A vida
sentimental dos irmãos Wesley
Felicidade
e tragédia
Odilon Massolar Chaves
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Chaves
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Tradutor:
Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento
metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma
para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor
Índice
Introdução
- A visão de Wesley sobre o casamento
- O
relacionamento de Wesley com Betty Kirkham
- O
relacionamento de Wesley com Sophy Hopkey
- O relacionamento
de Wesley com Graça Murray
- O casamento de Wesley com Mary Vazeille
- Carlos Wesley, um feliz casamento com Sally
- Sally, a esposa de Carlos Wesley
- Eu e minha casa serviremos ao Senhor
- Princípios
de Wesley sobre o casamento
Introdução
O homem que Deus usou poderosamente na Inglaterra com um avivamento que mudou a sorte de milhares de pessoas e do país não foi feliz no casamento.
Na visão de Wesley, sua missão era espalhar a santidade e transformar a Igreja. Além disso, O casamento era uma concessão à fraqueza humana. Devia ser adiado o quanto fosse possível,
Os seus três relacionamentos foram desastrosos, mas o casamento foi uma tragédia.
João Wesley teve, pelo menos, quatro relacionamentos sentimentais.
O primeiro foi muito superficial, sendo mais para um estudante que se apaixona,
mas nunca se declara. Começou no Clube Santo com a irmã de um dos membros. Ela
o influenciou na visão sobre a perfeição e passou a ter a admiração de Wesley,
mas não foi nada mais do que isso.
O segundo, na Geórgia, foi um grande desastre. O que tirou de bom foi que o estimulou de alguma forma a buscar mais a sua experiencia com Deus.
O terceiro foi muito sofredor. Um relacionamento que tinha tudo para dar certo, mas Wesley, mais uma vez, sofreu com o abandono.
O último foi uma grande tragédia, pois no final sua esposa o abandonou e ele nunca mais quis se casar.
Já Carlos Wesley foi um romântico apaixonado que foi muito feliz no casamento.
Pela ordem histórica, estudaremos um pouco sobree as mulheres para quem Wesley teve um relacionamento sentimental: Betty Kirkham; Sophy Hopkey; Graça Murray e Molly Vazeille.
No final, veremos o ensino de João Wesley sobre o casamento e o lar.
O Autor
A visão de Wesley sobre o
casamento
Wesley era muito dinâmico e no seu coração só havia o propósito de ser instrumento do Senhor e santificar cada vez mais a sua vida.
Os três relacionamentos começaram porque Wesley teve algum problema de saúde e elas, então, cuidaram de Wesley.
“Três vezes esteve bem doente: na Geórgia, em 1737, onde Miss Hopkey lhe servia de enfermeira; em Newcastle, em 1748, onde recebia as ministrações de Graça Murray; e em Londres, em 1751, onde Mrs. Vaseille lhe cuidou”. [1]
Não foi algo apaixonante, pois Wesley pensava em uma companheira para apoiá-lo na sua missão de espalhar a santidade e transformar a Igreja e a nação.
Interessante, o mesmo aconteceu com Carlos Wesley que ficou doente em uma viagem missionária e ficou hospedado em uma casa rica. Conheceu Sally que cuidou dele e Carlos ficou muito apaixonado.
Certamente, o extremo cuidado de sua mãe com os filhos e filhas desde cedo marcou profundamente a vida dos irmãos Wesley.
Nos primeiros anos da vida de Wesley era só ele com sua mãe e suas irmãs. Seu pai sempre foi muito ausente. Certamente, tudo isso influenciou grandemente Wesley em sua visão sobre o casamento.
Para João Wesley cada mulher era retrato de sua mãe.[2]
“Em 1743 João Wesley publicou um tratado intitulado ‘Pensamentos sobre o casamento e a Vida Celibatária’, que poderia quase ter sido escrito por um Católico Romano asceta e convicto. O celibato, ele ensinou, ainda que não fosse de obrigação imperativa e universal; entretanto para ele era estado mais elevado do que o casamento. O casamento constituía uma concessão à fraqueza humana, e devia ser adiado em todos os casos por tanto tempo quanto fosse possível, e absolutamente rejeitado onde havia graça suficiente para que isto pudesse se fazer. Quando Carlos e João Wesley voltaram da Geórgia, na América, fizeram um pacto, cada qual se penhorando a não se casar sem o consentimento do outro.[3]
Mas uma coisa é a teoria e outra é a natureza humana. Wesley aceitou fazer concessões. “Em Junho de 1748 celebramos a Conferência em Londres. Diversos irmãos então fizeram objeções aos “Pensamentos sobre o Casamento e a vida celibatária” e em pleno e amigável debate, me convenceram que um crente poderia casar-se sem sofrer dano na sua alma.”[4]
Os relacionamentos de Wesley não deram certo também porque Wesley tinha o Reino de Deus quase 100% em primeiro lugar. Não havia muito espaço para uma esposa.
Na Geórgia foi assim quando ficou entre o desejo de se casar com Miss Hopkey e a culpa por achar que isso iria atrapalhar sua santificação e dedicação à missão. Decidiu não se envolver.
Wesley não entendia também que as mulheres pensavam diferente dele em relação a dedicação ao Reino de Deus e não à esposa. Com Graça Murray foi assim.
Ela ficou decepcionada e se
casou com outro. Wesley pensava em se casar com ela.
“Uma semana depois de ter-lhe proposto casamento Wesley tinha de começar uma viagem de pregação; antes de fazer isto, ele disse a Graça Murray que estava convencido que Deus tencionava que ela fosse sua esposa. Ela então protestou que ‘não podia suportar ser deixada atrás desta maneira’ e Wesley a levou como auxiliadora em seus serviços. Quando ele chegou ao circuito de Bennet deixou Graça Murray ali inteiramente inconsciente das relações entre os dois. Dentro de uma semana Bennet, escreveu a Wesley, pedindo-lhe licença para casar-se com Graça Murray, e com a carta dele veio outra da Graça Murray dizendo que acreditava ser da vontade de Deus que ela se casasse – não com o Wesley – mas com Bennet!”.[5]
Foi terrível para Wesley.
No capítulo sobre Graça Murray abordamos profundamente esse assunto.
Quanto à Mary ou Molly
Vazielle, seu casamento pode ser considerado um terrível acidente. Wesley se
feriu e foi cuidado por ela. Em 8 dias se casou.
“O acidente se deu aos 10 de fevereiro de 1851. Aos 17 de Fevereiro ele foi levado para a Foundry, e pregou de joelhos, não podendo ficar de pé. No dia seguinte, dia 18 de fevereiro de 1851, ainda manco, casou-se com a viúva Vazielle”.[6]
Podemos dizer que Wesley tinha seus hábitos muito dinâmicos e vivia em viagem missionária deixando a esposa mito só. Mas se casar manco parece que foi um sinal. Ele viveu manco sempre em seu casamento com Mary Vazielle.
Por fim, Wesley preferiu viver o restante da sua vida servindo somente ao Senhor.
O relacionamento de Wesley com Betty Kirkham
Ele conheceu o primeiro, Betty Kirkham, nos primeiros dias do movimento metodista. Kirkham era a irmã de Robert, que participava do Clube Santo em Oxford.
“O grupo original de Metodistas era uma constelação de bons nomes: Roberto Kirkham, Guilherme Morgan, Jayme Harvey, o autor das então famosas, mas agora, felizmente, esquecidas “Meditações entre as Tumbas”; George Whitefield”.[7]
Segundo estudiosos, a pessoa que levou Wesley para “os escritos de Thomas à Kempis e Jeremy Taylor, em 1725, era Miss Betty Kirkham, cujo pai era reitor de Stanton em Gloucestershire. Até esse momento, Wesley diz que não tinha noção de santidade interior, mas continuou "habitualmente e, em grande parte, muito satisfeito com algum ou outro pecado conhecido, de fato com alguns intervalos e brigas, especialmente antes e depois da Santa Comunhão", que ele foi obrigado a comparecer três vezes ao ano”.[8]
De acordo com “John Wesley, o Metodista”, Wesley
"correspondia da maneira curiosa e incompleta do dia - um estilo que
depois ele abandonou completamente". O relacionamento, se houver algum
além de algumas cartas de amor, não deu certo.[9]
O relacionamento de Wesley
com Sophy Hopkey
Na Geórgia, em seu trabalho missionário voluntário, Wesley conheceu e se apaixonou por Sophy Hopkey, sobrinha do magistrado-chefe de Savannah.
“Wesley estava apaixonado e gostaria de se casar com Sophy, mas foi dilacerado por conflitos entre amor, dever, noções sobre o valor do celibato e muito mais…”.[10]
Essa atitude Wesley deixou Sophy confusa e ela acabou se casando com Williamson, uma pessoa importante em Savannah.
“Em seu papel como pastor de Hopkey, parece que Wesley a aconselhou a não se casar por causa de seu crescimento espiritual. Quando o fez, Wesley sentiu o dever de repreendê-la e recusou-se a servir sua comunhão. Seu novo marido prestou queixa e a reputação de Wesley ficou manchada. Antes que as coisas aumentassem demais, Wesley embarcou em um barco de volta para a Inglaterra”.[11]
O término do relacionamento sentimental de João Wesley com Sophy Hopkey e o casamento apressado dela com Williamson foi desastroso para a vida do homem e pároco João Wesley.
A descoberta de que ela tinha um comportamento secreto duplo e a sua falta de penitência, levou Wesley a excluí-la da comunhão. Isso foi considerado uma afronta por William Williamson, marido de Sophy, que fez uma série de acusações ao grande júri de Savannah contra Wesley.[12]
Thomas Causton, tutor de Sophy e magistrado-chefe formou um júri e indiciou Wesley em dez acusações. Para ele, Wesley era um mau caráter:
“(...) um hipócrita malicioso, um sedutor, um traidor de minha confiança, um egrégio mentiroso e dissimulador, empenhado em afastar de mulheres casadas as afeições por seus maridos, um beberrão, o proprietário de um bordel, admitindo prostituas (...).”[13]
Wesley deixou secretamente a colônia, em dezembro de 1737, com amargura e desapontamento, antes que qualquer julgamento fosse realizado.[14]
Alguns historiadores acham difícil entender como Wesley teve tanta inabilidade para desenvolver um relacionamento duradouro com uma mulher.[15] Richard Heitzenhater acredita que o fato de Wesley ter vivido até os quatro anos de idade, ou seja seus primeiros anos de vida, somente com suas irmãs, pois só havia ainda ele de menino em casa, ajudou Wesley, mais tarde, a ter uma disposição de aceitar as habilidades da liderança das mulheres permitindo que elas pregassem.[16]
No relacionamento sentimental não aconteceu o mesmo.
Wesley chegou a defender o celibato ao escrever sobre Pensamentos
de uma vida de solteiro onde ele exalta os exemplos de Jesus e de Paulo.[17]
O relacionamento de Wesley com Graça Murray
Wesley pensava em ficar solteiro, mas um dia ele mudou de opinião e se interessou por Graça Murray, uma viúva que era governanta em um orfanato.[18]
Grace Murray (1716-1803) nasceu em Newcastle, Inglaterra. Aos dezoito anos foi para Londres trabalhar como doméstica. Ela se casou com um jovem marinheiro escocês cuja família era falida.
Grace perdeu o bebê e ficou muito perturbada. Compareceu a um
culto metodista na Fundição em Londres, mesmo com a oposição do seu
marido. Ela permaneceu firme. O primeiro sermão que ela ouviu de
Wesley, em 1740, influenciou profundamente sua mente e seu
coração. Fervorosamente John Wesley perguntou: “Existe alguém aqui que
tenha um desejo verdadeiro de ser salvo?” A Sra. Murray diz: “Meu coração
respondeu: sim, eu tenho”. Ela tomou posse das promessas.
Em 1742, seu marido morreu afogado no mar. Grace voltou para sua casa em Newcastle e para os metodistas. Wesley a nomeou para supervisionar o Orphan House em Newcastle, em 1743.
Ela era hábil, firme, eficiente e carinhosa. Era jovem, bonita e bem-educada.
Wesley se encantou com Grace e lhe disse: "Se algum dia eu me casar, acho que você será a pessoa!". Wesley fez planos para viajar até Yorkshire. Grace, não querendo separar-se tão rapidamente dele o convenceu a deixá-la ir com ele.
Grace ministrava aos enfermos e aos idosos. Tinha cem membros em suas classes da sociedade que ela instruía. Visitou as aldeias vizinhas para ler e orar com os habitantes. A pedido de Wesley, ela cuidou de um dos pregadores metodistas inválidos na Casa dos Órfãos, mas depois saiu e foi passar seis meses em Londres, voltou ao Lar e novamente saiu por alguma queixa pessoal.
Ela foi pioneira na pregação e como líder de classe.
No outono de 1745, ela retornou aos seus deveres no Lar. Ela visitava os doentes, atendia às necessidades das sociedades do campo e era a enfermeira dos itinerantes de Wesley, que muitas vezes se sentiam mal por causa da exposição e do trabalho excessivo. Houve uma época em que ela tinha sete pregadores como pacientes, um dos quais era John Bennett, que estava sob seus cuidados durante seis longos meses.
Wesley a elogiava como sendo “incansavelmente paciente e inexprimivelmente terna; rápida, limpa e habilidosa; de um comportamento envolvente e de um temperamento brando, alegre, e ainda assim sério; enquanto, por fim, seus dons de utilidade eram como os que ele não viu iguais”.
Em agosto de 1748, Wesley ficou bem doente e Grace Murray cuidou dele. Wesley tinha quarenta e cinco anos de idade e Grace trinta e dois anos, quando ele decidiu fazer dela sua esposa. Quando ele sugeriu o casamento, ela respondeu: “Isto é uma grande bênção para mim. Não sei dizer como acreditar. Isso é tudo o que eu poderia desejar debaixo do céu”.
A seu pedido, Wesley a levou junto com ele pelos condados de York e Derby, onde Grace era muito útil, tanto para ele quanto para as sociedades. Wesley falava dela como "sendo a sua mão direita". Como os itinerantes metodistas daqueles dias, ela viajava a cavalo.
Durante sua turnê pelo Norte, Grace Murray permaneceu em Bolton por algum tempo. Em abril de 1749, ela acompanhou Wesley em uma turnê evangelística na Irlanda. Por três meses, ela foi sua companheira constante. Ela examinou todas as mulheres nas sociedades menores, estabeleceu as células femininas, visitou os doentes e orou com os penitentes. Ela agiu como monitora de tal forma que a estima e afeição de Wesley aumentaram diariamente.
Na cidade de Dublin, eles entraram em um compromisso matrimonial solene. Ela viajou com John Wesley para Bristol, Londres e Newcastle. Durante cinco meses, eles dificilmente se separaram um do outro.
John Bennett (1714-1759) conheceu Wesley em Epworth e disse a ele que Grace Murray havia lhe enviado toda a correspondência que Wesley havia escrito para ela.
Aparentemente, Wesley considerava Grace como sua noiva. Tudo indica que Grace não havia interpretado a expressão de amor de Wesley como prova de um noivado e assim manteve sua correspondência com John Bennett.
John Wesley escreveu a seu irmão Charles sobre seu desejo de se casar. Seu irmão o repreendeu e procurou mudar o desejo de Wesley preocupado com os rumos do metodismo.
Charles Wesley viajou para Hindley Hill, onde Grace estava hospedada, e convenceu-a de que casar-se com seu irmão seria um desastre para o Metodismo. Charles a acompanhou de volta a Newcastle e convenceu-a a se casar imediatamente com outro amigo seu, John Bennet. Sem o conhecimento de Wesley e por insistência de Charles, em 1749, John Bennett e Grace Murray se casaram.
Após alguns comentários caluniosos e crítica de Bennett contra Wesley, ele reagiu em uma carta particular para Bennett: “(...) eu amava acima de tudo na terra e totalmente desenhada para minha esposa. Para esta mulher você propôs casamento, sem meu conhecimento ou consentimento...Você me escreveu que não daria mais um passo sem meu consentimento, mas... você a arrancou de mim... “Acho que você me fez o erro mais profundo que eu posso receber deste lado do túmulo. Mas eu te poupo” (...).
John Wesley ficou decepcionado e disse a seu irmão que nunca havia
sofrido tanto desde os 6 anos de idade. Ele a viu em Leeds no terceiro dia após
seu casamento, e não a viu novamente até o ano de 1788. Em 3 de abril de 1752,
John Bennett se separou do Metodismo Wesleyano. Ele morreu em 1759 aos
quarenta e cinco anos.
Grace, então, foi para Chapel-en-le-Frith com seus filhos. Mais uma vez ela se uniu ao metodismo e dirigiu uma reunião de classe semanalmente em sua própria casa.
Um de seus filhos se tornou o ministro da Capela do Pavimento em Moorfields. No ano de 1788, quando ela visitou seu filho em Londres, Thomas Olivers, pregador de Wesley, disse a ele que Grace gostaria de vê-lo mais uma vez.
Por trinta anos, Wesley não havia mencionado o nome dela. Wesley resolveu visitá-la e preservou mais do que seu habitual autocontrole. A conversa não demorou muito. Nunca mais se viu Wesley mencionar o nome dela.
Grace Murray foi uma mulher notável - uma líder de classe e
pregadora pioneira dentro do antigo movimento metodista. Durante toda a sua
viuvez, a vida e a conversa de Grace foi da maior honra. Ela morreu em paz em 23 de fevereiro de 1803,
aos 89 anos.[19]
O casamento de Wesley com Molly Vazeille
Em 1751, Wesley foi apresentado a viúva, Sra.Vazeille, mãe de quatro filhos, que parecia ter ótimas qualidades.[20]
Em 2 de fevereiro de 1751, com 48 anos, Wesley argumentou a razão de se casar: “Por muitos anos fiquei solteiro, julgando que podia ser mais útil como solteiro do que como casado. E louvo a Deus que me ajudou a viver assim. Agora estou plenamente convencido de que, nas minhas circunstâncias atuais, poderei ser mais útil no estado de casado.”[21]
Wesley se acidentou em 10 de fevereiro de 1751 machucando o pé. Teve que pregar de joelhos. Foi cuidado por Mary Vazielle. Oito dias depois, em 18 de fevereiro de 1751, Wesley se casou ainda manco.
Wesley não pediu conselhos ao seu irmão Carlos, pois ele já havia atrapalhado seu relacionamento com Graça Murray.
Certamente, Wesley pensou que uma enfermeira poderia fazer o mesmo como uma esposa. Não estava apaixonado. Wesley amava, sim, intensamente ao Reino de Deus.
A agenda de viagens de Wesley prejudicou o casamento deles. No início, Molly o acompanhou, mas logo foi demais. Parece que ela começou a se ressentir com o tempo deles.
Mas Wesley passou a ter sérias dificuldades com sua esposa, que era muito ciumenta.
“Todas as qualidades dela eram, com efeito, eclipsadas por um grande defeito: era muito ciumenta. Incapaz de compreender a natureza e elevação do caráter de seu esposo, nem a pureza de seus motivos, deixou-se levar por sua imaginação desviada até conceber as suspeitas mais absurdas e afrontosas (...).Dominadas por ideias preconcebidas, algumas vezes o seguia até 100 milhas de distância para vê-lo entrar em uma cidade e descobrir que tipo de companhia ele levava pelo caminho afora.”[22]
Molly deixou Wesley várias vezes, mas depois retornava.
O casamento terminou em 23 de janeiro de 1771, quando ela deixou a casa. Wesley tinha 68 anos. Apesar de amá-la, declarou:
“Hoje, não sei porque motivo, ela saiu para Newcastle com a intenção de nunca mais voltar. Non eam reliqui; nom dismasi; non recabo.” [23]Alguns estudiosos afirmam que Wesley foi precipitado no casamento com Molly Vazeille, que tinha 41 anos.[24]
Alguns teólogos e historiadores não poupam a esposa de Wesley.
Um deles disse: “A mulher de Wesley viveu até o ano 1781, e durante aqueles trinta anos era para o marido a encarnação de uma tormenta constante. A princípio ela lhe acompanhava em suas viagens de pregação, mas o seu gênio de ficar descontente, e de contrariar a todos ao seu redor, acabou com isso. Dentro de um mês depois do casamento o tópico predileto desta notável mulher foi conversar sobre as faltas do seu grande marido. Durante um ano houve um rompimento confesso e incurável”. [25]
Teólogos e historiadores reconhecem também que Wesley era uma pessoa difícil, mas a crítica muito maior é para ela:
“Wesley, sem dúvida, era marido um pouco difícil! O seu caráter e hábitos já eram fixos: ele viajava incessantemente; a sua vida não tinha cousa alguma privada. A mulher casada com Wesley bem poderia se sentir como se estivesse atada à cauda de um cometa. Entretanto Wesley era homem de paciência invencível, de bondade ilimitada e possuía as profundezas de sentimento que uma verdadeira mulher poderia ter ganhado com facilidade. Mas a sua esposa não era cousa melhor do que um mosquito humano. A sua ocupação era dar ferroada”.[26]
Numa das cartas para ela, Wesley disse: “Deus tem usado muitos meios para dominar sua vontade rebelde e quebrantar a impetuosidade de seu caráter violento… Você é agora mais humilde, mais dócil, mais paciente e mais pacifica do que antes? Temo que seja o contrário; temo muito que seu temperamento natural esteja cada vez pior, ao invés de melhorar. Oh, tenha cuidado para que Deus não a entregue à cobiça de seu coração e a condene a ser guiada pela sua própria fantasia! (...)”.[27]
Depois desta experiência sentimental, Wesley permaneceu só até o fim de sua vida.
Molly morreu em outubro de 1781.
Carlos Wesley, um feliz casamento com Sally
Carlos Wesley (1707-1788) era filho de Susanna e Samuel Wesley, um pastor anglicano. Foi irmão de João Wesley. Susanna foi uma mãe exemplar que lhe ensinou desde cedo o Evangelho e a vida de disciplina.
Carlos teve atuação espiritual marcante. Ele criou o Clube Santo para buscar a santidade. Foi como missionário com Wesley para a Geórgia, América, e escreveu cerca de 9 mil hinos. Foi pregador itinerante do metodismo. Viajou milhares de quilômetros para pregar na Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales.
Em 1747, Carlos conheceu Sarah Gwynne (1726-1822) também conhecida como Sally, que tinha 19 anos. Parece que foi amor à primeira vista. Era filha de uma família rica, no País de Gales. Seu pai Marmaduke Gwynne oferecia acomodações para viajantes evangélicos e por cinco dias ofereceu um lugar para Carlos e John Wesley.
Carlos retornou doente ao País de Gales, em março de 1748 e foi hospedado na casa de Marmaduke Gwynne. Sally cuidou dele. Foi assim, em 3 de abril de 1748, que ele parece ter proposto casamento para ela. Em seu Diário, ele observou: "À noite a minha mais querida Sally, como meu anjo da guarda, me acompanhou ... perguntei-lhe se ela poderia confiar em mim mesmo para a vida e com uma simplicidade nobre ela prontamente me respondeu que poderia."[30] Carlos lhe propôs o casamento. A mãe de Sarah estava feliz em ver Carlos se tornar seu genro.
Para expressar seu amor, Carlos frequentemente escrevia
hinos. Nos “Hinos e Poemas Sagrados” (1749), estão cinquenta e cinco
hinos com o título "Para amigos cristãos". Embora sejam todos
aplicáveis a amigos cristãos em geral, foram escritos inspirados pela sua
amizade com Sally.[31]
A diferença de idade entre Sally e Carlos era de quase vinte anos, mas ambos foram atraídos um pelo outro. O pai dela e a mãe de Sally estavam preocupados por Carlos não ter renda fixa. Carlos falou com o irmão sobre isso, e aparentemente em uma carta à mãe de Sally, ele indicou que o dinheiro poderia ser fornecido a partir da venda de seus livros.[32]
Wesley garantiu a seu irmão uma renda de £100 por ano das vendas de livros para tranquilizar a posição financeira da família Gwynne. Carlos e Sally se casaram em 1749 por John Wesley.[33]
Seguiu-se uma lua de mel de duas semanas, mas podemos levantar algumas perguntas sobre isso, pois Carlos pregou todos os dias da lua de mel![34]
Eles tiveram oito filhos. Somente sobreviveram: Samuel, Charles e Sarah. Dos seus três filhos sobreviventes, dois foram músicos muito talentosos.[35] Sally ficou com o coração partido pelas mortes de seus filhos. Em viagem, Carlos escrevia diversas cartas na tentativa de consolar sua esposa.[36]
As crianças sobreviventes foram Charles Wesley Junior, Samuel Wesley e Sarah Senior. Os dois filhos foram dotados musicalmente. Sua mãe era conhecida por suas habilidades musicais e incluindo sua voz de canto que ela ainda usava para entreter em sua velhice. Sarah Senior tocava para o rei George III.[37]
Em 1756, Carlos Wesley revelou ser um marido apaixonado. Viajava na itinerância metodista e escrevia para sua esposa Sally: “Meu coração está com você. Eu quero você todos os dias e horas. Eu deveria estar com você sempre (...), pois ninguém pode suprir o seu lugar".
Charles provou ser não só um marido amoroso, mas também um devotado pai, embora fosse rigoroso. Ele diminuiu seu ministério itinerante, pois queria prestar atenção às suas responsabilidades familiares. Uma série de cartas para seus filhos sobrevivem, na qual ele revela sua preocupação com seu bem-estar espiritual, bem como suas necessidades temporais.[38]
Aos 79 anos, Carlos Wesley já havia percorrido 365 mil quilômetros em seu ministério e havia participado de 46 mil cultos, cruzadas e reuniões evangelísticas. Foi ele quem enviou, em 1786, os primeiros missionários metodistas para a Índia. Quase dois anos depois, Carlos Wesley faleceu, em 29 de março de 1788.[39]
Sally morreu em 28 de dezembro de 1818 e foi enterrada com seu
marido na Igreja Paroquial St Marylebone.[40]
Sally, a esposa de Carlos Wesley
Sarah Gwynne Wesley (1726-1822) nasceu em Garth, Powys, Inglaterra. Era conhecida também como Sally, filha de Marmaduke Gwynne (1692-1769), um homem rico e anglicano, que empregava seu próprio capelão. Era um magistrado local. Um dia foi prender o pregador Howell Harris, mas ao escutar seu sermão mudou de ideia e se tornou um metodista.
Em 1747, Carlos Wesley viajava para a Irlanda e parou para visitar um amigo perto de Garth, a grande propriedade rural de Marmaduke, que foi ver Carlos e levou duas de suas filhas. Carlos conheceu Sarah e teve amor à primeira vista. Aceitou um convite para ir a Garth para pregar na casa, onde permaneceu por cinco dias. Da Irlanda Carlos se correspondeu com Sarah.
Ao regressar, Carlos parou em Garth, cansado e doente. Sally (Sarah) cuidou dele por seis dias. Em 3 de abril de 1748, Carlos pediu a mão de Sally em casamento, que aceitou.
A diferença de idade era de quase vinte anos e a diferença social era enorme. Sarah foi criada em uma casa grande com 20 servos e tutores para as filhas. Carlos não tinha residência fixa ou renda regular. Foi preciso Wesley garantir à família Gwynne uma renda anual de £100 de Carlos Wesley pela venda de livros. Wesley dirigiu a cerimônia de casamento, em 1749, numa Igreja pequena da paróquia em Llanlleonfel.
Em 1749, o casal foi para Bristol e, em 1771, para Londres. A mãe de Sally lhes ofereceu sua casa mobiliada e grande em Marylebone. Foram muito felizes. O casamento mudou a vida de Carlos.
Em 1756, Carlos estava na itinerância e escreveu para Sally: “Meu coração está com você. Eu quero você todos os dias e horas. Eu deveria estar com você sempre, ou não todos; pois ninguém pode suprir o seu lugar".
Carlos Wesley escreveu, em 1782: "Nenhum passo ou ação na vida tem tanto influência na eternidade como casamento. É um paraíso ou inferno... neste Mundo...".
Dos oito filhos que tiveram apenas Charles, Samuel e Sarah chegaram a idade adulta. Sally tocava cravo e cantava com uma voz doce acalmando seus filhos. Ela deu às crianças a primeira orientação musical. Charles e Samuel foram talentosos e seguiram a carreira musical. Sarah chegou a se apresentar musicalmente para o rei George III*.
Charles e Samuel davam concertos em sua casa. O dom de Sarah era a música por meio da qual falava aos corações.
Muitos se surpreendiam com Sarah por ser boa cantora em seus oitenta anos. O Rev. Francis Fortescue escreveu em seu diário que à Sra. Wesley, "que são mais de oitenta anos de idade, cantado, para nosso grande assombro, duas das canções de Handel”.
Ela viveu 96 anos. A casa em Marylebone tem uma placa e é
preservada como "Casa de Charles Wesley".[41]
Eu e minha casa serviremos ao Senhor
No seu sermão “religião familiar”, João Wesley procurou responder à pergunta: Mas qual é o propósito desta resolução: "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" (Josué 24.15)?
Wesley lembrou que Josué já estava idoso e "ajuntou as tribos de Israel a Siquém e chamou os anciãos de Israel, por suas cabeças, por seus juízes e oficiais, e apresentaram-se perante o Senhor " (Josué 24.1). “E Josué lhes relatou as grandes coisas que Deus havia feito por seus pais; (Josué 24: 2-14;) concluindo com aquela forte exortação: "Agora, pois, teme o Senhor, e sirva-o com sinceridade e verdade; e separe os deuses que teus pais serviram do outro lado do rio (Jordão) e no Egito. ".[42]
Ele prosseguiu: "Se lhe parecer mal servir o Senhor, escolhem hoje a quem sirvais; se os deuses seus servos serviram na outra margem do dilúvio, ou os deuses dos amorreus em cuja terra habitas: Mas eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.
Wesley concluiu afirmando que foi uma resolução digna de um santo idoso, que tivera grande experiência, desde a juventude, da bondade do Mestre a quem havia se dedicado.[43]
Voltemos a questão de Wesley: “Mas qual é o propósito desta resolução: ‘Eu e minha casa serviremos ao Senhor"?
Wesley procurou primeiro responder o que é "servir ao Senhor". Para ele, não é servir com um serviço externo, mas com o interior, com o serviço do coração, "adorando-o em espírito na verdade". A primeira coisa implicada neste serviço é a fé; acreditando no nome do Filho de Deus. Não podemos prestar um serviço aceitável a Deus, até crermos em Jesus Cristo a quem ele enviou.[44]
Amar a Deus e servir a Deus para Wesley é a mesma coisa. Nós o amamos porque ele nos amou primeiro. E quem ama a Deus não pode deixar de amar ao seu irmão.
Wesley aprofundou mais sobre o servir e afirma que “uma coisa mais está implícita em ‘servir ao Senhor’, a saber, a obediência a ele; o andar firme em todos os seus caminhos, fazendo a sua vontade do coração. Como aqueles ‘seus servos’ acima, que fazem o seu prazer, que guardam os seus mandamentos, evitam cuidadosamente tudo o que ele proibiu, e zelosamente fazem o que ele tem ordenado; estudando sempre para ter consciência sem ofensa a Deus e ao homem”.[45]
Wesley procurou se aprofundar no significado de “minha casa”. De uma forma bela e profunda, ele disse: “A pessoa em sua casa que reclama sua primeira e mais próxima atenção é, sem dúvida, sua esposa; vendo que você deve amá-la, assim como Cristo amou a Igreja, quando deu a vida por ela, para que pudesse ‘purificá-la para si mesmo, não tendo mancha, nem ruga, nem coisa semelhante(...)”.[46]
Depois Wesley incluiu os filhos e filhas em “minha casa”. Ele disse: “Ao lado de sua esposa estão seus filhos; espíritos imortais a quem Deus tem, por um tempo, confiado ao seu cuidado, para que você possa treiná-los em toda a santidade e encaixá-los para o desfrute de Deus na eternidade.”[47]
Wesley ainda inclui os servos a quem ele afirmou devem ser considerados como filhos secundários.
Ele disse que esses servos estão sob sua responsabilidade para serem salvos: “Para cada um sob o seu teto que tem uma alma para ser salva, que são legalmente contratados para permanecer com você por um período de anos; não apenas funcionários contratados, quer contratem voluntariamente por um período menor de tempo; mas também aqueles que o servem na semana do dia: pois estes também são, em certa medida, entregues em suas mãos”.[48]
Nesse sermão, João Wesley ainda deu diversas orientações sobre procedimentos do marido para com a esposa, filhos e trabalhadores de sua casa.
Princípios de Wesley sobre o casamento
João Wesley teve uma mãe exemplar, que lhe ensinou a viver em santidade e vida disciplinada. Ele não foi feliz no casamento, mas sabia da importância da família ser santa. Neste estudo conheceremos alguns dos principais princípios de Wesley sobre o casamento:
O casamento é santo e honrado
“Sendo o casamento santo e honrado não pode ser usado como uma pretensão em dar largas aos nossos desejos”.[49] Largas é o mesmo que ampliar, expandir.
A prioridade de um marido em sua casa
“A pessoa que exige as suas primeiras atenções na sua casa é, sem dúvida, a sua esposa, visto que o senhor tem de amá-la como Cristo amou a sua Igreja”.[50]
O pai deve treinar os filhos para a santidade
“Em segundo lugar vem os filhos – espíritos imortais que Deus confiou ao seu cuidado, por algum tempo, para que possa treiná-los em toda santidade e prepará-los para a alegria de Deus na eternidade”.[51]
O objetivo maior é ser santo
Ao discernir entre o casamento e uma vida única, Wesley oferece o
seguinte sábio conselho: "Em qual desses estados posso ser muito santo e
fazer o melhor?”.[52]
Um marido pronto a perdoar
Palavras de Wesley para sua esposa: “Talvez seja uma bênção indizível que tendes por marido, um que vos conhece o gênio e pode aturá-lo; o qual, depois de lhe terdes cansado por modos enumeráveis acusando-o de causas que ele não sabia, roubando-o, traindo-lhe a confiança, revelando os seus segredos, dando-lhe mil feridas traiçoeiras (...) digo eu, depois de todas essas provocações, está ainda pronto a perdoar-vos tudo, a esquecer-se do passado como se nunca houvesse, e receber-vos de braços abertos; exceto enquanto tiverdes a espada na mão".[53]
O dom de ser solteiro
“Encontrei-me com os solteiros da Sociedade de Londres, e lhes mostrei por quantas razões seria bem para aqueles (os solteiros), tendo recebido este dom de Deus, continuar solteiros por amor do reino dos céus, a não ser onde um caso excepcional constituísse uma isenção da regra".[54]
A família deve adotar a resolução de Josué
“Inculquei fortemente a religião familiar, o grande “desideratum entre os metodistas. Muitos se envergonharam perante Deus e afinal adotaram a resolução de Josué: “Eu e minha casa serviremos ao Senhor”.[55]
“Desideratum” significa “aquilo que se deseja, que se aspira”.
O esforço maior é para toda família cultuar ao Senhor
“O Senhor determinou andar neste caminho, a esforçar-se por todos os meios possíveis para que o sr. e a sua casa sirvam ao Senhor, a fim de todos os membros da sua família possam cultuá-lo”.[56]
A real riqueza para os filhos
“Se fordes portanto, sábios, não procurareis riquezas para vossos filhos através do seu casamento. Sejam os vossos filhos simples também nisto: buscai simplesmente a glória de Deus e a felicidade real dos vossos filhos no tempo e na eternidade”.[57]
Estes são princípios sábios de João Wesley para todas as gerações.
[2]
Idem.
[3] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1777
[4]
Idem.
[5] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1777
[6]
Idem.
[7]
http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1528
[8] https://www.nndb.com/people/486/000096198/
[9]
http://prestonbethesdaumc.org/category/history/page/2/
[10] Reasonable Enthusiast: John Wesley e o Rise of Methodism de Henry D. Rack; http://www.umc.org/what-we-believe/need-love-advice-dont-ask-john-wesley
[11]
Idem.
[12]HEITZENHATER,
Richard P., Ibidem, p.69-0.
[13]
Ibidem, p. 69-0.
[14]
Ibidem, p.71.
[15]
HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.26.
[16]
Ibidem.
[17]
LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.194.
[18]
Ibidem, p.195.
[19]
http://www.mymethodisthistory.org.uk/page/john_bennett
https://www.ccel.org/ccel/wesley/journal.v.html
http://ukwells.org/wells/grace-murray-john-wesley
https://lexloiz.wordpress.com/2010/03/08/john-wesley-tries-to-find-his-future-wife/
John Pollock, Wesley, Hodder, cap. 21.
[20] Ibidem.
[21] WESLEY,
João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p.212.
[22]
Ibidem, p.195-6.
[23]
LELIÈVRE, Mateo, Ibidem, p.197.
[24]
https://www.myheritage.com.br/names/mary_vazeille
[25] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1777
[26]
Idem.
[28]
http://www.worldfuturefund.org/Reports/Wesley/Wesleymarriage.html
[29] https://www.wesleysheritage.org.uk/object/portrait-of-mrs-mary-molly-vazeille-1710-1781/
[30]
http://www.emanuel.ro/wp-content/uploads/2014/06/P-7.2-2009-Michael-A.-G.-Haykin-My-Sister-Dearest-Friend.pdf
[31]
http://media.sermonaudio.com/mediapdf/11108932252.pdf
[32] Idem.
[33] https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Wesley
[34]
http://www.emanuel.ro/wp-content/uploads/2014/06/P-7.2-2009-Michael-A.-G.-Haykin-My-Sister-Dearest-Friend.pdf
[36]
http://media.sermonaudio.com/mediapdf/11108932252.pdf
[37] https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Wesley
[40] https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Wesley
[41]* George
III (Londres, 4 de junho de 1738 – Windsor, 29 de janeiro de 1820)
foi o Rei da Grã-Bretanha e Irlanda de 25 de outubro de 1760 até a união
dos dois países em 1 de janeiro de 1801, tornando-se Rei
do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda até sua morte (
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_III_do_Reino_Unido).
http://media.sermonaudio.com/mediapdf/11108932252.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Wesley
http://media.sermonaudio.com/mediapdf/11108932252.pdf
http://www.lib.utexas.edu/taro/smu/00223/smu-00223.html
http://touchstonecanada.ca/wp-content/uploads/2013/08/Jan-2008-profile.pdf
[42] https://gracelegacybuilders.org/author-month-november-john-wesley/
[43] Idem.
[44] Idem.
[45] Idem.
[46] BURTNER,
Robert – CHLES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley. Imprensa
Metodista, 1960, Junta Geral de Educação Cristã, p.244.
[47] Op.cit, p. 245.
[48] Idem.
[49] Coletânea da teologia de João Wesley, p.244.
[50] Idem.
[51] Op. cit, p.245.
[52]
http://www.umc.org/what-we-believe/marriage-or-the-single-life-advice-from-john-wesley
[53] http://www.metodistavilaisabel.org.br/artigosepublicacoes/descricaocolunas.asp?Numero=1777
[54] Idem.
[55] Coletânea da teologia de João Wesley, p.243
[56] Op.cit. p. 245.
[57] Idem.
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