A libertadora de escravos chamada Moisés

 

Harriet Tubman era metodista e libertou 300 escravos

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 

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Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998.  

Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 107 

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com 

 Tradutor: Google

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor


 

Liberei mil escravos. Eu poderia ter libertado mais mil, se eles soubessem que eram escravos.[1]

 Harriet Tubman




Índice

 

·       Introdução

·       Sua infância

·       Seu trabalho

·       Seu casamento e fuga

·       Luta contra a escravidão

·       Na guerra civil

·       Uma Metodista

·       Legado e homenagens

·       Frases de Tubman


Introdução


“A libertadora de escravos chamada Moisés”. Harriet Tubman era metodista e libertou 300 escravos. 

Este livro relata a trajetória de Harriet Tubman, chamada de Moises negro por ter se dedicado a libertar os escravos nos EUA. 

Ela se tornou símbolo de libertação e trabalhou para o Exército da União, nos EUA, como espiã e como chefe de uma rede de espionagem e escuteiros. 

São inúmeras as homenagens à Tubman com ópera, escultura, quadros, músicas, peça teatral, filmes, desenhos, nomes de ruas, praças, bustos, memoriais, imagem em selos sendo a primeira mulher a ter uma imagem numa nota de dólar, etc. 

Foi a primeira mulher afro-americana a ter o seu nome dado a um navio dos EUA. 

Uma história que lembra as histórias de ficção tal a coragem, determinação e enfrentamento de perigos sem medo. Ela dizia que somente Deus poderia matá-la. 

Tubman se tornou um ícone da luta antirracista nos Estados Unidos. 

O Autor


Sua infância 

 

Harriet Tubman (antes Araminta Harriet Ross) viveu entre 1820 e 1913 e foi exemplo de coragem e determinação. Ela se torou um símbolo de luta pela libertação de escravos.

Sua avó materna se chamava Modesty e chegou aos Estados Unidos num navio negreiro vindo da África.[2] A maior parte de sua infância foi ao lado da avó.

Tubman nasceu em uma fazenda, em Dorchester County, no estado de Maryland, EUA. Não teve uma certidão de nascimento, por ser filha de escravos. 

“O nome de nascimento de Tubman era Araminta Ross, sendo muito conhecida na sua infância como Minty. Harriet foi a quinta criança de um total de nove que o casal Harriet Green (sua mãe) e Benjamin Ross (seu pai) tiveram juntos. Como os pais de Tubman eram escravos, logo ela também começou a realizar os primeiros trabalhos sob a mesma condição”.[3]

Foi chicoteada quando criança. Dormia perto do fogo por causa do frio. Seu principal alimento era farinha de milho.

Aos cinco anos um vizinho do seu patrão a alugou. Era forçada a trabalhos domésticos. 

Certa vez, quando foi alugada para trabalhar pra outra pessoa, ela conheceu o torrão de açúcar. 

 “Como nunca tinha visto nada tão bom e tão doce ─ nunca vira açúcar sequer ─ achei que aquilo tinha um aspecto maravilhoso”. Pegou, então, num dos torrões. A patroa, Miss Susan, viu-a pegar no pedaço de açúcar e foi atrás dela com um chicote. Harriett fugiu e escondeu-se na pocilga. Comeu casacas de batata e restos até que ficou com tanta fome que teve de regressar. Quando o fez, foi de novo açoitada repetidas vezes.”[4] 

Na infância foi conhecida como Minty. Tinha nove irmãos, filhos de Harriet Green e Ben Ross. “Harriet Green e todos os seus filhos, incluindo Harriet/Araminta, pertenciam a Edward Brodess e sua mãe, Mary Brodess, donos de uma plantation na região costeira de Maryland”.[5]

 

Harriet não pode ter uma infância alegre e divertida como uma criança normal, pois era uma escrava.

 

Ao contrário, conheceu o “pecado” de ter nascida como uma escrava.  “Por volta dos 5 anos de idade, ela foi alugada para vizinhos dos Brodess para trabalhar como babá do filho de brancos. Nesse ofício ela não podia deixar o bebê acordar e chorar, pois era punida violentamente caso isso acontecesse.”[6] 

Na adolescência passou a acompanhar seu pai que era lenhador.

  


Seu trabalho 

 

Tubman era explorada, como a maioria dos escravos, e colocada para trabalhar em lugares inadequados. 

Ela foi obrigada a trabalhar na checagem de armadilhas para ratos-almiscarado, que “é a única espécie do gênero Ondatra, é um roedor semiaquático de porte médio nativo da América do Norte”.[7] 

As armadilhas para pegar essa espécie de rato “eram posicionadas em locais pantanosos, o que a forçava a se molhar constantemente. Ela era obrigada a isso até mesmo durante o inverno, e, no período que realizava essa função, chegou a contrair varíola.”[8] 

Certa vez, Tubman foi atingida na cabeça por uma barra de ferro. Ela estava no caminho do armazém e viu uma perseguição a um escravo que havia fugido, Então, Tubman se colocou na frente do capataz para ajudar a pessoa que estava em fuga e acabou sendo atingida na cabeça pela barra de ferro que o capataz jogou contra o escravo.

Tempos depois, ela disse: “O peso quebrou meu crânio ... Eles me carregaram para a casa toda sangrando e desmaiando. Eu não tinha cama, nenhum lugar para me deitar, e eles me deitaram no assento do tear, e eu fiquei lá o dia todo e no próximo.”[9]

“Esse acidente causou ferimentos graves em Tubman, e especula-se que ela tenha sofrido uma concussão. Ela ficou com sequelas graves, uma vez que passou a sofrer de fortes dores de cabeça e teve crises”.[10] 

Mas Tubman era abnegada e destemida e foi em frente cumprir sua missão de libertar escravos.

 

Seu casamento e fuga

 

Por volta de 1844, ela se casou com um negro livre, John Tubman.

Tubman era esperta, desconfiada e ansiava pela liberdade. Ela contratou um advogado para investigar o passado familiar dela.

As desconfianças de Tubman tinham sentido. “Esse descobriu que o antigo dono de sua mãe tinha deixado uma instrução para dar liberdade a Harriet Green (mãe de Harriet Tubman) quando ela completasse 45 anos de idade. Além disso, qualquer criança que nascesse dela ou de suas filhas após isso seriam consideradas livres”.[11]

Mas seus novos donos não cumpriram o que havia sido decidido e não a libertaram. Então, Tubman decidiu fugir.

Como seu marido não quis fugir com ela, em 1849, Tubman deixou o marido e fugiu para a Filadélfia.

Um casal abolicionista lhe deu carona. Harriet conseguiu um emprego e seu salário ajudou a libertar outros escravos. Num período de dez anos, fez 19 viagens para o Sul e libertou mais de 300 escravos, inclusive, os seus pais.[12]

Como revolucionária, Tubman mudou de nome. “Logo após o seu casamento, ela oficializou sua mudança de nome, abandonando o Araminta e adotando o Harriet, mesmo nome de sua mãe, e com isso ela passou a se chamar Harriet Tubman.”[13] 

Em 1849, Tubman fugiu com seus irmãos Ben e Henry, mas eles decidiam voltar. Tubman voltou com eles, mas então disse que na próxima vez iria sozinha. 

E foi o que aconteceu logo depois. “Tubman escapou novamente, desta vez sem seus irmãos. Ela tentou avisar sua mãe de seus planos, cantando uma canção codificada para Mary — uma amiga escrava de confiança — que era um adeus. ‘Vou te encontrar na manhã’, ela cantou, "Meu destino é a terra prometida”.[14] 

Uma estimativa afirma que em 1850 cerca de 100 mil escravos fugiram com a ajuda da rede secreta. 

“Tubman se utilizou da rede conhecida como Underground Railroad (Ferrovia Clandestina, em tradução livre). Este sistema informal, mas bem organizado, era composto de negros livres e escravizados, abolicionistas brancos e outros ativistas”.[15] 

Underground Railroad era “uma rede secreta de pessoas que forneciam ajuda a escravizados que fugiam. Por meio dessa rede, muitas pessoas forneciam auxílio aos escravizados, levando-os por rotas que os permitiram chegar a cidades do norte dos Estados Unidos, onde a escravidão não era permitida, ou ao Canadá. Durante o trajeto, muitos davam abrigos para os escravizados, e foi por essa rede que Tubman alcançou a Filadélfia, na Pensilvânia”.[16] 

Tubman encontrou trabalho como governanta na Filadélfia, mas não estava satisfeita em viver livre sozinha - ela queria liberdade para seus entes queridos e amigos também.

Ela logo retornou ao sul para levar sua sobrinha e os filhos de sua sobrinha para a Filadélfia através da Ferrovia Subterrânea.[17]

Voltou várias vezes para libertar outros escravos. Uns dizem que voltou 19 vezes. 

Ela cantava uma canção como sinal de sua chegada. Quando os escravos ouviam a canção já sabiam. Ela estava de volta para libertá-los e diziam: “É ela”. 

Havia uma recompensa pela sua captura, mas Tubman dizia que somente Deus poderia matá-la. 

Em 1869, ela se casou com Nelson Davis, um negro liberto e adotaram uma filha chamada Gertie.

 


Luta contra a escravidão 

 

Tubman trabalhou em algumas casas e se engajou na luta para garantir que outros negros escravizados conseguissem a sua liberdade. Ela se tornou uma das melhores guias na rede da Undergroud Railroad e conseguiu resgatar sua família levando-a para o Canadá.[18] 

Depois que fugiu, “Harriet trabalhou como cozinheira, lavadora de pratos e mulher de limpezas. Gastou muito do que ganhou em dezanove viagens que fez para conduzir cerca de trezentos escravos até à liberdade. Muitos deles eram seus familiares. Harriet levava-os de uma casa segura para outra. Às vezes, chegavam mesmo ao Canadá. Era uma condutora do Caminho-de-Ferro Subterrâneo. Ora se disfarçava de velhinha frágil ou de homem. Usava as canções como se fossem um código secreto. Quando era seguro sair dos esconderijos, cantava uma canção alegre; os foragidos reconheciam sempre a sua voz profunda e rouca”.[19]

Na década de 1850, Tubman atuou em dezenas de outras missões.

Ela costumava “levar soníferos para usar nas crianças, caso elas começassem a chorar, e tinha um rifle, usado para ameaçar aqueles que resolviam abandonar a expedição e retornar à escravidão. Isso era uma medida de segurança, pois aqueles que abandonavam o grupo poderiam colocar em risco todos os outros que estavam em fuga”.[20]

Tubman passava por regiões pantanosas. Geralmente, as viagens ocorriam à noite, pois era mais difícil o grupo de escravizados ser visto. 

A luta pela libertação não foi simples e rápida. Tubman resgatou seus irmãos em 1854 e os seus pais em 1857. 

Seus pais não se adaptaram ao Canadá e Tubman os levou para Auburn, estado de Nova York. Essa terra foi comprada com o dinheiro que ela ganhava com o trabalho na casa.

Além disso, seu engajamento como abolicionista rendia a ela apoio financeiro que a mantinha nas expedições e a ajudava a sobreviver.[21]

Alguns afirmam que Harriet Tubman libertou milhares de escravos em 10 anos e apareceu em panfletos dando $ 40.000 por sua captura.[22]

Alguns afirmam que foram 300 e outros 70 escravos libertos por ela.[23]  O consenso é que foram cerca de 300 escravos libertos.

“Nos dez anos seguintes, Harriet fez amizade com outros abolicionistas, como Frederick Douglass, Thomas Garrett e Martha Coffin Wright, e estabeleceu sua própria rede Underground Railroad”.[24]

  


Na guerra civil

 

Na guerra civil americana, trabalhou para o exército da União como cozinheira, enfermeira e espiã. Conhecida como o Moisés Negro, havia uma recompensa por sua captura.

Era analfabeta. Atribuía suas visões a Deus. Tinha uma grande fé.

Em 1861, iniciou-se a Guerra Civil Americana. Ela se alistou no Exército da União, lutando pelos nortistas. 

A “sua fama como guia nas expedições ao sul já era muito grande e ela teve papéis importantes na guerra civil. Trabalhou como batedora e como espiã, angariando informações sobre tropas e instalações dos confederados no Sul”.[25] 

No ano de 1863, ela se tornou chefe de uma rede de espionagem e escuteiros do Exército da União. Tubma “forneceu inteligência crucial aos comandantes da União sobre as rotas e tropas de abastecimento do Exército Confederado e ajudou a libertar os escravos para formar os regimentos da União Negra”. [26]

Tubman tinha cerca de um metro e meio de altura, mas era uma força. O governo demorou cerca de três décadas para reconhecer suas valiosas contribuições na guerra civil.

Tubman serviu como conselheira principal e acompanhou o ataque. Na manhã de 2 de junho de 1863, ela guiou três barcos a vapor por entre minas plantadas pela Confederação nas águas que levavam às margens.

Uma vez em terra, as tropas da União atearam fogo destruindo infraestruturas e apreendendo milhares de dólares em comida e mantimentos.

Quando os barcos a vapor soaram seus apitos, escravos em toda a área entenderam que ela estava sendo liberada. À medida que tropas confederadas corriam para o local, barcos a vapor cheios de escravos zarparam em direção a Beaufort, na Carolina do Sul.[27]

Mais de 750 escravos foram resgatados no ataque do rio Combahe.

Jornais reconheceram o patriotismo e a habilidade de Tubman.

Ela também trabalhou com o coronel Robert Gould Shaw no ataque ao Forte Wagner.[28]

Tubman ainda trabalhou para a União cuidando de escravos recém libertados, fazendo reconhecimento em território confederado e tratando soldados feridos em Virgínia.

Ela também realizou incursões periódicas de volta a Auburn para visitar sua família e cuidar de seus pais.

A Confederação rendeu-se em abril de 1865 e Tubman voltou para sua casa em Auburn.[29]

  


Uma Metodista

 

Tubman ajudou a organizar a Igreja Metodista Episcopal Africana Zion e criou um lar para indigentes idosos africanos americanos, Harriet Tubman Home.

Ela era carismática e foi moldada durante toda a sua vida pelo metodismo.

Tubman assistiu cultos dirigidos por metodistas quando era ainda escrava. “Seu proprietário branco no leste de Maryland tinha um filho pastor metodista cujos cultos a família de Tubman comparecia. Essa área era fortemente metodista, e alguns metodistas haviam libertado seus escravos, embora não o dono de Tubman. Tubman possivelmente também participou de congregações locais e reuniões campais da Igreja Episcopal Metodista Africana, alguns dos quais exortadores revivalistas eram mulheres, que com seus colegas homens às vezes contornavam ou desafiavam a lei ao hospedar reuniões para escravos”.[30]

Tubman tinha grande coragem e fé não tendo medo de morrer. “Sua certeza de ouvir a voz de Deus alimentou sua tremenda coragem, levando-a a escapar com a ajuda dos quacres e, posteriormente, a muitos anos como líder na Ferrovia Subterrânea. Voltando repetidamente para o sul secretamente, ela liderou dezenas e possivelmente centenas para a libertação no norte. Sem molenga, ela supostamente carregava uma arma e ameaçava atirar em escravos fugitivos que colocavam a missão em perigo por se equivocar”.[31]

Tubman conseguiu adquirir algumas propriedades “graças à sua amizade com o antiescravista William Seward, que foi governador, senador dos EUA, aspirante presidencial republicano e, eventualmente, secretário de Estado de Lincoln, ela se estabeleceu em Auburn que lhe vendeu algumas terras. Anos depois, ela entregou sua propriedade à Igreja Metodista Episcopal Zion da África”.[32]

Tubman não parou quando terminou a guerra civil. Ela defendeu os escravos recém-libertados, entre outras causas, incluindo o direito de voto das mulheres e a União de Temperança Cristã das Mulheres, uma causa metodista favorita. Ela nunca aprendeu a ler, mas tinha uma memória ampla para as Escrituras e outros materiais que facilitaram sua oratória fascinante”.[33]

Ela serviu em algumas igrejas metodistas brancas e negras em Auburn ajudando “os indigentes, doentes, pobres e idosos, muitas vezes levando-os para sua própria casa, muitas vezes perigosamente, sendo roubada pelo menos várias vezes”.[34]

Harriet foi à luta para sobreviver. Sua vida desde pequena foi uma luta. Ela ia de casa em casa para vender legumes. “Onde quer que fosse, pediam-lhe para contar as suas aventuras no Caminho-de-Ferro Subterrâneo. Ajudou a criar um lar para doentes, pobres, e pessoas sem-abrigo negros. Quando ela mesma entrou nessa casa em 1911, estava já velha e fraca. “Já consigo ouvir campainhas a tocar. Já consigo ouvir anjos a cantar”, dizia por vezes. Pouco depois, a 10 de Março de 1923, morreu, com mais de noventa anos de idade”.[35]

Viveu 91 anos e ajudou a fundar a Igreja Metodista Episcopal Zion Africana, “cujo clero conduziu seu funeral, onde ela foi celebrada por brancos e negros, incluindo veteranos da Guerra Civil, por sua fé, serviço, sacrifício, tenacidade e bravura. Seu caixão estava coberto por uma bandeira americana e ela foi enterrada com um crucifixo e uma medalha da Rainha Vitória”.[36]

Ao lado do templo da Igreja Metodista Episcopal Zion há o seu busto.


Legado e homenagens

 

Dentre os filmes sobre sua vida estão “Uma mulher chamada Moisés” e “Harriet Tubman,” um desenho da Discovery.[37]

Outro filme sobre sua vida chamado “Harriet” foi lançado em 2019. É um filme biográfico de drama estadunidense dirigido por Kasi Lemmons. É estrelado por Cynthia Erivo, que atua como Tubman,[38]

Tubman atuou na causa sufragista, que defendia o direito das mulheres votarem. Nos últimos anos de sua vida ajudou em campanhas pelos afro-americanos empobrecidos. 

Depois que ficou viúva, Tubman se estabeleceu em um lar de idosos, em Auburn. 

Tubman morreu no dia 10 de março de 1913, em Auburn, por causa de uma pneumonia. 

Houve honras militares. Tubman se tornou um ícone da luta antirracista nos Estados Unidos.[39]

Desde 2003, o estado de Nova Iorque também celebra Tubman no dia 10 de março, embora este dia não seja um feriado.

Nos EUA há vários prédios, escolas, ruas, estradas, organizações e entidades com o nome Tubman em sua honra.

“Em 1944, a marinha dos Estados Unidos lançou o SS Harriet Tubman, o primeiro navio da Classe Liberty a receber um nome de uma mulher afro-americana. Um asteroide, (241528) Tubman, recebeu este nome em 2014. Uma seção do bosque do Parque Wyman, em Baltimore, Maryland, recebeu o nome Harriet Tubman Grove em março de 2018; o bosque foi anteriormente o local de duas estátuas de generais confederados Robert E. Lee e Stonewall Jackson, com ambas sendo removidas do parque em agosto de 2017.”[40]

Tubman foi aceita no National Women’s Hall of Fame em 1973 e no Maryland Women's Hall of Fame em 1985.[41]

Tubman é o tema de obras de arte canções, romances, esculturas, pinturas, filmes e produções teatrais.

Diversas músicas foram compostas em sua homenagem  como "The Ballad of Harriet Tubman" de Woody Guthrie, a canção "Harriet Tubman" do compositor Walter Robinson e a canção instrumental "Harriet Tubman" de Wynton Marsalis.[42]

Também há diversas óperas baseadas em sua vida como Harriet, the Woman Called Moses, da compositora escocesa Thea Musgrave, que estreou em 1985. 

Nos anos 30, peças teatrais apareceram baseadas na vida de Tubman com os dramaturgos May Miller e Willis Richardson. Outras peças sobre Tubman incluem Harriet's Return de Karen Jones Meadows e Harriet Tubman Visits a Therapist de Carolyn Gage. [43]

Em 1963, a TV mostrou a sua vida  na série The Great Adventure num episódio intitulado "Go Down Moses", com a atriz Ruby Dee.[44]

Esculturas de Tubman foram erguidas em diversas cidades dos Estados unidos.

Em 1993, um memorial da Underground Railroad, na cidade de Battle Creek, em Michigan, retrata Tubman liderando um grupo de escravos à liberdade. [45]

Também o Canadá homenageou Tubman em 1999. No sul de Ontário, a Capela de Salem da Igreja Episcopal Metodista Britânica foi designada um sítio histórico nacional do Canadá. Na época de Tubman, a capela era conhecida como Capela Bethel e era parte da Igreja Episcopal Metodista Africana.[46]

Em outros diversos lugares os EUA foram erguidos memoriais e estátuas em sua homenagem.

Artistas visuais retrataram Tubman como uma figura inspiradora.

Pinturas também fizeram parte da homenagem à Tubman. Foi uma “série de pinturas feita por Jacob Lawrence apareceu no Museu de Arte Moderna em Nova Iorque em 1940. Ele caracterizou a vida de Tubman como "uma das grandes sagas americanas".[47]

O Serviço Postal dos EUA também a homenageou em 1º de fevereiro de 1978, com um selo de 13 centavos. Ela foi a primeira mulher afro-americana a ser honrada com um selo dos EUA. Também um selo de 32 centavos a homenageou em 29 de junho de 1995.[48]

A nota de 20 dólares dos EUA agora tem a foto de Harriet Tubman, a primeira mulher a obter essa honraria. 


Frases de Tubman

 

“Se você ouvir os cães, continue. Se você vir as tochas na floresta, continue. Se houver gritos atrás de você, continue. Nunca pare. Continue. Se você quer um pouco de liberdade, continue.” [49]

“Todo grande sonho começa com um sonhador. Lembre-se sempre, você tem dentro de você a força, a paciência e a paixão para alcançar as estrelas e mudar o mundo”.[50]

“O Senhor que me disse para cuidar de meu povo queria que eu fizesse isso enquanto vivesse, então fiz o que ele me disse. Eu sempre disse a ele: 'Eu confio em você. Não sei para onde ir ou o que fazer, mas espero que você me conduza ', e Ele sempre o fez”.[51]

“Liberei mil escravos. Eu poderia ter libertado mais mil se eles soubessem que eram escravos”.[52] 

“Eu lutaria por minha liberdade enquanto minhas forças durassem, e se chegasse a hora de eu ir, o Senhor iria permitir que eles me levassem”.[53] 

“Eu havia raciocinado isso em minha mente; havia uma das duas coisas a que eu tinha direito, liberdade ou morte; se eu não pudesse ter um, teria o outro; pois nenhum homem deveria me levar com vida”.[54] 

“A maioria dos que vêm do continente são muito necessitados, quase nus. Estou tentando encontrar lugares para aqueles que podem trabalhar, e prover para eles o melhor que posso, de modo a aliviar o fardo do Governo tanto quanto possível, enquanto ao mesmo tempo eles aprendem a respeitar a si mesmos ganhando seu próprio sustento.”[55]

“Eu fui o condutor da Ferrovia Subterrânea por oito anos, e posso dizer o que a maioria dos condutores não pode dizer - nunca tirei meu trem dos trilhos e nunca perdi um passageiro”. [56]

"Meu pai, minha mãe, meus irmãos e irmãs e amigos estavam [em Maryland]. Mas eu estava livre e eles deveriam estar livres”.[57]

“Já consigo ouvir campainhas a tocar. Já consigo ouvir anjos a cantar”.[58]


 



[1] https://citacoes.in/autores/harriet-tubman/

[2] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[3] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[4] https://www.kilombagem.net.br/educacao/biblioteca/harriet-tubman-a-moises-libertadora-por-david-a-adler/

[5] https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/harriet-tubman.htm

[6] https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/harriet-tubman.htm

[7] https://pt.wikipedia.org/wiki/Rato-almiscarado

[8] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[9] https://www.history.com/topics/black-history/harriet-tubman

[10] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm 

[11] https://mundoeducacao.uol.com.br/historia-america/harriet-tubman.htm

[12] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[13] Idem.

[14] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[15] Idem.

[16] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[17] https://www.history.com/topics/black-history/harriet-tubman

[18] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[19] https://www.kilombagem.net.br/educacao/biblioteca/harriet-tubman-a-moises-libertadora-por-david-a-adler/

[20] Idem.

[21] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[22] https://www.diariolasamericas.com/eeuu/4-frases-recordar-harriet-tubman-n3763720

[23] https://www.history.com/topics/black-history/harriet-tubman

[24] Idem. 

[25] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[26] https://www.history.com/topics/black-history/harriet-tubman

 

[27] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[28] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[29] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman 

[30] https://juicyecumenism.com/2016/04/21/harriet-tubman-methodist/ 

[31] https://juicyecumenism.com/2016/04/21/harriet-tubman-methodist/

[32] Idem.

[33] Idem.

[34] Idem.

[36] https://juicyecumenism.com/2016/04/21/harriet-tubman-methodist/ 

[38] www.pt.m.wikipidia.org/wiki/ Harriet_Tubman

[39] https://brasilescola.uol.com.br/historia-da-america/harriet-tubman.htm

[40] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[42] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[43] Idem

[44] Idem.

[45] Idem

[46] Idem.

[47] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[48] Idem.

[50] https://www.goalcast.com/2018/01/09/harriet-tubman-quotes-2/

[51] https://citacoes.in/autores/harriet-tubman/

[52] Idem.

[53] https://www.azquotes.com/quote/297671

[54] https://citacoes.in/autores/harriet-tubman/

[55] https://moneyinc.com/harriet-tubman-quotes/

[56] Idem.

[57] https://pt.wikipedia.org/wiki/Harriet_Tubman

[58] https://www.kilombagem.net.br/educacao/biblioteca/harriet-tubman-a-moises-libertadora-por-david-a-adler/

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