Enfim,

Felizes para Sempre

 

 

O retrato do relacionamento conjugal nas músicas populares, história e Bíblia

 

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 


Copyright © 2024, Odilon Massolar Chaves 

Todos os direitos reservados ao autor. 

É permitido ler, copiar e compartilhar gratuitamente

Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998. 

Digitação: Liliana Hidd Fonteles

Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 145

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com

 Tradutor: Google

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor

  


“Um casal feliz, eu sei que poderemos ser
Basta só seguir os nossos corações
E eu sei que as mãos de Deus irão nos moldar
Para construir uma perfeição em nossos corações”
[1]

(Ton Carfi)

 


Índice

 

·       Introdução

·       Para ser e fazer feliz

·       Músicas que retratam a infelicidade conjugal

·       Músicas que retratam um amor maduro e puro

·       Para ser feliz eternamente

·       A escolha do cônjuge


Introdução

 

“Enfim, felizes para sempre” retrata o relacionamento conjugal nas músicas, história e Bíblia. É um livro franco e profundo nas questões de relacionamento.

Veremos que em algumas músicas populares os poetas retratam a infelicidade conjugal e em outro capítulo os poetas retratam o doce, maduro e profundo amor.

Na história veremos a importância da escolha certa e o desastre de uma escolha errada do cônjuge na Bíblia.

Abordamos ainda algumas questões importantes para haver um crescimento no amor, relacionamento sadio e para alcançar a felicidade conjugal.

A felicidade conjugal não significa ausência de lutas. Certamente, haverá também necessidade de aperfeiçoamento no relacionamento. Mas o verdadeiro amor e um coração tratado são ingredientes necessários para superar as dificuldades e haver, enfim, a tão sonhada felicidade conjugal.

 

O Autor 


Para ser e fazer feliz

 

Ser feliz num casamento não é tão simples assim como, muitas vezes, os filmes românticos mostram ou as pessoas pensam. A vida tem lutas e temos marcas em nosso viver que podem atrapalhar a vida conjugal.

O fato é que ninguém é feliz sozinho num casamento. A não ser que a pessoa tenha distúrbio emocional, mental, seja dominadora, sem sentimentos e sem afetos. Só assim será “feliz”, ao seu modo. Ela irá satisfazer seu ego e suas necessidades, explorando ao cônjuge.

Por incrível que pareça, muitos se tornam “cegos” e não veem os problemas de uma pessoa assim. Acabam se casando em pouco tempo sem a conhecer profundamente.

Já vimos documentários tipo “Vivendo com o inimigo” ou “o seu maior inimigo mora ao seu lado”.

Há diversos fatores que podem dificultar que o casal viva de uma forma agradável e feliz.

Mas é importante não irmos para um casamento achando que nosso cônjuge irá preencher nossas necessidades. Só Deus pode preencher nossas necessidades.

Há fatos que surge, que não estavam programados e que podem dificultar nossa felicidade.

A Bíblia relata o caso de Ana, que significa Graça. Ela havia se casado com Elcana, uma pessoa que a amava. [2]

Certamente, o sonho de Ana era ter muitos filhos e filhas. Mas não foi o que aconteceu. Ela era estéril.

E como Ana não podia ter filhos, Elcana se casou com outra – Penina – para ter descendentes, o que era permitido na época. Ele vivia com Ana e Penina.

Hoje há possibilidades da fazer tratamento mulher e ter filhos. Ela pode também fazer a adoção ou ter o envolvimento em uma atividade que a satisfaça.

Pode até ser “mãe de muitos filhos” num trabalho religioso, educacional ou social.

Mas Ana não pensava assim porque não se via outra possibilidade, na época, e ainda por cima era considerada uma vontade de Deus ficar estéril, “cerrar a madre”.

O temperamento de Ana não transformado pelo Espírito Santo dificultava as coisas. Ela era melancólica, que tem tendencias a depressão, como teve o profeta Elias.

Por isso, Ana vivia com ansiedade, aflição, não comia e vivia desanimada.

Para piorar, a “outra”, a Penina, procurava a irritar porque Ana não tinha filhos.

Mas Ana conseguiu reverter essa situação pela sua fé, grande entrega e abnegação, o que é próprio do temperamento melancólico.

Ana, ofereceu a Deus o seu filho, se Deus lhe desse esse filho. E foi o que aconteceu. Nasceu Samuel, que foi instrumento do Senhor. Depois nasceram mais filhos e filhas.

Ana passou a viver feliz quando resolveu essa situação e fez seu esposo Elcana também feliz.

Por outro lado, há casais que têm filhos, mas um ou outro filho pode ser um fator de dificuldades no relacionamento conjugal.

Há outras situações num relacionamento que podem dificultar ou atrapalhar a felicidade do casal, dentre elas:

- Interferência de terceiros;

- Dificuldades econômicas;

- Problemas de saúde;

- Traumas que dificultam uma entrega do cônjuge;

- Excessivo foco em outras áreas da vida;

- Agressividade e falta de respeito com o cônjuge;

- Falta de sabedoria para resolver questões;

- Falta de carinho e companheirismo, etc.

É impossível resolver essas questões. Mas é muito importante verificar essas questões antes do casamento.

O fato é que o diálogo, compreensão e o desejo de continuar lutando para seu casamento ser feliz, são fundamentais.

Mas mais fundamental ainda é ter o verdadeiro amor, o amor ágape, que leva a se doar, respeitar, gera cumplicidade e a amar na saúde e na doença, na dor e alegria, nas dificuldades financeiras ou na abundância, etc.

Esse amor é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo (Romanos 5.5).

O importante também saber que a felicidade completa e diária só teremos perfeitamente na eternidade. O próprio Jesus disse que no mundo teríamos aflições (João 16.33).

Também entender que podemos viver contentes em toda e qualquer situação, quando a nossa fé nos proporciona ao “tudo posso naquele que me fortalece” (Filipenses 4.13).

Por fim, um coração cheio do amor de Deus não é um “saco sem fundo”, que vive a exigir atenção, a presença física do cônjuge e nunca está satisfeito.

A Bíblia diz: “Amamos porque Ele nos amou primeiro” (1 João 4.19).

O segredo é entrar num casamento para fazer e não necessariamente buscar ser feliz.

Mas é possível sim ser feliz no casamento.   


Músicas que retratam a infelicidade conjugal

 

Nem todos são felizes no casamento. As causas são diversas. Importante ter um bom conhecimento sobre essa questão para não sermos mais um a ser infeliz na vida conjugal.

As músicas revelam muito do tipo de relacionamento que há entre os casais. Os poetas são profundos e sinceros e abrem seus corações.

A música cantada por Elza Soares “A Infelicidade” de Mauro Duarte e Niltinho, por exemplo, diz sobre um relacionamento de sofrimento de muitos anos. Em parte do primeiro verso encontramos:

A infelicidade tomou conta de mim
Há longos anos eu sofro assim”.[3]

Em parte do segundo verso, a música revela um relacionamento de agressividade e uma situação de humilhação:

Para cada blasfêmia, um perdão
Para cada sofrimento, resignação”.[4]

E o culpado é para muitos o destino:

“Eu já ando invocada
Com esse tal de o destino é quem quis
Ai, eu seria tão feliz
Se eu fosse menos infeliz
Se eu fosse menos infeliz

Por quê?”[5]

A música “Infelicidade”, cantada por Márcio Costa, revela uma visão pessimista do relacionamento conjugal:

 

Eu sei que nada dura para sempre
Mas só o amor que sinto por você
Nunca vai acabar”.[6]

 

E ainda revela todo o sofrimento de um relacionamento que não deu certo:

Às vezes as lágrimas cai feito chuva”.[7]

A música cantada por Altemar Dutra “Brigas” de autoria de Jair Amorim e Evaldo Gouveia dá um bom conselho aos casais que brigam:

“Veja só
Que tolice nós dois
Brigarmos tanto assim
Se depois

Vamos nós a sorrir
Trocar de bem no fim
Para quê maltratarmos o amor?
O amor não se maltrata não”.[8]

Nesse caso, as brigas são por coisas banais:

“Brigo eu
Você briga também
Por coisas tão banais”.[9]

Mas as consequências são muito ruins para o relacionamento conjugal:

“E o amor
Em momentos assim
Morre um pouquinho mais
E ao morrer então é que se vê
Que quem morreu fui eu e foi você
Pois sem amor
Estamos sós
Morremos nós”.[10]

E Roberto Carlos na música “brigas de amor” revela uma das causas das brigas, a estupidez:

“Quase que a minha estupidez
Me fez sofrer mais uma vez”.[11]

E Roberto Carlos diz uma grande verdade quando correu atrás de sua amada para reconciliar:

Já não me interessava
Nem saber quem estava errado
Pois nas brigas de amor

Os dois dizem coisas
Mesmo sem sentir”.[12]

Este caso revela haver descontrole emocional.

E a chamada Rainha da Sofrência, Marília Mendonça, na música “Troca de calçada”, diz num verso sobre a tragédia de um término de relacionamento:

“Hoje você me vê assim e troca de calçada
Mas se soubesse um terço da história
Me abraçava e não me apedrejava”.[13]

E revela o que muitas vezes acontece - passar do sonho a ser vergonha pra família:

“É claro que ela já sonhou em se casar um dia
Não estava nos planos ser vergonha pra família
Cada um que passou levou um pouco da sua vida
E o resto que sobrou ela vende na esquina”.[14]

O fato é que os poetas sempre fazem poesias e músicas sobre o amor, a paixão, a traição, a dor da separação e a saudade.

Geralmente, de relacionamentos que não deram certo.

Uma das músicas mais famosas antigas de Vicente Celestino, “O Ébrio”, revela uma tragédia maior com a separação que acontece constantemente:

“Tornei-me um ébrio na bebida, busco esquecer
Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou
Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer
Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou
Só nas tabernas é que encontro meu abrigo
Cada colega de infortúnio é um grande amigo”.[15]

E o pior é que o feminicídio tem crescido imensamente no Brasil. Feminicídio é o “assassinato de mulher ou jovem do sexo feminino motivado por violência doméstica, ou por menosprezo ou discriminação à condição de mulher”.[16]

 

O feminicídio tem aumentado. “Em 2018, foram registrados 1.173 casos de feminicídio. As maiores taxas são registradas no estado de Roraima e as menores, em São Paulo”.[17]

Isso em casos conhecidos ou denunciados. Os dados são alarmantes, pois no Brasil a cada 8 minutos uma mulher é agredida.[18]

Apesar de todas estas músicas mostrando o contrário, podemos ser, sim, felizes no casamento. 


Músicas que retratam um amor maduro e puro

 

Um verso de uma canção da dupla Carpenters revela a beleza e profundidade de um relacionamento maduro e sadio:

“A vida espera por nós
Compartilhe-a comigo
O melhor ainda está por vir”.
[19]

Neste pequeno verso há ênfase no compartilhar e na esperança. Dois fatores positivos num relacionamento.

O que foi a dupla Carpenters?

Os Carpenters eram dois irmãos dos EUA e evangélicos.

Karen Carpenter (1950-1983) e Richard Carpenter, nasceram em 1946, New Haven, Connecticut, EUA. Seus pais, Harold e Agnes, eram ambos metodistas, em Downey, EUA. Os dois irmãos formaram a dupla Carpenters, um sucesso mundial que vendeu mais de 100 milhões de cópias.

Eles foram muito mais do que criadores de discos de sucesso. Estiveram entre os artistas mais representativos da década de 1970.

Em poucos anos, seu som único e inimitável trouxe uma nova dimensão para o mundo da música popular. Fizeram turnês nos EUA, Inglaterra, Japão, Austrália, Holanda, Brasil e na Bélgica. Como seus pais, Karen e Richard pertenciam à Igreja Metodista Unida em Downey. Em 1973, foram convidados a se apresentar na Casa Branca para o presidente Richard Nixon e o chanceler da Alemanha Ocidental Willy Brandt.

Richard Carpenter aprendeu a tocar órgão, a pedido do seu pastor da Igreja Metodista. Karen tinha uma voz encantadora. Ela morreu ainda jovem de anorexia nervosa, e seu funeral foi na Igreja Metodista em 8 de fevereiro de 1983. Um filme foi feito sobre a vida de Karen Carpenter (1996). Sua família iniciou o Memorial Foundation Karen A. Carpenter, que arrecadou dinheiro para pesquisas sobre a anorexia nervosa e transtornos alimentares.

Richard se casou com Mary Rudolph-Carpenter, em 1984, com quem teve cinco filhos. Ele continuou a produzir canções da dupla. Em 2009, lançou um novo disco natalino.[20]

Dentre suas músicas, está “Perto de Você” (Close to you) de autoria de Burt Bacharach e Hal David. Uma letra poética, que fala de coisas simples e românticas.

Os dois primeiros versos citam os pássaros e as estrelas:

“Por que os pássaros subitamente aparecem
Todas as vezes que você está perto?

Assim como eu, eles anseiam estar
Perto de você

Por que as estrelas desabam do céu
Toda vez que você passa?
Assim como eu, elas anseiam estar
Perto de você”.[21]

E revelando sua espiritualidade, a letra fala da presença de anjos:

“No dia em que você nasceu
Os anjos se reuniram
E decidiram tornar um sonho realidade
Então espalharam pó lunar em seus cabelos áureos
E luz estelar no azul de seus olhos”.[22]

A letra da canção “Somente Ontem” retrata um relacionamento carinhoso, mudança de vida através de um amor transformador onde a expressão “querido” é o tom marcante inicial:

“Querido, querido
Seu amor me fez
Livre como uma canção cantada eternamente.

Apenas ontem quando eu estava triste
E estava sozinha
Você me mostrou o caminho para deixar
O passado e todas as suas lágrimas para trás”
O amanhã pode até ser mais brilhante que hoje
Desde que eu deixe a minha tristeza de lado
Apenas ontem”. [23]

Além de falar e mudança e vida e deixar um passado para trás, a letra fala e compartilhar e de esperança de dias melhores ode o “nós” é muito presente:

A vida espera por nós
Compartilhe-a comigo
O melhor ainda está por vir.
[24]

A música “Tudo que sabemos” ou “Por tudo que sabemos” (For All We Know), composição de Fred Karlin/James Griffin/Robb Wilson, é muito especial e fala de um relacionamento que tem crescido ao longo do tempo e realça a importância  do compartilhamento, cumplicidade e comunhão:

 

“Amor, olhe para nós dois

Estranhos de muitas maneiras

Temos uma vida inteira para compartilhar

Tanta coisa para dizer

E à medida que avançamos dia a dia

Eu vou sentir você perto de mim (...)”.[25]

 

A letra da música realça muito bem como é um relacionamento maduro emocionalmente onde há crescimento no amor e um aperfeiçoamento no conhecimento mútuo:

 

“Vamos levar uma vida inteira para dizer eu te conhecia bem

Pois só o tempo nos dirá isso

E o amor pode crescer por tudo o que sabemos”.[26]

Esta música foi composta em 1934 por J. Fred Coots e Sam Lewis. Nat King Cole a gravou antes dos Carpenters.[27]

Os Carpenters decidiram gravá-la pela beleza de sua letra, mas com uma letra mais atualizada e profunda. A música ensina que no início do relacionamento podemos ser até estranhos e só depois de um bom tempo é que haverá um conhecimento melhor. Uma coisa é certa: um amor assim crescerá:

 

“Amor, olhe para nós dois

Estranhos de muitas maneiras

Vamos levar uma vida inteira para dizer eu te conhecia bem

Pois só o tempo nos dirá isso

E o amor pode crescer por tudo o que sabemos.[28]

 

Uma letra que chama sempre para uma análise e um relacionamento e revela um crescente amor mútuo: “Amor, olhe para nós dois”.

Por causa de sua herança espiritual, a dupla influenciou positivamente gerações de jovens despertando para a beleza e pureza de um relacionamento sadio e maduro.  


Para ser feliz eternamente

 

 

Não acredite em amor à primeira vista. Na grande maioria das vezes, quando alguém fica apaixonado num primeiro encontro ou no momento em que vê uma pessoa é porque sua mente está trazendo um registro de uma memória de uma pessoa que foi importante e marcante para a sua vida. Pode ser por caracteres físicos, tonalidade da voz ou outro fator. 

É importante ainda entender que não basta encontrar a pessoa dos seus sonhos, segundo sua visão de vida, os dois virem a se apaixonar e terem muitos êxtases para que aconteça, eternamente, um grande e eterno amor. 

É preciso mais do que isso! 

Não basta ter também a mesma fé, a mesma raça, um bom conforto, saber tudo sobre sexo ou estar bem informado para que role sempre um grande amor entre os dois. 

É preciso também mais do que paixão, pois ela acaba com o tempo. A paixão é uma química que dura um certo tempo e depois desaparece como um pássaro que voa para longe. 

É necessário o amor real, que cria laços, cumplicidade, perdoa, apoia, renúncia e leva a valorizar a pessoa que dissemos amar. 

Sim o amor ágape é o amor ideal que devemos procurar ter em nossa vida, pois ele leva à doação, entrega, renuncia, abnegação. 

Esse amor é encontrado no Espírito Santo e que é derramado em nossos corações pela fé em Jesus (Rm 5.5). 

O verdadeiro amor não é passivo, não é tampouco possessivo e nem simplesmente um gostoso sentimento. O amor ágape tem a marca da pratica, de atos de doação, entrega, aceitação, apoio. 

Quando ele cresce e amadurece num relacionamento produz afinidade, respeito à individualidade e uma grande cumplicidade... 

Mas para que esse amor seja instrumento de vida, é necessário ainda ter o coração sempre livre de qualquer trauma, preconceito ou tabu, para que não haja impedimento de haver uma plena entrega e uma troca diária mútua do amor... 

Quantas pessoas chegam a um casamento com marcas, traumas, preconceitos, taus dentro do seu coração que impedem uma entrega e um crescimento no amor e relacionamento. 

Por isso, não basta amar, pois as barreiras internas podem sufocar ou apagar esse amor e destruir um relacionamento. O amor é divino, foi planejado e doado por Deus, que é só Amor. O pecado destruiu parcialmente esse amor. 

Ter Jesus em nosso coração é o primeiro passo para sair dessas correntes e estar livre para um crescimento. O Espírito Santo é fundamental nesse processo. 

O amor é um tesouro dado por Deus. 

Quem souber utilizar e preservar sabiamente esse imenso tesouro, será feliz imensamente e eternamente... 

Como diz o verso da música “Casal feliz, do cantor e compositor gospel Ton Carfi:

 

“Um casal feliz, eu sei que poderemos ser
Basta só seguir os nossos corações
E eu sei que as mãos de Deus irão nos moldar
Para construir uma perfeição em nossos corações”[29]

(Ton Carfi)

 


A escolha do cônjuge

 

A escolha de uma pessoa para a vida conjugal que viva para o Senhor e tem as marcas do caráter de Cristo em sua vida, certamente, é fundamental, mas não é tudo.

Fuja do “amor à primeira vista”.

Essa escolha deve ser dos dois e deve envolver tempo para conhecimento mútuo que gera afinidade, respeito, cumplicidade e desejo de continuar a viver assim até o fim da vida.

Não basta, portanto, ser apenas religioso.

A escolha errada de Sansão      

Sansão pertencia ao povo de Deus e havia sido agraciado pelo Senhor com uma grande força. Era nazireu. Ele e tornou um Juiz em Israel, época que não havia rei. Ele era o grande líder.

Mas ele não fez a escolha certa ao se relacionar com Dalila e se deu muito mal. A Bíblia diz que Sansão se apaixonou por Dalila (Jz 16.4), que aceitou suborno para que ela revelasse de onde vinha a sua força aos fariseus. Dalila traiu Sansão.

Ele era líder e lutava contra os Filisteus, mas o seu relacionamento com Dalila o fez colocar a vida do povo de Deus em risco.[30]

Uma poesia sobre Sansão diz:

“(...) Trai a Deus e fui traído
Deixei a Deus e fui deixado
pelos que um dia eu amara
Desprezei ao meu Criador
E fui desprezado
em tudo que sou

Hoje cego estou
Eu que tinha a visão do alto
E via a Glória do meu Senhor

Hoje estou aprisionado
Eu que era livre
para anunciar a Vontade do meu Senhor

Hoje me fizeram descer a Gaza
Eu que era tão honrado
Exaltado pelo próprio Deus
Vivo agora arrastado(...)”.
[31]

 

A origem do nome Dalila é hebraico e significa dócil.[32] Portanto não escolha uma pessoa só pelo belo nome...

Sansão se arrependeu e Deus lhe deu novamente forças para vencer os filisteus. Mas não lhe devolveu a visão e ele acabou perdendo a vida. 

A escolha certa de Carlos Wesley 

Carlos Wesley (1707-1788) fez a escolha certa em sua vida e em tudo vemos a mão de Deus para a sua escolha certa.

Ele era filho de Susanna e Samuel Wesley, um pastor anglicano. Foi irmão de João Wesley. Era um líder metodista e viajava muito na itinerância.

Em 1747, Carlos conheceu Sarah Gwynne (1726-1822) também conhecida como Sally, que tinha 19 anos. Parece que foi amor à primeira vista. Era filha de uma família rica, no País de Gales. Seu pai Marmaduke Gwynne oferecia acomodações para viajantes evangélicos e por cinco dias ofereceu um lugar para Carlos e John Wesley. 

Carlos retornou doente ao País de Gales, em março de 1748 e foi hospedado na casa de Marmaduke Gwynne. Sally cuidou dele. Foi assim, em 3 de abril de 1748, que ele parece ter proposto casamento para ela. Em seu Diário, ele observou: "À noite a minha mais querida Sally, como meu anjo da guarda, me acompanhou ... perguntei-lhe se ela poderia confiar em mim mesmo para a vida e com uma simplicidade nobre ela prontamente me respondeu que poderia."[33]  Carlos lhe propôs o casamento. A mãe de Sarah estava feliz em ver Carlos se tornar seu genro. 

A diferença de idade entre Sally e Carlos era de quase vinte anos, mas ambos foram atraídos um pelo outro. O pai dela e a mãe de Sally estavam preocupados por Carlos não ter renda fixa. Carlos falou com o irmão sobre isso, e aparentemente em uma carta à mãe de Sally, ele indicou que o dinheiro poderia ser fornecido a partir da venda de seus livros.[34] 

Wesley garantiu a seu irmão uma renda de £100 por ano das vendas de livros para tranquilizar a posição financeira da família Gwynne.  Carlos e Sally se casaram em 1749 por John Wesley.[35]

Seguiu-se uma lua de mel de duas semanas, mas podemos levantar algumas perguntas sobre isso, pois Carlos pregou todos os dias da lua de mel![36]

Somente sobreviveram até a idade adulta Samuel, Charles e Sarah. Dos seus três filhos sobreviventes, dois foram músicos muito talentosos.[37]

Em 1756, Carlos Wesley revelou ser um marido apaixonado. Viajava na itinerância metodista e escrevia para sua esposa Sally: “Meu coração está com você. Eu quero você todos os dias e horas. Eu deveria estar com você sempre (...), pois ninguém pode suprir o seu lugar".

Charles provou ser não só um marido amoroso, mas também um devotado pai, embora fosse rigoroso. Ele diminuiu seu ministério itinerante, pois queria prestar atenção às suas responsabilidades familiares. Uma série de cartas para seus filhos sobrevivem, na qual ele revela sua preocupação com seu bem-estar espiritual, bem como suas necessidades temporais.[38]

Carlos Wesley faleceu, em 29 de março de 1788.[39] Sally morreu em 28 de dezembro de 1818 e foi enterrada com seu marido na Igreja Paroquial St Marylebone.[40] 

 


 

 

 

 

 



[2]  Conferir 1 Samuel, capítulos 1 e 2.

[3] http://www.letras.mus.br/elza-soares/a-infelicidade/

[4] Idem.

[5] http://www.letras.mus.br/elza-soares/a-infelicidade/

[6]Idem.

[7] Idem. A letra original diz: “Às vezes as lágrimas cai feito chuva”.

[8] https://www.letras.mus.br/altermar-dutra/44106/

[9] Idem.

[10] Idem.

[11] https://www.letras.mus.br/roberto-carlos/1590906/

[12] https://www.letras.mus.br/roberto-carlos/1590906/

[13] https://www.letras.mus.br/blog/historia-troca-de-calcada/

[14] Idem.

[15] https://www.letras.com.br/vicente-celestino/o-ebrio

[16] https://www.saopaulo.sp.leg.br/mulheres/entenda-o-que-e-feminicidio-e.

[17] https://www.bing.com/search?q=femiicido+o+brasil&form=ANSPH1&refig=0c3e4dbbdca14c81a2f509a93b1b7298&pc=U531

[18] https://www.educamundo.com.br/blog/feminicidio-no-brasil

[19] https://www.letras.mus.br/carpenters/7021/traducao.html

[20] Pesquisa: http://www.richardandkarencarpenter.com/fans_ask_8.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/Karen_Carpenter

http://www.adherents.com/largecom/fam_meth.html

www.findadeath.com/.../Carpenter,%20Karen/karen

http://www.answers.com/topic/richard-carpenter

www.imdb.com/name/nm0139389/bio

http://pt.wikipedia.org/wiki/Carpenters

http://pt.wikipedia.org/wiki/Richard_Carpenter

[21] https://www.letras.mus.br/carpenters/118326/traducao.html

[22] Idem.

[23] https://www.letras.mus.br/carpenters/7021/traducao.html

[24] Idem.

[25] https://www.letras.mus.br/carpenters/7025/

[26] Idem.

[27] https://genius.com/The-nat-king-cole-trio-for-all-we-know-lyrics

[28] https://www.letras.mus.br/carpenters/7025/ 

[30] Capítulos 13 a 16 e Juízes.

[32] https://www.significadodonome.com/dalila

[33] http://www.emanuel.ro/wp-content/uploads/2014/06/P-7.2-2009-Michael-A.-G.-Haykin-My-Sister-Dearest-Friend.pdf

[34] Idem.

[35] https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Wesley

[36] http://www.emanuel.ro/wp-content/uploads/2014/06/P-7.2-2009-Michael-A.-G.-Haykin-My-Sister-Dearest-Friend.pdf

[40] https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Wesley

 

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