A impactante história do metodismo no Caribe
Thomas Coke e os irmãos Gilbert foram pioneiros. Sarah Ann Gill e outras
mulheres negras foram dedicadas e guerreiras.
Odilon Massolar Chaves
Copyright © 2024, Odilon Massolar
Chaves
Todos os direitos reservados ao autor.
É proibida a reprodução total ou parcial
do livro,
Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19
de fevereiro de 1998.
Livros publicados na Biblioteca Wesleyana:
93
Endereço: https://bibliotecawesleyana.blogspot.com
Tradutor:
Google
-----------------
Odilon Massolar Chaves é pastor metodista
aposentado, doutor em Teologia e História pela Universidade Metodista de São
Paulo.
Sua tese tratou sobre o avivamento
metodista na Inglaterra no século XVIII e a sua contribuição como paradigma
para nossos dias.
Foi editor do jornal oficial metodista e
coordenador de Curso de Teologia.
É escritor, poeta e youtuber.
Toda glória seja dada ao Senhor
“Às vezes aviso
imediatamente após a pregação, que, em pouco tempo, Harry pregará para os
negros; mas os brancos sempre ficam para ouvi-lo. Às vezes eu o publico para
pregar à luz de velas, porque os negros podem assistir melhor naquela hora. Eu
realmente acredito que ele é um dos melhores pregadores do mundo, há um poder
incrível em sua pregação, embora ele não saiba ler; e ele é uma das criaturas
mais humildes que já vi”.[1]
(Thomas Coke)
Índice
·
A visão de Wesley e o Movimento de Missões de
Thomas Coke
·
O fundador do metodismo em Antigua
·
A influência de Francis Gilbert
·
Mulheres na liderança em Antigua
·
Pioneiras no combate a escravidão em Antígua
·
Guerreiras do metodismo na Jamaica
·
Heroína nacional de Barbados
Introdução
“A impactante história do metodismo no Caribe” aponta para a poderosa mão de Deus através da Sua providência na evangelização do Caribe com homens e mulheres que tinham o coração aquecido.
Sob a liderança dos irmãos Gilbert e Thomas Coke, o metodismo começou primeiro em Antigua e depois alcançou as outras comunidades nas ilhas do Caribe.
Foi notável a participação das mulheres e dos negros na pregação, evangelização, ensino e testemunho. A oposição não deteve a força desses notáveis homens e mulheres que enfrentaram doenças, perigos, lutas e a incompreensão da sociedade, na época.
Mulheres que foram educadoras, discipuladoras, pregadoras, escritoras e abolicionistas deixaram um grande legado. Sarah Ann Gill foi uma dessas mulheres guerreiras. Ela está incluída entre os dez maiores heróis e heroínas de Barbados.
Uma história que certamente incomodará porque estamos longe de viver um evangelho transformador como esses homens e mulheres vivenciaram no passado.
O Autor
A visão de Wesley e o Movimento de Missões de Thomas Coke
Dispensação extraordinária da Providência de Deus em Antigua
O pioneirismo e o
estabelecimento do metodismo em Antígua, Caribe, foi um marco para o metodismo e
para a história religiosa e social do Hemisfério Ocidental.
O povo metodista
de Antigua reconhece que foi a providencia de Deus que levantou e em mantido a
Igreja Metodista em Antigua. “Um dos hinos do Metodismo afirma que: “Deus se
move de maneira misteriosa para realizar Suas maravilhas”.[2]
E quais são essas
maravilhas para o povo metodista de Antigua?
Wesley acreditava
que o surgimento do metodismo na Inglaterra foi resultado da Dispensação
Extraordinária da Providencia de Deus.
“Wesley aceitou os
argumentos de um ´chamado extraordinário, reconhecendo que não apenas a
pregação leiga, mas também ´todo o trabalho de Deus chamado Metodista´ era uma
´dispensação extraordinária.”[3]
Para Wesley, a Dispensação extraordinária da Providência de Deus
compreendia a doutrina da Perfeição Cristã,[4] o Ministério
Feminino[5] e o surgimento do
próprio metodismo.[6]
“João Wesley teve
a consciência de estar envolvido em algo extraordinário que Deus fazia no
mundo.”[7]
Para os metodistas
de Antigua também essa providencia aconteceu no surgimento do metodismo no
Caribe. “Entre as muitas maravilhas está a operação da providência de Deus em
levantar no Caribe o povo chamado de Metodista. Os metodistas em Antígua podem
discernir claramente a mão de Deus movendo-se em nossa terra. Acreditamos
sinceramente e afirmamos que deve ter sido por meio da providência de Deus que
o Metodismo chegou, sobreviveu e prosperou em Antígua ao longo dos últimos
duzentos e cinquenta (250) anos.”[8]
O metodismo em
Antigua tem algumas marcas pioneiras e históricas. John Vickers afirma que Antígua "tem uma
reivindicação bem documentada de ser a primeira sociedade metodista wesleyana
fora das Ilhas Britânicas’ e que foi o local do ‘primeiro caso de pregação
metodista a não-cristãos não europeus".[9]
E há motivos históricos para isso. “A primeira congregação metodista fora das ilhas britânicas e irlandesas foi formada em 1759 em Antigua, uma das ilhas de Leeward, por Nathaniel Gilbert”.[10]
O metodismo em
Antigua foi rotulado como "momento seminal no desenvolvimento do
cristianismo protestante afro-americano"; primeira sociedade
metodista"; “o berço da conversão no arquipélago".[11]
E eles seguiram de
perto as origens do metodismo. “Os
primeiros metodistas da Antigua eram bem versados nos hinos de Wesley e
Watts. Isso incluía um dos renomados hinos de Charles Wesley, ‘Wresting
Jacob".[12]
É uma bela
história do metodismo no Caribe. Tudo começou em Antigua e depois se espalhou
por outras ilhas.
Começou com os
irmãos Gilbert, em Antigua, e depois as mulheres assumiram durante um bom tempo
a liderança da Igreja.
Isso aconteceu
também em Barbados, São Cristovão, Dominica, Ilhas Holandesas, Jamaica, etc.
O Plano de Missões
e o pioneirismo de Thomas Coke no Caribe
É importante
ressaltar a importância de Thomas Coke na organização e no desenvolvimento do
metodismo no Caribe.
Em 12 de março de
1786 ele propôs um movimento de Missões para o metodismo. Ele fez uma carta
introdutória para João Wesley e imprimiu um panfleto de doze páginas propondo
um movimento para Missões.
Wesley aprovou o
que seria chamado de 'Missões Locais' e 'Missões Estrangeiras.
O Plano de Missões
tinha esses objetivos:
O primeiro
objetivo foi estabelecer e apoiar uma missão nas terras altas e nas ilhas
adjacentes da Escócia.
O segundo objetivo
foi um projeto de língua francesa. O propósito era “para cuidar e continuar o
trabalho ... em nossas ilhas de Jersey e Guernsey.' A Igreja Episcopal
Metodista dos EUA havia começado a trabalhar na Nova Escócia, Quebec e
Newfoundland”.
Thomas Coke queria
enviar missionários para as províncias na América e na ilha de Newfoundland.
Ele destacou o
trabalho nas Índias Ocidentais e o ministério de John Baxter entre os escravos
negros de Antígua e as possibilidades em São Cristóvão. O terceiro objetivo era
estabelecer e apoiar missões nas ilhas das Índias Ocidentais. [13]
Thomas
Coke visitou Anguila, no Caribe, em 1786. Pregou e batizou.
Em 1786, homens e mulheres de raça mista que eram
ex-escravos e servos, foram pioneiros metodistas em St Kitts, São Cristovão. Thomas Coke visitou
St Kitts, em 16 de janeiro de 1787.[14]
Thomas Coke também visitou a ilha holandesa. Ele “foi
saudado por vários negros livres quando desembarcou na ilha holandesa de Sint Eustatius
em 24 de janeiro de 1787”.[15]
Prosseguindo sua viagem missionária, Thomas Coke
chegou a Dominica, no Caribe, em 5 de janeiro de 1787 o “Dr. Thomas Coke com
três outros pregadores metodistas itinerantes, John Baxter e William Hammet,
chegaram à Dominica, desembarcando em Portsmouth. O capitão do saveiro havia
lhes falado sobre um simpático fazendeiro chamado Burn, e eles o procuraram
imediatamente após o desembarque. Ele os deu as boas-vindas e os encorajou a
começar uma missão na ilha. Coke e seu grupo seguiram para Roseau, onde encontraram
uma mulata - a Sra. Webley - que havia se convertido em Antígua sob a pregação
de John Baxter. Ela abriu sua casa para os missionários e foi lá que Cock
pregou para um público lotado”.[16]
Nem Sempre foi fácil para os missionários. A malária e a febre amarela mataram diversos deles.
Oito dos dez primeiros missionários morreram em pouco tempo. Durante anos, a
Sra. Webley manteve funcionando a Sociedade.
Antes de Thomas Coke chegar na ilha holandesa, um
negro que serviu e foi companheiro de viagem de Francis Asbury, na América,
Harry Hosier, o precedeu.[17]
Para Thomas Coke, Harry Hosier era um dos maiores
pregadores do mundo: “Às vezes aviso imediatamente após a pregação, que, em
pouco tempo, Harry pregará para os negros; mas os brancos sempre ficam para
ouvi-lo. Às vezes eu o publico para pregar à luz de velas, porque os negros
podem assistir melhor naquela hora. Eu realmente acredito que ele é um dos
melhores pregadores do mundo, há um poder incrível em sua pregação, embora ele
não saiba ler; e ele é uma das criaturas mais humildes que já vi”.[18]
Harry Hosier é considerado um missionário pioneiro
afro-americano, enviado por Cristo. Sugere-se que ele seja o primeiro metodista
afro-americano a ser um missionário.
Em sua viagem missionária, Thomas Coke levou o
Evangelho à Jamaica, em 1789, e organizou a Igreja Metodista.
E foi a providencia de Deus que conduziu Thomas
Coke à Jamaica. Não era seu plano, mas sim de Deus. Uma tempestade o levou à
Jamaica. Ele havia deixado a “Inglaterra em 24 de setembro de 1786 com destino
aos EUA levando três missionários para sua estação. No caminho, seu barco foi
engolfado por uma tempestade, fazendo com que ele se desviasse do curso. Ainda
no mar em dezembro, Coke e seus companheiros quase foram lançados ao mar como
comida de peixe porque foram considerados um mau presságio. No início da manhã
de Natal, o barco deles chegou ao porto de St. John em Antígua, a mais de 3.000
quilômetros de seu destino, a Nova Escócia.”[19]
E mais uma vez entrou a providencia de Deus e portas
improváveis se abriram para Thomas Coke e o metodismo. Um cavaleiro lhe deu as
boas-vindas, outro lhe ofereceu sua casa para os cultos e um católico romano
lhe ofereceu uma sala de concerto para suas pregações.
“Tendo desembarcado em Port Royal em 17 de janeiro
de 1789. Ele recebeu as calorosas boas-vindas de um certo Sr. Fishley, o mestre
Calafate do estaleiro a quem apresentou sua carta de apresentação. O primeiro
sermão de Coke foi diante de uma grande congregação na casa de um certo Sr.
Treble em Kingston. A casa do Sr. Treble era pequena e, portanto, o Sr. Burn,
um cavalheiro católico romano, deu-lhe o uso de uma grande sala de concertos. A
segunda noite trouxe um total de seiscentas pessoas, 400 brancos e 200 negros”.[20]
E apesar das oposições e lutas ainda na sua chegada
e cultos o metodismo cresceu na Jamaica.
O crescimento do metodismo no Caribe
Hoje,
especialmente, nas Ilhas Virgens Britânicas, o metodismo é a maior Igreja.
"A religião predominante é a protestante (em todas suas variantes, a mais
frequente é a metodista)."[21]
Tudo começou com
Francis Gilbert.
Em 1750,
aproximadamente, Francis Gilbert se converteu na Inglaterra por meio de uma das
pregações de João Wesley. Francis era um jovem “playboy”, filho de um rico
colono. Seu pai possuía propriedades nas Ilhas Ocidentais, entre elas Antigua.
Seu irmão Nathaniel
morava na Ilha e recebeu de Francis, livros de Wesley. Posteriormente, Nathaniel
foi à Inglaterra e se converteu juntamente com outros três escravos que havia
levado consigo.
Quando voltaram à
Antígua, passaram a pregar o Evangelho aos outros escravos. Mais tarde, o
pregador leigo metodista e marinheiro John Baxter chegou à Ilha, que estava sem
pastor. Com a morte de Nathaniel, John Baxter passou a pastorear em
Anguila e construiu o primeiro templo metodista em 1883.[22]
A “Igreja
Metodista do Caribe e nas Américas registra aproximadamente 8.000 membros em
Barbados, 5.500 em Bahamas, 900 em Costa Rica, 3.700 na Guyana, 5.000 em Haití,
2.000 em Honduras, 18.000 na Jamaica, 15.000 em Leeward e Windward, 900 no
Panamá e 7.000 no Curacao- St.Kitts - Tobago - Islas Vírgens”.[23]
O metodismo está
praticamente em todo Caribe. Nas Ilhas Virgens Britânicas tem cerca de 33% da
população.[24]
Em percentagem,
temos documentada a presença do metodismo em outros países do Caribe:
Barbados: 7% [25]
Jamaica: 2,7% [26]
Bahamas: 6% [27]
Anguilla: 23, 9% [28]
Saint Vincent e
Grenadine: 28%. [29]
O fundador do
metodismo em Antigua
Sua origem e
formação
Nathaniel Gilbert
(1721-1774) nasceu em Antígua, Caribe. Era advogado, formado na Gray’s Inn Londres,
filho de um fazendeiro rico e proprietário de escravos.
Seu irmão, Francis
Gilbert, era formado em medicina em Cambridge e exerceu a profissão na
Inglaterra e Antígua.
Nathaniel Gilbert era
uma figura importante na sociedade de Antigua. E foi por um engano que ele se
interessou pelo metodismo e, depois, foi até à Inglaterra conhecer Wesley.
Nathaniel Gilbert era
proprietário de escravos, presidente da Câmara dos Representantes em Antígua e
irmão de Francis Gilbert.
A libertação dos
escravos ainda não havia chegado à Inglaterra e nem à Antigua. Um movimento
grande a favor da abolição dos escravos em Antigua só começou de fato com as
irmãs Elizabeth Hart Thwaites (1772-1833) e Anne Hart Gilbert (1773-1833), que
foram batizadas por Thomas Coke, em 1786, e se tornaram lideres metodistas.
Elas foram educadoras, escritoras e abolicionistas.
Mas, como
Nathaniel Gilbert se interessou pelo metodismo?
Ele estava de cama
se recuperando de uma enfermidade e 1756. Nathaniel, então, “pediu à filha que
lhe trouxesse um livro. Sua filha Maria entregou-lhe por engano um dos escritos
de Wesley - "Um Apelo aos Homens de Razão e Religião" que foi enviado
a ele por Francisco. Nathaniel relutantemente leu o livro e ficou tão
impressionado com o que Wesley havia escrito que jurou que deveria ouvir Wesley
pregar a si mesmo. Em 1757, Nathaniel Gilbert partiu para a Inglaterra levando
consigo três escravos de sua propriedade. Gilbert não perdeu tempo em localizar
John Wesley e sob a pregação de Wesley foi convertido ao Metodismo”.[30]
Wesley disse: “Eu
preguei em Wandsworth. Um cavalheiro vindo da América tinha aberto uma porta
neste lugar desolado. Pela manhã eu preguei na casa do Sr. Gilbert. Dois servos
negros dele e um mulato aparentam estar muito despertos. Sua saúde salvadora
não será conhecida a todas as nações?"[31]
Ele e dois de seus
escravos se converteram e foram batizados por Wesley.
Em 29 de novembro
de 1758, Wesley escreveu: “Eu montei para Wandsworth e batizei dois negros
pertencentes a Gilbert, um cavalheiro que veio recentemente de Antígua. Um
deles está tão profundamente convencido do pecado: o outro se alegra em Deus,
seu Salvador, e é o primeiro cristão africano que conheci".[32]
O seu retorno à
Antigua
Nathaniel Gilbert retornou
à Antigua em 1759. “Ele primeiro compartilhou sua nova alegria com seus amigos
e mais tarde começou a pregar a seus escravos a mensagem de salvação que tinha
ouvido de John Wesley. Em 1760, a “grande obra” havia começado”.[33]
Pregou e formou
uma Sociedade Metodista, contando com o apoio de Francis Gilbert. Nathaniel foi
eleito presidente da Assembleia Legislativa de Antígua em 1763.
“Acredita-se que o
ano de 1766 seja a data em que a primeira Sociedade Metodista nas Índias
Ocidentais foi formada em Antígua. Mais tarde, Nathaniel renunciou ao cargo de
Presidente da Câmara da Assembleia para se dedicar mais tempo a este trabalho.
Nathaniel continuou a fazer isso até sua morte em 1774”.[34]
Após seu
falecimento, em 1774, seu irmão Francis continuou o trabalho, mas adoeceu e
precisou logo voltar para a Inglaterra.
“Nathaniel Gilbert
habilmente apoiado por mulheres - Sra. Gilbert, sua esposa, Mary Leadbetter, a
governanta de seus filhos, e as escravas Mary, Sophia e Bessie, continuaram
pregando para seus escravos e para os das propriedades vizinhas e para St
John's”.[35]
A chegada do
pregador metodista João Baxter
Bessie, Mary Alley
e Sophia Campbell continuaram o trabalho até a chegada do pregador metodista
João Baxter.[36]
Na verdade, se não
fosse por essas mulheres, as sementes lançadas por Nathaniel Gilbert poderiam
não ter germinado.
John Baxter chegou
da Inglaterra, em 1778, e se tornou pregador local. Ele era construtor naval e
pregador metodista. Seu trabalho na Igreja trouxe muitos resultados positivos,
dentre eles, o crescimento da Igreja e a construção da primeira capela
metodista em Antigua.
Ele chegou em 2 de
abril de 1778. Como um “construtor naval habilidoso de Chatham em Kent,
Inglaterra, desembarcou no porto inglês em Antígua (agora chamado de Estaleiro
de Nelson), onde foi oferecido um posto no estaleiro naval. Baxter era
metodista e tinha ouvido falar do trabalho dos Gilbert e da necessidade de um
novo pregador. Ele começou a pregar e se reunir com os líderes metodistas, e em
um ano a comunidade metodista havia crescido para 600 pessoas. Em 1783, a
primeira capela metodista foi construída em Antigua, com John Baxter como o
pregador local, sua estrutura de madeira acomodando cerca de 2.000 pessoas”.[37]
John Hodge, a
continuação do trabalho metodista
John Hodge, um
negro livre, converteu-se ao metodismo em St. Barths, St. Eustatius.
Em 1813, John
Hodge obteve do vice-governador permissão para pregar em Antígua. Suas
pregações tiveram grande efeito sobre os escravos.
John Hudge gostava
de trabalhar com briga de galo. Sua história de conversão foi assim: um dia, ele viajou para “St. Barths ou St.
Eustatius. Lá ele encontrou comunidades metodistas e ficou sob suas
influências. Tendo ouvido o Evangelho proclamado pela primeira vez, John Hodge
tornou-se um cristão metodista convertido. Ele voltou para Anguila com a chama
de Deus em seu coração e um zelo ardente pelas almas dos homens. Ele se sentia
como Paulo - "uma necessidade é imposta, e ai de mim se não pregar o
Evangelho".[38]
Em 1822, ele se
tornou pastor metodista.
Legado de Nathaniel
Nathaniel Gilbert
teve um filho chamado Nathaniel Gilbert Junior. Nasceu na ilha de Antígua e foi
ordenado na Igreja Anglicana, na Inglaterra. Serviu como um curador em Madeley
com John Fletcher, amigo de Wesley.
Em 1792, foi
nomeado como o primeiro capelão no estabelecimento de escravos liberados em
Serra Leoa, África. Depois retornou a Inglaterra servindo como vigário de
Bledlow, em Buckinghamshire.
Edgar W. Thompson
escreveu, em 1960, o livro “Nathaniel Gilbert, advogado e evangelista”,
publicado em Londres.[39]
Para a Igreja
Metodista em Antigua, Nathaniel Gilbert é reconhecido como “fundador do
Metodismo nas Índias Ocidentais. No entanto, se não fosse pela mão de Deus
movendo-se na vida e nos negócios de Francis Gilbert, o irmão de Nathaniel
Gilbert, a história do Metodismo no Caribe poderia ter sido diferente”.[40]
Em Antigua há o Gilbert
Memorial Methodist Chapel Zion Hill, Antigua. A capela localizada em Zion
Hill foi erguida em 1760 em honra a Nathaniel Gilbert. [41]
Hoje, cerca de 23,9%
da população de Antígua são metodistas. Anglicanos são 29,0%, Católicos 3,2% e Batistas
4,7%.[42]
A influência de Francis Gilbert
Francis Gilbert (1725-1779) nasceu na Inglaterra.
Ele se formou em medicina em Cambridge e praticou a medicina na Inglaterra e
Antigua.[43]
Era o irmão mais novo de Nathaniel Gilbert, o
fundador do metodismo em Antigua. Francis ficou pobre e por causa de questões
fraudulentas e dívidas, ele fugiu para a Jamaica e depois para Londres.[44]
Na Inglaterra, Francis foi influenciado por um
associado para se unir à sociedade de John Wesley.
“Este filho pródigo nunca foi perdoado por seu pai,
que na sua morte em 1761 deixou Nathaniel £ 40.000 e Francis nada. Por meio do
ministério do Metodismo Britânico, entretanto, Francisco já havia descoberto um
tesouro muito maior do que a riqueza terrena, e instou Natanael a vir e ver por
si mesmo o que era o Metodismo, bancando o André para o Pedro de seu irmão mais
velho”.[45]
Em 1753, ele se tornou metodista e um pregador, em
1758. Ele serviu em Bristol (1759). Francis tinha uma casa em Wandsworth,
Londres. [46]
“Já na Conferência de 1758, ele havia sido proposto
como pregador itinerante da obra britânica e, mesmo antes da morte de seu pai
impenitente, os índios ocidentais o chamavam”.[47]
Francis realizou uma campanha evangelística em
Antígua de 1763 a 1764. Ele tinha estreita relação com Wesley e foi designado
"Secretário do Pregador".
Em 1767, Francis se casou com Mary Leadbetter. Com a idade de 54 anos, faleceu em 1º de
julho de 1779.
Sem a influência de Francis Gilbert, o metodismo
não teria chegado tão cedo a Antigua. Ele influenciou seu irmão Nathaniel
Gilbert, que era um advogado,
proprietário de escravos e presidente da Câmara dos Deputados em
Antígua.
Em 1756, Nathaniel leu o livro de Wesley - "Um
Apelo aos Homens de Razão e Religião" que lhe foi enviado por Francis. Ele
ficou impressionado com o que Wesley tinha escrito.[48]
Em 1757, Nathaniel Gilbert decidiu conhecer Wesley e navegou para a
Inglaterra levando consigo três escravos. Ele ouviu John Wesley pregar e se converteu
ao metodismo. Wesley escreveu em 17 de
janeiro de 1758: “Pela manhã eu preguei na casa do Sr. Gilbert."
Em seu diário, em 29 de novembro de 1758, Wesley
registra: “Cavalei para Wandsworth e batizei dois negros pertencentes a
Gilbert, um cavalheiro que veio recentemente de Antígua. Um deles está tão
profundamente convencido do pecado: o outro se alegra em Deus, seu Salvador, e
é o primeiro cristão africano que conheci ".
Ao voltar a Antigua, em 1759, Nathaniel Gilbert
começou a pregar a seus escravos a mensagem de salvação que ele tinha ouvido de
John Wesley. Nathaniel renunciou a seu cargo como presidente da Câmara de Assembleia,
para se dedicar mais ao Evangelho.
Nathaniel continuou a pregar até sua morte em 1774.
Quando Nathaniel morreu, Francis assumiu a liderança do trabalho. Mary
Leadbetter o ajudou sobremaneira.
Francis deixou o cuidado e a nutrição espiritual do
rebanho com Sophia Campbell, uma negra, e Mary Alley, uma mulata, que
mantiveram as classes e reuniões de oração até que John Baxter chegou da
Inglaterra, em 1778, e se tornou pregador local.[49]
Mulheres na liderança em Antígua
Numa carta a João Wesley, Nathaniel relata a
composição étnica dos metodistas em Antígua no início:
“Temos uma pequena sociedade religiosa aqui,
composta por cerca de vinte brancos, exclusivos da minha família, e de sessenta
e quatro negros e mulatos. Nathaniel escreveu sobre 'uma negra livre que
encontrou paz ultimamente' e 'uma mulata que recebeu a bênção antes de meu
irmão partir”.[50]
Era infinitamente maior a presença de pessoas
negras no metodismo em Antígua. Em 1797, havia 2.379 pessoas negras e 25
pessoas brancas na Igreja Metodista em Antígua.
As mulheres assumiriam a liderança dos trabalhos da
Sociedade durante um bom tempo:
Elizabeth Gilbert
No início, as mulheres brancas eram proeminentes na
liderança leiga das Sociedades Metodistas, bem como os de raça mista.
Nos dias pioneiros do empreendimento missionário em
Antígua, Elizabeth Gilbert, esposa de Nathaniel, se destacava como uma mulher
piedosa.[51]
Elizabeth era envolvida na visitação pastoral, por
exemplo, aconselhando sua prima, a moribunda Miss Molly Windthorpe.
Mary, a primeira filha de Nathaniel e Elizabeth
Gilbert, nasceu em 1751 e morava na Inglaterra.
Ela recebia cartas de seus pais com as últimas notícias e atualizava
João Wesley sobre os assuntos da Antiga. Seu diário foi corrigido por John
Wesley, que o prefaciou antes da publicação.[52]
Após a morte de Nathaniel em 1774, Elizabeth pode
ter mantido sua capela sobre as lojas da plantação na propriedade de Gilbert
até que morreu em 1777.[53]
Bessie
Bessie, uma escrava de Nathaniel Gilbert. Ela foi
uma das duas mulheres negras convertidas na Inglaterra por João Wesley em
Wandsworth. Ela visitou Wesley com Nathaniel e se tornou uma trabalhadora
metodista ativa entre seus companheiros escravos em Antígua.[54]
Em 28 de novembro de 1758, Wesley escreveu que
Bessie foi o “primeiro cristão africano que eu conheci”.[55]
Em 1758, sete anos mais tarde, Gilbert relatou em
uma carta a John Wesley que Bessie 'tinha sido mantida desde então
"e" ainda capaz de se alegrar em Deus ".[56]
Depois que Francisco Gilbert faleceu em 1774, três
de seus servos, Bessie, Sophia Campbell e Marry Alley, mantiveram a chama viva
entre os escravos por muitos anos até a chegada da Inglaterra de John Baxter,
pregador metodista e construtor naval.[57]
Mary Leadbetter
Tendo ficado viúva em 1758, Mary Leadbetter
ingressou na família Gilbert como governanta. Ela educou os filhos de
Nathaniel, primeiro na Inglaterra e depois em Antigua. [58]
Mary havia se casado com o Sr. Leadbetter. E f através da dor da perda de um filho que
ela foi tocada pelas mensagens de Carlos Wesley
se converteu ao metodismo.
E foi após a perda de eu marido Leadbetter, em
1758, que ela se aproximou da família Gilbert. “Mary escreveu a John Wesley em
1º de junho de 1758, após o que ela se juntou à família Gilbert como
governanta. Quando ela concordou em acompanhar as Gilbert a Antígua, a sobrinha
de Maria, Henrietta, a descreveu como "uma missionária" porque sua
vocação principal era instruir os pobres africanos”.[59]
Mary cuidou e ensinou as cinco meninas. Duas
morreram em uma idade jovem.
Ela foi dedicada e uma educadora. Foi importante
também no desenvolvimento do metodismo. Ela “educou as filhas Nathaniel e
Elizabeth por um período de quatorze anos, primeiro como tutora, depois
governanta de Francis Gilbert e sua esposa desde 1767. No total, ela passou
mais de quinze anos em Antígua. Mary Leadbetter Gilbert também foi capaz de manter
John Wesley totalmente informado sobre o desenvolvimento do Metodismo em
Antígua quando ela conheceu John Wesley em várias ocasiões por meio de seu
relacionamento com os Gilbert”.[60]
Francis Gilbert e Mary Leadbetter foram os
pioneiros que ajudaram e incentivaram Nathaniel Gilbert em seu trabalho em
Antígua, visitando amigos e testemunhando Jesus Cristo.[61]
Mary durante um curto período de tempo fez uma
contribuição inestimável como educadora, esposa e líder da igreja.[62]
O casal voltou para Antigua em 1773 onde Mary esteve
ativamente envolvida na vida da igreja.[63]
Em uma carta a John Wesley, Francis disse:
"Acho grande ajuda da minha querida esposa. Ela está disposta a gastar e a
gastar em tão boa causa ". Contudo, com a saúde de Francisco falhando em
1774, no ano seguinte, o médico ordenou-lhes que regressassem à Inglaterra.
Mary Gilbert voltou a Antígua em 1781 como a viúva
de Francisco que havia morrido em 1779.
Mary se correspondeu com os irmãos Wesley. Uma das
cartas de Mary foi copiada para Mary Bosanquet, uma das mulheres líderes do
avivamento metodista.[64]
Anne Hart Gilbert
Anne Hart Gilbert (1768-1833) nasceu em Antigua,
Caribe. “Anne era uma mulher mestiça e uma pessoa livre de segunda geração que
existia na pequena classe média privilegiada que existia em Antígua. Naquela
época, apenas cerca de 4.000 indivíduos negros estavam livres de uma população
total de 35.000”. [65]
Seus pais nasceram de mães escravas e de homens
brancos livres. Seu pai era um homem livre afro-irlandês educado e ajudou na
libertação de escravos com alforria gratuita. Anne teve boa educação Por causa
da situação educacional e financeira de seu pai. Sua mãe, Anne Clearkley
investiu na educação espiritual de sua filha.
Quando o metodista Thomas Coke visitou Antígua, em
1786, Anne Hart e sua irmã, Elizabeth Hart se
converteram ao metodismo e foram batizadas.
O casamento das irmãs Anne e Elizabeth foi muito
criticado e houve muita resistência em aceitar. Elas se casaram “com dois dos
mais proeminentes líderes leigos metodistas brancos da ilha. Essas mulheres
instruídas e bem relacionadas ocuparam uma posição incomum na Antígua do fim do
século. A maioria das mulheres afrodescendentes, livres ou escravas,
envolvia-se em concubinato em parcerias íntimas, fosse com homens negros ou
brancos, e tinha oportunidades educacionais e profissionais limitadas”.[66]
A vida de Hart Gilbert mudou. Sua “perspectiva
religiosa foi moldada através de sua exposição aos pais fundadores do
Metodismo, os irmãos John e Charles Wesley. O Metodismo forneceu um meio de
desafiar o lugar da escravidão na sociedade e promover o fim dos sistemas
coloniais opressores”.[67]
O casamento de Anne Hart, em 1798, foi com John
Gilbert. Gilbert, um pregador leigo e parente dos fundadores do metodismo em
Antigua, Nathaniel e Francis Gilbert.
“Além de sua escrita, Anne Hart Gilbert buscou
capacitar indivíduos negros e aumentar sua alfabetização. Ela cumpriu sua
missão liderando uma série de estruturas que tiveram sucesso nisso”.[68]
As irmãs Hart abriram em Escola Dominical metodista
em 1809. “Em setembro de 1809. Foi a primeira nas Índias Ocidentais, no centro
naval de English Harbour, Antigua, para ensinar crianças escravas e livres.[69]
As irmãs deixaram grande legado. Anne Hart e John Gilbert também são lembrados
como os verdadeiros “consolidadores do metodismo em Antígua, ao invés dos tios
de John Gilbert, Nathaniel Gilbert, que fundou a primeira Sociedade Metodista
fora da Grã-Bretanha em 1760, e Francis Gilbert”.[70]
Os escritos de Anne Hart Gilbert depois de 1825
alcançaram ampla a Grã-Bretanha por meio do ativismo de sociedades femininas
antiescravistas.[71]
Pioneiras no combate a escravidão em Antígua
Elizabeth Hart
Thwaites (1772-1833) e Anne Hart Gilbert (1773-1833) nasceram em Antígua, Caribe, na época um local de
plantação, escravos e um posto naval britânico governado por brancos “ásperos e
mercenários.”
Elas eram filhas de Anne e Barry, uma família negra
livre. Elizabeth e Anne causaram escândalo em Antígua, quando decidiram se
casar com líderes metodistas leigos e brancos. Anne se casou com John Gilbert,
em 1798, e Elizabeth com Charles, por volta de 1805. [72]
Outro escândalo foi se batizarem ainda jovens na
Igreja Metodista, em 1786, por Thomas Coke. Elas trabalharam ativamente para
espalhar o metodismo entre os negros de Antigua.
Em 1797, havia 2.379 pessoas negras e 25 pessoas
brancas na Igreja Metodista em Antígua.
As chamadas “irmãs Hart” defendiam um cristianismo
que desafiava a situação patriarcal e escravagista vigente.
Elas insistiam que na obra de Deus as mulheres
tinham o direito de buscar o trabalho santo e não apenas os homens.
Defendiam a igualdade política propondo assim que
negros e escravos fossem iguais aos brancos. Usaram a escrita para desafiar a
ordem patriarcal. Foram as primeiras escritoras afro-caribenhas.
Em 1804, Anne e Elizabeth escreveram uma breve
história do metodismo na Antigua. Elizabeth escreveu também poesia, hinos,
cartas e um tratado antiescravista.
Em 1801, Elizabeth fundou uma escola particular em
St. John's. Em 1809, elas abriram a primeira Escola Dominical do Caribe para
meninos e meninas, independente da raça.
Em 1813, foi construída a Escola Betesda para
crianças escravizadas.
Em 1815, fundaram a “Sociedade do Refúgio Feminino”
para órfãos e mulheres.
Elas condenavam a prostituição. “A maioria das
mulheres afrodescendentes, livres ou escravas, engajavam-se em concubinato em
parcerias íntimas com homens negros ou brancos e tinham oportunidades
educacionais e profissionais limitadas”. Anne e Elizabeth foram pioneiras no
combate a escravidão em Antigua.[73]
Elas foram educadoras, escritoras e defensoras da
libertação dos escravos.
Guerreiras do
metodismo na Jamaica
Quando o rev. Thomas Coke chegou em 1789 à Jamaica, foi recebido calorosamente por Mr. Fishley, mas logo enfrentou a oposição da aristocracia quando um bando de homens brancos bêbedos entrou gritando no local ele pregava para cerca de 400 brancos e 200 negros.
Foi defendido por Touro e Mary Ann Smith, que pegaram um par de tesouras e exclamaram: “Agora você pode fazer o que quiser, mas o primeiro homem que puser a mão violenta nele terá esta tesoura empurrada em seu coração”.
Os molestadores recuaram resmungando. Em 1789, chegou o primeiro missionário, o reverendo William Hammett. Foi aberta uma célula com oito pessoas negras, brancas, pardas, escravas ou livres. Mary Ann Smith era a líder.
Em 1790, foi construído um templo de dois andares para 1.600 pessoas, fechado depois pelas autoridades por causa da ajuda aos jamaicanos de ascendência africana.
Tentaram destruir o edifício. Jornais caluniaram os pastores. Os escravos usavam um túnel subterrâneo sob o templo para entrar no edifício para o culto. Certa vez, uma emboscada matou um grupo. As paredes ficaram manchadas de sangue.
Mais tarde, Mary Wilkinson se uniu à igreja. Era uma mulata livre que fugiu de Manchioneal, em Kingston, porque os habitantes brancos desaprovavam o casamento de escravos, e ela realizou casamentos de escravos.
Mary encontrou a igreja fechada pelas autoridades e começou a evangelizar noite e dia. Quando o templo foi reaberto, em 1814, apresentou ao pastor uma lista de 1.100 nomes de pessoas discipuladas.
Em 1840, uma estrutura maior foi concluída no mesmo local. O templo foi danificado pelo terremoto de 1907 e reconstruído em estilo neogótico.
A Igreja Metodista
Coke foi declarada monumento nacional em 2 de janeiro de 2002.[74]
Heroína
nacional de Barbados
Sarah Ann Gill (1795-1866) foi uma líder social e religiosa em Barbados, no Caribe. Na época, era um território ultramarino da Inglaterra. A mãe de Sarah era negra, e o pai, branco.
Em Barbados, uma pessoa de ascendência africana era considerada inferior. Sarah se casou com Alexander George Gill, de ascendência mista, e aos 28 anos herdou a propriedade dele na ocasião de sua morte.
O casal teve um filho, que faleceu ainda novo. Em 1788, o metodismo chegou a Barbados e desafiou a ordem social vigente por sua luta contra a escravidão.
Sarah abraçou esta fé e doou o terreno para a construção do primeiro templo metodista. Em outubro de 1823, uma multidão de brancos destruiu a capela em construção, e os missionários tiveram que fugir.
Sarah e sua irmã Christiana Gill estavam entre os líderes da Igreja e abriram suas casas para a Igreja se reunir. Sarah realizou cultos em tempos de perseguição e ameaças físicas, que incluíam o incêndio de suas casas e processos por causa da realização de reuniões “ilegais”.
A casa de Sarah foi alvo de tiros, e ela foi processada pela Assembleia da República, mas enfrentou as autoridades e continuou a defender a liberdade religiosa e a realizar cultos.
Em 25 de junho de 1825, a Câmara dos Comuns, na Inglaterra, declarou uma ampla proteção e tolerância religiosa em Barbados. Sarah doou o terreno para a construção da Igreja Metodista James Street, em Bridgetown. Foi nomeada heroína nacional.
Por sua firmeza
contra a opressão, coragem, perseverança e compromisso com a liberdade
religiosa, o Parlamento de Barbados, em 1998, a incluiu como um dos dez Heróis
Nacionais de Barbados, sendo a única mulher.[75]
[2]
https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[3] HEITZENHATER, Richard P. Wesley e o povo chamado
Metodista. São Bernardo do Campo-Rio de Janeiro: Editeo-Pastoral Bennett,
1986, p.248.
[4] REILY, Duncan Alexander. Fundamentos doutrinários do
Metodismo brasileiro. Editora Exodus, 1997, p.61.
[5] HEITZENHATER, Richard P. Ibidem, p. 248.
[6] Ibidem, p. 230.
[7] REILY, Duncan Alexander. Fundamentos doutrinários do
Metodismo brasileiro. Ibidem, p.47.
[8]
https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[9]
https://www.questia.com/library/journal/1P3-882866471/the-history-of-early-methodism-in-antigua-a-critique
[10]
http://www.methodistheritage.org.uk/missionaryhistory-overview.htm
[11] https://www.questia.com/library/journal/1P3-882866471/the-history-of-early-methodism-in-antigua-a-critique
[14]
www.methodistheritage.org.uk/missionary-history-neal-in-the-beginning-2011.pdf
[16]
https://www.localprayers.com/DM/Roseau/138256516537928/Dominica-Circuit-of-the-Methodist-Church-in-the-Caribbean-and-the-Americas
[18] Idem.
[21]
http://monografias.interbusca.com/geografia/islas-virgenes-britanicas-204.html
[22]ETCHEGOYEN. Aldo M
La fascinante historia del metodismo caribeño. http://www.elinterprete.org. Buenos Aires, Argentina.
[23] Idem.
[24]
https://aglowglobalprayer.org/?page_id=1202
[25]
https://walkereng.weebly.com/culture.html
[26]
https://www.haikudeck.com/jamaican-culture-education-presentation-TZbFTBNzqS
[27]
https://en.wikipedia.org/wiki/Bahamians
[28]
https://aglowglobalprayer.org/?page_id=1180
[29] http://pt.wikipedia.org/
[31] Idem.
[33]
https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[34] Idem.
[35] Ide.
[36] http://www.gardc.org/about-us/estate-history
[37] https://en.wikipedia.org/wiki/Methodism
[39]
http://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1
Pesquisa: https://library.soas.ac.uk/Record/503117
http://www.library.manchester.ac.uk/search-resources/guide-to-special-collections/methodist/using-the-collections/biographicalindex/galland-gwyther/header-title-max-32-words-365801-en.htm
http://www.stampsoftheworld.co.uk/wiki/Antigua_and_Barbuda_1983_Methodist_Church
Pesquisa: www.mccalive.org/connexional_conference.php?mi
www.umcmission.org
›... › Projects
http://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
http://www.aps.ai/issueDetails.php?id=92
[40]
https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[41]
https://msummerfieldimages.com/gilbert-memorial-methodist-chapel-zion-hill-antigua/
[42] https://en.wikipedia.org/wiki/Anguilla
[43]
https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[44] Idem.
[45] https://biblicalstudies.org.uk/pdf/whs/27-7.pdf
[46] https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[47] https://biblicalstudies.org.uk/pdf/whs/27-7.pdf
[48] https://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1/
[49] http://www.methodistheritage.org.uk/missionary-history-neal-william-warrener-2013.pdf
https://en.wikipedia.org/wiki/Methodism
http://methodistchurchantigua.org/new/our-history/our-history-1
http://www.methodistheritage.org.uk/missionary-history-neal-in-the-beginning-2011.pdf
[50]
www.methodistheritage.org.uk/missionary-history-neal-in-the-beginning-2011.pdf
[52] Idem.
[54] https://www.pressreader.com/jamaica/jamaica-gleaner/20140126/282484296636313; ww.methodistheritage.org.uk/missionary-history-neal-in-the-beginning-2011.pdf
[57] http://www.gardc.org/about-us/estate-history
[65] https://aha.confex.com/aha/2011/webprogram/Paper6178.html
//www.bu.edu/missiology/gilbert-anne-hart-1768-1833/
[66] http://www.bu.edu/missiology/gilbert-anne-hart-1768-1833/
[67] Idem.
[68]
http://www.bu.edu/missiology/gilbert-anne-hart-1768-1833/
[69]
https://womenshistorynetwork.org/black-history-month-hart-sisters/
[71] Idem.
[72] http://www.bu.edu/missiology/gilbert-anne-hart-1768-1833/
[73]
https://www.thefreelibrary.com/Antiguan+Methodism+and+Antislavery+Activity%3A+Anne+and+Elizabeth+Hart...-a065541447
http://www.encyclopedia.com/history/encyclopedias-almanacs-transcripts-and-maps/hart-sisters-antigua
https://www.questia.com/library/2718572/the-hart-sisters-early-african-caribbean-writers
[74] Pesquisa: http://jamaicamethodist.org/index.php?option=com_content&view=article&id=46&Itemid=27
http://jamaica-gleaner.com/gleaner/20060122/out/out3.html
https://sites.google.com/site/beemethodistjamaica/history-of-the-methodists-in-jm
[75] http://barbadosadvocate.com/newsitem.asp?more=local&NewsID=10024
http://en.wikipedia.org/wiki/Sarah_Ann_Gill
https://www.barbadospocketguide.com/our-island-barbados/national-heroes/sarah-ann-gill.html
Comentários
Postar um comentário