A Teologia do Amor nos hinos de Carlos Wesley
A base do metodismo de João e Carlos Wesley
era a santidade, o perfeito amor
Odilon Massolar Chaves
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Livros
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Google
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Odilon Massolar Chaves é pastor metodista aposentado, doutor em Teologia
e História pela Universidade Metodista de São Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento metodista na Inglaterra no século
XVIII e a sua contribuição como paradigma para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e coordenador de Curso de
Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
É autor de mais de 300 livros.
Toda glória seja dada ao Senhor.
“Ó gloriosa esperança de
amor perfeito!
Isso me eleva às coisas acima;
Tem asas de águia.
Dá a minha alma arrebatada um gosto
E me faz por alguns momentos festa (...)”.[1]
·
Introdução
·
Os hinos de Carlos Wesley
·
O amor de Deus nos hinos de Carlos Wesley
·
Jesus, Teu vitorioso amor
·
Amor divino, mais excelente que todos amores
·
Grande Amor
·
Cristo já ressuscitou
·
Mil línguas eu quisera ter
·
E pode ser que eu deveria ganhar?
·
Vem, Tu Esperaste Jesus
·
Eis dos anjos a harmonia
·
Venham, pecadores, para a Festa do Evangelho
·
Chefe da Igreja triunfante
·
Jesus, olhamos para Ti
·
Pai, eu estendo as mãos para Ti
·
Jesus, amado da minha alma
“A Teologia do Amor nos hinos de Carlos Wesley” é um livro que destaca os principais hinos de Carlos Wesley cantados pelo rei, rainha e príncipes da |Inglaterra, bem como em reuniões de Billy Graham, grupos musicais, em uma simples congregação ou através dos corais e individualmente.
Hinos cantados em diversas nações, como Índia, Coreia do Sul, Irlanda, EUA, Inglaterra, etc.
Hinos com as marcas da teologia arminiana, especialmente ligadas às orações, santificação e momentos e datas históricas. O amor de Deus é destacado.
Certamente por isso que o teólogo Mildred Olive Bangs
Wynkoop[2] da
Igreja do Nazareno afirmou que ser wesleyano é estar comprometido com uma
teologia do amor.[3]
Esses 13 hinos foram escritos no século XVIII e com grande profundidade espiritual. Algumas músicas colocadas na letra do hino é do século seguinte.
O Autor
Carlos Wesley escreveu entre 6.500 e 9
mil hinos. Precisamente, chega-se a dizer que “Charles Wesley escreveu 8.989 hinos”.[4]
É considerado o maior compositor de
hinos do cristianismo.
“Dr. Frank Baker calculou que Charles
Wesley escreveu uma média de 10 linhas de versos todos os dias por 50 anos! Ele
completou um poema de todos os dias”.[5]
“John e Charles Wesley publicaram 56 coleções de hinos em
53 anos”.[6]
Os hinos
de Carlos Wesley são mais do que louvores para a congregação. Eles “ilustram o
conteúdo doutrinário do hino metodista primitivo.”[7]
A grande
ênfase foi na doutrina da Perfeição Cristã.
Hinos com grande profundidade
espiritual. Hinos que nortearam a vida e a missão do povo chamado metodista.
Alguns dos
hinos mais famosos de Carles Wesley
- "Levanta-te, minha alma, levanta-te"
- "E será que eu devo ganhar?"
- "Cristo Senhor Ressuscitou Hoje"
- "Vinde, há muito esperaste Jesus"
- "Cristo, cuja glória enche os céus"
- "Vem, ó Viajante Desconhecido"
- "Profundidade da misericórdia, pode ser"
- "Pai, estendo as mãos a ti"
- "Salve o dia que o vê levantar"
- "Hark! Os Anjos Arautos Cantam"
- "Jesus, Amante da Minha Alma"
- "Jesus, o Nome Alto Sobre Tudo"
- "Eita! Ele vem com nuvens descendo"
- "Amor divino, mais excelente que todos amores”.
- "Ó por um coração para louvar meu Deus"
- "Ó por mil línguas para cantar"
- "Alegrai-vos, o Senhor é Rei"
- "Soldados de Cristo, levantai-vos"
- "Sol de Justiça Sem Nuvens"
- "Tu Ocultas Fonte de Repouso Calmo"
- "Servos de Deus" [8]
Outros
hinos de Carlos Wesley também são muito conhecidos.
O amor de Deus nos hinos de Carlos Wesley
“Ó Amor Divino, rico,
Alegria traz do céu;
Faz de nós moradas simples,
Com mercê que é fiel.
Cristo, pura compaixão és;
Infinito, puro amor”
(Carlos Wesley)
O amor ágape é um amor imerecido e que se doa. O amor
ágape busca o bem maior da outra pessoa, mesmo que ela seja indigna.
O amor ágape é um amor sacrificial, que nega a si mesmo em
benefício do próximo. Ágape é o termo usado para descrever o Deus que é amor.
Ágape é definido também como boa vontade para com todas as
pessoas que Deus criou. É o amor como uma ação que promove o bem-estar. O
amor ágape é “benevolência”.
Deus é a fonte do amor. Ele nos capacita a amar. É o
principal atributo de Deus é amor. Deus não ama simplesmente. Ele é o amor
em sua essência. Tudo o que Deus faz flui do Seu amor.
Carlos Wesley (1707-1788) em seus hinos descreve sobre esse
amor de Deus. Carlos era filho de Suzana e Samuel Wesley. Irmão de João Wesley.
Ele criou o Clube Santo, em 1729, e foi como missionário com Wesley para a
Geórgia, em 1735.
Carlos experimentou sua própria experiência de “coração
estranhamente aquecido” apenas alguns dias antes de Wesley, em 21 de maio de
1738: “(...) no meio de contínuas lutas espirituais enquanto estava doente no domingo de
Pentecostes, sentiu ´uma estranha palpitação no coração´, foi capaz de dizer
´Eu creio, eu creio!´ e achou-se em paz com Deus.”[9]
Ele veio a reconhecer o amor de Deus na presença do
Espírito Santo que foi dissipando a escuridão da dúvida de seu coração.
“Os hinos de Carlos
Wesley estão repletos de referências ao amor. Na Páscoa, cristãos de todo
o mundo repetem as palavras de sua mais famosa composição: "Cristo, o
Senhor ressuscitou hoje" e declaram: "A obra redentora do amor está
terminada, Aleluia!".[10]
Nos títulos e versos dos hinos de Carlos Wesley, vemos a
profundidade como ele entendia sobre Deus e o Seu amor. Ele escreveu sobre o
“Todo poderoso Deus do amor”; Vem, soberano amor, Jesus”;
“Deus todo poderoso da verdade e do amor”; Ó gloriosa esperança de amor
perfeito!”; “Amor estupendo do Deus Altíssimo!” etc.
No início desse último hino acima relacionado, Carlos
Wesley escreveu sobre a necessidade de termos esse amor:
“Amor estupendo do Deus
Altíssimo
Ele vem ao nosso encontro do céu
Na maior majestade;
Cheia de graça indizível”.[11]
A visão de Carlos Wesley, Deus é “puro amor ilimitado”,
como ele escreveu em um dos seus hinos.
Carlos (Charles) enfatizou o processo gradual pelo qual um
cristão cresce em uma peregrinação de fé para alcançar o perfeito amor. “Para
Charles, o novo nascimento iniciou uma jornada. Charles Wesley buscou a
realização completa do amor perfeito no final de uma vida vivida da graça à
graça através do sofrimento”.[12]
Carlos Wesley foi chamado de o mais talentoso escritor de
hinos que a Inglaterra já conheceu". Frank Baker calculou que Carlos
escreveu, em média, dez versos por dia durante 50 anos. Ele deve ter
escrito cerca de dez mil hinos ou poemas religiosos.[13]
A primeira coleção dos irmãos Wesley possivelmente também
foi a primeira coleção de hinos Ingleses: “Coleção de Salmos e Hinos”.
Outra Coleção menor de hinos foi publicada em 1738, em
Londres, e, em 1739, tiveram início as longas séries de trabalhos originais em
verso. Destes, o mais extenso foram os “Hinos e Poemas Sagrados” (Hymns
and Sacred Poems), em três volumes.[14] Também
em 1740 e 1742 foi publicado outro volume de hinos.[15]
Em 1762, Carlos Wesley publicou um hinário em dois volumes
que se baseava em versículos bíblicos.[16]
Em muitos hinos, Carlos Wesley descreve o amor vindo de
Deus e sendo derramado:
Ó tu, Senhor, que do alto
trouxeste fogo a nossa terra,
derrama em mim teu amor sagrado,
chama que o coração me acenda;
Que permaneça ardentemente,
com brilho eterno, cintilante;
e em canto e oração fervente,
retorne a ti para louvar-te
eternamente.[17]
No hino “Grande Amor”, no primeiro verso, Carlos descreve
sobre o amor de Deus, o qual chama de “amor sem par” e “amor Bendito”, que é
grande:
Ó, Senhor, que a tudo excedes,
Dom celeste, Amor sem par,
Vem, coroa os teus favores,
Entre nós vem habitar.
Grande Amor, Amor bendito” (...).[18]
Nos dois primeiros versos do hino “Tu, oculta fonte de
repouso, divino...”, Carlos fala de Jesus e descreve o “amor divino”, que dá
repouso, socorre, é refúgio e eterno:
Tu, oculta fonte de repouso,
divino amor, e suficiente
és meu socorro, és meu refúgio;
seguro estou, se Tu és meu,
e do pecado e da vergonha,
Jesus, em Teu nome me escondo.
Teu grande nome é salvação
e eleva a minha alma feliz,
dá-me consolo, força e paz,
dá-me alegria e amor eterno;
com o Teu nome são me dados
santidade, perdão e o céu.[19]
Nos dois primeiros versos do “Divino Amor”, Carlos escreve
que quer adorar ao Senhor por “seu divino e santo amor”:
Como contar de Deus o amor,
Que o filho amado ao mundo deu?
Quem poderá sondar a dor
Que meu Jesus, na cruz, sofreu?
Quero adorar a meu Senhor
por seu divino e santo amor!
Quero adorar a meu Senhor
por seu divino e santo amor![20]
Outro hino mostra no título o destaque sobre o amor: “Vem,
soberano amor, Jesus”.
No primeiro verso diz:
Vem soberano amor, Jesus,
vencer-me o coração!
Assim meus pés de tua luz
jamais se afastarão.
No último verso, Carlos Wesley escreve:
Minha alma vem fazer sentir,
constante, o teu amor,
que em tudo eu possa ver, fruir,
teu divinal favor.[21]
No primeiro verso do hino “Ó Amor Divino, rico”, Carlos
Wesley fala da riqueza, pureza e infinidade do amor de Deus:
Ó Amor Divino, rico,
Alegria traz do céu;
Faz de nós moradas simples,
Com mercê que é fiel.
Cristo, pura compaixão és;
Infinito, puro amor;
Salvação és, nos visita,
Em nós entra com fulgor.[22]
No hino “Jesus, Teu vitorioso amor encheu meu coração”, de
cinco versos, a base é a perfeição cristã. Nos versos 1º e 5º, Carlos Wesley
fala de um vitorioso amor e afirma que “meu é o teu amor”:
Jesus, Teu vitorioso amor
Encheu meu coração,
Que, firme em Ti, não mais terá
Nenhuma hesitação,
Nenhuma hesitação.
Sustenta aqui meu coração
Firmado em Ti, Senhor;
Pois Tu és tudo para mim,
E Teu é meu amor,
E Teu é meu amor.[23]
Um hino de Carlos Wesley que ressalta o vitorioso amor de
Jesus e a santificação que elimina as paixões e o pecado. Carlos Wesley
ressalta que Jesus é tudo para ele.
O
Hino
1 Jesus, Teu vitorioso
amor
Encheu meu coração,
Que, firme em Ti, não mais terá
Nenhuma hesitação,
Nenhuma hesitação.
2 Que o fogo santo agora
em mim
Comece a arder;
Paixões, desejos faz sumir,
Vem montes remover,
Vem montes remover.
3 Consuma os pecados meus
A brasa do altar;
Eu clamo: ó Espírito, vem
Meu coração tomar,
Meu coração tomar.
4 Ardente fogo, queima em
mim
A velha criação;
Expande vida em meu ser,
Traz santificação,
Traz santificação.
5 Sustenta aqui meu
coração
Firmado em Ti, Senhor;
Pois Tu és tudo para mim,
E Teu é meu amor,
E Teu é meu amor.[24]
O hino “Love Divine, All Love Excelling” (Amor divino, mais
excelente que todos amores) é de autoria de Carlos Wesley.
“Este é um conhecido e amado hino de música livre de
royalties pelo famoso Charles Wesley escrito em 1747 e na maioria das vezes
definido para esta melodia chamada Beecher por John Zundel composto por volta
de 1870”.[25]
Este hino foi cantado pela congregação da Abadia de
Westminster no casamento de William, Príncipe de Gales, e Catherine, Princesa
de Gales na Abadia de Westminster em 29 de abril de 2011. [26]
Ele foi cantado também no funeral da rainha Isabel II, que
aconteceu no dia 19 de setembro de 2022, na Abadia de Westminster”.[27]
O hino foi escrito em 1747 e se tornou um dos hinos
favoritos na Inglaterra. No final do século 19, foi encontrado em 15 dos 17
hinários do país.
Em 1961, antes da cruzada Billy Graham começar em
Manchester, Inglaterra, ele ficou gravemente doente.
Estava programada uma reunião de Billy Graham com os
ministros de Londres antes da abertura da cruzada. No início da reunião, no
Salão Central de Westminster, os ministros se juntaram para cantar este grande
hino de Charles Wesley.”[28]
O
Hino
Amor divino, mais excelente que todos amores
Love divine, all loves excelling
Alegria do céu que desceu à Terra
Joy of heaven to Earth come
down
Fixa em nós tua humilde morada
Fix in us thy humble
dwelling
Coroa todas tuas fiéis misericórdias
All thy faithful mercies crown
Jesus, tu és toda compaixão
Jesus, thou art all
compassion
Amor puro e ilimitado tu és
Pure, unbounded love thou
art
Visita-nos com a tua salvação
Visit us with thy salvation
Entra em cada trêmulo coração
Enter every trembling heart
Sopra, sim, sopra teu Espírito de amor
Breathe, o breathe, thy
loving spirit
Em cada peito perturbado
Into every troubled breast
Faz-nos todos em ti herdar
Let us all in thee inherit
Faz-nos aquele prometido descanso encontrar
Let us find that promised
rest
Tira o amor de pecar
Take away the love of
sinning
Sê alfa e ômega
Alpha and ômega be
Fim da fé, como seu começo
End of faith, as its beginning
Põe nossos corações em liberdade
Set our hearts at liberty
Vem, Todo-poderoso, para livrar
Come almighty to deliver
Faz-nos, todos, a tua vida receber
Let us all thy life receive
De repente volta e nunca
Suddenly return and never
Nunca mais teus templos deixar
Never more thy temples leave
A ti estaríamos sempre adorando
Thee we would be always
blessing
Servindo-te como tuas hostes acima
Serve thee as thy hosts
above
Orando e louvando a ti sem cessar
Pray, and praise thee
without ceasing
Gloriando-nos em teu amor perfeito
Glory in thy perfect love
Termina então tua nova criação
Finish then thy new
creation
Puros e imaculados faz-nos
ser
Pure and spotless let us be
Faz-nos ver a tua grandiosa salvação
Let us see thy great
salvation
Perfeitamente restaurados em ti
Perfectly restored in thee
Transformados de glória em glória
Changed from glory into glory
Até no céu tomarmos nosso lugar
Till in heaven we take our
place
Até lançarmos nossas coroas diante de ti
Till we cast our crowns
before thee
Perdidos em maravilha, amor e louvor
Lost in wonder, love and
praise.[29]
Grande Amor
O hino “Grande Amor” é
uma letra de Carlos Wesley. É conhecido também como “Ó Senhor que a tudo
excedes”.
A base do metodismo
sempre foi a santidade, a perfeição cristã, o perfeito amor. Carlos Wesley aqui
retrata esse propósito de santidade, cuja marca é o amor. Um verso do hino que
retrata essa teologia é: “Vem remove o mau desejo,
que nos
tenta o coração. Tu somente nos conheces
E nos podes
proteger, dá-nos, pois, a tua graça,
e com ela o
teu poder”.
O autor da melodia foi
John Zundel (1815-1882). Ele nasceu em Hochdorf, Alemanha.[30] Ele foi organista,
compositor, arranjador, mestre de banda, e pedagogo.
Ele “recebeu sua
primeira educação musical na Academia Real de Esslingen, Württemberg
(1829-31)”.[31]
Em 1833,
“tornou-se professor de música em um seminário em Esslingen, ao mesmo tempo em
que estudava violino com Molique”. [32]
Em 1840, mudou-se
para São Petersburgo, Rússia, “onde serviu como organista da Igreja
Luterana de Santa Ana e foi mestre de banda dos guardas de cavalos imperiais”.[33]
Depois
emigrou para a América, em 1847, e tocou órgão na Igreja Unitária
em Brooklyn, Nova York, depois em Plymouth Church, Brooklyn (1850-78). [34]
Zundel
ajudou a editar a Coleção de Hinos Plymouth.
O
pastor da Igreja era Henry Ward Beecher, o famoso pregador abolicionista, “e
seu ministério conjunto fez com que a Igreja de Plymouth se tornasse conhecida
por sua pregação, tocar órgão e cantar congregacionalmente.[35]
Zundel
se aposentou e voltou para a Alemanha em 1877.
[36]
A tradução
Foi o pastor metodista
Antônio de Campos Gonçalves (1899-1980) quem traduziu o hino " Amor divino
que excede todos os amores".
No Hinário Evangélico
está com o título “Grande amor”, nº 293.
Sua primeira nomeação
pastoral foi em 1920. Em 1922 foi pastorear Leopoldina, MG, e diversas outras
igrejas. Era chamado de “Mestre da língua portuguesa”.
Em 1943 foi eleita uma
Junta Consultiva que decidiu fazer uma nova versão da Bíblia, que se chamou
Revista e Atualizada no Brasil. Antônio de Campos foi o Secretario e passou a
ser também coordenador do projeto.
Antônio de Campos
Gonçalves revisou o português. A Bíblia completa foi publicada em 1959.
Em 1935, a Confederação
Evangélica do Brasil organizou a Comissão de Hinário para o preparo das letras
dos hinos. Antônio participou dos trabalhos do início (1935-1961). Dez hinos de
sua autoria estão no Hinário Evangélico, dentre eles o número 92 - “Eu preciso
de Ti, meu Senhor”. Ele era capelão da Sociedade Bíblica no Rio de Janeiro e se
aposentou aos 78 anos de idade após dedicar 33 anos na tradução da Bíblia.
O
Hino
Ó Senhor, que a tudo
excedes,
Dom
celeste, Amor sem par,
Vem, coroa
os teus favores,
Entre em
nós vem habitar.
Grande Amor,
Amor bendito,
Ó divina
compaixão,
Vem,
socorre ao que padece,
Faze nele
habitação.
Vem, Senhor, e dia a dia,
Dá-nos tua
inspiração;
Vem remove
o mau desejo,
Que nos
tenta o coração.
Tu somente
nos conheces
E nos podes
proteger,
Dá-nos,
pois, a tua graça,
E com ela o
teu pode.
Ó Senhor, não te separes
Do rebanho
terrenal,
Une a
Igreja estreitamente,
Dá-lhe vida
fraternal;
Abençoa
todo crente,
Ilumina-lhe
o andar,
E que todos
se comprazam
Em teu nome
proclamar.[37]
A letra do hino "Cristo já ressuscitou" ou “A ressurreição de
Jesus” foi escrita por Carlos Wesley (1707-1788).
Ele nasceu em Epworth, Lincolnshire,
Inglaterra, onde seu pai, Samuel Wesley, era pastor. Sua mãe se chamava Suzana.
Foi o 18º filho. Foi educado na Christ Church College, em Oxford, e formou o
grupo “Metodistas de Oxford” (Clube Santo) entre seus companheiros de escola em
1729.
O grupo se reunia regularmente para adoração e
realizava um trabalho de caridade, visitando doentes e presos. Sua forma
metódica levou os colegas a apelidá-los de “metodistas”. João Wesley passou a
participar do grupo e assumiu a liderança. Este foi o chamado “primeiro começo
do metodismo”.
Em 1735, Carlos foi com Wesley para a América.
Casou-se com Sarah Gwynne (1726–1822). Três de seus filhos – Charles, Samuel e
Sarah – sobreviveram até a idade adulta.
Em 21 de maio de 1738, teve a experiência de
renovação que ele chamou “Dia de Libertação”.
Os hinos de Carlos tinham uma mensagem
fundamentada na piedade cristã, própria para as reuniões devocionais e para os
grandes agrupamentos ao ar livre. Seus hinos destacavam o fervor da fé. Como
resultado das suas composições poéticas, a Gospel Music Association dos EUA, em
reconhecimento à sua contribuição para a música gospel, incluiu Carlos Wesley
no Hall da Fama da Música Gospel em
1995.[38]
O
Hino
Cristo já ressuscitou; aleluia!
Sobre a morte triunfou; aleluia!
Tudo consumado está; aleluia!
Salvação de graça dá; aleluia!
Sobre a cruz Jesus sofreu; aleluia!
E por nós
ali morreu; aleluia!
Mas agora
vivo está; aleluia!
Para sempre
reinará; aleluia!
Gratos
hinos hoje erguei; aleluia!
A Jesus, o
grande Rei; aleluia!
Ele à morte
quis baixar; aleluia!
Pecadores
resgatar; aleluia![39]
Carlos
Wesley escreveu “Mil línguas eu quisera ter” em 1739 para comemorar o
aniversário de sua conversão que aconteceu em 1738.
A
música é de Carl Gottholf Glaser (1784-1829). Jaci Correa Maraschin (1930-2009)
foi o tradutor.
Carlos
ou Charles Wesley (1707-1788) foi companheiro de seu irmão Wesley durante
muitos anos, desde o Clube Santo, em 1729, que ele criou e depois Wesley
assumiu a coordenação, bem como a viagem missionária na Geórgia, em 1735.
A
experiência espiritual de Carlos Wesley foi em 21 de maio, quando ele sentiu
que foi justificado pela fé. Wesley teve sua experiencia três dias depois, em
24 de maio de 1738.
Carlos
foi pregador itinerante durante muitos anos inclusive iniciando o metodismo em
muitos lugares. Esteve junto de Wesley em muitas jornadas.
Ele
se casou com Sally e seus filhos foram dotados para a música.
Carlos
Wesley foi o maior compositor de hinos: 9 mil hinos.
O
tradutor
O
tradutor do hino foi Jaci Maraschin (1930-2009).
Ele
foi “professor, mestre, poeta, músico e pastor da Igreja Episcopal Anglicana”.[40] Trabalhou
pela unidade da Igreja.
Nasceu
em Bagé, RS. Maraschin, dentre suas contribuições, estão: “foi um dos
fundadores da Associação de Seminários Teológicos Evangélicos (ASTE) e eleito,
em 1976, para a Comissão de Fé e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas
(CMI)”. [41]
Jaci
Maraschin foi “professor da Universidade Metodista de São Paulo por 35 anos.
Pastor da Igreja Anglicana, filósofo, doutor em Ciências da Religião pela
Universidade de Estrasburgo, França, o professor Jaci dedicou-se ao estudo das
relações entre teologia e cultura. Valorizando a cultura e musicalidade
brasileiras, compôs canções inesquecíveis, como Lavapés e A canção do
cativeiro”. [42]
No
campo litúrgico sua contribuição foi grande. “Na Universidade Metodista de São
Paulo ministrou: Hermenêutica, Estética, Liturgia, Ecumenismo e temas de
Teologia”. [43]
“Canções
de Jaci Maraschin foram lançadas em CD com com o título ‘Dança Jubilosa,
Canções de Jaci Maraschin’, do grupo ‘Gente de Casa’, produzido por Flávio
Irala. As letras e partituras já foram publicadas no livro, O novo canto da
terra”.[44]
O
Hino
para entoar louvor
à tua graça e ao teu poder,
meu Rei e meu Senhor.
Teu santo nome, ó Redentor,
o meu temor desfaz
e traz a mim, um pecador,
consolo, vida e paz.
Com teus remidos louvarei
o teu eterno amor
e o nome teu exaltarei,
bondoso Salvador.
Ó Mestre amado, meu Jesus,
ajuda-me a levar,
por todo o mundo, a tua luz,
o teu amor sem par.[45]
Este hino escrito por Charles Wesley
é considerado um dos mais amados hinos de sua autoria.
“De acordo com o editor da The
Oxford Edition of the Works of John Wesley, "And Can It Be" foi
escrito imediatamente após a conversão de Charles Wesley ao
cristianismo em 21 de maio de 1738. Wesley conhecia sua Bíblia bem antes desta
época, mas ainda não havia experimentado a afirmação de um novo nascimento ou a
totalidade da graça em sua vida”.[46]
E pode ser
que eu deveria ganhar
Um
interesse no sangue do Salvador?
Ele morreu
por mim, que causou Sua dor?
Para mim,
que levaram à morte perseguido?
Amor
incrível! como pode ser
Que Tu, meu
Deus, deves morrer por mim?
Refrão:
Que Tu, meu Deus, deves morrer por mim!
É mistério
todo! O Imortal morre!
Quem pode
explorar
Seu
estranho desígnio?
Em vão o
serafim primogênito tenta
Para soar
as profundezas do amor divino!
É
misericórdia tudo! deixe a terra adorar,
Que as
mentes dos anjos não perguntem mais.
[Refrão]
Amor
incrível! como pode ser
Que Tu, meu
Deus, deves morrer por mim!
Ele deixou
o trono de seu Pai acima,
Tão livre,
tão infinita Sua graça;
Esvaziou-se de tudo menos do amor,
E sangrou
pela raça indefesa de Adão;
É toda
misericórdia, imensa e gratuita;
Pois, ó meu
Deus, ela me descobriu.
[Refrão]
Amor
incrível! como pode ser
Que Tu, meu
Deus, deves morrer por mim!
Por muito tempo meu espírito aprisionado
Preso no pecado e na noite da natureza;
Teu olho
difundiu um raio veloz,
Acordei, a
masmorra ardeu com a luz;
Minhas
correntes caíram, meu coração estava livre;
Eu me
levantei, saí e Te segui.
[Refrão]
Amor
incrível! como pode ser
Que Tu, meu
Deus, deves morrer por mim!
Nenhuma
condenação agora eu temo;
Jesus, e
tudo nele é meu!
Vivo nele,
minha cabeça viva,
E vestido
de justiça divina,
Ousado me
aproximo do trono eterno,
E
reivindique a coroa, através de Cristo meu.
[Refrão]
Amor incrível! como pode ser
Que Tu, meu
Deus, deves morrer por mim! [47]
O hino “Vem, Tu Esperaste Jesus" ou “Vinde, esperaste Jesus há muito tempo” foi escrito por Carlos Wesley para a época do Advento e do Natal de 1744. É comum nos hinários protestantes.
“É executada com uma das várias músicas, incluindo "Stuttgart" (atração de Christian Friedrich Witt), "Hyfrydol" (por Rowland Prichard), e "Cross of Jesus" (por John Stainer). O hino é considerado um clássico duradouro na hinódia cristã”.[48]
O contexto da época era de uma situação social caótica especialmente para os pobres e órfãos. Para escrever o hino, Carlos Wesley se baseou em “Ageu 2:7 e analisou a situação dos órfãos nas áreas ao seu redor. Ele também analisou a divisão de classes na Grã-Bretanha”. [49]
Neste hino, Carlos
Wesley afirma que Jesus é a "alegria de todo coração saudoso". Ele
não é apenas o Menino nascido com o "governo... sobre os seus ombros"
(Is. 9:6); Ele também "nasceu para reinar em nós para sempre".[50]
João Wesley adaptou esta oração
em um hino em 1744 e a publicou em seu hinário "Hinos para a Natividade
de Nosso Senhor".
Carlos Wesley escreveu com o
objetivo das pessoas comemorarem o nascimento de Jesus e se prepararem
para a sua segunda vinda. [51]
"Vinde, Tu Esperaste Jesus" foi o primeiro de vários hinos de Wesley que ficaram conhecidos como os "hinos da Festa". [52]
E foi o pregador batista
Charles Spurgeon que o tornou popular. Ele fez
um sermão de Natal em Londres em 1855 e incluiu
seções de "Vinde que há muito esperaste Jesus". [53]
O
Hino
Vinde, esperaste há muito tempo Jesus,
nascido para libertar o teu povo;
Dos nossos medos e pecados libertai-nos,
encontremos em ti o nosso descanso.
A força e a consolação de Israel,
a esperança de toda a terra que tu és;
Querido desejo de cada nação,
alegria de todo coração saudoso.
Nasceu o teu povo para libertar,
nasceu um filho e ainda um Rei,
nascido para reinar em nós para sempre,
agora o teu reino gracioso traz.
Pelo teu próprio espírito
eterno reina em todos os nossos corações;
por teu mérito suficiente,
eleva-nos ao teu trono glorioso.[54]
Eis dos anjos a harmonia
Foi Carlos Wesley quem escreveu a letra do hino
“Eis dos anjos a harmonia” (Hark! The Herald Angels Sing), em 1739.[55] Muitos cantores famosos
gravaram esse hino, como Frank Sinatra.
“A letra que temos hoje é bem diferente da
original de Charles Wesley. O seu amigo e colaborador, George Whitefield
(1714-1770), fez algumas modificações, mas o hino ainda mantém o mesmo espírito
jubiloso intenso que Charles Wesley expressou no original”. [56]
Robert
Hawkey Moreton (1844-1917) fez a versão para o português em 1887.
A música
foi composta por Felix Mendelssohn (1809-1847).
“Félix Mendelssohn nasceu em Hamburgo, Alemanha,
no dia 3 de fevereiro de 1809. A família Mendelssohn era muito unida e alegre.
O seu pai, Abraham, era um banqueiro. Sua mãe era cantora e artista. Foi ela
quem deu as primeiras aulas de música ao menino Félix. Era um menino pródigo,
de grande talento musical”.[57]
A melodia fazia parte da cantata “Festgesang for
Male Chorus and Orchestra” foi apresentada primeiramente no festival realizado
em Leipzig, em junho de 1840, para celebrar a invenção da imprensa.
“O organista deste coral, na Abadia de Waltham,
era o Dr. Willian Hayman Cummings (1831-1915). Foi ele quem fez o arranjo da
melodia para o hino de Charles Wesley. A letra do hino de Charles Wesley já
havia sido cantada muitas vezes com outras melodias, porém, quando foi
adicionada pela primeira vez com a música de Mendelssohn, pelo Dr. Williams
Commings, em 1855, imediatamente começou a ganhar fama no mundo inteiro”. [58]
Quem foi
Robert Hawkey Moreton?
De uma família inglesa, Roberto
Hawkey Moreton nasceu em Buenos Aires, Argentina. Posteriormente, foi para a
Inglaterra com seus pais.[59]
Robert também começou a estudar
medicina no Hospital de S. Bartolomeu, em Londres, mas foi chamado para o
ministério da Igreja Metodista Wesleyana e fez o Seminário de Richmond,
Londres, em 1864. Foi “ordenado ministro em plena conexão na Igreja Metodista
Wesleyana, em 3 de agosto de 1870, na Conferência Anual, na cidade de Burslem,
Inglaterra”.[60]
Foi como missionário para o
Porto chegando em 1871 com sua esposa onde ficou quarenta e três anos no
ministério ativo. “Logo nos primeiros dias ele soube o que era sofrer
perseguição popular, chegando muitas vezes a casa, depois de tentar pregar,
coberto de lama; mas ele sobreviveu a esta fase, e tornou-se muito respeitado e
estimado; através dos anos os seus dons como pregador, ensinador, administrador
e organizador foram bem exercidos”. [61]
Robert organizou a Igreja
Evangélica Metodista em Porto deu todo
apoio à União Cristã da Mocidade Portuguesa. [62]
“Ele traduziu várias obras para
o português, adaptou o livro Mapas Bíblicos, e colaborou muito em revisões
bíblicas. Ele realizou conferências sobre História e sobre Ciências naturais,
que conhecia profundamente”. [63]
Robert trouxe contribuição
também na área musical. Ele “escreveu numerosos cânticos, sendo alguns de
própria autoria, e outros traduzidos ou adaptados. Vinte e dois hinos dele se
encontram no Hinário Evangélico”. [64]
São muito conhecidos seus hinos:
Nasce Jesus, Eis dos anjos a harmonia (de Charles Wesley) e Mais junto, ó Deus,
a ti (de Sarah Flower Adams),”[65]
etc.
O
Hino
Eis dos anjos a harmonia
Cantam glória ao novo Rei
Paz aos homens e alegria
Paz com Deus e suave lei
Ouçam povos exultantes
Ergam salmos triunfantes
Aclamando o seu Senhor
Nasce Cristo o Redentor!
Toda a Terra e altos céus
Cantem glória ao Homem-Deus
Cante povo resgatado
Glória ao príncipe da paz
Deus em Cristo revelado
Vida e luz ao mundo traz
Nasce pra que renasçamos
Vive para que vivamos
Rei, profeta e salvador
Louvem todos ao Senhor
Toda a Terra e altos céus
Cantem glória ao Homem-Deus.[66]
Este hino de Carlos Wesley é um convite aos pecadores:
“Vocês podem agora ser justificados, todos podem viver, pois Cristo morreu”.
Uma ênfase na salvação pela graça e fé em Jesus. Um convite para todos em
oposição à predestinação, um debate da época. Um hino que revela um tom
escatológico e de urgência.
O
Hino
Venham, pecadores, para a festa evangélica,
que cada alma
seja a convidada de Jesus;
Não
precisam ninguém ficar para trás,
pois Deus
deu lances à humanidade.
Enviado por
meu Senhor, em você eu chamo,
O convite é para TODOS:
Venha, todo
o mundo; venha, pecador, tu!
Todas as
coisas em Cristo estão prontas agora.
Venham,
todas as almas do pecado,
andarilhos
inquietos após o descanso,
e pobres, e
mutilados, e param, e cegos,
em Cristo
um caloroso bem-vindo encontrar.
Venha, e
participe do banquete gospel;
Ser salvo
do pecado; em Jesus descansar;
Ó prove a
bondade de seu Deus,
e coma sua
carne, e beba seu sangue!
Vó almas,
em você eu chamo;
(Ó que
minha voz poderia chegar a todos vocês!)
Vocês podem
agora ser justificados,
todos podem
viver, pois Cristo morreu.
Minha
mensagem a partir de Deus receber,
Vós todos
podem vir a Cristo, e viver;
Ó deixe seu
amor constrangido,
nem sofra
que ele morra em vão!
Seu amor é
poderoso para obrigar;
Seu
consentimento amoroso conquistador para sentir,
ceder ao
poder resiste de seu amor,
e lutar
contra seu Deus não mais.
Vê-lo
partir diante de seus olhos,
aquele
precioso, sacrifício sangrento!
Seus
benefícios oferecidos se abraçam,
e
livremente agora sejam salvos pela graça.
Este é o
momento; sem mais atraso!
Este é o
dia aceitável,
entre,
neste momento, ao seu chamado,
e viva para
aquele que morreu por todos.[67]
Um hino de Carlos Wesley onde ele celebra a salvação, mas
tem a esperança de um amor perfeito. Exalta o nome de Jesus onde há vida,
saúde, paz e amor eterno. Uma ênfase na perfeição cristã.
O
Hino
Jesus, olhamos para Ti,
Tua reivindicação de presença prometida;
Tu no meio de nós será,
Reunido em Teu Nome.
A salvação do Teu Nome é, que
aqui viemos para provar;
Teu nome é vida, saúde e paz,
amor eterno.
Não em nome do orgulho
ou do egoísmo que encontramos;
Dos caminhos da natureza, deixamos de lado,
e pensamentos mundos esquecem.
Nós nos encontramos, a graça de tomar
que Tu tens livremente dado;
Nos encontramos na Terra por teu querido bem que podemos nos encontrar no Céu.
Presente conhecemos Tua arte;
Mas, ó, a ti mesmo revelar!
Agora, Senhor, deixe sempre esperando coração
O poderoso conforto sentir.
O que tua voz acelerante
A morte do pecado remover;
E lance nossas almas mais alegram-se,
na esperança de um amor perfeito.[68]
Um hino de Carlos Wesley composto no ano de 1745, quando a
rebelião do Príncipe Charles Edward Stuart quis derrubar o Rei George.
Foi “publicado durante esse ano, quando a rebelião do
Príncipe Charles Edward Stuart ameaçou derrubar o assentamento hanoveriano. Os
metodistas estavam ansiosos para proclamar sua lealdade à coroa, e o pequeno
livro de quinze hinos foi o resultado (um dos outros hinos é intitulado 'Para
sua Majestade Rei George'; hinos semelhantes foram escritos por Wesley neste
momento).” [69]
Carlos
descreve esse momento no hino: “Enquanto na fornalha da aflição, e passando
pelo fogo, nossas mãos nós levantamos, Seu amor nós louvamos”.
O
Hino
Chefe da Igreja triunfante,
Trazemos nossa adoração;
Até você aparecer,
Seus servos aqui.
Terão sede de maior glória.
Levantamos nossos corações e vozes,
Com a maior expectativa,
E chore em voz alta
E dê a Deus
O louvor de nossa salvação.
Enquanto na fornalha da aflição,
E passando pelo fogo,
Nossas mãos nós levantamos,
Seu amor nós louvamos,
O que nos eleva cada vez mais alto.
Levantamos as mãos, exultando
em teu favor todo-poderoso;
O amor divino que nos fez Teus
deve nos manter teus para sempre.
Pela fé vemos a glória
Para o qual você deve nos restaurar,
O mundo despreza
Por esse prêmio alto
Que você colocou diante de nós.
Porque você nos considera dignos,
Nós, como o mártir Stephen,
Deve vê-lo ficar
Na mão direita de Deus
Para nos chamar para o céu.[70]
Pai, eu estendo as mãos para Ti
Este hino de Carlos Wesley foi baseado na vida do pregador
metodista John Downes, que faleceu em 1774, quando pregava e disse no sermão
suas últimas palavras: - Pai, eu estiquei as mãos para Ti, nenhuma outra ajuda
que eu conheço”.
Este foi o hino baseado na pregação
de John Downes na sexta-feira, 4 de novembro de 1774, “quando a morte o
apreendeu em West Street Chapel, Londres. Wesley se orgulhava muito do gênio
mecânico deste pregador, e no retrato que Downes fez dele. Na tarde anterior à
sua nomeação, Downes disse: ‘Eu sinto tanto amor para o povo de West Street,
que eu ficaria contente em morrer com eles. Eu não me encontro muito bem; mas
eu devo estar com eles esta noite. Seu texto era ‘Venha a Mim, todos vocês que
trabalham e são carregados de peso’, e grande poder assistiu à mensagem; mas
quando ele tinha falado por dez minutos sua força tinha ido embora, e ele deu
as linhas - Pai, eu estiquei as mãos para Você, nenhuma outra ajuda que eu
conheço. A voz dele falhou. Ele caiu de joelhos, como se ele pretendia orar, ‘mas
ele não podia ser ouvido.’ Os pregadores que estavam presentes o levantaram e o
levaram para a cama, onde ele logo deu seu último suspiro. Ele só tinha 52
anos”. [71]
O
Hino
Pai, eu estendo as mãos para Ti,
nenhuma outra ajuda que eu conheço;
Se você se retirar de mim,
Ah! Para onde eu devo ir?
O que teu único filho suportou
Antes que eu respire;
Que dor, que trabalho, para proteger
minha alma da morte sem fim!
Ó Jesus, eu poderia acreditar,
agora devo sentir o teu poder;
Agora todos os meus desejos você iria aliviar
nesta hora aceita.
Autor da fé, para você eu levantar
Meus olhos cansados e anseios:
Ó deixe-me agora receber esse presente!
Minha alma sem ela morre.
Certamente tu não podes me
deixar morrer;
Ó falar, e eu viverei!
Pois aqui eu vou desnudar mentira,
até que tu teu Espírito dê.
Como minha alma desmaiada se alegraria,
eu poderia deixar de ver o teu rosto!
Agora deixe-me ouvir sua voz acelerada,
e prove sua graça perdoador![72]
Jesus, amado da minha
alma
“Jesus, amado da minha alma” foi escrito por
Carlos Wesley em 1740. Está publicado em 3186 hinários. Outra tradução diz: “Jesus, amante da minha
alma”.
Foi traduzido para várias línguas:
“Tradução russa: "Isis-ti pa krof
dusha", tradutor desconhecido; Tradução polaca: Ver: "Jezu, Zbawco mojej duszy" de Paweł Sikora; Tradução para
o espanhol: Ver "Oh Jesús, mi Salvador.”[73]
Na língua inglesa: “Jesus_lover_of_my_soul.”
O centro da mensagem é o amor, a santidade, o
perfeito amor, a base wesleyana.
A música é de Joseph
Parry (1841-1903).
O Hino
Jesus, amante da minha
alma,
deixa-me voar para o teu
seio,
enquanto as águas mais
próximas correm,
enquanto a tempestade
ainda está alta;
esconda-me, ó meu
Salvador, esconda-se,
até que a tempestade da
vida passe;
seguro no guia do
refúgio,
Ó, receba minha alma
finalmente!
2 Não tenho outro
refúgio;
pendura minha alma
indefesa em ti;
vá embora, ah! não me
deixe sozinho,
ainda me apoie e
console.
Toda a minha confiança
em ti foi mantida,
toda a minha ajuda de ti
eu trago;
cubra minha cabeça
indefesa
com a sombra da tua asa.
3 Graça abundante é
encontrada em ti,
graça para cobrir todos
os meus pecados;
deixe as correntes de
cura abundarem;
faça e mantenha-me puro
por dentro.
Tu da vida és a fonte;
livremente deixe-me
tomar de você;
brota dentro do meu
coração,
sobe para toda a eternidade.[74]
[1]
Partes de estrofes do hino de Carlos Wesley.
https://finestofthewheat.org/o-glorious-hope-of-perfect-love/
[2]Mildred Olive
Bangs Wynkoop (nascido em 9 de setembro de 1905 em Seattle, Washington , falecido em 21 de
maio de 1997 em Lenexa, Kansas) foi um ministro ordenado na Igreja do Nazareno , que serviu como educador , missionário e teólogo , e o autor de vários livros. Donald Dayton
indica que "Provavelmente a mais influente para uma nova geração de
estudiosos da santidade tem sido o trabalho do teólogo nazareno Mildred Bangs
Wynkoop, especialmente seu livro A Teologia do Amor: A Dinâmica do Wesleyanismo ".
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Mildred_Bangs_Wynkoop
[3]
https://www.catalystresources.org/a-theology-of-love/
[4]
https://christianhistoryinstitute.org/magazine/article/golden-age-of-hymns-did-you-know
[5]
Idem.
[6]
Idem.
[7]
https://holyjoys.org/singing-theology-hymns/
[8]
https://www.newstartdiscipleship.com/post/23-of-charles-wesley-s-most-famous-hymns
[9] HEITZENHATER,
Richard P., Wesley e o Povo Chamado Metodista, Editeo-Pastoral Bennett, 1996, p.79.
[10]https://www.christianitytoday.com/history/2019/february/charles-wesley-romance-love-sally-wesley.html.
[11]https://www.poemhunter.com/poem/hymn-xxv-stupendous-love-of-god-most-high-2/
[12]https://www.christianitytoday.com/history/2019/february/charles-wesley-romance-love-sally-wesley.html.
[15] WESLEY, João.
Explicação clara da perfeição cristã. São Paulo, Imprensa Metodista, 1984, p.
34.
[16] Charles
WESLEY. Hinos Curtos em Passagens Selecionadas da Sagrada
Escritura. 2 volumes, 1762 no jornal John WESLEY (ed.). Revista
Arminiana, 1779-1783. [=AJW].http://portal.metodista.br/cew/acervo/charles-wesley-short-hymns
[17]https://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/liturgias/arquivos-anteriores/Culto-FaTeo-2007---300-anos-de-Charles-Wesley.pdf.
[18]https://portal.metodista.br/fateo/materiais-de-apoio/liturgias/arquivos-anteriores/Culto-FaTeo-2007---300-anos-de-Charles-Wesley.pdf
[25]
https://motionarray.com/royalty-free-music/loves-divine-all-loves-excelling-148790/
[26]
https://www.classicfm.com/discover-music/periods-genres/hymns/love-divine-all-loves-excelling-lyrics-wesley/
[27]
https://www.classicfm.com/music-news/queen-elizabeth-ii-funeral-music/
[28]
http://www.hymntime.com/tch/htm/l/o/v/d/lovdivin.htm
[29]
https://www.letras.mus.br/nathan-clark-george/love-divine/traducao.html
[30]
https://www.blueletterbible.org/hymns/bios/bio_z_u_zundel_j.cfm
[31]
http://www.hymntime.com/tch/bio/z/u/n/d/zundel_j.htm
[32]
http://www.hymntime.com/tch/bio/z/u/n/d/zundel_j.htm
[33]
https://hymnary.org/tune/beecher_zundel
[34]
http://www.hymntime.com/tch/bio/z/u/n/d/zundel_j.htm
[35]
https://hymnary.org/tune/beecher_zundel
[36]
http://www.hymntime.com/tch/bio/z/u/n/d/zundel_j.htm
[37]
https://www.hinarioevangelico.com/2009/11/293-grande-amor.html
[38]
Pesquisa: www.pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Wesleyhttps://gbgm-umc.org/UMhistory/wesley/hymns
www.bbc.co.uk/religion/.../charleswesley_1.shtm
http://www.bbc.co.uk/religion/religions/christianity/people/charleswesley_1.shtml
[39]
https://www.hinarioevangelico.com/2009/03/041-ressurreicao-de-jesus.html
[40]
https://www.luteranos.com.br/textos/jaci-correa-maraschin-1930-2009
[41]
Idem.
[42]
https://www.metodista.org.br/jaci-maraschin
[43]
https://www.luteranos.com.br/textos/jaci-correa-maraschin-1930-2009
[44] https://www.metodista.org.br/jaci-maraschin
[45]
https://sites.google.com/site/coletaneahcc/072-mil-línguas-eu-quisera-ter
[46]
https://www.godtube.com/popular-hymns/and-can-it-be/
[47]
https://www.godtube.com/popular-hymns/and-can-it-be/
[48]
https://en.wikipedia.org/wiki/Come,_Thou_Long_Expected_Jesus
[49]Idem.
[50]
https://thescottspot.wordpress.com/2016/12/05/come-thou-long-expected-jesus-written-in-1744/
[51]
https://en.wikipedia.org/wiki/Come,_Thou_Long_Expected_Jesus
[52]
Idem.
[53]
Idem.
[54]
https://hymnary.org/ttext/come_thou_long_expected_jesus_born_to
[55]
http://www.hinologia.org/eis-dos-anjos-harmonia/
[56]
Idem.
[57]
http://www.hinologia.org/eis-dos-anjos-harmonia/
[58]
Idem.
[59]
https://www.luteranos.com.br/textos/roberto-hawkey-moreton-1844-1917
[60]
https://crentebatista.wordpress.com/2010/05/14/robert-hawkey-moreton/
[61]
Idem.
[62]
https://www.luteranos.com.br/textos/roberto-hawkey-moreton-1844-1917
[63]
https://www.luteranos.com.br/textos/roberto-hawkey-moreton-1844-1917
[64]
https://www.luteranos.com.br/textos/roberto-hawkey-moreton-1844-1917
[65]
Idem.
[66]
https://ollivah.lyrics.com.br/letras/3228987/
[67]
https://mypoeticside.com/show-classic-poem-33331
[68]
https://mypoeticside.com/show-classic-poem-33324
[69] https://hymnology.hymnsam.co.uk/head-of-thy-church-triumphant.
[70]https://hymns.countedfaithful.org/hymn.php?hymnNumber=512&versionNumber=0; https://www.allthelyrics.com/lyrics/charles_wesley/head_of_thy_church_triumphant-lyrics-1155742.html.
[71] http://www.hymntime.com/tch/htm/f/a/t/i/fatistre.htm
[72]https://www.invubu.com/music/show/songCharles-Wesley/Father%252C-I-Stretch-My-Hands-To-Thee.html; https://www.allthelyrics.com/lyrics/charles_wesleyfather_i_stretch_my_hands_to_thee-lyrics-1051889.html.
[73] https://hymnary.org/text/jesus_lover_of_my_soul_let_me_to_thy_bos
[74] https://hymnary.org/text/jesus_lover_of_my_soul_let_me_to_thy_bos
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