Grandes líderes do
Movimento Metodista
Três se destacaram
nas áreas teológica e missionária
Odilon Massolar
Chaves
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gratuitamente
Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de
fevereiro de 1998.
Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 113
Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com
Tradutor: Google
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Odilon Massolar Chaves é
pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade
Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o
avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como
paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal
oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e
youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor
“Conheci muitos homens exemplares, santos de
coração e de vida, em quarenta anos. Mas não conheci ninguém igual a ele:
alguém tão interior e exteriormente devotado a Deus. Um personagem tão irrepreensível
em todos os aspectos que não encontrei na Europa ou na América. E dificilmente
espero encontrar outro assim, deste lado da eternidade”[1]
(Wesley sobre John Fletcher)
Índice
·
Introdução
·
Adam Clarke
·
Thomas Coke
·
John Fletcher
Introdução
“Grandes líderes do Movimento Metodista” é um livro
que procura trazer para nossos dias exemplos de dedicação, profunda vida
espiritual, amor e fidelidade ao metodismo, na Inglaterra, no século XVIII.
Dentre as mulheres estão: Sarah Crosby, líder de
classe e a pregadora que despertou Wesley para as pregações de mulheres; Mary
Bosanquet, líder de classe, pregadora e diretora de orfanato, etc.
Foram vários homens que se destacaram. Dentre esses
homens estão: Francis Asbury, que foi o grande líder na América; João Nelson,
chamado de príncipe dos pregadores metodistas, na Inglaterra, etc.
George Whitefield pertenceu ao Clube Santo e foi
grande avivalista. Despertou Wesley para pregações ao ar livre, mas depois
tendeu para o calvinismo. Não foi, necessariamente um líder metodista.
Carlos Wesley caminhou lado a lado com Wesley
pregando, viajando e escrevendo milhares de hino. Ele só não está na lista dos
três porque Carlos e Wesley foram os maiores líderes do Movimento Metodista.
Os três que se destacaram como companheiros, de
viagens missionárias, conselheiros, amigos, apoiadores de Wesley em momentos
difíceis e com forte atuação na área teológica e em missões foram Adam Clarke, Thomas
Coke e John Fletcher.
Wesley pensava em deixar John Fletcher como líder do Movimento Metodista, caso ele falecesse antes. Fletcher faleceu antes e Wesley pregou em seu ofício fúnebre.
É considerado o "Primeiro Teólogo do Metodismo".
Thomas Coke foi quem despertou o metodismo para “alargar as tendas” e ir para outros países. Foi considerado o “braço direito” de Wesley. Chegou a ser nomeado Superintendente do metodismo na América.
Presidiu a Conferência Metodista após o falecimento de Wesley.
Já Adam Clarke deixou um legado grande na área teológica publicando um comentário sobre a Bíblia em 6 volumes, que levou 40 anos para ser concluído. Até hoje o seu comentário bíblico é utilizado.
Presidiu a Conferência Metodista após o falecimento de Wesley.
Homens e mulheres que deixaram um grande legado.
Adam Clarke
“Em 1787, Wesley foi para Alderney, sendo levado para
fora do curso quando estava a caminho de Guernsey. Com seus companheiros que
incluía Adam Clarke, ele dormiu no Inn que agora é The
Divers e pregou na praia de Braye”
Adam
Clarke (1760 ou
1762-1832) nasceu na aldeia de Moybeg, na atual Irlanda do Norte. Foi um dos mais
famosos pregadores metodistas.
Em 1777, aos 17 anos, ouviu o metodista John Brettel
pregar e se converteu. Passou a caminhar três ou quatro milhas para a reunião
metodista. Começou a estudar a Bíblia e visitava as aldeias vizinhas
exortando.
Em 1782 um dos pregadores do circuito Londonderry
viu nele uma promessa e escreveu a Wesley, que o convidou para a Escola
Metodista de Kingswood. Foi o pregador mais jovem do metodismo.
Aprendeu a ler na cela enquanto viajava a cavalo
começando todos os dias às cinco horas da manhã. Só no Circuito Norwich pregou
450 sermões durante 11 meses. Serviu nos 24 circuitos metodistas, na Inglaterra
e Irlanda. Trabalhou nas Ilhas Channels.
Foi
nomeado para Jersey por John Wesley em 1786 por causa de seu conhecimento de
francês. Ele foi bem recebido e entretido na família de Henry De Jersey. Embora
Clarke tenha retornado à Inglaterra com John Wesley após sua visita em 1787,
ele foi renomeado para Jersey e permaneceu por mais dois anos antes de se
transferir para Bristol. [2]
Wesley incentiva Adam Clarke a ir a Alderney
Adam Clarke havia
sido estimulado por Wesley para abrir trabalho metodista em Alderney, em 1787.
Em 3 de março de
1787, Wesley escreveu a Adam Clarke:
"Depois de
ficar uns poucos dias em Bristol, estou empenhado em visitar as Sociedades
intermediárias entre Stroud e Chester. Devo então apressar-me para Dublim, ou
irei não tem tempo para passar pelas quatro províncias da Irlanda. Vou não
teremos, portanto, um dia de sobra antes da Conferência. Possivelmente depois
da Conferência poderei ficar duas ou três semanas. E se por isso, passarei para
Southampton, para passar dois ou três dias em Guernsey e outros tantos em
Jersey. Isso faremos se Deus permitir. Fico feliz que você esteja pensando em
fazer um julgamento em Alderney. Se Deus envie-o. Ele fará um caminho para vós.
Os corações de todos os homens estão em Suas mãos.
Ao seu cuidado,
recomendo você,
E sou
Meu querido Adam,
seu afetuoso irmão
J. Wesley."[3]
Grande evangelista
e teórico do metodismo
“O Dr. Adam Clarke, um dos
grandes teóricos do metodismo dos primeiros tempos, juntou-se a Robert Carr
Brackenbury e ao Dr. Thomas Coke, também se interessou pelas Ilhas,
possivelmente vendo-as como uma rampa de lançamento para a Missão, (uma grande
paixão sua) para a França continental e talvez além”.[4]
Iniciando o metodismo na Ilha
de Alderney
Uma carta revela a imensa dificuldade e as
oposições dos primeiros metodistas para pregar o Evangelho na Ilha de Alderney
e ainda a fé e a determinação de Adam Clarke.
Adam Clarke escreveu a Wesley:
“Guernsey, 16 de março de 1787.
“Rev. e muito querido senhor,
COMO na última vez insinuei minha intenção de
visitar a Ilha de Alderney; Creio que é meu dever fornecer-lhe alguns detalhes
relativos ao sucesso dessa viagem”. [5]
Ameaça do Governador
Adam Clarke falou das ameaças do governador:
“Tendo meu projeto sido tornado público, muitos
obstáculos foram colocados em meu caminho. Foi relatado que o Governador havia ameaçado proibir meu desembarque, e que
caso me encontrasse na Ilha, me transportaria para Caskettes, (uma rocha no
mar, a cerca de três léguas a oeste de Alderney, onde há é um farol). Essas
ameaças publicadas aqui tornaram muito difícil para mim conseguir uma passagem,
pois vários de meus amigos se opuseram à minha ida, temendo más consequências;
e nenhum dos Capitães que negociavam com a Ilha se dispôs a me levar, temendo
incorrer no desagrado do Governador, apesar de eu lhes ter oferecido qualquer
coisa que pudessem razoavelmente exigir pela minha passagem. Achei que
finalmente deveria ser obrigado a contratar um dos pacotes ingleses, pois
estava determinado a ir pela graça de Deus em todos os eventos”. [6]
A chegada de Adam Clarke à Ilha de Alderney
Adam Clarke continuou o seu relatório a João Wesley
sobre sua ida à Ilha de Alderney:
“Depois de esperar muito tempo, vigiando às vezes
dia e noite, finalmente consegui um navio com destino à Ilha, no qual embarquei
e após algumas horas de navegação agradável, chegamos ao S.W. lado da ilha,
onde fomos obrigados a lançar âncora, pois a maré estava demasiada baixa para
nos levar até ao porto. O capitão colocou a mim e a alguns outros em terra com
o barco. Subi então as rochas íngremes e cheguei ao topo da Ilha, e agradeci de
coração ao Senhor pela minha chegada segura”. [7]
As dificuldades de Adam Clarke na Ilha
Adam Clarke se baseou nos Evangelhos para os
caminhos serem abertos
“Ao chegar, descobri que tinha algumas novas
dificuldades para encontrar. Eu não sabia para onde ir: não tinha conhecidos no
local, nem ninguém me convidou para lá. Por algum tempo minha mente ficou
perplexa ao raciocinar sobre essas coisas, até que aquela palavra do Deus dos
Missionários veio poderosamente a mim: “Em qualquer casa em que você entrar,
diga primeiro. comendo e bebendo as coisas que eles dão." Lucas x. 5-7”, [8]disse
Clarke.
Uma porta se abriu
Com coragem e fé, Clarke seguiu em frente:
“A partir disso, tomei coragem e segui para a
cidade que fica a cerca de um quilômetro e meio de distância do porto. Depois de ter caminhado um pouco até lá, notei
especialmente uma cabana muito pobre, na qual senti uma forte inclinação para
entrar. Eu fiz isso, com um "Que a paz esteja nesta casa!" e
encontrei nele um velho e uma mulher que, tendo entendido o meu negócio, me
deram as boas-vindas à melhor comida que tinham, a um pequeno quarto onde eu
poderia dormir e (o que era ainda mais aceitável) à casa deles para pregar. ao
ouvir isso, vi claramente que a mão do Senhor estava sobre mim para o bem, e
agradeci-lhe e tomei coragem”, [9]disse Adam Clarke.
Pregando na mesma noite que chegou
E Adam Clarke não perdeu tempo:
“Não querendo perder tempo, disse-lhes que pregaria
naquela noite, se conseguissem uma congregação para mim. Esta estranha notícia
se espalhou rapidamente pela cidade, e muito antes da hora marcada uma multidão
de pessoas se reuniu, a quem falei do reino de Deus, quase enquanto resistiam
as poucas forças que restavam do cansaço de minha viagem...
Adam Clarke.”[10]
Seu legado
O pregador metodista Adam Clarke “!recebeu muitas
homenagens e títulos (era membro e Legum Doctor da Universidade de Aberdeen), e muitos homens ilustres da Igreja e do Estado
eram seus amigos pessoais”. [11]
Sua grande obra foi seu comentário sobre a Bíblia em 6 volumes (1810-1826).
Dominou diversas línguas, dentre elas: latim,
hebraico, caldeu e línguas da Europa Ocidental. Três vezes foi presidente da
Conferência Metodista (1806, 1814, 1822). Serviu duas vezes no circuito
de Londres. Pregou ainda trinta anos após a morte de Wesley. [12]
“Uma vez, quando Adam Clarke estava
pregando, um intruso tentou atirar nele com uma pistola, que felizmente não
conseguiu. Algumas semanas depois, ele quase foi espancado até a morte”.[13]
Em 1806, 1814 e 1822 foi escolhido para
ser o Presidente da Conferência Metodista.
Alguns livros foram escritos sobre Adam Clarke,
dentre eles: “Dr. Adam Clarke: pregador e estudioso metodista”, por Herbert
Boyd McGonigle, publicado pela Amazon.
O ministro Batista William Jones escreveu: “Memórias da vida,
ministério e escritos do Rev. Adam Clarke”.
Adam Clarke escreveu o livro “Memórias da família Wesley.” Escreveu ainda “Teologia cristã”; “Um relato
da infância, vida religiosa e literária de Adam Clarke”, etc.
No Wikipedia encontramos que “Adam Clarke
foi um teólogo metodista e erudito bíblico britânico”.[14]
Thomas Coke
“Em setembro de 1784, em Bristol, Wesley
consagrou a Thomas Coke como Superintendente, um título substituído em 1787 na
América pelo de Bispo”.
“Thomas Coke nasceu no País de Gales em 1747
e foi educado em Oxford, onde recebeu os diplomas de BA, MA e Doutor em Direito
Civil”. [15]
Ele foi um pastor anglicano “ordenado, ele
foi forçado por paroquianos descontentes a deixar sua paróquia por causa de
suas simpatias metodistas. De 1777 a 1784, ele serviu como secretário,
confidente e consultor jurídico de John Wesley”.[16]
Coordenou a área de Missões e levou o
metodismo ao Caribe e diversos outros lugares, como Gibraltar. Diversas vezes
foi à América. Foi a figura chave do desenvolvimento do metodismo.
“Em setembro de 1784, em Bristol, Wesley
consagrou a Thomas Coke como Superintendente, um título substituído em 1787 na
América pelo de Bispo”.[17]
Amava
missões
No sábado, 18 de agosto de 1787, “o Dr. Coke e eu jantamos na casa do Governador.
Fiquei muito satisfeito em encontrar outra empresa. Conversamos seriamente por
mais de uma hora com um homem sensato, bem criado e agradável. À noite, preguei
à maior congregação que vi aqui”.[18]
Quando Wesley escreveu
“Dr. Coke”, ele se referiu ao metodista Thomas Coke (1747-1814).
No domingo, 26 de agosto de 1787, em Jersey, “Dr.
Thomas Coke pregou às cinco, e eu às nove horas depois ouvi o culto inglês na
igreja, mas a congregação não era nada perto tão grande quanto a nossa às cinco
da manhã”, [19]disse
Wesley.
Wesley
o considerava seu “braço direito” e foi chamado “ministro das Relações
Exteriores do Metodismo” por sua paixão missionária.
Ele se
tornou o primeiro presidente da Conferência Irlandesa dos metodistas em 1782.
Como Superintendente
da Igreja Metodista nas colônias americanas tinha o poder de ordenar outros
superintendentes na América.
Pregou
em Paris. Promoveu a criação de Missões na Escócia e Canadá. Após seu navio
mudar de curso numa tempestade, chegou, em I786, a Antígua, no Caribe, onde
encontrou uma congregação metodista composta quase só de negros.
Levou o
metodismo à Jamaica, em 1789. Estabeleceu uma missão em Gibraltar, em 1803.
Viajou cinco anos pela causa de missões metodistas, incluindo uma visita a
Serra Leoa. Pregou com veemência contra a escravidão na América.
Quando
faleceu, estava indo em missão à atual Sri Lanka.
Autor do comentário do
Antigo e Novo Testamentos, 5 vol. (1801-1803), Uma história das Índias Ocidentais (1808-1811), vários volumes de sermões e Uma vida de John Wesley (com Henry Moore, 1792).
Missões nas Ilhas do Canal da Mancha
“Soldados
metodistas estacionados com o Regimento de língua inglesa em Jersey,
juntaram-se a esses novos convertidos e suas famílias para formar a primeira
Sociedade. John Wesley enviou Robert Carr Brackenbury, escudeiro de Raithby,
Lincolnshire para eles em 1783 como o primeiro missionário metodista para as
Ilhas do Canal. O Rev. Dr. Thomas Coke logo
se seguiu”.[20]
Apelo missionário de Thomas Coke
Pierre Arrivé vivia em
Guernsey e, em 1885, “se converteu e convidou R.C. Brackenbury para visitar
Guernsey. Brackenbury fez isso e então escreveu para Thomas Coke, pedindo que outro
pregador fosse enviado”. [21]
“Convenceu o jovem
pregador bilíngue Jean de Quetteville a ir de Jersey para
a missão Guernsey”
“Thomas Coke não perdeu
tempo em visitar as Ilhas do Canal e convenceu o jovem
pregador bilíngue Jean de Quetteville a ir de Jersey para
a missão Guernsey. Ele chegou no início de 1786 e a ilha foi incluída entre os
lugares nomeados no apelo missionário de Thomas Coke naquele ano. No outono,
Quetteville foi acompanhado por Adam Clarke, que passou três anos na
ilha. O próprio John Wesley fez uma visita em agosto de 1787. A primeira capela
foi inaugurada na Rue Le Marchant, St. Peter Port, em 1789; Capela Ebenezer, em
1816. A primeira Escola Dominical foi inaugurada em
1808”.[22]
Sermão no funeral da
enfermeira de Wesley
Após a morte de Hester Ann Rogers, o sermão do Thomas Coke no funeral
chamado “O Caráter e Morte da Sra. Hester Ann Rogers”, foi publicado, em 1795,
e apresentou a vida de Hester como um modelo para as mulheres metodistas.
Durante décadas seguintes, sua história foi reeditada dezenas de vezes. Também
foi publicado “Vida e Diário da Sra. Hester Ann Rogers”, por E. Davies, em
1882.[23]
Thomas
Coke faleceu aos 66 anos no navio, em 1814, ao ir em missão ao Ceilão, atual
Sri Lanka.
John Fletcher
“No mesmo dia de sua ordenação em 1757,
Fletcher correu para a Capela de West Street, em Londres, para ajudar Wesley a
servir a Santa Comunhão, e para sempre se tornou coadjutor de Wesley”
João Guilherme de
Seu pai era membro de uma das famílias mais respeitadas no Cantão de
Berna, na Suíça, e foi coronel no Exército francês.
“O pai colocou-o a estudar em Geneva, onde se distinguiu academicamente
pelo brilhantismo. Depois foi estudar alemão e Hebraico no cantão Suíço de
Lensbourg. O pai queria que ele seguisse a carreira eclesiástica”. [25]
Quis ser mercenário e foi a Lisboa comandar um navio de guerra português
que o levaria ao Brasil, a serviço do rei de Portugal. Mas desistiu. Tentou
ingressar no Exército da Holanda, mas não deu certo.
“Desempregado, foi para Londres entrando em contato com os metodistas e
se converteu ao Senhor”. [26]
Começou uma vida maravilhosa. Pouco tempo depois começou a pregar. Foi
muito solicitado em diferentes igrejas. A humildade e o fervor eram as suas
grandes marcas.
“Fletcher encontrou nos metodistas pessoas que compartilhavam sua
preocupação com uma vida santa. Eles também compreenderam a luta que ele
enfrentou ao longo da vida para alcançar a justiça através de seus próprios
esforços”. [27]
“A sua ordenação na Igreja da Inglaterra tornou-o ainda mais útil ao
ministério metodista”
Em 1757, foi ordenado diácono e sacerdote na Igreja Anglicana, mas ele,
às vezes, pregava com Wesley e o ajudava com tarefas nas capelas metodistas em
Londres como um dos seus coadjutores.
Experiência de justificação libertadora
“Através do ministério das sociedades de Londres, em janeiro de 1755,
Fletcher entrou em sua própria experiência de justificação libertadora pela fé,
e quase imediatamente começou a pregar nas sociedades metodistas. A sua
ordenação na Igreja da Inglaterra tornou-o ainda mais útil ao ministério
metodista”.
“E para sempre se tornou coadjutor de Wesley”
“No mesmo dia de sua ordenação em 1757, Fletcher correu para a Capela de
West Street, em Londres, para ajudar Wesley a servir a Santa Comunhão, e para sempre
se tornou coadjutor de Wesley”.[28]
Wesley sobre Fletcher
“Três semanas depois, Wesley escreveu esta nota em seu diário: "O
Sr. Fletcher me ajudou novamente. Como são maravilhosos os caminhos de Deus!
Quando minha força corporal falhou, e ninguém na Inglaterra foi capaz e
disposto a me ajudar, Ele me enviou ajuda das montanhas da Suíça; e uma ajuda
para mim em todos os aspectos: onde eu poderia ter encontrado tal outro?"[29]
Sua saúde nunca foi boa. Cuidava dos pobres e ficou conhecido em toda a
Inglaterra como “o vigário de Madeley” (1729-1785).
Os bares dessa localidade foram fechados e ele levantava às cinco horas
da manhã com um sino aos domingos convidando a população para ir à Igreja. Ele
nunca foi itinerante. [30]
Foi presidente da Universidade Trevecca, no sul de Gales, fundada pela
condessa de Huntingdon, para treinar líderes cristãos durante o reavivamento do
séc. XVIII.
Adotou a língua inglesa publicando obras importantes. Foi considerado um
grande teólogo. Chegou a estudar a Bíblia de 14 a 16 horas por dia.
Em 1776, escreveu um folheto e uma cópia foi enviada ao rei de
Inglaterra, que quis recompensá-lo com uma posição eclesiástica elevada, mas
recusou dizendo: “Apenas quero mais graça”. Quando perguntavam se ele queria
algo, dizia: “(…) não quero nada, a não ser mais graça”.[31]
Ele se destacou no ministério de governo da Igreja. Em momentos cruciais,
defendeu Wesley em questões doutrinárias.
“Fletcher acreditava que o modelo metodista funcionava melhor dentro do sistema
paroquial, e ele mesmo implementou sua própria marca de metodismo em sua
própria paróquia”.[32]
Era seu assistente e considerado o apóstolo João do metodismo. Não era
eloquente, mas tinha tal piedade e candura que suas palavras tocavam no coração
dos ouvintes.
Wesley esperava que ele aceitasse o convite para substituí-lo na
liderança do movimento metodista no caso dele vir a falecer.
Era a pessoa cuja combinação de conhecimento e piedade vital se encaixava
no modelo que Wesley tinha em mente para substituí-lo. Mas ele não aceitou por causa
de sua saúde fragilizada e também modéstia.
Em 1781, Fletcher se casou com a líder metodista Maria Bosanquet. Ele
escreveu a Wesley sobre sua esposa: “(...) Eu posso dizer a você que minha
esposa é bem melhor para mim do que a Igreja é para Cristo”.
Wesley o nomeou para ser presidente do Colégio Trevecca. Ele ficou no
cargo por dois anos e deixou logo depois.
Fletcher escreveu bastante sobre a inteira santificação.
“O fato de os dois terem permanecido juntos durante tanto tempo mostrou
o equilíbrio eficaz entre as ênfases gémeas de Wesley em 1) total desamparo
humano com a salvação pela graça através da fé apenas, e 2) plena
responsabilidade humana com uma visão da verdadeira santidade do coração e da
vida”. [33]
Wesley o influenciou e foi influenciado pelos escritos de Fletcher sobre
a perfeição através da purificação do coração para ser aperfeiçoado no amor.
Fletcher se tornou o principal sistematizador da teologia metodista.
Quando Wesley percebeu que os pregadores
metodistas no País de Gales estavam recebendo influência do calvinismo,
determinou que todos os pregadores lessem os escritos de John Fletcher.
Ele foi escolhido por Wesley como seu
sucessor, mas faleceu antes dele. João Wesley pregou em seu sepultamento.
“Não conheci ninguém igual a ele”
Sobre ele, Wesley escreveu: “Conheci muitos homens exemplares, santos de
coração e de vida, em quarenta anos. Mas não conheci ninguém igual a ele:
alguém tão interior e exteriormente devotado a Deus. Um personagem tão
irrepreensível em todos os aspectos que não encontrei na Europa ou na América.
E dificilmente espero encontrar outro assim, deste lado da eternidade.”[34]
Mais tarde, Wesley disse: “Nenhum homem em Inglaterra conheceu o Sr.
Fletcher durante tanto tempo como eu”. [35]
Fletcher foi
o melhor amigo e mais hábil dos conselheiros de Wesley.
Fletcher ao
lado de John e Charles Wesley
Luke Tyerman,
Wesley's Designated Successor (1882) “coloca Fletcher ao lado de John e Charles
Wesley formando a liderança. núcleo do reavivamento metodista”. [36]
O livro de Luke Tyerman “Wesley's Designated Successor: The, Life,
Letters and Literary Labors of the Rev. John William Fletcher” foi publicado
pela Amazon.
Luke Tyerman
(1820-1889) foi um pastor wesleyano inglês, nasceu em Osmotherly. “Em 1842
entrou no ministério, continuando a pregar até 1864, quando se tornou
supranumerário, e dedicou sua atenção ao trabalho literário”. [37]
Outro livro seu: “The Life and Times of the Rev. John Wesley: Founder of
the Methodists”.
O pastor
metodista Paul E. Buyers escreveu sobre ele como um homem santo: “John Fletcher, o
homem santo do Movimento Metodista (1729-1785)”.[38]
“As principais de suas obras publicadas, escritas contra o calvinismo, foram seus Cinco Cheques ao Antinomianismo,
Escalas das Escrituras e sua teologia pastoral, Retrato de
São Paulo. [16] Ver vidas de John Wesley (1786); Luke Tyerman (1882); F. W.
Macdonald (1885); J. Maratt (1902); também J C Ryle, Líderes Cristãos do Século 18”.[39]
Alguém
escreveu: “Nos obscuros dias do Século XVIII, na Inglaterra e na Escócia, houve
quatro homens que se destacaram: João e Carlos Wesley, Whitefield e John Fletcher.
E os rastros que deixaram, mostram claramente, que ‘o seu trabalho não foi em
vão".[40]
João Wesley disse dele: "Fui visitar um homem com um pé na
sepultura; mas encontrei esse homem com um pé no céu"![41]
[1] https://core.ac.uk/download/pdf/155817793.pdf
[3]
https://members.societe-jersiaise.org/whitsco/method7.htm
[4]
https://www.stmartinsjersey.org.uk/about-us/who-are-we/our-histor
[5] https://members.societe-jersiaise.org/whitsco/method6.htm
[6]
https://members.societe-jersiaise.org/whitsco/method6.htm
[7]Idem.
[8] https://members.societe-jersiaise.org/whitsco/method6.htm
[9]
https://members.societe-jersiaise.org/whitsco/method6.htm
[10] Idem.
[11]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Clarke
[12] Pesquisa: https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Clarkee; https://www.studylight.org/commentaries/acc.html
http://www.imarc.cc/reghist/reghist5.html
http://sacred-texts.com/bib/cmt/Clarkee/index.htm
http://midnightoilbooks.com/historicism/historicists-of-note/adam-Clarkee-1760-1832/
http://www.johnwesley-izildabella.com.br/2016/01/27/adam-Clarkee/
https://www.ccel.org/ccel/Clarkee/entire_sanct.ii.html
http://wc.rootsweb.ancestry.com/cgi-bin/igm.cgi?op=GET&db=wesleyhClarke&id=I2380
[13]
http://tonymusings.blogspot.com/2017/10/jersey-our-island-methodists-mermaids_13.html
[14]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Clarke
[15]https://www.facebook.com/UMCHistory/photos/a.1068102873200347/1950756598268299/?type=3
[16]Idem.
[17]
https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Coke_(bishop)
[18]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/21
[19]
https://www.bbc.co.uk/jersey/features/2003/05/wesley/diaries_4.shtml
[20]
http://www.methodistheritage.org.uk/jerseyandguernsey.htm
[21]https://dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=1197
[22]Idem.
[23] Pesquisa: https://18thcenturyculture.wordpress.com/2010/11/07/you-must-be-born-again-pioneering-regeneration-and-community-in-the-personal-narratives-of-early-methodist-women/
http://archiver.rootsweb.ancestry.com/th/read/ROGERS-BEN/2003-09/1063567758
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Character_and_Death_of_Mrs._Hester_Ann_Rogers
http://methodistevangelicals.org.uk/resources/hester-story-mrs-hester-ann-rogers-n%C3%A9e-roe
https://en.wikipedia.org/wiki/Hester_Rogers
http://oxfordindex.oup.com/view/10.1093/ref:odnb/63470
http://methodistevangelicals.org.uk/resources/hester-story-mrs-hester-ann-rogers-n%C3%A9e-roe
[24]
https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785/
[25] Idem.
[26]
https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785/
[27] https://core.ac.uk/download/pdf/155817793.pdf
[28]
https://catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar/
[29] Idem.
[30]
https://catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar/
[31]
https://www.amazon.com/ Works-Reverend-John-Fletcher-ebook/dp/B00BRL4AWU
[32]
https://en.wikipedia.org/wiki/John_William_Fletcher
[33] https://core.ac.uk/download/pdf/155817793.pdf
[34]
https://core.ac.uk/download/pdf/155817793.pdf
[35] Idem.
[36] Idem.
[37]Pesquisa: https://www.biblicalcyclopedia.com/T/tyerman-luke.html
[38] BARBIERI, Sante Uberto. Estranha estirpe de
Audazes. São Paulo: Imprensa Metodista, p. 93.
HEITZENHATER, Richard P. Wesley e o povo
chamado Metodista. São Bernardo do Campo-Rio de Janeiro: Editeo-Pastoral
Bennett, 1986.
LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e
obra. São Paulo: Editora Vida, 1997,
http://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785/ http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaobiografias.asp?Numero=720
https://en.wikipedia.org/wiki/John_William_Fletcher
http://jonatasjoao316.blogspot.com.br/2010/02/john-fletcher-1729-1785-mary-bosanquet.html
[39]
https://en.wikipedia.org/wiki/John_William_Fletcher
[40] https://cleudf.blogs.sapo.pt/13168.html
[41] Idem.
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