As Marcas do Avivamento
Wesleyano
Odilon
Massolar Chaves
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Chaves
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83
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Tradutor:
Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento
metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma
para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor
“Hoje
foi observado como dia de jejum e oração; oramos por avivamento no trabalho do
Senhor. Muitos assistiram ao culto às cinco horas, às nove e às treze, mas em
muito maior número assistiram ao de vigília; desta feita Deus tocou o coração
do povo, e até o coração daqueles que estavam mortos no pecado.”[1]
· Introdução
·
No avivamento wesleyano havia
libertação, novo nascimento e santidade
· No avivamento wesleyano havia
quebrantamento, confissão dos pecados e louvor
·
No avivamento wesleyano a
ênfase era salvar a alma e cuidar do corpo do ser humano
·
No avivamento wesleyano havia
consciência crítica e rejeição ao fanatismo
· O avivamento wesleyano se fundamentou na Bíblia
·
No avivamento wesleyano homens
e mulheres foram capacitados para a obra do Reino de Deus
·
No avivamento wesleyano houve
despertamento para às Missões
·
No avivamento wesleyano foi
constante o amor aos pobres e excluídos
·
O avivamento wesleyano trouxe
crescimento da Igreja
· No avivamento wesleyano havia
distribuição dos dons espirituais para o Corpo de Cristo
·
Foi
constante o derramar do amor de Deus
·
O avivamento wesleyano impactou
e proporcionou mudança na sociedade
·
No avivamento wesleyano havia constante
manifestação do poder de Deus
·
Avivamento e Pentecoste
Introdução
“As Marcas do Avivamento Wesleyano” é
um livro que relata a história, o impacto e as consequências do avivamento
liderado por João Wesley, na Inglaterra, no século XVIII.
O avivamento metodista na Inglaterra é
considerado modelo para às Igrejas hoje. Para historiadores e teólogos, o
metodismo se aproximou muito das práticas e ensinamentos da Igreja Primitiva.
Avivamento, reavivamento e Pentecoste
eram expressões comuns no meio metodista.
O metodismo recebeu a vocação de Deus,
segundo João Wesley, de restaurar a doutrina da santidade. Na busca da
perfeição cristã, os metodistas experimentaram grandemente o poder de Deus.
No
avivamento wesleyano havia libertação, novo nascimento e santidade
“Deus derramou abundantemente seu Espírito sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação (...).”[2]
João Wesley
O avivamento metodista na Inglaterra
proporcionou libertação, transformação e santidade.
O avivamento genuíno pode nos levar a
ter expressões corporais na
liberdade que o Espírito traz, mas deve também moldar o nosso caráter à
semelhança de Jesus, a fim de que tenhamos o amor, a misericórdia e a prática
da justiça no nosso viver diário.
Wesley disse sobre algumas marcas de um
Pentecostes que gera o avivamento, em 1762, dentre elas, libertação do pecado e
santificação: “(...) testificaram que foram libertos de todo pecado. Em
Liverpool, a sociedade passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição.”[3]
Em seu diário, Wesley cita diversas
pessoas que foram justificadas e santificadas. Uma delas, Elizabeth Longmore,
em 1760, descreveu sua experiência quando sua alma se tornou toda amor:
“Desde aquela hora, não tenho sentido meus pensamentos se desviarem de Deus. Tenho cuidado com cada palavra que falo, com cada olhar e cada pensamento. Esquadrinho o coração constantemente, e nada acho ali senão amor.”[4]
Levantar as mãos no louvor e orações, dançar nos momentos de cânticos, balançar o corpo pode acontecer com as pessoas que são visitadas pelo Espírito ou estão tendo grande regozijo espiritual.
Acontece, contudo, mais com as pessoas
extrovertidas do que com as introvertidas. Mas não podemos medir a
espiritualidade das pessoas somente por essas expressões. O avivamento nos leva
a andar em amor e a viver como filhos e filhas da luz.
Para falar das consequências do
derramamento do Espírito, Wesley dizia que as pessoas haviam sido despertadas, justificadas, restauradas,
convertidas, renovadas e santificadas etc.
Há reuniões que não são avivamentos e
sim animação onde têm até manifestações psíquicas, carnais e demoníacas, mas
não tem mudança de caráter e nem a ação plena do Espírito Santo. O verdadeiro
avivamento traz transformação de vidas e santidade.
Wesley
dizia: “O dia de Pentecostes não chegou ainda na sua plenitude; mas não duvido
que venha; e então você verá tantas pessoas santificadas como justificadas.”[5]
Por isso, no Exame dos pregadores, Wesley era exigente nesses pontos. Em 1766, ele perguntou aos pregadores: “Você tem fé em Cristo? Você está indo em direção à perfeição? Você espera ser perfeito em amor nesta vida? Está gemendo angustiado por ela? Você está resolvido a devotar-se inteiramente a Deus e à sua obra?” [6]
Wesley disse sobre o Espírito Santo: “Ele é a grande fonte de santidade para a sua Igreja; o Espírito de quem fluem toda a graça e toda virtude pelas quais as manchas da culpa são lavadas, e somos renovados em todas as disposições santas, e de novo trazemos a imagem de nosso Criador.”[7]
O Pentecostes no movimento metodista
entre os anos de 1758-1963, para Wesley, foi “o aperfeiçoamento dos santos’.
Muitas pessoas em Londres, em Bristol, em York, e em várias partes da
Inglaterra e da Irlanda, experimentaram uma tão profunda e universal mudança
que antes não tinham imaginado entrar em seus corações. Depois de uma profunda
convicção de pecado inato, de sua queda total de Deus, eles foram tão cheios de
fé e amor (e geralmente em um momento), que o pecado desapareceu (...)”.[8]
“Assim que nos recuperamos um
pouco daquele espanto e admiração pela presença de Sua majestade, irrompemos em
uma só voz: 'Louvamos Vós, ó Deus, reconhecemos que és o Senhor.”[9]
O avivamento metodista na
Inglaterra trouxe quebrantamento, confissão e louvor a Deus.
O avivamento metodista na
Inglaterra trouxe quebrantamento, confissão de pecados e humildade. Trouxe
também maior adoração a Deus reconhecendo Sua Majestade e que ele é o Senhor.
Não é sem razão que Carlos Wesley escreveu 9 mil hinos, grande parte falando de santidade, amor de Deus e adoração.
Muitos dos seus hinos se baseavam em versículos bíblicos.[10]
Em muitos hinos, Carlos Wesley descreve o amor vindo de Deus e sendo derramado:
Ó tu, Senhor, que do alto
trouxeste fogo a nossa terra,
derrama em mim teu amor sagrado,
chama que o coração me acenda;
Que permaneça ardentemente,
com brilho eterno, cintilante;
e em canto e oração fervente,
retorne a ti para louvar-te eternamente.[11]
Em uma
reunião, em 9 de fevereiro de 1750, Wesley descreve momentos de louvor e
regozijo perante o Senhor: “(...) a voz de louvor subiu ao trono de Deus, e foi
grande o nosso regozijo perante o Senhor.”[12]
Além do louvor, o
quebrantamento e a confissão são marcas do avivamento metodista.
George Whitefield que
estava na vigília de 31 de dezembro de 1738, em Fetter Lane, quando Deus
manifestou grandemente Seu poder sobre cerca de 60 metodistas, incluindo os
irmãos Wesley, declarou humildemente: “Será que Deus, de fato, habitará com os
homens na terra? Quão terrível é este lugar! Esta não é outra senão a
casa de Deus e a porta do céu!”.[13]
Para Wesley, devemos
esperar humildemente pelo “cumprimento da promessa na obediência
universal; em guardar todos os mandamentos; negando a nós mesmos, e
assumindo a cruz diariamente. Estes são os meios gerais que Deus ordenou
para recebermos a sua graça santificadora. As particularidades são a
oração, buscando as Escrituras, a comunicação e o jejum."[14]
Ele pregou em cima do
túmulo de seu pai, por ter sido impedido de pregar no templo anglicano, em
Epworth: “Neste local, algumas vezes, sua voz era abafada pelo choro e clamor
dos ouvintes e diversos caíram como se estivessem mortos.”[15]
O avivamento metodista
produzia quebrantamento, arrependimento e confissão de pecados.
As células tinham
propósito. Homens e mulheres se reuniam semanalmente à noite para a confissão
mútua de pecados e prestação de contas para crescer em santidade.[16]
Em 1781, Wesley publicou
na Revista Arminiana um texto do metodista Joseph Benson, que disse: “Admitindo
que (eu penso) nem a Razão, nem as Escrituras nos proíbem de aceitar que Deus
pode, e que Ele frequentemente o faz instantaneamente assim batizar uma alma
com o Espírito Santo, e com fogo, de maneira a purificá-la de toda impureza, e
refiná-la como ouro; de maneira a renová-la no amor, no amor puro e perfeito,
como ela nunca fora antes.”[17]
No reavivamento em
Weardale, em 1772, houve justificação movida pelo Espirito Santo. Foi um
avivamento diferente. A diferença foi que "este era um verdadeiro
reavivamento do trabalho, não um começo; o povo foi despertado e justificado em
tempo muito mais curto; um número maior foi convertido; o número de visões e
revelações ´fatalmente fabricadas pelo diabo' foi bem menor; e o grupo de
liderança incluía três pregadores itinerantes que foram ´renovados em amor.”[18]
No avivamento wesleyano a ênfase
era a salvar a alma e cuidar do corpo do ser humano
“Às onze horas, preguei em Winchester, onde se acham quatro mil franceses presos. Fiquei satisfeito em saber que eles têm bastante comida, e são bem tratados.”[19]
João
Wesley
João Wesley disse aos pregadores metodistas: "Vocês não tem nada a fazer, senão salvar almas. Portanto, gastem tempo e sejam gastos nessa obra. Devem ir sempre não apenas ao encontro dos que precisam de vocês, mas principalmente daqueles que mais necessitam de vocês”.[20]
A partir de 1739, Wesley presenciou uma constante ação
do Espírito no meio do povo. Estiveram presentes em suas pregações milhares de
pessoas.
Wesley sabia que era importante a constante vida de
oração, jejum e fé. Em 1761, ele disse: “(...) onde não se encontra o poder de
Deus, o trabalho enfraquece.” [21]
Multidões vinham ouvir as pregações dos metodistas. Em
20 de maio de 1752, Wesley registrou em seu Diário:
“Preguei em Beddick a grande multidão de Coliers (mineiros de carvão), ainda que
chovia durante a pregação.”[22]
Para Wesley: “O mesmo Espírito que conduz o pecador arrependido a Cristo e lhe permite confessar ´Jesus é Senhor´ (1Co 12.3) faz-nos não apenas andar uniformemente como Cristo andou (1Co 11.1) como também ter o mesmo sentimento que nele houve, a saber, o de esvaziar-se a si mesmo e identificar-se com a nossa humanidade, nossa miséria, nosso pecado e nossas contradições, a fim de nos remir (...).”[23]
A vida cristã santificada incluía necessariamente o amor a Deus e ao próximo. Era necessário e comum, portanto, haver expressões de amor, solidariedade e misericórdia.
Milhares se converteram com as
pregações dos metodistas na Inglaterra. A Palavra ministrada alcançava a alma sedenta pelo poder do
Espírito Santo e era transformada, convertida e nascia de novo.
A justificação pela fé, o novo nascimento, a certeza da salvação e a santidade são marcas do metodismo.
O metodismo, portanto, tinha uma
preocupação com o ser humano integral.
Para Wesley, a perfeição humana havia
sido afetada pelo pecado e pelas doenças.
Ele acreditava que “a saúde física e espiritual poderia ser
restaurada. Seu desejo de ver ajuda médica e espiritual acessível aos pobres
é evidente nas palavras de seus hinos:
Doador e Senhor da Vida,
cujo poder
e cuidado guardião para todos são gratuitos
E em outro:
No exterior tua
influência curativa se
derrama, sobre todas as nações a deixam fluir”.[24]
O historiador metodista Richard Heitzenhater afirma:
“Em Oxford, no começo da década de 1730, os metodistas (universitários em sua maioria) haviam coletado dinheiro e outras coisas para os pobres da cidade. À medida que o reavivamento metodista se espalhava pelos subúrbios pobres das cidades inglesas, no começo da década de 1740, as novas sociedades metodistas começaram a ficar cheias de mineiros, criados e muitas outras pessoas da classe trabalhadora que viviam nos limites da miséria, senão em calamidade.”[25]
O genuíno avivamento tem uma mão
estendida aos céus clamando pela graça e poder de Deus, bem como tem a outra
mão estendida aos necessitados, como resultado do amor de Deus em nossos
corações.
Os metodistas exerciam o ministério da
misericórdia “(...) educando as crianças nos albergues, levando alimento aos
necessitados, fornecendo lã e outros materiais com as quais as pessoas pudessem
fazer roupas e outras coisas duráveis para usar e vender.”[26]
Por outro lado, Wesley registrou em seu
diário momentos devocionais, o que eram frequentes entre os metodistas:
“Hoje foi
observado como dia de jejum e oração; oramos por avivamento no trabalho do
Senhor. Muitos assistiram ao culto às cinco horas, às nove e às treze, mas em
muito maior número assistiram ao de vigília; desta feita Deus tocou o coração
do povo, e até o coração daqueles que estavam mortos no pecado.”[27]
Wesley dizia ser necessário praticar as
Obras de Misericórdia e Atos de Piedade.
Wesley se preocupava com a saúde das
pessoas. Ele não apenas cria no poder da oração para curar, mas procurou
publicar também livros de orientações populares sobre cuidados com a saúde.
Escreveu cartas e orientou pessoalmente.
Em 1747, ele publicou Primitive
Physick, ou um método fácil e natural de curar a maioria das doenças.
“Esse volume encadernado de 119 páginas
custou um xelim e se tornou um dos livros mais populares de sua época, com 20
edições exigidas em 1781 e 36 em 1840”.[28]
Wesley comunicou à Sociedade Metodista
seu desejo e projeto de distribuir remédios aos pobres: “Cerca de trinta
chegaram no dia seguinte e, em três semanas, cerca de trezentos. Isso
continuamos por vários anos, até que, com o número de pacientes ainda aumentando,
a despesa foi maior do que poderíamos suportar”.[29]
Em 1746, ele inaugurou uma clínica na
Fundição metodista para cuidar dos doentes. Wesley trabalhou para aliviar o
sofrimento dos pobres.
“Em uma carta ao Vigário Perronet
datada de 1748, Wesley relata que em 5 meses, mais de 500 pessoas passaram pela
clínica e 71 ‘Foram totalmente curados de doenças que há muito se pensava serem
incuráveis”.[30]
Ele estabeleceu depois mais duas clínicas
gratuitas em Bristol e Newcastle.
No avivamento wesleyano havia consciência crítica e rejeição ao
fanatismo
“Estais também no mesmo perigo se desprezais a inteligência, a sabedoria e o conhecimento humano; cada um dos quais é um excelente dom de Deus e pode servir para os mais nobres fins.”[31]
João Wesley
O avivamento metodista na Inglaterra
tinha consciência crítica e rejeitava o fanatismo.
O avivamento genuíno não leva à alienação numa ênfase
fora da realidade do mundo e, sim, cria uma consciência crítica.
Wesley acreditava ter sido o metodismo
levantado por Deus para mudar a situação vigente, ou seja, para: “(...)
reformar a nação e, particularmente, a Igreja (...) e espalhar a santidade
bíblica sobre a terra.”[32]
É inevitável que em meio a um
avivamento haja extremismo e fanatismo.
Quando em uma de suas sociedades,
Wesley observou que algumas pessoas gritaram durante a pregação, alguns caíram
no chão perdendo as forças quando escutavam a Palavra de Deus. Para Wesley:
“Esses sintomas não os posso atribuir a causa natural senão ao Espírito de Deus. Não duvido que era Satanás que os rasgava quando eles iam a Cristo; daí os gritos pelos quais pudessem desacreditar a obra de Deus, e espantar o povo para que não escutasse aquela palavra que lhe podia salvar a alma.”[33]
Quando havia prática contrária ao
ensinamento bíblico, Wesley não deixava de orientar ou até repreender aos que
agiam assim, mesmo sendo pregadores, como aconteceu com George Bell, que marcou
o fim do mundo para 28 de fevereiro de 1763. Ele acabou deixando o metodismo,
juntamente com Maxfield. Wesley chegou a mandar Bell parar de falar em línguas.[34]
Em
1743, Wesley refutou mais uma vez seus críticos.
“Wesley publicou Na Earnet Appel to Men of
Reason and Religion (um sério apelo aos homens de razão e religião).”[35]
Wesley,
por isso, dizia que a religião que não é racional é falsa. A razão, por si só,
não pode nos dar fé, virtude, esperança, salvação. Mas ela, assistida pelo Espírito, nos faz
compreender a Palavra, a santidade, o novo nascimento, etc. A razão é um dom de
Deus para a investigação da verdade.[36]
O
avivamento wesleyano se
fundamentou na Bíblia
“Estais em perigo de ser vítima do fanatismo a cada momento, se por menos que seja, vos afastais das Escrituras (...).”[37]
João Wesley
O avivamento metodista na
Inglaterra se fundamentava na Bíblia.
O avivamento genuíno não vive sob as diretrizes
de profecias e revelações espirituais. Ele tem base bíblica. Ele está aberto às
revelações do Espírito e às novas formas de atuar, desde que tenham base
bíblica.
O psicólogo William James destaca o movimento metodista pelo seu equilíbrio e ressalta os modelos individuais que ele estabeleceu como típicos e dignos de imitação:
“O Metodismo segue aqui, sem dúvida, se não o equilibrado mental, pelo menos, de um modo geral, o instinto espiritual mais profundo. Os modelos individuais que ele estabeleceu como típicos e dignos de imitação não são apenas os mais interessantes dramaticamente, mas psicologicamente têm sido os mais completos.”[38]
Em 20 de julho de 1740, Wesley cita um fato numa sociedade em Feter-Lane, onde algumas pessoas se levantavam contrárias a algumas doutrinas metodistas. Sua palavra foi:
“Eu creio que estas asserções são redondamente contrárias à Palavra de Deus. Tenho vos admoestado acerca destas coisas repetidas vezes, e vos tenho rogado que volteis à ´lei e ao testemunho.”´[39]
Wesley escreveu Explanatory Notes Upon the New Testament (Notas explicativas sobre
o Novo Testamento), cuja primeira edição foi publicada em 1925. No ano seguinte
foi republicado com uma errata. No ano de 1762 Wesley e Carlos terminaram um
aperfeiçoamento dos textos bíblicos e terminaram uma nova edição.
“Junto
com a coleção de Sermons on Several
Occasions (Sermões para diversas ocasiões) que João publicou (quatro volumes
até 1760), forneciam uma base doutrinária como direção para os pregadores.”[40]
Wesley
dizia: “Seja eu o homem de um livro. De modo que estou distante dos costumes
atarefados dos homens. Eu me assento à sós: somente Deus está aqui. Em sua
presença abro e leio o seu livro (...).”[41]
Para resolver questões pessoais ou das
sociedades, Wesley recorria às escrituras. Em 1739, em Bath, devido a certo
homem notável no lugar, pediram a Wesley para ele não pregar. Ele pregou e a
mensagem enfatizou a Bíblia:
“As Escrituras ensinam que todos pecaram e carecem da glória de Deus, grandes e pequenos, ricos e pobres, tanto uns como os outros.”[42]
Por causa desse boato, Wesley ganhou
maior número de ouvintes.
Em 1739, em Weaver’s Hall, Wesley
enfrentou os “profetas franceses”, que desviavam membros das sociedades:“(...)
eu me esforcei para pôr a descoberto os seus erros, e exortei o povo que
seguisse a santidade e evitasse tais profetas, como se evita o fogo, e todos
que não falam de ‘acordo com a lei e o testemunho.”[43]
Na crise na sociedade em Fetter-Lane,
em 1740, em seus argumentos Wesley disse:
“Eu creio que estas asserções são redondamente contrárias à palavra de
Deus. Tenho vos admoestado acerca destas coisas repetidas vezes (...).” [44]
E
assim Wesley agiu em toda sua vida.
No avivamento wesleyano homens e
mulheres foram capacitados para a obra do Reino de Deus
“Durante a última oração dele fiquei completamente subjugada pelo poder de Deus. Senti mudança inexplicável no fundo do meu ser, e desde aquela hora não tenho sentido ira, nem vaidade ou mau gênio: nada que seja contra o puro amor de Deus, que sinto constantemente”. [45]
João Wesley
O avivamento metodista na Inglaterra
capacitava para a obra do Reino de Deus.
Muitos dos que se tornaram pregadores eram pessoas simples, pobres e que passavam por dificuldades, como a maior parte do povo metodista.[46]
Wesley, por isso também,
procurava prepará-los. Dentro do seu equilíbrio, João Wesley sempre perguntava
aos pregadores: “Tens os dons? Tens a graça? Tens os frutos?” [47]
Wesley sabia que o Espírito Santo
capacitava, mas ele era muito cuidadoso com as pessoas que exerciam
ministérios. Em seu diário, em 15 de maio de 1751, ele disse: “Realizamos
pequena Conferência com trinta pregadores presentes. Indaguei particularmente a
respeito da sua graça, dons e fruto (...).”[48]
No ano de 1775, a Conferência Anual, Wesley examinou queixas de pessoas contra os pregadores. Elas afirmavam que alguns não estavam qualificados para o trabalho:
“(...) não possuindo graça e dons suficientes para executar.”[49]
Contudo, após examinar com cuidado, ele
viu que as queixas não tinham fundamentos, pois disse:
“Deus tem realmente enviado seus trabalhadores para a seara, e que os qualificou para a obra (...).”[50]
Wesley combatia os exageros, mas acreditava também que o Espírito Santo pudesse capacitar com dons sobrenaturais, apesar de não os destacar:
(...)
“Para fortalecer e animar aqueles que creem, e para salientar a sua obra,
favoreceu diversos deles com sonhos divinos, outros com êxtase e visões” .[51]
O movimento metodista deu oportunidade aos leigos e leigas de exercerem seus ministérios. No ministério da Palavra, Thomas Maxfield, John Nelson, James Wheatley, Thomas Walsh se destacaram, alem de uma infinidade de outras pessoas.[52]
As mulheres tiveram grande oportunidade e se
destacaram no ensino e obras sociais. Mais tarde, Mary Bosanquet convenceu a Wesley sobre as
mulheres pregarem. O argumento de Wesley aos opositores foi:
“Todo trabalho de Deus chamado metodista era uma dispensação
extraordinária da providência de Deus.”[53]
Outras mulheres também tiveram o ministério da
palavra: Sarah Crosby, Sarah Mallett, etc.[54] As mulheres também se destacaram no
Ministério de Ensino (Ana Ball) e nas
obras sociais (condessa Lady Hungtingdon). [55]
Acima de tudo, Wesley acreditava que o avivamento
produzia a santificação e as pessoas viveriam vida digna e santa diante de
Deus. Em 1751, ele registrou em seu Diário:
“O barbeiro que me
barbeava disse: ‘Senhor, eu louvo a Deus por sua causa. Quando o senhor estava
em Bolton, a última vez, eu era o ébrio mais notável da cidade; fui ouvi-lo
pregar, fiquei perto da janela e Deus me feriu no coração. Então orei, pedindo
poder sobre o meu vício de beber, e Deus me deu mais do que eu pedira, tirou-me
o desejo de beber (...).[56]
Para Wesley, tudo o que Deus exige é
que tenhamos a fé que faz obras impulsionadas pelo amor.[57] Uma
pessoa perfeita será testemunha de Cristo, pois não fará nada contrário ao
amor, que permanece em sua alma. Todos os seus pensamentos, palavras e ações
serão governadas pelo amor.[58]
No avivamento wesleyano houve
despertamento para às Missões
“(...) tanto em Nova York como na Filadélfia grandes multidões assistem aos cultos para ouvir, e se portam bem, e a sociedade em cada lugar, já tem mais de cem membros.”[59]
João Wesley
O avivamento metodista na Inglaterra
despertou para a obra missionária.
Quando Wesley começou a pregar nas praças, fora do
templo, “os líderes da igreja anglicana o repreenderam porque ele não
respeitaria os limites estabelecidos das paróquias. Mas não adiantou. Em uma
famosa carta a James Harvey, ele explicou por que achou necessário invadir as
paróquias de outros clérigos: ‘O homem me proíbe de fazer isso na paróquia de
outra: isto é, com efeito, de fazer tudo; visto que agora não tenho paróquia
própria, nem provavelmente nunca terei. Quem, então, devo ouvir, Deus ou homem?
…”[60]
Wesley, então, disse aquela famosa frase que é
conhecida no mundo todo pelos metodistas: ““Permita-me agora dizer-lhe meus
princípios neste assunto. Eu vejo o mundo todo como minha paróquia; até agora,
quero dizer que, em qualquer parte dela, julgo adequado, e meu dever
obrigatório de declarar, a todos os que estão dispostos a ouvir, as boas novas
da salvação”.[61]
Como uma cadeia, a chama do avivamento
wesleyano se espalhou pela Inglaterra e outras partes do mundo.
“À medida que o reavivamento metodista se espalhava pelos subúrbios pobres das cidades inglesas, no começo da década de 1740, as novas sociedades metodistas começaram a ficar cheias de mineiros, criados e muitas outras pessoas da classe trabalhadora que viviam nos limites da miséria, senão em calamidade.”[62]
Como o reavivamento se espalhou por
outras partes do país, houve a necessidade de ter casas de pregação, o que deixou Wesley vulnerável a acusações de que
estava criando uma nova seita.[63]
Segundo James Richard Joy, o “Ide” de
Jesus foi a primeira ordem que veio ao Wesley despertado.[64] Ele
passou a vida pregando o Evangelho:
“As viagens de Wesley eram incessantes. Em
1764, entre 19 de maio e 4 de agosto, período de 138 dias, ele viajou de
Bristol a Inverness na Escócia, e voltou pregando em 122 cidades, realizando
300 cultos, além das reuniões das sociedades unidas.”[65]
Wesley era todo missionário. Visitou a
Escócia 20 vezes e o País de Gales, 24 vezes.[66]
Ele se sentia capacitado para pregar e
dizia que pregação com o poder do Espírito Santo:
“Preguei (como de costume), às cinco horas e às quinze, com convicção e poder do Espírito.”[67]
Sua
orientação aos pregadores era: “Falei com todo entusiasmo que puderdes; mas não
griteis! Falai com todo o coração, mas com voz moderada”[68]
Mais tarde, Wesley dividiu o campo em
circuito, para um melhor atendimento dos pregadores às sociedades, que para lá
eram nomeados. Em 1768 haviam trinta e quatro circuitos.[69]
Em 1785, Wesley falou do crescimento do
metodismo em todo o mundo: “(...) fico pensando em como um grão de mostarda,
plantado há cinquenta anos, tem crescido. Tem-se espalhado através da
Gra-Bretanha e Irlanda; à ilha de Wight, e à ilha de Man; então à América, às
ilhas ‘Leward’, e outra vez a todo o continente do Canadá e Newfoundland.”[70]
No avivamento wesleyano foi constante o
amor aos pobres e excluídos
“Nesta
época do ano, costumamos distribuir carvão e pão entre os pobres da Sociedade.”[71]
O avivamento metodista na Inglaterra
expressava amor aos pobres e excluídos de uma forma concreta.
Os teólogos metodistas alemães Walter Klaiber e Manfred Marquardt afirmam:
“Visto que a santificação é amor, ela é necessariamente santificação social. Por mais que Wesley pareça, algumas vezes, concentrar-se na experiência do indivíduo na vivência de sua santificação, o horizonte da santificação é o da comunidade, o esforço pela comunhão perfeita com Deus inclui o reto relacionamento com os outros homens.”[72]
A luta de Wesley contra a escravidão
foi importante para mudar o rumo da história dos negros na Inglaterra. Em seu
diário, ele registrou, em 3 de março de 1788:
“Fui a Bristol, e tendo dois ou três
dias, completei meu sermão sobre A Conferência. Dei aviso de que, na quinta
feira, pregaria sobre o assunto muito discutido – A Escravidão. Consequentemente
a casa estava repleta de gente, alta e baixa, rica e pobre. Preguei sobre
aquela profecia antiga: ´Alargue Deus a Jafé e habite Jafé nas tendas de Sem; e
seja-lhe Canaã por servo´ (Gn 9.27).”[73]
Richard Heitzenhater afirma que o
metodismo teve como ênfase principal o amor:“Esta ênfase particular em ´amar o
próximo´ e seguir o exemplo de Cristo (que ´andou por toda a parte fazendo o
bem´, Atos 10:38), continuou a caracterizar o metodismo, quando ele entrou no
reavivamento.”[74]
A casa
dos pobres, a Escola em Kingswood,
a assistência médica aos pobres são algumas das manifestações do ministério da
misericórdia exercido pelos metodistas.[75]
A sensibilidade de Wesley para com os
problemas do povo era grande e ele sempre procurava dar uma resposta urgente: “Notando a pobreza profunda de muitos dos
nossos irmãos, resolvi fazer o que podia para aliviá-los.”[76]
Especialmente, os excluídos mereceram
maior atenção de Wesley, inclusive nas pregações, como em 1752: “Preguei em
Beddick a grande multidão de Coliers (mineiros de carvão).”[77]
João Wesley levantou ofertas para os que estavam
desempregados. Em seu diário ele diz: “Levantamos uma coleta em nossa
congregação em prol dos tecelões que estavam sem emprego. A coleta importou em
quarenta libras.”[78]
Wesley solicitou aos metodistas que assumissem um
compromisso de ajuda contínua aos menos favorecidos. Os metodistas procuravam
fazer a sua parte:
“O dinheiro levantado nas sociedades era
usado, em parte, para a caridade local. Os stewards
da sociedade de Londres distribuíam sete ou oito libras por semana para os
pobres.” [79]
Em 1741, Wesley percebeu que um grande número de
pessoas da Sociedade Unidade de Londres carecia de meios de vida. Sua atitude
foi:
“(...) fez um apelo à Sociedade para que cada
um contribuísse, se eles fossem capazes, com um penny (mais ou menos) por
semana para um fundo de auxílio aos pobres e doentes, e que também trouxessem
roupas das quais pudessem dispor, para serem distribuídas (...).”[80]
Toda essa ação levou o historiador
inglês Edwards Thompson a afirmar que o metodismo foi importante na formação de
classe operária inglesa, no século XVIII.
O avivamento wesleyano trouxe crescimento
da Igreja
“O
Senhor reaviva a sua obra como no princípio. Multidões unem-se a sua Igreja
todos os dias.”[81]
O avivamento metodista na Inglaterra
trouxe crescimento numérico.
O avivamento metodista na Inglaterra proporcionou
transformação de vidas e
consequentemente crescimento numérico.
A partir de 1739, Wesley viu e experimentou um grande derramar do Espírito no meio do povo. Estiveram presentes em suas pregações milhares de pessoas: Blackheath (12.0000); Moorfields (20.000); Gloucester (7.0000); Parque de Kensington (20.000).[82]
Aos poucos o metodismo se espalhou para outros povos e países. O trabalho em Dublin, Irlanda, começou em 1747 com os pregadores Jonathan Reeves e John Trembath.[83] Foi assim, em 1759 com Natanael Gilbert, que iniciou o metodismo no Caribe, em Antiga.[84] Depois Thomas Coke chegou a outros lugares como Jamaica
Nas pregações de João Wesley, na
Inglaterra, milhares de pessoas iam ouvir sua Palavra. Era comum haver 10, 20 e
30 mil pessoas em suas reuniões públicas. Algumas sociedades chegavam a mais de
1 mil membros. Havia uma média, por volta de 1776, de um crescimento de 1600
membros por ano.[85]
Quando Wesley faleceu, em 1791, o Metodismo tinha, na Inglaterra, cerca de 300 pregadores e 71.463 membros.[86]
As Festas de Amor contribuíam para que
o interior das pessoas fosse tratado e transformado. Wesley descreve em seu
diário, em 10 de junho de 1780, um desses momentos:
“Então celebramos a Festa de Amor, que foi a mais viva que
eu jamais vira em muitos anos. Muitos falaram, e com grande fervor e muita
simplicidade; portanto, quase todos os presentes deram louvores a Deus pela
consolação que lhe trouxe.”[87]
As classes permitiam às pessoas que desejam participar do movimento metodista
de crescerem na fé e no conhecimento. Haviam quatro tipos de classe:
“Sociedades unidas (unidet societies), pequenas companhias (bands), sociedades
seletas (select societies) e arrependidos (penintents). As sociedades unidas
(as mais numerosas de todas) compunham-se de todas as pessoas que tinham sido
revivificadas; aqueles que professam ter recebido o perdão de seus pecados
deviam reunir-se em pequenas companhias
(bands); os membros destas últimas que persistiam em andar na luz do Senhor
constituiriam as sociedades seletas; e, finalmente, as pessoas pertencentes às
sociedades unidas que permanecessem com suas culpas formariam um grupo à parte,
chamados os arrependidos”[88]
A preocupação de Wesley era que os
metodistas crescessem em número, sim, alcançando os miseráveis, que eram
excluídos da sociedade, mas que estes, uma vez justificados, crescessem
também em santidade.
No avivamento wesleyano havia distribuição dos dons espirituais para
o Corpo de Cristo
“Eu subi e achei todos eles chorando
sobre ele, suas pernas estavam frias e (como parecia) já estavam
mortas. Todos nos ajoelhamos e invocamos Deus com fortes gritos e
lágrimas. Ele abriu os olhos e me chamou. E, a partir daquela hora,
continuou a recuperar a força, até restaurar a saúde perfeita”.[89]
O genuíno avivamento é conduzido pelo
Espirito Santo que distribui os dons espirituais capacitando o povo de Deus
para a Missão.
“A afirmação de Wesley sobre os dons e
manifestações do Espírito não era meramente teórica. Sua insistência sobre
os dons do Espírito também resultou dos primeiros dias do avivamento metodista
(1739-1759), onde muitos indivíduos em Londres, Oxford e Bristol relataram
curas sobrenaturais, visões, sonhos, impressões espirituais, poder em
evangelização, concessão extraordinária de sabedoria” etc.[90]
Wesley acreditava que os dons “estão
disponíveis para os cristãos hoje”.[91]
Para ele os dons do Espírito são uma consequência natural da santidade genuína
e da morada do Espírito de Deus no coração.[92] Ele falava dos dons extraordinários e comuns
do Espírito. Os primeiros são ocasionais e especiais; o segundo é comum a todos
os crentes.[93]
Segundo Wesley, “os ‘dons comuns’
incluíam ‘discurso convincente’, persuasão, conhecimento, fé, ‘elocução fácil’
e pastores e professores como ‘oficiais comuns’. Entre
os ‘dons extraordinários’ que ele incluiu cura, milagres, profecia (no sentido
de prever), o discernimento dos espíritos, falar em línguas, e a interpretação
de línguas. Ele descreve os apóstolos, os profetas e os evangelistas como
‘oficiais extraordinários."[94]
“Embora o ‘caminho mais excelente’ seja
o caminho do amor, Wesley ainda insistiu para que possamos ‘cobiçar
fervorosamente’ dons como evangelismo para ‘sondar os incrédulos corações; o
dom do conhecimento para entender tanto a providência quanto a graça de Deus,
ou o dom da fé ‘que em ocasiões particulares vai muito além do poder das causas
naturais."[95]
Para Wesley os dons do Espírito são uma
consequência natural da santidade genuína e da morada do Espírito de Deus no
coração. Em seu ministério, Wesley teve diversa experiências com os dons
espirituais, especialmente de cura. Também participou em libertação de
demônios.
Ele cita alguns fatos relacionados a expulsão de demônios, dentre eles: “Um homem, com o nome de John Haydon, teria lido um sermão, quando ‘mudou de cor, caiu da cadeira e começou a gritar terrivelmente e a bater-se contra o chão’. Wesley chegou à cena apenas para ser acusado pelo demônio como ‘um enganador do povo’. O demônio fingiu ser uma manifestação do Espírito Santo na esperança de transformar as pessoas contra Wesley, mas Wesley lutou. Ele e todos os outros lá começaram a orar. Logo, as dores de Haydon cessaram e seu corpo e alma ficaram livres.”[96]
“Deus restaurou o homem à luz da sua face, e deu à moça a convocação clara do seu amor”[97]
João Wesley
O avivamento metodista na Inglaterra proporcionou
derramamento do amor.
Geralmente, as pessoas esperam receber
do avivamento o poder do Espírito acompanhado dos dons espirituais. Mas a
manifestação do amor de Deus deve estar necessariamente presente no genuíno
avivamento.
Foi assim na Inglaterra com os
metodistas. No seu diário, Wesley registrou: “Depois do sermão, tivemos uma
Festa de Amor. Foi hora deliciosa. Deus derramou abundantemente seu Espírito
sobre nós. Muitos ficaram cheios de consolação (...). Deus restaurou o homem à
luz da sua face, e deu à moça a convicção clara do seu amor; e de tal maneira
extraordinária, que parecia que toda a sua alma era amor.” [98]
ssas experiências eram constantes e não
casuais. Em 1749, ele registrou: “Na reunião da sociedade de S., uma chama de
amor se manifestou de tal maneira como nunca se tinha visto antes.”[99]
As diversas experiências religiosas
registradas em seu diário sempre ressaltam o amor de Deus. Em 1765, a
jovem Grace Paddy disse: “Senti mudança
inexplicável no fundo do meu ser, e desde aquela hora não tenho sentido ira,
nem vaidade ou mau gênio: nada que seja contra o puro amor de Deus que sinto
constantemente.” [100]
Em suas explicações, Wesley via a certeza de que sua ênfase na perfeição: “Observo que o espírito e a experiência destes dois correm paralelamente. Comunhão constante com Deus o Pai e o Filho enche-lhes o coração com humildade amor. Agora isto é o que sempre tenho e ensino a respeito da perfeição.”[101]
O avivamento wesleyano impactou e proporcionou
mudança na sociedade
“(...) o metodismo foi indiretamente responsável por um aumento na autoconfiança e capacidade de organização do operariado.”[102]
Edward Thompson
Em 1928, o arcebispo Randall T. Davidson escreveu que
Wesley praticamente mudou a perspectiva e até mesmo o caráter da nação
inglesa.”[103]
Um avivamento genuíno alcança a classe marginalizada da sociedade e se preocupa com os desempregados e presos. Foi assim que aconteceu com o metodismo na Inglaterra:
“O nível social da população operária
elevava-se rapidamente; os mineiros transformaram-se em pessoas de bem. Quando
viajava pelo norte e observou as casas de Weardale, graciosamente cercadas de
lindos jardins, onde se respiravam o conforto e a paz, Wesley não deixava de
dizer: ‘três entre quatro casa ou talvez nove entre dez foram construídas
depois de o Metodismo aparecer nessas paisagens.”[104]
A velha Fundição de Londres era o
“Quartel-General de Wesley. Ela foi transformada “num verdadeiro crisol de
projetos – casa de misericórdia para viúvas, escola para meninos, dispensário
para enfermos, bolsa de trabalho e agência de emprego, cooperativa de crédito e
agência de empréstimo, sala de leitura e igreja.”[105]
O metodismo fez diferença na sociedade na questão de sua luta contra a escravidão.
“Quando Wesley denunciou ao seu país o crime da escravidão, a consciência pública ainda não estava acordada para esse assunto e os próprios cristãos não tinham refletido sobre sua gravidade. Whitefield, ao morrer quatro anos antes, deixara numerosos escravos em suas fazendas na Geórgia, e os doara em seu falecimento à Lady Huntingdon.”[106]
O historiador francês Elie Halévy (1870 -1938), no
livro História do Povo Inglês no século
XVIII, sustentou que a Inglaterra tem uma dívida com o metodismo, pois foi
poupada de uma revolução semelhante à acontecida na França em 1789:
“A Inglaterra foi poupada
da revolução a que as contradições de sua política e economia poderiam ter
conduzido, pela influência estabilizadora da religião evangélica,
particularmente o metodismo.”[107]
O metodismo é considerado por diversos estudiosos como o
responsável pela formação de classe operaria inglesa. Thomas Thompson,
historiador marxista inglês afirmou:
“Mas, a outro nível,
é-nos conhecido o argumento de que o metodismo foi indiretamente responsável
por um aumento na autoconfiança e capacidade de organização do operariado.”[108]
Wesley acreditava que a questão da
pobreza poderia ser resolvida através da santificação do mundo:
“(...)’virá o tempo em que o cristianismo predominará e cobrirá toda a face da terra’, quando cessarão guerras, ódios e desconfianças, que nos separam, desaparecerão; injustiça e pobreza serão banidas e a justiça regerá o mundo. Esta meta elevada sempre deve estar na base de nossos esforços e deve ser a medida de nossas expectativas, em vista dos dons que Deus nos concedeu.” [109]
No avivamento wesleyano era constante a manifestação do poder de Deus
“O amor de Deus foi derramado no meu coração,
e uma chama acendeu-se lá, com dores tão violentas, mas tão arrebatadora, que
meu corpo estava quase despedaçado. Eu amei. O Espírito chorou forte
em meu coração. Eu suava. Eu tremia. Eu desmaiei. Eu cantei
(...)”.[110]
O avivamento metodista na Inglaterra
proporcionou a manifestação do poder de Deus.
Na vigília de 31 de dezembro de 1738
para 1º de janeiro de 1739, aconteceu o que alguns chamam de Pentecostes
metodista: “Na passagem do novo ano, durante uma noite de vigília na celebração
da festa do amor, o poder de Deus veio
poderosamente sobre o grupo Fetter Lane, de tal maneira que muitos
gritavam com extraordinária alegria e muitos caíram no solo.”[111]
Nesse grupo estavam João e Carlos
Wesley e cerca de sessenta outros metodistas, que com temor entoaram o cântico
que diz: "Louvamos-Te, ó Deus, reconhecemos a Ti como Senhor.”
Wesley assim registrou em seu Diário:
"Sr. Hall, Hinching, Ingham, Whitefield, Hutching e meu irmão Charles
estiveram presentes em nosso banquete de amor em Fetter Lane com cerca de 60 de
nossos irmãos. Por volta das três da manhã, enquanto continuávamos em oração
instantânea, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, de tal forma que
muitos gritaram de alegria e muitos caíram por terra. Assim que nos recuperamos
um pouco daquele espanto e admiração pela presença de Sua majestade, irrompemos
em uma só voz: 'Louvamos Vós, ó Deus, reconhecemos que és o Senhor. '"[112]
Para Wesley, o Espírito Santo pode vir
sobre as pessoas “como uma torrente enquanto experimentam o poder dominador da
graça salvadora (...). Mas Ele opera em outros de maneira muito diferente: Ele
exerce a sua influência de maneira delicada, refrescante como o orvalho
silencioso.”[113]
George Whitefield, que estava nessa vigília, disse o
seguinte sobre os dias posteriores a esse fato: “Na verdade, foi uma época
pentecostal, às vezes noites inteiras eram passadas em
oração. Frequentemente, temos nos enchido como vinho novo, e
frequentemente os tenho visto oprimidos pela Presença Divina, e clamam: “Será
que Deus, de fato, habitará com os homens na terra? Quão terrível é este
lugar! Esta não é outra senão a casa de Deus e a porta do céu!”.[114]
Para alguns, o derramamento do Espírito
Santo durante o Serviço Noturno de Vigilância de Fetter Lane em 31 de dezembro
de 1738 - 1º de janeiro de 1739, foi a inauguração espiritual para o ministério
público dos Wesleys e o início da Igreja Metodista.
O avivamento subsequente que se
espalhou cruzou as linhas denominacionais e envolveu todos os segmentos da
sociedade.
Alguns escritores do Movimento de
Santidade, no final do século XX, acreditaram que esse foi o momento de Wesley
ter alcançado a santidade ou perfeição cristã.
Essa experiência é também considerada a confirmação da vinda do “Despertar”, que foi uma renovação espiritual nas igrejas de língua inglesa durante as décadas de 1730 e 1740. Nas colônias na América foi chamado de “Grande Despertar”.[115]
O Espírito Santo agia grandemente em meio ao povo metodista.
Wesley relata sobre esta verdade:
“(...) Deus respondeu às nossas orações. Parecia que as portas do céu foram
abertas.”[116]
As orações, o arrependimento, a adoração e a santidade tocam no coração de
Deus.
O derramar do Espírito ocorria nas
ministrações de João Wesley porque havia a busca de santidade e clamor de todo
coração. Wesley sabia que “(...) onde não se encontra o poder de Deus, o
trabalho enfraquece.”[117]
Havia manifestações espirituais que
Wesley descrevia as pessoas como sendo fulminadas, feridas pela espada do
Espírito, tomadas de fortes dores. Algumas caíam de joelhos, outras tinham
estranhos acessos, mas ele registra ainda que a maioria era aliviada pela
oração e alcançava a paz.[118]
Em 1749, Wesley relatou sobre algumas
manifestações no final do culto: “Quando, enfim, despedi o povo com a benção,
ninguém se mexeu; ficaram todos nos seus lugares, enquanto eu ia passando no
meio deles. Logo se ouviu uma pessoa que gritou: ´Meu Deus, meu Deus, tu te
esquecestes de mim´. Tendo dito isto, caiu no chão. Oramos a Deus em favor
dela. Seus gritos junto com de muitos outros, clamando a Deus, se aumentaram.
Mas nós continuamos lutando com Deus em oração, até que Ele nos atendeu com a
paz.”[119]
Wesley fala de um avivamento ocorrido
em 1767 em Cork: “Estive aqui quando a chama do avivamento estava mais alta, e
preguei ao ar livre, no centro da cidade e no lado sul, perto do quartel, e
diversas vezes em Blackpool, que fica ao norte. Mais e mais interessados, e
houve aqui avivamento maior do que em qualquer outra parte do reino”.[120]
Estas são as reais marcas do avivamento
wesleyano ocorrido na Inglaterra, no século XVIII.
Avivamento e Pentecoste
“(...) oramos por avivamento no trabalho do Senhor (...) desta feita Deus tocou o coração do povo, e até o coração daqueles que estavam mortos no pecado.”[121]
João Wesley
O avivamento se tornou uma marca do metodismo. Wesley,
contudo, também observou um "entusiasmo selvagem" entre o avivamento
genuíno.[122]
Ele se pautou sempre pelo equilíbrio e fundamentação bíblica.
Mas, no meio dos exageros, Wesley também presenciou
diversas manifestações do poder do Espírito. Em 1784, ele encorajou o
avivamento na Inglaterra dizendo: “A quem verdadeiramente esses são os símbolos
de nossa missão, prova de que Deus nos enviou. Sessenta mil pessoas volvendo
suas faces para o céu, e muitas delas se regozijando em Deus, seu Salvador.” [123]
Apesar de alguns verem o Metodismo entrando em um
período de tempestade e tensão, Wesley comparava a obra do Espírito entre os
metodistas ingleses com o reavivamento realizado por Jonathan Edwards na América, quando houve uma forte ação do Espírito Santo.[124]
No princípio, em 1739, Wesley viu diversas
manifestações do poder de Deus. Ele descreveu como muitas das pessoas eram
alcançadas:
“(...) fulminadas,
feridas pela espada do Espírito, tomadas de fortes dores, feridas no coração ou
caíam de joelhos.” [125]
Houve muitas críticas a Wesley e ao Movimento
Metodista.[126]
Mas essas pessoas atingidas pelo poder de Deus eram aliviadas pela oração e
encontravam a paz.[127]
Neste período, nas colônias inglesas na América,
também estava havendo avivamento. Foi o chamado "Primeiro Grande
Despertamento". Começou com Jonathan Edwards, em 1734. Logo depois, chegou
George Whitefield que teve uma grande participação e o avivamento se espalhou
por diversos lugares até por volta do ano de 1758. Mais tarde, Wesley comparou
a obra do Espírito nos metodistas, na Inglaterra, com os reavivamentos de
Jonathan Edwards, na Nova Inglaterra.[128]
A ação do Espírito de Deus acontecia em diversos lugares, especialmente onde haviam corações humildes, submissos ao Senhor, que viviam nos limites da miséria e só esperavam em Deus.[129]
Pentecoste era uma expressão
utilizada por Wesley para falar da vinda do Espírito Santo. Carlos Wesley dizia
frequentemente: "O dia de pentecoste não chegou ainda na sua plenitude;
mas não duvido que venha; e então você verá tantas pessoas santificadas como
justificadas."[130]
A visão e o entendimento dos irmãos
Wesley eram muito amplos para o Pentecoste.
Wesley disse: “Nosso Pentecoste
finalmente chegou’, disse em 1762, ao contemplar os progressos da obra
missionária. Somente em Londres, mais de 400 membros das sociedades
testificaram que foram libertos de todo pecado. Em Liverpool, a sociedade
passou por uma verdadeira metamorfose em sua perfeição.”[131]
O Pentecoste vem quando há dependência completa de Deus ou entrega total ao Senhor. Isso inclui as orações fervorosas e o arrependimento.
O avivamento era resultado do trabalho espiritual que
as sociedades desenvolviam na busca da perfeição cristã. O avivamento havia
começado mesmo em 1761 e o objetivo era buscar a santidade.
“O grande avivamento que apareceu no âmbito das sociedades em 1761 era a melhor
prova de que elas levavam muita a sério essa missão” .[132]
Wesley estava feliz com o que presenciava. Era o
coroamento de todo um trabalho. Ele disse:
“Aprouve a Deus derramar
Seu Espírito em todas as partes, tanto na Inglaterra como na Irlanda, e de uma
maneira tal que nunca sequer vimos antes, pelo menos nestes últimos vinte
anos.” [133]
O avivamento em Dublin foi o mais notável para Wesley.
Teve início com um pregador chamado João Manners, pessoa singela e sem
eloquência, mas que parecia destinada a essa obra. João Wesley descreveu o que
viu:“Essa gente está tomada pelo fogo divino; nunca presenciei dias como o
domingo passado. Enquanto orava na sociedade, o poder de Deus tomou conta de
nós completamente, e alguns exclamavam em voz alta, ‘Senhor, já posso crer.” [134]
Wesley presenciou a chama do avivamento não somente
entre os jovens e adultos, mas também entre as crianças por volta do ano de
1781.[135]
Em Epworth, a industrialização havia instalado quatro
fábricas de fiar e tecer. Diversas crianças foram empregadas. Algumas delas
entraram por acaso em uma reunião de oração e foram tocados no coração.
“Alguns deles entrando por acaso em uma
reunião de oração foram tocados no coração. Seus esforços entre os companheiros
mudaram então as condições em três fábricas.”[136]
Os metodistas oravam também por um avivamento
específico, como Wesley revela que aconteceu, em 19 de maio de 1769: “(...)
oramos por avivamento no trabalho do Senhor (...) desta feita Deus tocou o
coração do povo, e até o coração daqueles que estavam mortos no pecado.”[137]
E Deus respondia às orações do povo
chamado metodista.
Na Sexta-feira Santa, 21 de março
de 1845, “Varani fez sua profissão pública de fé no serviço de oração da manhã
e entrou nas águas do batismo e logo depois foi batizado com seus seguidores pelo Espírito Santo quando um
fogo caiu do céu e eles falaram em línguas em Kirici.”[138]
.
[1] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley. São
Paulo: Imprensa Metodista, 1965, p.199.
[2] WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 104.
[3]
LELIÈVRE, Mateo. João Wesley - Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997,
p.217.
[4]
Ibidem, p. 128.
[5] HEITZENHATER,
Richard P., Wesley e o Povo Chamado
Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996. p. 130.
[6]
Ibidem, p.235.
[7] BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo,
Imprensa Metodista, 1965, p.92
[8]Ward & Heitzenrater, Works, Volume
21, 438–439. https://www.lcoggt.org/Articles/methodist_pentecost.htm.
[9] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Fetter_Lane_Society; Telford, John (1947). A Vida de John
Wesley . Londres :
The Epworth Press. p. 394. ISBN 0-88019-320-4. pp117.
[10] WESLEY,
Charles. Hinos Curtos em Passagens Selecionadas da Sagrada
Escritura. 2 volumes, 1762 no jornal John WESLEY (ed.). Revista
Arminiana, 1779-1783. [=AJW].
http://portal.metodista.br/cew/acervo/charles-wesley-short-hymns
[11]https://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/liturgias/arquivos-anteriores/Culto-FaTeo-2007---300-anos-de-Charles-Wesley.pdf.
[12]
WESLEY, João.Trechos do diário de João Wesley,
ibidem, p.101.
[13] http://romans1015.com/tag/fetter-lane-revival/; John Gillies, Memoirs of the Life of
George Whitefield, p.34
[15] FISCHER, Harold A. Avivamentos que avivam.
Ibidem, p.102.
[16]
http://coregroups.org/threestrandmodel.html.
[17]http://www.johnwesley-izildabella.com.br/2016/01/27/john-fletcher-redescoberto/Laurence W. Wood, Ph. D.Frank Paul Morris Professor
of Systematic Theology Asbury
Theological Seminary.
[18] Idem, p.249.
[19]
WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 182.
[20]
https://1v1v.files.wordpress.com/2011/10/john-wesley-breve-biografia-e-selec3a7c3a3o-de-frases.pdf
[21] WESLEY,
João. Trechos do diário de João Wesley, ibidem, p.115.
[22] Ibidem,
p.73.
[23] REILY, Duncan Alexander. “João Wesley
e o Espírito Santo” em História,
Metodismo, Libertações, Ibidem, p. 18.
[25] HEITZENHATER,
Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996. p.
127.
[26] Ibidem, p.
125.
[27] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p.199.
[28]https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/
[29]https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/
[30]WJW Letters 8: 265. https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=2480&context=asburyjournal
[31] WESLEY,
João. Explicação Clara da perfeição Cristã. São Paulo: Imprensa Metodista,
1984, p. 109
[32] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 230.
[33] Ibidem,
p.40-1.
[34]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 209-0.
[35] Ibidem,
p.130.
[36] BURTNER,
Robert W.; CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley. JGEC. São
Paulo: Imprensa Metodista, 1960, p. 22-8.
[37] WESLEY,
João. Explicação Clara da Perfeição Cristã, Ibidem, p. 109.
[38] JAMES,
William. As variedades da Experiência Religiosa. Ibidem, p. 148.
[39] WESLEY,
João. Explicação Clara da Perfeição Cristã.
Ibidem, p.38.
[40] HEITZENHATER, Richard, Ibidem, p. 212-3.
[41] BURTNER, Robert;
CHILES, Ibidem, p. 16.
[42] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 32.
[43] Ibidem,
p.36.
[44] Ibidem,
p.38.
[45] Ibidem,
p.87.
[46] Ibidem,
p.115.
[47]
HEITZENHATER, Richard, Ibidem, p.176.
[48] WESLEY,
João, Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 103.
[49] Ibidem, p.
116.
[50] Ibidem.
[51] Ibidem,
p.134.
[52] Ibidem, p. 27.
[53] HEITZENHATER, Richard P., biidem, p. 248.
[54] Ibidem.
[55] REILY,
Duncan Alexander. Metodismo brasileiro e wesleyano, Ibidem, p.159-0.
[56] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p.88.
[57] ______.
Explicação clara da perfeição cristã. Ibidem, p.88.
[58] Ibidem,
p.53.
[59] ______.
Trechos do Diário de João Wesley . Ibidem, p. 165.
[60]
https://goodnewsmag.org/2017/11/pursuing-pentecost/
[61] Idem.
[62]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 127.
[63] Ibidem, p.
141.
[64] JOY, James
Richard. O Despertamento Religioso de João Wesley. Setor de Publicações da
Pastoral Bennett, Instituto Metodista
Bennett, 1996, p. 108.
[65] Ibidem, p.
116.
[66] Ibidem,
p.117-8.
[67] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 82.
[68] JOY, James Richard, Ibidem, p. 131.
[69] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 234.
[70] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 206.
[71] Ibidem, p.
112.
[72] KLAIBER, Walter; MARQUARDT, Mandred. Viver a
graça de Deus – Um Compêndio de Teologia Metodista. Editeo–Editora Cedro, 1999,
p. 302.
[73] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 190.
[74] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p. 125.
[75] Ibidem, p.
166-8.
[76] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p. 111.
[77] Ibidem, p.
73.
[78] WESLEY,
João. Trechos do diário de João Wesley, Ibidem, p.109.
[79] HEITZENHATER, Richard P.Ibidem, p.253.
[80] Um
"penny" significa um centavo de libra esterlina (HEITZENHATER,
Richard P. Ibidem, p.128).
[81] LELIÈVRE,
Mateo. João Wesley - Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p.192.
[82] Ibidem,
p.79.
[83]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.163.
[84] LELIÈVRE,
Mateo, Ibidem, p.205.
[85] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.265.
[86] Ibidem, p.
306.
[87] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem,107.
[88] LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.141.
[89] Jamin
Bradley citando The Works of John
Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/
[90] E. H. Sugden. The Standard Sermons of John Wesley' por
Vol. I '. https://www.cai.org/bible-studies/scriptural-christianity-john-wesley.cf.
http://enrichmentjournal.ag.org/201103/201103_000_holy_sp.cfm p. 58.
[91] ZIVADINOVIC,
Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts
(Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons espirituais).
Dojcin Zivadinovic, Ph.D. Candidato à História da Igreja (Andrews
University), p.70.
[92] Ibid, p.58. In Wesley, “The More Excellent Way,”
(1787) in Works of the Rev. John Wesley, 12 vols. (London:
Wesleyan Conference Office, 1872), 7:27 [hereafter referred to as WRJW]. See Wesley’s early longings for Fruits of the Holy
Spirit in his diary entry of August 12, 1738 in WRJW 1:120ff; January 4, 1739
in WRJW 1:170-72. See also the entire sermon 4, “Scriptural Christianity,”
August 24, 1747, in WRJW 5:37-52.
[93] E. H. Sugden,'The Standard Sermons of John Wesley',
Vol. I . https://www.cai.org/bible-studies/scriptural-christianity-john-wesley.
[94] Notas
Explicativas , p. 625 (1 Corintios 12:31). Observe seu
comentário sobre cura, p. 623. Veja também o Sermão, "O
caminho mais excelente", Works (Jackson), 7:27; Notas
Explicativas , p. 713 (em Eph. 4: 8-11). http://www.swartzentrover.com/cotor/e-books/freemeth/flame/tdf04.html.
[95].JR, Robert
G. Tutlle. João Wesley e os dons do Espírito Santo. Professor de evangelismo na
Escola Missões Mundiais E. Stanley Jones e Evangelismo no Asbury Theological Seminary em Wilmore, Kentucky, EUA.. https://ucmpage.org/articles/rtuttle1.html;
ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An Analysis of John Wesley’s view
spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da visão de João Wesley sobre dons
espirituais). Dojcin Zivadinovic, Ph.D. Candidato à História da Igreja
(Andrews University), p.58.
[96] Jamin Bradley citando The Works of
John Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/
[97] WESLEY, João. Trechos do Diário de João
Wesley, Ibidem, p.105.
[98] Idem, p.105.
[99] Idem, p.97.
[100] Ibidem, p.87.
[101] Ibidem, p.128.
[102] THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária
Inglêsa. 1 v. Paz e Terra, 1987, 2 v., p.42.
[103]
http://romans1015.com/tag/fetter-lane-revival/
[104] LILIÈVRE, Mateo, op.
cit, p.269.
[105] “John Wesley on
Economics” (Madron apub Bonino, p.26).
[106] Ibidem, p.283.
[107] “The Birth of
Methodism in England” (Halévy apub
Bonino, p. 32).
[108]THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe
Operária Inglêsa. 1 v. Paz e Terra, 1987, 2 v. p. 42.
[109] “Viver a graça de Deus” (WIilliams apud Marquardt, 2000, p.310).
[110] Jamin Bradley citando The Works of
John Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/
[111] BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do
Diário de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista,
1965, p. 90. Esta experiência é citada por alguns carismáticos e pentecostais
como a experiência do Batismo com o
Espírito Santo ou unção do Espírito . No livro Heróis da Fé está escrito sobre
essa experiência: ”Essa unção do Espírito Santo dilatou grandemente os
horizontes espirituais de Wesley” (BOYER, Orlando. Heróis da Fé. Rio de
Janeiro: CPAD, 1986, p.68).
[112] https://en.m.wikipedia.org/wiki/Fetter_Lane_Society; Telford, John (1947). A Vida de John
Wesley . Londres : The Epworth
Press. p. 394. ISBN 0-88019-320-4. pp117.
[113] BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley.
São Paulo, Imprensa Metodista, 1965, p.95.
[114] http://romans1015.com/tag/fetter-lane-revival/; John Gillies,
Memoirs of the Life of George Whitefield, p.34
[115]
http://www.revempete.us/research/holiness/johnwesley.html
[116] BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do
Diário de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista,
1965, p.99.
[117] WESLEY, João. Trechos do diário de João
Wesley, ibidem, p.115.
[118] Ibidem,, p.37-8.
[119] Ibidem, p.84.
[120] Ibidem, p.156.
[121] _____.Trechos do diário de João Wesley, Ibidem, p.99.
[122] HEITZENHATER,
Richard P., Ibidem, p.277.
[123] Ibidem, p.293.
[124] Ibidem, p.293.
[125] Ibidem, p.100.
[126] Ibidem, p.100-1.
[127] Ibidem, p.100.
[128] Ibidem, p.293.
[129] Ibidem, p.127.
[130] BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do
Diário de João Wesley. Junta Geral de Educação Cristã, Imprensa Metodista,
1965, p.130.
[131] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley - Sua vida e
obra. São Paulo: Editora Vida, 1997, p.217.
[132] Ibidem, p.216.
[133] Ibidem, p.217.
[134] Ibidem, p.218.
[135] HEITZENHATER,
Richard P., Ibidem, p. 277.
[136] Ibidem.
[137] BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do
diário de João Wesley, Ibidem, p.99.
[138]
Idem.
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