O que Wesley diria hoje à Igreja
Um dos propósitos de Deus foi levantar o
metodismo para reformar à Igreja
Odilon Massolar Chaves
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Tradutor:
Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia
e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século
XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de
Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor.
Índice
· Introdução
· A necessidade de reformar à Igreja Anglicana
· Wesley sentia que precisava de conversão
· A situação espiritual da Igreja da Inglaterra
no século XVIII
· Por que morrereis, ó casa de Israel?
· O que Wesley pregou para as multidões
· Pregando sobre a salvação e a paz em Jesus
Introdução
O livro “O que Wesley diria hoje
à Igreja” traz à memória que o metodismo surgiu com um dos propósitos de
reformar à Igreja, no século XVIII, na Inglaterra.
Wesley é chamado hoje de um “reformador
inglês”. Os membros do Clube Santo são chamados hoje de “reformadores de
Oxford!”.
Wesley pregava especialmente
sobre o arrependimento e a necessidade da fé em Jesus para sermos justificados
gratuitamente pela graça, através da redenção que está em Jesus.
Hoje ele pregaria o mesmo.
Uma das pregações mais
utilizadas por Wesley especialmente para o povo anglicano era: “Voltem, voltem dos
seus maus caminhos! Por que então morrerás, ó casa de Israel?” (Ezequiel
33.11). Neste livro, você verá, pelo menos, dez vezes em que Wesley pregou
sobre este texto.
Wesley
pregou também para Deus curar retrocessos. Os anglicanos ingleses eram o Israel
que precisava voltar para Cristo através do arrependimento e da fé.
Partindo de sua própria
experiência, como anglicano inglês, Wesley acreditava que primeiro era preciso arrependimento
e crer em Jesus. Em suas viagens, ele quase não pregava sobre santidade, a não
ser nas classes, bands e sociedades onde o objetivo principal era alcançar o
perfeito amor.
A religião na Inglaterra, no
século XVIII, era nula e o clero inoperante, em sua maioria. Por esse motivo, a
maior parte do povo andava em trevas.
Muitas das pregações de Wesley,
especialmente em Bristol, tiveram como resultado grandes manifestações físicas,
inclusive demoníacas.
Importante ressaltar que muitos
anglicanos buscavam a santidade de vida e deram todo apoio a Wesley.
O mesmo que a Igreja da
Inglaterra precisava, no século XVIII, o
metodismo em terra brasileira hoje precisa.
O que Wesley pregaria nos dias
de hoje à Igreja?
O metodismo não precisa hoje em
terra brasileira de uma nova Reforma, como também precisa a maior parte das
Igrejas?
Há necessidade de muitos membros
e muitos clérigos colocarem Jesus em primeiro lugar. É necessário deixar ideologias
e abandonar os ídolos.
O rei Josias (640-609 aC) precisou
fazer uma Reforma em Judá (2Rs 22.1-7; 23.4-20). Foi preciso arrependimento,
destruição de altares pagãos e de ídolos e especialmente uma volta à prática da
Páscoa e Escrituras.
Hoje é preciso também arrependimento,
destruição de ídolos e volta às Escrituras.
Precisamos voltar à Palavra e ao
metodismo de Wesley para a renovação das nossas vidas através da graça de Deus
e ação do Espírito Santo.
O Autor
"Qual é o
desígnio de Deus ao levantar os pregadores chamados metodistas?"
"Não formar
nenhuma nova seita; mas para reformar a nação, particularmente a Igreja; e
espalhar a santidade bíblica sobre a terra"[1]
(Wesley)
A necessidade de reformar à Igreja Anglicana
“Reformar
a nação e, particularmente, a Igreja (...) e espalhar a santidade bíblica sobre
a terra”
Wesley e a Igreja
“O que é a
Igreja?" [2]
Wesley pergunta e responde:
“A Igreja católica ou
universal consiste de todas as pessoas no universo a quem Deus chamou do mundo
concedendo-lhes as qualidades acima referidas, ‘como sendo um corpo unido por
um Espírito, tendo uma fé, uma esperança, um batismo; um Deus e Pai de todos,
que está acima de todos, através de todos e em todos”. [3]
A Igreja e o clero no século
XVIII
“A Igreja da Inglaterra era negligente na
ordenação do seu culto e na supervisão pastoral, e a sua autoridade
eclesiástica era uma exibição vazia”
Segundo historiadores, “no século XVIII, a
Igreja da Inglaterra era negligente na ordenação do seu culto e na supervisão
pastoral, e a sua autoridade eclesiástica era uma exibição vazia. A
iniciativa espiritual foi dissipada em manobras políticas. A luta intelectual
contra o deísmo foi vencida pela Igreja, mas à custa de um foco na razão e da
negligência da vida moral e do menosprezo do ‘entusiasmo’. A população durante
o início do século não era atendida pela igreja estatal e muitos viviam em
paróquias inchadas. Desde o quarto ato de uniformidade de 1662 e a controvérsia
não jurada de 1689, a igreja também empobreceu em mão de obra.3 O bispo do
século XVIII era uma figura remota devido aos seus deveres políticos e aos
lentos métodos de comunicação da época”. [4]
O clero
“O clero da igreja anglicana da época deu um
mau exemplo no estilo de vida”
“A disciplina anglicana era quase inexistente e os bispos não estavam
inclinados a agir de qualquer maneira. O clero da
igreja anglicana da época deu um mau exemplo no estilo de vida e na falta de
devoção ao dever. Os párocos se mantiveram geralmente aos seguintes
deveres: conduzir dois cultos no domingo, facilitar as orações da manhã e da
noite nas quartas, sextas e dias de festa, catequizar os jovens e visitar os
enfermos, administrar a comunhão três vezes por ano e realizar ofícios
ocasionais”.[5]
O que diria Wesley nos dias de hoje?
Falta de vocação
No sermão de Wesley “Discurso ao Clero”,[6]
pregado em 1756, ele “alerta que por falta de vocação, ‘existem ministros
grosseiros, abatidos, estúpidos, sem vida, sem espírito, sem prontidão de pensamento,
que são consequentemente, a zombaria de todo tolo atrevido’. O que diria o líder do movimento metodista nos dias de
hoje?”[7]
Wesley teria muito o que dizer nos dias de
hoje.
Wesley, o reformador
É comum estudiosos afirmarem que
Wesley foi um reformador inglês:[8]
“John Wesley foi um reformador
por direito próprio que trabalhou para revitalizar a igreja anglicana e para
evitar que o movimento metodista que ele começou se fragmentasse em sua própria
igreja”.[9]
Os próprios membros do Clube
Santo são chamados de reformadores:
“Os reformadores de Oxford
perceberam, primeiro, que o fim de toda religião deve ser a comunhão com Deus
e, em segundo lugar, que a Igreja foi divinamente instituída”.[10]
A missão do metodismo
Wesley acreditava ter sido o
metodismo levantado por Deus para mudar a situação vigente, ou seja, para:
“(...) reformar a nação e, particularmente, a Igreja (...) e espalhar a
santidade bíblica sobre a terra.”[11]
Qual Igreja hoje Wesley
procuraria reformar?
“João Wesley permaneceu como
sacerdote ordenado anglicano até sua morte. Como teólogo e evangelista, ele
procurou principalmente reformar a Igreja da Inglaterra e trabalhou duro para
evitar a separação da Igreja.”[12]
Rompeu com a eclesiologia hierárquica
“Ele rompeu com a eclesiologia hierárquica,
em que foi formado, e pôs em prática uma concepção fundamentalmente laica de
igreja”
|
Em sua tese de pós-graduação, o professor
metodista José Carlos de Souza afirmou que “Aqui é sustentada a tese de que
não foi o apego a princípios considerados ortodoxos, mas o encontro com o
povo que levou Wesley à abertura crescente para uma compreensão da igreja, ao
mesmo, sensível ao sofrimento dos excluídos da sociedade inglesa, e flexível
para se ajustar a conjunturas em mutação constante. Ele rompeu com a
eclesiologia hierárquica, em que foi formado, e pôs em prática uma concepção
fundamentalmente laica de igreja. Quebrou o monopólio do clero e tornou
realidade o sacerdócio de todos os crentes, tanto de homens quanto de
mulheres. Rejeitou o individualismo e valorizou a vida comunitária
responsável. Desfez a interpretação paroquialista e exclusivista de igreja e
abraçou a ecumenicidade como caráter essencial da Igreja de Cristo. Enfim,
centralizou-se na via salutis, na renovação de toda a criação, pela graça de
Deus com a participação humana responsável, e relativizou a própria Igreja”.[13] |
“Como um
protesto contra a mediocridade espiritual”
Segundo estudiosos, os irmãos Wesley
criaram o Clube Santo em Oxford “como um protesto contra a mediocridade
espiritual. O protesto não contestou doutrinas ou teologia da Igreja Anglicana.
Em vez disso, tratava-se do fracasso da igreja na práxis, isto é, sua
pregação, ensino e aplicação de suas próprias doutrinas e teologia centrais.
Este protesto desencadeou um movimento metodista de reforma e renovação (...)”.[14]
Os
anglicanos, “quase cristãos”
“Acorda,
então, tu que dormes, e clama pelo teu Deus”
Partindo de sua própria
experiência de sentir que não era um cristão, antes de 24 de maio de 1738, e das
observações da vivencia religiosa da maior parte dos ingleses, Wesley pregou o
sermão “Os Quase Cristãos” na Igreja de St. Mary, Oxford, diante da
Universidade, 25 de julho de 1741, baseado no livro de Atos 26.28, evidenciando
que os anglicanos precisavam de se tornarem cristãos.
Wesley começou o sermão assim:
“Então, Agrippa se dirigiu a
Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer cristão” (Atos 26:28).
“E muitos há que vão assim tão
longe! Desde que a religião Cristã está, no mundo, tem havido muitos, de todas
as épocas e nações, que foram quase persuadidos a serem cristãos. Mas, visto
que não traz proveito algum diante de Deus, ir apenas até aí, é de grande
importância considerarmos o que significa ser um cristão completo”.[15]
Wesley é franco em dizer:
“Existem muitos de vocês,
conscientes, de que vocês nunca chegaram tão longe; que vocês não têm sido, nem
mesmo quase cristãos; que vocês não têm chegado ao modelo da honestidade pagã;
pelo menos, não para a aparência da santidade cristã? Muito menos, tem Deus
visto sinceridade em vocês; o objetivo real de agradá-lo, em todas as coisas!
Vocês nunca pretenderam, a esse tanto, devotar todas as suas palavras, obras,
seus trabalhos, estudos, diversões para a glória Dele. Vocês, nem mesmo,
designaram ou desejaram que o que quer que vocês façam, seja feito “em nome do
Senhor Jesus”, e que, como tal, constitua-se “em um sacrifício espiritual,
aceitável para Deus, através de Cristo”. [16]
“Acorda,
então, tu que dormes, e clama pelo teu Deus”.
O que diria Wesley hoje?
Wesley diz ainda que se algum
homem morrer, sem essa fé e esse amor, melhor seria para ele nunca ter nascido.
E exclama: “Acorda, então, tu que dormes, e clama pelo teu Deus”. [17]
“Um cristão
completo, estando justificados gratuitamente pela Sua graça, através da
redenção que está em Jesus”
Wesley termina assim o sermão:
“Que possamos todos assim
experimentar o que é ser, não apenas um quase cristão, mas um cristão
completo, estando justificados gratuitamente pela Sua graça, através da
redenção que está em Jesus; sabendo que nós temos paz com Deus, por meio de
Jesus Cristo, regozijando-nos na esperança da glória de Deus; e tendo o amor de
Deus, espalhado, por todos os lados, em nossos corações, pelo Espírito Santo,
dado a nós!” [18]
Para quem Wesley hoje pregaria
esse sermão?
Grupos para reforma e avivamento
Wesley permaneceu um “reformador
dentro da denominação”.[19]
As próprias bands e classes
tinham um propósito de salvação e buscar a santidade. Foram grupos essenciais
no metodismo.
“Esses grupos foram projetados
para facilitar o objetivo de Wesley de reforma e avivamento dentro da Igreja
Anglicana – mas, como nas tentativas anteriores (ou seja, puritanas) de tal
renovação espiritual dentro da igreja estatal, o metodismo começou como um
movimento de base dentro das paróquias locais em todo o país, mas terminaria
como uma entidade religiosa completamente separada devido à falta de vontade da
Igreja em mudar.”[20]
O que Wesley diria nos dias de
hoje sobre as células ou pequenos grupos?
Wesley sentia que precisava de conversão
“Minhas próprias obras, meus
próprios sofrimentos, minha própria justiça, estão tão longe de me reconciliar
com um Deus ofendido, tão longe de fazer qualquer expiação”
Apesar de toda sua dedicação, liderança do Clube
Santo e ser missionário na América, Wesley não se considerava um cristão. Ele
sentia que precisava de uma verdadeira fé.
Isso explica porque ele depois de sua experiência
com Deus passou a pregar arrependimento e a fé em Jesus para o povo da
Grã-Bretanha, que na maioria era anglicana.
A história de sua viagem e ministério na América
nos ensina muito.
Wesley não se considerava um
cristão
“Despedi-me da América (embora,
se isto agradar a Deus, não para sempre)”
Era quinta, dia 22 de dezembro de 1737. Ele disse:
“Despedi-me da América (embora, se isto agradar a Deus, não para sempre), indo
a bordo do Samuel, Capitão Perey, com um jovem que ficou poucos meses na
Carolina, um dos meus paroquianos de Savannah e um francês, professor de
Purrysburg, que escapou dali por um triz.” [21]
“Fui para a América para
converter os outros, nunca me converti a Deus”
Wesley passou a cobrar muito mais de si mesmo: “Já
se passaram dois anos e quase quatro meses, desde que deixei meu país natal,
para ensinar aos índios georgianos, a natureza do cristianismo: mas o que
aprendi nesse meio tempo? Por que (o que eu menos suspeitava) que eu, que fui para a América para converter os outros, nunca me
converti a Deus”. [22]
“Estou aquém da glória de Deus”
“Aprendi então nos confins da terra, que estou aquém da glória de Deus: que todo o meu
coração é completamente corrupto e abominável, e consequentemente toda a
minha vida (visto que não pode ser, que uma árvore má deve produzir
bons frutos): que alienado como sou da vida de Deus, sou filho
da ira; um herdeiro do inferno”. [23]
“Não tenho esperança, senão a de
ser justificado livremente, através da redenção que está em Jesus”
Wesley disse “que minhas próprias obras, meus
próprios sofrimentos, minha própria justiça, estão tão longe de me reconciliar
com um Deus ofendido, tão longe de fazer qualquer expiação pelo menor desses
pecados, que são mais numerosos do que os cabelos de minha cabeça, que o
mais especioso deles precisa de uma expiação, ou não podem acatar o seu justo
julgamento; que amontoando a sentença de morte em meu coração, e não
tendo nada em mim ou de mim, para suplicar, não tenho esperança, senão a de
ser justificado livremente, através da redenção que está em Jesus: não
tenho esperança, mas que se eu buscar encontrarei Cristo, e serei encontrado
nele, não tendo minha própria justiça, mas o que é pela fé de Cristo, a justiça
que é de Deus por diz”, [24] disse.
A fé que Wesley queria
“Quero aquela fé que São Paulo
recomenda a todo o mundo, especialmente na sua epístola aos Romanos: aquela fé
que permite a cada um que a tem clamar, eu não vivo, mas Cristo vive em mim: e
a vida que agora vivo, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou, e
entregou-se por mim”
Wesley disse: “Se for dito, que eu tenho fé (pois
muitas dessas coisas eu ouvi, de muitos consoladores miseráveis) eu respondo:
Assim têm os demônios, – uma espécie de fé; mas ainda assim são
estranhos à aliança da promessa. Assim os apóstolos tinham ainda em Caná, na
Galileia, quando Jesus manifestou pela primeira vez a sua glória, mesmo
assim eles, de certa forma, creram nele, mas não tinham então a fé
que dominava o mundo”. [25]
“A
fé que eu quero é uma 'confiança segura e confiança em Deus de que, através dos
méritos de Cristo, meus pecados são perdoados"[26]
Wesley desejava uma fé que é uma confiança segura
em Deus, “que através dos méritos de Cristo, meus pecados são perdoados, e
eu me reconciliei com o favor de Deus. Quero aquela fé que São Paulo
recomenda a todo o mundo, especialmente na sua epístola aos Romanos: aquela fé
que permite a cada um que a tem clamar, eu não vivo, mas Cristo vive em mim:
e a vida que agora vivo, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou, e
entregou-se por mim. Eu quero aquela fé que ninguém pode ter sem saber que
a tem (embora muitos imaginem que a têm, quem não a tem), pois quem a tem, está
livre do pecado, todo o corpo do pecado é destruído nele: ele está livre
do medo, ter paz com Deus através de Cristo e alegrar-se na esperança da
glória de Deus. E ele é liberto da dúvida, tendo o amor de Deus derramado
em seu coração, através do Espírito Santo que lhe é dado, que o próprio
espírito testemunha com seu Espírito, que ele é um filho de Deus”. [27]
E essa fé Wesley tomou posse no
dia 24 de maio de 1738:
“Senti
meu coração estranhamente aquecido. Senti que confiava em Cristo, só Cristo,
para a salvação; e uma garantia me foi dada de que Ele tinha tirado meus
pecados, sim, os meus, e me salvou da lei do pecado e da morte”.[28]
Foi o que fez Wesley se sentir
verdadeiramente um verdadeiro cristão.
A situação espiritual da Igreja da Inglaterra
no século XVIII
“Não há
religião na Inglaterra”
O filósofo, advogado, escritor e teórico político
iluminista francês Montesquieu (1689-1755)[29]
disse: “Não há religião na Inglaterra, quatro ou
cinco membros da Câmara dos Comuns frequentavam a missa ou o culto oficial. Se
porventura alguém falar em Deus, todos riem. Enquanto estive ali, tendo alguém
dito que acreditava em algo como se fosse um artigo de fé, todos os presentes
irromperam em gargalhadas. A condição religiosa da Inglaterra parecia-me pior
do que a da França (...)”.[30]
Montesquieu ainda disse:
“Viver na Inglaterra do século dezoito significava
conviver frequentemente com a desordem, numa sociedade onde os valores éticos e
familiares foram substituídos por uma vida mórbida e desprovida de valores
significativos”.[31]
Numa grande crítica, Montesquieu chamou a Igreja
Anglicana de religião dos ricos:
“O Anglicanismo, religião dos ricos, que foi o
berço do surgimento do movimento wesleyano estava descomprometido com a luta
pela justiça social, ou por mudança do contexto social, pois não se fazia
presente junto às massas de pobres que viviam em Londres e arredores. Esta
mesma população, formada por trabalhadores analfabetos, escravos, prostitutas,
e embriagados não tinha a atenção do clero, nem assento nos templos da religião
oficial da Inglaterra, a religião da realeza, da burguesia, daqueles que lucravam
em detrimento deste caos social”. [32]
O verdadeiro pastor
“Os ministros devem ir na frente
do rebanho”
Para Wesley, “os ministros devem ir na frente do
rebanho (como é o costume dos pastores orientais até hoje) e guiá-lo em todos
os caminhos da verdade e da santidade; precisam alimentá-lo com as palavras de
vida eterna"; nutri-lo com o "puro leite da palavra";
aplicando-o continuamente à doutrina; ensinando-lhe todas as doutrinas
essenciais contidas na palavra; "para chamá-lo à ordem" admoestando-o
se se desvia do caminho para a direita ou para a esquerda; "para
corrigi-lo", mostrando-lhe como endireitar o que está errado e trazê-lo de
volta ao caminho da paz; para "instruí-lo na justiça", treinando-o na
santidade, "até que venha a ser perfeito, até que alcance a medida da
estatura da plenitude de Cristo". Eles têm de "velar pelas vossas
almas como aqueles que hão de dar conta das mesmas". "Como aqueles
que hão de dar conta!" Quão indizivelmente solenes e terríveis são essas
palavras! Possa Deus escrevê-las no coração de todos os guias de almas!”[33]
O que Wesley diria hoje?
O mundo passou a ser sua
paróquia
Wesley tinha consciência de seu chamado. Mesmo
proibido pelo clero de pregar na Igreja Anglicana, ele não desistiu de sua
missão.
“Os homens me proíbem de fazer isso na paróquia de
outrem; isto é, com efeito me proíbem de fazê-lo totalmente, visto que não
tenho paróquia nem provavelmente virei a ter. A quem então ouvirei, a Deus ou
aos homens? Permita-me dizer-lhes os meus princípios neste assunto. Tenho o
mundo todo como a minha paróquia; assim, seja qual for a parte em que eu
esteja, julgo ser meu justo e estrito dever anunciar, a todos os que queiram
ouvir, as alegres novas da salvação. Esta é a missão, para a qual Deus me chamou,
disso tenho certeza, e estou certo de que a sua bênção me assiste nisso”. [34]
Quando a Igreja começou a perder
seu vigor
Segundo o historiador H. O. Wakeman, que escreveu
também o livro “The Reformation In Great Britain” (A Reforma na Grã-Bretanha”),
em 1907, “a Igreja da Inglaterra começou a perder o seu vigor no tempo dos reis
William. Em seu livro Introduction to the History of the Church on England
(Introdução à História da Igreja na Inglaterra), ele diz que “quando os sinos
dobraram em 1714 para saudar a entronização de William I, eles anunciaram a
morte dos seus [da igreja] altos ideais e vida vigorosa por mais de meio
século”. Outrora vigorosas, as denominações oriundas do puritanismo
(congregacionais, presbiterianas e batistas) foram enfraquecidas pela imposição
de uma única forma de culto (segundo o Livro de Oração Comum). Esse
enfraquecimento se intensificou com o crescimento do socinianismo (unitarismo)
no meio das igrejas. Em resumo, o cristianismo inglês no século XVIII estava em
profunda decadência, carecendo de uma nova reforma. Foi nesse cenário que John
Wesley reafirmou os grandes princípios da Reforma Protestante do século XVI no
seu ensino, pregação e vivência, trazendo verdadeira renovação ao cristianismo
britânico”.[35]
A situação da Igreja Anglicana
O próprio Wesley comenta em suas pregações sobre a
situação da sociedade inglesa e dos membros da Igreja Anglicana.
“Não podemos dizer isto. Temo
que, ao contrário, a maior parte deles sejam o mundo”
“Todos os
que se chamam “membros da Igreja da Inglaterra” estão cordialmente empenhados
na oposição às obras do diabo e combatendo contra o mundo e a carne? Ai! Não
podemos dizer isto. Temo que, ao contrário, a maior parte deles sejam o mundo.”[36]
Seu desejo era, através das sociedades, criar um
povo capacitado e santificado para assim transformar a Igreja Anglicana e a
nação inglesa. Tanto é verdade, que no início, ele não ministrava a Santa Ceia
nas sociedades, mas pedia que o povo participasse da Igreja Anglicana.[37] Ele
não marcava cultos no mesmo horário dos cultos anglicanos e nem tinha pastores,
mas pregadores.
A base de suas pregações era a volta à Cristo
através do arrependimento e justificação pela fé em Jesus.
O texto de Ezequiel 33.11 foi muito pregado por
Wesley: “Enquanto vivo!', declara o Senhor Deus, 'Não tenho prazer na
morte dos ímpios, mas sim que os ímpios se afastem do seu caminho e vivam.
Voltai-vos, voltai-vos aos vossos maus caminhos! Por que então morrerás, ó casa
de Israel?” (Ezequiel 33.11).
Por que morrereis, ó casa de Israel?
“Clamei,
com toda a autoridade do amor: ‘Por que morrereis, ó casa de Israel?’ O povo
tremeu e ficou quieto”
Pregando
principalmente para os anglicanos, que na sua maioria pertencia à Igreja
Anglicana, um dos textos que Wesley mais pregou foi "Por que morrereis, ó
casa de Israel?".
Israel aqui
significava o povo chamado cristão da Grã-Bretanha.
No seu
diário, Wesley registrou muitos desses momentos, que mostramos aqui:
“Multidões
de pobres miseráveis que estavam todos os domingos, à tarde, a assombrar de um
lado para o outro no Morro da Areia”
No domingo,
7 de julho de 1743, Wesley escreveu: Eu preguei às oito em Chowden "Por
que morrereis, ó casa de Israel?" Desde que cheguei a Newcastle pela
primeira vez, o meu O espírito se moveu dentro de mim diante das multidões de
pobres miseráveis que estavam todos os domingos, à tarde, a assombrar de um
lado para o outro no Morro da Areia. Eu resolvidos, se possível, a
encontrar-lhes um melhor emprego; e assim que o culto em Todos os Santos
terminou”. [38]
Onde fica
Cowden?
“Cowden é
uma pequena vila e freguesia no distrito de Sevenoaks, em Kent, Inglaterra”.[39]
Pregando na Ilha St. Mary's
“Por
que morrereis, ó casa de Israel?"
Mais uma vez houve oposição
de um sacerdote anglicano.
Wesley, porém, pregou para
quase toda cidade:
“Preguei, às seis, nas ruas para quase toda a cidade e
muitos soldados, marinheiros e operários”
“O ministro não querendo que
eu pregasse na igreja, preguei, às seis, nas ruas para quase toda a cidade e
muitos soldados, marinheiros e operários: ‘Por que morrereis, ó casa de
Israel?" [40]
Wesley disse que “foi um
tempo abençoado para que eu mal sabia como concluir”, disse Wesley. “Depois do
sermão, dei-lhes alguns pequenos livros e hinos, que eles estavam tão ansiosos
para receber que estavam prontos para rasgá-los e a mim em pedaços”.[41]
Palavras terríveis em 1788
Wesley pregava com
muita seriedade e consciente do que precisava pregar especialmente para os
anglicanos:
“Apliquei veementemente aquelas palavras terríveis: ‘Por que morrereis,
ó casa de Israel?”
No domingo. 14, setembro 1788, Wesley cita o Sr. Shepherd e diz:
“Tivemos o dobro de comungantes aqui de que me lembro. Pouco antes do culto, o Sr. Shepherd veio e me ofereceu seu serviço. Não
poderia ter sido mais oportuno. Tive muita liberdade de espírito na primeira
vez que preguei hoje; mas maior às duas e meia, e o maior de todos à noite;
quando apliquei veementemente aquelas palavras terríveis: “Por que morrereis, ó
casa de Israel?”,[42] pregou Wesley.
A
forte pregação de Wesley
"Às quais gritei em voz alta: ‘Rejeite todas as suas
transgressões; pois por que morrereis, ó casa de Israel?"
Quando
Wesley escreve que gritou, ele mostra sua grande ênfase na necessidade de
arrependimento do povo inglês.
Primeiramente,
ele esteve em Gwennap, depois em
Trezuthan Downs:
“Ele me
ungiu para pregar o evangelho aos pobres”
No dia 3 de setembro de 1743, Wesley disse:
“Cavalguei até Three-cornered Down (assim chamado), nove ou dez milhas a leste
de St. Ives, onde encontramos duzentos ou trezentos tinners, que já estavam
esperando por nós há algum tempo. Todos pareciam bastante satisfeitos e
despreocupados; e muitos deles correram atrás de nós até Gwennap (três
quilômetros a leste), onde seu número aumentou rapidamente para quatrocentos ou
quinhentos. Tive muito conforto aqui ao aplicar estas palavras: “Ele me ungiu para pregar o evangelho aos pobres” (Lucas
4:18). Um morador próximo nos convidou para nos hospedar em sua casa e nos
conduziu de volta ao Green pela manhã. Chegamos lá assim que o dia amanheceu”
[43],
disse Wesley.
O que é um
Tinner?
“1.
estanhador, fundidor de estanho; 2. mineiro (em mina de estanho); 3. latoeiro,
funileiro”.[44]
Para curar apostasias
“Deus
exaltou para ser Príncipe e Salvador”
Completou
Wesley: “Apliquei fortemente aquelas graciosas palavras: “Eu curarei suas
apostasias, eu os amarei livremente”, a quinhentas ou seiscentas pessoas
sérias. Em Trezuthan Downs, oito quilômetros mais perto de St. Ives,
encontramos setecentas ou oitocentas pessoas, às quais gritei em voz alta: "Rejeite todas as suas transgressões; pois por que
morrereis, ó casa de Israel?" Depois do jantar, preguei novamente para
cerca de mil pessoas sobre Aquele a quem “Deus exaltou para ser Príncipe e
Salvador”. Foi aqui que observei pela primeira vez uma pequena impressão
causada em dois ou três dos ouvintes; os restantes, como sempre, demonstrando
enorme aprovação e absoluta despreocupação.[45]
Para curar
retrocessos
“Clamei,
com toda a autoridade do amor: "Por que morrereis, ó casa de Israel?"
O povo tremeu e ficou quieto”
No sábado,
10 de setembro de 1743, Wesley disse: “Havia orações em St. Just à tarde, que
não terminaram até as quatro. Eu então preguei na Cruz para, creio eu, mil
pessoas, que se comportaram de maneira tranquila e séria.
Às seis
horas preguei em Sennan, perto do fim da Terra; e designou a pequena
congregação (composta principalmente de homens velhos e de cabeça cinzenta)
para me encontrar novamente às cinco da manhã. Mas no domingo, 11, grande parte
deles se reunia entre três e quatro horas: assim, entre quatro e cinco,
começamos a louvar a Deus; e expliquei e apliquei em grande parte:
"Curarei seus retrocessos; Eu os amarei livremente." [46]
Com toda
autoridade e amor
“Clamei,
com toda a autoridade do amor: ‘Por que morrereis, ó casa de Israel?"
Depois
disse: “Descemos depois, até onde pudemos ir com segurança, em direção ao ponto
das rochas no fim da Terra. Foi uma visão horrível!
Mas como estes se derreterão quando Deus se levantar para o julgamento! O mar
entre eles de fato "ferve como uma panela". "Alguém poderia
pensar que o fundo é horrível." Mas "embora inchem, ainda assim não
podem prevalecer. Ele estabeleceu os seus limites, que eles não podem
ultrapassar" [ver Salmo 104:8].
Entre oito
e nove eu preguei em St. Just, na planície verde perto da cidade, para a maior
congregação (eu fui informado) que já tinha sido visto nessas partes. Clamei, com toda a autoridade do amor: "Por que
morrereis, ó casa de Israel?" O povo tremeu e ficou quieto. Eu não
tinha conhecido tal hora antes na Cornualha.”[47]
“E a voz do
Senhor clamou em voz alta aos pecadores: “Por que morrereis, ó casa de Israel?”
No dia 21
de março de 1741, Wesley disse: “Expliquei, à noite, o
trigésimo terceiro capítulo de Ezequiel: Ao aplicá-lo, fui repentinamente
tomado por uma dor tão grande no lado do corpo que não conseguia falar. Eu
conhecia meu remédio e imediatamente me ajoelhei. Num momento a dor
desapareceu: E a voz do Senhor clamou em voz alta aos
pecadores: “Por que morrereis, ó casa de Israel? (WJW1:4)”.[48]
Para dar arrependimento a Israel
e remissão de pecados
“Daí fui
aos moinhos batistas e declarei aquele a quem Deus exaltou ser príncipe e
Salvador, para dar arrependimento a Israel e remissão de pecados”
Nesse
período, maio de 1739, Wesley foi pregar
no Moinho Batista (Baptist Mills): “Daí fui aos
moinhos batistas e declarei aquele a quem Deus exaltou ser príncipe e Salvador,
para dar arrependimento a Israel e remissão de pecados. Voltando-se para J—n
H—, descobrimos que sua voz estava perdida e seu corpo fraco como o de uma
criança. Mas sua alma estava em paz, cheia de amor e regozijando-se na
esperança da glória de Deus”.[49]
Na antiga
congregação de mineiros
“Preguei
para minha antiga congregação de mineiros sobre ‘Por que vocês morrerão, ó casa
de Israel?”
Numa
sexta-feira em 1759, Wesley escreveu: “Cavalguei para S-k e preguei para minha antiga congregação de mineiros sobre “Por que vocês
morrerão, ó casa de Israel?” Depois de pregar, um servo do Sr. --- veio e
disse: "Senhor, meu mestre o dispensa de pregar mais em seu terreno; não
por desrespeito a você, mas ele apoiará a Igreja." "Simples mestre
Shallow", como diz Shakespeare: sábio, sábio mestre reitor, seu
conselheiro![50]
Para qual
Igreja Wesley hoje pregaria: “Por que vocês morrerão, ó casa de Israel?”
O que Wesley
pregou para as multidões
“Comecei a
expor o sermão de nosso Senhor na árvore (um precedente bastante notável de
pregação de campo, embora eu suponho que houvesse igrejas naquela época também)
para uma pequena sociedade que estava acostumada a se reunir uma ou duas vezes
por semana na rua Nicholas”
Em Bristol, Wesley teve que dar
um passo à frente em seu ministério.
“Considerava pecado um pecador
salvar-se fora da igreja”
No sábado, dia 31 de março, de
tarde, Wesley chegou a Bristol, “onde encontrei o sr. Whitefield. A princípio
quase não podia reconciliar-me com este modo esquisito de pregar nos campos,
conforme o sr. Whitefield me deu exemplo no domingo, pois tenho eu sido toda a
minha vida, e isto até agora, tão agarrado a todos os pontos que eram
considerados de acordo com a decência e a ordem, - tais eram os meus
preconceitos, - considerava pecado um pecador salvar-se fora da igreja.”[51]
Começando as pregações
“Comecei a expor o sermão de
nosso Senhor na montanha”
No dia 1º
de abril de 1739, “à noite (o Sr. Whitefield estava fora)
comecei a expor o sermão de nosso Senhor na árvore (um precedente bastante
notável de pregação de campo, embora eu suponho que houvesse igrejas
naquela época também) para uma pequena sociedade que estava acostumada a se
reunir uma ou duas vezes por semana na rua Nicholas”.[52]
St Nicholas
é uma Igreja no centro de Bristol.
Wesley
prega para 3 mil pessoas
“O Espírito
do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas-novas aos
pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da
vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano da graça do
Senhor”
Na
segunda-feira, dia 2 de abril de 1739, Wesley disse: “Às quatro da tarde,
apresentei-me a ser mais vil, e proclamei nas estradas as boas-novas da
salvação, falando de uma pequena eminência num terreno contíguo à cidade, a
cerca de três mil pessoas”. [53]Wesley
pregou sobre: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para
pregar boas-novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos
e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos e proclamar o ano
da graça do Senhor” (Lucas 4:18-19 NVI).
Às sete
horas, Wesley pregou numa reunião da “sociedade na rua Baldwin: e no dia
seguinte, o evangelho de São João na capela de Newgate; onde eu também lia
diariamente o culto matinal da igreja”, disse Wesley.[54]
Oferecendo
a graça de |Deus
“À noite,
três mulheres concordaram em reunir-se semanalmente, com a mesma intenção que
as de Londres a saber, colocar suas faltas umas nas outras, e orar umas pelas
outras”
Na
quarta-feira, da 4 de abril, na Baptist-Mills (uma espécie de subúrbio ou
aldeia a cerca de meia milha de Bristol)
“ofereci a graça de Deus a cerca de mil e quinhentas pessoas”.[55]
Início da
Band
Não bastava
arrependimento. Era preciso vigiar, ter apoio e procurar crescer espiritualmente.
“À noite,
três mulheres concordaram em reunir-se semanalmente, com a mesma intenção que
as de Londres a saber, colocar suas faltas umas nas outras, e orar umas
pelas outras (...). Às oito horas, quatro jovens concordaram em se
encontrar, em busca do mesmo desígnio. Como se atreve qualquer homem a negar
que isso seja (quanto à substância disso) um meio de graça, ordenado por Deus?
(...)”.[56]
O que
Wesley hoje diria sobre as nossas células?
O poder de Deus para a salvação
“Declarei
que Evangelho a todos, que é o poder de Deus para a salvação, a todo aquele que
crê”
Na
quinta-feira, dia 5 de abril de 1739, “às cinco da noite, comecei em uma
sociedade na rua Castle, expondo a epístola ao Romanos”, disse Wesley, “e na
noite seguinte, em uma sociedade em Gloucester-lane, a primeira epístola de São
João. Na noite do dia de sábado no Weaver's-Hall também comecei a expor a
epístola aos Romanos, e declarei que Evangelho a todos,
que é o poder de Deus para a salvação, a todo aquele que crê”[57]
Se alguém
tem sede
“Aquele que
crê em mim, como as escrituras tanto disseram, do seu ventre fluirão rios de
água viva”
“Às sete da
manhã, preguei a cerca de mil pessoas em Bristol, e depois a cerca de mil e
quinhentos, no topo do Hannam-Mount em Kingswood (...). Cerca de cinco mil
estavam à tarde em Rose-Green (do outro lado de Kingswood), entre os quais eu
me levantei e clamei, em nome do Senhor: Se alguém tem sede, venha a nós e
beba. Aquele que crê em mim, como as escrituras tanto disseram, do seu ventre
fluirão rios de água viva”.
Para curar
retrocessos
“Ofereci a
cerca de mil almas, a graça gratuita de Deus para curar seus retrocessos”
Na
terça-feira, dia 10 de abril de 1739, Wesley foi a Bath; “onde ofereci a cerca
de mil almas, a graça gratuita de Deus para curar seus retrocessos, e de
manhã para (creio) mais de dois mil. Eu preguei mais ou menos para o mesmo
número, em Baptist-Mills, no pós meio-dia sobre Cristo, feito de Deus para
nós, sabedoria, e justiça, e santificação e redenção”.
Para quem
Wesley hoje pregaria essa mensagem?
Perdoou a
ambos
“Preguei na
casa dos pobres”
No sábado,
dia 14 de abril de 1739, “preguei na casa dos pobres; mais trezentos ou
quatrocentos dentro, e mais do que o dobro disso fora: a quem eu expliquei
estas palavras confortáveis, quando eles não tinham nada a pagar, ele
francamente perdoou os dois”, disse Wesley.[58]
Pregando sobre
Cristo
“Cristo
nossa sabedoria, e justiça, e santificação e redenção”
No domingo,
dia 15 de abril, Wesley disse: “Expliquei às sete a 5 ou 6000 por filhos, a
história do fariseu e do publicano. Cerca de três mil estavam presentes em
Hannam-Mount. Eu preguei em Newgate depois do jantar para uma congregação
desonesta. Entre cinco e meia fomos para Rose Green: choveu forte em Bristol,
mas nem uma gota caiu sobre nós, enquanto eu declarei a cerca de cinco mil, Cristo
nossa sabedoria, e justiça, e santificação e redenção. Concluí o dia
gritando para a sociedade em Baldwin treet”.[59]
Qual a mensagem que Wesley pregaria hoje?
Pregando
sobre a salvação e a paz em Jesus
“Depois,
invocámos a Deus para confirmar a sua palavra. Imediatamente um que ficou
parado (para a nossa não pequena surpresa) gritou em voz alta, com a maior
veemência, mesmo como nas agonias da morte”
Wesley
seguiu pregando em Bristol e alguns fatos sobrenaturais ou reações espirituais
às suas pregações começaram a acontecer, depois de 17 de abril de 1739.
Wesley
pregava especialmente para anglicanos. Isso causou espanto e controvérsias.
Uma ação de graças ao nosso Deus
“Mas
continuamos em oração, até que um novo cântico foi colocado em sua boca, uma
ação de graças ao nosso Deus”
Wesley
disse: “Daí fui para a rua Baldwin, e expus como ele veio em curso, o 4º cap.
dos Atos. Depois, invocámos a Deus para confirmar a sua palavra. Imediatamente
um que ficou parado (para a nossa não pequena surpresa) gritou em voz alta, com
a maior veemência, mesmo como nas agonias da morte. Mas
continuamos em oração, até que um novo cântico foi colocado em sua boca,
uma ação de graças ao nosso Deus”. [60]
Irrompendo
em louvor a Deus e Salvador
“Foram
tomadas com forte dor e constrangidas a rugir pelas inquietações de seu
coração. Mas não demorou muito para que eles irrompessem em louvor a Deus e
depois Salvador”.
Os fatos
sobrenaturais continuaram: “Logo depois, duas outras pessoas (bem conhecidas
neste lugar, como trabalhando para viver em toda a sã consciência para com
todos os homens) foram tomadas com forte dor e constrangidas a rugir pelas
inquietações de seu coração. Mas não demorou muito para que eles
irrompessem em louvor a Deus e depois Salvador”. [61]
Mão de Deus
ainda está estendida
“Tantas
testemunhas vivas Deus deu, que sua mão ainda está estendida para curar, e que
sinais e maravilhas são ainda agora forjados por seu santo filho Jesus”
Wesley
disse: “O último que invocou a Deus como fora do ventre
do inferno, foi um estranho em Bristol. E em um curto espaço ele também
estava sobrecarregado de alegria e amor, sabendo que Deus havia curado seus
retrocessos. Tantas testemunhas vivas Deus deu, que sua mão ainda está estendida
para curar, e que sinais e maravilhas são ainda agora forjados por seu
santo filho Jesus”.[62]
Baldwin é
uma rua em Bristol.
Paz em
Jesus
“Sendo
justificada livremente, ela tinha paz com
Deus, mas Jesus Cristo”
Na
quarta-feira, dia 18 de abril de 1739, à noite, alguns foram admitidos na
sociedade. Havia uma pessoa que não estava nada bem. “Nem de falar nem olhar
para cima. As tristezas da morte a cercavam, as dores do inferno se
apoderavam dela. Derramamos nossas queixas diante de Deus e mostramos a ele
de seus problemas”.[63]
“Souberam
que tinham redenção no sangue de Cristo, a remissão de seus pecados.”
Deus
atendeu a oração, “ela sentiu em si mesmo, que sendo justificada livremente, ela tinha paz com
Deus, mas Jesus Cristo. Ela se regozijou na esperança da glória de Deus, e o amor de Deus
foi derramado em seu coração”.[64]
Na Semana
Santa, 20 de abril de 1739, na sexta-feira,
alguns “souberam que tinham redenção no sangue de Cristo, a remissão
de seus pecados.”[65]
“Cheio
de paz e alegria no Espírito Santo”
No sábado,
dia 21 de abril, “no salão de Weaver, um jovem foi repentinamente tomado por um
violento tremor por toda parte, e em poucos minutos, as tristezas de seu
coração sendo ampliadas, afundadas no chão. Mas deixamos de invocar a Deus,
até que Ele o levantou cheio de paz e alegria no Espírito Santo.”[66]
Cortados no
coração e consolados
“Muitos
foram cortados no coração, e muitos consolados”
E Wesley
pregou no dia da Páscoa. Ele disse: “No dia de Páscoa, sendo uma chuva forte,
eu só podia pregar em Newgate às oito da manhã e às duas da tarde; em uma casa
perto de Hannam-Mount às onze: e em uma perto de Rose-green às cinco. Na
sociedade, à noite, muitos foram cortados no coração, e muitos consolados”.[67]
Se alguém
tem sede...
“A hora
está chegando, e agora é, quando os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os
que ouvirem viverão”
Na
segunda-feira, dia 23 de abril de 1739, “num convite repetido, fui a Pensford,
a cerca de cinco milhas de Bristol. Enviei ao ministro, para pedir licença para
pregar na igreja, mas tendo esperado algum tempo e não recebi resposta, chamei
muitas das pessoas que estavam reunidas para juntas em um lugar aberto, Se
alguém tem sede, que venha a mim e beba. Às quatro da tarde, havia mais de
três mil, em um lugar conveniente perto de Bristol, a quem eu declarei: A
hora está chegando, e agora é, quando os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus,
e os que ouvirem viverão”.[68]
Onde fica Pensford?
Pensford é a maior vila da freguesia de Publow em Somerset,
Inglaterra.
Sabendo em
quem havia acreditado
“Encontrou
sua alma cheia de paz”
Wesley
continuou pregando para multidões. Foi assim, no dia 23 de abril de 1739: “Eu
preguei em Bath para cerca de mil pessoas na
terça-feira de manhã, e às quatro da tarde para os pobres colisores, em um
lugar no meio de Kingswood, chamado Two-Mile-hill. À noite, na rua Baldwin∣, um jovem, depois de uma aguda
(embora curta) agonia, tanto do corpo quanto da mente,
encontrou sua alma cheia de paz, sabendo em quem ele havia acreditado”.[69]
Onde fica
Kingswood?
A cidade de Kingswood está no distrito de South
Gloucestershire, Inglaterra, na fronteira com Bristol.
“Todo
aquele que pela fé é nascido de Deus”
Na
quarta-feira 24 de abril, Wesley disse em Baptistmi, “expliquei que a gloriosa
escritura (deserdada no estado de todo verdadeiro crente em Cristo, todo aquele
que pela fé é nascido de Deus) não recebestes o espírito de escravidão
novamente para temer, mas recebestes o espírito de
adoção, pelo qual clamamos Abba, Pai”.[70]
Deus quer
que todos sejam salvos
“Aquele que
crê tem a vida eterna”
Na
quinta-feira, dia 25, disse Wesley: “Enquanto eu pregava em Newgate sobre estas
palavras, Aquele que crê tem a vida eterna; fui insensivelmente levado,
sem qualquer desígnio prévio, a declarar forte e explicitamente, que Deus
quer que todos os homens sejam assim salvos; e a orar (...)”.[71]
Cristo se deu em resgate por
todos
“Sua
abundante bondade foi mostrada”
E algo forte aconteceu quando
pregava. “Imediatamente um, e a mãe, e outro afundaram
na terra: eles caíram de todos os lados como trovões. Um deles chorou em
voz alta. Rogamos a Deus em seu favor, e ele transformou seu peso em alegria.
Um segundo estando na mesma agonia, invocamos a Deus também por ela; e falou
paz à sua alma. À noite, fui novamente pressionado em espírito a declarar que Cristo
se deu em resgate por todos. E quase antes de invocá-lo, para colocar
o seu selo, ser respondido. Uma delas estava tão ferida pela espada do
espírito, que você teria imaginado que ela não poderia viver um momento. Mas, sua abundante bondade foi mostrada, e ela cantou
alto sua justiça”.[72]
Wesley pregaria essa mensagem
nos dias de hoje?
A palavra de Deus cortou no
coração
“Gritos
daqueles a quem a palavra de Deus cortou no coração”
No dia 26
de abril de 1739, em Newgate, houve “gritos daqueles a
quem a palavra de Deus cortou no coração. Dois dos quais estavam em um
momento cheios de alegria, para espanto daqueles que os contemplavam”, disse
Wesley.[73]
Declarando
a graça de Deus
“Aquele que
não poupou o seu próprio Filho”
No domingo,
dia 28 de abril de 1739, Wesley pregou três vezes, em três lugares diferentes,
para cerca de 14 mil pessoas.
Ele disse:
“declarei a graça gratuita de Deus a cerca de quatro mil pessoas, daquelas
palavras: Aquele que não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por
todos nós, como não será com Ele que também nos dará livremente todas as
coisas?”.[74]
Depois,
Wesley foi “então para Clifton (a uma milha de Bristol) a pedido do ministro,
que estava perigosamente doente, e daí voltei para uma pequena planície, perto
de Hannam-mount, onde cerca de três mil estavam presentes”. [75]
Onde fica
Clifton?
A vila de Clifton fica na cidade de Nottingham, Inglaterra,
perto d Bristol.
Depois do
jantar, Wesley foi para Clifton novamente e participou de um enterro com a
igreja e pátio cheios.
Sete mil
pessoas presentes
“Foi a
nossa primeira festa do amor”
E Wesley
continuou suas pregações: “De Clifton fomos para Rose-green, onde estavam (por
cálculo) perto de sete mil, e daí para a
Gloucester-lane Society. Depois disso, foi a nossa primeira festa do amor na
rua Baldwin”. [76]
Gloucester Lane é uma rua em Bristol.
“Deus
renovou minhas forças”
E de
júbilo, Wesley exclamou: “Oh, como Deus renovou minhas forças! Que há dez anos
costumava ser tão fraco e cansado, com pregação duas vezes em um dia!”.[77]
Muitos se
sentiam ofendidos com os gritos
“Sobre os
quais vinha o poder de Deus”
Na
segunda-feira, dia 29 de abril de 1739, Wesley falou sobre os gritos das
pessoas em seus cultos:
“Compreendemos
que muitos se sentiam ofendidos com os gritos daqueles sobre os quais vinha o
poder de Deus: entre os quais estava um médico, que temia muito que pudesse
haver fraude ou impostura no caso. Hoje em dia, alguém que ele conhecia há
muitos anos, foi o primeiro (enquanto eu estava pregando em Newgate) que
irrompeu em fortes gritos (...).[78]
Reconhecendo o dedo de Deus
“Ele
então não sabia o que pensar, sendo claramente convencido, não era fraude, nem
ainda qualquer desordem natural”
Wesley
disse que o médico “podia acreditar duramente em seus próprios olhos e ouvidos.
Ele foi e ficou perto dela, e observou cada sintoma, até que grandes gotas de
suor correram pelo rosto dela, e todos os seus ossos tremeram. Ele então não sabia o que pensar, sendo claramente
convencido, não era fraude, nem ainda qualquer desordem natural. Mas quando
sua alma e seu corpo foram curados em um momento, ele reconheceu o dedo de
Deus”.[79]
Aquele que é poderoso para
salvar
“Suplicassem comigo o Príncipe
exaltado por nós, que proclamasse a libertação aos cativos”
Na
terça-feira, dia 1º de maio de 1739, Wesley reconheceu que “muitos foram
ofendidos novamente, e de fato, muito mais do que antes. Pois na rua Balduíno minha voz mal podia ser ouvida em meio aos gemidos de
alguns, e aos gritos de outros chamando em voz alta para aquele que é
poderoso para salvar. Desejei que todos os que fossem sinceros de coração,
suplicassem comigo o Príncipe exaltado por nós, que proclamasse a
libertação aos cativos. E ele logo mostrou que ouviu a nossa voz. Muitos
daqueles que tinham estado por muito tempo nas trevas, viram o alvorecer de uma
grande luz; e dez pessoas (eu depois soo) então começaram a dizer em diz: meu
Senhor e meu Deus!”.[80]
Regozijando
novamente em Deus, meu Salvador
“Deus quer que todos os homens sejam salvos”
Na quarta-feira 2 de maio de 1739, em Newgate,
Wesley tomou uma decisão corajosa: “Desejava-me caminhar até uma casa vizinha
para ver uma carta escrita contra mim, como um enganador do povo,
ensinando que Deus quer que todos os homens sejam salvos. Alguém
que há muito afirmava o contrário estava lá, quando uma jovem mulher entrou
(que poderia dizer antes: ‘Eu sei que o meu Redentor vive") tudo em
lágrimas e em profunda angústia de espírito. Ela disse: ‘Ela estava
raciocinando consigo mesma, como essas coisas poderiam ser, ela estava cada vez
mais perplexa, e agora ela descobriu que o Espírito de Deus se afastou dela.’
Começamos a ar, e ela gritou: ‘Ele veio! Ele veio! Regozijo-me
novamente em Deus, meu Salvador." [81]
Placa sobre
a pregação de João Wesley em Haverfordwest
"O
Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e crede no evangelho”
Em 16 de
agosto de 1790, aos 88 anos, Wesley, “na última de suas quatorze visitas à
cidade pregou ao povo de Haverfordwest. Seu texto
era: ‘O Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e crede no evangelho’.
Marcos, 1:15”.[82]
Haverfordwest
é uma cidade do condado de Pembrokeshire, no País de Gales.
Para Wesley
o problema era o pecado. A solução: o arrependimento e a fé em Jesus.
Wesley
acreditava que eles poderiam “ser persuadidos a se tornarem cristãos".[83]
Certa
ocasião, Wesley “foi impedido de pregar em Santa Maria, mas em uma visita
posterior, em 1º de setembro de 1767, ‘eu cavalguei em Pembroke, e nesta e na
noite seguinte preguei na rua principal para 'muito mais do que a casa poderia
ter contido”. [84]
“Se Wesley
estivesse por perto hoje”
O que diria Wesley hoje?
“Se Wesley
estivesse por perto hoje, não está claro o que ele teria feito de uma placa em
seu nome. Mas ele teria reconhecido a sociedade, a situação dos pecadores e o
estado da igreja. Sem dúvida, ele ainda seria um entusiasta e se comportaria
exatamente como naquele dia em Haverfordwest”. [85]
Como Wesley se comportaria nos dias de hoje?
[1] [1. Da "Grande" Acta,
pergunta 3.]”. https://teddyray.com/
/2017/01/15/reform-nation-particularly-church-vision-church/
[2] COLETÂNIA DA TEOLOGIA DE JOÃO WESLEY
Compilação de Robert W. Burtner e Robert E. Chiles. 2ª edição: 1995. Editor:
Filipe P. de Mesquita. Setor de Publicações da Pastoral Bennett Instituto
Metodista Bennett, p.101.
[3] Idem.
[4]
https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1191&context=gcrj
[5]
https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1191&context=gcrj
[6]
https://camposdeboaz.com.br/sermao-para-o-clero-john-wesley
[7]
https://www.metodista.org.br/expositor-cristao-aborda-o-tema-vocacao-pastoral
[8]
https://www.ukessays.com/essays/religion/how-john-wesley-influenced-the-reformation.php
[9]
https://deadheroesdontsave.com/2013/10/30/wednesday-with-wesley-on-the-reformation/
[10]
http://anglicanhistory.org/misc/taylor_wesley.html
[11] HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o
Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996, p. 230.
[12]
https://www.quora.com/Did-John-Wesley-wish-to-reform-the-Church-of-England-not-to-split-from-it
[13]
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=133810.
“Laicidade e ecumenicidade da Igreja: o pensamento eclesiológico de John
Wesley”, Umesp., 2008.
[14]
https://www.ministrymatters.com/all/entry/8327/theological-reforms-adopted-within-the-methodist-episcopal-church-from-its-beginnings-to-the-present
[15]
https://www.monergismo.com/textos/sermoes/quase_cristao_wesley.htm
[16]
https://www.monergismo.com/textos/sermoes/quase_cristao_wesley.htm
[17] Idem.
[18]
https://www.monergismo.com/textos/sermoes/quase_cristao_wesley.htm
[19]
https://catalystresources.org/reform-and-separation-from-a-wesleyan-perspective/
[20]
https://lionandphoenix.wordpress.com/2017/07/13/protestant-profiles-16-john-wesley/
[21] Idem.
[22]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext
[23]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext
[24] Idem.
[25]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext
[26]
https://freshexpressions.com/2016/05/09/john-wesley-happened-success-story
[27]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext
[28]
https://www.umc.org/pt/content/holy-spirit-moments-learning-from-wesley-at-aldersgate
[29]
https://brasilescola.uol.com.br/filosofia/montesquieu.htm
[30]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/19661/19661_3.PDF
[31] Idem.
[32]
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/19661/19661_3.PDF
[33] COLETÂNIA DA TEOLOGIA DE JOÃO WESLEY
Compilação de Robert W. Burtner e Robert E. Chiles. 2ª edição: 1995. Editor:
Filipe P. de Mesquita. Setor de Publicações da Pastoral Bennett Instituto
Metodista Bennett, p.249.
[34] COLETÂNIA DA TEOLOGIA DE JOÃO WESLEY
Compilação de Robert W. Burtner e Robert E. Chiles. 2ª edição: 1995. Editor:
Filipe P. de Mesquita. Setor de Publicações da Pastoral Bennett Instituto
Metodista Bennett, p.250.
[35]
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=322
[36] WESLEY, João. Sermões de Wesley. 2 v.
São Paulo: Imprensa Metodista, 1981, p. 520.
[37] HEITZENHATER, Richard P., Wesley e o
Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996, p. 191.
[38] Wesley, seu próprio historiador.
https://quod.lib.umich.edu/m/moa/AGV9079.0001.001?rgn=main;view=fulltext.Wesley,
seu próprio historiador. Cincinnati: Hitchcock e Walden.
1870.
[39]
https://en.wikipedia.org/ wiki/Cowden
[40]
https://www.sermonindex.net/modules/bible_books/?view=book_chapter&chapter=23908
[41] A Revista de John Wesley, editado por Percy Livingstone Parker,
Chicago, Moody Press, 1951.
[42]
http://media.sabda.org/alkitab-11/V6F-Z/WES_WW04.PDF
[43]
The Journal of John Wesley By John Wesley Chapter.
https://www.ccel.org/w/wesley/journal/cache/journal.pdf
[44]
https://www.infopedia.pt/dicionarios/ingles-portugues/tinner
[45]
The Journal of John Wesley By John Wesley Chapter.
https://www.ccel.org/w/wesley/journal/cache/journal.pdf
[46] A Revista de John Wesley. Editado
por Percy Livingstone Parker, Chicago, Moody Press, 1951.
[47] A Revista de John Wesley. Editado
por Percy Livingstone Parker, Chicago, Moody Press, 1951.
[48]http://danielrjennings.org/tsoojw2.pdf.
THE SUPERNATURAL OCCURRENCES OF JOHN WESLEY . Daniel R. Jennings
[49]
https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext
[51]WESLEY, João. Trechos do Diário de
João Wesley. São Paulo: Imprensa Metodista, 1965, p.28.
[53] Idem.
[54]
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[55] Idem.
[56]
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[57] Idem.
[58]
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[59] Idem.
[60]
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[61] Idem.
[63] Idem.
[64]
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[65] Idem.
[66] Idem.
[67]
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[68] Idem.
[69]
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[70]
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[71] Idem.
[72]
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[73] Idem.
[74]
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[75] Idem.
[76]
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[77] Idem.
[78]
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[79] Idem.
[80]
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[81]
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[82]
https://churchmodel.org.uk/2017/09/20/john-wesley-enthusiasm-and-todays-church/
[83]
http://www.haverfordwestcivicsociety.org.uk/towntrail/content/pg26.html
[84]
https://www.pembrokeandmonktonhistory.org.uk/EighteenthCentury.html
[85]
https://churchmodel.org.uk/2017/09/20/john-wesley-enthusiasm-and-todays-church/
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