Em busca do Perfeito Amor

 

As Bandas foram criadas por Wesley com o propósito de buscar o perfeito amor

 

 

Odilon Massolar Chaves

 

 

 


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Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 63

 

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com

 

Tradutor: Google

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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São Paulo.

Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.

Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de Teologia.

É escritor, poeta e youtuber.

Toda glória seja dada ao Senhor

 

 

“À noite encontrei, pela segunda vez, as bandas. Eu os admirava muito: eles são mais abertos do que os de Londres ou Bristol; e acho que aqui está um número maior daqueles que agora são claramente aperfeiçoados no amor, do que agora encontro até mesmo na própria Londres”.

 

(Wesley)

 

 Índice


Introdução

A origem e a influência da Sociedade no metodismo

Classes

Bandas

Bandas supervisionadas por Carlos Wesley

Bandas supervisionadas por João Wesley

Banda Penitente

Aperfeiçoados no amor

A Perfeição Cristã, segundo Wesley

 

 

Introdução

 

“Em busca do Perfeito Amor” é um livro especialmente baseado no diário de João e Carlos Wesley que supervisionaram, ministraram e criaram sociedades, bandas e classes.

Segundo o metodista Kevin Watson não se pode conceber o sucesso do metodismo no século XVIII na Inglaterra apenas com a pregação de campo de Wesley. O impacto teve a ver com o cuidado que ele tomava para organizar as massas em classes e bandas.

Wesley foi o gênio organizador que sempre estava em missões. Era sábio na condução das sociedades, bandas e classes.

Inspirado na experiência morávia, na Alemanha, João Wesley organizou as sociedades metodistas em bandas.

Nos diários dos irmãos Wesley há registros das lutas, dificuldades, mover do Espírito Santo, restaurações e ministrações da Palavra.

João e Carlos Wesley em seus diários revelam o dia-a-dia dos membros das bandas. Vidas que tiveram o propósito de se santificarem e que buscaram nos pequenos grupos wesleyanos uma força e apoio para prosseguirem na caminhada cristã.

O Autor 


A origem e a influência da Sociedade no metodismo 

 

“Em 1742, uma Sociedade em Londres tinha 426 membros, que foram divididos em 65 classes” 

As sociedades religiosas foram iniciadas na Inglaterra por Anthony Horneck (1641-1697). Ele era um clérigo alemão protestante que se mudou para a Inglaterra. “Ele estudou teologia em Heidelberg e chegou à Inglaterra por volta de 1661. Em 1663 foi nomeado membro do Queen's College, Oxford e vigário de All Saints, Oxford, em 1664”.[1] 

Anthony foi um pietista fervoroso, anglicano comprometido, pregador e um reformador.[2] 

“Ele pregou a salvação. Ele evitou disputas sobre coisas não essenciais. Mais significativamente, ele organizou sociedades religiosas de almas despertas a partir de 1678”.[3] 

Sociedade em Oxford. Os metodistas de Oxford descobriram que a única maneira deles manterem vivo o seu zelo e a espiritualidade era se reunir com frequência juntos[4]. 

A sociedade de Oxford teve início no fim do inverno de 1729/30 quando Bob Kirkham começou a se encontrar com João Wesley, Carlos Wesley e Morgam regularmente. 

Organizaram o Clube Santo e foram chamados de metodistas. 

Sociedades na América 

Como missionário, na América, em 1735, João Wesley investiu em criar sociedades com as pessoas mais comprometidas da congregação. O objetivo foi desenvolver a vida espiritual. 

Wesley organizou duas pequenas sociedades procurando seguir o exemplo da sociedade (Clube Santo) de Oxford, Inglaterra. 

Em Frederica. Em 10 de junho de 1736, Wesley começou a ter reuniões similar ao que fazia em Oxford, no Clube Santo. Passava algum tempo com os mais comprometidos cantando, lendo e conversando. 

Em Savannah. Wesley estabeleceu um pequeno grupo com dias fixos em Savannah. 

Diante das dificuldades iniciais, Wesley entendeu que precisava ver novas formas para ser útil ao pequeno rebanho de Savannah. 

No dia 11 de abril de 1735, eles concordaram e formar “uma espécie de pequena sociedade, e reunir-se uma ou duas vezes por semana, a fim de repreender, instruir e exortar uns aos outros. 2. Selecionar destes um número mais reduzido para uma união mais intima uns com os outros, que poderia ser encaminhada, em parte por conversarmos individualmente com cada um e em parte por convidá-los por completo para a nossa casa; e isso, portanto, decidimos fazer todos os domingos à tarde”.[5] 

Sociedade de Fetter-Lane. Na Inglaterra, o líder moraviano Pedro Bohler organizou no dia 1º de maio de 1738 (antes da experiência de Wesley) a Sociedade de Fetter Lane, Londres. 

João Wesley e John Hutton participaram da organização da sociedade.[6] As regras tinham o objetivo de proporcionar saúde espiritual. Quando Bohler foi embora deixou Wesley na liderança da sociedade.  

Sociedade em Londres 

O crescimento das sociedades, bandas e classes foi notável. 

“Em 1742, uma Sociedade em Londres tinha 426 membros, que foram divididos em 65 classes. Dentro de dezoito meses, essa mesma Sociedade tinha 2200 membros, todos os quais eram membros de uma Reunião de Classe!”[7] 

 

As Classes 

 

“Ser metodista significava que você estava envolvido em uma reunião de classe semanal”  

O início

Wesley percebeu que alguns metodistas estavam se esfriando na fé e algo precisava ser feito. “A reunião de classe wesleyana surgiu em Bristol no início de 1742, um pouco por acidente. Wesley estava cada vez mais preocupado com o fato de que muitos metodistas não viviam o evangelho; "vários esfriaram e deram lugar aos pecados que há muito os afligiam facilmente." (Obras, 77-78) Claramente, algum mecanismo para exercer a disciplina era necessário (...).[8]

Para atender uma dívida

Para atender à dívida da casa de pregação em Bristol, a sociedade de lá (agora com mais de 1.100) foi dividida em ‘classes’ de uma dúzia cada. Os líderes foram nomeados para garantir contribuições semanais para a dívida, e Wesley, sendo Wesley, pediu aos líderes que também ‘fizessem uma investigação particular sobre o comportamento daqueles que ele via semanalmente’. (Obras, 9:261) Isso proporcionou a oportunidade de exercer disciplina”.[9]

Tudo começou na segunda-feira, 15 de fevereiro de 1742. Wesley escreveu em seu diário: “Muitos se reuniram para consultar sobre um método adequado para quitar a dívida pública; foi finalmente acordado 1) que cada membro da sociedade, que fosse capaz, deveria contribuir com um centavo por semana; 2) que toda a sociedade deve ser dividida em pequenas companhias ou classes – cerca de doze em cada classe; e 3) que uma pessoa em cada classe deve receber a contribuição do resto e trazê-la para os mordomos semanalmente”.[10]

Mais tarde, o método foi usado em Londres e em todos os outros lugares.

Estabelecendo as classes em Londres

Na quinta-feira, dia 25 de março de 1742, Wesley decidiu estabelecer as classes em Londres, depois de muita conversa: “Designei vários homens sérios e sensatos para me encontrar, a quem mostrei a grande dificuldade que há muito encontrava em conhecer as pessoas que desejavam estar sob meus cuidados. Depois de muita conversa, todos concordaram que não havia melhor maneira de chegar a um conhecimento seguro e completo de cada pessoa do que os dividir em classes, como as de Bristol, sob a inspeção daqueles em quem eu mais podia confiar. Esta foi a origem de nossas classes em Londres, pelas quais nunca poderei louvar suficientemente a Deus; a utilidade indescritível da instituição desde então tem sido cada vez mais manifesta”.[11]

Uma ferramenta crucial

Logo a reunião de classe metodista se “transformou em muito mais do que uma campanha capital. Tornou-se uma ferramenta crucial para capacitar os metodistas a "vigiar uns sobre os outros em amor", para apoiar e encorajar uns aos outros em suas vidas com Deus. De fato, John Wesley achava que a supervisão e o apoio que a reunião de classe fornecia eram tão importantes que se tornaram um requisito para a adesão a uma sociedade metodista. Ser metodista significava que você estava envolvido em uma reunião de classe semanal”.[12]

Classe, um modelo para fazer discípulos 

As sociedades organizadas no metodismo dividiam os membros em classes, que eram agrupadas geograficamente e continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta de 1742, a Sociedade de Londres tinha mais de mil membros. 

“Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação” 

Wesley orientou como as pessoas deveriam se agrupar: “Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12 pessoas em cada classe sendo uma delas indicada para ser o líder.” [13]  

Um dos propósitos das classes era a busca da salvação.   

 

Bandas 

 

"A classe era a unidade disciplinar da sociedade" e era ‘a pedra angular de todo o edifício metodista’, enquanto a banda era a unidade confessional”.14]  

Uma função central da banda era o que Wesley chamou de "conversa próxima".[15] 

Band foi um modelo para tornar os discípulos perfeitos. Foi o local ideal para se buscar a santidade do coração.[16] 

Os bands eram pequenas companhias criadas para levar os metodistas ao perfeito amor. 

Os bands foram importantes no processo de formação da organização metodista.[17] 

“Além das reuniões da Sociedade e da Classe, bandas de cerca de cinco pessoas do mesmo sexo e estado civil se reuniram para confessar pecados e lutas específicas uns aos outros. Estima-se que cerca de 1 em cada 4 metodistas participavam regularmente de uma banda”.[18] 

As principais atividades dos bands “eram a confissão e a oração; o alvo deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o modelo morávio; havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).”[19] 

As bandas eram grupos comprometidos um com o outro e para a vida santa. Eles se reuniam para ajudar uns aos outros no caminho da perfeição cristã. Estes eram grupos "mais profundos da vida" e apenas cerca de um terço da típica sociedade metodista entrou, ou foi convidado a integrar os bands de onde eles compartilharam suas jornadas espirituais "sem reservas e sem disfarce." 

John Wesley chamou isso de "conversa íntima". Ele sentia que o metodismo foi mais próximo do ideal do Novo Testamento nas reuniões de bands.[20] 

Wesley escreveu cinco questões iniciais a serem utilizadas em cada reunião de bands:

1. Que pecados conhecidos você cometeu desde nosso último encontro?

2.Que tentações você sofreu? 

3. Como você cedeu a tentação? 

4. O que você pensou, disse ou fez, do que você dúvida se é pecado ou não?

5. Não tem nada que você deseja manter em segredo?[21] 

Propósito e crescimento dos pequenos grupos 

Para Wesley a disciplina era fundamental nos pequenos grupos. Para ele, “a alma e o corpo fazem um homem, o espírito e a disciplina fazem um cristão”[22]. 

Veja um exemplo do propósito dos pequenos grupos em “Regras de Wesley para a Band-Sociedades” elaborado 25 de dezembro de 1738. 

O desígnio do nosso encontro é para obedecer a essa ordem de Deus, "Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados...”

Para este fim, havia o seguinte propósito:

1. Para se reunir uma vez por semana, pelo menos.

2. Para chegar pontualmente na hora marcada, sem alguma razão extraordinária.

3. Para começar exatamente na hora, com canto ou oração.

4. Para cada um de nós falar em ordem, livre e claramente, o verdadeiro estado das nossas almas, com as falhas que cometemos em pensamento, palavra ou ação, e as tentações que nós sentimos, desde nosso último encontro.

5. Para terminar cada reunião com uma oração, adequada para o estado de cada pessoa presente.

6.Designar uma pessoa entre nós para falar do seu próprio estado em primeiro lugar, e depois pedir ao restante, em ordem, para falar sobre questões relativas ao seu estado, pecados e tentações.[23] 

Um exemplo desse propósito pode ser visto em 1746, numa sociedade em Londres. 

“Em 1742, em uma sociedade em Londres havia 426 membros, divididos em 65 classes. Dezoito meses mais tarde essa mesma sociedade tinha 2200 membros, os quais estavam em classes. Toda semana cada aluno era esperado para falar abertamente e honestamente sobre o verdadeiro estado de sua alma.”[24] 

Quais eram as marcas principais das bandas? 

“A franqueza e a transparência foram consideradas mais fortes na banda. No que diz respeito ao desenvolvimento teológico, na aula um estava em busca de se convencer de que era realmente e um filho de Deus. Na banda, era preciso tomar consciência da possibilidade da perfeição cristã e aprender as disciplinas teológicas de sua busca”.[25]  

 

Bandas supervisionadas por Carlos Wesley 

 

“Eu estava muito revigorado em espírito entre as bandas femininas. Elas descansam, andam no consolo do Espírito Santo e são edificadas” 

 

Carlos Wesley foi intensamente dedicado na supervisão, ministração e organização das bandas. Visitava constantemente os membros. 

No seu diário encontramos diversos desses momentos: 

No Bray's encontrei as bandas 

No domingo, dia 15 de outubro de 1738, “ouvi Hutchins em São Lourenço: tinha muito conforto e derretimento na oração depois do sacramento. Eu preguei a única coisa necessária em Islington, e acrescentei muito extemporâneo; cantou no Mr. Stonehouse's: o Sims's estava excessivamente lotado à noite; falava com muita ousadia e cordialidade”. [26] 

Depois, Carlos Escreveu: “No Bray's encontrei as bandas se reunindo”, disse Carlos. “O Sr. Stonehouse estava lá, em um espírito muito infantil. Fui movido a orar por ele fervorosamente e de acordo com Deus. Pedi particularmente que alguém pudesse então receber a expiação. Enquanto eles estavam indo, E---- vieram; queixava-se da dor e do fardo do pecado, que o feria. Eu o levei de lado com Hutchins. Ele recebeu fé em resposta imediata à nossa oração; professou-o; cheio de paz, alegria e amor. Expressei um forte desejo de orar pelo Sr. Stonehouse. Orei novamente com veemência e lágrimas. Bray foi muito afetado; assim foram Tiago e todo o resto: mas nenhuma resposta. O Sr. Stonehouse disse que a bênção foi retida dele para aumentar nossa importunação”.[27]

Oração entre bandas 

No domingo, dia 4 de março de 1739, “li orações, preguei e administrei o sacramento em Santa Catarina; em Islington, de John ill.; depois exposto com muita vida no Mr. Sims's; e, por último, na casa do Sr. Bell. Concluí o trabalho do dia com a oração entre as bandas”, disse Carlos.[28] 

As bandas se reuniram 

Na sexta-feira, 31 de agosto de 1739, “entrei em meu ministério no salão de Weaver e comecei a expor Isaías, com muita liberdade e poder. Eles foram derretidos em lágrimas ao redor”, [29] disse Carlos. 

“Então, novamente em um, quando as bandas se reuniram para manter o jejum da igreja. Éramos todos de um só coração e de uma só mente. Fui muito empenhado em pleitear as promessas; esqueceu-se da contradição com que entristeceram o meu espírito em Londres; caiu de uma só vez na mais estrita intimidade com essas almas deliciosas; e não podia tolerar dizer: ‘É bom para mim”, disse Carlos.[30] 

Bandas na casa 

Na segunda-feira, dia 5 de novembro de 1739. “Conheci algumas das bandas na casa da nossa irmã Linford”, [31] escreveu Carlos. Com isso, Carlos disse que conheceu algumas pessoas da banda na casa da irmã Linford. 

“Bênção maior” 

“Na oração recebia perdão. Tivemos uma bênção maior no Salão do que nunca”, [32] disse Carlos. “Resumi tudo o que havia dito, seja aos publicanos ou fariseus, ao conforto ou desconforto de cada um dos presentes”. [33] 

Depois, Carlos passou “o tempo da conferência com os candidatos ao batismo. Todos parecem preparados para essa santa ordenança”. [34] 

Banda de S. Soan 

Na quinta-feira, 1º de maio de 1740, Carlos conheceu “a banda de S. Soan, cheia de amor e ansiosa pela aparição do Senhor. Conversei com mais, que ultimamente foram justificados. Visitei um homem doente, acabado de sair do poço pelo sangue da aliança”, disse.[35]

 Levei Howel Harris para as bandas 

No dia 4 de maio de 1740, depois do sermão, fui abordado por Howel Harris, a quem Deus enviou em meu auxílio (...). 

Depois, Carlos disse: “Eu levei Howel Harris para as bandas. Ele falou com simplicidade a respeito dos artifícios de Satanás e repetiu as mesmas palavras que o tentador tantas vezes nos falou pela boca de nossos irmãos ainda. Todos os seus argumentos que tocavam "falsa alegria, espíritos animais, presunção", &., tinham sido julgados por nosso irmão, para fazê-lo soltar seu escudo”.[36] 

Conhecemos as bandas às cinco 

Na segunda-feira, dia 5 de maio de 1740, Carlos levou Howel Harris  à “S. Anderson, a quem ele falou em palavras que a sabedoria do homem não ensina. O Espírito de amor e súplica foi derramado. Havia como em todos nós uma alma. 

Conhecemos as bandas às cinco. Dou-lhes testemunho de que o seu amor abunda cada vez mais no conhecimento e em todo o juízo (...)”, disse Carlos.[37] 

Bandas de alambiques 

“Howel Harris, que eu levei para as bandas de alambiques, deu um testemunho completo e nobre, de que 1ele tinha sido atraído para o sacramento enquanto estava morto em pecado, e recebeu perdão lá; depois, o amor de Deus foi derramado em seu coração pelo Espírito Santo, e depois lhe foi dado. Daí começou a luta da fé. Medos, dúvidas, trevas retornaram; e ele foi trazido através do fogo e da água para um lugar rico", disse Carlos.[38] 

Mulheres lideres 

No domingo, dia 11 de maio de 1740, “conheci as mulheres Líderes pela primeira vez; e, depois de uma oração viva, levou-os à mesa do Senhor em São Paulo”, disse Carlos.[39] 

Encontro na quinta-feira e no domingo 

Na terça-feira, dia 13 de maio de 1740, Carlos escreveu: “Conheci os homens Líderes em Bray's, e fiquei surpreso ao encontrar mais de vinte dos irmãos ainda lá; e mais, para ouvir que eles se encontram constantemente na quinta-feira e no domingo, enquanto eu prego na Fundação”, disse Carlos.[40] 

Bandas femininas 

No domingo, dia 1º de junho de 1740, “eu estava muito revigorado em espírito entre as bandas femininas. Elas descansam, andam no consolo do Espírito Santo e são edificadas”, disse Carlos.[41] 

Modelar novas bandas 

Na quarta-feira, 11 de junho de 1740, Carlos fala de um propósito e João Wesley: “meu irmão propôs modelar as bandas e estabelecer por si mesmos aqueles poucos que ainda eram a favor das ordenanças(...). Benjamin Ingham nos secundou; e obteve que os nomes deveriam ser chamados, e tantos quantos foram prejudicados colocados em novas bandas”, disse Carlos [42] 

Lendo diário para as bandas 

Na terça-feira, dia 24 de junho de 1740, “eu preguei a Cristo, o caminho, a verdade e a vida, para mil criancinhas em Kingswood. Na sala prossegui em São João. Estavam presentes alguns que se imaginavam eleitos e, portanto, afundam de volta em seus velhos temperamentos. Sem me intrometer na disputa, eu os repreendi bruscamente, mas com muito amor. Li o meu diário para as bandas, como um antídoto para a quietude”, disse Carlos.[43] 

Bandas em Kingswood 

No sábado, dia 28 de junho de 1740, “conheci as bandas em Kingswood e repreendi Hannah Barrow diante de todas elas. Ela não estaria convencida de seu orgulho; mas tinha certeza de que ela tinha o testemunho do Espírito, e o selo, e o que não. Eu tremo de pensar qual será o fim”, escreveu Carlos.[44] 

Repreendendo nas Bandas 

Carlos escreveu na quarta-feira, 23 de julho de 1740: “nas bandas, repreendi uma que estava adormecida novamente, e ainda horrivelmente confiante de que ela estava em um bom caminho, e deveria ir para o céu se ela morresse naquele momento. Tentei as armas de nossa guerra em suas fortalezas e as derrubei, para a convicção de todos, menos de si mesma. Finalmente, ela se enfureceu e rasgou como uma mulher louca; esta filha de Deus, com a sua plena certeza de fé! Mostrei ao resto, através dela, o engano do coração e o poder ofuscante de Satanás”, disse Carlos. [45] 

Bandas femininas 

Na quarta-feira, 6 de agosto de 1740, disse Carlos: “com grande peso, falei com as bandas femininas, como se estivesse me despedindo: cantei o hino (...)”. [46]

Franqueza nas bandas 

Na quarta-feira, 10 de setembro de 1740, “choveu o dia todo, mas clareou quando fui para as bandas. Algumas palavras eu falei com grande fraqueza; e pareciam não ter falado em vão”, disse Carlos. [47] 

Conhecendo várias das bandas 

Carlos registrou em seu diário na quinta-feira, 23 de outubro de 1740, que conheceu várias pessoas pertencentes à reunião da banda: “conheci várias das bandas na casa de nossa falecida irmã Purnell, e solenemente me regozijei com ela, cantando. Caminhei com o funeral até a igreja; em seguida, apressou-se de volta para a sala, onde jazia o cadáver de Margarida. Seu espírito foi, com o do outro, devolvido a Deus. Um poder maravilhoso acompanhou a palavra pregada, 1 Cot. xv. Oh, que triunfo encontramos na casa do luto! Muitos estranhos estavam convencidos. A Sociedade a acompanhou até o túmulo e louvou a Deus com lábios alegres por sua tradução”, disse Carlos.[48] 

Advertindo as bandas 

Carlos escreveu, no domingo, dia 28 de dezembro de 1740: “adverti sinceramente as bandas a não imaginarem que tinham novos corações antes de terem visto o engano do velho; não pensar que jamais estariam acima da necessidade de orar; não ceder por um momento ao espírito de julgar”.[49] 

Espírito de oração entre a bandas 

Na quarta-feira, 31 de dezembro de 1741, “encontrei o Espírito de oração entre as bandas em Londres e exortei-as fortemente à humildade”, disse Carlos.[50] 

Sacramento nas Bandas de Kingswood 

“Dei o sacramento às bandas de Kingswood, não de Bristol, em obediência, como lhes disse, à Igreja da Inglaterra, que exige um sacramento semanal em cada catedral”, explicou Carlos. “Mas, como eles não a tinham lá, e neste domingo em particular a foram recusados no Templo-igreja, (eu mesmo, com muitos deles, tendo sido repelido), portanto, eu a administrei a eles em nossa escola; e, se quiséssemos uma casa, justificaríamos fazê-lo no meio da floresta. Exortei fortemente o dever de recebê-la sempre que pudessem ser admitidos nas igrejas”, disse Carlos Wesley.[51] 

O amor de Cristo nas bandas 

Na segunda-feira, dia 13 de abril de 1741, “enquanto eu estava em grande amor, alertando as bandas, o Espírito do poder desceu, a fonte foi aberta, minha boca e coração ampliados, e eu falei palavras que não posso repetir”, disse Carlos. ‘Muitos afundaram sob o amor de Cristo crucificado, e foram constrangidos a irromper: ‘Cristo morreu por todos’. Alguns confessaram, com lágrimas de alegria, que iriam nos deixar, mas agora podiam morrer pela verdade da doutrina”, [52] escreveu Carlos em seu diário. 

Visitando banda 

Em maio de 1741, Carlos escreveu afirmando que conheceu algumas pessoas da banda: “Conheci as bandas em Kingswood. Um, que, temendo a Deus e desconfiando de si mesmo, ouvira o Sr. W____, assegurou-me que havia pregado a reprovação descarada. O povo fugiu diante do leão que se reprovava”.[53] 

Quinta-feira, 14 de maio de 1741. “Eu preguei em Kendalshire, e visitei uma das bandas de lá, que caminhou pelo vale da sombra da morte, e não temia nenhum mal”,[54] disse Carlos. 

O fogo foi aceso nas bandas 

Carlos registrou no dia 17 de maio de 1741: “o fogo foi aceso enquanto cantávamos: "Testemunha-te que Tu dás a tua luz, para que o mundo, através dele, veja o seu Salvador e creia.", disse Carlos. 

Ele estabeleceu “as bandas em Kingswood. Perto do fim, um terrível senso de Deus caiu sobre nós; e trememos, vendo Aquele que é invisível”,[55] disse. 

Orei por outra das bandas 

Na sexta-feira, 5 de junho de 1741, Carlos disse que  “a palavra da manhã era como uma espada afiada de dois gumes, um discernidor dos pensamentos e intenções do coração. Mary Stretten, a pobre auto-enganadora com quem falei ontem, não podia suportá-lo, mas gritou: ‘Você é um filho do diabo, e sua Sociedade está toda amaldiçoada’. Deixei-a falar, para que se mostrasse; em seguida, advertiu os arrogantes, para que também não caíssem na condenação do diabo (...). Orei por ela com fé; e deixou-a calmamente à espera da salvação de Deus”. [56] 

Carlos orou por outra pessoa das bandas, “que recuperou na doença a confiança que há muito tempo perdia”, disse Carlos. [57] 

Avisando uma das bandas 

Na quarta-feira, 10 de junho de 1741, Carlos avisou uma das bandas que, por sua humildade, “Acabe, havia enganado muitos. Orei a nosso Senhor, se ele aprovasse minha simplicidade de fala, para nos dar uma resposta de paz”. [58] 

E algo maravilhoso aconteceu na banda: “Imediatamente o espírito de súplica irrompeu. Lutamos com Deus por uma bênção sobre nós mesmos, sobre todos os que esperam pela redenção completa, sobre aqueles que blasfemam contra a gloriosa liberdade de seus filhos. O Espírito tornou indizível a intercessão com gemidos. Muitos invocaram a Deus das profundezas; outros se alegraram com alegria indescritível, e plena certeza de que tínhamos as petições que pedimos”, disse Carlos.[59]

Com as bandas de Kingswood 

Na segunda-feira, dia 31 de agosto de 1741, Carlos esteve com as “bandas de Kingswood e regozijei-me com a sua firmeza; nenhum tendo se voltado para a mão direita ou para a esquerda, seja para a quietude ou para a predestinação”, disse. [60] 

Conheci as bandas 

Numa das bandas, Carlos leu “uma carta cheia de ameaças para tomar a nossa casa pela violência. Imediatamente o poder desceu, e nós rimos de todos os nossos inimigos para desprezar. A fé viu a montanha cheia de cavaleiros e carros de fogo (...)"[61] disse Carlos. 

Banda de Susanna Designe 

No sábado, 8 de janeiro de 1743, Carlos registra uma banda dirigida por uma mulher:  “falei com alguém que acha que já alcançou. Eu acho que não. O evento vai mostrar”, [62] disse Carlos. 

“Conheci a banda de Susanna Designe, com os três Quakers, e uma extraordinária presença de Deus entre eles”, [63]disse Carlos. 

No domingo, 9 de janeiro de 1743, houve um “banquete de amor em Kingswood. Assim que nos encontramos, o Espírito de oração desceu sobre nós e ficamos cheios de conforto”,[64] escreveu Carlos. 

Bandas de Bristol 

Carlos Wesley escreveu em seu diário no dia 5 de agosto de 1747, numa quarta-feira, que conheceu pessoas pertencentes à banda: “conheci as bandas em Bristol; e o poder de Deus irrompeu sobre nós maravilhosamente”.[65] 

Muita vida na Banda seleta 

Na segunda-feira, 19 de junho de 1749, “encontrei muita vida na banda seleta, disse Carlos Wesley. “J. Jones foi realizado em fervorosa oração por meu parceiro e por mim. Levei-a até o capitão James, onde a Srta. Burdock ajudou a aumentar nossa alegria no Senhor”, [66] disse Carlos. 

A banda seleta foi um pequeno grupo de metodistas. Só os mais fiéis e dedicados eram convidados por Wesley. Qualquer tópico ou preocupação da equipe de liderança poderia ser discutido. 

Segunda bênção entre as bandas 

No domingo, dia 23 de abril de 1749, “o Dr. Middleton suou, sangrou e me vomitou. No entanto, na segunda-feira, tentei pregar; mas meu corpo falhou”, disse Carlos. E na quarta-feira, 26 de abril, Carlos escreveu sobre a experiência com uma segunda benção: “recebi forças para exortar meus ouvintes a virem com ousadia ao trono da graça. A palavra foi rápida e poderosa. Tive uma segunda bênção entre as bandas”,[67] disse. 

 

Bandas supervisionadas por Wesley 

 

“A sociedade dos mineiros aqui pode ser um padrão para todas as sociedades da Inglaterra. Ninguém perde sua banda ou classe; eles não têm jarra de nenhum tipo entre eles, mas com um só coração e uma só mente ‘provocam-se uns aos outros ao amor e às boas obras". 

Mas Deus olhou para isso 

“Por uma estranha cadeia de providências”  

No domingo, 29 de maio de 1743, Wesley começou a “oficiar na capela da West Street, perto do Seven Dial, do qual (por uma estranha cadeia de providências) temos um contrato de arrendamento por vários anos. Eu preguei sobre o evangelho para o dia, parte do terceiro capítulo de São João; e depois administrei a Ceia do Senhor a algumas centenas de comungantes”, [68] disse Wesley. 

“E depois deles, as bandas” 

“Fiquei com um pouco de medo no início de que minha força não fosse suficiente para o negócio do dia, quando um serviço de cinco horas (pois durou de dez a três) foi adicionado ao meu emprego habitual”, disse Wesley. “Mas Deus olhou para isso: então devo pensar; e os que o chamarão de entusiasmo podem. Eu preguei nos Grandes Jardins às cinco para uma imensa congregação sobre "Vós deveis nascer de novo" (João 3:3). Então os líderes se reuniram (que preencheram todo o tempo que eu não estava falando em público); e depois deles, as bandas. Às dez da noite eu estava menos cansado do que às seis da manhã”.[69] 

Ninguém perde sua banda ou classe 

“Provocam-se uns aos outros ao amor e às boas obras" 

Wesley escreveu em seu diário numa segunda-feira, 13 de junho de 1757: “proclamei o amor de Cristo aos pecadores, no mercado de Morpeth. Dali cavalgamos para Placey. A sociedade dos mineiros aqui pode ser um padrão para todas as sociedades da Inglaterra. Ninguém perde sua banda ou classe; eles não têm jarra de nenhum tipo entre eles, mas com um só coração e uma só mente "provocam-se uns aos outros ao amor e às boas obras". Depois de pregar, encontrei a sociedade em uma sala tão quente quanto qualquer outra na Geórgia; isso, com o calor escaldante do sol quando cavalgamos, exauriu minhas forças. Mas depois que chegamos a Newcastle, logo me recuperei e preguei com tanta facilidade quanto pela manhã”.[70] 

Como de costume 

“Um fogo se acendeu e correu, como chama entre o restolho, através dos corações de quase todos os que ouviram” 

Nas bandas, os participantes tinham a oportunidade de compartilhas suas lutas, fraquezas e vitórias. 

Em Londres, na sexta-feira, 30 de fevereiro de 1761, “depois de pregar na Fundição à noite, encontrei as Bandas como de costume”, disse Wesley. “Enquanto uma pobre mulher estava falando algumas palavras ingênuas da plenitude de seu coração, um fogo se acendeu e correu, como chama entre o restolho, através dos corações de quase todos os que ouviram: Então, quando Deus se agrada de trabalhar, é não importa quão fraco ou mesquinho seja o instrumento”.[71]

Sem Bandas, sem coração e frio 

Em abril de 1769, Wesley compartilhou da imensa dificuldade na viagem na Irlanda: “Pegamos a nova estrada para Dungiven. Mas foi um trabalho árduo. Quase naufragamos, avançamos, trilhando a consistência bruta. Levamos cerca de cinco horas percorrendo quatorze milhas, parte a cavalo, parte a pé”, [72] disse. 

“Em nenhum outro lugar da Irlanda, os mais capazes de nossos pregadores se esforçaram tanto. E para quão pouco propósito!” 

“Tivemos, como sempre, casa cheia em Londonderry à noite e novamente às oito da manhã de domingo. À tarde, tivemos uma congregação brilhante”, disse Wesley. “Mas tal visão não me dá grande prazer; pois tenho muito pouca esperança de fazê-los bem: somente ‘com Deus todas as coisas são possíveis’. Tanto esta noite quanto a seguinte, falei de maneira extremamente clara aos membros da sociedade. Em nenhum outro lugar da Irlanda, os mais capazes de nossos pregadores se esforçaram tanto. E para quão pouco propósito! Bandas não têm: Quarenta e quatro pessoas na sociedade. A maior parte destes sem coração e frio. O público em geral morto como pedras. No entanto, devemos entregar nossa mensagem; e deixe nosso Senhor fazer o que lhe parecer bom”.[73]

Banda experimental com meninos 

“Até que cerca de trinta estavam ajoelhados e orando ao mesmo tempo” 

No início de setembro de 1773, Wesley colocou alguns meninos em uma banda experimental. Numa reunião, Wesley orou, e depois James Whitestone. Alguns meninos entraram na Sociedade e foram tocadas pelo amor de Deus e, logo depois, outras entraram também. 

Gritos 

“Foram aceitos no Amado” 

 “Imediatamente um e outro gritaram; o que trouxe os outros meninos, que pareciam cada vez mais impressionados, até que cerca de trinta estavam ajoelhados e orando ao mesmo tempo. Antes das nove e meia, dez deles souberam que foram aceitos no Amado. Vários outros foram trazidos para o parto; e todas as crianças, exceto três ou quatro, foram mais ou menos afetadas”, disse Wesley. [74] 

“Dezoito dos filhos daquela época se reuniram em três Bandas, além de doze que se conheceram em Banda experimental” 

No domingo, dia 5 de setembro de 1773, “eu examinei dezesseis deles que desejavam participar da Ceia do Senhor”, disse Wesley. “Nove ou dez tinham um claro senso do amor perdoador de Deus. Os outros estavam totalmente determinados a nunca descansar até que pudessem testemunhar a mesma confissão. Dezoito dos filhos daquela época se reuniram em três Bandas, além de doze que se conheceram em Banda experimental. Estes eram notáveis por seu amor um pelo outro, bem como por sua seriedade constante. Eles se encontravam todos os dias; ao lado do qual, todas as crianças se encontravam em sala de classe. Aqueles que encontraram a paz foram James Whitestone, Alex ander Mather, Matthew Lowes, William Snowdon, John Keil, Charles Farr, John Hamilton, Benjamin Harris e Edward Keil”.[75]

Rebanho animado 

Na quinta-feira, dia 17 de novembro de 1774,  “por volta do meio-dia, preguei em Lowestoft, onde o pequeno rebanho é notavelmente animado. A congregação noturna em Yarmouth estava toda atenta; e verdadeiramente o poder de Deus estava presente para curá-los”, [76] disse Wesley.

Onde fica Lowestoft? 

Atualmente, “Lowestoft é a cidade mais oriental da Grã-Bretanha nas Ilhas Britânicas e localizada em Suffolk. A cidade é famosa há muito tempo por suas praias e tem muito a oferecer aos visitantes e à comunidade”.[77] 

No passado, Lowestoft foi um pequeno porto de pesca. 

Negligência 

“Nunca uma sociedade pobre foi tão negligenciada como esta no ano passado” 

Em 17 de novembro de 1774 ainda, “à noite, voltei para Norwich”, disse Wesley. “Nunca uma sociedade pobre foi tão negligenciada como esta no ano passado. A pregação matinal havia terminado; as bandas sofreram para cair em pedaços; e nenhum cuidado com as aulas, de modo que, quer se encontrassem ou não, era tudo um; ir à igreja e ao sacramento foram esquecidos; e as pessoas divagavam para lá e para cá conforme queriam. 

Restaurando as bandas e classes 

“Na noite de sexta-feira, encontrei a sociedade e disse-lhes claramente que estava decidido a ter uma sociedade regular ou nenhuma”, disse Wesley. “Então li as Regras e desejei que cada um considerasse se estava disposto a seguir essas Regras ou não. Aqueles em particular, de encontrar suas classes todas as semanas, a menos que impedidos por distância ou doença (as únicas razões para não assistir que eu poderia permitir) e ser constante na igreja e no sacramento. Eu desejava que aqueles que estavam tão preocupados em me encontrar na noite seguinte, e o resto ficasse longe. Na noite seguinte, tivemos a maior parte; sobre quem eu fortemente impus a mesma coisa”, disse Wesley.[78] 

Reunião confortável com as bandas 

Na segunda-feira, dia 13 de setembro de 1786, “retirei-me, por alguns dias, para Highbury-Place, para poder continuar meu trabalho sem interrupção”, disse Wesley. 

“Apenas um inconveniente” 

“Voltei para a cidade na quinta-feira, 16; e depois de pregar sobre 1 Timóteo 6:20, teve uma reunião confortável com as bandas. Sua timidez desapareceu; e temos apenas um inconveniente - não temos tempo para ouvir todos aqueles que estão dispostos a falar”, disse Wesley.[79]

Deixaram de conhecer seus bandos 

“Esforcei-me para despertar aqueles que estavam se acomodando” 

Na quarta-feira, dia 16 de setembro de 1786, “a congregação às cinco encheu a casa quase tão bem quanto à noite. Encontrando uma morte notável, perguntei quais eram as razões disso; e descobri, 1. Houve, por vários meses, um profundo desentendimento entre os Pregadores e o chefe da sociedade. Portanto, por um lado, os Pregadores tinham pouca vida ou espírito para pregar; e, por outro, a congregação diminuiu. 2. Muitos deixaram de conhecer seus bandos, e muitos outros raramente frequentavam suas classes. 3. As reuniões de oração foram totalmente abandonadas. Que maravilha se todas as pessoas estivessem mortas como pedras? À noite, esforcei-me para despertar aqueles que estavam se acomodando em suas fezes, aplicando fortemente aquelas palavras solenes: “O primeiro será o último e o último o primeiro; porque muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”.[80] 

Vivacidade e simplicidade das bandas 

Depois, Wesley disse: “Preguei de manhã e à tarde. À noite, conheci as bandas e admirei sua vivacidade e simplicidade. Depois de pregar na manhã de terça-feira, retirei-me novamente para Bruton”. [81] 

Sem mordomos, sem bandas 

Em 22 de julho de 1788, Wesley foi “para Pembroke. Aqui, da mesma forma, não uma coisa, mas tudo, foi negligenciado. Sem mordomos, sem bandas, metade dos lugares de pregação caiu; todas as pessoas frias, sem coração, mortas! Falei seriamente à noite; e a palavra era como fogo. Certamente, alguns frutos virão!”.[82], disse Wesley. 

Pembroke é uma cidade no País de Gales com uma pequena população. Seu nome tem sido interpretado por alguns como “fim da terra”. Uma cidade com castelo, rio e muralhas medievais.[83] 

John Wesley pregou pela primeira vez no País de Gales em Devauden, perto de Chepstow, em 15 de outubro de 1739.

 “Em 1770 havia três circuitos galeses: Pembroke, Glamorgan e Brecon”.[84] Os circuitos galeses eram metodistas. 

 

Banda Penitente 

 

Wesley percebeu a necessidade de criar a banda penitente também. Sempre alguns que se afastavam depois desejavam voltar. Era preciso criar um grupo especial.

 

Eles se reuniam no “sábado à noite para se manter longe da tentação e confessar seus pecados. Sábado foi o dia em que o fundador do metodismo, John Wesley, fez com que bandas penitentes se encontrassem, porque aquele era o dia ‘a noite da maior tentação para muitos’, já que os bares experimentavam muito tráfego.[85]

 

As reuniões da banda penitente "eram muito formais, e os hinos, orações e ensinamentos foram projetados para se aplicarem aos tipos de problemas que os membros estavam enfrentando’.  Os membros de bandos penitentes frequentemente incluíam aqueles que continuamente recuavam das expectativas de suas reuniões de classe. Como tal, quatro perguntas são feitas durante os cultos dos bandos penitentes metodistas:[86]

Que pecados conhecidos você cometeu desde a última reunião?

Com que tentações você já se deparou?

Como você foi entregue?

O que você pensou, disse ou fez que pode ou não ser pecado? [87] 

Essa banda de desviados foi projetada especialmente para pessoas sinceras que, por alguma razão, foram envolvidas com algum pecado. 

Elas queriam fazer o bem, mas não tinham encontrado a força e a disciplina para abandonarem completamente seus pecados e permanecerem no caminho para a perfeição. Esse band se reunia nas noites de sábado.[88] 

E foi exatamente no sábado, 20 de dezembro de 1760, que Wesley relatou sobre uma visita a uma banda penitente:

“À noite, corri de volta de Snowsfields para encontrar os penitentes (uma congregação que desejo sempre conhecer pessoalmente) e voltei para lá às cinco da manhã. Bendito seja Deus, não tenho motivo ou pretensão de me poupar ainda”. [89] 

 

Aperfeiçoados no amor 

 

“E acho que aqui está um número maior daqueles que agora são claramente aperfeiçoados no amor” 

Três dias antes, Wesley esteve em Dublin, Irlanda. Depois relatou suas atividades dos dias 7 e 8 e escreveu no seu diário na quinta-feira, dia 9 de abril de 1789: “À noite encontrei, pela segunda vez, as bandas. Eu os admirava muito: eles são mais abertos do que os de Londres ou Bristol; e acho que aqui está um número maior daqueles que agora são claramente aperfeiçoados no amor, do que agora encontro até mesmo na própria Londres”.[90] 

Obra de Deus em Dublin foi mais notável 

“Em alguns aspectos, a obra de Deus em Dublin foi mais notável do que em Londres” 

Quase trinta anos atrás, Wesley já tinha admiração pela sociedade metodista em Dublin. Na segunda-feira, dia 26 de junho de 1761, ele comparou Dublin com Londres: “Em alguns aspectos, a obra de Deus em Dublin foi mais notável do que em Londres. 1) É bem maior, proporcional ao tempo e ao número de pessoas. Essa sociedade tinha mais de setecentos e duzentos membros; esta não é uma quinta parte do número. Seis meses depois que a chama irrompeu ali, tivemos cerca de trinta testemunhas da grande salvação. Em Dublin foram cerca de quarenta em menos de quatro meses” [91], disse Wesley. 

“Ninguém que sonhasse em ser imortal ou infalível ou incapaz de tentação” 

O segundo motivo colocado por Wesley foi: “O trabalho era mais puro. Em todo esse tempo, embora fossem tratados com brandura e ternura, nenhum deles era obstinado ou desaconselhável; nenhum que fosse mais sábio do que seus professores; ninguém que sonhasse em ser imortal ou infalível ou incapaz de tentação: em suma, nenhuma pessoa caprichosa ou entusiástica; todos estavam calmos e sóbrios”[92], disse Wesley. 

Marcas de um processo para alcançar o perfeito amor. 

Enchendo novamente de seu amor  

O propósito das Bandas era alcançar o perfeito amor. Logo no início, Wesley descreveu experiencias com o amor de Deus nas reuniões da banda. 

“O poder de Deus estava de uma maneira incomum presente na reunião das bandas à noite” 

Em Kingswood, na quarta-feira, dia 31 de outubro de 1739, Wesley escreveu: “Impus fortemente àqueles que imaginam que creem, e não acreditam, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também diz que sem obras está morto. O poder de Deus estava de uma maneira incomum presente na reunião das bandas à noite. Seis ou sete estavam profundamente convencidos de sua infidelidade a Deus, e dois se encheram novamente de seu amor”. [93]  

 

A Perfeição Cristã, segundo Wesley 

 

“Desde essa mudança, eles desfrutam do amor perfeito; eles sentem isso, e somente isso; eles 'regozijam-se sempre, oram sem cessar e em tudo dão graças” 

Em 1764, após uma revisão de todo o assunto, Wesley escreveu a soma do que havia observado nas seguintes proposições curtas.

Ele disse:

"(1.) Existe algo chamado perfeição; pois é repetidamente mencionado nas Escrituras.

“(2.) Não é tão cedo quanto a justificação; pois as pessoas justificadas devem 'prosseguir até a perfeição'. (Hebreus 6:1.)

"(3.) Não é tão tarde quanto a morte; pois São Paulo fala de homens vivos que eram perfeitos. (Filipenses 3:15.)

"(4.) Não é absoluto. A perfeição absoluta não pertence ao homem, nem aos anjos, mas somente a Deus.

"(5.) Isso não torna o homem infalível: ninguém é infalível enquanto permanece no corpo.

“(6.) É sem pecado? Não vale a pena lutar por um termo. É 'salvação do pecado'.

“(7.) É 'amor perfeito'. (1 João 4:18.) Esta é a essência disso; suas propriedades, ou frutos inseparáveis, são regozijar-se cada vez mais, orar sem cessar e dar graças em tudo (1 Tessalonicenses 5:16, etc.)

"(8.) É melhorável. Está tão longe de estar em um ponto indivisível, de ser incapaz de aumentar, que alguém aperfeiçoado no amor pode crescer na graça muito mais rapidamente do que antes.

"(9.) É inadmissível, passível de ser perdido; dos quais temos numerosos casos. Mas não estávamos totalmente convencidos disso, até cinco ou seis anos atrás.

"(10.) É constantemente precedido e seguido por um trabalho gradual.

"(11.) Mas é em si mesmo instantâneo ou não? Ao examinar isso, vamos prosseguir passo a passo.

"Uma mudança instantânea foi operada em alguns crentes: ninguém pode negar isso.

“Desde essa mudança, eles desfrutam do amor perfeito; eles sentem isso, e somente isso; eles 'regozijam-se sempre, oram sem cessar e em tudo dão graças'. Agora, isso é tudo o que quero dizer com perfeição; portanto, essas são testemunhas da perfeição que eu prego”.[94]


 



[1] https://pt.frwiki.wiki/wiki/Anthony_Horneck

[2] https://www.prints-online.com/anthony-horneck-14093440.html

[3] https://www.ebay.com/itm/313628009849 

[4] http://wesley.nnu.edu/?id=92

[5] https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext

[6] Ibidem, p.79.

[7] https://holyjoys.org/history-significance-class-meeting/

[8] https://seedbed.com/how-john-wesley-organized-the-revival/

[9] Idem.

[10] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4

[11] Idem.

[12] https://kevinmwatson.com/ 2010/07/30/the-methodist-class-meeting-for-the-21st-century-the-foundation/

[13] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, ibidem, p.264.

[14] https://core.ac.uk/download/pdf/155819723.pdf, The Making of a Radical Protestant by Howard A. Snyder.

[15]https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/

[16]https://academic.oup.com/book/27734/chapter-abstract/197911662?redirectedFrom=fulltext

[17] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley, Sua vida e obra. Editora Vida, 1997, p.118.

[18]https://www.umc.org/en/content/the-method-of-methodism-expands-societies-and-the-new-room

[19] Existiam diversas sociedades na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube Santo lideravam algumas, mas não necessariamente elas eram consideradas metodistas (HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.103).

[20] http://blogs.nazarene.org/rev4/2011/04/02/the-bands.

[21] Idem.

[22]Obras-de Wesley, vol. 2, pg. 2, pág. 204. 204: www.goforthall.org/articles/jw_dscplshp.html.

[23] http://housechurch.org/miscellaneous/wesley_band-societies.html

[24] http://coregroups.org/threestrandmodel.html

[26] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p.132.

[27] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p.132.

[28] Op.cit, p. 143.

[29]The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 166

[30] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/8.

[31] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 194

[32] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 194

[33] Op, cit, p. 194

[34] Op,cit.

[35]Op.cit, p. 223.

[37] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 225.

[38] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/10

[39] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 228

[40] Op.cit, p. 229

[41] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/10;

The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 240.

[43] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 243

[45] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 245

[46] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/10.

[47] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 248

[48] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/11.

[49] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 264

[50] Op.cit, p. 264

[52] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 267

[53] Op.cit, p. 271

[54] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/12

[55] Idem.

[56] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 279

[57] Idem.

[58] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/12.

[59] The Journal of the rev. Charles Wesley, op.cit, p. 280

[60] https://www.visionofbritain.org.uk/ravellers/C_Wesley/12.

[61] Idem.

[65] https://www.sermonindex.net/modules/articles/index.php?view=article&aid=26154

[67]https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2018/09/Journal-vol-2-1849.pdf; vol 2, p.55

[68] A REVISTA de John Wesley. Com uma Introdução por Hugh Price Hughes, M.A.Apreciação da Revista por Augustine Birrell, K.C.Editado por Percy Livingstone Parker, Chicago Moody press, 1951

[69] A REVISTA de John Wesley. Com uma Introdução por Hugh Price Hughes, M.A.Apreciação da Revista por Augustine Birrell, K.C.Editado por Percy Livingstone Parker, Chicago Moody press, 1951

[70] https://www.ccel.org/w/wesley/journal/cache/journal.pdf

[71] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf 

[72] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by the Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III. AN EXTRACT OF THE REV. M.R. JOHN WESLEY'S JOURNAL. https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf 

[74] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by the Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[75] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by the Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[76] Idem.

[77] https://www.discoverlowestoft.co.uk/information/

[78] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-4-Journal-1773-1790.pdf. T H E W () R. KS OF THE R.E.W. J () HN W E SLEY, A. M. soMETIME FELLOW of LINCOLN college, oxFord. VOLUME IV. WITH THE LAST CORRECTIONS OF THE AUTHOR. LONDON : WESLEYAN CONFERENCE OFFICE, 2, CASTLE STREET, CITY ROAD : AND PATERNOSTER-BOW. 1872. [ENTERED AT STATIONERs' HALL.]

[79] http://media.sabda.org/alkitab-11/V6F-Z/WES_WW04.PDF 

[80] http://media.sabda.org/alkitab-11/V6F-Z/WES_WW04.PDF

[81] Idem. 

[82] http://media.sabda.org/alkitab-11/V6F-Z/WES_WW04.PDF

[83] https://www.britainexpress.com/wales/pembrokeshire/az/pembroke.htm

[84] https://dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=2857

[88] http://blogs.nazarene.org/rev4/2011/04/02/the-penitent-bands.

[89] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf 

[90] http://media.sabda.org/alkitab-11/V6F-Z/WES_WW04.PDF 

[91] https://www.ccel.org/w/wesley/journal/cache/journal.pdf

[92] Idem. 

[93] https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:18?rgn=div1;view=fulltext. UM EXTRTO DO DIÁRIO DO REV. SR. JOHN WESLEY, De 12 de agosto de 1738 a 1º de novembro de 1739.  

[94] https://www.ccel.org/w/wesley/perfection/perfection.html

 

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