A Vida Intensa
de Oração de João Wesley
Odilon
Massolar Chaves
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Chaves
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Biblioteca Wesleyana: 66
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Tradutor: Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia
e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século
XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de
Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória seja dada
ao Senhor
Índice
·
Introdução
·
A prática, a experiência e o ensinamento
sobre a oração
·
Interpretação de Wesley sobre a prática e
ensinamento da oração na Bíblia
Introdução
“A Vida Intensa de Oração de João Wesley” é um livro que procura mostrar um líder espiritual vitorioso porque teve uma vida intensa de oração. A oração era parte fundamental da vida e ministério de João Wesley.
R.T. Kendall, escritor, teólogo e pastor na capela de Westminster, em Londres, escreveram que “John Wesley (1703-1791) orava duas horas por dia”. [2] Segundo o autor, na América e Inglaterra, os líderes as Igrejas oram em média 4 minutos por dia.
Mas Wesley orava ainda muito mais: Ele “se levantava às 4 da manhã todos os dias para buscar a Deus nas primeiras quatro horas do dia. Em seus últimos anos, Wesley era conhecido por passar até 8 horas em oração”.[3]
Essa é a grande diferença entre um ministério pastoral bem-sucedido e outro, não.
No ano de 1733, Wesley publicou: “Coletânea de formas de oração”. Diz ele: “Falei explicitamente em dar totalmente o coração e a vida a Deus. Esta foi, então, como é agora, a minha ideia a respeito da perfeição”.[4]
Oração é um meio fundamental para gerar a perfeição cristã, comunhão com o Pai e uma vida de vitória.
“A oração, disse Wesley, "é o grande meio de se aproximar de Deus" (Carta à Senhorita de Março, 3–29–1760); é "o sopro da nossa vida espiritual" (NT Notes, ITs 5:16)”.[5]
E Wesley disse mais ainda no seu sermão The Wilderness State: a "negligência da oração privada" é a razão mais comum pela qual as pessoas perdem sua fé.[6]
Neste livro, destacamos a prática, experiência e ensinamentos de Wesley sobre a oração e, em segundo lugar, seus comentários sobre a oração ensinada e praticada no Novo Testamento.[7]
O Autor
A
prática, a experiência e o ensinamento sobre a oração
São muitas as orientações e práticas de Wesley em relação à oração. Destacamos aqui algumas:
A eficácia do jejum e oração fervorosa
Wesley aqui reconhece que há tipos de demônios diferentes, como Jesus ensinou: “Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum” (Mateus 17.21):
“Este tipo de demônios – não sai,
mas por oração e jejum - Que testemunho aqui da eficácia do jejum, quando
adicionado à oração fervorosa! Alguns tipos de demônios que os apóstolos tinham
expulsado antes disso, sem jejum”.[8]
Oração, marca de santidade
Em 1764, Wesley fez uma revisão e
um sumário do que ele entendia sobre a doutrina da perfeição cristã:
1) Existe a perfeição, pois ela é constantemente citada nas Escrituras. 2) Ela não vem cedo como a justificação, pois as pessoas justificadas precisam ‘prosseguir para a perfeição’ - Hebreus 6:1. 3) Não é tão tardia quanto a morte, pois S.Paulo nos fala de homens vivos que eram perfeitos – Fil.3:15. 4) Não é absoluta. A perfeição absoluta não pertence ao homem, nem aos anjos, mas somente a Deus. 5) Ela não torna o homem infalível: ninguém é infalível enquanto está no corpo. 6) É ela sem pecado? Não vale a pena contendermos a respeito de termos. Ela é ’salvação do pecado’. 7) É ‘amor perfeito’ - I Jo 4:18. Este é a essência da mesma. As suas propriedades ou frutos inseparáveis são: alegria constante, oração sem cessar e em tudo darmos graças- I Ts 5:16, etc. 8) Não podemos prová-la. Não pode de maneira nenhuma permanecer como um ponto indivisível, ser incapaz de desenvolvimento, pois uma pessoa aperfeiçoada em amor pode crescer na graça muito mais rapidamente do que o fazia antes. 9) Pode ser perdida. Temos muitos exemplos disto. Mas não tínhamos inteira convicção disso até 5 ou 6 anos atrás. 10) É constantemente precedida e seguida de um trabalho gradual.” [9]
Aliviadas pela oração
Havia manifestações espirituais e
Wesley descrevia as pessoas como sendo fulminadas, feridas pela espada do
Espírito, tomadas de fortes dores. Algumas caíam de joelhos, outras tinham
estranhos acessos, mas ele registra ainda que a maioria era aliviada pela
oração e alcançava a paz.[10] Mas
isso não era ainda Pentecostes.
Lutando com Deus em oração
Em 1749, Wesley relatou sobre algumas manifestações no final do culto: “Quando, enfim, despedi o povo com a benção, ninguém se mexeu; ficaram todos nos seus lugares, enquanto eu ia passando no meio deles. Logo se ouviu uma pessoa que gritou: ´Meu Deus, meu Deus, tu te esquecestes de mim´. Tendo dito isto, caiu no chão. Oramos a Deus em favor dela. Seus gritos junto com de muitos outros, clamando a Deus, se aumentaram. Mas nós continuamos lutando com Deus em oração, até que Ele nos atendeu com a paz.”[11]
Oração e o Derreamento do Espírito
Os metodistas experimentaram o derramamento do Espírito. “Foi por estarem em oração que houve uma manifestação grande do poder de Deus sobre diversos metodistas no dia 1º de janeiro de 1739. Wesley disse: “Pelas 3 horas da manhã, enquanto nos mantínhamos em oração, o poder de Deus veio poderosamente sobre nós, de tal modo que muitos clamaram de indizível alegria, e muitos caíram por terra.”[12]
Avivamento pela oração
Em 1762 foi notório o mover do Espírito Santo.
Wesley afirmou: "Aprouve a Deus derramar seu Espírito este ano."[13]
Foi um avivamento contínuo por mais de 20 anos. O avivamento começou em uma reunião caseira para oração, cântico de hinos e conversas sobre a necessidade de santificação.[14]
Cura pela oração
Wesley acreditava plenamente na cura pela oração. “Ele orou muitas vezes por sua própria recuperação e registrou que Deus o curou de muitas enfermidades em sua vida. Wesley descreve que uma noite, na capela, seus dentes estavam muito prejudicados. Ele orou e “minha dor cessou e não voltou mais.”[15]
Ele experimentou outras curas: “Em 10 de maio de 1741, Wesley ficou bastante doente. Ele tinha dor na cabeça, bem como nas costas, febre e tosse que era tão grande que dificilmente podia falar. Mas então um milagre aconteceu com Wesley enquanto ele ‘invocava Jesus em voz alta’. Enquanto falava, sua dor desapareceu, a sua febre se afastou e sua força voltou. E, além disso, ele não sentiu nenhuma fraqueza ou dor por muitas semanas depois.”[16]
Para receber a graça santificadora
Para Wesley, a santificação deve ser buscada.
Para ele, devemos esperar pelo “cumprimento da promessa na obediência universal; em guardar todos os mandamentos; negando a nós mesmos, e assumindo a cruz diariamente. Estes são os meios gerais que Deus ordenou para recebermos a sua graça santificadora. As particularidades são a oração, buscando as Escrituras, a comunicação e o jejum."[17]
Oração, fruto da perfeição
Para Wesley, acima de
tudo, a perfeição é “amor perfeito”. Baseado em 1 João 4.18, ele diz que o amor
é a essência da perfeição, os frutos inseparáveis da perfeição são:” alegria
constante, oração sem cessar e em tudo darmos graças – 1 Ts 5.16.”[18]
Oração, parte essencial das bands
Os bands foram importantes no processo de formação da organização metodista.[19]
As principais atividades dos bands “eram a confissão e a oração; o alvo deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o modelo morávio; havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).”[20]
Os bands eram grupos de cinco ou seis pessoas do mesmo sexo comprometidos um com o outro e para a vida santa. Eles se reuniam para ajudar uns aos outros no caminho da perfeição cristã. Estes eram grupos "mais profundos da vida" e apenas cerca de um terço da típica sociedade metodista entrou, ou foi convidado a integrar os bands de onde eles compartilharam suas jornadas espirituais "sem reservas e sem disfarce."
John Wesley chamou isso de "conversa íntima". Ele sentia que o metodismo foi mais próximo do ideal do Novo Testamento nas reuniões de bands.[21]
Exemplo do poder da oração nas bands
Acrescentou o líder da classe Thomas Walsh: "como maravilhosamente nós experimentamos o poder e o amor de Deus sempre que fizemos a oração e súplica a Ele! Tivemos um céu no meio de nós! Um paraíso dentro de nós. O Senhor derramou paz e alegria em nossos corações (...) éramos um só coração e uma só mente na presença de Deus. E não é essa a comunhão dos santos?”[22]
Mais tarde, diante das novas exigências, Wesley fez novas adaptações, criou os bands seletos e os bands penitenciais.
Oração, Espírito na vigília
Para Wesley, o Espírito
Santo pode vir sobre as pessoas “como uma torrente enquanto experimentam o
poder dominador da graça salvadora (...). Mas Ele opera em outros de maneira
muito diferente: Ele exerce a sua influência de maneira delicada, refrescante como
o orvalho silencioso.”[23]
George Whitefield, que estava nessa vigília, disse o seguinte sobre os dias posteriores a esse fato: “Na verdade, foi uma época pentecostal, às vezes noites inteiras eram passadas em oração. Frequentemente, temos nos enchido como vinho novo, e frequentemente os tenho visto oprimidos pela Presença Divina, e clamam: “Será que Deus, de fato, habitará com os homens na terra? Quão terrível é este lugar! Esta não é outra senão a casa de Deus e a porta do céu!”.[24]
Carlos Wesley e a oração
Em 1735 foi com Wesley como missionário para a Geórgia. Quando Carlos Wesley voltou da Georgia procurou seus antigos amigos do Clube Santo. Foi apoiado em sua vida espiritual pelo moraviano Pedro Bohler.
Pregou, visitou, mas precisava ter a confiança da salvação. Ficou doente. Pedro Bohler continuava apoiando e ajudando a Carlos Wesley.
Carlos andava doente e buscou intensamente em oração a certeza da salvação em uma profunda experiência com Cristo e recebeu essa benção.
“Era o dia de Pentecostes. Às nove horas da manhã o seu irmão João e alguns amigos o visitaram e juntos oraram e cantaram um hino ao Espírito Santo. Ali se demoraram meia hora. Carlos Wesley entregou-se à oração pedindo o cumprimento da promessa do dom do espírito Santo. Sentindo-se fraco no corpo, desejou dormir e quando estava se acomodando para dormir ouviu uma voz que dizia: ‘Em nome de Jesus de Nazareth, levanta-te e crê, e serás curado das tuas enfermidades. Estas palavras fizeram grande impressão sobre ele. Oh! Se Cristo me falasse assim..., suspirou ele. Aquelas palavras foram preferidas por uma senhora que havia alcançado a salvação pela fé. Ele confiou em Cristo e somente nele e logo alcançou paz para sua alma. Poucas horas depois as boas notícias chegaram aos ouvidos do seu irmão João que escreveu: ‘Eu recebi a notícia que meu irmão alcançara paz para sua alma. A força física voltou a seu corpo desde àquela hora. Quem é semelhante a nosso Deus?”.[25]
O dia 21 de maio de 1738 foi um dia memorável na vida de Carlos Wesley, o início de um novo tempo em sua vida.[26]
Oração fervente
Em
muitos hinos, Carlos Wesley descreve o amor vindo de Deus e sendo derramado:
Ó tu, Senhor, que do alto
trouxeste fogo a nossa terra,
derrama em mim teu amor sagrado,
chama que o coração me acenda;
Que permaneça ardentemente,
com brilho eterno, cintilante;
e em canto e oração fervente,
retorne a ti para louvar-te eternamente.[27]
Dia de jejum e oração
Wesley registrou em seu diário momentos devocionais, que eram frequentes entre os metodistas:
“Hoje foi observado como dia de jejum e oração; oramos por avivamento no trabalho do Senhor. Muitos assistiram ao culto às cinco horas, às nove e às treze, mas em muito maior número assistiram ao de vigília; desta feita Deus tocou o coração do povo, e até o coração daqueles que estavam mortos no pecado.”[28]
Wesley dizia ser necessário
praticar as Obras de Misericórdia e Atos de Piedade.
Subjugado pelo poder de Deus
Wesley disse: “Durante a última oração dele fiquei completamente subjugado pelo poder de Deus. Senti mudança inexplicável no fundo do meu ser, e desde aquela hora não tenho sentido ira, nem vaidade ou mau gênio: nada que seja contra o puro amor de Deus, que sinto constantemente”. [29]
Deus respondeu nossas orações
Wesley relata sobre esta verdade: “(...) Deus respondeu às nossas orações. Parecia que as portas do céu foram abertas.”[30]
As orações, o arrependimento, a adoração e a santidade tocam no coração de Deus.
Crianças tocadas pelas orações
Em Epworth, a industrialização havia instalado quatro fábricas de fiar e tecer. Diversas crianças foram empregadas. Algumas delas entraram por acaso em uma reunião de oração e foram tocados no coração.
“Alguns deles entrando por acaso em uma reunião de oração foram tocados no coração. Seus esforços entre os companheiros mudaram então as condições em três fábricas.”[31]
Para ler as Escrituras
Dentre as suas recomendações para ler a Palavra do Senhor, destacamos essa:
“A oração séria e fervorosa deve ser constantemente usada, antes de consultarmos os oráculos de Deus, vendo que ‘a Escritura só pode ser entendida com o mesmo Espírito pelo qual foi dada’. Nossa leitura também deve ser encerrada com a oração, para que o que lemos possa ser escrito em nossos corações”.[32]
Em suas “Notas Explicativas sobre o Antigo e Novo Testamento”, Wesley comentou sobre o ensinamento e a prática da oração no Novo Testamento. Destacamos algumas dessas orientações:
Como se deve orar
Jesus ensinou a oração que vem do coração, em profundidade, em contraste com o que os fariseus praticavam na época. Ele disse:
"E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas. Eles gostam de ficar orando em pé nas sinagogas e nas esquinas, a fim de serem vistos pelos outros. Eu lhes asseguro que eles já receberam sua plena recompensa. Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará” (Mateus 6.5-6).
João Wesley comentou: As sinagogas - Esses eram apropriadamente os lugares onde as pessoas se reuniam para orar em público, e ouvindo as Escrituras lidas e expostas. Estavam em todas as cidades desde o tempo do cativeiro babilônico e tinham serviço três vezes por dia, durante três dias da semana. Em toda sinagoga havia um conselho de pessoas sérias e sábias, sobre quem era um presidente, chamado governante da sinagoga. Mas a palavra aqui, assim como em muitos outros textos, significa qualquer lugar de concurso público.[33]
João Wesley disse mais: “Entre no teu armário - Ou seja, faça-o com o máximo de sigilo possível. “E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos” (Mateus 6.7).[34]
João Wesley comentou mais sobre o que Jesus disse: Não use repetições vãs - Repetir palavras sem significá-las é certamente uma repetição vã. Portanto, devemos ser extremamente cuidadosos em todas as nossas orações para dizer o que dizemos; e dizer apenas o que queremos dizer do fundo de nossos corações. As repetições vãs e pagãs contra as quais estamos aqui advertidos são mais perigosas e, no entanto, muito comuns; que é a principal causa pela qual tantos que ainda professam religião são uma desgraça para ela. De fato, todas as palavras do mundo não são equivalentes a um desejo santo. E as melhores orações são apenas vãs repetições, se não forem o idioma da vida.[35]
Jesus ensinou a oração do Pai Nosso
“Vocês, orem assim: João Wesley comentou: Assim, portanto, orai - Aquele que melhor sabia pelo que devemos orar e como devemos orar, que assunto do desejo, que tipo de endereço mais agradaria a si mesmo, se tornaria melhor a nós, aqui nos ditou o mais perfeito e forma universal de oração, compreendendo todos os nossos desejos reais, expressando todos os nossos desejos legais; um diretório completo e exercício completo de todas as nossas devoções.[36]
João Wesley comentou: Pai Nosso - que é bom e bondoso com todos, nosso Criador, nosso Preservador; o Pai de nosso Senhor, e de nós nele, teus filhos por adoção e graça: não somente meu Pai, que agora te clama, mas o Pai do universo, de anjos e homens: que estão no céu - contemplando todas as coisas , tanto no céu como na terra; conhecendo toda criatura, e todas as obras de toda criatura, e todo evento possível de eternidade a eternidade: o Todo-Poderoso Senhor e Governante de tudo, superintendendo e descartando todas as coisas; no céu - Eminentemente lá, mas não lá sozinho, vendo tu encher o céu e a terra.[37]
Os comentários de Wesley são sempre profundos. Ele disse mais: “Posso ser teu nome: Tu, ó Pai, és verdadeiramente conhecido por todos os seres inteligentes, e com afetos adequados a esse conhecimento: que sejas devidamente honrado, amado, temido, por todos no céu e na terra, por todos os anjos e todos homens. 2)Venha o teu reino - que o teu reino da graça venha rapidamente e engula todos os reinos da terra: que toda a humanidade, recebendo-te, ó Cristo, por seu rei, acreditando verdadeiramente no teu nome, seja cheia de justiça e paz, e aproveite; com santidade e felicidade, até que sejam removidos daqui para o teu reino de glória, para reinar contigo para todo o sempre. [38]
Na oração do “Pai Nosso”, João Wesley comenta ainda sobre a vontade do Senhor: Seja feita a tua vontade na terra, como no céu - que todos os habitantes da terra façam a tua vontade com a mesma vontade que os santos anjos; que assim o façam continuamente como eles, sem interrupção de seu serviço; sim, e perfeitamente como eles: tu, ó Espírito da graça, através do sangue da aliança eterna, os aperfeiçoa em toda boa obra para fazer a tua vontade, e trabalha neles tudo o que é agradável aos teus olhos.[39]
O comentário de Wesley sobre o “pão nosso de cada dia” é também profundo: Dá-nos - ó Pai (pois não reivindicamos nada de certo, mas somente de tua misericórdia) neste dia - (pois não pensamos no amanhã) nosso pão diário - Todas as coisas necessárias para nossas almas e corpos: não apenas a carne que perece, mas o pão sacramental e a tua graça, o alimento que permanece para a vida eterna.[40]
Sobre o perdão, Wesley comenta: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como também perdoamos os nossos devedores - Dá-nos, ó Senhor, redenção no teu sangue, até o perdão dos pecados; assim como nos habilitas a perdoar livre e plenamente a todos os homens, perdoe todas as nossas transgressões.
Sobre a tentação, Wesley afirma: E não nos deixe cair em tentação, mas nos livre do mal - Sempre que somos tentados, ó tu que ajudas as nossas enfermidades, deixa-nos não entrar em tentação; ser superado ou sofrer perdas com isso; mas abre caminho para que possamos escapar, para que sejamos mais que vencedores, através do teu amor, sobre o pecado e todas as suas consequências. Agora, o principal desejo do coração de um cristão é a glória de Deus (ver. 9, 10). Mateus 6: 9,10 e tudo o que ele deseja para si ou seus irmãos é o pão diário da alma e do corpo (ou o apoio da vida, animal e espiritual), perdão do pecado e libertação do poder dele e do diabo, (ver. 11, 12, 13,) Mateus 6: 11,12,13. Não há nada além do que um cristão possa desejo por; portanto, esta oração compreende todos os seus desejos. A vida eterna é a consequência certa, ou melhor, a conclusão da santidade. [41]
Por fim, Wesley comenta sobre o Reino de Deus: Pois teu é o reino - O direito soberano de todas as coisas que são ou sempre foram criadas: O poder - o poder executivo, pelo qual governas todas as coisas em teu reino eterno: E a glória - O louvor devido a toda criatura, por teu poder e todas as tuas maravilhas, e a força do teu reino, que dura por todas as eras, para todo o sempre. É observável que, embora a doxologia, bem como as petições desta oração, seja tríplice, e seja dirigida ao Pai, Filho e Espírito Santo de maneira distinta, ainda assim, o todo é totalmente aplicável tanto a toda pessoa quanto ao sempre - trindade abençoada e indivisa. Lucas 11: 2.[42]
Precisamos pedir
Deus não nos dará algo por sermos bonzinhos ou simplesmente chorarmos. Devemos expressar vontade, fé.
"Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta” (Mateus 7.7-8).
João Wesley comentou: Peça, e será dado a você; procurai, e encontrareis; bata, e lhe será aberto: Mas pergunte - orem por eles e por vocês mesmos: nisso não pode haver esse perigo. Procure - adicione seus próprios esforços diligentes à sua pergunta: e bata - persista de maneira importante nessa diligência. Lucas 11: 9.[43]
Porque todo aquele que pede recebe; e quem procura encontra; e àquele que bate será aberto. Para todo aquele que pede, desde que peça bem, e pergunte o que é agradável à vontade de Deus.[44]
Oração de ação de graças
Os religiosos não reconheceram a Jesus como enviado do Pai e
o perseguiram. Os simples, sim: “Naquele tempo, respondendo Jesus, disse:
Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos
sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos” (Mateus 11.25).
João Wesley comentou: Naquele
tempo Jesus respondeu e disse: Agradeço-te, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas coisas dos sábios e prudentes, e as revelaste aos
bebês.
Jesus respondendo - Esta palavra nem sempre implica que algo havia sido falado,
ao qual uma resposta é feita agora. Muitas
vezes, significa apenas falar em referência a alguma ação ou circunstância
anterior. As seguintes palavras que
Cristo fala em referência ao caso das cidades acima mencionadas: Agradeço a
você - isto é, reconheço e adoro com alegria a justiça e a misericórdia de suas
dispensações: Porque você se escondeu - Ou seja, porque sofreu essas coisas esconder-se dos homens que, sob outros
aspectos, são sábios e prudentes, enquanto os descobriste àqueles de
entendimento mais fraco, àqueles que são apenas sábios para com Deus. 10:21.[45]
Abençoando alimentos
Jesus realizou o milagre da multiplicação para abençoar a multidão que
tinha se reunido para ouvi-lo:
“E, tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a erva, tomou os
cinco pães e os dois peixes, e, erguendo os olhos ao céu, os abençoou, e,
partindo os pães, deu-os aos discípulos, e os discípulos à multidão” (Mateus 14.19).
Oração no monte
Jesus ministrava intensamente e tinha contato com milhares de pessoas:
“E os que comeram foram quase cinco mil homens, além das mulheres e
crianças. E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e
fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão” (Mateus 14.21-22).
Jesus tinha acabado de se relacionar com milhares de pessoas e realizado
o milagre da multiplicação. Jesus precisava se fortalecer. Havia ministrado
bastante e muito poder espiritual havia saído dele. Ele, então, foi para o
monte:
“E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar, à parte. E, chegada
já a tarde, estava ali só” (Mateus 14.23).
João Wesley comentou: Ele restringiu seus discípulos - que não estavam
dispostos a deixá-lo. Marcos 6:45; João 6:15. “E, despedida a multidão, subiu
ao monte para orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só” (Mateus 14.23).[46]
Dando graças pelo alimento
Aqui a situação é outra, segundo Mateus. Foram sete pães e “os peixes”:
“Então mandou à multidão que se assentasse no chão, E, tomando os sete
pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os
discípulos à multidão” (Mateus 15.35-36).
João Wesley comentou: Ele deu graças ou abençoou a comida - Ou seja, ele
louvou a Deus por isso e orou por uma bênção.[47]
Oração e jejum para libertação
Jesus conhecia profundamente sobre a organização do império das trevas.
Sabia da capacidade de cada um e como vencê-los:
“Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo
jejum” (Mateus 17.21).
João Wesley disse: Esse tipo de demônio - não se manifesta, mas pela
oração e pelo jejum - Que testemunho há aqui da eficácia do jejum, quando
adicionado à fervorosa oração! Alguns tipos de
demônios que os apóstolos haviam expulsado antes disso, sem jejuar.[48]
Oração na grande tribulação
O tempo da tribulação será muito penoso, por isso, Jesus dá
instruções de como proceder, nesse período:
“E orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no
sábado; Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio
do mundo até agora, nem tampouco há de haver” (Mateus 24.20-21).
João Wesley disse: Ore para que seu voo não seja no
inverno - Eles fizeram isso; e o voo
deles foi na primavera. Nem no sábado - Estar em muitas contas inconveniente; além disso, muitos teriam escrúpulo em
viajar para longe naquele dia. Para
os judeus, era ilegal andar acima de dois mil passos (duas milhas) no dia de
sábado.[49]
Pois então haverá uma
grande tribulação, como não existia desde o começo do mundo até agora, não, nem
nunca será. Então haverá uma grande tribulação - Não falaram muitas coisas no
capítulo, assim como em Marcos 13:14 etc., Lucas 21:21 etc. um significado mais
amplo e muito mais amplo do que o que já foi cumprido?[50]
Abençoando e dando graças pela Ceia
A benção é sempre de Deus, de Jesus. Por isso, pedimos que
Deus abençoe os alimentos:
“E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o
partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E,
tomando o cálice, e dando graças, deu-lho, dizendo: Bebei dele todos” (Mateus 26.26-27).
João Wesley comentou: Jesus pegou o pão - o pão ou o bolo, que o mestre da família costumava
dividir entre eles, depois de terem comido a páscoa. O costume que nosso Senhor
agora transferia para um uso mais nobre. Este pão é, isto é, significa ou
representa meu corpo, de acordo com o estilo dos escritores sagrados. Assim
Gênesis 40:12, os três ramos são três dias. Assim, gálatas 4:24, São Paulo,
falando de Sara e Hagar, diz: Estes são os dois convênios. Assim, no grande
tipo de nosso Senhor, Êxodo 12:11, Deus diz sobre o cordeiro pascal: Esta é a Páscoa
do Senhor. Agora, Cristo substituindo a santa comunhão pela páscoa, segue o
estilo do Antigo Testamento e usa as mesma7s expressões que os judeus
costumavam usar para celebrar a páscoa.
E, tomando o cálice, deu
graças, e deu-lhes, dizendo: Bebai tudo isso; E ele pegou o cálice - Chamado
pelos judeus de cálice de ação de graças; que
o mestre da família costumava dar a cada um depois do jantar.
Oração em tempo de luta espiritual
Era tempo de uma grande decisão que Jesus precisava tomar que
implicava em muito sacrifício. Orar era necessário. A presença de discípulos
queridos também:
“Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e
disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando
consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a
angustiar-se muito” (Mateus 26.36-37).
João Wesley comentou: Então vem Jesus a um lugar chamado
Getsêmani - Ou seja, o vale da gordura. O
jardim provavelmente teve esse nome por causa de seu solo e situação, situado
em um pequeno vale entre duas daquelas muitas colinas, cuja extensão constitui
o monte das Oliveiras. Marcos 14:32; Lucas 22:40.[51]
Disse mais: E ele levou
consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, e começou a ficar triste e muito
pesado. E levando com ele Pedro e os dois filhos de Zebedeu - Para serem
testemunhas de todos; ele começou a
ficar triste e em profunda angústia - Provavelmente por sentir as flechas do
Todo-Poderoso grudarem rapidamente em sua alma, enquanto Deus lhe impôs as
iniquidades de todos nós. Quem pode
dizer que sensações dolorosas e terríveis foram então impressas nele pela mão
imediata de Deus? A palavra anterior
no original significa apropriadamente, ser penetrada com a mais requintada
tristeza; este último bastante
deprimido e quase sobrecarregado com a carga.[52]
Oração em tempo de decisão
Era uma decisão muito importante e difícil, por isso, Jesus
continuou orando:
“E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o seu
rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice;
todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres” (Mateus 26.39).
João Wesley comentou: E indo um pouco mais longe - Sobre o
molde de uma pedra, Lucas 22: 41 - Para que os apóstolos pudessem vê-lo e
ouvi-lo ainda.Se possível, deixe este copo passar por mim - e ele passou
rapidamente por ele. Quando ele
clamou a Deus com fortes gritos e lágrimas, ele foi ouvido naquilo que temia. Deus eliminou o terror e a gravidade
desse conflito interno.[53]
Vigiar e orar para não entrar em tentação
A carne, as emoções estavam fragilizadas. O espírito estava
firme, solidificado.
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade,
o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mateus 26.41).
João Wesley comentou: O espírito
- Seu espírito: vós mesmos. A carne - sua natureza. Quão gentil foi uma repreensão e quão gentil um pedido de desculpas! especialmente em um momento em que a
mente de nosso Senhor estava tão sobrecarregada de tristeza.[54]
Orando sozinho em lugar deserto
“E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro,
saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava” (Marcos 1.35).
Este texto sobre Jesus
orando deve ser entendido no contexto em que ele precisou se reabastecer
espiritualmente, pois havia se esgotado espiritualmente atendendo, orando e
curando muita gente:
E, tendo chegado a tarde, quando já se estava pondo o sol,
trouxeram-lhe todos os que se achavam enfermos, e os endemoninhados. E toda a
cidade se ajuntou à porta. E curou muitos que se achavam enfermos de diversas
enfermidades, e expulsou muitos demônios, porém não deixava falar os demônios,
porque o conheciam” (Marcos 1.32-34).
João Wesley comentou: “E pela manhã, levantando-se muito
antes do dia, saiu e partiu para um lugar solitário, e ali orou. Levantando-se
muito antes do dia - Ele também trabalhou por nós, dia e noite”. Lucas 4:42.[55]
Abençoando a refeição
“E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os
olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que
os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos” (Marcos 6.41).
O alimento precisa ser abençoado. Jesus com esse ato nos
mostrou que isso é necessário. Por isso, pedimos ao Senhor que abençoe nossas
refeições.
Orando no monte
“E, tendo-os despedido, foi ao monte a orar” (Marcos 6.46).
Era comum Jesus ir orar sozinho. Ele precisava ser
fortalecido, pois sempre que ministrava saia poder espiritual. Ele vivia aqui
na condição de humano também.
João Wesley comentou: E quando os mandou embora, ele partiu
para uma montanha para orar. Mateus 14:23; João 6:15.[56]
Oração de gratidão pelo alimento
“E ordenou à multidão que se assentasse no chão. E, tomando
os sete pães, e tendo dado graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos,
para que os pusessem diante deles, e puseram-nos diante da multidão” (Marcos 8.6).
Damos graças a Deus através da oração. Paulo diz isso: “(...)não
cesso de dar graças por vós, recordando-me de vós em minhas orações” (Ef 1.16).
Dar graças por cada alimento
“Tinham também alguns peixinhos; e, tendo dado graças,
ordenou que também lhos pusessem diante” (Marcos 8.7).
Jesus completou suas orações dando graças a Deus também pelos
peixinhos. É por cada alimento ou benefício que devemos orar dando graças.
Oração e jejum para libertação
“E disse-lhes: Esta casta não pode sair com coisa alguma, a
não ser com oração e jejum” (Marcos 9.29).
Importante entender que há diversos tipos de demônios. Fazem
parte de uma hierarquia espiritual. Precisamos ter discernimento sobre isso
para utilizar da estratégia correta para vencê-los.
Sempre será necessária a fé e a autoridade.
Oração com fé
“Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando,
crede receber, e tê-las-eis” (Marcos 11.24).
Evidente que está entendido que teremos a resposta positiva
de Deus, se está de acordo com os princípios bíblicos e com a vontade de Deus.
Iremos orar com toda fé, se não tivermos também um coração
sem culpa ou outros tipos de bloqueios.
Precisamos chegar até Deus com o coração limpo, com plena
confiança.
Oração e perdão
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa
contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas
ofensas” (Marcos 11.25).
João Wesley comentou: E quando estiveres orando, perdoa, se
tendes contra alguém; para que teu Pai, que está no céu, vos perdoe as tuas
transgressões. Quando você fica orando - Permanecer era a postura habitual
deles quando oravam. Perdoe - E nesta condição, você terá o que pedir, com. sem
ira ou duvidando. Mateus 6:14.[57]
Olhar, vigiar e orar
“Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão
no céu, nem o Filho, senão o Pai. Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis
quando chegará o tempo” (Marcos 13.32-33).
João Wesley comentou: Mas daquele dia e daquela hora ninguém
conhece, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, mas o Pai. Daquele dia - O
dia do julgamento é frequentemente chamado nas Escrituras enfaticamente naquele
dia. Nem o Filho - Não como homem: como homem, ele não era mais onisciente que
onipresente. Mas, como Deus, ele conhece todas as circunstâncias disso.[58]
Abençoando e dando graças pela Ceia
“E, comendo eles, tomou Jesus pão e, abençoando-o, o partiu e
deu-lho, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o cálice, e
dando graças, deu-lho; e todos beberam dele” (Marcos 14.22-23).
Comentando sobre este texto em Mateus 26.26, João Wesley
disse: E enquanto eles estavam comendo, Jesus tomou o pão, o abençoou e o
quebrou, e deu aos discípulos, e disse: Toma, come; Esse é o meu corpo. Jesus
pegou o pão - o pão ou o bolo, que o mestre da família costumava dividir entre
eles, depois de terem comido a Páscoa. O costume que nosso Senhor agora
transferia para um uso mais nobre. Este pão é, isto é, significa ou representa
meu corpo, de acordo com o estilo dos escritores sagrados. Assim Gênesis 40:12,
os três ramos são três dias. Assim, gálatas 4:24, São Paulo, falando de Sara e
Hagar, diz: Estes são os dois convênios. Assim, no grande tipo de nosso Senhor,
Êxodo 12:11, Deus diz sobre o cordeiro pascal: Esta é a Páscoa do Senhor.
Agora, Cristo substituindo a santa comunhão pela Páscoa, segue o estilo do
Antigo Testamento e usa as mesmas expressões que os judeus costumavam usar para
celebrar a Páscoa.
Oração em tempo de decisão
“Então, foram a um lugar chamado Getsêmani, e disse aos seus discípulos:
Assentai-vos aqui, enquanto eu oro” (Marcos 14.32).
Jesus sabia que precisava ir até a cruz. Não era uma decisão
fácil, por isso ele foi orar.
João Wesley comentou: E chegaram a um lugar chamado
Getsêmani; e disse aos seus discípulos: Senta-te aqui, enquanto eu orarei.
Mateus 26:36.[59]
Vigiar e orar para que não entrar em tentação
“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito,
na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” (Marcos 14.38).
Este texto no Evangelho de Mateus 25.41 teve esse comentário de João Wesley:
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito realmente está
disposto, mas a carne é fraca. O espírito - Seu espírito: vós mesmos. A carne -
sua natureza. Quão gentil foi uma repreensão e quão gentil um pedido de
desculpas! especialmente em um momento em que a mente de nosso Senhor estava
tão sobrecarregada de tristeza. Versículo 45.[60]
Jesus ensina a vigiar e a
orar para escapar de coisas que hão de acontecer
“Vigiai, pois, em todo o
tempo, orando, para que possais escapar de todas estas coisas que hão de
acontecer, e estar em pé na presença do Filho do homem” (Lucas 21.36).
João
Wesley comentou:
Vigiai pois - Esta é a
conclusão geral de tudo o que precede. Para
que sejais considerados dignos - Esta palavra às vezes significa uma honra
conferida a uma pessoa, como quando se diz que os apóstolos são dignos de
sofrer vergonha por Cristo, Atos 5:41. Às vezes, se encontram ou se tornam:
como quando João Batista exorta, para trazer frutos dignos de arrependimento,
Lucas 3: 8. E, para ser considerado digno de escapar, é ter a honra disso e ser
preparado ou preparado para isso. Permanecer
- Com alegria e triunfo: não cair diante dele como seus inimigos.[61]
Jesus dá graças pela Ceia
“E tomando pão, e havendo
dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por
vós; fazei isto em memória de mim” (Lucas 22.19).
João
Wesley comentou:
E ele tomou pão -
Nomeadamente, algum tempo depois, quando terminou a ceia, em que haviam comido
o cordeiro pascal. Este é o meu
corpo - como ele acabara de celebrar a ceia pascal, que era chamada de Páscoa,
então, na mesma linguagem figurada, ele chama esse pão de corpo. E essa circunstância por si só era
suficiente para evitar qualquer erro, como se esse pão fosse seu corpo real,
assim como o cordeiro pascal era realmente a Páscoa.[62]
Orar para não entrar em
tentação
“Quando chegou àquele
lugar, disse-lhes: Orai, para que não entreis em tentação” (Lucas 22.40).
João
Wesley comentou:
O lugar - O jardim do
Getsêmani.[63]
Oração de joelhos para o
Pai fazer Sua vontade
“E apartou-se deles cerca
de um tiro de pedra; e pondo-se de joelhos, orava, dizendo: Pai,
se queres afasta de mim este cálice; todavia não se faça a minha vontade, mas a
tua (Lucas 22.41-42).
Oração intensa em agonia
“E, posto em agonia,
orava mais intensamente; e o seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue,
que caíam sobre o chão” (Lucas 22.44).
João Wesley comentou:
E estando em agonia -
Provavelmente, agora, lutando com os poderes das trevas: sentindo o peso da ira
de Deus, e ao mesmo tempo cercado por uma poderosa hoste de demônios, que
exerceram toda a sua força e malícia para perseguir e distrair seus espírito ferido. Ele orou com mais sinceridade - Mesmo com gritos e
alcatrões mais fortes: e seu suor - Por mais frio que o tempo estivesse, eram
como grandes gotas de sangue - Que, pela veemente angústia de sua alma, foram
forçados a sair dos poros, quantidade
tão grande que depois se uniu em gotas grandes, grossas e mal-humoradas, e até
caiu no chão.[64]
Oração de ação de graças
“Então, Jesus tomou os pães e, tendo dado graças,
distribuiu-os entre eles; e também igualmente os peixes, quanto queriam” (João 6.11).
Oração por resposta ao pedido de Jesus
“Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o
céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste” (João 11.41).
João Wesley comentou:
Jesus levantou os olhos -
Não como se ele pedisse ajuda ao Pai. Não
há o mínimo show disso. Ele operou o
milagre com um ar de absoluta soberania, como o Senhor da vida e da morte. Mas foi como se ele tivesse dito, eu te
agradeço, que pela disposição de tua providência, você concedeu meu desejo,
nesta notável oportunidade de exercer meu poder e demonstrar seu louvor.[65]
Pedindo ao Pai para enviar o Espírito Santo
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim
de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode
receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita
convosco e estará em vós” (João 14.16-17).
João Wesley comentou:
E perguntarei ao Pai - O
versículo 21, João 14:21, mostra a conexão entre este e os versos anteriores. E ele lhe dará outro Consolador - A
palavra grega significa também um advogado, instrutor ou incentivador. Outro - pois o próprio Cristo era um. Permanecer com você para sempre - Com
você e seus seguidores na fé até o fim do mundo.
O Espírito da verdade - Quem tem, revela, testemunha e defende a verdade como é
em Jesus. A quem o mundo - Todos os
que não amam ou temem a Deus, não podem receber, porque não o veem - Não tendo
sentidos espirituais, nenhum olho interno para discerni-lo; nem, consequentemente, o conhece. Ele estará em você - como convidado
constante. Seus corpos e almas serão
templos do Espírito Santo que habitam em você.[66]
Oração de Jesus pedindo pelos discípulos
“Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e
disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te
glorifique a ti” (João 17.1).
João Wesley comentou:
Em sua oração, ele
compreende tudo o que havia dito em 13:31, e selos, por assim dizer, tudo o que
ele havia feito até agora, contemplando coisas passadas, presentes e futuras. Este capítulo contém as palavras mais
fáceis e o sentido mais profundo de todas as Escrituras: ainda não existe aqui
uma rapsódia incoerente, mas o todo está intimamente e exatamente conectado.
Pai - Essa simplicidade
de denominação se tornou altamente o Filho unigênito de Deus; ao qual um crente faz a aproximação mais
próxima, quando está cheio de amor e humilde confiança. Chegou a hora - O tempo
designado para isso; glorifique teu
Filho - O Filho glorificou o Pai, antes e depois de sua própria glorificação.
Quando ele fala com o Pai, não se denomina o Filho do homem.[67]
[1]
https://nhop.ca/john-wesley-a-man-who-understood-the-priority-of-prayer/
[2]
https://decisionmagazine.com/awesome-privilege-prayer/
[3]
http://micahcobb.com/blog/john-wesleys-prayer-life/
[4]
Idem.
[5]
https://www.moumethodist.org/newsdetailnewsdetail/wesley-on-prayer-11672059
[6] Idem.
[7] Esta segunda parte foi retirada do meu livro “O Ensino e a Prática da oração de Jesus”, publicada na Amazon, e com algumas alterações.
[8]http://wesley.nnu.edu/john-wesley/john-wesleys-notes-on-the-bible/notes-on-the-gospel-according-to-st-matthew/#Chapter+XIX
[9]
BURTNER, Robert W.; CHILES, Robert E. Coletânea da Teologia de João Wesley.
JGEC. São Paulo: Imprensa Metodista, 1960, p.212.
[10]
Ibidem,, p.37-8.
[11]
Ibidem, p.84.
[12]
WILLIAM, Allen. A História dos avivamentos religiosos. Casa Publicadora
Batista, 1958, p.32
[13]
LILIÈVRE, Mateo. João Wesley – Sua vida e obra. São Paulo: Editora Vida, 1997,
p. 217.
[14]Ward& Heitzenrater, Works, Volume 21,
438–439.https://www.lcoggt.org/Articles/methodist_pentecost.htm
[15] ZIVADINOVIC, Dojcin. Wesley and Charisma: An
Analysis of John Wesley’s view spiritual gifts (Wesley e Carisma: Análise da
visão de João Wesley sobre dons espirituais), op. cit., p. 64.
[16] Jamin
Bradley citando The Works of John
Wesley, Volume 19: Journal and Diaries II (1738-1743). https://newfangled.wordpress.com/2010/05/12/john-wesley-and-the-power-of-the-spirit/
[18]
Idem, p.212.
[19]
LELIÈVRE, Mateo. João Wesley, Sua vida e obra. Editora Vida, 1997, p.118.
[20]
Existiam diversas sociedades na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube
Santo lideravam algumas, mas não necessariamente elas eram consideradas
metodistas (HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.103).
[21]
http://blogs.nazarene.org/rev4/2011/04/02/the-bands.
[22]
Idem.
[23]
BUYERS, Paul Eugene. Diário de João Wesley. São Paulo, Imprensa Metodista,
1965, p.95.
[24] http://romans1015.com/tag/fetter-lane-revival/; John Gillies, Memoirs of the Life of George
Whitefield, p.34
[25]http://www.euvosescrevi.com.br/como-pode-ser-historia-de-charles-wesley/
[26] Idem.
[27]https://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/liturgias/arquivos-anteriores/Culto-FaTeo-2007---300-anos-de-Charles-Wesley.pdf.
[28]
WESLEY, João. Trechos do Diário de João Wesley, Ibidem, p.199.
[29]
Ibidem, p.87.
[30]
BUYERS, Paul Eugene, tradução. Trechos do Diário de João Wesley. Junta Geral de
Educação Cristã, Imprensa Metodista, 1965, p.99.
[31] Ibidem.
[32]https://classicchristianbooks.com/john-wesley-read-scripture/.De
John Wesley, Prefácio às Notas Explicativas sobre o Antigo Testamento,
25 de abril de 1765.
[33]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=6
[34]
Idem.
[35]
Idem.
[36]
Idem.
[37]
Idem.
[38]
Idem.
[39]
Idem.
[40]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=6
[41]
Idem.
[42]
Idem.
[43]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=7
[44]
Idem.
[45]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=11
[46]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=14
[47] Op.cit, p.15
[48]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=17
[51]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=26
[52]
Idem.
[53]
Idem.
[54]
Idem.
[55]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=41&c=1
[56]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=41&c=6
[57]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=41&c=11
[58]
https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=41&c=13
[59] https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=41&c=14
[60] https://www.christianity.com/bible/commentary.php?com=wes&b=40&c=26
[61]https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/luke/luke-21.html
[62]https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/luke/luke-22.html
[63]
Idem.
[64]
Idem.
[65]https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-11.html
[66]https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-14.html
[67]https://www.biblestudytools.com/commentaries/wesleys-explanatory-notes/john/john-17.html
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