A Revolução das Classes de Wesley

 

Wesley criou as classes para acolhimento, cuidar uns dos outros, salvação e santificação

 

Odilon Massolar Chaves


Copyright © 2024, Odilon Massolar Chaves

Todos os direitos reservados ao autor.

É proibida a reprodução total ou parcial do livro, Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998.

Livros publicados na Biblioteca Wesleyana: 04

Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com

Tradução: Tradutor Google

Toda glória a Deus.


Mas os metodistas e seus pequenos grupos que cuidavam uns dos outros forneciam a muitos um lugar de esperança e comunidade. Como Kevin Watson afirma ‘no vasto trabalho de organização social que é uma das características dominantes da Inglaterra do século XIX, seria difícil superestimar o papel desempenhado pelo avivamento Wesleyano’. Revolução ou não, não há como argumentar que nada perto da tomada da Bastilha aconteceu. Não se pode conceder o sucesso dos metodistas apenas com base na pregação de campo de John Wesley. Por mais inovador e arriscado que fosse sua vontade de sair dos muros da igreja, provavelmente foi outra coisa que contribuiu ainda mais. O próprio George Whitefield, o pregador de campo mais conhecido da época, acreditava que o impacto de Wesley tinha mais a ver com o cuidado que ele tomava para organizar as massas em classes e bandas. Ele atribuiu o sucesso de Wesley, e a falta do seu, à criação, organização e manutenção da reunião de classe por Wesley”[1]


Índice

 

·      Introdução

·      A origem e a influência da Sociedade no metodismo

·       Sociedades Metodistas

·      As Bandas

·      As Classes

·      As classes supervisionadas por Carlos Wesley

·      A função do Líder e do Assistente da Classe

·      As classes supervisionadas por João Wesley

·      A importância das classes, bandas e sociedades


Introdução

 “A Revolução das Classes de Wesley” é um livro especialmente baseado no diário de João e Carlos Wesley.

As classes proporcionaram acolhimento, confissão, crescimento e santificação. Tinham o propósito da salvação e de buscar uma vida santa.

Nas classes não havia estudos e sim acompanhamento sobre o desenvolvimento da vida cristã dos participantes.

Segundo Michael Henderson “a reunião de classe acabou sendo o principal meio de trazer milhões das pessoas mais desesperadas da Inglaterra para a disciplina libertadora da fé cristã.” [2]

Ele escreveu “Reunião de Classe de John Wesley: Um Modelo para Fazer Discípulos”, onde a classe é colocada num contexto maior na organização de Wesley.

Era uma época de revoluções: Revolução Industrial, Revolução Americana, Revolução Francesa, etc. No metodismo houve a revolução das classes[3] wesleyanas.

Segundo o metodista Kevin Watson não se pode conceber o sucesso do metodismo no século XVIII na Inglaterra apenas com a pregação de campo de Wesley.

O impacto teve a ver com o cuidado que ele tomava para organizar as massas em classes e bandas.

Wesley foi o gênio organizador que sempre estava em missões. Era sábio na condução das sociedades, bandas e classes.

Além das sociedades e bandas, em 1742, Wesley incluiu as classes na organização metodista.

No diário de Carlos e João Wesley há registro das lutas, dificuldades, mover do Espírito Santo, restaurações e ministrações.

Eles em seus diários revelam o dia-a-dia dos membros das bandas e classes.

Vidas que tiveram o propósito de se santificarem e que buscaram nos pequenos grupos wesleyanos uma força e apoio para prosseguirem na caminhada cristã.

O Autor

 

        A origem e a influência da Sociedade no metodismo

 

 “Em 1742, uma Sociedade em Londres tinha 426 membros, que foram divididos em 65 classes”

 

As sociedades religiosas foram iniciadas na Inglaterra por Anthony Horneck (1641-1697). Ele era um clérigo alemão protestante que se mudou para a Inglaterra. “Ele estudou teologia em Heidelberg e chegou à Inglaterra por volta de 1661. Em 1663 foi nomeado membro do Queen's College, Oxford e vigário de All Saints, Oxford, em 1664”.[4]

Anthony foi um pietista fervoroso, anglicano comprometido, pregador e um reformador.[5]

“Ele pregou a salvação. Ele evitou disputas sobre coisas não essenciais. Mais significativamente, ele organizou sociedades religiosas de almas despertas a partir de 1678”.[6]

 Sociedade em Oxford

Os metodistas de Oxford descobriram que a única maneira deles manterem vivo o seu zelo e a espiritualidade era se reunir com frequência juntos[7].

 A sociedade de Oxford teve início no fim do inverno de 1729/30 quando Bob Kirkham começou a se encontrar com João Wesley, Carlos Wesley e Morgam regularmente.

Organizaram o Clube Santo e foram chamados de metodistas.

 Sociedades na América

 Como missionário, na América, em 1735, João Wesley investiu em criar sociedades com as pessoas mais comprometidas da congregação. O objetivo foi desenvolver a vida espiritual.

 Wesley organizou duas pequenas sociedades procurando seguir o exemplo da sociedade (Clube Santo) de Oxford, Inglaterra.

Em Frederica. Em 10 de junho de 1736, Wesley começou a ter reuniões similar ao que fazia em Oxford, no Clube Santo. Passava algum tempo com os mais comprometidos cantando, lendo e conversando.

Em Savannah. Wesley estabeleceu um pequeno grupo com dias fixos em Savannah.

Diante das dificuldades iniciais, Wesley entendeu que precisava ver novas formas para ser útil ao pequeno rebanho de Savannah.

No dia 11 de abril de 1735, eles concordaram e formar “uma espécie de pequena sociedade, e reunir-se uma ou duas vezes por semana, a fim de repreender, instruir e exortar uns aos outros. 2. Selecionar destes um número mais reduzido para uma união mais intima uns com os outros, que poderia ser encaminhada, em parte por conversarmos individualmente com cada um e em parte por convidá-los por completo para a nossa casa; e isso, portanto, decidimos fazer todos os domingos à tarde”.[8]

Sociedade de Fetter-Lane

Na Inglaterra, o líder moraviano Pedro Bohler organizou no dia 1º de maio de 1738 (antes da experiência de Wesley) a Sociedade de Fetter Lane, Londres.

João Wesley e John Hutton participaram da organização da sociedade.[9] As regras tinham o objetivo de proporcionar saúde espiritual. Quando Bohler foi embora deixou Wesley na liderança da sociedade. 

 Sociedade em Londres

 O crescimento das sociedades, bandas e classes foi notável.

“Em 1742, uma Sociedade em Londres tinha 426 membros, que foram divididos em 65 classes. Dentro de dezoito meses, essa mesma Sociedade tinha 2200 membros, todos os quais eram membros de uma Reunião de Classe!”[10]

  

 As Bandas

 

 “A reunião da banda foi a principal expressão da síntese de John Wesley da piedade anglicana e morávia”[11]

 

Uma função central da banda era o que Wesley chamou de "conversa próxima".[12]

Band foi um modelo para tornar os discípulos perfeitos. Foi o local ideal para se buscar a santidade do coração.[13]

Os bands eram pequenas companhias criadas para levarem os metodistas ao perfeito amor.

Os bands foram importantes no processo de formação da organização metodista.[14]

“Além das reuniões da Sociedade e da Classe, bandas de cerca de cinco pessoas do mesmo sexo e estado civil se reuniram para confessar pecados e lutas específicas uns aos outros. Estima-se que cerca de 1 em cada 4 metodistas participavam regularmente de uma banda”.[15]

As principais atividades dos bands “eram a confissão e a oração; o alvo deles era o crescimento espiritual. Os bands eram homogêneos, de acordo com o modelo morávio; havia band de mulheres, de homens e mesmo de rapazes (...).”[16]

Em 1738, Wesley foi à Alemanha conhecer de perto sobre a prática cristã de homens santos e sobre as bandas.

Dentro do seu dinamismo, Wesley aplicou algumas práticas dos moravianos e outras deixou de lado.

 

As Classes

  

A reunião de Classe foi “a unidade instrucional mais influente do metodismo e, provavelmente, a maior contribuição de Wesley para o crescimento espiritual”[17]

 

Havia um propósito para as reuniões de classe.

 Seu objetivo principal “era a santidade pessoal. A Reunião de Classe serviu como um lugar onde as 6–12 pessoas reunidas puderam ser honestas sobre sua condição e receber exortação amorosa e encorajamento em suas batalhas. Ele forneceu um fórum onde todos foram recebidos em um ambiente de aceitação. Eles compartilhariam sobre a experiência da semana anterior, agradeceriam a Deus pelo progresso e honestamente compartilhariam seus fracassos, tentações ou batalhas internas”.[18]

Com mais detalhes e com momentos históricos, resumimos um pouco sobre o seu princípio e desenvolvimento, as lutas e as vitórias.

O início

Wesley percebeu que alguns metodistas estavam se esfriando na fé e algo precisava ser feito. “A reunião de classe wesleyana surgiu em Bristol no início de 1742, um pouco por acidente. Wesley estava cada vez mais preocupado com o fato de que muitos metodistas não viviam o evangelho; "vários esfriaram e deram lugar aos pecados que há muito os afligiam facilmente." (Obras, 77-78) Claramente, algum mecanismo para exercer a disciplina era necessário (...).[19]

Para atender uma dívida

Para atender à dívida da casa de pregação em Bristol, a sociedade de lá (agora com mais de 1.100) foi dividida em ‘classes’ de uma dúzia cada. Os líderes foram nomeados para garantir contribuições semanais para a dívida, e Wesley, sendo Wesley, pediu aos líderes que também ‘fizessem uma investigação particular sobre o comportamento daqueles que ele via semanalmente’. (Obras, 9:261) Isso proporcionou a oportunidade de exercer disciplina”.[20]

Tudo começou na segunda-feira, 15 de fevereiro de 1742. Wesley escreveu em seu diário: “Muitos se reuniram para consultar sobre um método adequado para quitar a dívida pública; foi finalmente acordado 1) que cada membro da sociedade, que fosse capaz, deveria contribuir com um centavo por semana; 2) que toda a sociedade deve ser dividida em pequenas companhias ou classes – cerca de doze em cada classe; e 3) que uma pessoa em cada classe deve receber a contribuição do resto e trazê-la para os mordomos semanalmente”.[21]

Mais tarde, o método foi usado em Londres e em todos os outros lugares.

Estabelecendo as classes em Londres

Na quinta-feira, dia 25 de março de 1742, Wesley decidiu estabelecer as classes em Londres, depois de muita conversa: “Designei vários homens sérios e sensatos para me encontrar, a quem mostrei a grande dificuldade que há muito encontrava em conhecer as pessoas que desejavam estar sob meus cuidados. Depois de muita conversa, todos concordaram que não havia melhor maneira de chegar a um conhecimento seguro e completo de cada pessoa do que os dividir em classes, como as de Bristol, sob a inspeção daqueles em quem eu mais podia confiar. Esta foi a origem de nossas classes em Londres, pelas quais nunca poderei louvar suficientemente a Deus; a utilidade indescritível da instituição desde então tem sido cada vez mais manifesta”.[22]

Uma ferramenta crucial

Logo a reunião de classe metodista se “transformou em muito mais do que uma campanha capital. Tornou-se uma ferramenta crucial para capacitar os metodistas a "vigiar uns sobre os outros em amor", para apoiar e encorajar uns aos outros em suas vidas com Deus. De fato, John Wesley achava que a supervisão e o apoio que a reunião de classe fornecia eram tão importantes que se tornaram um requisito para a adesão a uma sociedade metodista. Ser metodista significava que você estava envolvido em uma reunião de classe semanal”.[23]

 

Classe, um modelo para fazer discípulos

As sociedades organizadas no metodismo dividiam os membros em classes, que eram agrupadas geograficamente e continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta de 1742, a Sociedade de Londres tinha mais de mil membros.

Wesley orientou como as pessoas deveriam se agrupar: “Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12 pessoas em cada classe sendo uma delas indicada para ser o líder.” [24] 

 David Lowes Watson, no seu livro Discipulado Responsável, um moderno manual sobre o sistema de classes, escreve: "Foi uma reunião semanal, uma subdivisão da sociedade, em que os membros eram obrigados a prestar contas uns aos outros de seu discipulado, e, assim, para sustentar um ao outro em seu testemunho”.[25]

Cada metodista pertencia a uma classe. A reunião era uma partilha da experiência pessoal da semana passada. Eles aprenderam com isso a terem autoconfiança e a capacidade de falar em público.

A classe foi um lugar para serem aceitas todas as pessoas de diferentes origens sociais.[26] Todas as pessoas confessavam as suas falhas e buscavam a salvação e a santificação.

“Em 1760 havia 20.000 indivíduos nas classes. Em 1790, esse número mais que dobrou para mais de 53.000. Assim, da população total da Inglaterra e País de Gales de 8.216.096, aproximadamente 6,5% faziam parte da sociedade metodista em uma classe ou banda”.[27]

Wesley escreveu como uma pessoa era admitida na classe e na Sociedade: Qualquer pessoa determinada a salvar a sua alma podia ser unida com os metodistas (esta é a única condição necessária). Mas esse desejo devia ser comprovado por três marcas: evitar todo o pecado conhecido, fazer o bem e atender todas as ordenanças de Deus.

A pessoa era então colocada em uma classe que fosse conveniente para ela onde passava cerca de uma hora por semana. E no próximo trimestre, nada se opondo, seria admitida na Sociedade.[28]

A disciplina era fundamental no movimento metodista. “Wesley não hesitou em expulsar alguém da sociedade, se eles não estavam seguindo o Senhor de todo o coração. Wesley sabia a condição de cada membro através da prestação de contas da classe.”[29]

Em uma sociedade, em 1743, ele excluiu alguns membros: “Dois por causa de blasfêmia. Dois por profanar o Dia do Senhor. Dezessete por embriagues. Dois por vender bebidas alcoólicas. Três por briga. Um por bater na esposa. Três por contar mentiras habitualmente. Quatro por ter ralhado e falado mal de outros. Um por preguiça e vadiação. E vinte e nove por mundanismo e leviandade.”[30]

"As classes serviram como uma ferramenta evangelística (a maioria das conversões ocorreu neste contexto) e como um agente de discipulado”.[31]

 Nos pequenos grupos de Wesley os líderes compartilhavam “honestamente sobre suas falhas, pecados, tentações, ou batalhas interiores. Eles foram os modelos para os outros.

 As reuniões de classe giravam em torno da experiência pessoal, não doutrina ou informação bíblica. O amor perfeito foi o objetivo das reuniões de classe”.[32]

“O propósito das sociedades e classes era trabalhar a salvação de seus membros (cf. Fil. 2:12) e buscar uma vida santa ("sem a qual ninguém verá o Senhor", Hb 12:14)”.[33]

As classes eram agrupadas geograficamente e continham todas as pessoas da Sociedade. Por volta de 1742, a Sociedade de Londres tinha mais de mil membros.

Wesley orientou como as pessoas deveriam se agrupar:  “Para que se possa discernir mais facilmente se estão realmente realizando a sua salvação, cada sociedade é dividida em grupos menores chamados classes, de acordo com as suas residências. Há cerca de 12 pessoas em casa classe sendo uma delas indicada para ser o líder.”[34]    

Os membros da sociedade receberam bilhetes trimestrais de Wesley ou de seus ministros, “desde que não tivessem perdido mais de três reuniões de classe durante o trimestre anterior. Isso levou à sua participação regular e ativa e forneceu uma maneira indolor de se livrar dos membros que violaram as regras. Geralmente acontecia se alguém não queria melhorar e corrompia o grupo; contanto que ele tivesse uma centelha de vida espiritual, ele raramente era excluído. O próprio Wesley prestou muita atenção às suas sociedades; ele não era apenas um gênio organizador, mas também se importava com detalhes”.[35]   

As classes se diferenciam dos bands: eram agrupadas geograficamente em vez de serem divididas pela idade, sexo ou estado civil; elas continham todas as pessoas da sociedade, não apenas aquelas que voluntariamente se agrupavam.[36] 

 Classe de meninos e meninas

João Wesley percebeu a necessidade de colocar os meninos e as meninas da sociedade em classes. Ainda não havia a Escola Dominical formal nas Igrejas evangélicas da Inglaterra.

Em 23 de novembro de 1760, ele disse: “À tarde, designei as crianças para se encontrarem em Bristol, cujos pais eram da sociedade. Trinta delas vieram hoje, e mais de cinquenta no domingo e nas quinta-feira seguintes. Cerca de metade delas eu dividi em quatro classes, duas de meninos e duas de meninas; e nomeei líderes adequados para encontrá-las separadamente”. [37]

Wesley fazia questão de se encontrar com elas em reunião.

“Eu os encontrava todas juntas, duas vezes por semana; e não demorou muito para que Deus começasse a tocar alguns de seus corações. Na terça e quarta-feira visitei algumas das sociedades do país”. [38]

 

 As classes supervisionadas por Carlos Wesley

 

“Examinei a Sociedade de cerca de cem, a maioria dos quais recebeu a expiação ao atender suas classes; um argumento para tais reuniões que eu não consigo superar”


Carlos Wesley foi incansável na supervisão, orientação, apoio e ministração nas classes.

 Dentre suas funções, estava o exame das classes:

 Encontrando membros da mesma classe

Em 10 de maio de 1739, Carlos escreveu em seu diário: “na Bowers's Society encontrei Bell, Bray, Hutton, Oxley, Holland, Ridley e outros da mesma classe. Resisti a eles na face e apelei ao Deus que responde pelo fogo, pela verdade de minha doutrina, de que as ordenanças vinculam a todos, tanto justificadas quanto injustificadas. Uma mulher testificou que a última vez que expus aqui, e ordenei a eles, que haviam sido confundidos, que perguntassem somente a Jesus Cristo se tinham fé, ela perguntou em nossa oração, e imediatamente o amor de Deus transbordou seu coração”, escreveu Carlos.[39]

Examinando as classes

 Na segunda-feira, dia 8 de maio de 1749, Carlos Wesley escreveu que achou “uma bênção examinar as classes. Deixei de fora uma garota descuidada; e sua mãe veio abusando de mim com juramentos e maldições horríveis. Satanás, percebi, não gostava de nosso trabalho”,[40] disse Carlos.

 A bênção de examinar as classes

 Na sexta-feira, dia 17 de novembro de 1749. “examinei as classes; e voltou com grandes dores corporais para Bristol”,[41] disse Carlos.

 Sociedade e Classe

 “Recebeu a expiação ao atender suas classes”

 Na terça-feira, no dia 13 de agosto de 1751, “cavalguei com a minha pequena família para Sunderland”, disse Carlos. “Examinei a Sociedade de cerca de cem, a maioria dos quais recebeu a expiação ao atender suas classes; um argumento para tais reuniões que eu não consigo superar. Às sete horas, preguei em uma grande sala conveniente, cheia de almas atentas, a quem chamei: “Eis o Cordeiro de Deus”. Por uma hora e meia minha força resistiu”.[42]

 Examinando três classes vacilantes

Em 26 de outubro de 1756, Carlos escreveu: “Depois de pregar, examinei três das classes mais vacilantes e persuadi todos, exceto os dissidentes, a voltar à igreja e ao sacramento. Os traficantes traiçoeiros lidaram de forma muito traiçoeira. Mesmo antes de nossa partida, os lobos graves são inseridos, não poupando o rebanho. Quanto mais, depois de nossa partida, os homens se levantarão de nós mesmos, falando coisas perversas, para atrair discípulos atrás deles!”[43]

 

A função do Líder e do Assistente da Classe

 

“Que o Assistente, os Pregadores, os Mordomos, os Líderes conheçam e executem seus vários ofícios. Que nenhum invada o outro, mas todos se movam juntos em harmonia e amor. Assim a obra de Deus florescerá entre vocês, talvez como nunca antes; enquanto todos vocês mantêm a unidade do Espírito no vínculo da paz”


 Wesley criou as classes, em Bristol, no dia 15 de fevereiro de 1742. Quase trinta anos depois, Wesley chegou de viagem, no domingo, dia 31 de abril de 1771, e se propôs a investigar o estado da sociedade em Dublin, Irlanda.

“Ficou claro que houve um choque contínuo, pelo menos nos últimos dois anos, que fez o povo tropeçar, enfraqueceu as mãos dos pregadores e impediu grandemente [a obra de Deus]”, disse Wesley. “Eu queria saber o fundamento disso”[44] e conseguiu achar.

Wesley, então, reuniu a liderança e expos como deve ser o funcionamento da classe.

Ele disse: “Na quarta-feira à noite, li para os líderes o seguinte documento: para que seja mais fácil discernir se os membros de nossas sociedades estão trabalhando em sua própria salvação, eles são divididos em pequenos grupos, chamados classes.

Uma pessoa em cada uma delas é chamada de Líder”. [45]

Wesley, então passa a orientar especialmente sobre a função do líder:

“É o seu negócio”, ou seja, a sua função, disse Wesley.

“1. Ver cada pessoa em sua classe uma vez por semana; para indagar como suas almas prosperam; aconselhá-los, repreendê-los, confortá-los ou exortá-los:

2. Receber o que estão dispostos a dar para as despesas da sociedade: E,

3. Encontrar-se com o Assistente e os Mordomos uma vez por semana”. [46]

O único e exclusivo negócio de um Líder

“Na multidão de conselheiros há segurança”

 

Wesley ainda explicou para a liderança em Dublin:

“Este é o único e exclusivo negócio de um Líder, ou qualquer número de Líderes. Mas é comum que o Assistente, em qualquer lugar, quando vários Líderes se reúnem, peça seus conselhos sobre qualquer coisa que diga respeito ao bem-estar temporal ou espiritual da sociedade. Isso ele pode ou não fazer, como achar melhor. Frequentemente faço isso nas sociedades maiores; e em muitas ocasiões descobri que na multidão de conselheiros há segurança”. [47]

Respondendo perguntas

 

“É fácil responder às seguintes perguntas”

 

Wesley, então, utilizou a técnica fazendo um questionário de perguntas e respostas.

Ele disse: “A partir dessa breve visão do projeto original dos Líderes, é fácil responder às seguintes perguntas”. [48]

E as perguntas e respostas foram direcionadas especialmente sobre a função do líder:

 “P. 1. Que autoridade tem um único Líder? Ele tem autoridade para atender sua classe, receber suas contribuições e visitar os enfermos de sua classe.

Q. 2. Com que autoridade todos os líderes de uma sociedade se reuniram?

Eles têm autoridade para mostrar seus trabalhos de classe ao Assistente; entregar o dinheiro que receberam aos mordomos e trazer os nomes dos enfermos”. [49]

A função do Assistente

Depois de ensinar que “é comum que o Assistente, em qualquer lugar, quando vários Líderes se reúnem, peça seus conselhos sobre qualquer coisa que diga respeito ao bem-estar temporal ou espiritual da sociedade”, [50] Wesley coloca mais algumas orientações sobre o Assistente nas suas “perguntas e respostas”.

E ensina sobre a autoridade do Assistente e a necessidade de falar brandamente:

“Q. 3. Mas eles não têm autoridade para restringir o Assistente, se acharem que ele age de maneira imprópria?” [51]

“Não mais do que qualquer membro da sociedade. Depois de falar brandamente com ele, eles devem encaminhar o assunto ao Sr. W.

Q. 4. Eles não têm autoridade para impedir uma pessoa de pregar? Ninguém além do Assistente tem essa autoridade.

 P. 5. Eles não têm autoridade para substituir um determinado líder?

Não mais do que o porteiro tem. Colocar e deslocar Líderes cabe exclusivamente ao Assistente. Q. 6. Eles não têm autoridade para expulsar um determinado membro da cidade? Não: o Assistente só pode fazer isso.

“Assuntos temporais pertencem aos Mordomos; espiritual ao Assistente”.

Q. 7. Mas eles não têm autoridade para regular os assuntos temporais e espirituais da sociedade? Nem um nem outro. Assuntos temporais pertencem aos Mordomos; espiritual ao Assistente.

Q. 8. Eles têm autoridade para fazer qualquer cobrança de natureza pública? Não: o Assistente só pode fazer isso.

Q. 9. Eles têm autoridade para receber a assinatura anual? - Não: Isso também pertence ao Assistente”.[52]

E diante desse quadro todo, Wesley disse: “Considerando essas coisas, podemos nos maravilhar com a confusão que existe aqui há alguns anos?”. [53]

Depois de dar um exemplo de como funciona a disciplina metodista, Wesley disse:

 

“Assim a obra de Deus florescerá entre vocês, talvez como nunca antes; enquanto todos vocês mantêm a unidade do Espírito no vínculo da paz”

 

“Que o Assistente, os Pregadores, os Mordomos, os Líderes conheçam e executem seus vários ofícios. Que nenhum invada o outro, mas todos se movam juntos em harmonia e amor. Assim a obra de Deus florescerá entre vocês, talvez como nunca antes; enquanto todos vocês mantêm a unidade do Espírito no vínculo da paz”.[54]

 

As classes supervisionadas por João Wesley

 

“Encontrei as classes e fiquei agradavelmente surpreso ao descobrir que aquela amargura contra a Igreja, com a qual muitos foram infectados quando eu estive aqui antes, agora havia acabado completamente”


Wesley foi o grande líder incansável, determinado, um visionário com o propósito de proporcionar a santidade aos metodistas.

As classes foram criadas por Wesley e foram fundamentais dentro desse processo.

Destacamos algumas visitas e procedimentos de Wesley em relação às classes durante um período de anos:

 Decididos a se encontrarem novamente em classe

 Diante de dificuldades que estava acontecendo em Kingswood, na sexta feira, dia 3 de setembro de 1773, Wesley foi até Kingswood. “Desde a última vez que Deus os visitei, vários deles mantiveram uma medida do temor de Deus. Mas eles ficaram cada vez mais frios, até que Ralph Mather os encontrou no final de agosto. Vários então resolveram se encontrar em classe novamente e pareciam ter bons desejos”.[55]

Diminuindo ainda

Em outro lugar, no dia 28 de junho de 1769, Wesley disse: “quarta e quinta eu visitei as classes. Diminuindo ainda! Sete anos atrás, tínhamos cerca de quatrocentos membros nesta sociedade; cinco anos desde então, cerca de trezentos membros. Dois anos atrás, eram duzentos; agora cento e noventa”.[56]

Visitando classes

Na sexta-feira, dia 11 novembro de 1768, “voltei para Londres. Na semana seguinte, visitei as classes e, nos intervalos, li o “Relato da Córsega” do Sr. Boswell”[57], disse Wesley.

Surpresa ao encontrar as classes

Na terça-feira, dia 3 de junho de 1762, “encontrei as classes e fiquei agradavelmente surpreso ao descobrir que aquela amargura contra a Igreja, com a qual muitos foram infectados quando eu estive aqui antes, agora havia acabado completamente: No entanto, a morte que ocasionou permaneceu, e duvido que continue. não será removido em breve”, [58] disse Wesley.

Surpreso na visita às classes

Na terça-feira, dia 8 junho de 1762, Wesley escreveu: “visitei as classes e fiquei surpreso por não encontrar nenhum testemunho da grande salvação. Certamente a chama que se acende em Dublin não vai parar por aí. Na noite seguinte, Deus realmente o acendeu aqui; um grito se elevou por todos os lados; e os crentes animados pareciam todos em chamas para serem “purificados de toda injustiça.”[59]

Consolado na visita às classes

No dia 9 de abril de 1762 , “sendo sexta-feira santa), quase perdi a voz por causa de um resfriado. No entanto, falei como pude até que, antes do meio-dia (sendo noite de vigília), consegui falar quase tão bem quanto antes. No dia da Páscoa, tivemos congregações incomuns, como de fato tivemos durante toda a semana: e observei um comportamento mais firme e sólido na maioria do que é comum neste reino. Segunda e terça-feira eu trabalhava visitando as classes; e fiquei muito consolado entre eles: havia tanta fome e sede em todos os que provaram a graça de Deus após uma renovação completa à sua imagem”, disse Wesley.[60]

Nenhuma classe

No dia 15 de janeiro de 1762, sexta-feira, “preguei em Yarmouth. Sábado, 16. Transcrevi a sociedade em Norwich; mas não dei conta de duzentos deles, pois não conheciam nenhuma classe. Cerca de quatrocentos permaneceram; metade dos quais parecia estar falando sério”, [61]disse Wesley.

Atendendo às classes

Na segunda-feira, dia 2 dez 1761, às cinco, comecei um curso de sermões sobre a Perfeição Cristã. Às sete comecei a atender as classes”, [62]disse Wesley.

Que obra Deus está trabalhando aqui também!

No domingo, dia 26 de julho de 1761 “eu preguei às sete da manhã: ‘Senhor, se quiseres, podes me purificar”. E que chama Deus fez. acender! Muitos estavam ‘em chamas, para serem dissolvidos em amor’. Por volta de uma, preguei para a congregação habitual em Birstal. Que obra Deus está trabalhando aqui também! Seis em uma classe, nesta semana, encontraram paz com Deus; dois esta manhã em reunião com a classe”.[63]

 

            A importância das classes, bandas e sociedades

 

“Enquanto isso, a maior parte daqueles que estavam assim unidos continuava ‘esforçando-se para entrar pela porta estreita’ e para ‘se apegar à vida eterna”

 Um dos objetivos das classes era evitar o retrocesso espiritual, mas também proporcionar o progresso espiritual.

Wesley disse em 1748: “Em poucos meses, a maior parte daqueles que haviam começado a "temer a Deus e a operar a justiça", mas não estavam unidos, desmaiaram em suas mentes e voltaram ao que eram antes. Enquanto isso, a maior parte daqueles que estavam assim unidos continuava ‘esforçando-se para entrar pela porta estreita’ e para ‘se apegar à vida eterna".[64]

Whitefield reconheceu o motivo dos convertidos com Wesley terem permanecido e buscado a santidade: a participação nas bandas, classes e sociedades.

As palavras de George Whitefield comentando sobre a prática dos pequenos grupos de Wesley ainda nos falam nos dias de hoje: “Meu irmão Wesley agiu sabiamente, as almas que foram despertadas em seu ministério ele as reuniu em sala de aula e, assim, preservou os frutos de seu trabalho. Isso eu tenho negligenciado e o meu povo é uma corda de areia”.[65]

 Elogios a Whitefield

Na segunda-feira, 25 de outubro de 1756, Carlos fez grandes elogios a George Whiefield.

 “Nunca deixar os metodistas, ou Deus os deixaria”


Carlos Wesley escreveu em seu diário: “Aqui me regozijei ao ouvir sobre o grande bem que o Sr. Whitefield fez em nossas Sociedades. Ele pregou tão universalmente quanto meu irmão. Ele os advertiu em toda parte contra a apostasia; e insistiu fortemente na necessidade de santidade após a justificação, ilustrando-a com esta comparação: ‘Que bem faria o perdão do Rei a um pobre malfeitor morrendo de febre Assim, não obstante tenhais recebido perdão, a menos que a doença de vossa natureza seja curada pela santidade, nunca podereis ser salvos.’ Ele derrotou o espírito de separação, elogiou muito as orações e os serviços de nossa Igreja, cobrou nosso povo a conhecer suas bandas e classes constantemente, e nunca deixar os metodistas, ou Deus os deixaria. Numa palavra: fez tudo o que estava ao seu alcance para fortalecer as nossas mãos, e merece o agradecimento de todas as Igrejas, pelo seu abundante trabalho de amor”.
[66]

 A importância das células é reconhecida por muitos líderes.

 “O grande pregador Henry Ward Beecher disse: ‘A maior coisa que John Wesley já deu ao mundo foi a reunião de classe metodista’. Dwight L. Moody concordou: ‘As reuniões de classe metodistas são a melhor instituição para treinar convertidos que este mundo já viu".[67]

O teólogo da Igreja do Nazareno Mark A. Maddix afirmou que a reunião de classe foi “a unidade instrucional mais influente do metodismo e, provavelmente, a maior contribuição de Wesley para o crescimento espiritual. As reuniões de classe recebem muito crédito porque transformaram radicalmente as massas trabalhadoras da Inglaterra”.[68]

Em 1763, Wesley escreveu em seu diário:

“Eu estava mais convencido do que nunca de que pregar como um apóstolo, sem unir aqueles que são despertados e treiná-los nos caminhos de Deus, é apenas gerar filhos para o assassino. Quanta pregação houve por esses vinte anos em todo Pembrokeshire! Mas nenhuma sociedade regular, nenhuma disciplina, nenhuma ordem ou conexão: e a consequência é que nove em cada dez dos outrora despertos estão agora mais rápidos dormindo do que nunca”.[69]

Pembrokeshire é um condado no sudoeste do País de Gales.

O fato é que as reuniões de classes e bandas revolucionaram a vida e milhares de pessoas na Grã-Bretanha no século XVIII.


  

[1]https://www.amazon.com.br/Manuscript-Journal-Reverend-Charles-Wesley/dp/0687646146. Kevin Watson é pastor e escritor metodista. Formado pela Universidade de Oklahoma (BA), Wesley Theological Seminary (MDiv) e Southern Methodist University (PhD). https://kevinmwatson.com/ about/

 [2] Michael Henderson, John Wesley’s Class Meetings, Evangel Publishing House: Francis Asbury Press, 1997, 28; https://joelcomiskeygroup.com/ 2021/08/30/john-wesleys-discipleship-system/.  D. Michael Henderson, é o fundador e executivo Diretor da African Leadership, uma organização que forma líderes africanos para o ministério na África.

[3] Deriva de CLASSIS, “classe, exército, divisão’. Originalmente designava “o povo de Roma que podia ser chamado às armas”, relacionado a CALARE, “chamar”. https://origemdapalavra.com.br/palavras/classe/

[4] https://pt.frwiki.wiki/wiki/Anthony_Horneck

[5] https://www.prints-online.com/anthony-horneck-14093440.html

[6] https://www.ebay.com/itm/313628009849

 [7] http://wesley.nnu.edu/?id=92

[8] https://quod.lib.umich.edu/e/evans/N22587.0001.001/1:7.2?rgn=div2;view=fulltext

[9] Ibidem, p.79.

[10] https://holyjoys.org/history-significance-class-meeting/

[11]https://academic.oup.com/book/27734/chapter-abstract/197911662?redirectedFrom=fulltext

[12]https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/

[13]https://academic.oup.com/book/27734/chapter-abstract/197911662?redirectedFrom=fulltext

[14] LELIÈVRE, Mateo. João Wesley, Sua vida e obra. Editora Vida, 1997, p.118.

[15]https://www.umc.org/en/content/the-method-of-methodism-expands-societies-and-the-new-room

[16] Existiam diversas sociedades na Inglaterra. Wesley e outros líderes do Clube Santo lideravam algumas, mas não necessariamente elas eram consideradas metodistas (HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.103).

[17] https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/.Mark A. Maddix é professor de Educação Cristã e decano da Escola de Teologia e Ministérios Cristãos da Universidade Nazarena do Noroeste.

[18] https://holyjoys.org/wesleyan-class-meeting/

[19] https://seedbed.com/how-john-wesley-organized-the-revival/

[20] Idem.

[21] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4

[22] Idem.

[23] https://kevinmwatson.com/ 2010/07/30/the-methodist-class-meeting-for-the-21st-century-the-foundation/

[24] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, ibidem, p.264.

[25] http://www.disciplewalk.com/files/Joel_Comiskey_Methodist.pdf.

[26] http://www.nph.com/nphweb//html/ht/article.jsp?id=10008759

[27] https://scholar.smu.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1009&context=theology_ministry_etds

[28] http://www.andrewthompson.com/

[29] Idem.

[30] WESLEY, João Wesley. Trechos do Diário de João Wesley. Traduzido por Paul Eugene Buyers. Junta Geral de Educação Cristã, 1965, p.41.

[31] http://www.disciplewalk.com/files/Joel_Comiskey_Methodist.pdf.

[32] http://www.ncnnews.com/nphweb/html/ht/article.jsp?id=10008759.

[34] BURTNER, Robert; CHILES, Robert. Coletânea da Teologia de João Wesley, ibidem, p.264.[

[35] Idem.

[36] HEITZENHATER, Richard P., Ibidem, p.104.

[37] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf.

 [38] Idem.

[39] https://www.sermonindex.net/modules/articles/index.php?view=article&aid=26141

[40] https://wesleyscholar.com wp-content/uploads/2018/09/Journal-vol-2-1849.pdf, vol 2, p.58.

[41] The Journal of the rev. Charles Wesley, vol. 2, op.cit.p.64.

[42] The Journal of the rev. Charles Wesley, vol 2, op.cit, p.93.

[43] https://www.sermonindex.net/modules/articles/index.php?view=article&aid=26171

 [44] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by t

he Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[45]Idem.

[46] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by t

he Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[47] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by the Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[48] Idem.

[49] Idem. https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf

[49] Idem.

[50] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by t

he Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III , op.cit.

[51] Idem.

[52]THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by the Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[53] Idem.

he Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III. AN EXTRACT OF THE REV. M.R. JOHN WESLEY'S JOURNAL. https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf

[56] Idem.

[57] Idem.

[58] Idem.

[59] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., vol. 3, op.cit.

[60] Idem.

[61] THE JOURNAL OFTHE REVEREND JOHN WESLEY, A.M., published by the Wesleyan Conference Office in London, England, in 1872, vol. III, op.cit.

[62] Idem.

[63] Idem.

[64]https://holyjoys.org/history-significance-class-meeting/

[65] http://seedbed.com/feed/how-john-wesley-s-class-meetings-serve-as-identity-formation.

[66] https://www.sermonindex.net/modules/articles/index.php?view=article&aid=26171

[67] https://holyjoys.org/history-significance-class-meeting/

[68] https://belonggsumc.com/john-wesleys-small-groups-models-of-christian-community/.Mark A. Maddix é professor de Educação Cristã e decano da Escola de Teologia e Ministérios Cristãos da Universidade Nazarena do Noroeste.

[69] Idem.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog