João
Wesley,
Príncipe
do Arminianismo
Odilon
Massolar Chaves
História e o
fundamento para o livre arbítrio
e as controvérsias
com a predestinação
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Tradução: Tradutor Google
“(...) a graça de Deus da qual nos vem a
salvação é gratuita em tudo e para todos.”
(Wesley)
·
Introdução
·
O pai do
arminianismo
·
Controvérsias
teológicas com George Whitefield
·
A defesa do
arminianismo por João Fletcher
·
Fundamentos
bíblicos e teológicos para o livre arbítrio
·
Adam Clarke combate
a predestinação
Introdução
“João Wesley, Principe do Arminianismo” é um
livro sobre Wesley e sua defesa das doutrinas bíblicas da salvação oferecida à
todas pessoas e o livre arbítrio.
Se Jacob Arminius é o “Pai do arminianismo”,
Wesley é chamado de “Principe do arminianismo”.
Outros o chamam de “um Principe entre os
arminianos”.
O pregador inglês reformado Charles Spurgeon
(1834-1892) chamou Wesley de “O príncipe moderno dos arminianos”.[1]
Apesar de ser contrário ao arminianismo, ele
admirava Wesley pelo seu caráter.
No passado, especialmente no XVIII, na Inglaterra,
houve muitas controvérsias sobre livre arbítrio e a predestinação.
João Wesley e George Whitefield tiveram
divergências.
Mas hoje você encontra artigos perguntando se
um arminiano pode ser salvo. Outros chamam Wesley de herege.
Importante conhecer sobre o arminianismo, a
história de Jacob Arminius e a sua teologia.
Dois lideres metodistas do tempo de Wesley - John William Fletcher
e Adam Clark – tiveram argumentos fortes em favor do arminianismo e contra a
predestinação.
O fato é que hoje a maior parte das chamadas
Igrejas históricas e as chamadas Igrejas neopentecostais adotaram o
arminianismo.
Em grande parte, dizem alguns estudiosos, por
influência de Wesley.
O pai do arminianismo
A expressão “arminianismo” vem de Jacob Armínius
(1560-1609). Ele nasceu nos Países Baixos (Holanda) num contexto de tradição
calvinista.[2]
O calvinismo vem de
João Calvino (1509-1564), que nasceu na França. Ele foi teólogo, reformador
protestante e escritor francês. Foi o pai do calvinismo. Deus origem à Igreja
Presbiteriana.[3]
Na Inglaterra, os calvinistas eram chamados
de Puritanos.
E Jacob Arminius?
Jacob Arminius estudou Teologia, Filosofia, Hebraico,
Literatura e outras disciplinas. Pastoreou uma igreja em Amsterdã.[4]
Ao ser chamado para defender o calvinismo extremado criticado pelo rico
negociante Koornher, Armínius acabou criticando a doutrina da predestinação
trazendo uma grande polêmica e criando inimigos, como Franz Gomarus,[5]
que dava ênfase na soberania de Deus e negava o valor da fé do ser
humano.
No conceito de Armínius:
“(...) a predestinação ia de encontro à
natureza de Deus e a do homem, gerava
desespero, tirava o estímulo para uma vida de santidade e diminuía a
importância do Evangelho.”[6]
Entre as declarações de fé do calvinismo, na
Confissão de Westminster,[7] está
a doutrina da predestinação:
“Pelo decreto de Deus, para a manifestação de
sua glória, alguns homens e anjos são predestinados para a vida eterna e outros
preordenados para a morte eterna. Ninguém é redimido por Cristo senão somente
os eleitos. O resto da humanidade
aprouve a Deus (...) deixá-la de lado e ordená-la para a desonra e para
a ira (...).”[8]
O fato é que o rigor do calvinismo havia
produzido reações, especialmente na Holanda e com Jacob Armínius[9] ela alcançou expressão plena.[10]
Após a morte de Arminius
Depois da morte de Arminius, João Wtenbogaert
(1557-1644) e Simão Episcopius (1583-1643) sistematizaram e desenvolveram
opiniões arminianas e se opuseram à ênfase corrente sobre minúcias de doutrina,
considerando o cristianismo primordialmente uma força para a transformação
moral. Em 1610 eles e outros quarenta e um simpatizantes redigiram uma
declaração de fé contrariando a doutrina calvinista da predestinação.[11]
“Em oposição à doutrina calvinista da graça
irresistível, ensinavam que a graça pode ser rechaçada, e, mostravam incerteza
com referência ao ensino calvinista da perseverança dela, assegurando ser
possível perder a graça uma vez recebida.”[12]
Os cinco pontos principais o arminianismo
Os pontos principais são: Livre arbítrio, eleição condicional, expiação
ilimitada, graça resistível e Queda da Graça; salvação condicional.
Livre arbítrio
Para Arminius há a vontade livre do ser
humano desejar ou não a salvação, pois ele não foi corrompido totalmente pelo
pecado original. Ele não está impedido de exercer sua livre decisão.
Eleição condicional
Deus elege aqueles que creem em Cristo como
seu Salvador.
Expiação ilimitada
Jesus Cristo morreu por todos nós.
Graça resistível
Nem todos aceitam o chamado de Deus para a
salvação. É a livre vontade do ser humano em tomar decisões.
Queda da Graça; salvação condicional
Na salvação condicional, o ser humano mesmo
depois de salvo, pode desviar-se de Cristo, se não tiver perseverança na fé e
tornar a pecar.[13]
O Sínodo de Dort
O Sínodo de Dort foi realizado em Dordrecht,
Holanda, entre 1618 e 1619, promovido pela Igreja Reformada Holandesa. Poucos
arminianos foram convidados a participar.
O Sínodo de Dort[14] condenou
os pontos de vista do arminianismo e adotou cânones com tom bem calvinista, que
se tornou a base doutrinal da Igreja holandesa.[15]
Segundo alguns, o príncipe de Orange, Maurício
de Nassau, arquitetou um plano político. “Maurício uniu o conflito religioso ao
conflito político e utilizou-se da grande influência de seu próprio personagem
para jogar a nação, através da igreja, contra seus inimigos políticos, os quais
eram Remonstrantes. Para isso, ele ligou a figura dos Arminianos à Espanha e ao
papado”.[16]
A maior parte dos Remonstrantes era
arminiano.
Qual o motivo do nome Remonstrantes?
“(...) em 1610, com as tensões ainda em
crescimento, os seguidores de Arminius apresentaram uma petição aos Estados,
chamado de ‘Remonstrância’ (por isso que aqueles que a apoiaram foram chamados
“Remonstrantes” e os calvinistas que se opuseram “Contra-Remonstrantes”)”.[17]
Os remonstratenses foram banidos.[18]
Passaram a ser considerados hereges.
“A punição para os Remonstrantes, agora
oficialmente condenados como heréticos e por essa razão sob o julgamento da
igreja e do estado, foi severa. Todos os pastores arminianos – uns 200 deles –
foram retirados de seus cargos; os que não concordaram em ficar calados foram
banidos do país”.[19]
Após a morte de Maurício de Nassau, o Estado
deu liberdade aos Remonstrantes, em 1830, para seguirem com sua religião. O
sínodo de Dort, contudo, manteve sua posição de considera-los hereges.
O sínodo de Dort só tem validade entre os calvinistas.
A teologia do bispo Burnet
Jacob Armínius não trouxe tanta influência na
Holanda, mas sim na Inglaterra de Wesley.[20] Outras pessoas seguiram seus passos,
entre elas, o Bispo Burnet:
“O Bispo Burnet, em 1699, deu novo impulso às
tendências arminianas, quando publicou suas obras Exposição dos Trinta e Nove
Artigos, dedicadas ao rei Guilherme III. Nela, ao interpretar o Artigo XVIII,
que tratava da Predestinação, deu-lhe sentido arminiano e lhe atribuiu igual
validez ao calvinista.”[21]
O bispo George Bull, em 1699, defendeu e
escreveu sobre as ideias de Armínio e teve grande aceitação, especialmente
através de sua obra Exposição dos Trinta e Nove Artigos, dedicada ao Rei
Guilherme III:
“Nela, ao interpretar o Artigo XVII, que
trata da Predestinação, deu-lhe sentido arminiano e lhe atribuiu igual validez
do calvinismo. Quer dizer que tanto importava um quanto o outro. Ambos podiam
ser aceitos. Havia lugar na Igreja para as duas posições.”[22]
Os avós de Wesley[23] participaram da Igreja dissidente, mas seus
pais se filiaram à Igreja Anglicana. Samuel e Susana Wesley inculcaram em João
Wesley ideias da Harmonia Apostólica[24] do bispo Bull, que teve grande aceitação na
Inglaterra.
“A teologia de Bull generalizou-se, pois no
seio da Igreja Oficial e para termos
noção da mesma, daremos, a seguir, breve apanhado: Jesus Cristo, por Sua
obra expiatória, é o Salvador dos homens, mas cada qual tem a sua parte a
fazer, procurando ativamente reformar a própria vida. Se cada um agir desse
modo, tornar-se-á capaz de receber méritos da expiação. Fé e obra são
identificadas numa só finalidade. A justificação é pela fé e pelas obras. São
dois aspectos de uma só realidade. Nem Paulo se opõe a Tiago e nem Tiago a
Paulo. No conceito do bispo Bull, a fé inclui todas as obras da piedade cristã.
A fé não se limita só a aceitar como válidos os ensinos do Evangelho: envolve,
também, desejo de ser bom e de fazer o bem.
Noutras palavras: a fé passa a ser ato do próprio homem” (...)..A justificação
exige, igualmente, a copartipação do homem. Deus considera ao transgressor como
justo, livre da pena, desde que este assim queira”.[25]
Wesley
seguiu o arminianismo
Os
irmãos Wesley seguiram muito de perto diversos conceitos teológicos do
arminianismo,[26] entre eles, o livre arbítrio[27] e a
graça preveniente.[28]
Seguindo o arminianismo, para Wesley a
doutrina da predestinação é contrária ao espírito da Bíblia e destrói os
atributos de justiça, misericórdia e verdade de Deus e o coloca pior do que o
demônio. Segundo ele:
“A predestinação representa o mais santo Deus
como pior do que o demônio, mais falso, mais cruel e mais injusto.”[29]
Sobre o livre arbítrio, o 8º Artigo de
Religião explica:
“A
condição do homem, depois da queda de Adão, é tal que ele não pode converter-se
e preparar-se pelo seu próprio poder e obras, para a fé e invocação de Deus;
portanto, não temos forças para fazer boas obras agradáveis e aceitáveis a Deus
sem a sua graça por Cristo, predispondo-nos para que tenhamos boa vontade e
operando em nós quando temos essa boa vontade.” [30]
Dentro da compreensão de Wesley, o livre
arbítrio é fundamental para que ocorra avivamento e compromisso social.
O livre arbítrio dentro da identidade
metodista leva o ser humano a uma dependência da graça de Deus, o incentiva a
sair de sua situação pecaminosa, crescer espiritualmente e a alcançar a
perfeição cristã. O livre arbítrio motiva o ser humano a buscar mais a Deus e a
amar ao próximo. Ao contrário de levar a
resignação, ele é motivado a lutar.
Wesley afirma:
“Lutemos constantemente por
desembaraçarmos-nos de todas as coisas inúteis que nos rodeiam. Deus geralmente
suprime das nossas almas as superficialidades na mesma proporção que nós a
eliminamos do nosso corpo. A melhor maneira de resistir ao diabo é destruir
qualquer coisa do mundo que permanece em nós (...).[31]
O livre arbítrio motiva a buscar o Espírito
Santo e a ser solidário com os que sofrem. Segundo Wesley, os frutos imediatos
do Espírito na vida do cristão, são:
“Amor, alegria, paz, coração misericordioso,
humildade de espírito, mansidão, doçura, longanimidade. Es os frutos exteriores
são: fazer o bem a todos os homens, não fazer mal a ninguém e andar na luz,
guardando uma obediência zelosa, uniforme, a todos os mandamentos de Deus.”[32]
O arminianismo influenciou tanto a Wesley que
a partir de 1778 a sua revista passou a se chamar A Revista Arminiana.[33]
Para
ele, a graça é livre e alcança a todos. Não depende dos méritos humanos.
O ser humano decide aceitá-la ou não.
Pela fé nos apropriamos dos méritos de Jesus.[34] A fé é a
única condição necessária para a salvação. Mas esta fé não é obra humana.
Provém da graça de Deus. Ele completa:
“(...) a graça de Deus da qual nos vem a
salvação é gratuita em tudo e para todos.”[35]
Controvérsias teológicas com George
Whitefield
As batalhas teológicas contra a predestinação
foram intensas.
Umas das piores dificuldades que Wesley teve
em seu ministério foi as controvérsias teológicas com o seu amigo George
Whitefield, membro do Clube Santo.
Por causa da defesa de Whitefield da
predestinação[36] e sua tendência
de depreciar a necessidade de santificação e de edificação na vida cristã, eles
se separaram.[37]
Whitefield era o principal líder calvinista e
não hesitava em se opor aos Wesley.[38]
Qual era a diferença básica entre o
arminianismo de Wesley e a predestinação de Whitefield?
Para Wesley, o livre arbítrio contribuía mais
para a glória de Deus do que a predestinação, que ele chamava também de
“condenação”.[39]
Ao contrário de Wesley, George Whitefield
acreditava na doutrina da perseverança do crente:
“A
disputa teológica de Wesley com Whitefield tinha dois pontos: as doutrinas
relacionadas com a predestinação e as questões da justiça imputada. Whitefield
aceitava a crença dos calvinistas de que uma pessoa verdadeiramente justificada
por Deus perseveraria na fé até o fim – não havia nada parecido com recaída
entre os verdadeiros crentes.”[40]
Sobre essa “perseverança dos santos”,[41]
Wesley lembra Ezequiel 33.13: “Mais uma vez, assim diz ao Senhor: "Quando
direi aos justos, que ele certamente viverá; se ele confiar em sua justiça
conquistada, (sim, ou a essa promessa como absoluta e
incondicional) e cometer iniquidade, toda a sua justiça não será lembrada;
mas por sua iniquidade que ele cometeu ele deve morrer por isso." [42]
Wesley argumenta ainda: “Mais uma vez:
"Eu sou o pão vivo; se qualquer homem comer deste pão, (pela
fé,) ele deve viver para sempre." João 6:51. Verdade, se ele
continuar a comer isso. e quem pode duvidar disso?
Mais uma vez: "Minhas ovelhas ouvem
minha voz, e eu sei então, e eles me seguem. E eu dou a eles a vida
eterna; e eles nunca perecerão, nem qualquer deve arrancá-los da minha
mão." João 10:27-29.
No texto anterior, a condição está apenas
implícita; nisso é claramente expressa. São minhas ovelhas que ouvem
minha voz, que me seguem em toda a santidade. E "se você fizer essas
coisas, vós nunca cairá." Ninguém deve "arrancar você da minha
mão."
Mais uma vez: "Tendo amado o seu próprio
que estavam no mundo, ele os amou até o fim." João 13:1 "Tendo
amado o seu próprio." (ou seja, os apóstolos, como as seguintes
palavras, "que estavam no mundo." "ele os amou até o
fim" de sua vida, e manifestou esse amor até o fim.”[43]
Whitefield era o principal líder calvinista
entre os reavivalistas evangélicos.[44] Em 1741,
eles se separaram. Foi inevitável, pois Wesley era arminiano e Whitefield, calvinista.[45] Entre
as discordâncias com Whitefield estava sobre a possibilidade da eliminação do
pecado na vida humana.
Whitefield disse:
“Não concordo que a realidade do pecado íntimo
possa ser destruída nesta vida.”[46]
Em abril de 1739, Wesley pregou seu sermão “Livre
Graça” e depois o publicou juntamente com o poema “Redenção Universal” de
Carlos Wesley:
“O
sermão tratou diretamente de seu ponto básico de diferença com George
Whitefield, a doutrina da graça irresistível e todos os corolários da
predestinação: redenção limitada, eleição incondicional, condenação (lei
‘horrível’) e perseverança dos santos.[47]
Mas mesmo tendo dificuldades com George
Whitefield, eles continuaram amigos. Inclusive, a pedido dele, Wesley pregou no
seu ofício fúnebre, em 1770.[48]
A defesa do arminianismo por João Fletcher
Sua infância
Jean Guillaume de la Fléchère ou John William Fletcher (1729-1785), foi um
suíço de língua francesa que nasceu em Nyon, Suiça.[49]
Era “filho de Jacques, juiz do Landvogteigericht,
e Suzanne-Elisabeth Crinsoz de Colombier”.[50]
Fletcher foi educado em Genebra.
“Ele frequentou a academia em Genebra (mais
tarde, a Universidade de Genebra)”.[51]
Em Genebra, “ele se distinguiu como um
brilhante estudioso de clássicos. Possuindo as qualificações intelectuais para
o trabalho como professor ou clérigo”.[52]
Quando jovem, ele pretendia entrar no
exército. Uma série de circunstâncias frustraram seus planos.[53]
Descobrindo sua vocação
“Ele estava programado para navegar em um
navio de guerra português que o levaria ao Brasil quando um acidente de
pré-embarque o limitou a pousar. Em seguida, um tio rico prometeu-lhe uma
comissão no exército holandês, mas morreu antes que o sobrinho pudesse se
tornar um oficial. Desanimado agora, Fletcher imigrou para a Inglaterra e
encontrou trabalho como tutor para os filhos de uma família proeminente”.[54]
Ele foi para a Inglaterra na década de
cinquenta. “No outono de 1751, ele se
tornou tutor para os filhos de Thomas e Susanna Hill, uma família rica de
Shropshire.”[55]
Foi através de um bispo que Fletcher entrou
para a vida sacerdotal. “Um bispo anglicano, tendo revisado o histórico
acadêmico de Fletcher da universidade suíça, ordenou-o. Logo ele estava
ministrando com outro anglicano, John Wesley, na Capela West Street, bem como
onde quer que os refugiados protestantes de língua francesa
("Huguenots") se reuniam em Londres”.[56]
Fletcher descobriu sua vocação pastoral. “Em
1757 Fletcher foi ordenado diácono (6 de março 1757) e sacerdote (13 de março
de 1757) na Igreja da Inglaterra, depois de pregar seu primeiro sermão em
Atcham ser nomeado coadjutor ao Rev. Rowland Chambre na freguesia de Madeley,
Shropshire”.[57]
Ele recusou uma oferta para ser rico vivendo
em Dunham, aceitando em vez uma humilde paróquia em Madeley em Shropshire.
Ele desenvolveu “uma preocupação religiosa e
social sincera para o povo desta parte populosa da região de West Midlands onde
tinha servido em primeiro lugar no ministério cristão, e aqui, há vinte e cinco
anos (1760-1785), viveu e trabalhou com exclusivo devoção e zelo, descrito por
sua mulher como seus ‘trabalhos’ sem exemplo no epitáfio que ela escreveu para
seu túmulo de ferro”.[58]
Conhecido pelo seu caráter
Fletcher era conhecido na Grã-Bretanha por
sua piedade e generosidade. Quando perguntado se ele tinha alguma necessidade,
ele respondeu: “… Eu não quero nada, mas mais graça.”[59]
Fletcher ouviu dizer bem dos metodistas como
um povo que orava muito. Ele se interessou em conhecer. Sua alma sentia
necessidade de algo mais profundo.
Trabalhando como tutor, seus patrões costumam
viajar para Londres para passar alguns dias.
Contato com os metodistas
Em 1751, em “uma das estadias da família em
Londres, Fletcher ouviu pela primeira vez dos metodistas e tornou-se pessoalmente
familiarizado com John e Charles Wesley, assim como sua futura esposa, Mary
Bosanquet”.[60]
Assim, tendo se mudado para a Inglaterra, em
1751, e conhecendo Wesley e o metodismo, “começou a trabalhar com John
Wesley, tornando-se um intérprete-chave
da teologia wesleyana no século XVIII e um dos primeiros grandes teólogos
do Metodismo”.[61]
Era amigo pessoal de Wesley e um metodista
convicto de suas doutrinas.
“No mesmo dia de sua ordenação, em 1757,
Fletcher correu para a Capela West Street, em Londres, para ajudar Wesley a
servir a Santa Comunhão, e para sempre se tornou o coadjutor de Wesley”.[62]
Fletcher se dedicou ao movimento de renovação
e reavivamento espiritual e se comprometeu com Wesley por correspondência a ir
em seu “auxílio como um teólogo, mantendo um compromisso nunca vacilando para a
Igreja da Inglaterra”.[63]
João Fletcher e o arminianismo
João Fletcher era um arminiano. “Na teologia, ele confirmou
as doutrinas arminianas do livre-arbítrio, a redenção universal e expiação
geral, contra as doutrinas calvinistas da eleição incondicional e expiação
limitada. Sua teologia arminiana é mais claramente delineado em seus cheques
famosos para Antinomianismo. Ele tentou confrontar seus adversários teológicos
com cortesia e justiça (e de John Wesley), embora alguns de seus contemporâneos
julgou severamente por seus escritos”.
Em 1770, na Conferência Anual, houve um
conflito entre metodistas calvinistas e metodistas arminianos. Havia uma
acusação de que os metodistas calvinistas levaram à “mediocridade espiritual e
ao antinomianismo.”[64] A
Condessa Selina que levantou questões.
Defendendo Wesley
Fletcher, então se levantou na reunião para
defender Wesley.
Para os ouvidos calvinistas, as atas da
Conferencia Anual de 1770, pareciam “endossar obras necessárias para a
salvação. A Condessa exigiu que seus professores assinassem uma desaprovação, o
que no final Fletcher se recusou a fazer. Renunciando à faculdade, ele colocou
sua caneta a serviço de Wesley e sua teologia arminiana”.[65]
O metodista José Benson era diretor do
colégio Trevecca que a Condessa Selina havia criado. Como ele não abraçou a
predestinação, foi demitido. Fletcher, era presidente da Instituição da
Condessa, então tomou uma posição.[66]
Fletcher escreveu à Condessa renunciando à
presidência da Instituição: “O Sr. Benson fez uma defesa muito justa quando
disse que comigo sustentava a possibilidade de salvação para todos os homens e
que a misericórdia ou é oferecida a todos, embora possa ser recebida ou
rejeitada. Se isto é o que sua senhoria identifica como opinião do Sr. Wesley,
livre arbítrio ou arminianismo, e se qualquer arminiano tem de deixar o
colégio, de fato estou igualmente despedido. Diante de meu atual ponto de vista
nesta questão, vejo-me obrigado a manter este sentimento (...) a Bíblia é
verdadeira e Deus é Amor”.[67]
Era uma pessoa de princípios e de caráter.
Ele se demitiu preferindo deixar a presidência da Universidade do Sul de Gales
fundada por Selina, Condessa de Huntingdon.
Desde, então, “Fletcher emergiu como
intérprete autoritário de Wesley com a publicação de uma série de livros sob o
título, Checks to Antinomianism, que foram editados, corrigidos e
publicados por Wesley”. [68]
Defendendo o arminianismo
João Fletcher foi muito útil a Wesley e ao
metodismo. Foi “muito útil na luta que
precisou sustentar para defender o ponto de vista arminiano perante seus
opositores calvinistas. Dessa maneira, o metodismo produziu um grande teólogo
sem que este realmente escrevesse um tratado de teologia como a “Suma
Teológica” de Tomás de Aquino ou “As Instituições Cristãs” de Calvino.
Limitou-se a defender uma doutrina que lhe pareceu mais afinada com o ensino
que o cristianismo primitivo ministrava segundo o testemunho do Novo
Testamento”.[69]
Fletcher não havia aceitado o convite de
Wesley para trabalhar junto a ele e para ser seu sucessor, pois “acreditava que
sua tarefa contínua era escrever como um intérprete da teologia de Wesley: ‘Eu
coloquei minha caneta de lado por algum tempo; no entanto, retomei-o na semana
passada, a pedido do seu irmão, para continuar com o meu tratado sobre a
Perfeição Cristã”.[70]
Entre 1770 e 1778-81 foi pregador do
movimento de reavivamento durante estadias em Nyon.[71]
Quando Wesley percebeu que os pregadores
metodistas no País de Gales estavam recebendo influência do calvinismo,
determinou que todos os pregadores lessem os escritos de John Fletcher.
Fundamentos bíblicos e teológicos para o
livre arbítrio
Uma doutrina que Wesley defendeu foi o livre
arbítrio. Em seu tempo, “enquanto a maioria dos calvinistas se agarrava à dupla
predestinação, Wesley promovia uma visão arminiana da salvação”. [72]
Quando foi preciso, para o bem do Reino de
Deus e para a salvação das pessoas, Wesley foi um radical. Retirou o que de
melhor havia nos 39 Artigos de Religião do Anglicanismo e deixou apenas 25
artigos.
“A relação religiosa mais difícil de Wesley
era com a Igreja da Inglaterra por causa de sua pregação de campo. Outras
religiões existiam na Inglaterra na época — marginalizadas na sociedade inglesa
— mas um ministro anglicano considerando toda a Inglaterra como sua paróquia,
como Wesley fez, violou as leis da Igreja. Além disso, Wesley permitiu que
aqueles que não foram ordenados ministros anglicanos pregassem o Metodismo”.[73]
Wesley combateu veementemente essa doutrina
afirmando que ela não é bíblica; que ela nega todo amor de Deus pelos
pecadores, que anula o sacrifício de Jesus, que torna inútil a pregação do Evangelho,
além de aterrorizar às pessoas.
O metodismo defende o arminianismo. A
expressão vem de Jacob Armínius (1560-1609). Ele estudou Teologia, Filosofia,
Hebraico, Literatura e outras disciplinas. Pastoreou uma igreja em Amsterdã.
Foi chamado para defender o calvinismo (que segue a predestinação) e, ao
pesquisar, acabou sendo um grande adversário da predestinação defendendo o
livre arbítrio.
Wesley seguiu o arminianismo, acreditava no
livre arbítrio. Portanto, somos arminianos.
Nos dias de Wesley, como nos dias de hoje,
havia discussão sobre a predestinação e o livre arbítrio. Pessoas sinceras
foram por caminhos contrários a Palavra.
Vamos ver na Bíblia as implicações dessas
doutrinas.
O que é a predestinação?
É a doutrina que afirma que Deus soberano
decide quem deve ser salvo.
“Os calvinistas defendem a predestinação, ou
seja, a crença de que a salvação já está determinada por Deus”.[74]
Antes mesmo da pessoa nascer, Deus já
predestinou uns para a salvação e outros para a perdição.
Contudo, alguns afirmam: “A Bíblia nunca fala
sobre uma dupla predestinação onde Deus elege ou predestina alguns para o
inferno, e outros para o céu. ”.[75]
Essa doutrina traz, por isso, muita
perturbação.
O que é livre arbítrio?
A salvação é oferecida a todos. Livre arbítrio
é a doutrina que afirma que Deus dá liberdade ao ser humano de aceitar ou não a
salvação que está em Cristo.
Leia a seguir textos bíblicos que relatam
sobre o livre arbítrio:
·
João 3.16: “Deus amou ... para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”;
·
Atos 16.31: “Crê no Senhor
Jesus e serás salvo...”
O mal da
predestinação
Wesley via vários pontos negativos na
predestinação:
·
Toda pregação seria vã. Todos
já estariam com o seu destino traçado. Assim, a pregação não valeria nada.
·
Tende a destruir a santidade. Tira
de nós os primeiros motivos de seguirmos a santidade:
- Os predestinados
para a perdição não teriam a recompensa futura. Para que, então, procurar a
santidade?
- Os predestinados
para o céu não teriam mais o castigo futuro. Para que, então, procurar a
santidade?
·
Tende a destruir a felicidade.
As pessoas que se sentem condenadas não têm mais paz, pois não têm mais a
oportunidade de serem salvas.
E mais: “A predestinação significa que nossa salvação está eternamente
fundamentada em um soberano e bom Deus; portanto, nossos sofrimentos,
tristezas, perseguições e derrotas não são acidentais”.[76]
·
Tende a destruir o zelo pelas
boas obras. Que adianta ajudar os que já estão condenados? Assim, dar de comer,
vestir os nus podem ser negligenciados pois podemos julgar que essas pessoas já
estariam predestinadas a essa situação.
·
Tende a subverter a revelação
cristã. A vinda de Cristo não teria sentido, pois todos já teriam o seu
destino.
·
Teria Jesus como mentiroso.
Jesus pregou, dizendo para os homens se arrependerem (Mc 1.14-15). Se somente
uns fossem salvos e não todos pudessem ser salvos, porque motivo Jesus pregou o
arrependimento a todos? Porque Jesus mandou ir pelo mundo? (Mc 16.15-16). (20)
Mas como explicar a eleição na Bíblia?
Wesley acreditava na eleição de duas maneiras:
1.Todos os verdadeiros crentes são eleitos
para a vida eterna:
·
“Quem tem o Filho tem a vida”
(1Jo 5.12);
·
“... vós que credes ... tendes
a vida” (1Jo 5.13);
·
“Quem crê no Filho tem a vida
eterna” (Jo 3.36).
2. Deus chama alguns para determinadas
obras especiais, mesmo assim eles podem cair:
Deus chama alguns para determinadas obras
especiais, mas, mesmo assim, eles podem cair como aconteceu com Judas (Jo 6.70)
e Saul (1Sm 10.1-8; 15.10-11).[77]
Servos chamados que permaneceram fiéis: Abraão
(Gn 12.1-3) e Paulo: (At 22.14-15),
Assim cremos que o livre arbítrio é uma
doutrina bíblica.
Adam Clarke combate a predestinação
“Aqui, a palavra é usada para apontar o propósito fixo ou
predeterminação de Deus para conceder aos Gentios a bênção de a
adoção de filhos por Jesus Cristo”
Sua
infância
Adam Clarke (1760
ou 1762-1832) nasceu na aldeia de Moybeg, na atual Irlanda do Norte. [78]
Sua mãe era
presbiteriana e seu pai anglicano.[79]
Ele teve uma
educação limitada e trabalhou como aprendiz de um fabricante de roupas e na
fazenda de seu pai: “Aos 14 anos, Adam foi levado da fazenda e da escola e
colocado com o sr.Barnett, um fabricante de linho, para aprender esse negócio”.[80]
Não viveu
luxuosamente e ainda trabalhava. “Ele passou sua infância em uma cabana de
palha em Cappagh perto de Portstewart enquanto trabalhava como aprendiz de
cortina em Coleraine”.[81] Pouco
meses depois voltou para sua casa por achar o emprego desmotivador.[82]
Adam Clarke teve
dificuldades na sua formação educacional. “Clarke passou por
muitas dificuldades em seu caminho para se tornar educado, e como um pregador
de piloto de circuito. A vida de Clarke é bem contada por Douglass Gorrie[83]
na vida de eminentes ministros metodistas.”[84]
Seu pai tinha
formação universitária e era professor paroquial, mas ganhava pouco e não pôde
dar uma boa educação aos filhos.
Adam era cheio de
vida, mas não gostava de estudar. Depois de ser ridicularizado pelos colegas,
começou a estudar avidamente e se tornou um aluno estudioso.
Contato
com os metodistas
Em 1777, aos 17
anos, ele ouviu o metodista John Brettel pregar e se converteu.
Em 1782, um dos
pregadores do circuito Londonderry viu nele uma promessa e escreveu a Wesley,
que o convidou para a Escola Metodista de Kingswood.
“Aos 17 anos,
tornou-se líder de classe. Ele foi enviado por John Wesley em 1782 para
Kingswood, onde comprou uma Bíblia hebraica e aprendeu a língua”. [85]
Um
pregador itinerante
Depois, Wesley lhe
perguntou se desejava se tornar um pregador itinerante. Ele prontamente
concordou. Adam ministrou em circuitos por 26 anos.
Ele foi o pregador
mais jovem do metodismo.
“Clarke tornou-se metodista
em 1778, e foi em uma sucessão um exortador, pregador local, e pregador
regular. Seu primeiro circuito foi o de Bradford, Wiltshire, para o qual foi
nomeado em 1782. Ele serviu em vários lugares e viajou por toda a Grã-Bretanha,
alcançando fama como pregador, e sendo presidente da Conferência Britânica em 1806, 1814 e 1822”.[86]
Ele é “lembrado
principalmente por escrever um comentário sobre a Bíblia que levou 40
anos para ser concluído e que tem sido um recurso teológico metodista
primário por séculos”.[87]
Como Wesley,
aprendeu a ler na cela enquanto viajava a cavalo começando todos os dias às
cinco horas da manhã. Só no Circuito Norwich pregou 450 sermões durante 11
meses.
Ele se casou com
Mary Cooke, em 1788. Serviu duas vezes no circuito de Londres. [88]
Em 1831, ele
construiu seis pequenas casas escolares metodistas/capelas em Antrim e
Londonderry.
Adam
Clarke comenta sobre Efésios
1.5
“E
nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo
o beneplácito de sua vontade”.
Adam
Clarke comenta “Tendo nos predestinado] προορισας”.
“Como a
doutrina da predestinação eterna produziu muita controvérsia
no mundo cristão, disse Adam Clarke, “pode ser necessário examinar o
significado do termo, para que aqueles que o usam possam empregue-o de acordo
com o sentido que tem nos oráculos de Deus”. [89]
Predestinação
para os gentios serem adotados por Jesus
Segundo
as pesquisas de Adam Clark, “O verbo προοπζω, de προ, antes de, e
οριζω, I definir, terminar, vincular, ou encerrar,
donde ορος, um limite ou limitar, significa definir de
antemão e circunscrever por certos limites ou limites ;
e é originalmente um termo geográfico, mas também se aplica a qualquer coisa
concluída, determinada ou demonstrada. Aqui, a palavra é usada para apontar o
propósito fixo ou predeterminação de Deus para conceder aos Gentios a
bênção de a adoção de filhos por Jesus Cristo, cuja adoção
havia sido concedida ao povo Judeu; e sem circuncisão ,
ou qualquer outro rito Mosaico, admitir os Gentios a todos os privilégios de
sua Igreja e povo. E o apóstolo assinala que tudo isso foi predeterminado por
Deus, como ele predeterminou os limites e recintos da terra que lhes deu de
acordo com o promessa feita a seus pais; que os judeus não tinham motivos para
reclamar, pois Deus havia formado esse propósito antes de ter
dado a lei , ou os chamou para fora do Egito; (pois era antes
de a fundação do mundo, Efésios 1:4;)”.[90]
Estava
em busca de seu projeto original
“Se não o fizesse, seus propósitos eternos não poderiam ser cumpridos”
E o
teólogo metodista Adam Clark diz ainda: “e que, portanto, a conduta de Deus em
chamar os gentios agora - trazendo-os para sua Igreja e
conferindo eles os dons e graças do Espírito Santo, estava em busca de
seu projeto original; e, se não o fizesse, seus propósitos eternos
não poderiam ser cumpridos; e que, como os judeus eram considerados suas
pessoas peculiares, não porque tivessem qualquer bondade ou mérito em
si; então os gentios foram chamados de, não por qualquer mérito que
tinham, mas de acordo com o bom prazer de sua vontade; isto é,
de acordo com sua eterna benevolência, mostrando misericórdia
e conferindo privilégios nesta nova criação , como ele havia feito na criação
original; pois como, ao criar o homem, ele tirou toda consideração de sua
própria benevolência eterna inata, então agora, ao redimir o homem e enviar as
boas novas de salvação tanto aos judeus quanto aos gentios, seja agido nos
mesmos princípios, derivando todos os razões de sua conduta de sua própria
infinita bondade”.[91]
Um
argumento extremamente conclusivo
“Determinou que os gentios, na plenitude do tempo, devem ser
chamados e admitidos em todos os privilégios do reino do Messias”
“Este
argumento foi extremamente conclusivo”, disse Adam Clark, “e deve silenciar os
judeus com base em seu original, primitivo e exclusivo direitos,
os quais eles sempre estiveram prontos para pleitear contra todas as pretensões
dos gentios. Se, portanto, Deus, antes da fundação da economia
judaica, determinou que os gentios, na plenitude do tempo, deve
ser chamado e admitido em todos os privilégios do reino do Messias, então
o exclusivo a salvação dos judeus foi quimérica; e o que Deus
estava fazendo agora, pela pregação dos apóstolos no mundo gentio, era em
cumprimento de seu desígnio original”. [92]
Paulo
aborda sobre esse argumento
“Este mesmo argumento São Paulo produz repetidamente em sua Epístola aos
Romanos”
“Este
mesmo argumento São Paulo produz repetidamente em sua Epístola aos Romanos”,
disse Adam Clark, “e uma consideração apropriada disso desbloqueia muitas
dificuldades nessa epístola. Veja as notas em Romanos 8:29; Romanos 8:30; e em outro lugar,
no curso daquela epístola, onde este assunto é tratado”.
O uso
da palavra predestinação
“Meramente em referência ao assentamento dos israelitas na terra
prometida”
O
teólogo metodista Adam Clark explica porque a palavra grega προορισας,
traduzida predeterminada, limitada ou circunscrita, é
usada nos textos bíblicos citados acima.
Segundo
ele, “meramente em referência ao assentamento dos
israelitas na terra prometida. Deus atribuiu a eles
as porções que eles deviam herdar; e essas porções
foram descritas, e seus rolamentos, limites,
vizinhanças para outras porções, extensão e comprimento,
conforme exatamente determinado como poderiam ser pelo
mapa geográfico mais correto.
A
chave para desbloquear
“Esta é a grande chave pela qual esse negócio de predestinação é
desbloqueado”
“Como
Deus, portanto, tratou com os judeus ao torná-los seu povo peculiar”, disse
Adam Clark, “e quando dividiu a terra entre os filhos de Noé reservou para si
as doze porções que ele posteriormente deu às doze tribos; (Deuteronômio 32:8;) e como suas
relações com eles eram típicos do que ele pretendia fazer no
chamada e salvação dos gentios; assim, ele usa os termos pelos quais sua
distribuição e liquidação foram indicados para mostrar que, o que ele havia
projetado e tipificado, ele agora tinha cumprido de acordo com a
predeterminação original; os gentios tendo agora a herança espiritual que Deus
indicou pela concessão feita da terra prometida aos filhos de
Israel. Esta é a grande chave pela qual esse negócio de predestinação é
desbloqueado. Efésios 1:11”.[93]
[1]https://reformedjournal.com/
reformed-assessments-of-arminianism-praise-from-unexpected-quarters/
[2] WALKER,
Welliston, Ibidem, p. 134. O primeiro a reagir ao rigor calvinista foi o
erudito holandês Dirck Coornhert (1522-1590), entretanto essa reação alcançou
expressão plena com Jacó ou Jacobus Arminius.
[3]
https://www.suapesquisa.com/historia/reforma_calvinista.htm
[4] SALVADOR.José
Gonçalves. Arminianismo e Metodismo, Ibidem, p.22.
[5] Ibidem, p.28.
[6] Ibidem.
[7] A Confissão de
Westminister foi redigida em 1643 pela Assembléia de Clérigos ao qual fora
confiada a tarefa de organizar o New Establishment (BETTENSON, Henry.
Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Imprensa Metodista, ASTE, 1967, p.278).
[8]BETTENSON, Henry.
Documentos da Igreja Cristã. São Paulo: Imprensa Metodista, ASTE, 1967, p.
278-9.
[9] Também chamado de
Jacobus Arminius (BETTENSON, Henry. Documentos da Igreja Cristã, Ibidem, p.
305).
[10] WALKER,
Welliston. História da Igreja Cristã. 2
v. São Paulo: ASTE, 1967, p. 15.
[11] Ibidem, p.135.
[12] Ibidem.
[13]
https://concursosnobrasil.com/escola/religiao/arminianismo.html
[14] O Sínodo de Dort,
1618, condenou os pontos de vista dos arminianos, que foram obrigados a deixar
a Igreja Reformada. Nos “Cinco Artigos” condenados pelo Sínodo está dito: I. Que Deus, por um
eterno e imutável plano
[15] WALKER,
Welliston. História da Igreja Cristã. 2
v. São Paulo: ASTE 1967, p. 136.
[16]
https://deusamouomundo.com/remonstrantes/432/
[17]https://deusamouomundo.com/remonstrantes/os-remonstrantes-e-o-sinodo-de-dort/
[18] WALKER,
Welliston. História da Igreja Cristã. 2
v. São Paulo: ASTE 1967, p. 136.
[19]https://deusamouomundo.com/remonstrantes/os-remonstrantes-e-o-sinodo-de-dort/
[20] WALKER,
Welliston. História da Igreja Cristã. 2
v. São Paulo: ASTE 1967, p. 136.
[21] SALVADOR,
José Gonçalves. Arminianismo e
Metodismo. São Paulo: Igreja Metodista do Brasil, [s.d], p. 51.
[22] Ibidem.
[23] Ibidem, p.63.
[24] Ibidem., p.61-2.
[25] Ibidem., p.62.
[26] WALKER, John. A
História do Avivamento Morávio. Goiás: [s.ed.]. 1978, p. 2.
[27]“Armínio
discordava tanto de Agostinho como de Calvino, quando negava ter o homem ficado
reduzido pelo pecado à inatividade. Houve algo que o homem não perdeu. Ainda
lhe resta a capacidade de responder à graça de Deus e aceitá-la ou recusá-la.
Noutras palavras: ainda possui liberdade e volição e, assim, é responsável pela
sua decisão” (SALVADOR, José Gonçalves, Ibidem, p.41).
[28] No IV artigo de
Jacobus Arminius, condenado pelo Sínodo de Dort, está dito:” Que esta graça de
Deus é o começo, a continuação e o fim de todo o bem; de modo que nem mesmo o
homem regenerado pode pensar, querer ou praticar qualquer bem, nem resistir a
qualquer tentação para o mal sem a graça precedente (ou preveniente) que
desperta, assiste e coopera (...). Que
aqueles que são enxertados em Cristo por uma verdadeira fé, e que assim foram
feitos participantes de seu vivificante Espírito, são abundantemente dotados de
poder para lutar contra Satã, o pecado, o mundo e sua própria carne, e de
ganhar a vitória (...)”.
[29] BURTNER, Robert
W.; CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley. Ibidem, p. 54.
[30] CÂNONES da Igreja
Metodista, Ibidem, p.36.
[31] WESLEY, João.
Explicação clara da Perfeição Cristã, ibidem, p.125.
[32] ______. Sermões
de Wesley. 1 v., ibidem, p.213.
[33] “A revista
wesleyana passou a denominar-se, desde 1778, ‘A Revista Arminiana’ (The
Arminian Magazine). É digno de nota que o primeiro artigo publico no volume de
1792 é a tradução do escrito de Armínio, intitulado ‘O julgamento de Armínius
acerca dos decretos divinos’ (SALVADOR, José Gonçalves, Ibidem, p.77)”.
[34] BURTNER, Robert W. ; CHILES, Robert E.,Ibidem, p. 160.
[35] Ibidem, p. 147.
[36] HEITZENHATER,
Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996, p.107.
[37] Ibidem, p.214.
[38] Idem, p.120.
[39] Eis um resumo do
que Wesley pensava sobre a predestinação: Se existe a eleição, toda a pregação
seria vã; ela tende a destruir diretamente a santidade; tende a destruir o
nosso zelo pelas boas obras; subverte toda a revelação cristã; faz a revelação
contradizer-se; é uma doutrina cheia de blasfêmia, pois coloca Jesus como um
hipócrita, um enganador do povo, etc (BURTNER, Robert W.; CHILES, Robert E.
Coletânea da teologia de João Wesley. Ibidem, p. 53-4)
[40] HEITZENHATER,
Richard P.Ibidem, p.107.
[41] Doutrina que
afirma que “Uma vez salvo, sempre salvo”.
[42]
www.imarc.cc/esecurity/perseverance.html
[43] Idem.
[44] Segundo
D.M.Lloyd-Jones, Os temas das pregações de Whitefield eram: O pecado original,
A regeneração, o Espírito Santo, a justificação pela fé, etc. (JONES, D. M.
Lloyd. Os puritanos. Ibidem, p.130-1).
[45] HEITZENHATER,
Richard P.Ibidem, p.120-1.
[46] HEITZENHATER, Richard. p.120.
[47] Ibidem
[48] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 241.
[49] https://www.eismeaqui.com.br/sem-categoria/john-fletcher-1729-1785
[50] https://hls-dhs-dss.ch/de/articles/029084
[51]
https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[53] https://www.christianity.com/church/church-history/timeline/1701-1800/
[54] https://victorshepherd.ca/john-fletcher-jean-guillaume-de-la-flechere
[56] https://victorshepherd.ca/john-fletcher-jean-guillaume-de-la-flechere
[57]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[58]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[59] Idem.
[60]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[61] https://wikimili.com/en/John_William_Fletcher
[62]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[63]https://chamadoparanacoes.wordpress.com/2015/12/16/a-vida-de-john.
[64] No. XXVI,
Londres, terça-feira, 7 de agosto de 1770, Q. 28. A. 2. Minutos das
Conferências Metodistas 1744-98 [Mason, 1862] 95).
[65]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[68]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[69] BARBIEIRI, Sante
Uberto.Estranha Estirpe de Audazes, Cap. 7 – O Paladino da Divina
Misericórdia. https://arminianismo.wordpress.com/john-fletcher
[70]https://www.catalystresources.org/john-fletcher-the-first-wesley-scholar
[71]https://hls-dhs-dss.ch/de/articles/029084
[72]https://rsc.byu.edu/vol-9-no-3-2008/john-wesley-methodist-foundation-restoration
[73]https://rsc.byu.edu/vol-9-no-3-2008/john-wesley-methodist-foundation-restoration
[74]
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/calvinismo.htm
[75]
https://www.gotquestions.org/Portugues/dupla-predestinacao.html
[76]https://coalizaopeloevangelho.org/article/
predestinacao-e-biblica-bela-e-pratica/
[77] BURTNER, R. -
Chiles, R. Coletânea da Teologia de João Wesley, S. P., Jugec - 1960, p.55.
[78]https:// findbiographies.com/adam-clarke-81.php
[79]
http://www.causewaymethodistchurches.com/home/portrush/history?msclkid=9cfdcb94d13011ec83690912cf8e8a9
[80]
https://www.libraryireland.com/CIL/AdamClarke.php?msclkid=fbcecdbcd12d11ec902a395c73c84b57
[81]
https://causewaymethodistchurches.com/home/portrush/history?msclkid=fc6a67c7d05e11ec978097016571e732
[82]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Adam_Clarke
[83] “A vida de eminentes ministros metodistas : contendo esboços biográficos,
incidentes, anedotas, registros de viagens, reflexões, &c. 1881”, Gorrie, P. Douglass (Peter Douglass),
https://www.abebooks.com/book-search/author/gorrie-douglass/?msclkid=5c6b99dbd16511ecb67f8749da9efd81
[84]
https://www.conservapedia.com/Adam_Clarke?msclkid=32744f8bd06211ecb075bf7bf5b39725
[85]https://holyjoys.org/biographical-adam-clarke/?msclkid=fbce79a3d12d11ecba42d5c8899401ba
[86]https://www.swordsearcher.com/christian-authors/adam-clarke.html?msclkid=fc6a1342d05e11ecb1850153cddca851
[87]
https://causewaymethodistchurches.com/home/portrush/history?msclkid=fc6a67c7d05e11ec978097016571e732
[88] https://www.findbiographies.com/adam-clarke-81.php
[89]https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/7/comentario-biblico-de-adam-clarke/efesios/1/5?msclkid=119bcd32d13611ec8316605abf6bcc3a
[90]https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/7/comentario-biblico-de-adam-clarke/efesios/1/5?msclkid=119bcd32d13611ec8316605abf6bcc3a
[91]https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/7/comentario-biblico-de-adam-clarke/efesios/1/5?msclkid=119bcd32d13611ec8316605abf6bcc3a
[92]https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/7/comentario-biblico-de-adam-clarke/efesios/1/5?msclkid=119bcd32d13611ec8316605abf6bcc3a
[93]https://www.bibliaplus.org/pt/commentaries/7/comentario-biblico-de-adam-clarke/efesios/1/5?msclkid=119bcd32d13611ec8316605abf6bcc3a
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