943, foi para Hollywood. 

Foi a segunda afro-descendente dos Estados Unidos a ser indicada a um Oscar. Foi incluída no GMA Gospel Music Hall of Fame em 1984. Excursionou com o evangelista Billy Graham (1957-1976). Participou pela primeira vez da Cruzada em 1957, no Madison Square Garden, em Nova York. Foi uma das mais aclamadas cantoras cristãs e seculares do mundo. 

Em 1972, publicou sua autobiografia Para mim é maravilhoso. [30]


A mãe do Movimento de

Santidade nos EUA

Phoebe Palmer (1807-1874) nasceu em Nova York. Seu pai, Henry Worrall, nasceu de novo ouvindo Wesley pregar para 5 mil pessoas, na Inglaterra. A mãe, Dorothea Wade Worrall, desde cedo incutiu valores metodistas rigorosos nos filhos. Palmer era disciplinada, sensível espiritualmente e uma leitora ávida de biografias de mulheres metodistas. 

Aos 11 anos, já escrevia relatando seu compromisso com Jesus. Em 1827, casou-se com Walter Palmer, um médico e metodista devoto. A morte de três de seus quatro filhos na infância a levou a confiar mais no amor de Deus. Experimentou a inteira santificação ensinada por Wesley, que é a crença de que um cristão pode viver uma vida livre de pecado. Passou a ensinar e a escrever cartas para pastores e bispos. Foi confidente de bispos metodistas. 

Phoebe impactou Catherine Booth, líder do Exército da Salvação, e influenciou vários grupos de orações que experimentaram o derramamento do Espírito e curas. Em 1837, ela se tornou líder das reuniões de oração realizadas em sua casa, das quais participavam empresários de Nova York, bispos e ministros metodistas. A Igreja Metodista foi influenciada nos EUA. Eles se tornaram pregadores e ministraram nas igrejas e em reuniões campais. Espalharam a santidade cristã em todos os EUA e em diversos países. Passaram quatro anos na Inglaterra. 

Palmer escreveu vários livros, incluindo The way of holiness, uma obra fundamental no movimento de Santidade. No livro A promessa do Pai, Palmer defendeu a ideia de mulheres pregarem no ministério cristão, o que era inédito na época.[31] 


Da Escola Dominical a governadora de São Vicente e Granadinas

Monica Jessie Dacon nasceu em 1934, em São Vicente e Granadinas, um país das Pequenas Antilhas. Foi a primeira mulher nomeada vice-governadora geral e governadora geral em São Vicente e Granadinas. Monica Dacon estudou no The Girls’ High School e no Cambridge School Higher.

Como docente, ensinou em duas escolas de Trinidad e Tobago e, em 1966, no Colégio dos Bispos, em São Vicente, em Kingstown. Em 1980, ganhou o certificado do Colégio dos Professores St. Vincent, e dois anos depois o grau de bacharel em Educação pela Universidade das Índias Ocidentais. Foi professora na Faculdade de Formação de Professores St. Vincent.

Monica atuou como diretora do Colégio dos Bispos por alguns meses antes de voltar para o Girls’ High School, onde permaneceu por quase 15 anos. Monica sempre foi envolvida com a igreja e em atividades cívicas. Ela era membro da Associação de Guias de Meninas. Ensinou na Escola Dominical por muitos anos e ajudou no currículo escolar da Igreja Metodista.

Em 2001, foi nomeada membro do Conselho de Administração do Serviço Público de Recursos. No mesmo ano, foi nomeada vice-governadora geral e, em 2002, governadora geral. Monica foi nomeada dama comandante da Ordem do Império Britânico em 2010. Ela é a primeira mulher a ser condecorada Vicentina, tendo sempre exercido suas funções com graça e dignidade.[32]

 

Líder da Associação das

Mulheres no Peru

Maria Sumire nasceu em 1951, no Peru. Cresceu na comunidade de Collachapi. Como advogada, apoiou a Federação Departamental de Camponeses de Cusco em suas lutas pela terra e organizações de mulheres.

Maria é membro da Igreja Evangélica Metodista do Peru, líder da Associação de Mulheres Andina (AMA) e foi um dos milhares de candidatos ao Prêmio Nobel em 2005.

Foi eleita para o Congresso do Peru, onde atuou entre 2006 e 2011. Fez seu juramento em quechua, sua língua materna, a língua das maiorias indígenas de Cusco e do Peru. Levantou as mãos e invocou os gestos de Túpac-Amaru e Micaela Bastidas, mártires das lutas andinas contra os opressores espanhóis e incas.

Lembrou-se do pai, Eduardo Sumire, líder sindicalista, e declarou sua fé evangélica metodista.

O desafio de Maria Sumire como cristã quechua é continuar trabalhando pelos direitos de seu povo e pelas pessoas que têm sido esquecidas e marginalizadas, pois os agricultores como ela têm direito a saúde, educação e trabalho.

Em seu trabalho parlamentar, Maria lutou pelos agricultores.[33]



A mãe dos direitos civis nos EUA

 

Rosa Parks (1913-2005) nasceu em Tuskegee, Alabama. Após a separação de seus pais, foi morar numa fazenda, ao redor de Montgomery, com os avós maternos, a mãe e um irmão. Ela foi costureira e membro da Igreja Metodista Episcopal Africana (AME).

Foi presa por se recusar a ceder seu assento em um ônibus local para um homem branco no primeiro dia de dezembro de 1955. 

Esse fato ajudou a lançar nos EUA o Movimento dos Direitos Civis, tornando-se o estopim do movimento antissegregacionista. Ela disse: “Na minha educação e na Bíblia, aprendi que as pessoas devem defender os direitos, assim como os filhos de Israel se levantaram contra o faraó”.

Martin Luther King incentivou os negros a boicotarem os ônibus. Ela hoje é símbolo da luta antirracista nos EUA. Rosa ganhou uma medalha de ouro do Congresso norte-americano, em 1999, com a inscrição “Mãe do Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais”. Um filme – The Rosa Parks – foi lançado sobre a sua história. Parks ajudou com comunhão e batismos em sua congregação local, em Detroit, e também foi uma diaconisa, a posição mais alta para uma leiga na denominação.

Ela morreu em 2005, aos 92 anos. Em 2013, uma estátua de bronze de Rosa Parks foi erguida em Washington, lembrando a líder dos direitos civis.[34]


Apesar de cega escreveu mais de 9 mil hinos

Fanny Crosby (1820–1915) nasceu na aldeia de Brewster, cerca de 50 km ao norte de Nova York. Escreveu mais de 9 mil hinos. Com pouco mais de um mês, teve uma infecção nos olhos.

O médico receitou cataplasmas de mostarda quente, e a menina ficou cega. Ele fugiu da cidade, tamanha a revolta suscitada entre os parentes e vizinhos do bebê. O pai de Fanny faleceu logo depois.

Fanny Crosby foi evangelizada por sua avó, que passava horas lendo a Bíblia para ela, que demonstrava ter uma memória extraordinária. No Instituto de Cegos, em Nova York, lecionou por mais de 35 anos. Tocava piano e harpa. No Instituto, conheceu Alexandre Van Alstyne, um músico que também era cego e com quem se casou aos 38 anos.

Foi uma das mulheres mais conhecidas nos EUA em sua época. Era uma pregadora. Publicou livro de poema. Entre seus hinos, estão: Quero estar ao pé da cruz; A Deus demos glória; Meu Senhor, sou teu; Conta essa história. Um filme foi feito sobre sua vida: Fanny Crosby story. Chegou a ser muito conhecida por cinco presidentes dos Estados Unidos.

Fanny era membro da Igreja Metodista Episcopal de Nova York. Ela era uma oradora devota e frequentemente preparava os cultos infantis da igreja. No seu túmulo está escrito: “Ela fez o máximo que pôde. Sem dúvida, foi uma heroína da fé”.[35]

 

A primeira mulher

chamada de “primeira-dama”

Lucy Ware Webb Hayes (1831-1899) nasceu em Chillicothe, Ohio, EUA. Seu pai, James Webb, era um médico cristão e abolicionista. Ele faleceu quando Lucy tinha dois anos. Lucy se formou na Universidade Wesleyana em Cincinnati e se casou com Rutherford Birchard Hayes, eleito presidente dos EUA.

Mulheres copiaram seu penteado e roupas. Ela ganhou o apelido de “Lucy Limonada”, porque se recusou a servir bebida alcoólica na Casa Branca. Era extrovertida, simpática, quase sempre alegre. Adorava cantar e assobiar (ela sabia muitos cantos de pássaros). 

Primeira esposa de presidente a ser chamada “primeira-dama”. Defensora da abolição da escravatura e dos direitos das mulheres. Ela doou até mil dólares por mês para ajudar os desabrigados. Lucy era admirada pelo povo americano, mas não gostava de ser primeira-dama. Ficou agradecida quando o mandato de Rutherford Hayes terminou em 1881. Era extremamente popular e amada pelo povo americano. 

Foi a primeira presidente Nacional da Sociedade Missionária Casa das Mulheres da Igreja Metodista, onde trabalhou para melhorar a condição das mulheres pobres e desamparadas. Era inteligente e foi a primeira esposa presidencial a ter educação universitária. Foi considerada a mulher ideal do século 19.[36] 

 

Pregadora, médica e ativista

pelos direitos da mulher

Anna Howard Shaw (1847-1919) nasceu na Inglaterra. Sua família, muito pobre, foi para os EUA. Quando ela tinha 12 anos, seu pai deixou a maior parte de sua família sozinha numa fazenda isolada em Michigan. Depois que seu irmão mais velho ficou doente, Shaw procurou manter suas terras. Ela trabalhou na plantação, cortou madeira e ainda cavou um poço.

Estudou Teologia, foi pregadora, médica e ativista pelos direitos da mulher. Foi a primeira mulher nomeada na Igreja Metodista Protestante. Pregava sobre a temperança e defendia o voto das mulheres. Por dez anos, foi presidente da Associação Nacional do Voto Feminino, lutando pelo voto das mulheres e seus direitos como cidadãs, o que aconteceu em 1920.

Foi presidente da Comissão de Defesa do Trabalho da Mulher. Foi a primeira mulher a receber a maior menção presidencial civil, o Distinguished Service Medal, pelos esforços em prol da paz mundial.

Em sua homenagem, foi criado o Centro Anna Howard Shaw, filiado à Faculdade de Teologia da Universidade de Boston. Na data do seu nascimento, 14 de fevereiro, é comemorado o Anna Howard Shaw Day. Anna foi retratada por Lois Smith no filme Iron jawed angels, exibido na TV em 2004.[37]


Primeira advogada e juíza da Coreia

 

Tai-Young Lee (1914-1998) nasceu em Pukjin, Unsan County, hoje  Coreia do Norte. Seu pai era minerador de ouro. Foi a primeira advogada do gênero feminino e a primeira juíza da Coreia. Ela lutou pelos direitos das mulheres por toda a sua vida.

Uma de suas frases mais citadas é: “nenhuma sociedade pode ou vai prosperar sem a cooperação das mulheres”. Ela é da terceira geração de metodistas. Seu avô fundou a Igreja Metodista na cidade de Pukjin.

Após estudar na escola em Pukjin, formou-se na Chung Ei Girls High School, em 1931. Estudou na Ewha Womans University, Seul, graduando-se em Economia Doméstica. Em 1936, casou-se com Yil Hyung Chyung, pastor metodista, que foi preso sob a acusação de ser espião dos EUA. Mais tarde, ele se tornou ministro dos Negócios Estrangeiros da República da Coreia.

Em 1938, eles se mudaram para Seul, onde seu esposo ensinou no Seminário Teológico Metodista. Foi a fundadora do primeiro Centro de Assistência Jurídica da Coreia, em 1956. Em 1971, participou da Conferência Mundial da Paz. Em 1975, recebeu o Prêmio Ramon Magsaysay, pela atuação na causa dos direitos judiciais iguais para a libertação de mulheres coreanas. Em 1977, foi presa e no ano seguinte recebeu o prêmio da Associação Internacional de Assistência Jurídica. Em 1981, recebeu o doutorado honorário em Direito pela Universidade de Maddison.

Em 1984, recebeu o Prêmio Metodista Mundial da Paz. Tai-Young Lee escreveu 15 livros.[38]

 

Primeira-dama e a voz da China no mundo

Soong May-ling (1898-2003) nasceu em Hongkou, Xangai, China. Seu pai, Charles Soong, estudou nos EUA e se converteu. Ele se formou em Teologia e foi pastor metodista, empresário milionário e um revolucionário na China. Soong May-ling se casou com Chiang Kai-shek, que se tornou generalíssimo do exército nacionalista chinês, e passou a ser madame Chiang Kai-shek. Em Xangai, May-ling estudou na Escola McTyeire para meninas. Estudou no Wesleyan College, nos EUA, e no Wellesley College, onde se formou em 1917.

Em 1920, ela conheceu Chiang Kai-shek, mas sua mãe foi contra o casamento e só concordou depois que Chiang mostrou prova de seu divórcio e prometeu se converter ao cristianismo.

A madame Chiang Kai-shek atraiu muita atenção na América por sua beleza e coragem. Ela participou amplamente da política chinesa. Foi uma das mulheres politicamente mais importantes do mundo. Tornou-se porta-voz do marido e a voz da China no resto do mundo, encantando o público norte-americano com seu inglês.

Fez uma cruzada para auxílio à China. Falou perante o Congresso dos Estados Unidos (1943) para angariar apoio para a luta da China contra o Japão. Após a derrota na guerra civil chinesa em 1949, ela foi com o marido para Taiwan.

Após a morte do marido, ela se mudou para Nova York. Faleceu aos 106 anos. Foi uma das mais mulheres mais influentes do século 20, tendo sido capa da revista Time. A criação do Fundo Soong May-ling marcou os 25 anos de formatura de madame Chiang, em 1942.[39]

 

 

O Moisés negro que libertou mais de 300 escravos

Araminta Harriet Ross ou Harriet Tubman (1820-1913) nasceu em Maryland, EUA. Foi exemplo de coragem e determinação.

Quando criança, foi submetida a chicotadas. Nas noites frias, dormia perto do fogo e, por vezes, os dedos dos pés ficavam presos nas cinzas. Sua principal fonte de nutrição era farinha de milho. A maior parte de sua infância foi ao lado da avó. Aos 12 anos, um inspetor causou grave ferimento em sua cabeça. Por volta de 1844, ela se casou com um negro livre, John Tubman. Mas, como ele não quis fugir, em 1849, ela deixou o marido e fugiu para a Filadélfia.

Um casal abolicionista lhe deu carona. Harriet conseguiu um emprego e seu salário ajudou a libertar outros escravos. Num período de dez anos, fez 19 viagens para o Sul e libertou mais de 300 escravos, inclusive, os seus pais. Na guerra civil americana, trabalhou para o exército da União como cozinheira, enfermeira e espiã. Conhecida como o Moisés Negro, havia uma recompensa por sua captura. Era analfabeta. Atribuía suas visões a Deus.

Ajudou a organizar a Igreja Metodista Episcopal Africana e criou um lar para indigentes idosos africanos americanos, Harriet Tubman Home. Entre os filmes sobre sua vida estão Uma mulher chamada Moisés e Harriet Tubman, um desenho da Discovery.[40]

  

Wahatchee, a Mulher Guerra

Nancy Morgan Hart (1735-1830) nasceu no Vale do Rio Yadkin, na Carolina do Norte, EUA. Era alta, magra, de olhos azuis e o rosto marcado pelas sardas e varíola que teve na infância. Seus cabelos eram vermelhos e seu temperamento explosivo. Hart foi uma heroína cujas façanhas na Guerra Revolucionária Americana (1775-1783) se tornaram lendas. Sua família está relacionada ao famoso Daniel Boone. Em 1760, conheceu e se casou com Benjamin Hart.

Em 1771, foram morar perto do Rio Largo, na Geórgia, e tiveram nove filhos. Era bem conhecida dos índios, que a chamavam “Wahatchee”, Mulher Guerra. Ela gostava de caçar veados e seguia as abelhas para colher mel em suas colmeias. Diziam que ela era “um mel de patriota, mas um diabo de mulher”. Ela sabia atirar muito bem. Criou um jardim medicinal com todas as ervas para manter sua família saudável. As pessoas vinham de longe para provar as maçãs de seu pomar. Seu conhecimento de medicina  fez dela uma procurada parteira. 

Hart foi uma patriota devotada durante a guerra. Seu marido foi para a guerra contra os ingleses como tenente da milícia na Geórgia e ela optou por ficar sozinha em casa. Uma das lendas diz que a casa de Hart foi invadida por seis ingleses que exigiam alimentação. Enquanto preparava a alimentação, ela conseguiu embebedá-los e derrotá-los pegando suas armas. Hart atuou como espiã e corajosamente entrou no acampamento britânico disfarçada como um homem para obter informações que ajudaram a derrotar os ingleses na grande batalha de Kettle Creek, em 14 de fevereiro de 1779. A lenda conta que Hart participou da batalha. 

Hart se converteu e se tornou uma metodista fervorosa, que lutou bravamente contra o diabo como lutou contra os ingleses. Na década de 1790, eles se mudaram para outros lugares. Hart morou e faleceu em Henderson, Kentucky. Hart recebeu diversas homenagens. Na década de 1930, uma réplica da cabana da casa de Hart foi erigida perto de Elbert County, Geórgia. Seu nome foi dado ao condado de Hart, em Kentucky.[41].


Primeira-dama de

Moçambique e África do Sul

Graça Simbene Machel Mandela nasceu em 1945, em Incadine, Gaza, Moçambique. Filha de um pastor metodista, que morreu antes de ela nascer. Foi enviada a uma escola missionária metodista aos seis anos e depois foi para a universidade em Portugal com uma bolsa da Missão Metodista.

Formou-se bacharel em Filologia da Língua Alemã. Foi uma política e ativista dos direitos humanos moçambicanos. Recebeu treinamento militar, trabalhou com mulheres e crianças, e ensinou na escola.

Em 1974, foi nomeada vice-diretora da Escola Secundária Frelimo em Bagamoyo. Após a independência, em 1975, Graça se tornou ministra da Educação e Cultura e membro do Comitê Central da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique).

Foi primeira-dama de Moçambique desde 1976, quando se casou com Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique, morto em 1986. Em 1990, foi nomeada pela ONU para o Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância. Recebeu a Medalha Nansen das Nações Unidas em 1995. Em 1998, casou-se com Nelson Mandela.

Ela sempre foi uma mulher pragmática, que acredita que a educação é o primeiro passo essencial para o progresso. Foi eleita pela revista Time uma das cem figuras mais influentes do mundo em 2010.[42]



A mãe do metodismo na América

 

Barbara Ruckle Heck (1734-1804) nasceu no condado de Limerick, Irlanda. Seus pais haviam fugido da perseguição religiosa na Alemanha. Ela se converteu aos 18 anos através da pregação de João Wesley.

Em 1760, ela se casou com Paul Heck e partiu com um grupo de irlandeses para o Novo Mundo, estabelecendo-se na colônia de Nova York. No grupo estava seu primo Philip Embury, carpinteiro, que se converteu também por Wesley, na Irlanda, e que havia recebido carta de pregador.

Mas o grupo perdeu o zelo religioso e passou para a decadência espiritual. Em 1766, ao ver um grupo jogando cartas, Barbara varreu a mesa, jogou as cartas na lareira e desafiou Philip a pregar na sua própria casa com a frase: “Philip, tens de pregar para nós ou todos iremos para o inferno e Deus exigirá nosso sangue de tuas mãos”.

Criaram duas classes em Nova York. Logo o local se tornou pequeno e alugaram um “Cenáculo”. No ano seguinte, eles foram apoiados pelo capitão Thomas Webb. Em 1768, na Rua St. John, em Nova York, foi erigida a primeira capela metodista na América.

Quando a Guerra Revolucionária Americana estourou, em 1766, Paul Heck pegou em armas para lutar pelos britânicos. Sua fazenda, em Vermont, foi confiscada e eles fugiram para Montreal, em 1783.

A família recebeu uma doação de terras em Maynard. Lá, eles realizaram a primeira classe metodista em sua pequena cabana na floresta.

Em 1817, Samuel, filho de Barbara, foi ordenado diácono na capela metodista em Elizabethtown.[43]

 

Defensora das trabalhadoras domésticas da Bolívia

Casimira Rodriguez Romero nasceu numa família pobre, em 1966, província Mizque, comunidade San Vicentena, Bolívia. Entrou na luta pela sobrevivência desde cedo. “Éramos uma pobre família, três irmãos e três irmãs. Lembro-me de minha mãe, que nos criou com amor”, disse ela.

Aos 13 anos, foi trabalhar numa casa em troca de casa e comida, mas sem remuneração, a primeira injustiça sofrida. Em 1992, conheceu Jesus Cristo como seu Salvador.

Em 1996, assumiu o cargo de secretária-executiva do sindicato e coordenou a organização do trabalho de vários departamentos da Bolívia. Ajudou a fundar a União dos Trabalhadores Domésticos. Ganhou o Prêmio Mundial Metodista da Paz em 2003. Foi nomeada ministra da Justiça da Bolívia (2006-2007). Foi a primeira mulher indígena a servir como ministra do governo.

Ela afirmava que, antes de ser ministra de um grupo político, queria ser ministra do Senhor. Ela disse: “Eu vim de uma comunidade metodista e não deixei de frequentá-la a cada domingo, quando era possível”. Disse mais: “Ser ministra era como estar numa jaula de ouro: muitos policiais, corpos de segurança, muita gente ao redor, como para proteger a rainha”.

Sua luta pela defesa dos direitos das mulheres continua intensa. Ela atua com as trabalhadoras domésticas e está formando uma fundação cujo objetivo é lutar pelos direitos humanos das mulheres bolivianas.[44]

 

Missionária médica pioneira na Índia

Clara A. Swain (1834-1910) nasceu em Elmira, Nova York, EUA. Aos oito anos, entrou para a Igreja Metodista, uma decisão que influenciou sua vida cristã. Aos 21 anos, Swain começou a ensinar alunos particulares em Castela. Depois, se mudou para Canandaigua, Nova York, para ensinar numa escola, desenvolvendo interesse pela Medicina, para cuidar dos doentes. Ela se formou no Woman’s Medical College of Pennsylvania.

Seu chamado para o serviço na Índia veio da necessidade de se ter uma médica de qualidade para a alta casta de mulheres na Índia. Swain chegou a Bareilly, Índia, em 1869, onde passou 27 anos tratando de mulheres e crianças e evangelizando. No primeiro ano, ela treinou 17 estudantes de Medicina para ajudá-la com os pacientes e tratou, no mínimo, 1.300 pacientes. Em 1874, ela havia construído o Hospital da Mulher e a Escola de Medicina, o primeiro em toda a Ásia.

Apesar da resistência à medicina ocidental, a missão teve sucesso. Ela se tornou médica do palácio no Estado de Rajputana. Seu sucesso lhe deu uma posição na corte para atender a saúde das mulheres e, em seu tempo livre, trabalhar numa clínica e numa escola para meninas. Ela aproveitou a oportunidade para ensinar que Cristo viera para libertar as mulheres do pecado e elevar a sua posição. Ela tem sido chamada de “mulher médica pioneira na Índia”.

O trabalho começou em Bareilly com uma clínica para mulheres e crianças que evoluiu para se tornar o Hospital Sara Swain, o maior e mais antigo hospital metodista na Índia.[45]



A mulher que deu origem ao metodismo

Susanna Wesley (1669-1742) era a 25ª filha do Dr. Samuel Annesley e Mary White. É conhecida como a mãe do metodismo por ter ensinado aos filhos uma vida disciplinada e metódica. Ela gostava de Teologia. Dominava bem francês, latim e o grego. Em 1688, com 19 anos, casou-se com Samuel Wesley, que tinha 26 anos, e tiveram 19 filhos.

Nove de seus filhos morreram quando bebês. Foi a primeira professora das crianças. Cada noite conversava com um dos filhos. As crianças foram ensinadas a falar com cortesia e a chorar suavemente. A falta de dinheiro era uma luta contínua para Susanna. Sua casa foi incendiada duas vezes. Ela começava a ensinar o alfabeto aos filhos no dia do aniversário de cinco anos. Ela se preocupava com a felicidade de seus filhos. Mantinha um horário rigoroso em seu lar, era disciplinada e metódica. Seus filhos eram ensinados sobre a importância da confissão. Ela sempre recompensava a obediência. Susanna passou a realizar culto nos domingos à tarde para a família. Muitos vieram participar, chegando a haver cerca de 200 pessoas. Susanna escreveu várias peças que seriam fundamentais na educação dos seus filhos.

Além de cartas, Susanna Wesley escreveu meditações e comentários bíblicos para seu próprio uso. Em 1735, ficou viúva e foi morar com Wesley. No seu falecimento, pediu aos filhos para cantarem um salmo.[46]  


Primeira-dama e Secretária de Estado

 

Hillary Diane Rodham Clinton nasceu em Chicago, EUA, em 1947.  Sua mãe, Dorothy Rodham, era uma professora da Escola Dominical da Igreja Metodista e a levava à igreja aos domingos.  

Aos 13 anos, Hillary se tornou membro da Igreja Metodista Unida em Park Ridge, Illinois. Ela se graduou em ciência política pela Wellesley College, em 1969, e recebeu o grau de Juris Doctor pela Faculdade de Direito de Yale, em 1973. 

Em 1977, participou na fundação da associação Advogados em Defesa das Crianças e Famílias do Arkansas. Em 2000, Hillary fez história como a primeira-dama eleita para o Senado americano e como a primeira mulher eleita ao Senado pelo Estado de Nova York.

  Foi a 67ª Secretária de Estado dos EUA, no governo do presidente Obama; a primeira-dama e esposa do ex-presidente Clinton. Em 1996, falou na Conferencia Geral Metodista pedindo à Igreja para cuidar das crianças. Como Secretária de Estado e primeira dama, ela participou da Igreja Metodista Unida em Washington. Sua passagem favorita: "a fé sem obras é morta." Numa convenção metodista, em 2014, lembrou seu pai todas as noites orando de joelhos ao lado da cama e citou os versos de Wesley sobre "Fazer sempre todo o bem que puder”.

  Em 2012, a revista americana Forbes a escolheu como a mãe mais poderosa do mundo. Em abril de 2014, discursou para sete mil metodistas na Assembleia de Mulheres da Igreja Metodista Unida no Centro de Convenções Internacional Kentucky. Em outra ocasião, refletindo sobre sua ênfase na justiça social em sua profissão, ela disse que ser metodista é fundamental para a sua identidade.

Foi candidata à presidência dos EUA, em 2016.[47]

 

 



[2] * Óscar ou Oscar, oficialmente chamado de Prêmios da Academia (em inglês The Academy Awards ou The Oscars[nota 2]), é o mais importante e prestigioso prêmio do cinema mundial, entregue anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, fundada em Los Angeles, Califórnia, em 11 de maio de 1927 (https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93scar).

 http://www.umc.org/news-and-media/harper-lee-was-united-methodist-in-word-deed

https://pt.wikipedia.org/wiki/Harper_Lee

http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2016-02/morre-harper-lee-autora-de-o-sol-e-para-todos

http://www.biography.com/people/harper-lee-9377021#later-years 

[6]   http://advivo.com.br/comentario/re-lembrancas-da-luta-armada-15

http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/heleny-telles-ferreira-guariba/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Heleny_Guariba

http://irmandadedosmartires.blogspot.com.br/

http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/heleny-telles-ferreira-guariba/

GUARIBA, Heleny. O falso “milagre”. Cruz de Malta,  p.31-33.

http://revista.faculdadeunida.com.br/index.php/reflexus/article/viewFile/33/87

[7] www.nndb.com/people/411/000048267/‎

    www.en.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Thompson

    https://www.newworldencyclopedia.org/.../Dorothy

    www.biography.yourdictionary.com/dorothy-thompson

    www.en.metapedia.org/wiki/Dorothy_Thompson

   http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Dorothy_Thompson

[8] *O Capitólio é o local de reunião do Congresso estadunidense, formado peloSenado (câmara alta) e pela Câmara dos Representantes (câmara baixa). https://pt.wikipedia.org/wiki/Capit%C3%B3lio_dos_Estados_Unidos

 http://www.cbeinternational.org/files/u1/free-art/brp171_her_own_story.pdf

https://en.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Ripley

https://personalpedia.wordpress.com/2008/06/10/dorothy-ripley-1767-1832-believe-it-or-not/

http://www.politico.com/story/2015/01/this-day-in-politics-114159

[12] * Um diploma honorário é um modo de homenagear uma pessoa notável. Geralmente, a universidade apresenta esse diploma de doutorado durante a cerimônia de formatura e a pessoa que o recebe faz um discurso (http://www.ehow.com.br/faco-receber-doutorado-honorario-educacao-fatos_55996/).

https://en.wikipedia.org/wiki/Jo_Anne_Lyon

http://www.lighthousetrailsresearch.com/blog/?p=18459

https://www.indwes.edu/news/2016/06/dr-jo-anne-lyon-to-serve-as-interim-vp#.WAYxzPkrK1s

http://www.businesswire.com/news/home/20150928006036/en/World-Hope-International-Founder-Dr.-Jo-Anne

http://worldmethodistcouncil.org/dr-jo-anne-lyon-recipient-of-the-2015-peace-award/ 

[17] http://www.ntcmissionaloutreach.org/missional-outreach-blog/ebola-update-from-beatrice-gbanga-on-october-6-2014

http://www.umcor.org/umcor/resources/news-stories/2014/july/0731beatricegbanga

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[18] Pesquisa: http://greaternw.org/author/inm/page/2/

http://imaginenomalaria.org/news/donor-gives-1.1-million-to-imagine-no-malaria

http://inm2014.wordpress.com/about/

[25] Pesquisa: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tamerlan_Tsarnaev

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[27] Pesquisa: BARBIERI, Sante Uberto, Estranha estirpe de audazes. Imprensa Metodista, SP.

REILY, Duncan Alexander. Metodismo brasileiro e wesleyano. São Bernardo do Campo: Imprensa Metodista, 1981 http://www.library.manchester.ac.uk/searchresources/guidetospecialcollections/methodist/using/womeninmethodism/roleofwomen/.

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