Wesley, o homem de mil e um livros
A Bíblia era seu livro base. Os
comentários sobre os muitos livros que leu são fortes
Odilon Massolar Chaves
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Google
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Odilon
Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História
pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua
tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua
contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi
editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia. É
escritor, poeta e youtuber.
Toda
glória seja dada ao Senhor.
“Eu preguei no que já foi o mercado, para quase
todos os habitantes da ilha, e distribuí alguns pequenos livros entre eles
pelos quais eles estavam extremamente gratos”.
(Wesley)
Índice
·
Introdução
·
Homo unius libri
·
Wesley e a leitura
de livros
·
Livros que
mereceram elogios
·
Do Czar até a
Guiné
·
Um escritor de
primeira linha e outro obstinado e vaidoso
·
Livro de um louco
engenhoso e outro de um escritor com reputação
·
Gramática,
distribuição de livros e limpando estábulo
·
Preparando e
selecionando livros para as crianças da escola
·
Livro de Wesley
fez as pessoas felizes
·
Wesley completa 68
anos e cita Shakespeare
·
Lendo e escrevendo
·
Lendo parte de uma
ninharia muito bonita
·
Wesley lê peça
teatral e livro de história
·
A enfermeira que
cuidava e lia para Wesley
Introdução
“Wesley, o homem de mil e um livros” é um livro escrito
com o propósito para revelar que Wesley era um homem de um livro, a Bíblia, mas
ele leu também muitos outros livros
O título do livro segue de perto o pastor e teólogo
metodista Clifton Stringer[1], que escreveu: “Wesley: um
homem de um livro e mil”.[2]
Ele tinha mais de mil livros. “John Wesley viveu de
acordo com a Bíblia e afirmou ser um homem de um livro (homo
unius libri). Mas seu foco único nas Escrituras não resultou da falha em
ler outros livros. Foi algo que ele conseguiu no outro lado da leitura ampla e
de muito aprendizado. Wesley sabia como aprender com cristãos de todas as
idades e denominações, e ele queria passar esse privilégio para o maior número
de pessoas que pudesse”.[3]
Em 1750, ele lançou um conjunto de cinquenta volumes de
livros. “Em um esforço para tornar os livros menos caros e mais simples, ele
publicou sua "Biblioteca Cristã" – 50 volumes! Ele pegou os escritos
de outros e os resumiu”.[4]
Ele extraiu o melhor das obras de seus autores
favoritos, “preservando aproximadamente uma página de cada cinquenta páginas de
texto original, Wesley teve o cuidado de editar qualquer indício da doutrina da
predestinação, de modo a enfatizar o que ele julgou ser suas contribuições mais
edificantes para o fio comum da piedade cristã”.[5]
Dentre os livros históricos, estão: “As Epístolas dos
Padres Apostólicos, São Clemente, Santo Inácio, São Policarpo, Os Martírios de
Santo Inácio e São Policarpo”.[6]
Wesley leu sobre Sócrates, Shakespeare, Ilíada de
Homero, Jean-Jacques Rousseau, etc. Só para citar alguns.
Leu livros sobre viagens, poesia, história, teologia,
gramática e livros que estavam “bombando” na época. Leu sobre peça teatral
famosa.
Wesley lia especialmente nas viagens a cavalo e nos
momentos de lazer.
Quando não podia mais ler, devido a sua idade avançada,
uma enfermeira metodista passou a ler para ele.
Wesley era, sim, um homem de um livro, a Bíblia, e os
outros livros eram auxiliares.
Homo unius libri
Wesley se considerava um homem de um livro, a Bíblia, apesar de estudar e ter muitos outros livros.
“Wesley quis dizer que não considera nenhum livro comparativamente além da Bíblia. As Escrituras são o primeiro livro de importância, mas não o único livro importante”.[7]
De uma forma poética, bela e profunda, ele disse:
“Eu pensei, eu sou uma criatura de um dia, passando pela vida como uma flecha através do ar. Eu sou um espírito vindo de Deus, e voltando a Deus: Apenas pairando sobre o grande golfo; até que, alguns momentos, portanto, eu não sou mais visto, mas eu não sou mais Eu caio em uma eternidade imutável! Quero saber uma coisa, o caminho para o céu; como pousar seguro naquela costa feliz. O próprio Deus condescendeu-se em ensinar o caminho: Para este mesmo fim ele veio do céu. Ele escreveu em um livro. Ó me dê esse livro! A qualquer preço, me dê o livro de Deus! Eu tenho isso: aqui está o conhecimento suficiente para mim. Deixe-me ser homo unius libri (" um homem de um livro")”.[8]
Randy L. Maddox, teólogo
norte-americano da Igreja Metodista Unida e professor de Estudos Wesleyanos e
Metodistas na Duke University, no seu livro: “John Wesley – “Um homem de um
livro” - explica que Wesley era um homem
que tinha o foco somente na Bíblia e utilizava várias traduções para
compreender melhor às Escrituras. Wesley
e seu irmão Carlos liam o original grego e hebraico.
“Como seu irmão Charles, John Wesley estudou outras traduções em inglês, bem como traduções em alemão e francês. Isso pode ser demonstrado mais plenamente para Charles, porque temos listas de catálogos da biblioteca pessoal de Charles em torno de 1765.Além do KJV (1611), essas listas incluem o Novo Testamento em a tradução em inglês de Miles Coverdale, que foi a primeira versão em inglês da Bíblia autorizada para a Igreja da Inglaterra por Henrique VIII em 1539 (muitas vezes chamado de " Grande Bíblia"). Carlos também possuía uma renderização em inglês da tradução de Theodore Beza do Novo Testamento para o alemão (em 1556), juntamente com um Novo Testamento alemão e a "Bíblia de Genebra" (1560) em francês”. [9]
Grande parte da biblioteca
pessoal de John Wesley se perdeu. “Os irmãos Wesley valorizavam a
Bíblia em suas línguas
originais sobre todas as traduções
posteriores. Eles herdaram essa ênfase
de seu pai, que
uma vez descreveu comparando
diferentes traduções com as
línguas originais como "o melhor
comentário no mundo", e encorajou
pastores a usar uma
Bíblia poliglota que incluía textos
em hebraico, grego, aramaico caldeano, siríaco, samaritano, árabe,
ethiopic e persa. Enquanto há
poucas evidências de
facilidade com as
outras línguas, João e
Carlos eram proficientes em grego
e hebraico. Eles frequentemente apelam para
essas línguas ao sugerir
alternativas às renderizações atuais
em inglês de palavras ou frases
bíblicas. E eles
se equiparam para
ler desta maneira
comparativa. Consultando novamente
os registros mais completos no
caso de Carlos , sua
biblioteca pessoal incluía
um Testamento Hebraico,
dois saltérios hebraicos, uma cópia da
Septuaginta (o Antigo
Testamento em grego), e quatro
versões gregas diferentes
do Novo Testamento.”[10]
“Como Randy Maddox observa, Wesley possuía mais de 1.000 livros, desde a história cristã até a medicina, política, poesia e além”.[11]
Mas Wesley se considerava um homem de um livro, a Bíblia.
Wesley disse: "Esta é uma lanterna aos pés de um cristão, e uma luz em todos os seus caminhos”.[12]
Ele disse: “Aqui estou: eu e minha Bíblia. Eu não vou, não ouso, variar deste livro, seja em grandes coisas ou pequenas (...). Estou determinado a ser cristão bíblico, não quase, mas completamente. Quem vai me encontrar neste terreno? Junte-se a mim sobre isso, ou não em tudo”.[13]
Wesley disse: “Eu sou uma criatura de um dia. Quero saber uma
coisa — o caminho para o céu; como pousar com segurança naquela costa feliz. O
próprio Deus condescendeu em ensinar-me o caminho; para este mesmo fim, Ele
desceu do céu. Ele escreveu isso em um livro. Dá-me esse Livro! A qualquer
preço, dê-me o Livro de Deus! Eu tenho; aqui está o conhecimento suficiente
para mim. Deixe-me ser homo unius libri (um
homem de um livro). Aqui, então, eu estou, longe dos caminhos ocupados dos
homens. Sento-me sozinho; somente Deus está aqui. Em Sua presença, abro-me,
leio Seu Livro; para este fim — encontrar o caminho para o céu. [14]
Wesley possuía mais de 1.000 livros,
Esses livros iam “desde a história cristã até a
medicina, política, poesia e além. A elegante harmonia que Wesley (como Hamann)
viu entre os milhares de livros e o Livro Único já está inscrita em seu ousado auto
apelido – não deixe o humor passar por você – Wesley anuncia que ele é homo unius
libri em
latim. Ele é uma mariposa bíblica de Oxford, com certeza”.[15]
Wesley era um homem além de seu tempo.
Wesley e a leitura de livros
João Wesley lia em suas viagens a cavalo cavalgando por
horas; quando estava em lazer ou quando precisava pesquisar por um propósito.
Dentre os livros que ele leu, estão:
Um livro estranho
“O que é aquilo? Não é
inglês: ele poderia muito bem dizer continental. Não faz sentido. Não transmite
nenhuma ideia determinada, mas um tolo faz muitos”
Na terça-feira, 11 de fevereiro de 1772,
“Casualmente peguei um volume do que se chama: Uma Viagem Sentimental pela
França e pela Itália. Sentimental!”[16]
Wesley ficou espantado com o livro: “O que é aquilo? Não é inglês: ele poderia muito bem
dizer continental. Não faz sentido. Não transmite nenhuma ideia determinada,
mas um tolo faz muitos. E essa palavra sem sentido (quem acreditaria?)
tornou-se um onel da moda No entanto, o livro concorda muito bem com o título;
pois um é tão queer quanto o outro. Por estranheza, grosseria e semelhança com
todo o mundo, ao lado, suponho, o escritor não tem rival”.[17]
Mas houve um motivo de Wesley achar o livro estranho
escrito por Laurence Sterne. e publicado em 1768: “Viagem sentimental foi
escrito a partir das experiências de Laurence Sterne como
viajante. Idealizado como um romance em dois volumes, ficou inacabado devido à
frágil saúde do romancista, que publicou apenas a porção dedicada à França.
Sterne morreu apenas três semanas depois da publicação do primeiro volume.”[18]
Livros que mereceram elogios
Um livro diferente
“Não li nada parecido com isso no mundo pagão”
Wesley encontrou um livro que gostou para ler em
suas viagens. Na quarta-feira, 12 de fevereiro de 1772, Wesley registrou. “Ao
retornar, li um livro muito diferente, publicado por um quaker honesto, sobre
essa soma execrável de todas as vilanias, comumente chamada de tráfico de
escravos. Não li nada parecido com isso no mundo pagão, seja antigo ou moderno;
e excede infinitamente, em todos os casos de barbárie, tudo o que os escravos
cristãos sofrem nos países maometanos”.[19]
Ainda sobre os livros, na sexta-feira, 14 de
fevereiro, Wesley disse: “Comecei a executar um projeto, que há muito tempo
estava em meus pensamentos, para imprimir uma edição tão precisa de minhas
obras, como faria um livreiro”.[20]
Agradavelmente surpreso
“Fiquei agradavelmente surpreso”
Na quarta-feira, 14 de outubro de 1772, Wesley leu
As Obras do Sr. Thomson, “de cujas habilidades poéticas eu sempre tive uma
opinião baixa; mas olhando para uma de suas tragédias, ‘Edward e Eleonora’,
fiquei agradavelmente surpreso. Os sentimentos são justos e nobres; a dicção
forte, suave e elegante; e o enredo conduzido com a máxima arte e forjado de
uma maneira surpreendente. É uma obra-prima e tanto, e eu realmente acho que
pode competir com qualquer performance moderna do tipo”.[21]
O livro “As Obras do Sr. Thomson”, em dois volumes, foi publicado em Londres e Impresso por Henry Woodfall, em 1738...[22]
Um livro com admirável sentido
e fidelidade
Eu li sobre a excursão do Dr.Johnson às Ilhas Ocidentais. É um livro muito curioso, escrito com admirável sentido e, penso eu, grande fidelidade
Sexta-feira, 17 de maio de 1774. — Cheguei a Aberdeen em boa hora. Sábado, 18. Eu li sobre a excursão do Dr.Johnson às Ilhas Ocidentais. É um livro muito curioso, escrito com admirável sentido e, penso eu, grande fidelidade; embora, em alguns aspectos, se pense que ele tenha duramente a nação, o que estou convencido de que ele nunca pretendeu”.[23]
O
livro Uma viagem às ilhas ocidentais da Escócia “é uma narrativa de viagem de Samuel
Johnson sobre uma viagem de oitenta e três dias pela Escócia, em particular
as ilhas das Hébridas, no final do verão e outono de 1773. Johnson, de
sessenta e três anos de idade, estava acompanhado por seu amigo de trinta e
dois anos de idade, James Boswell, que também mantinha um registro da viagem,
publicado em 1785 como Um diário de uma viagem às Hébridas”.[24]
Do Czar até a Guiné
Livro sobre czar Pedro, o
Grande
“Mas por que ele foi chamado de cristão? O que o
cristianismo tem a ver com profunda dissimulação ou crueldade selvagem?”
Sexta-feira, 30 de janeiro de 1756, Wesley disse: “Ao
retornar a Londres, li a vida do falecido czar, Pedro,
o Grande. Sem dúvida, ele era um soldado, um general e um estadista,
dificilmente inferior a ninguém. Mas por que ele foi chamado de cristão? O que
o cristianismo tem a ver com profunda dissimulação ou crueldade selvagem?[25]
Pedro, o Grande, foi um “Estadista russo (9/6/1672-8/2/1725). Piotr Alekseievitch nasce em Moscou, filho único do segundo casamento do czar Aleixo. É coroado aos 10 anos juntamente com seu meio-irmão Ivan, doente mental, filho do primeiro casamento de Aleixo.
Depois de disputas pelo poder com a meia-irmã mais velha, Sofia, assume o governo sozinho em 1689 (...). Em 1713 entra em guerra com a Suécia, a quem toma a Estônia, a Letônia e parte da Finlândia, tornando-se a maior potência do norte da Europa. No mesmo ano é proclamado imperador. Morre em São Petersburgo, sem indicar herdeiro. Sua viúva, Catarina I, sucede-o até sua morte, em 1727”.[26]
Espantando e envergonhado
“Fiquei espantado e envergonhado por nunca termos feito isso”
Na terça-feira, 24 de junho de 1755, Wesley afirmou:
“Observando naquele valioso livro, Coleções Históricas do Sr.
Gillies, o costume das congregações cristãs em todas as épocas de separar
épocas de ações de graças solenes, fiquei espantado e envergonhado por nunca
termos feito isso, depois de todas as bênçãos que recebemos; e muitos a quem o
mencionei concordaram de bom grado em reservar um dia para esse fim.[27]
John Gillies (1712-1796) foi um ministro da Igreja
da Escócia e escritor teológico. Um dos seus livros escrito foi “Memórias do
Rev. George Whitefield.”[28]
Comprando livros
Na quinta-feira, dia 1º de abril de 1755, Wesley
disse: “Comprei um ou dois livros no Mr. Smith's, no Blind Quay. Eu queria
troco para uma guinéu,[29]
mas ele não podia dar; então peguei emprestada um pouco de prata do meu
companheiro. Na noite seguinte, um jovem cavalheiro veio do Sr. Smith para me
dizer que eu havia deixado uma guiné em seu balcão. Tal exemplo de honestidade
eu raramente encontrei, seja em Bristolou Londres.[30]
Um escritor de
primeira linha e outro obstinado e vaidoso
“E é altamente
provável 1) que a terra tenha surgido do caos de alguma maneira como ele
descreve”
Quarta-feira, dia 17 de janeiro de 1770.
Wesley disse: “Em uma pequena viagem que fiz em Bedfordshire, terminei a Teoria
da Terra do Dr. Burnet. Ele é, sem dúvida, um dos escritores de primeira linha,
tanto quanto ao sentido quanto ao estilo; sua linguagem é notavelmente clara,
não afetada, nervosa e elegante. E quanto à sua teoria, ninguém pode negar que
ela é engenhosa e consistente consigo mesma. E é altamente provável 1) que a
terra tenha surgido do caos de alguma maneira como ele descreve; 2) que a terra
antediluviana era sem montanhas altas ou abruptas, e sem mar, sendo uma crosta
uniforme, envolvendo o grande abismo; 3) que o dilúvio foi causado pelo
rompimento dessa crosta e seu afundamento no abismo das águas; e 4) que o
estado atual da terra, tanto interno quanto externo, mostra que ela é a ruína
da terra anterior. Esta é a substância de seus dois livros anteriores, e até
agora eu posso ir com ele.[31]
Para Wesley era um dos tratados mais nobres:
“Não tenho nenhuma objeção à substância de seu terceiro livro sobre a
conflagração geral, mas acho que é um dos
tratados mais nobres que existe em nossa língua. E eu não me oponho muito à
quarta, a respeito dos novos céus e da nova terra. A substância disso é
altamente provável.[32]
Thomas Burnet (1635?-1715)
“foi um teólogo inglês e escritor de cosmogonia”.[33]
“A teoria sagrada da terra:
contendo um relato do original da terra, e de todas as mudanças gerais que ela
já sofreu, ou está para sofrer, até a consumação de todas as coisas”.[34]
Impresso em Londres, em
1725.
Lendo um célebre livro
“Li com muita
expectativa um livro célebre - Rousseau sobre a Educação. Mas como fiquei
decepcionado!”
Wesley disse: “Sábado, 3 de fevereiro de 1770,
e em meus momentos de lazer em vários dos dias seguintes,
li com muita expectativa um livro célebre - Rousseau sobre a Educação. Mas como
fiquei decepcionado! Claro que um antiquado mais consumado nunca viu o sol!
Quão incrivelmente cheio de si mesmo! O que quer que ele fale, ele pronuncia
como um oráculo. Mas muitos de seus oráculos são tão palpavelmente falsos, como
que "as crianças pequenas nunca amam os idosos". Não! Eles nunca amam
avós e avós? Frequentemente mais do que eles fazem seus próprios pais. De fato,
eles amam tudo o que os ama e isso com mais calor e sinceridade do que quando
chegam a anos mais maduros.[35]
Wesley é bem crítico a Rousseau, seu
contemporâneo. Segundo ele, Rousseau é um misantropo (o que odeia a humanidade
ou sente aversão às pessoas) e cínico:
Ele disse: “Mas oponho-me ao seu
temperamento, mais do que ao seu julgamento: ele é um mero misantropo; um
cínico por toda parte. Então, de fato, seu irmão-infiel, Voltaire, e quase tão
grande quanto um antiquado. Mas ele esconde um pouco melhor sua obstinação e
vaidade; enquanto aqui ela nos encara continuamente”.[36]
Um fato histórico é que “Voltaire e Wesley
foram... da mesma geração; eles foram contemporâneos através de um longo curso
de tempo”.[37]
François-Marie Arouet era mais conhecido por
Voltaire (1694-1778). Ele nasceu na França e foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista.[38]
“Quanto ao seu livro”, livro de Rousseau, Wesley
disse: “ele é extravagante até o último grau, não fundamentado nem na razão nem
na experiência. Citar passagens particulares seria interminável; mas qualquer
um pode observar, a respeito do todo, que os conselhos que são bons são banais
e comuns, apenas disfarçados sob novas expressões. E aqueles que são novos, que
são realmente seus, são mais leves do que a própria vaidade. Tais descobertas
eu sempre espero daqueles que são sábios demais para acreditar em suas Bíblias.[39]
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) nasceu na
Genebra. Foi um destacado filósofo do
iluminismo e escritor suíço durante a Revolução Francesa.[40]
Publicou diversas obras, dentre elas “Do contrato social” e “Discurso sobre a
origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens”.[41]
Seu livro “Emílio, ou Da Educação é um
tratado sobre a natureza da educação e sobre a natureza do homem escrito por
Jean-Jacques Rousseau, que o considerou o ‘melhor e mais importante’ de todos
os seus escritos”.[42]
Livro de um louco engenhoso e outro de um escritor com
reputação
“Mas seus sonhos de despertar são tão selvagens, tão distantes tanto das Escrituras quanto do senso comum”
Em 1770, Wesley disse: “Sentei-me para ler e considerar
seriamente alguns dos escritos do Barão Swedenborg. Comecei com um enorme
preconceito a seu favor, sabendo que ele era um homem piedoso, de uma forte
compreensão, de muito aprendizado e alguém que acreditava completamente em si
mesmo. Mas não aguentei muito. Qualquer uma de suas visões coloca seu
verdadeiro caráter fora de dúvida. Ele é um dos loucos mais engenhosos,
animados e divertidos que já colocaram a caneta no papel. Mas seus sonhos de
despertar são tão selvagens, tão distantes tanto das Escrituras quanto do senso
comum, que se pode facilmente engolir as histórias de "Tom Thumb", ou
"Jack, o Assassino de Gigantes".[43]
Wesley, um
ano depois, escreveu novamente: "A febre que ele teve vinte anos atrás,
quando ele supõe que ele estava ‘introduzido na sociedade dos anjos’, realmente
o introduziu na sociedade de lunáticos; mas ainda assim, há algo nobre, mesmo
em seus delírios:
Sua mente tem ainda não perdido
Todo o seu original brilho, mas parece
Majestic, embora em ruínas".[44]
Quem foi Emanuel Swedenborg?
Emanuel Swedenborg (1688-1772), nasceu na Suécia. Era
filho de um pastor luterano. Foi cientista, teólogo e filósofo. Autor de alguns livros. No “seu livro O céu e o
inferno dizem que lhe foi permitido experimentar o processo de morrer e ser
despertado no mundo espiritual para que ele pudesse dizer às pessoas na Terra
como era. Ele descreve como os anjos se sentaram ao seu lado, invisíveis para a
maioria, porque os anjos estão no mundo espiritual. Esses anjos permaneceram
com ele durante toda a transição, cercando-o de pensamentos amorosos”.[45]
Wesley tinha razão quando disse que ele é “Ele é um dos
loucos mais engenhosos”, pois “Um médico sueco
início xx th século concluiu que Swedenborg estava
mentalmente perturbado, que sofre de paranóia e alucinações. Esta também é a opinião alcançada em 1994 por um
psiquiatra, para quem Swedenborg sofria de alucinações devido à esquizofrenia aguda ou psicose epiléptica . Outra hipótese é que ele sofria de epilepsia do lobo
temporal”.[46]
Citando Sócrates
“Assim como Xenofonte fez
com Sócrates; relatando todas as coisas fracas que eles já disseram ou fizeram”
No sábado, dia 6, Wesley disse:
“Eu quase terminei o resumo do Cristianismo Primitivo do Dr. Cave, um livro escrito
com tanto aprendizado e tão
pouco julgamento quanto qualquer outro que eu me lembre de ter lido em
toda a minha vida; servindo os antigos cristãos, assim como Xenofonte fez com
Sócrates; relatando todas as coisas fracas que eles já disseram ou fizeram.[47]
Aqui revela que Wesley havia lido sobre Sócrates.
William Cave (1637-1713) foi um erudito inglês.[48]
“O Dr. Cave foi capelão de Carlos II., e em 1684
tornou-se cônego de Windsor. As duas obras sobre as quais sua reputação repousa
principalmente são Apostolicidade, ou História dos Apóstolos e Padres nos
primeiros três séculos da Igreja (1677), e “História literária de escritores
eclesiásticos: (1688)”.[49]
O seu livro “Cristianismo primitivo, ou, A religião dos
cristãos antigos” trata das primeiras eras do Evangelho em três partes.”[50] Foi
impresso, em Londres, em 1675.
Escreveu ainda outras obras, dentre elas: “Vidas, Atos,
Mortes e Martírios de Contemporâneos Apostoloicos.”
Gramática, distribuição de livros e limpando estábulo
Wesley leu gramática latina
“Extraí dela o que era necessário”
Na segunda-feira, dia 15, disse Wesley: “Li a
Gramática Latina do Sr. Holmes e extraí dela o que era necessário para
aperfeiçoar a nossa”.[51]
John Holmes era um inglês e sua
gramática foi publicada em 1764.[52]
Atualmente, na propaganda do livro foi dito: “Um
método racional, curto, abrangente e simples de ensinar essa língua ... Ao qual
se acrescenta um vocabulário e um aparato prático para a composição latina”.[53]
Wesley distribui livros
“Eu preguei no que já foi o mercado, para quase
todos os habitantes da ilha, e distribuí alguns pequenos livros entre eles
pelos quais eles estavam extremamente gratos”.
Na quarta-feira, 23 de maio de 1773, na Escócia,
Wesley registrou: “Cavalguei sobre as areias até a Ilha Santa, outrora a famosa sede de um bispo, agora a
residência de algumas famílias pobres que vivem principalmente da pesca. De um
lado da cidade estão as ruínas de uma catedral, com um mosteiro adjacente.
Parece ter sido um edifício elevado e elegante, sendo o corredor do meio quase
inteiro. Eu preguei no que já foi o mercado, para quase todos os habitantes da
ilha, e distribuí alguns pequenos livros entre eles pelos quais eles estavam
extremamente gratos. À noite, preguei em Berwick-upon-Tweed; na noite seguinte, em Dunbar; e na sexta-feira, 25, cerca de dez, em Haddington, no pátio do Reitor D., para uma congregação muito
elegante. Mas espero que pouco de bom seja feito aqui, pois começamos no lado
errado: a religião não deve ir do maior para o menor, ou o poder parece ser dos
homens.[54]
Limpando
o estábulo
“Ao expurgar essa enorme
obra”
Na segunda-feira, dia 17, Wesley disse: “Comecei a
limpar o estábulo de Augeas; ao expurgar essa enorme
obra, Atos e Monumentos do Sr. Fox, de todo o lixo que aquele escritor
honesto e imprudente amontoou e misturou com aqueles registros veneráveis, que
são dignos de serem tidos em lembrança eterna.[55]
Quem foi John Fox?
John Fox (1517-1587) “foi um puritano protestante,
martirologista inglês, o autor do que é popularmente conhecido como O Livro dos
Mártires”.[56]
Publicado em três volumes. Seu livro foi amplamente
popular.
Fox
disse que foi “obrigado a fugir da Inglaterra por causa de sua fé e, após uma
breve estada em Antuérpia, Frankfurt e Estrasburgo, estabeleceu-se em Basel,
Suíça. Mais tarde ele voltou para a Inglaterra e lá morreu em 1587, tendo
vivido uma vida muito ativa. Enquanto ele viveu em Norwich, ele pode ter tido
contatos com os círculos anabatistas de lá. Ele intercedeu junto à rainha
Elizabeth da Inglaterra pela vida dos anabatistas”.[57]
Preparando e selecionando livros para as
crianças da escola
“Passei a maior parte do dia revisando
as Antiguidades de Kennet e marcando o que valia a pena ler na
escola”
Na quinta-feira, 27 de setembro, Wesley
disse: “– Entrei na escola e ouvi metade das crianças suas lições e, em
seguida, selecionei passagens dos Poemas Morais e Sagrados”. [58]
Ele completou: “sexta-feira, 28. Ouvi a
outra metade das crianças”.[59]
No sábado, 29, Wesley disse: “Eu estava
com eles das quatro às cinco da manhã. Passei a maior parte do dia revisando as Antiguidades
de Kennet e marcando o que valia a pena ler na escola”.[60]
Basil Kennett (1674–1715)
foi um clérigo anglicano. “Serviu como o primeiro capelão da Fábrica Britânica
em Leghorn. Um acadêmico, escritor e tradutor”.[61]
Qual o propósito do livro “As
Antiguidades de Roma”?
“As Antiguidades de Roma de Basil Kennet
foram usadas como padrão para a História Romana ao longo do século 18. Seu
trabalho discute a construção da cidade, sua religião, governo, dever civil,
lei, costumes e guerra”.[62]
Na quarta-feira, 3 de outubro, Wesley
disse: “Eu revisei, para o uso das crianças, Antiguidades Gregas do
Arcebispo Potter”.[63]
Sua opinião sobre o livro foi: “um livro
seco, maçante e pesado.”[64]
John Potter (1673–1747) nasceu em Yorkshire, Inglaterra, “foi educado na Queen Elizabeth Grammar School e University College em Oxford. Seus anos em Oxford o levaram a se juntar à Igreja da Inglaterra e abandonar a fé presbiteriana de seu pai, o que causou uma ruptura completa com sua família”. [65]
Em 1737, foi nomeado arcebispo de Cantuária.[66]
Preparando uma breve história
“Para o uso das crianças”
Na quinta-feira, dia 11 de outubro, Wesley preparou “uma breve História da Inglaterra para o uso das crianças; e na sexta-feira e no sábado uma breve História Romana, como introdução aos historiadores latinos”.[67]
Livro de Wesley fez as pessoas
felizes
Um livro de Wesley faz sucesso
“Os cavalheiros da cidade leram o pequeno livro que
você me deu no sábado, e ficariam felizes se você quisesse dar-lhes um
sermão"
“Em junho de 1773, cerca de onze nós pegamos cavalo.
Enquanto jantávamos em Nairn, o estalajadeiro disse:
"Senhor, os cavalheiros da cidade leram o pequeno livro que você me deu no
sábado, e ficariam felizes se você quisesse dar-lhes um sermão". [68]
Wesley concordou e logo “o sino foi imediatamente
tocado, e a congregação estava rapidamente no kirk. Oh, que diferença há entre
a Grã-Bretanha do Sul e o Norte! Todos aqui, pelo menos, amam ouvir a Palavra
de Deus, e ninguém leva em sua cabeça falar uma palavra incivilizada a ninguém
por se esforçar para salvar suas almas.[69]
Nairn é uma cidade da Escócia. “É um antigo porto de
pesca e cidade mercantil a cerca de 17 milhas a leste de Inverness, no ponto
onde o rio Nairn entra no Moray Firth. É a tradicional cidade do condado de
Nairnshire”. [70]
Wesley completa 68 anos e cita
Shakespeare
Wesley entrou no sexagésimo nono ano
Neste dia, entrei no sexagésimo nono ano de minha
idade. Eu ainda sou uma maravilha para mim mesmo. Minha voz e força são as
mesmas que aos nove e vinte anos.
Wesley aniversariou na segunda-feira, 24 de junho de
1771, completando 68 anos. Ele afirmou: “Neste dia, entrei no sexagésimo nono ano de minha idade. Eu ainda sou uma
maravilha para mim mesmo. Minha voz e força são as mesmas que aos nove e vinte
anos. Isso também fez com que Deus fizesse”.[71]
Wesley cita Shakespeare para o mau cardeal
Wesley citou Shakespeare: “Senhor Cardeal, Se
tens alguma Esperança da graça do céu, Dá-nos um sinal. Ele morre e não faz
nenhum sinal”
Na terça-feira, 3 de outubro de 1771, Wesley
encontrou tempo para visitar a catedral de Winchester. Ele disse: “Fui para Salisbury. Quarta-feira, 2.
Preguei em Whitchurch; Quinta-feira, 3, em Winchester. Agora encontrei tempo
para ter uma vista da catedral. Aqui a visão do túmulo daquele mau cardeal, que
o escultor colocou em uma postura de oração, me trouxe à mente aquelas linhas
finas de Shakespeare, que ele colocou na boca do rei Henrique Sexto:
“Senhor Cardeal, Se tens alguma Esperança da graça
do céu, Dá-nos um sinal. Ele morre e não faz nenhum sinal”.[72]
William Shakespeare (1564-1616) foi um
poeta, dramaturgo e ator inglês, “tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo” [73]
Samuel J. Rogal, um professor americano de humanidades,
em 2015, escreveu “A influência literária de Shakespeare sobre Charles e John
Wesley”. Um livro de 80 páginas, pela Amazon.[74]
Samuel Rogal disse: “A noção de uma influência
literária das peças de William Shakespeare sobre a prosa e o verso de Charles e
John Wesley começa com a percepção de que os irmãos, os fundadores e líderes do
metodismo inglês do século XVIII, possuíam um domínio do som e do sentido das
obras do dramaturgo elisabetano. Literalmente, centenas de alusões e citações
diretas de Shakespeare atraem as narrativas, correspondências, folhetos de
sermões e poemas dos Wesleys”.[75]
Ele também
escreveu o livro “Guia para os hinos e melodias do metodismo americano”.
Lendo
e escrevendo
Em 1786, Wesley
ainda lia alguns livros apesar de começar a ter dificuldades com sua visão. Em
janeiro ele leu mais um livro e em setembro passou a escrever sobre um grande
amigo metodista.
Wesley fica muito
surpreso
“Um
homem sábio e bom”
Na segunda-feira,
dia 9 de janeiro de 1786, Wesley disse: “Nas horas de lazer desta semana, li
a Vida de Sir William Penn, um homem sábio e bom. Mas fiquei muito
surpreso com o que ele relata a respeito de sua primeira esposa que viveu,
suponho, cinquenta anos e disse um pouco antes de sua morte: "Eu abençoo a
Deus, nunca fiz nada de errado em minha vida" Ela já foi convencida do
pecado? E se não, ela poderia ser salva em qualquer outra coisa que não fosse
um pagão?”.[76]
Quem foi William
Penn?
William Penn (1644
-1718) nasceu em Londres e “foi um escritor e pensador religioso inglês
pertencente à Sociedade Religiosa de Amigos (Quakers) e fundador da Província
da Pensilvânia, uma colônia do Reino Unido. Ele foi um dos primeiros defensores
da democracia e da liberdade religiosa, notável por suas boas relações e
tratados bem-sucedidos com os nativos americanos Lenape”.[77]
Escrevendo sobre a
vida de John Fletcher
“A
isso dediquei todo o tempo que pude poupar, até novembro, das cinco da manhã às
oito da noite”
Na terça-feira, 26
de setembro de 1786, Wesley chegou a Londres e passou a se aplicar “seriamente
à escrita da vida do Sr. Fletcher, tendo adquirido os melhores materiais que
podia. A isso dediquei todo o tempo que pude poupar, até novembro, das cinco da
manhã às oito da noite. Estas são as minhas horas de estudo; Não posso escrever
mais em um dia sem machucar os olhos”.[78]
Quem foi Fletcher?
Jean Guillaume de
la Fléchère ou John William Fletcher (1729-1785), foi um suíço de
língua francesa que nasceu em Nyon, Suiça.[79]
Foi vigário de Madeley. Em1751 conheceu Wesley e o metodismo e “começou a trabalhar com John Wesley, tornando-se um intérprete-chave da teologia wesleyana no século XVIII e um dos primeiros grandes teólogos do Metodismo”.[80]Era amigo pessoal de Wesley e um metodista convicto de suas doutrinas. Ele se casou com a líder metodista Mary Bosanquet e faleceu antes de Wesley.
Lendo parte de uma ninharia
muito bonita
“Nas horas de lazer, li parte de uma ninharia muito
bonita”.
No final do ano, segunda-feira, dia 28 dezembro de
1789, Wesley escreveu: “Retirei-me para Peckham”.[81]
Atualmente,
Peckham é um distrito de South
London, alocado em Southwark. [82]
E, em Peckham, Wesley, “nas horas de lazer, li parte
de uma ninharia muito bonita — A Vida da Sra. Bellamy. Certamente
nunca fiz nenhum desde John Dryden estudar mais do que este escritor animado e
elegante”. [83]
Quem foi John Dryden?
John Dryden (1631-1700) “foi um poeta, crítico
literário e dramaturgo inglês que dominou a vida literária na Inglaterra
durante a Restauração”. [84]
A “Abundância de anedotas que ela insere”, disse
Wesley, “e, que podem ser verdadeiras ou falsas. Um deles, em relação ao Sr.
Carrick, é curioso. Ela diz: ‘Quando ele estava tomando o navio para a
Inglaterra, uma senhora o presenteou com um pacote que ela desejava que ele não
abrisse até que ele estivesse no mar. Quando o fez, encontrou os Hinos de
Wesley, que ele imediatamente jogou ao mar. Não posso acreditar. Acho que o Sr.
C. tinha mais sensatez. Ele conhecia bem meu irmão e sabia que ele era não
apenas muito superior em aprendizado, mas em poesia, ao Sr. Thomson e a todos
os seus escritores teatrais juntos. Nenhum deles pode igualá-lo, seja em
sentido forte e nervoso ou na pureza e elegância da linguagem. As composições
musicais de seus filhos não são mais excelentes do que as poéticas de seu pai.[85]
“George Anne Bellamy (nascida O'Hara; 23 de abril de
1727 - 16 de fevereiro de 1788) foi uma atriz irlandesa. Ela assumiu papéis
principais no Theatre Royal, Drury Lane.
Seu sucesso foi rápido”.[86]
Perdeu sua beleza cedo e morreu na pobreza, em 1788, em Edimburg.
Ela escreveu: “Uma Apologia pela Vida de George Anne
Bellamy: Tarde do Teatro Covent-Garden”, publicada em três volumes, em 1785.
Wesley lê peça teatral e
livro de história
Wesley não lia só livros teológicos. Seu interesse era conhecer profundamente também sobre a cultura e a situação social das pessoas e dos países por onde ele caminhava e pregava.
Wesley lê a famosa peça Douglas
“Douglas, a peça que fez
tanto barulho, foi colocada em minhas mãos”
Na quinta-feira, no dia 9 de junho de 1757, Wesley disse: “Hoje, Douglas, a peça que fez tanto barulho, foi colocada
em minhas mãos. Fiquei espantado ao descobrir que é uma das melhores
tragédias que já li. Que pena que algumas linhas não tenham sido deixadas de
fora, e que alguma vez tenha sido atuado em Edimburgo!”[87]
A peça Douglas “ é uma tragédia em verso em branco de John Home. Foi realizada pela primeira vez em 1756 em Edimburgo”.
A peça que Wesley leu foi um grande sucesso na Escócia
e na Inglaterra por décadas.[88]
A peça atraiu “muitos atores notáveis do período,
como Edmund Kean, que fez sua estreia
nela. Peg Woffington interpretou Lady
Randolph, um papel que encontrou um expoente posterior em Sarah Siddons”.[89]
Quem foi John Home?
John Home (1722-1808) “foi um ministro, soldado e escritor
escocês. Sua peça Douglas foi um texto padrão da escola escocesa até
a Segunda Guerra Mundial, mas seu trabalho agora é amplamente
negligenciado. Em 1783 foi um dos co-fundadores da Sociedade Real de
Edimburgo”.[90]
John Home foi educado na Leith Grammar School e na Universidade de Edimburgo. A primeira peça de Home
foi Agis concluída em 1747.[91]
Suas obras foram coletadas e publicadas em 1822.
Livro Relações Históricas sobre a Irlanda
“Li as Relações Históricas sobre a Irlanda, de Sir John Davis”
Na segunda-feira, dia 21 de abril de 1760, Wesley disse
que, “ao ir a Rosmead, li as Relações Históricas sobre a Irlanda,
de Sir John Davis.
Quem foi John Davis?
John Davies (1625-1693) nasceu em Kidwelly, em Carmarthenshire, País
de Gales.
Ele foi educado em Carmarthen e depois no Jesus College, Oxford em 1641. [92]
Como Davies iniciou suas obras?
“Davies adquiriu através de Hall um manuscrito latino
de Os Ritos Antigos e Monumentos do Monástico, Igreja Catedral de Durham;
ele começou a traduzir isso e foi publicado em 1672, dedicado a James
Mickleton de
Durham. Davies aprendeu francês durante seus anos no exterior; em seu retorno,
após a Restauração, ele escreveu As
guerras civis da Grã-Bretanha e Irlanda: contendo uma história exata de sua
ocasião, original, progresso e final feliz (1661, edição escocesa de
1664). Traduziu várias obras do francês, espanhol e latim, algumas sendo obras
práticas, outras romances e histórias. Ele foi enterrado na igreja em Kidwelly
em 22 de julho de 1693”. [93]
Sobre o livro “Relações
Históricas sobre a Irlanda”, Wesley fez um longo comentário:
“Quem os lê pode imaginar que, por mais fecundo que
seja, sempre foi tão pouco habitado; pois ele deixa claro 1) que o assassinato
nunca foi capital entre os irlandeses nativos; o assassino pagou apenas uma
pequena multa ao chefe de seu septo; quando os ingleses se estabeleceram aqui,
ainda assim os irlandeses não tinham nenhum benefício das leis inglesas. Eles
não podiam tanto quanto processar um inglês. Então os ingleses espancaram,
saquearam, sim, assassinaram-nos, a seu bel-prazer. Daí 3) surgiram guerras
contínuas entre eles, por trezentos e cinquenta anos juntos; e, por meio deste,
tanto os nativos ingleses quanto os irlandeses foram mantidos poucos, bem como
pobres”.
O livro de John Davies aborda questões sociais sérias
na Irlanda, dentre elas, o massacre na guerra e uma questão relacionada à
nobreza, que expulsou moradores de suas terras revelando porque algumas regiões
da Irlanda estão desocupadas.
Wesley enumera e diz:
“4) Quando eles foram multiplicados durante uma paz de
quarenta anos, de 1600 a 1641, o massacre geral, com a guerra que se seguiu,
novamente diminuiu seu número; não tão poucos quanto um milhão de homens,
mulheres e crianças, sendo destruídos em quatro anos. 5) Um grande número de
pessoas desde então, ano a ano, deixou a terra apenas por falta de emprego. 6)
A nobreza está continuamente expulsando centenas, sim, milhares, deles que
permanecem, jogando tais quantidades de terra arável no pasto, o que não lhes
deixa nem negócios nem comida. É isto que agora despovoa muitas partes da
Irlanda, de Connaught em particular, que, supõe-se, tem apenas metade dos
habitantes que tinha hoje há quatro anos”.[94]
A enfermeira que cuidava e lia
para Wesley
“Elizabeth levantava por volta das cinco e meia da manhã e lia para Wesley das seis até a hora do café da manhã”
Elizabeth
Ritchie (1754-1835)[95] nasceu em Otley, Yorkshire, Inglaterra. Era
filha de John Ritchie, de uma família metodista. Ele serviu muitos anos como
cirurgião na marinha. Era um homem sensato, amável, bem informado. [96]
Um dia, Wesley perguntou a Elizabeth quais livros que
ela lia e lhe prometeu dar uma lista de coisas que ele achava que poderiam ser
úteis.
Aos 18 anos, ela entregou sua vida a Jesus. Certa
vez, ela acompanhou Wesley a Birstal.
Wesley se empenhou em instruir e estimular sua jovem
discípula através de cartas.
Elizabeth acompanhou Wesley em diversas viagens. Em
1774, ela escreveu: "No domingo", diz ela, "ouvi meu pai muito
honrado pregar em Tadcaster. Depois o acompanhei a York e desfrutei do mesmo
privilégio. Fomos então a Malton; retornou por York e Tadcaster e chegou a
Leeds na quarta-feira. Aqui ele pregou novamente, e no dia seguinte em
Wakefield, de onde este fiel pastor do rebanho do Senhor partiu para Doncaster.”
Em novembro de 1775, ela foi nomeada a líder de uma
classe (uma célula).[97] A amizade com Wesley se tornou intima e valiosa. Constantemente, ele lhe
escrevia.
Elizabeth foi descrita como uma das mais santas das
muitas mulheres do metodismo primitivo. João Wesley tinha a mais alta opinião
sobre ela.
Cerca de dois meses antes de sua morte, Wesley
combinou que Elizabeth Ritchie seria sua enfermeira e deveria vir para ficar ao
seu lado. Ela nunca mais deixou Wesley até que, com as próprias mãos, fechou
seus olhos quando ele faleceu.[98]
Com preocupação, em fevereiro de 1791, ela viu que a
força de Wesley diminuiu muito. Ele não podia continuar lendo, mas
desejava que Elizabeth lesse para ele.[99]
Elizabeth levantava por volta das cinco e meia da
manhã e lia para Wesley das seis até a hora do café da manhã. Às vezes,
ele conversava livremente e dizia: 'Quão bom é o Senhor para trazê-la para mim
quando eu mais quero você; Eu gostaria que você estivesse comigo nos meus
momentos de morte; Eu gostaria que você fechasse meus olhos. "[100]
Quando Wesley faleceu, dia 2 de março de 1791, um
pequeno grupo que estava em volta do leito cantou emotivo hinos suaves.
Elizabeth pediu que todos se ajoelhassem e “orassem pelo manto de nosso Elias”
(Wesley) para que caísse sobre eles.
Na época da morte de Wesley, "ele era o homem
mais popular da Inglaterra". No culto fúnebre de Wesley, seu relato
da cena final de Wesley descrito por Elizabeth foi lido perante todos.
Como sinal de consideração afetuosa, Wesley deixou
para Elizabeth seu selo de ouro. Ele também lhe deu seu broche de ouro e uma
faca de frutas de prata.
Em 1801, Elizabeth se casou com Harvey Walklate
Mortimer, um viúvo com seis filhos.[101] Passou a se chamar Elizabeth Ritchie Mortimer. Ela
viveu até oitenta anos e "morreu bem". Teve uma alta e serena
excelência de vida.[102]
Ela escreveu: Memórias da Sra. Elizabeth Mortimer: Com Seleções
de Sua Correspondência.[103]
[1] “Ele é um Élder ordenado na Conferência do Rio
Texas e já serviu nas igrejas Metodistas Unidas em Austin e Lakehills, TX. Ele
tem um Ph.D. em Teologia do Boston College, e um M.Div. de Duke, e antes de
tudo isso ganhou um BA em Inglês na UT Austin” .https://www.firstmethodistlockhart.org/clifton_stringer
[2] https://www.ministrymatters.com/all/entry/5525/wesley-a-lsquoman-of-one-bookrsquo-and-a-thousand
[3]
https://scriptoriumdaily.com/so-many-good-books-wesleys-christian-library/
[4]
https://www.sgaumc.org/newsdetail/john-wesley-s-christian-library-16379290
[5]
https://bridwell.omeka.net/exhibits/show/earlymethodists/booksearlymethodists/christianlibrary
[6] http://www.whdl.org/en/browse/resources/12354
[7]
http://thomasjayoord.com/index.php/blog/archives/john_wesley_and_the_bible
[8] http://www.craigladams.com/ arquivo/files/john-wesley-on-the-bible.html
[9] https://divinity.duke.edu/sites/
divinity.duke.edu/files/documents/faculty-maddox/JW_A_Man_of_One_Book.pdf
[10] Idem.
[11]
https://www.ministrymatters.com/all/ entrada/5525/Wesley- a...Um-de-Um-
livro-e- a...Mil
[13] Idem.
[14]
https://bibletruthpublishers.com/homo-unius-libri-man-of-one-book/echoes-of-grace-1975/la104705
[15]https://www.ministrymatters.com/all/entry/5525/wesley-a-lsquoman-of-one-bookrsquo-and-a-thousand
[16]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16
[17]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16
[18]
https://www.amazon.com.br/Sentimental-Journey-Through-France-Italy/dp/1542660548
[20] Idem.
[21]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16
[22]
https://www.abebooks.com/works-Thomson-two-volumes-bound-Edward/30213817174/bd
[23]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/17
[24]
https://en.wikipedia.org/wiki/A_Journey_to_the_Western_Islands_of_Scotland
[26]
https://www.algosobre.com.br/biografias/pedro-o-grande.html
[28]
https://www.amazon.com/Memoirs-George-Whitefield-1712-1796-Gillies/dp/1374406414
[29] “Antiga
moeda inglesa, equivalente a 21 xelins”, moeda inglesa de prata.
https://www.dicio.com.br/guineu/
[30]https://www.biblehub.com/library/wesley/the_journal_of_john_wesley/irish_honesty.htm
[31]
https://www.reavivamentos.com/revivals/journal_of_john_wesley.php
[32]
https://www.reavivamentos.com/revivals/journal_of_john_wesley.php
[33]
https://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Burnet
[34]
https://www.loc.gov/iitem/30028789/
[35]
https://www.reavivamentos.com/revivals/journal_of_john_wesley.php
[36] Idem.
[37] https://www.bartleby.com/349/559.html
[38] https://pt.wikipedia.org/wiki/Voltaire
[39] https://www.reavivamentos.com/revivals/journal_of_john_wesley.php
[40]
https://www.todamateria.com.br/jean-jacques-rousseau/
[41]
https://blogdoenem.com.br/jean-jacques-rousseau-sociologia-enem/
[42]
https://infed.org/mobi/jean-jacques-rousseau-on-nature-wholeness-and-education/
[43] https://www.biblehub.com/library/wesley/the_journal_of_john_wesley/wesley_as_editor.htm
[44] http://www.swedenborgstudy.com/articles/
Swedenborgs-revelation/odo58.htm
[45] https://www.swedenborg.com/spiritual/world
[46]https://pt.frwiki.wiki/
wiki/Emanuel_Swedenborg
[47]
https://www.biblehub.com/library/wesley/the_journal_of_john_wesley/wesley_as_editor.htm
[48]
https://en.wikipedia.org/wiki/William_Cave
[49]
https://www.monergism.com/topics/puritans/william-cave-1637-1713
[50]
https://quod.lib.umich.edu/e/eeboA31421.0001.001?view=toc
[51]https://www.biblehub.com/library/wesley/
the_journal_of_john_wesley/wesley_as_editor.htm
[52] https://digital.nli.ie/Author/Home
Home?author=Holmes%2C+John%2C+1703-1759
[53]
https://onlinebooks.library.upenn.edu/webbin/book/lookupid?key=ha008677825
[54] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/13
[55]
https://biblehub.com/library/wesley/
the_journal_of_john_wesley/in_canterbury_cathedral.htm
[56]
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Foxe
[57] https://gameo.org/index.php?title=Foxe,_John_(1516-1587)
[58]
https://www.ccel.org/ccel/wesley/journal.vi.viii.xviii.html
[59] Idem.
[60] Idem.
[61] https://en.wikipedia.org/wiki/
Basil_Kennett
[62]
https://www.minotavrosbooks.com/pages/books/
009004/basil-kennett/rome-antique-notitia-or-the-antiques-of-rome-in-two-parts
[63]https://www.ccel.org/ccel/wesley/
journal.vi.viii.xviii.html
[64] Idem
[65]
https://lawlibrary.wm.edu/wythepedia/index.php/Archaeologia_Graeca
[66] Idem.
[67]
https://www.ccel.org/ccel/wesley/journal.vi.viii.xviii.html
[68]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/13
[69] Idem.
[70] https://en.wikipedia.org/wiki/Nairn
[71]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16
[72]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/16
[73] https://pt.wikipedia.org/
wiki/William_Shakespeare
[74]
https://prabook.com/websamuel_j.rogal/434104
[75]
https://mellenpress.com/book/the-literary-influence-of-shakespeare-upon-charles-and-john-wesley/9169/
[76] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20
[77]
https://pt.wikipedia.org/wikiWilliam_Penn#:~:text=William%20Penn%20(Londres%2C%209%20de,uma%20colônia%20do%20Reino%20Unido
[78] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20
[79]
https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785
[80]
https://wikimili.com/en/John_William_Fletcher
[81]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20
[82] https://pt.wikipedia.org/
wiki/Peckham
[83]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20
[84]
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Dryden
[85]
https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20
[86]
https://www.abebooks.com/first-editionMemoirs-George-Anne-Bellamy-Including-Intrigues/30276430679/bd
[88] https://en.wikipedia.org/
wiki/Douglas_(play)
[89] https://en.wikipedia.org/
wiki/Douglas_(play)
[90] https://en.wikipedia.org/wiki/John_Home
[91] https://en.wikipedia.org/wiki/John_Home
[93] https://en.wikipedia.org/
iki/John_Davies_(translator)
[95]
https://archiveshub.jisc.ac.uk/data/gb133-mam/fl/mam/fl/6/6andmam/fl/6/7
[96]
https://dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=2321
[97]
https://discovery.nationalarchives.gov.uk/details/c/F74596
[98] https://www.mywesleyanmethodists.org.uk/ccontent/people-2/the-wesley-family/eliza-ritchie-wesleys-nurse
[99] https://www.mywesleyanmethodists.org.uk/ccontent/people-2/the-wesley-family/eliza-ritchie-wesleys-nurse
[100]
Idem.
[101]
https://dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=2321
[102] http://www.mymethodisthistory.org.uk/page_id__731.aspx
Pesquisa:http://archives.gcah.org/bitstream/handle/10516/9966/Methodist-History-2017-10-Maddox.pdf?sequence=1&isAllowed=yhttp://www.wikidata.org/wiki/Q18759267
https://archive.org/details/memoirsofmrseliz00bulm
[103]
https://books.google.com.br/books/about/Memoirs_of_Mrs_Elizabeth_Mortimer.html?id=As5UAAAAYAAJ&redir_esc=y
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