Copyright © 2024, Odilon Massolar Chaves
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Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 69
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Tradutor: Google
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Odilon
Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História
pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua
tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua
contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi
editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
É
escritor, poeta e youtuber.
Toda
glória seja dada ao Senhor
Índice
·
Pioneiras
no combate a escravidão em Antígua
·
A
mulher que cutucou a América
·
A
inclusão das mulheres imigrantes na Noruega
·
A riqueza de se doar aos pobres
·
A
Joana d’Arc que enfrentou os japoneses na Coreia
·
A
menina arisca que enfrentou a ditadura
· A jornalista que
enfrentou Hitler
· Primeira mulher a falar
no Capitólio dos EUA
·
Em
defesa do direito das vítimas
·
Mãe
da liberdade dos negros na África do Sul
·
Da
tragédia do ataque terrorista à promoção da paz
·
Prêmio
Mundial Metodista da Paz
·
Mulher negra mais influente de seu tempo nos EUA
· Missionária no Camboja e Nepal
·
Premiada
como enfermeira em Bahamas
·
Ganhadora
do Prêmio Nobel da Paz e presidente
da Libéria
· Heroína da saúde em
Serra Leoa
· Doou um milhão de
dólares para combater a malária em Angola
· Pioneira no cuidado dos
leprosos no Brasil
· Guerreiras do metodismo
na Jamaica
· Uma mulher corajosa e
empresária bem-sucedida na África do Sul
· Heroína nacional de
Barbados
· Uma santa metodista na
Rússia
· A cidadã do mundo de
Barbados
· O impacto do amor a terrorista mulçumano
· Recorde mundial como
organista da Igreja
· Famosa pregadora na
Inglaterra
· Criadora das revistas Bem-Te-Vi e Voz Missionária
· Desenvolvendo
o metodismo na Eurásia
·
Atriz
de Hollywood e cantora da Cruzada Billy Graham
· A mãe do Movimento de
Santidade nos EUA
· Da Escola Dominical a
governadora de São Vicente e Granadinas
· Líder da Associação das
Mulheres no Peru
· A mãe dos direitos
civis nos EUA
· Apesar de cega escreveu
mais de 9 mil hinos
· A primeira mulher
chamada de “primeira-dama”
· Pregadora, médica e
ativista pelos direitos da mulher
· Primeira advogada e
juíza da Coreia
· Primeira-dama e a voz
da China no mundo
· O Moisés negro que
libertou mais de 300 escravos
· Wahatchee, a Mulher
Guerra
· A mãe do metodismo na
América
· Defensora das
trabalhadoras domésticas da Bolívia
·
Missionária
médica pioneira na Índia
·
A
mulher que deu origem ao metodismo
·
Primeira-dama
e Secretária de Estado
Introdução
“Mulheres guerreiras de coração aquecido” é um livro
histórico sobre mulheres metodistas que foram destemidas e/ou consagradas que
enfrentaram adversidades, mudaram situações e deixaram um legado.
Algumas pagaram com a vida para termos uma vida mais digna
com liberdade e justiça.
São breves histórias impactantes sobre 49 mulheres de 21 países
que amavam ao Senhor, a liberdade e acreditaram muito no que faziam.
São mulheres do passado e dos nossos dias atuais, muitas
das quais ainda estão vivas e atuantes.
São inspirações para os nossos dias tanto para mulheres
como para homens. Seus exemplos mostram que é possível ir muito mais além e
vale a pena lutar pela vida, liberdade e justiça.
O Autor
Pioneiras no combate a escravidão em Antígua
Elizabeth Hart Thwaites (1772-1833) e Anne Hart Gilbert (1773-1833) nasceram em Antígua, Caribe, na época um local de plantação, escravos e um posto naval britânico governado por brancos “ásperos e mercenários.” Elas eram filhas de Anne e Barry, uma família negra livre.
Elizabeth e Anne causaram escândalo em Antígua, quando decidiram se casar com líderes metodistas leigos e brancos, Anne com John Gilbert, em 1798, e Elizabeth com Charles, por volta de 1805.
Outro escândalo foi se batizarem ainda jovens na Igreja Metodista, em 1786, por Thomas Coke. Elas trabalharam ativamente para espalhar o metodismo entre os negros de Antigua. Em 1797, havia 2.379 pessoas negras e 25 pessoas brancas na Igreja Metodista em Antígua.
As chamadas “irmãs Hart” defendiam um cristianismo que desafiava a situação patriarcal e escravagista vigente. Elas insistiam que na obra de Deus as mulheres tinham o direito de buscar o trabalho santo e não apenas os homens. Defendiam a igualdade política propondo assim que negros e escravos fossem iguais aos brancos. Usaram a escrita para desafiar a ordem patriarcal. Foram as primeiras escritoras afro-caribenhas.
Em 1804, Anne e Elizabeth escreveram uma breve história do metodismo na Antigua. Elizabeth escreveu também poesia, hinos, cartas e um tratado antiescravista.
Em 1801, Elizabeth fundou
uma escola particular
Em 1813, foi construída a Escola Betesda para crianças escravizadas.
Em 1815, fundaram a “Sociedade do Refúgio Feminino” para órfãos e mulheres. Elas condenavam a prostituição.
“A maioria das mulheres afro-descendentes, livres ou escravas, engajavam-se em concubinato em parcerias íntimas com homens negros ou brancos e tinham oportunidades educacionais e profissionais limitadas”.
Anne e Elizabeth foram pioneiras no combate a escravidão em Antigua.[1]
A mulher que cutucou a América
Nelle Harper Lee (1926-2016) nasceu em Monroeville, Alabama, EUA. Cresceu como metodista e foi membro da primeira Igreja Metodista Unida em Monroeville. Sua família foi a "espinha dorsal" da Igreja. Os vitrais da capela foram em honra aos pais de Lee.
Sua irmã mais velha, Alice, era advogada e da liderança na igreja local e foi a primeira mulher a liderar a delegação de Alabama-West na Conferência Geral da Igreja Metodista. Harper Lee fez o curso de direito em Montgomery, Alabama.
Em 1949, foi para Nova York, onde trabalhou em uma
companhia aérea enquanto tentava seguir a carreira de escritora. Em
Em 1960, publicou o livro O sol é para todos. Foi grande sucesso e evidênciou sua herança metodista da santidade pessoal e social. Um roteiro foi escrito baseado no livro com o mesmo titulo ganhando oito indicações ao Oscar*. A versão cinematográfica ganhou três prêmios.
Em 1961, ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção pela obra, que retrata o sul do país marcado pela luta racial e injustiça social. O livro vendeu mais de 40 milhões de cópias.
Em 2007, recebeu a "Medalha Presidencial da
Liberdade dos Estados Unidos" por suas contribuições à literatura.
Os filmes Capote (2005), Infamous (2006) e
TV Scandalous Me: The Jacqueline Susann Story (1998) retratam sua
vida. Harper Lee utilizou a palavra "metodista" e "João
Wesley" nas primeiras páginas de seu clássico romance To Kill a Mockingbird.
Lee teve força de caráter, coragem destemida, coração ético ao escrever um livro sobre a injustiça racial antes da Lei dos Direitos Civis. Recentemente, foi descoberto seu livro “Vá coloque uma vigia”, lançado em 2015.
O título vem de um versículo do livro do profeta Isaías e também inclui referências metodistas. O presidente Bush disse que Harper Lee estava à frente de seu tempo e que a sua obra-prima cutucou a América.[2]
A inclusão das mulheres imigrantes na Noruega
Ingull Grefslie nasceu na Noruega e estudou na Faculdade de Teologia Det Teologiske Menighetsfakultet, em Oslo, Noruega. Serviu na Igreja Metodista Unida em Haugesund. Em 2015, foi consagrada presbítera na Conferência Anual em Halden e nomeada para as Igrejas em Skien e Hvittingfoss.
Gresfslie tem tido uma preocupação com a questão da imigração que está tão intensa nos últimos anos na Europa. Seu foco tem sido a inclusão das mulheres imigrantes, que tem tido um grande crescimento na Igreja.
Gresfslie lembra a frase familiar dentro da Igreja Metodista: “corações abertos, mentes abertas, portas abertas”. São cristãos assírios, ortodoxos da Eritreia, católicos e pentecostais africanos que procuram a Igreja Metodista.
Para ela, os encontros e relacionamentos com os imigrantes têm sido um enriquecimento, mas também é um desafio por causa das diferenças lingüísticas e culturais. Lembra que o “próprio John Wesley tinha lidado com as questões sociais do seu tempo, incluindo o tráfico de escravos, contrabando, produção de licor e tratamento desumano de prisioneiros”.
Na Conferência Anual em Bergen, em 2017, aos 59 anos, foi nomeada superintendente da Igreja Metodista na Noruega.
É a segunda bispa na história do metodismo na Noruega em seus 160 anos de organização. Sempre foi líder competente e pastora respeitada tendo um trabalho frutífero, onde pastoreou. Seu desafio agora como bispa é ser Igreja Metodista em uma Noruega multicultural.
Sua tese de mestrado, em 2015, sobre os imigrantes, tem como título: “Na Igreja eu não sou uma estranha, mas estou em casa”, mulheres imigrantes reunião com UMC (Igreja Metodista Unida).
Foi uma afirmação de uma imigrante na Igreja Metodista. As mulheres imigrantes sabem que são bem-vindas e isso é um suporte para uma nova vida em um novo país.
Para Gresfslie, o elemento-chave com a imigração é o que Jesus ensinou sobre o amor ao próximo. [3]
A
riqueza de se doar aos pobres
Elizabeth Snyder Glide (1852-1936) chamada carinhosamente de Lizzie, nasceu em Louisiana, EUA. Durante um estudo da Bíblia em família teve sua própria experiência com Deus.
A família se transferiu para Sacramento, Califórnia, em 1867, e se uniu à Igreja Metodista Episcopal, Sul. Lizzie era ativa e professora da Escola Dominical. Nessa igreja conheceu seu futuro marido, Joseph Glide, um barão de gado.
Em 1889, aconteceu um avivamento na igreja e Lizzie consagrou sua vida ao serviço cristão, especialmente para os mais necessitados. Ficou conhecida e amada entre os pobres.
Viveu de forma mais simples para ter mais riqueza para doar para o trabalho missionário em outros países.
Pediu ao marido para parar de comprar presentes caros em seu aniversário e outras ocasiões e dar seu dinheiro para que ela pudesse dar mais aos necessitados. Com a morte de seu marido, em 1909, assumiu os negócios passando a ser muito respeitada na Califórnia. Continuou canalizando recursos para ajudar ao próximo pelo trabalho da Igreja.
Um dia, Lizzie teve uma visão de uma igreja sendo o coração de São Francisco. Em 1920, comprou um terreno na encosta sul de Nob Hill, um pequeno distrito de São Francisco, Califórnia, e criou a Fundação Glide como um memorial para seu marido Joseph Glide.
Em 1929, começou a construir a igreja na esquina das ruas Taylor e Ellis.
A pedra angular foi colocada, em 1930, com a inscrição: Templo Evangelístico Memorial de Glide, Uma Casa de Oração para todos os Povos. A Igreja Metodista Episcopal Memorial Glide, Sul, abriu suas portas em 1931.
A igreja cresceu em sua visão e manteve seu compromisso de alcançar os mais pobres dos pobres.
Hoje tem mais de 10 mil
membros, oferece 5.707 camas para abrigo e três refeições diárias para até 300
pessoas. Julian C
McPheeters escreveu A história da vida de Lizzie H. Glide.
Parte do filme Em busca da felicidade foi feito na Igreja.[4]
A Joana d’Arc que enfrentou
os japoneses na Coreia
Ryu
Gwansun (1902-1920) nasceu em Cheonan-si, Chungcheongnam-do, Coreia do Sul. Era
filha Ryu Jung-gwon e Yi So-je. Em 1919, era uma estudante na Ewha Woman's
School,
Sua professora Alice Sharp era missionária. Gwansun entrou na Ewha Womans School com uma bolsa de estudante e ficou conhecida pela organização do Movimento 1º de Março contra o domínio colonial japonês na Coréia do Sul.
Sua profunda fé em Deus e os ensinamentos da escola metodista Ewha Womans lhes deram coragem de agir.
Ela voltou para sua casa em Jiryeong-ri quando o governo japonês fechou todas as escolas coreanas. Junto com sua família, começou a despertar sentimentos públicos contra a ocupação japonesa. Visitou Igrejas explicando sobre as condições das manifestações que se realizariam em Seul.
Ambos os seus pais foram mortos a tiros pela polícia japonesa. Ela foi presa e sofreu tortura. Foi condenada a cinco anos de prisão.
Durante o julgamento, Gwansun protestou contra a injusta administração colonial japonesa e a lei do governador-geral da Coreia. Gwansun morreu na prisão, em 28 de setembro de 1920.
Suas palavras finais foram: "Mesmo que minhas unhas sejam arrancadas, o nariz e as orelhas sejam rasgadas e as minhas pernas e braços sejam esmagadas, esta dor física não se compara à dor de perder a minha nação.
Meu único arrependimento é não ser capaz de fazer mais do que dedicar minha vida para o meu país."
Os japoneses não queriam liberar seu corpo, mas Lulu Frey e Jeannette Walter, diretores de Ewha Womans School, ameaçaram divulgar a causa de sua morte.
Em 14 de outubro de 1920 seu funeral foi realizado na Igreja em Jung-dong pelo ministro Kim Jong-wu. Gwansun tem sido chamada de Joana d'Arc da Coreia.
Foi condecorada com a Ordem do Mérito da
Independência, em 1962. É um símbolo da luta coreana pela independência através
do protesto pacífico.[5]
A menina arisca que enfrentou
a ditadura
Heleny Ferreira Telles Guariba (1941-1971) nasceu em Bebedouro, São Paulo.
Filha de Isaac Ferreira Caetano e Pascoalina Ferreira. Ficou orfã de pai aos
dois anos. Na adolescencia deu aulas para crianças e jovens na Escola Dominical
da Igreja Metodista Central,
Ela escrevia artigos para os jovens metodistas na revista Cruz de Malta. Heleny teve dois filhos no casamento com o professor universitário Ulisses Telles Guariba. Foi funcionária pública da Junta Comercial de São Paulo e trabalhou como professora em um curso pré-vestibular.
Ela se formou na Faculdade de Filosofia da USP. Em 1965 ganhou bolsa de estudos e foi para a Alemanha estudar teatro, política e artes. Na França, fez seu doutorado.
No Brasil, usou o teatro como instrumento de transformação politica e liberdade. Deu aulas na Escola de Artes Dramáticas da USP.
Em Santo André, 1968, fundou o grupo Teatro da Cidade formado em sua grande maioria por operários. Ela escreveu diversos artigos em jornais dos anos 60 provocando a ira da ditadura. Foi presa em 1970 e torturada pelo Dops.
Foi solta em 1971 e quando
se preparava para deixar o país foi presa novamente. Testemunhas afirmam que
ela foi assassinada na “Casa da Morte” da ditadura,
Frei Betto, numa carta enviada a Heleny, disse: “Pequena, arisca, você sempre me pareceu uma pessoa muito bonita, dessa beleza que vem de dentro para fora, enraizada no espírito ágil, que conserva, no corpo, o jeito de menina. Mesmo na prisão, sua alegria contagiava. Guardo de você a última vez que a vi. Era seu aniversário e seus filhos levaram um bolo com velinhas e um presente. Ao desfazer a fita de cetim rosa e papel colorido, você viu o que era e achou muita graça, começou a mostrar a todo mundo, a beijar as crianças (...),”.
Tinha um modo de viver intenso. Seu nome foi dado a um centro cultural em Diadema e ao Teatro Studio Heleny Guariba, SP. É exemplo de coragem e perseverança.[6]
A jornalista que enfrentou
Hitler
Dorothy Thompson (1893-1961) nasceu em Lancaster, New York, EUA. Filha de Margaret e Peter Thompson, um pastor metodista. Margaret morreu quando Dorothy tinha sete anos (em 1901). Dorothy estudou na Universidade de Syracuse e Instituto de Tecnologia de Illinois. Logo, ela se tornou importante no movimento do sufrágio (direito a voto das mulheres) de Nova York como organizadora e palestrante.
Foi uma grande jornalista, comentadora política e uma das principais opositoras de Hitler e do fascismo.
Em 1939, ela foi reconhecida pela Revista Time como a segunda mulher mais influente na América ao lado de Eleanor Roosevelt. Foi apelidada de "o tornado de olhos azuis". Foi a primeira americana jornalista a ser expulsa da Alemanha nazista, em 1934.
Ela é considerada por alguns como a "Primeira Dama do Jornalismo
Americano”.
Depois de se formar em jornalismo, ela se mudou para a Europa. Seu relato negativo sobre Hitler e dos nazistas levou à sua expulsão, em 1934. Ela se tornou a primeira correspondente dos EUA expulsa da Alemanha. Voltou para a America e passou a escrever em mais de 150 jornais e fazer comentários na Rádio BNC.
Sua coluna On the Record era muito popular. Ela se casou com o vencedor do Prêmio Nobel, o romancista Sinclair Lewis, em 1928, e teve um filho. Escreveu alguns livros, dentre eles: “Eu vi Hitler” e a “A coragem de ser feliz”.
No final de sua vida, ela apoiou o desarmamento nuclear e retratou a guerra fria como uma batalha cultural e ideológica, e não como uma luta militar.[7]
Primeira mulher a falar no
Capitólio dos EUA
Dorothy Ripley (1767-1832) nasceu em Whitby, Yorkshire, na Inglaterra. Seu pai enfrentou a pobreza. Foi um mestre pedreiro e um pregador metodista que acompanhou Wesley e construiu a primeira Igreja Metodista em Whithy.
Dorothy conheceu Wesley e seus pregadores na casa de seu pai.
Em 1797, ela teve uma forte experiência espiritual e sentiu que Deus lhe havia ordenado a deixar sua casa na Inglaterra e viajar para os EUA em uma missão para ajudar os escravos africanos. Foi a pé até Londres, onde conseguiu embarcar.
Em 1802, viajou para Washington para falar com o presidente Jefferson, especialmente sobre seu desejo de ajudar as mulheres escravas e o desafiou a ter compaixão de seus 300 escravos.
Este fato abriu as portas para ser a primeira mulher a falar, em 12 de janeiro de 1806, na Câmara de Representantes, na presença do presidente Thomas Jefferson. Fez sua base em Charleston, a fortaleza da escravidão americana do sul.
Sua teologia wesleyana se revela na sua pregação sobre a justiça social, doutrina de expiação que assume a salvação universal, a garantia da nossa salvação e doutrina da santidade de Wesley.
Proclamou "o anúncio jubiloso de salvação" para crianças etíopes e se envolveu na reforma das prisões. Ela se reuniu com Thomas Jefferson, presidente dos EUA, pregou em várias igrejas e escreveu vários livros.
Em 12 de janeiro de 1806, ela se tornou a primeira mulher a pregar no Capitólio* EUA. Lutou também contra a imoralidade da pena de morte.
Em 1818, abriu a primeira capela metodista no
condado de Bingham
Dorothy era uma mulher de oração, pregadora,
escritora e missionária que passou 30 anos nos EUA e atravessou o oceano 4Atlântico
nove vezes procurando melhorar a vida dos escravos. Pregou em várias igrejas e
escreveu vários livros.[8]
Em defesa do direito das vítimas
Nancy Grace nasceu em 1958, em Macon, Georgia, EUA. Filha de Mac Grace e de Elizabeth Grace, membros da Igreja Metodista Unida de Macon, onde Elizabeth tocou órgão e Mac Grace foi professor da Escola Dominical.
Grace graduou-se no Windsor Academia de Macon, em 1977, e se formou na Universidade de Mercer.
Seu sonho era ser professora de inglês, mas em 1979 seu noivo Keith Griffin foi assassinado e Grace decidiu cursar direito e se tornar uma promotora de crime e uma defensora dos direitos das vítimas.
Obteve a licenciatura em direito constitucional e penal na Universidade de Nova Iorque e ensinou na Georgia State University College of Law.
Depois serviu como promotora especial no escritório de advogacia do distrito do condado de Fultonem, Atlanta, por mais de dez anos. A Court TV a contratou para sediar uma cobertura de julgamento ao vivo. Passou a ser uma das mais seguidas analistas legais de TV. Foi apresentadora de programa na Rede News. Em Atlanta, ofereceu linha direta às mulheres agredidas. Sua reputação para lidar com casos de alta visibilidade chamou a atenção e ela foi contratada para fazer a cobertura e comentários na TV de casos policiais.
Em 2005, Grace entrou no horário nobre na CNN Headline News e trabalhou na Court TV, até 2007, e com Swift Justice, até 2011. Ela adquiriu fama e popularidade devido à cobertura agressiva de controversos assuntos do dia, tais como de seqüestro, estupro etc.
Ganhou diversos prêmios. Grace é autora de alguns livros, dentre eles: A Primeira Vítima (2009) e Morte na D-List (2010).
O personagem de Ellen Abbott, no filme “Garota
Exemplar”, em 2014, é baseado
Em 2007, ela se casou com David Linch. A cerimônia
foi realizada na Igreja Metodista em Macon. É mãe dos gêmeos Lucy e John. Grace
trabalha em nome dos desaparecidos e explorados. Ela tem dado uma voz aos sem
voz.[9]
Charlotte Maxeke (1874-1939)
nasceu em Ramokgopa, Polokwane, África do Sul. Sua mãe era professora e seu pai
capataz e um pregador leigo na Igreja Presbiteriana. Estudou na escola primária
em Uitenhage, escola sênior
Em 1885, sua família foi para Kimberley, onde ela se tornou professora. Charlotte e sua irmã, Katie, entraram para o Coro Africano, em 1891, que excursionou à Inglaterra (1891-1893) para homenagear a rainha Victoria.
Em 1894, Charlotte foi com um coro ao Canadá e EUA. Na América ganhou uma bolsa para a Universidade de Wilberforce, em Cleveland, Ohio, onde conheceu e se casou com Marshall Maxeke.
Graduou-se bacharel em Ciência, em 1905. Ela e seu marido retornaram à África do Sul e fundaram o Instituto Wilberforce.
Na Igreja Metodista Episcopal Africana foi eleita presidente da Sociedade Missionária da Mulher. A partir de 1919, ela se tornou ativa na legislação e foi co-fundadora da Liga Feminina Bantu e foi a organizadora da Sociedade Missionária das mulheres em Joanesburgo.
Ela e seu marido estabeleceram uma escola em Evaton e passaram a ensinar e evangelizar em outros lugares, incluindo Thembuland, no Transkei, sob o rei Sabata Dalindyebo. Charlotte participou na corte do rei, um privilégio para uma mulher.
Depois se estabeleceram em Joanesburgo, onde se tornou a primeira mulher africana oficial de justiça. Ela e seu marido participaram do lançamento do Congresso Sul-Africano Native Nacional em Bloemfontein, em 1913.
Participou na formação da União dos Trabalhadores Industrial e Comercial (UTI), em 1920, e criou uma agência de emprego para os africanos em Joanesburgo.
Foi a primeira mulher negra a se tornar oficial de condicional para delinquentes juvenis.
Charlotte foi homenageada como "Mãe da liberdade dos negros na África do Sul".
Na Tanzania, uma escola
maternal tem seu nome. O Hospital Joanesburgo foi renomeado para Hospital
Charlotte Maxeke.[10]
Da tragédia do ataque terrorista à promoção da paz
Myrna Bethke é pastora da Igreja Metodista Unida em Freehold e superintendente distrital no distrito sul, em Gateway, EUA. Ela supervisiona 63 igrejas e seu lazer são os jogos online e caminhar na praia. É casada com Drew Burrus, um organista da Igreja. Eles têm dois filhos.
Myrna perdeu seu irmão mais novo no atentado terrorista nas Torres Gêmeas em 11 de setembro de 2001. Foi uma trágica perda e grande dor. Ela entendeu que tinha dois caminhos: afundar ou subir. Então, decidiu subir percorrendo o caminho da reconciliação e da promoção da justiça e paz. Começou a ajudar seus fiéis, e outros, trabalhando no sentido de tornar o mundo um lugar mais pacífico.
Em 2002, Myrna fez parte de um grupo chamado Peaceful Tomorrows, uma delegação de paz inter-religiosa para o Afeganistão organizado pela Global Exchange. Ela entrou para o grupo na esperança de ter uma melhor compreensão das circunstâncias que levaram os terroristas a atacarem e ver como os grupos religiosos poderiam fazer conexões preliminares com os muçulmanos. Em 2002, Myrna viajou ao Afeganistão e passou duas semanas com judeus, cristãos e muçulmanos, onde encontrou exemplos de hospitalidade afegã a influenciam até hoje.
Afirmou que escolhemos o amor de Deus ou as ações de terror. Ela pergunta: será que nossas ações devem ser definidas por aquilo que o amor de Deus quer que façamos ou vamos permitir que o medo governe nossos dias?
Como pastora, fez um esforço para a reconciliação
quando a comunidade
Prêmio Mundial Metodista da Paz
Jo Anne Lyon nasceu em 1940, em Blackwell, Oklahoma, EUA. É casada com o Rev. Wayne Lyon e têm quatro
filhos e 10 netos. Mora
É bacharel em educação pela Universidade de Cincinnati e tem mestrado em Aconselhamento da Universidade de Missouri-Kansas City.
Fez pós-graduação em Teologia Histórica, na Universidade de St. Louis. Foi condecorada com um doutorado honorário* em Divindade pelo Seminário Northeastern e Colégio Wesleyano Unido. Recebeu ainda um doutorado honorário de Letras Humanas da Universidade Wesleyana Sul e Universidade Wesleyana Indiana.
Em 1996, ela fundou e dirigiu a WHI (World Hope International) entre 2006-2008, que procura aliviar o sofrimento e a injustiça através da educação em mais de 30 países dirigindo as organizações humanitárias e de desenvolvimento baseadas na fé. Em 2008, foi eleita a primeira mulher guperintendente Geral na Conferência Geral da Igreja Wesleyana. Em 2012, foi eleita como a única superintendente geral. Ela é a vice-presidente do Seminário Wesley, em Marion, Indiana. Tem escrito vários artigos e publicações, incluindo o livro “A bênção final”.
Dirigindo a WHI, ela se relacionou extensivamente com um conselho religioso anterior e escritórios na Casa Branca durante o governo Bush realizando uma grande quantidade de trabalhos na área de alívio da AIDS e desenvolvimento econômico.
Em 2015, ela foi nomeada pelo presidente Obama
para fazer parte do Conselho Consultivo do presidente sobre fé. Em 2015, ela
ganhou o Prêmio Mundial Metodista da Paz.[12]
Mulher negra mais influente de seu tempo nos EUA
Mary Jane McLeod Bethune (1875-1955) nasceu em uma fazenda de
arroz e algodão,
Em 1896, começou
a ensinar no instituto normal e industrial em Augusta, Geórgia. Em 1896, foi presidente
da Associação Nacional de Mulheres Negras. Em 1899, em Palatka, Florida,
dirigir uma escola de missão. Em 1914, foi recrutada para ajudar a Cruz
Vermelha. Em 1924, Mary se tornou líder nacional dos clubes de mulheres, uma
organização cívica que apoiava o bem-estar uma das outras. Em 1928, o presidente
Calvin Coolidge a convidou para participar da conferência do bem-estar infantil.
Em 1930, o presidente Herbert Hoover a indicou para a conferência da Casa
Branca sobre Saúde da Criança. Em 1935, fundou o Conselho Nacional de Mulheres
Negras,
Foi nomeada para cargo de diretora da Divisão de
Assuntos Negros da Administração Nacional da Juventude se tornando a primeira mulher
chefe da Divisão Africano-Americano Feminina. Conselheira de cinco presidentes
dos EUA. Há uma escultura sua
Missionária no Camboja e Nepal
Katherine T. Parker nasceu na
California, EUA. Dois avôs, um bisavô, uma tia e vários primos serviram como
pastores metodistas. Ela frequentou o Harvey Mudd College, em Claremont,
Califórnia, e obteve o bacharel de Ciências,
Como parte desse programa, esteve no
Instituto Rural Asiático em Nishinasuno, Japão. Depois, voltou aos Estados
Unidos para servir com os agricultores de Iowa,
Katherine serviu no programa de Desenvolvimento Comunitário em Saúde e Agricultura da Missão Metodista no Camboja ajudando a desenvolver projetos cooperativos de segurança alimentar que envolve a criação de vacas, porcos, galinhas e patos. Também trabalha com cooperativas de arroz, agricultura de legumes e vários projetos. No Camboja também ajudou as congregações a assegurarem acesso contínuo à água potável. Desde 2013, ela é missionária da Junta Geral de Ministérios Globais da Igreja Metodista Unida, em Nepal. Trabalha também com as congregações ajudando a garantir o seu acesso à água potável segura. Trabalha com as comunidades locais combatendo o casamento infantil e tráfico de seres humanos.[14]
Premiada como enfermeira em
Bahamas
Naomi Anna Christie (1920-2001)
nasceu
Naomi pertenceu a essa comprometida Igreja Metodista Wesley, em Grants Town, e com dedicação serviu regularmente à Igreja, que é considerada uma luz que baliza no centro de Grants Town. Em 1937, Naomi entrou no Hospital Geral Bahamas fazendo treinamento como parteira. Depois de quatro anos dificeis e desafiadores, em 1941, ela se formou em enfermagem. Foi enfermeira e parteira por mais de 50 anos. Em 1942, Naomi se casou com Gladstone Livingstone Christie e tiveram cinco filhos.
Ela recebeu vários prêmios nacionais em reconhecimento ao seu trabalho. Recebeu a Medalha e Certificado Independence Jubileu de Prata.
Em sua homenagem, em novembro de 2003, foi aberta a casa para idosos chamada Enfermeira Naomi Christie pelo primeiro ministro de Bahamas, que inicialmente ofereceu cuidados vinte e quatro horas por dia para 13 idosos. A abertura e funcionamento foi um orgulho para a Conferência da Igreja Metodista das Bahamas que se uniu com o governo para garantir um tratamento com cuidado, dignidade e respeito na casa de idosos, que leva o nome de uma metodista, que foi respeitada em Bahamas.[15]
Ganhadora do Prêmio Nobel da
Paz e presidente da Libéria
Ellen Johnson Sirleaf nasceu em Monróvia, na Libéria, em 1938. Seu avô era alemão e se casou com uma mulher da área rural cujas avós eram liberianas indígenas. Ellen se formou na Faculdade de África Ocidental, um colégio da Igreja Metodista Unida. Ela é bacharel em Ciências Contábeis da Universidade de Wisconsin, EUA. É formada em economia pela Universidade do Colorado, EUA, e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade de Harvard, EUA.
Em 1985, foi candidata ao Senado e criticou o regime militar, o que lhe valeu uma condenação de dez anos de prisão. Depois da passagem pela cadeia, viveu no exílio até 1997, quando regressou à Libéria como economista do Banco Mundial e do Citibank na África. Foi eleita presidente da Libéria em 2005. Como metodista, falou na Conferência Geral da Igreja Metodista Unida de 2008. Lutou contra a corrupção e por profundas reformas institucionais na Libéria. Foi reeleita presidente da Libéria em 2011. Em 2007, o presidente George W. Bush lhe concedeu a Medalha da Liberdade, a mais alta condecoração civil dos EUA.
Ela é mãe de quatro filhos. Foi a primeira
mulher a ser eleita chefe de Estado de um país africano. Ela fez da educação de
meninas uma prioridade. Criou a Liberia Education Trust e um ambicioso programa
de formação de professores. Ganhou o Prêmio
Nobel da Paz de 2011 por seu trabalho sobre os direitos das mulheres. Ela é
chamada de “a dama de ferro da Libéria”.[16]
Heroína da saúde em Serra
Leoa
Gbanga voltou com nova visão para Serra Leoa e treinou a todos que estivessem disponíveis. Ela procurou elevar também a autoestima das mulheres em seu país. Treinou profissionais de Enfermagem (1985-1993). Trabalhou como administradora e coordenadora do programa médico da Conferência Anual Metodista de Serra Leoa (1993-1997). Trabalhou para o Ministério da Saúde de Serra Leoa. Supervisionou, coordenou e treinou milhares de voluntários do Imagine No Malaria, distribuindo 300 mil (2010) e depois 700 mil mosquiteiros (2014), uma das ações mais eficazes do mundo, com reconhecimento internacional.
Ela é missionária da Junta Geral de Ministérios Globais da Igreja
Metodista Unida (JGMG). Coordena todas as atividades de saúde da Igreja em três
hospitais e sete clínicas. Supervisiona o Imagine
no Malaria na prevenção da malária, aids e ebola. É membro da Primeira
Igreja Metodista Unida em Riverdale (Atlanta), Geórgia. É casada com Tamba
Samuel Gbanga, com quem tem cinco filhos. É considerada uma heroína anônima da
Igreja Metodista Unida. Recebeu o chamado de Deus para mudar e salvar vidas.[17]
Doou um milhão de dólares
para combater a malária em Angola
Bárbara Ferguson foi casada com Earl Ferguson por 23 anos. Os dois cresceram na comunidade agrícola de Goldendale, Washington. Earl tem origem humilde e cresceu numa fazenda de criação de gado perto do Rio Colúmbia. Foi presidente da classe e membro de banda e de time de futebol.
Earl obteve o bacharelado em matemática em Washington e um mestrado em matemática na Universidade de Michigan. Teve uma carreira de sucesso na indústria de ciência da computação e ajudou a desenvolver duas empresas premiadas com quatro patentes, entre elas a Foundry Networks. O gênio de Earl em matemática e engenharia o levou a descobrir tecnologias que contribuíram para a criação da internet. Earl faleceu em 2003.
Bárbara Ferguson é membro da Igreja Metodista Unida de Los Altos. Desde 1985, trabalha como voluntária no Ministério de Finanças. Bárbara ouviu seu pastor falar sobre doações ao programa Imagine No Malaria da Igreja Metodista Unida para comprar redes de proteção contra a malária para salvar vidas em Angola. A cada 60 segundos, a malária ceifa uma vida na África. Bárbara doou um milhão de dólares.
Anualmente, Earl concedeu de 10 a 12 bolsas de estudo para a Universidade
de Washington. Fez ainda uma doação de 1,6 milhão de dólares de bolsas para
Klickitat County e Yakima Valley College. Barbara e Earl acreditavam que Deus
os estava convidando a compartilhar as bênçãos que tinham recebido. Sempre
fizeram isso com humildade e gratidão a Deus pela oportunidade de dar. Foi a
maior contribuição individual para a Imagine
No Malaria.[18]
Pioneira no cuidado dos
leprosos no Brasil
Eunice Sousa Gabi Weaver (1902-1969) nasceu em São Miguel, São Paulo. Sua mãe era portadora de hanseníase. Seus pais se mudaram para Uruguaiana (RS). Ela foi educada em escolas metodistas em Buenos Aires; no Colégio União, em Uruguaiana, e em Piracicaba (SP), onde se formou em Educação Sanitária. Em 1927, Eunice se casou com Charles Anderson Weaver, missionário norte-americano da Igreja Metodista. Ele era viúvo e ex-diretor do Colégio União e diretor do Colégio Granbery da Igreja Metodista, em Juiz de Fora (MG).
Eunice acompanhou o marido, que dirigiu a Universidade Flutuante da América do Norte, num transatlântico, viajando por 42 países nos quais fez diversos cursos e procurou conhecer os problemas da hanseníase, tendo conhecido Mahatma Gandhi. Seu marido foi nomeado diretor do Instituto Central do Povo da Igreja Metodista. Fundou a Sociedade de Assistência aos Lázaros e o Educandário Santa Maria, no Rio de Janeiro. Em 1935, conseguiu junto ao presidente Getúlio Vargas auxílio oficial para a obra. Viajou por todo o país divulgando a campanha da Federação das Sociedades de Assistência aos Lázaros e Defesa contra a Lepra. Foi a primeira mulher a receber, no Brasil, a Ordem Nacional do Mérito, no grau de comendador.
Publicou livros e
representou o Brasil em congressos internacionais sobre a hanseníase. Organizou
serviços assistenciais em diversos países. Recebeu o título de “Cidadã
Carioca”. Foi a delegada brasileira no 12º Congresso Mundial da ONU (1967).
Diversas instituições de assistência aos hansenianos levam o nome de “Sociedade
Eunice Weaver”. Seu oficio fúnebre foi na Igreja Metodista. Foi uma das
mulheres mais brilhantes do Brasil.[19]
Guerreiras do metodismo na
Jamaica
Quando o rev. Thomas Coke chegou em 1789 à Jamaica, foi recebido calorosamente por Mr. Fishley, mas logo enfrentou a oposição da aristocracia quando um bando de homens brancos bêbedos entrou gritando no local ele pregava para cerca de 400 brancos e 200 negros.
Foi defendido por Touro e Mary Ann Smith, que pegaram um par de tesouras e exclamaram: “Agora você pode fazer o que quiser, mas o primeiro homem que puser a mão violenta nele terá esta tesoura empurrada em seu coração”. Os molestadores recuaram resmungando.
Em 1789, chegou o primeiro missionário, o reverendo William Hammett. Foi aberta uma célula com oito pessoas negras, brancas, pardas, escravas ou livres. Mary Ann Smith era a líder.
Em 1790, foi construído um templo de dois andares para 1.600 pessoas, fechado depois pelas autoridades por causa da ajuda aos jamaicanos de ascendência africana. Tentaram destruir o edifício. Jornais caluniaram os pastores. Os escravos usavam um túnel subterrâneo sob o templo para entrar no edifício para o culto. Certa vez, uma emboscada matou um grupo. As paredes ficaram manchadas de sangue.
Mais tarde, Mary Wilkinson se uniu à igreja. Era uma mulata livre que fugiu de Manchioneal, em Kingston, porque os habitantes brancos desaprovavam o casamento de escravos, e ela realizou casamentos de escravos. Mary encontrou a igreja fechada pelas autoridades e começou a evangelizar noite e dia.
Quando o templo foi reaberto, em 1814, apresentou ao pastor uma lista de 1.100 nomes de pessoas discipuladas. Em 1840, uma estrutura maior foi concluída no mesmo local. O templo foi danificado pelo terremoto de 1907 e reconstruído em estilo neogótico. A Igreja Metodista Coke foi declarada monumento nacional em 2 de janeiro de 2002.[20]
Uma mulher corajosa e
empresária bem-sucedida na África do Sul
Nomazizi Mtshotshisa (1944-2008) nasceu em Duncan Village, East London, África do Sul. Cursou a Escola Primária Metodista, em Tsolo, e depois a High School Gales. Foi treinada como enfermeira no Hospital Livingstone. Trabalhou em vários hospitais. Obteve licenciatura em Direito e Ciências de Enfermagem. Foi diretora da Associação Nacional de Advogados Democráticos (Nadel), contribuindo para a mudança do sistema judiciário do país.
Viajou por todo o país para garantir que os presos políticos tivessem assistência jurídica. No auge da luta, em 1970 e 1980, financiou aqueles que foram para o exílio e viajou muitas vezes para Harare, no Zimbábue, onde mobilizou apoio externo e recursos para a luta contra o apartheid. Após deixar a Nadel, entrou para o mundo dos negócios e se tornou uma empresária bem-sucedida. Foi presidente da Midi, que é dona da TV E, e presidente da empresa de telefonia Telkom.
Foi a primeira presidente do sexo feminino da África de uma empresa africana na Bolsa de Valores de Nova York. Era um pilar de força para sua família e um membro fiel da Igreja Metodista. Foi empresária, ativista comunitária e construtora política. Foi a personificação da liderança corajosa para as mulheres e deu grande contribuição à luta pela democracia. Tinha profundo senso de humanidade e humildade, uma líder que acreditava que podia motivar e influenciar outras mulheres sendo um exemplo a ser seguido.
O governo da África do Sul lhe concedeu a
Ordem dos Luthuli em Bronze, honraria outorgada aos que contribuem para a
democracia, a construção da nação e a resolução de conflitos.[21]
Heroína nacional de Barbados
Sarah Ann Gill (1795-1866) foi uma líder social e religiosa em Barbados, no Caribe. Na época, era um território ultramarino da Inglaterra. A mãe de Sarah era negra, e o pai, branco. Em Barbados, uma pessoa de ascendência africana era considerada inferior.
Sarah se casou com Alexander George Gill, de ascendência mista, e aos 28 anos herdou a propriedade dele na ocasião de sua morte. O casal teve um filho, que faleceu ainda novo. Em 1788, o metodismo chegou a Barbados e desafiou a ordem social vigente por sua luta contra a escravidão.
Sarah abraçou esta fé e doou o terreno para a construção do primeiro templo metodista. Em outubro de 1823, uma multidão de brancos destruiu a capela em construção, e os missionários tiveram que fugir. Sarah e sua irmã Christiana Gill estavam entre os líderes da Igreja e abriram suas casas para a Igreja se reunir. Sarah realizou cultos em tempos de perseguição e ameaças físicas, que incluíam o incêndio de suas casas e processos por causa da realização de reuniões “ilegais”. A casa de Sarah foi alvo de tiros, e ela foi processada pela Assembleia da República, mas enfrentou as autoridades e continuou a defender a liberdade religiosa e a realizar cultos.
Em 25 de junho de 1825, a Câmara dos Comuns, na Inglaterra, declarou uma ampla proteção e tolerância religiosa em Barbados. Sarah doou o terreno para a construção da Igreja Metodista James Street, em Bridgetown. Foi nomeada heroína nacional.
Por sua firmeza contra a opressão, coragem,
perseverança e compromisso com a liberdade religiosa, o Parlamento de Barbados,
em 1998, a incluiu como um dos dez Heróis Nacionais de Barbados, sendo a única
mulher.[22]
Uma santa metodista na
Rússia
Anna Eklund (1867-1949) nasceu na Finlândia e se tornou diaconisa da Igreja Metodista na Rússia. O metodismo começou entre os imigrantes suecos em São Petersburgo, na Rússia, em 1881. Desde o início, o metodismo cuidou dos pobres, doentes e necessitados.
Em 1908, a Casa Diaconal Betânia foi aberta, chefiada por sua mentora Anna Eklund durante a epidemia de cólera. Anna foi treinada em Hamburgo e Frankfurt.
Ela e quatro irmãs ofereceram cuidados de enfermagem e ajuda humanitária. Em 1909, a Igreja Metodista foi legalizada e, em 1910, havia 500 membros em São Petersburgo.
O metodismo continuou na Rússia mesmo após a Revolução de 1917, através dos esforços de Anna Eklund.
Ela era uma ministra única. Durante a fome, em 1921, em São Petersburgo, ela liderou a distribuição de alimentos para os que passavam fome. Um orfanato foi aberto perto de São Petersburgo. Em 25 de dezembro de 1931, o novo regime fechou a igreja localizada em Bolshoi. Em 1937, o regime stalinista forçou o fechamento da Igreja Metodista na Rússia.
Forçada a terminar seu trabalho, Anna voltou para a Finlândia em 1939.
Mas seus sonhos se tornaram realidade: o metodismo renasceu na Rússia. Foi
criado o Prêmio Anna Eklund para os
que se destacam no serviço pioneiro do metodismo na Rússia. Um livro foi
publicado sobre sua vida: Irmã Anna
Eklund, 1867-1949: uma santa metodista na Rússia; suas palavras e testemunho,
St. Petersburg 1908-1931”.[23]
A cidadã do mundo de
Barbados
Ruth Nita Barrow (1916-1995) nasceu em St. Lucy, Barbados. Seu pai, Reginald Barrow, era bispo anglicano. Frequentou as universidades de Toronto e Edimburgo.
Foi vice-presidente da Conferência Metodista de Igrejas, em 1973, e tornou-se diretora da Comissão Médica Cristã do Conselho Mundial de Igrejas em 1976. Era membro dedicado da Igreja Metodista. Dedicou sua vida à melhoria da educação de adultos, à redução da pobreza, à promoção da mulher e cuidados de saúde.
Em 1964, tornou-se conselheira da Organização Mundial de Saúde e depois da Organização Pan-Americana de Saúde. Foi eleita presidente da YWCA (1975-1983), um movimento de mulheres que trabalha para a mudança social e econômica mundial. Em 1980, recebeu a maior honraria em Barbados: tornou-se Dame de St. Andrew da Ordem dos Barbados. Foi presidente do Comitê Executivo do Conselho Internacional para Educação de Adultos (1983-1989). Foi uma dos sete presidentes do Conselho Mundial de Igrejas (1983-1991). Presidiu a Associação Cristã de Mulheres Jovens e a Associação de Enfermeiros da Jamaica.
Em 1985, foi a convocadora da organização não governamental (ONG) Fórum para a Década da Mulher, em Nairóbi, Quênia. Foi a única mulher do Grupo Comunidade de Pessoas Eminentes Commonwealth a ir à África do Sul para negociar o fim do apartheid e a libertação de Nelson Mandela.
Foi embaixadora na ONU (1986-1990) e a primeira e única mulher governadora geral de Barbados (1990-1995). Ela é descrita como uma “cidadã do mundo”. Visitou mais de 80 países.[24]
O impacto do amor a
terrorista mulçumano
Martha Mullen, 48 anos, casada com Bill, mora em Richmond, Virgínia, EUA. Ela obteve o mestrado em Saúde Mental, em 1996, e mestrado em Estudos Teológicos pelo Seminário Teológico United, em Dayton, Ohio, em 2002.
Na Maratona de Boston, em 2013, um atentado realizado por dois irmãos matou três pessoas e feriu mais de 260. Tamerlan Tsarnaev morreu, e seu irmão, Dzhokhar Tsarnaev, foi capturado.
O enterro de Tamerlan demorou quase um mês. Vários cemitérios americanos se recusaram a sepultá-lo por temerem represálias. Alguns queriam que o corpo voltasse para a Rússia. Ao ouvir essa notícia, Martha disse: “Meu primeiro pensamento foi que Jesus disse: amai os vossos inimigos”. Discretamente, entrou em contato com pessoas da comunidade local, dos serviços funerários islâmicos da Virgínia e com o Departamento de Polícia de Worcester.
O corpo foi enterrado em Richmond. A mídia descobriu a história e fez uma grande reportagem que destacava o amor de Martha ao inimigo. Na TV, ela disse: “Eu acho que nós precisamos lembrar que somos todos, no final, seres humanos”. Martha disse que tinha o apoio de seu pastor. Sua formação wesleyana influenciou a decisão. “John Wesley defendia a prática de um evangelho social”, disse. Mullen foi chamada de “a mulher mais odiada na Virgínia”, mas também de heroína.
Alguém disse: “No mundo de hoje, o exemplo de Martha Mullen pode ser a chave para evangelizar uma geração cansada de guerra e que está à procura de uma terceira via: não a diplomacia, o conflito não armado, mas algo mais profundo e duradouro, algo como uma paz que ultrapassa a nossa compreensão humana”.[25]
organista da Igreja
Martha Curtis Hedrick Godwin nasceu em 17 de janeiro de 1927 nos EUA. Seu pai, Curtis Hedrick, tinha uma mercearia em Southmont, na Carolina do Norte. Aos 13 anos, ela se tornou a organista e pianista da Igreja Metodista Unida em Southmont.
Martha entrou para o Livro de Recordes, o Guinness World Records. Desde abril de 1940, ela é organista e pianista da Igreja Metodista Unida Macedônia em Southmont, Carolina do Norte, EUA. É organista há mais de 73 anos.
Ela toca piano desde os cinco anos. Martha, aos 64 anos como organista da igreja. Ela toca órgão no culto de domingo toda semana, acompanha o ensaio do coral e também programas especiais. Ela tocou em cerca de 4 mil cultos, sem contar as centenas de casamentos e funerais na igreja, além de inúmeras horas de prática ao longo das décadas. “E eu ainda fico nervosa”, diz ela. Vitória em Jesus é um dos hinos favoritos de Martha Godwin. Ela é um membro fiel, que serviu em muitas outras atividades na igreja, além de organista.
Ela é uma pessoa maravilhosa e humilde. “Eu não sou realmente tão grande organista, o Senhor me deixa viver um longo tempo”, Martha disse com uma risada. Ela tem agora o apoio de outros dois pianistas/organistas da igreja. “Eu só envelheci fazendo o que eu gosto de fazer”.
Ela ficou emocionada com o recorde mundial: “O Senhor tem
sido bom para mim, e é uma maneira de eu poder louvá-lo”.[26]
Famosa pregadora na
Inglaterra
Mary Barritt-Taft (1772-1851), nasceu em Lancashire, Inglaterra, em 12 de agosto 1772. Filha de John Barritt, não crente, e de Mary, uma metodista, tinha uma irmã e cinco irmãos. Seu irmão John era um pregador itinerante wesleyano. Apesar da resistência do pai, Mary e seu irmão mais velho John entraram para o metodismo.
Aos 17 anos, ela já era ativa. Em 1802, ela se casou com o reverendo Zacharias Taft, pastor desde 1801, com quem viajou e pregou.
Zacharias foi um grande protagonista da defesa de mulheres pregadoras. Em 1803, ele publicou Pensamentos sobre pregações femininas. Em 1809, defendeu a base bíblica do ministério feminino.
Mary converteu diversas pessoas, que se tornaram pastores wesleyanos. Em
1803, as mulheres passaram a ter maiores dificuldades para pregar. Algumas
ignoraram os obstáculos e continuaram a pregar. A mais famosa foi Mary
Barritt-Taft. Ela inspirava as congregações com sua pregação. Em 1827, publicou
Memórias da vida da Sra. Mary Taft,
anteriormente senhorita Barritt, que foi vendido com fins beneficentes.
Muitas outras mulheres se destacaram no movimento metodista na Inglaterra. Mary Bosanquet-Fletcher (1739-1815) foi a primeira mulher autorizada por John Wesley a pregar. Sarah Crosby (1729-1804) também recebeu autorização de Wesley. Selina Shirley, condessa de Huntingdon, discípula de George Whitefield, é chamada a “rainha do metodismo” pelas suas obras sociais.
Era conhecida pelo título de Lady Huntingdon. Deixou suas propriedades para o sustento de 74 capelas. Algumas mulheres, como Ann Cutler (1759-1794) e Hester Ann Roe-Rogers (1756-1794), foram muito admiradas como exemplos de santidade.[27]
Criadora das revistas
Bem-Te-Vi
e Voz Missionária
Leila Flossie Epps (1884-1962) nasceu em Kingstree, na Carolina do Sul, e estudou em Leesville, no Meridian, Mississippi e na Escola de Formação em Kansas City, Missouri, em 1911. Em 1911, chegou ao Brasil, onde serviu por 37 anos, primeiro na área educativa. Ela criou a revista Bem-Te-Vi para as crianças da Escola Dominical da Igreja Metodista.
Em 1929, o Conselho
Missionário da Mulher da Igreja Metodista Episcopal (EUA) nomeou Leila Epps
para o trabalho com as mulheres. Ela resistiu, mas um sonho com as mulheres
brasileiras mudou seu pensamento e ela aceitou a nomeação. Foi pioneira no
desenvolvimento e expansão do trabalho das mulheres metodistas no Brasil.
Quando a Igreja Metodista no Brasil se tornou autônoma, em 1930, Epps foi
convidada a continuar esta tarefa. Em 1930, junto com as federações de
mulheres, criou a Voz Missionária, uma revista para as
sociedades de mulheres. Foi a primeira editora. Ela era entusiasmada,
bem-humorada e a chamavam de Dona Mizépe.
Epps se preocupou com a situação dos índios negligenciados no Brasil. Apoiou a criação de uma missão interdenominacional que foi estabelecida entre os índios Cauiá de Mato Grosso, e as mulheres ajudaram a apoiar um jovem médico brasileiro, Nelson de Araújo, um médico-missionário. Ela se arriscou a pegar doenças e enfrentou perigos na selva. Também ajudou a educar um dos jovens índios dessa tribo.
Na imprensa, combateu a
tragédia dos leprosos no Brasil e apoiou o trabalho com os leprosos da
metodista Eunice Weaver, que se tornou mundialmente conhecida. Leila se
aposentou em 1950, na Carolina do Sul, EUA.[28]
Desenvolvendo o metodismo na
Eurásia
Lena Kim nasceu no Uzbequistão quando este país fazia parte da URSS. Ela é da quarta geração de coreanos nascidos na Rússia. Seus antepassados eram metodistas e foram para a Rússia após a 2ª Guerra Mundial. Seus avós tiveram medo e passaram a falar somente em russo. Lena aprendeu pouco da língua coreana, mas fala bem o inglês e o russo.
Formou-se no Seminário Metodista Unido de Moscou em 2000. Foi nomeada para o Cazaquistão, onde serviu como pastora nas cidades de Pavlodar e Kurchatov. Em Pavlodar, trabalhou na Casa Regional da Infância e ministrou na prisão. Em Kurchatov, liderou grupos bíblicos infantis e teve um programa de rádio.
Entre 2004 e 2006, Lena trabalhou como diretora de Evangelização e Desenvolvimento da Igreja Metodista Unida na Eurásia (Europa-Ásia). Viajou por toda a Rússia, Ucrânia, Bielorrússia, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Azerbaijão, promovendo a missão e o evangelismo. Em 2006, foi nomeada diretora executiva de Educação e Desenvolvimento da Igreja na Eurásia.
Em 2007, Lena recebeu o grau de doutor em Ministério pelo Seminário Teológico de Wesley. É também uma musicista talentosa. Compõe músicas para o povo metodista da Eurásia e já lançou dois discos. Um deles foi gravado em conjunto com o Grupo Christian Rock de Nimb, jovens metodistas de Samara, na Rússia. Suas músicas são baseadas na experiência do seu coração. Ela ama os hinos de Charles Wesley e viaja por toda a Eurásia, introduzindo novas músicas para o povo metodista por onde passa.
Em 2015, passou
a coordenar a Voluntários em Missão da Igreja Metodista Unida (Umvim) para a
Eurásia e é a editora do No cenáculo
na língua russa.[29]
Ethel Waters (1896-1977) nasceu em Chester, Pensilvânia, como resultado do estupro de sua mãe adolescente, Louise Anderson. Foi criada na pobreza.
Sua infância foi difícil. Ela disse que nunca foi uma criança, nunca foi abraçada ou entendida por sua família. Ela se tornou uma ladra profissional e roubou comida por necessidade. Foi criada pela avó católica convicta e internada num colégio católico, mas se converteu aos 11 anos num reavivamento na Igreja Metodista Episcopal Africana.
Casou-se aos 13 anos de idade, mas logo deixou o marido abusivo e tornou-se uma empregada de um hotel de Filadélfia. Foi convencida a cantar e impressionou tanto o público, que lhe foi oferecido um trabalho profissional no teatro Lincoln, em Baltimore. Logo foi para Nova York. Participou da série da TV Route 66 e, em 1943, foi para Hollywood.
Foi a segunda afro-descendente dos Estados Unidos a ser indicada a um Oscar. Foi incluída no GMA Gospel Music Hall of Fame em 1984. Excursionou com o evangelista Billy Graham (1957-1976). Participou pela primeira vez da Cruzada em 1957, no Madison Square Garden, em Nova York. Foi uma das mais aclamadas cantoras cristãs e seculares do mundo.
Em 1972, publicou sua
autobiografia Para mim é maravilhoso. [30]
A mãe do Movimento de
Santidade nos EUA
Phoebe Palmer (1807-1874) nasceu em Nova York. Seu pai, Henry Worrall, nasceu de novo ouvindo Wesley pregar para 5 mil pessoas, na Inglaterra. A mãe, Dorothea Wade Worrall, desde cedo incutiu valores metodistas rigorosos nos filhos. Palmer era disciplinada, sensível espiritualmente e uma leitora ávida de biografias de mulheres metodistas.
Aos 11 anos, já escrevia relatando seu compromisso com Jesus. Em 1827, casou-se com Walter Palmer, um médico e metodista devoto. A morte de três de seus quatro filhos na infância a levou a confiar mais no amor de Deus. Experimentou a inteira santificação ensinada por Wesley, que é a crença de que um cristão pode viver uma vida livre de pecado. Passou a ensinar e a escrever cartas para pastores e bispos. Foi confidente de bispos metodistas.
Phoebe impactou Catherine Booth, líder do Exército da Salvação, e influenciou vários grupos de orações que experimentaram o derramamento do Espírito e curas. Em 1837, ela se tornou líder das reuniões de oração realizadas em sua casa, das quais participavam empresários de Nova York, bispos e ministros metodistas. A Igreja Metodista foi influenciada nos EUA. Eles se tornaram pregadores e ministraram nas igrejas e em reuniões campais. Espalharam a santidade cristã em todos os EUA e em diversos países. Passaram quatro anos na Inglaterra.
Palmer escreveu vários livros, incluindo The way of holiness, uma obra fundamental no movimento de Santidade. No livro A promessa do Pai, Palmer defendeu a ideia de mulheres pregarem no ministério cristão, o que era inédito na época.[31]
Da Escola Dominical a
governadora de São Vicente e Granadinas
Monica Jessie Dacon nasceu em 1934, em São Vicente e
Granadinas, um país das Pequenas Antilhas. Foi a primeira mulher nomeada
vice-governadora geral e governadora geral em São Vicente e Granadinas. Monica Dacon estudou no The Girls’ High School
e no Cambridge School Higher.
Como docente, ensinou em
duas escolas de Trinidad e Tobago e, em 1966, no Colégio dos Bispos, em São
Vicente, em Kingstown. Em 1980, ganhou o certificado do Colégio dos Professores
St. Vincent, e dois anos depois o grau de bacharel em Educação pela Universidade
das Índias Ocidentais. Foi professora na Faculdade de Formação de Professores
St. Vincent.
Monica atuou como diretora
do Colégio dos Bispos por alguns meses antes de voltar para o Girls’ High
School, onde permaneceu por quase 15 anos. Monica sempre foi envolvida com a
igreja e em atividades cívicas. Ela era membro da Associação de Guias de Meninas.
Ensinou na Escola Dominical por muitos anos e ajudou no currículo escolar da
Igreja Metodista.
Em 2001, foi nomeada
membro do Conselho de Administração do Serviço Público de Recursos. No mesmo
ano, foi nomeada vice-governadora geral e, em 2002, governadora geral. Monica
foi nomeada dama comandante da Ordem do Império Britânico em 2010. Ela é a primeira
mulher a ser condecorada Vicentina, tendo sempre exercido suas funções com
graça e dignidade.[32]
Líder da Associação das
Mulheres no Peru
Maria
Sumire nasceu em 1951, no Peru. Cresceu na comunidade de Collachapi. Como
advogada, apoiou a Federação Departamental de Camponeses de Cusco em suas lutas
pela terra e organizações de mulheres.
Maria é membro da Igreja Evangélica Metodista do
Peru, líder da Associação de Mulheres Andina (AMA) e foi um dos milhares de
candidatos ao Prêmio Nobel em 2005.
Foi eleita para o Congresso do Peru, onde atuou
entre 2006 e 2011. Fez seu juramento em quechua, sua língua materna, a língua
das maiorias indígenas de Cusco e do Peru. Levantou as mãos e invocou os gestos
de Túpac-Amaru e Micaela Bastidas, mártires das lutas andinas contra os
opressores espanhóis e incas.
Lembrou-se do pai, Eduardo Sumire, líder
sindicalista, e declarou sua fé evangélica metodista.
O desafio de Maria Sumire como cristã quechua é
continuar trabalhando pelos direitos de seu povo e pelas pessoas que têm sido
esquecidas e marginalizadas, pois os agricultores como ela têm direito a saúde,
educação e trabalho.
Em seu trabalho parlamentar, Maria lutou pelos
agricultores.[33]
A mãe dos direitos civis nos
EUA
Rosa
Parks (1913-2005) nasceu em Tuskegee, Alabama. Após a separação de seus pais,
foi morar numa fazenda, ao redor de Montgomery, com os avós maternos, a mãe e
um irmão. Ela foi costureira e membro da Igreja Metodista Episcopal Africana
(AME).
Foi presa por se recusar a ceder seu assento em um ônibus local para um homem branco no primeiro dia de dezembro de 1955.
Esse fato ajudou a lançar nos EUA o Movimento dos Direitos Civis,
tornando-se o estopim do movimento antissegregacionista. Ela disse: “Na minha
educação e na Bíblia, aprendi que as pessoas devem defender os direitos, assim
como os filhos de Israel se levantaram contra o faraó”.
Martin Luther King incentivou os negros a boicotarem
os ônibus. Ela hoje é símbolo da luta antirracista nos EUA. Rosa ganhou uma
medalha de ouro do Congresso norte-americano, em 1999, com a inscrição “Mãe do
Movimento dos Direitos Civis dos dias atuais”. Um filme – The Rosa Parks
– foi lançado sobre a sua história. Parks ajudou com comunhão e batismos em sua
congregação local, em Detroit, e também foi uma diaconisa, a posição mais alta
para uma leiga na denominação.
Ela morreu em 2005, aos 92 anos. Em 2013, uma
estátua de bronze de Rosa Parks foi erguida em Washington, lembrando a líder
dos direitos civis.[34]
Apesar de cega escreveu mais de 9 mil hinos
Fanny Crosby (1820–1915)
nasceu na aldeia de Brewster, cerca
de 50 km ao norte de Nova York. Escreveu mais de 9 mil hinos. Com pouco mais de
um mês, teve uma infecção nos olhos.
O médico receitou
cataplasmas de mostarda quente, e a menina ficou cega. Ele fugiu da cidade,
tamanha a revolta suscitada entre os parentes e vizinhos do bebê. O pai de
Fanny faleceu logo depois.
Fanny Crosby foi
evangelizada por sua avó, que passava horas lendo a Bíblia para ela, que
demonstrava ter uma memória extraordinária. No Instituto de Cegos, em Nova
York, lecionou por mais de 35 anos. Tocava piano e harpa. No Instituto,
conheceu Alexandre Van Alstyne, um músico que também era cego e com quem se
casou aos 38 anos.
Foi uma das mulheres mais
conhecidas nos EUA em sua época. Era uma pregadora. Publicou livro de poema.
Entre seus hinos, estão: Quero estar ao pé da cruz; A Deus demos glória; Meu Senhor, sou teu; Conta essa história. Um filme foi feito sobre sua vida: Fanny Crosby story. Chegou a ser muito
conhecida por cinco presidentes dos Estados Unidos.
Fanny era membro da Igreja
Metodista Episcopal de Nova York. Ela era uma oradora devota e frequentemente
preparava os cultos infantis da igreja. No seu túmulo está escrito: “Ela fez o
máximo que pôde. Sem dúvida, foi uma heroína da fé”.[35]
A primeira mulher
chamada de “primeira-dama”
Lucy Ware
Webb Hayes (1831-1899) nasceu em Chillicothe, Ohio, EUA. Seu pai, James Webb,
era um médico cristão e abolicionista. Ele faleceu quando Lucy tinha dois anos.
Lucy se formou na Universidade Wesleyana em Cincinnati e se casou com
Rutherford Birchard Hayes, eleito presidente dos EUA.
Mulheres copiaram seu penteado e roupas. Ela ganhou o apelido de “Lucy Limonada”, porque se recusou a servir bebida alcoólica na Casa Branca. Era extrovertida, simpática, quase sempre alegre. Adorava cantar e assobiar (ela sabia muitos cantos de pássaros).
Primeira esposa de presidente a ser chamada “primeira-dama”. Defensora da abolição da escravatura e dos direitos das mulheres. Ela doou até mil dólares por mês para ajudar os desabrigados. Lucy era admirada pelo povo americano, mas não gostava de ser primeira-dama. Ficou agradecida quando o mandato de Rutherford Hayes terminou em 1881. Era extremamente popular e amada pelo povo americano.
Foi a primeira presidente Nacional da Sociedade Missionária Casa das Mulheres da Igreja Metodista, onde trabalhou para melhorar a condição das mulheres pobres e desamparadas. Era inteligente e foi a primeira esposa presidencial a ter educação universitária. Foi considerada a mulher ideal do século 19.[36]
Pregadora, médica e ativista
pelos direitos da mulher
Anna
Howard Shaw (1847-1919) nasceu na Inglaterra. Sua família, muito pobre, foi para os EUA. Quando ela tinha 12 anos, seu pai deixou a maior parte de sua
família sozinha numa fazenda isolada em Michigan. Depois que seu irmão mais
velho ficou doente, Shaw procurou manter suas terras. Ela trabalhou na
plantação, cortou madeira e ainda cavou um poço.
Estudou Teologia, foi pregadora, médica e ativista
pelos direitos da mulher. Foi a primeira mulher nomeada na Igreja Metodista
Protestante. Pregava sobre a temperança e defendia o voto das mulheres. Por dez
anos, foi presidente da Associação Nacional do Voto Feminino, lutando pelo voto
das mulheres e seus direitos como cidadãs, o que aconteceu em 1920.
Foi presidente da Comissão de Defesa do Trabalho da
Mulher. Foi a primeira mulher a receber a maior menção presidencial civil, o Distinguished Service Medal, pelos
esforços em prol da paz mundial.
Em sua homenagem, foi criado o Centro Anna Howard
Shaw, filiado à Faculdade de Teologia
da Universidade de Boston. Na data do seu nascimento, 14 de fevereiro, é
comemorado o Anna Howard Shaw Day.
Anna foi retratada por Lois Smith no filme Iron
jawed angels, exibido na TV em 2004.[37]
Primeira advogada e juíza da
Coreia
Tai-Young Lee (1914-1998) nasceu em Pukjin, Unsan County, hoje Coreia do Norte. Seu pai era minerador de
ouro. Foi a primeira advogada do gênero feminino e a primeira juíza da Coreia.
Ela lutou pelos direitos das mulheres por toda a sua vida.
Uma de suas frases mais
citadas é: “nenhuma sociedade pode ou vai prosperar sem a cooperação das
mulheres”. Ela é da terceira geração de metodistas. Seu avô fundou a Igreja
Metodista na cidade de Pukjin.
Após estudar na escola em
Pukjin, formou-se na Chung Ei Girls High School, em 1931. Estudou na Ewha
Womans University, Seul, graduando-se em Economia Doméstica. Em 1936, casou-se
com Yil Hyung Chyung, pastor metodista, que foi preso sob a acusação de ser
espião dos EUA. Mais tarde, ele se tornou ministro dos Negócios Estrangeiros da
República da Coreia.
Em 1938, eles se mudaram
para Seul, onde seu esposo ensinou no Seminário Teológico Metodista. Foi a
fundadora do primeiro Centro de Assistência Jurídica da Coreia, em 1956. Em
1971, participou da Conferência Mundial da Paz. Em 1975, recebeu o Prêmio Ramon Magsaysay, pela atuação na causa dos direitos judiciais iguais para a libertação de
mulheres coreanas. Em 1977, foi presa e no ano seguinte recebeu o prêmio da
Associação Internacional de Assistência Jurídica. Em 1981, recebeu o doutorado
honorário em Direito pela Universidade de Maddison.
Em 1984, recebeu o Prêmio Metodista Mundial da Paz.
Tai-Young Lee escreveu 15 livros.[38]
Primeira-dama e a voz da China no mundo
Soong May-ling (1898-2003)
nasceu em Hongkou, Xangai, China. Seu pai, Charles Soong, estudou nos EUA e se
converteu. Ele se formou em Teologia e foi pastor metodista, empresário
milionário e um revolucionário na China. Soong May-ling se casou com Chiang
Kai-shek, que se
tornou generalíssimo do exército nacionalista chinês, e passou a ser madame
Chiang Kai-shek. Em Xangai, May-ling estudou na Escola McTyeire para meninas.
Estudou no Wesleyan College, nos EUA, e no Wellesley College, onde se formou em
1917.
Em 1920, ela conheceu Chiang Kai-shek, mas sua mãe
foi contra o casamento e só concordou depois que Chiang mostrou prova de seu
divórcio e prometeu se converter ao cristianismo.
A madame Chiang Kai-shek atraiu muita atenção na
América por sua beleza e coragem. Ela participou amplamente da política
chinesa. Foi uma das mulheres politicamente mais importantes do mundo.
Tornou-se porta-voz do marido e a voz da China no resto do mundo, encantando o
público norte-americano com seu inglês.
Fez uma cruzada para auxílio à China. Falou
perante o Congresso dos Estados Unidos (1943) para angariar apoio para a luta
da China contra o Japão. Após a derrota na guerra civil chinesa em 1949, ela
foi com o marido para Taiwan.
Após a morte do marido, ela se mudou para Nova York.
Faleceu aos 106 anos. Foi uma das mais mulheres mais influentes do século 20,
tendo sido capa da revista Time. A
criação do Fundo Soong May-ling marcou os 25 anos de formatura de madame
Chiang, em 1942.[39]
O Moisés negro que libertou mais de 300 escravos
Araminta
Harriet Ross ou Harriet Tubman (1820-1913) nasceu em Maryland, EUA. Foi exemplo
de coragem e determinação.
Quando criança, foi submetida a chicotadas. Nas
noites frias, dormia perto do fogo e, por vezes, os dedos dos pés ficavam
presos nas cinzas. Sua principal fonte de nutrição era farinha de milho.
A maior parte de sua
infância foi ao lado da avó. Aos 12 anos, um inspetor causou grave ferimento em
sua cabeça. Por volta de 1844, ela se casou com um negro livre, John Tubman.
Mas, como ele não quis
fugir, em 1849, ela deixou o marido e fugiu para a Filadélfia.
Um casal abolicionista lhe
deu carona. Harriet conseguiu um emprego e seu salário ajudou a libertar outros
escravos. Num
período de dez anos, fez 19 viagens para o Sul e libertou mais de 300 escravos,
inclusive, os seus pais. Na guerra civil americana, trabalhou para o exército
da União como cozinheira, enfermeira e espiã. Conhecida como o Moisés Negro,
havia uma recompensa por sua captura. Era analfabeta. Atribuía suas visões a
Deus.
Ajudou a organizar a Igreja
Metodista Episcopal Africana e criou um lar para indigentes idosos africanos
americanos, Harriet Tubman Home. Entre os filmes sobre sua vida estão Uma mulher chamada Moisés e Harriet Tubman, um desenho da Discovery.[40]
Wahatchee, a Mulher Guerra
Nancy
Morgan Hart (1735-1830) nasceu no Vale do Rio Yadkin, na Carolina do Norte,
EUA. Era alta, magra, de olhos azuis e o rosto marcado pelas sardas e varíola
que teve na infância. Seus cabelos eram vermelhos e seu temperamento explosivo. Hart foi uma heroína cujas façanhas na Guerra
Revolucionária Americana (1775-1783) se tornaram lendas. Sua família está
relacionada ao famoso Daniel Boone. Em 1760, conheceu e se casou com Benjamin
Hart.
Em 1771, foram morar perto do Rio Largo, na Geórgia, e tiveram nove filhos. Era bem conhecida dos índios, que a chamavam “Wahatchee”, Mulher Guerra. Ela gostava de caçar veados e seguia as abelhas para colher mel em suas colmeias. Diziam que ela era “um mel de patriota, mas um diabo de mulher”. Ela sabia atirar muito bem. Criou um jardim medicinal com todas as ervas para manter sua família saudável. As pessoas vinham de longe para provar as maçãs de seu pomar. Seu conhecimento de medicina fez dela uma procurada parteira.
Hart foi uma patriota devotada durante a guerra. Seu marido foi para a guerra contra os ingleses como tenente da milícia na Geórgia e ela optou por ficar sozinha em casa. Uma das lendas diz que a casa de Hart foi invadida por seis ingleses que exigiam alimentação. Enquanto preparava a alimentação, ela conseguiu embebedá-los e derrotá-los pegando suas armas. Hart atuou como espiã e corajosamente entrou no acampamento britânico disfarçada como um homem para obter informações que ajudaram a derrotar os ingleses na grande batalha de Kettle Creek, em 14 de fevereiro de 1779. A lenda conta que Hart participou da batalha.
Hart se converteu e se
tornou uma metodista fervorosa, que lutou bravamente contra o diabo como lutou
contra os ingleses. Na década de 1790, eles se mudaram para outros lugares.
Hart morou e faleceu em Henderson, Kentucky. Hart recebeu diversas homenagens.
Na década de 1930, uma réplica da cabana da casa de Hart foi erigida perto de
Elbert County, Geórgia. Seu nome foi dado ao condado de Hart, em Kentucky.[41].
Primeira-dama de
Moçambique e África do Sul
Graça
Simbene Machel Mandela nasceu em 1945, em Incadine, Gaza, Moçambique. Filha de
um pastor metodista, que morreu antes de ela nascer. Foi enviada a uma escola
missionária metodista aos seis anos e depois foi para a universidade em
Portugal com uma bolsa da Missão Metodista.
Formou-se bacharel
em Filologia da Língua Alemã. Foi uma política e ativista dos
direitos humanos moçambicanos. Recebeu treinamento militar, trabalhou com
mulheres e crianças, e ensinou na escola.
Em 1974, foi nomeada vice-diretora da Escola
Secundária Frelimo em Bagamoyo. Após a independência, em 1975, Graça se tornou
ministra da Educação e Cultura e membro do Comitê Central da Frelimo (Frente de
Libertação de Moçambique).
Foi primeira-dama de Moçambique
desde 1976, quando se casou com Samora Machel, o primeiro presidente de
Moçambique, morto em 1986. Em 1990, foi nomeada pela ONU para o
Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância. Recebeu a Medalha Nansen das Nações Unidas em
1995. Em 1998, casou-se com Nelson Mandela.
Ela sempre foi uma mulher pragmática, que acredita
que a educação é o primeiro passo essencial para o progresso. Foi eleita pela revista Time uma das cem figuras mais influentes
do mundo em 2010.[42]
A mãe do metodismo na América
Barbara
Ruckle Heck (1734-1804) nasceu no condado de Limerick, Irlanda. Seus pais
haviam fugido da perseguição religiosa na Alemanha. Ela se converteu aos 18
anos através da pregação de João Wesley.
Em 1760, ela se casou com Paul Heck e partiu com um
grupo de irlandeses para o Novo Mundo, estabelecendo-se na colônia de Nova
York. No grupo estava seu primo Philip Embury, carpinteiro, que se converteu
também por Wesley, na Irlanda, e que havia recebido carta de pregador.
Mas o grupo perdeu o zelo religioso e passou para a
decadência espiritual. Em 1766, ao ver um grupo jogando cartas, Barbara varreu
a mesa, jogou as cartas na lareira e desafiou Philip a pregar na sua própria
casa com a frase: “Philip, tens de pregar para nós ou todos iremos para o
inferno e Deus exigirá nosso sangue de tuas mãos”.
Criaram duas classes em Nova York. Logo o local se
tornou pequeno e alugaram um “Cenáculo”. No ano seguinte, eles foram apoiados
pelo capitão Thomas Webb. Em 1768, na Rua St. John, em Nova York, foi erigida a
primeira capela metodista na América.
Quando a Guerra Revolucionária Americana estourou,
em 1766, Paul Heck pegou em armas para lutar pelos britânicos. Sua fazenda, em
Vermont, foi confiscada e eles fugiram para Montreal, em 1783.
A família recebeu uma doação de terras em Maynard.
Lá, eles realizaram a primeira classe metodista em sua pequena cabana na
floresta.
Em 1817, Samuel, filho de Barbara, foi ordenado
diácono na capela metodista em Elizabethtown.[43]
Defensora das trabalhadoras domésticas da Bolívia
Casimira
Rodriguez Romero nasceu numa família pobre, em 1966, província Mizque,
comunidade San Vicentena, Bolívia. Entrou na luta pela sobrevivência desde
cedo. “Éramos uma pobre família, três irmãos e três irmãs. Lembro-me de minha
mãe, que nos criou com amor”, disse ela.
Aos 13 anos, foi trabalhar numa casa em troca de
casa e comida, mas sem remuneração, a primeira injustiça sofrida. Em 1992,
conheceu Jesus Cristo como seu Salvador.
Em 1996, assumiu o cargo de secretária-executiva do
sindicato e coordenou a organização do trabalho de vários departamentos da
Bolívia. Ajudou
a fundar a União dos Trabalhadores Domésticos. Ganhou o Prêmio
Mundial Metodista da Paz em 2003. Foi
nomeada ministra da Justiça da Bolívia (2006-2007). Foi a primeira mulher
indígena a servir como ministra do governo.
Ela afirmava que, antes de ser ministra de um grupo
político, queria ser ministra do Senhor. Ela disse: “Eu vim de uma comunidade
metodista e não deixei de frequentá-la a cada domingo, quando era possível”.
Disse mais: “Ser ministra era como estar numa jaula de ouro: muitos policiais,
corpos de segurança, muita gente ao redor, como para proteger a rainha”.
Sua luta pela defesa dos direitos das mulheres
continua intensa. Ela atua com as trabalhadoras domésticas e está formando uma
fundação cujo objetivo é lutar pelos direitos humanos das mulheres bolivianas.[44]
Missionária médica pioneira na Índia
Clara A.
Swain (1834-1910) nasceu em Elmira, Nova York, EUA. Aos oito anos, entrou para
a Igreja Metodista, uma decisão que influenciou sua vida cristã. Aos 21 anos,
Swain começou a ensinar alunos particulares em Castela. Depois, se mudou para
Canandaigua, Nova York, para ensinar numa escola, desenvolvendo interesse pela
Medicina, para cuidar dos doentes. Ela se formou no Woman’s Medical College of
Pennsylvania.
Seu chamado para o serviço na Índia veio da
necessidade de se ter uma médica de qualidade para a alta casta de mulheres na
Índia. Swain chegou a Bareilly, Índia, em 1869, onde passou 27 anos tratando de
mulheres e crianças e evangelizando. No primeiro ano, ela treinou 17 estudantes
de Medicina para ajudá-la com os pacientes e tratou, no mínimo, 1.300
pacientes. Em 1874, ela havia construído o Hospital da Mulher e a Escola de
Medicina, o primeiro em toda a Ásia.
Apesar da resistência à medicina ocidental, a missão
teve sucesso. Ela se tornou médica do palácio no Estado de Rajputana. Seu
sucesso lhe deu uma posição na corte para atender a saúde das mulheres e, em
seu tempo livre, trabalhar numa clínica e numa escola para meninas. Ela
aproveitou a oportunidade para ensinar que Cristo viera para libertar as
mulheres do pecado e elevar a sua posição. Ela tem sido chamada de “mulher
médica pioneira na Índia”.
O trabalho começou em Bareilly com uma clínica para
mulheres e crianças que evoluiu para se tornar o Hospital Sara Swain, o maior e
mais antigo hospital metodista na Índia.[45]
A mulher que deu origem ao metodismo
Susanna
Wesley (1669-1742) era a 25ª filha do Dr. Samuel Annesley e Mary White. É
conhecida como a mãe do metodismo por ter ensinado aos filhos uma vida
disciplinada e metódica. Ela gostava de Teologia. Dominava bem francês, latim e
o grego. Em 1688, com 19 anos, casou-se com Samuel Wesley, que tinha 26 anos, e
tiveram 19 filhos.
Nove de seus filhos morreram quando bebês. Foi a primeira professora
das crianças. Cada noite conversava com um dos filhos. As crianças foram
ensinadas a falar com cortesia e a chorar suavemente. A falta de dinheiro era
uma luta contínua para Susanna. Sua casa foi incendiada duas vezes. Ela começava
a ensinar o alfabeto aos filhos no dia do aniversário de cinco anos. Ela se
preocupava com a felicidade de seus filhos. Mantinha um horário rigoroso em seu
lar, era disciplinada e metódica. Seus filhos eram ensinados sobre a
importância da confissão. Ela sempre recompensava a obediência. Susanna passou
a realizar culto nos domingos à tarde para a família. Muitos vieram participar,
chegando a haver cerca de 200 pessoas. Susanna escreveu várias peças que seriam
fundamentais na educação dos seus filhos.
Além de cartas, Susanna Wesley escreveu meditações e
comentários bíblicos para seu próprio uso. Em 1735, ficou viúva e foi morar com
Wesley. No seu falecimento, pediu aos filhos para cantarem um salmo.[46]
Primeira-dama e Secretária de Estado
Hillary Diane Rodham Clinton nasceu em Chicago, EUA, em 1947. Sua mãe, Dorothy Rodham, era uma professora da Escola Dominical da Igreja Metodista e a levava à igreja aos domingos.
Aos 13 anos, Hillary se tornou membro da Igreja Metodista Unida em Park Ridge, Illinois. Ela se graduou em ciência política pela Wellesley College, em 1969, e recebeu o grau de Juris Doctor pela Faculdade de Direito de Yale, em 1973.
Em 1977, participou na fundação da associação Advogados em Defesa das Crianças e
Famílias do Arkansas. Em 2000, Hillary fez história como a
primeira-dama eleita para o Senado americano e como a primeira mulher eleita ao
Senado pelo Estado de Nova York.
Foi a
67ª Secretária de Estado dos EUA, no governo
do presidente Obama; a primeira-dama e esposa do ex-presidente
Clinton. Em 1996, falou na Conferencia Geral Metodista pedindo à Igreja para
cuidar das crianças. Como Secretária de Estado e primeira dama, ela participou
da Igreja Metodista Unida em Washington. Sua passagem favorita: "a fé sem
obras é morta." Numa convenção metodista, em 2014, lembrou seu pai todas
as noites orando de joelhos ao lado da cama e citou os versos de Wesley sobre
"Fazer sempre todo o bem que puder”.
Em
Foi candidata à presidência dos EUA, em 2016.[47]
[1] https://www.thefreelibrary.com/Antiguan+Methodism+and+Antislavery+Activity%3A+Anne+and+Elizabeth+Hart...-a065541447
http://www.encyclopedia.com/history/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/hart-sisters-antigua
https://www.questia.com/library/2718572/the-hart-sisters-early-african-caribbean-writers
[2] * Óscar ou Oscar,
oficialmente chamado de Prêmios da
Academia (em inglês The Academy Awards ou The Oscars[nota 2]), é o mais importante e
prestigioso prêmio do cinema mundial, entregue anualmente pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas,
fundada em Los Angeles, Califórnia, em 11 de maio de 1927
(https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%93scar).
http://www.umc.org/news-and-media/harper-lee-was-united-methodist-in-word-deed
https://pt.wikipedia.org/wiki/Harper_Lee
http://www.biography.com/people/harper-lee-9377021#later-years
[3] https://absoluttmetodist.com/author/oleandermetodist/
https://www.facebook.com/events/1184727924900914/
http://www.metodistkirken.no/hoved/artikkel/article/1357212
https://no.linkedin.com/in/ingull-grefslie-674226b3
http://www.oslocentral.no/nyheter/article/1282311
http://www.rb.no/vis/kalender/events/21163599
https://brage.bibsys.no/xmlui/handle/11250/294190
https://brage.bibsys.no/xmlui/bitstream/handle/11250/294190/AVH5025-kand-nr-4000-masteravh-Grefslie-navn.pdf?sequence=1&isAllowed=y
[4] http://shipoffools.com/mystery/2014/2761.html
http://www.omegaletter.com/articles/articles.asp?ArticleID=7959
https://glidesf.wordpress.com/2014/03/31/in-memory-of-lizzie-glide-a-church-honors-her-mission/
https://www.amazon.com/life-story-Lizzie-H-Glide/dp/B0006ANKVK
http://www.huffpostbrasil.com/entry/beyond-the-possible-excerpt_n_2672555
[5] http://fr.dbpedia.org/page/Ryu_Gwansun
https://www.facebook.com/changweon.jang/posts/10203024238677466
http://fr.dbpedia.org/page/Ryu_Gwansun
https://en.wikipedia.org/wiki/Ryu_Gwansun
https://www.geni.com/people/Ryu-Gwan-sun/6000000013343474856
https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Mulheres_Ewha
[6] http://advivo.com.br/comentario/re-lembrancas-da-luta-armada-15
http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/heleny-telles-ferreira-guariba/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Heleny_Guariba
http://irmandadedosmartires.blogspot.com.br/
http://memoriasdaditadura.org.br/biografias-da-resistencia/heleny-telles-ferreira-guariba/
GUARIBA,
Heleny. O falso “milagre”. Cruz de Malta,
p.31-33.
http://revista.faculdadeunida.com.br/index.php/reflexus/article/viewFile/33/87
[7] www.nndb.com/people/411/000048267/
www.en.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Thompson
https://www.newworldencyclopedia.org/.../Dorothy
www.biography.yourdictionary.com/dorothy-thompson
www.en.metapedia.org/wiki/Dorothy_Thompson
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Dorothy_Thompson
[8] *O Capitólio é o local de reunião do Congresso estadunidense, formado peloSenado (câmara
alta) e pela Câmara dos Representantes (câmara
baixa). https://pt.wikipedia.org/wiki/Capit%C3%B3lio_dos_Estados_Unidos
http://www.cbeinternational.org/files/u1/free-art/brp171_her_own_story.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Ripley
https://personalpedia.wordpress.com/2008/06/10/dorothy-ripley-1767-1832-believe-it-or-not/
http://www.politico.com/story/2015/01/this-day-in-politics-114159
[9] http://www.biography.com/people/nancy-grace-20968619
http://www.nndb.com/people/122/000104807/
http://www.imdb.com/name/nm1456912/bio
https://en.wikipedia.org/wiki/Nancy_Grace
http://www.hollywoodreporter.com/news/nancy-grace-leaving-hln-907480
[10] https://en.wikipedia.org/wiki/Charlotte_Maxeke
http://www.sahistory.org.za/people/charlotte-n%C3%A9e-manye-maxeke
http://www.dacb.org/stories/southafrica/maxeke_charlotte.html
[11] http://www.umc.org/news-and-media/911-pastor-seeks-peace
https://www.gnjumc.org/meet/myrna-bethke/
https://in.pinterest.com/pin/128563764333320613/
http://peacefultomorrows.org/members/myrna-bethke/
http://archives.gcah.org/xmlui/bitstream/handle/10516/5473/article41.aspx.htm?sequence=2
http://www.cogswv.org/2010/08/united-methodists-address-mosque-conflicts/
[12] * Um diploma honorário é um modo de homenagear uma
pessoa notável. Geralmente, a universidade apresenta esse diploma de doutorado
durante a cerimônia de formatura e a pessoa que o recebe faz um discurso
(http://www.ehow.com.br/faco-receber-doutorado-honorario-educacao-fatos_55996/).
https://en.wikipedia.org/wiki/Jo_Anne_Lyon
http://www.lighthousetrailsresearch.com/blog/?p=18459
https://www.indwes.edu/news/2016/06/dr-jo-anne-lyon-to-serve-as-interim-vp#.WAYxzPkrK1s
http://www.businesswire.com/news/home/20150928006036/en/World-Hope-International-Founder-Dr.-Jo-Anne
http://worldmethodistcouncil.org/dr-jo-anne-lyon-recipient-of-the-2015-peace-award/
[13] https://en.wikipedia.org/wiki/Mary_McLeod_Bethune
http://www.talbot.edu/ce20/educators/protestant/mary_bethune/
http://www.blackpast.org/aah/bethune-mary-jane-mcleod-1875-1955
[14] http://aldersgate-church.org/missions/
http://bokashi.blogspot.com.br/
http://www.umcmission.org/learn-about-us/news-and-stories/2015/april/0427kpprayerfornepal
http://www.pnwumc.org/news/missionary-now-itinerating-in-the-pacific-northwest/
http://www.pnwumc.org/news/umc-mission-bringing-nepal-to-the-northwest/
[15] http://bahamasmethodit.org/elderhome.htm
http://www.findagrave.com/cgi-bin/fg.cgi?page=gr&GRid=80977093
http://bahamasmethodist.org/elderhome.htm
http://www.bahamasmethodist.org/index.php?p=elderly
[16] Pesquisa:
http://www.newworldencyclopedia.org/entry/Ellen_Johnson-Sirleaf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ellen_Johnson-Sirleaf
www.inumc.org/news/detail/2580
https://goodnewsmag.org/.../united-methodist-shares
[17] http://www.ntcmissionaloutreach.org/missional-outreach-blog/ebola-update-from-beatrice-gbanga-on-october-6-2014
http://www.umcor.org/umcor/resources/news-stories/2014/july/0731beatricegbanga
http://www.umc.org/news-and-media/health-care-workers-on-frontlines-of-ebola-outbreak
http://www.umc.org/news-and-media/sierra-leone-video-diary-sunday-worship
http://www.clarkstonumc.org/imagine.html
[18] Pesquisa: http://greaternw.org/author/inm/page/2/
http://imaginenomalaria.org/news/donor-gives-1.1-million-to-imagine-no-malaria
http://inm2014.wordpress.com/about/
[19]
Pesquisa:
http://www.prohansen.org/#!fpheuniceweaver/c1hw2
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[20]
Pesquisa:
http://jamaicamethodist.org/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=27
http://jamaica-gleaner.com/gleaner/20060122/out/out3.html
https://sites.google.com/site/beemethodistjamaica/history-of-the-methodists-in-jm
[21] http://www.sec.gov/Archives/edgar/data/1214299/000115697303001454/u46626exv99w2.htm
Pesquisa: http://www.thepresidency.gov.za/pebble.asp?relid=17289
http://www.sowetanlive.co.za/sowetan/archive/2008/02/29/a-noble-life-well-lived
[22] Pesquisa: http://www.answers.com/topic/methodism#ixzz3CBvGRZrO
http://barbadosadvocate.com/newsitem.asp?more=local&NewsID=10024
[23] Pesquisa: http://www.gracerussia.org/news
http://oimts.files.wordpress.com/2013/04/2007-9-vidamour.pdf
[24]
Pesquisa: http://en.wikipedia.org/wiki/Nita_Barrow
http://www.barbadosadvocate.com/newsitem.asp?more=local&NewsID=24666
www.caricom.org/jsp/.../dame_nita_barrow.jsp?men
http://www.niherst.gov.tt/icons/women-in-science/nita-barrow.html
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[25]
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http://www.patheos.com/blogs/mercynotsacrifice/2013/05/11/martha-mullen-a-christian-antigone/
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[26] Pesquisa:
http://the-end-time.blogspot.com.br/2014/05/methodist-church-organist-played-every.html
http://www.hpe.com/life/x740450737/Church-pianists-73-year-career-earns-her-a-Guinness-World-Record
http://www.guinnessworldrecords.com/records-10000/longest-tenure-as-a-church-pianistorganist/
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