A compaixão libertadora de Wesley pelos pobres

 

 

Criou clínicas, escolas e plano de ajuda, conseguiu empregos e pregou nos lugares mais pobres e desprezíveis

 

Odilon Massolar Chaves


Direitos autorais © 2024, Odilon Massolar Chaves

Todos os direitos reservados ao autor.

É proibida a reprodução total ou parcial do livro, Art. 184 do Código Penal e Lei 9610 de 19 de fevereiro de 1998.

Tradução: Tradutor Google

Toda glória a Deus.

 

"Se eu pudesse escolher, eu ainda deveria (como tenho feito até agora) pregar o evangelho aos pobres"

(Wesley)


Índice


·      Introdução

·      A Inglaterra diante das necessidades dos pobres

·      Atitudes de Wesley em benefício dos pobres

·      Visitando casas, assentamentos e aldeias pobres

·      Preferindo pregar aos pobres

·      Lutando pelos pobres

O O cuidado de Wesley com a saúde dos pobres



Introdução


"A compaixão libertadora de Wesley pelos pobres" é um livro sobre o amor de João Wesley pelos pobres.

Wesley deu atenção especial aos pobres. Ele pregava na parte mais pobre e desprezível da cidade. Ele teve um "profundo e permanente compromisso com os pobres".[1]

Ele criou clínicas populares e escolas, distribuiu alimentação, roupas e carvão, levantou ofertas semanais, conseguiu empregos, escreveu um livro de remédios caseiros para doenças comuns. Estimulava a visita aos pobres e doentes.

Sua vida foi uma doação completa a Deus e ao próximo. "Estima-se que ele doou cerca de US$ 6 milhões (em dólares atuais)".[2]

Importante saber que Wesley vendia seus livros e escritos. "Wesley fez enormes somas com a pregação; a venda de seus escritos fez dele um dos homens mais ricos da Inglaterra. Em uma época em que um homem solteiro podia viver confortavelmente com £ 30 por ano, sua renda anual chegava a £ 1.400". [3]

Ele disse: "O dinheiro nunca fica comigo. Me queimaria se o fizesse. Eu o jogo for a de minhas mãos o mais rápido possível, para que não encontre seu caminho em meu coração".[4]

Para seu conhecimento, veja os sermões de Wesley sobre esse tema:

"O Perigo das Riquezas"b) "Sobre as Riquezas"c) "Sobre o Perigo do Aumento das Riquezas"d) "Causas da Ineficácia do Cristianismo"e) "Sobre a Visita aos Enfermos"f) "Sobre o Zelo".[5]

Wesley teve uma compaixão libertadora. A sua compaixão não gerava dependentes e sim agentes, líderes, como os líderes de classe e pregadores.

Para uns, "Wesley deve ser visto como um empreendedor compassivo – com a compaixão de um libertador e a prática de um empreendedor, pois ele encorajou os crentes a participar ativamente de atividades econômicas e reconheceu o empreendedorismo como uma maneira sustentável e significativa de capacitar os pobres". [6]

Como consequência, no início do século XIX, diversos metodistas, na Inglaterra, contribuíram para a formação da classe operária inglesa, dentre eles:

- Joseph Arch - fundou a União Nacional de Trabalhadores Agrícolas;

- George Edwards - fundou a União Nacional dos Aliados e Trabalhadores Agrícolas;

- Edward Bates Cowey - pregador e presidente da Associação de Mineiros Yorkshire;

Samuel Finney - presidente da Federação dos Mineiros - North Staffordshire.[7]

Um livro que revela a essência da santidade que se expressa no amor a Deus e ao próximo.

 

O Autor

 

A Inglaterra diante das necessidades dos pobres


"Muitas famílias lutavam para pagar o pão de cada dia e viviam abaixo da Linha do Pão


 No século XVI, com o aumento populacional na Inglaterra, passou a haver diversas migrações de trabalhadores rurais para áreas urbanas à procura de trabalho. "Essas pessoas nem sempre eram absorvidas nos campos de trabalho e aumentava na Inglaterra o número de miseráveis que ficavam perambulando nas ruas inglesas gerando diversos problemas sociais".[8]

Lei de socorro aos pobres de 1601

A Coroa inglesa e o Parlamento inglês elaboraram a chamada " Lei dos Pobres", em 1601, onde a Igreja Anglicana passava a ser uma espécie de "inspetora dos pobres".

Dentre suas funções, estavam: "fazer que o descamisado aprenda a profissão, ensinar o ofício religioso para que o pobre camponês seja obediente e fiel ao sistema, manter a ordem nesses "asilos", cuidar da alimentação e saúde desses desprovidos sociais, também recebiam a incumbência de procurar trabalhos remunerados para os carentes que não tinham ocupações, viviam nas ruas perambulando causando danos sociais às cidades inglesas". [9]

A "Lei dos Pobres" tinha complicadores. Ela "concedia auxílio financeiro a estes, mas obrigava os homens capazes a prestarem serviços em asilos e albergues. As crianças tinham que frequentar a escola e quem não trabalhava era açoitado, preso e poderia ser até condenado à morte".[10]

Abaixo da "linha do pão"

Os problemas sociais só aumentaram. A difícil situação social só aumentou com o passar dos anos. Ao longo de 1700, a taxa de pobreza na Inglaterra era alta. Muitas famílias lutavam para pagar o pão de cada dia e viviam abaixo da "linha do pão".

Em 1709 e 1740, os colisores de Kingswood marcharam sobre Bristol em protesto contra o aumento do preço do pão.[11]

"Doenças, acidentes e velhice também impediram as pessoas de trabalhar, resultando novamente em pobreza e, muitas vezes, miséria. A partir da década de 1720, casas de trabalho foram montadas por paróquias locais para abrigar os pobres. Homens, mulheres e crianças alojados em 'alas' de sexo único, onde os aptos eram colocados para tarefas braçais: quebrar pedras, fiar linhas ou costurar roupas, por exemplo". [12]

As cidades da Inglaterra eram sujas, barulhentas e superlotadas. Um população de Londres era de cerca de 600.000 pessoas em 1700. Em 1800 tinha cerca de 1 milhão de pessoas.

"Durante o século 18, a população da Irlanda aumentou rapidamente de menos de 2 milhões em 1700 para quase 5 milhões em 1800. Com mais pessoas para alimentar, vestir e abrigar, dinheiro mercadorias e eram difíceis de encontrar".[13]

 "A pobreza urbana representava a maior ameaça para os governos. A situação tornou-se alarmante depois de 1750, porque o aumento da população forçou o aumento dos preços dos alimentos, enquanto a vantagem dos empregadores no mercado de trabalho deprimiu os salários".[14]

 Gerou motins, greves, violência, fome, morte, etc.

 Uma situação social difícil que ainda tinha a escravidão e as prisões que eram comparadas ao inferno.

 Grande diferença entre rico e pobre

 "Os ricos estavam ficando mais ricos e os pobres, mais pobres"

 Havia uma grande diferença entre os ricos e os pobres.

 "Com a Revolução Industrial, iniciada em meados do século, vieram novas máquinas que economizaram tempo e tornaram algumas pessoas muito ricas. ENTÃO ricos estavam ficando mais ricos e os pobres, mais pobres. Muitas pessoas estavam desempregadas porque, de repente, as máquinas estavam fazendo seu trabalho." [15]

"Não há assistência do governo para os desempregados, e muitos tinham dificuldade em encontrar sua próxima refeição ou um lugar quente para dormir"

  A habitação era desumana

  "As famílias mais pobres viviam em apenas um cômodo"

 "Artesãos e operários pobres viviam em apenas dois ou três cômodos, e as famílias mais pobres viviam em apenas um cômodo, com móveis muito simples e simples".[16]

Diante dessa situação caótica, que fez Wesley e os metodistas?

De todas as maneiras possíveis, Wesley procurou atender à necessidades dos pobres.

Kenneth J. Collins, em seu livro: "A orientação soteriológica do ministério de John Wesley aos pobres", fala em necessidades temporais e necessidades espirituais dos pobres:

As necessidades temporais dos pobres

Segundo Kenneth J. Collins, "Wesley estava tão preocupado com a situação dos pobres que procurou melhorar sua condição temporal por meio de numerosos ministérios. Assim, em novembro de 1740, por exemplo, Wesley empreendeu uma humilde experiência que envolveu cerca de uma dúzia de desempregados, provenientes das sociedades metodistas, na cardagem e fiação do algodão". [17]

"Programa sistemático para alimentar os famintos"

Mas vendo a pobreza dentro das próprias sociedades, em 1741, "Wesley desenvolveu um programa sistemático para alimentar os famintos, vestir os nus, empregar os pobres e visitar os doentes. De fato, de acordo com Ward e Heitzenrater, por mais de quarenta anos 'todo o dinheiro da classe em Londres, totalizando várias centenas de libras por ano, foi distribuído aos pobres pelos administradores".

"Abertura de um dispensário gratuito para prestar serviços médicos"

Segundo Kenneth J. Collins, "além disso, essas tentativas de melhorar a condição temporal dos necessitados, algumas mais bem-sucedidas do que outras, foram aumentadas em 1746 pela abertura de um dispensário gratuito para prestar serviços médicos e pela instituição de um estoque de empréstimo para oferecer dinheiro para os pobres. E embora no início o estoque não chegasse a mais de cinquenta libras, acabou servindo a mais de duzentas e cinquenta pessoas".[18]

B. As Necessidades Espirituais dos Pobres

Wesley procurava salvar a alma das pessoas. Era o nome que ele utilizava, apesar de toda sua êmfase em atender às necessidades sociais das pessoas necessitadas.

Isso é uma questão que incomoda alguns do Evangelho Social ou Teologia da Libertação.

"Embora os descendentes do movimento do evangelho social, bem como alguns dos progenitores modernos da teologia da libertação, às vezes olhassem com desconfiança para a linguagem de "salvar almas" como um exemplo de obscurantismo teológico, tal linguagem reverbera nos escritos de João Wesley", [19] disse Segundo Kenneth J. Collins.

"Não tenho nada a fazer senão salvar almas"

Kenneth J. Collins afirmou que "em uma das primeiras conferências metodistas, por exemplo, Wesley pediu aos reunidos que considerassem qual é o ofício de um ministro cristão. Ao que ele e outros responderam: "Para vigiar as almas, como aquele que deve prestar contas." não tenho nada a fazer senão salvar almas. Portanto, gaste e seja gasto neste trabalho. "4Com certeza, essa ênfase particular da redenção de almas, longe de ser incomum ou ocasional, continuou por toda a vida de Wesley" [20].

"Salvar cada um a sua própria alma, depois ajudar uns aos outros na realização de sua salvação e, depois, tanto quanto possível, salvar todos"

"Assim, em 1763", disse Kenneth J. Collins, "ao considerar o propósito ou fim para o qual a igreja deveria ser dirigida, ele escreveu o seguinte em seu sermão 'A Reforma dos Costumes': Este é o projeto original da igreja de Cristo. É um corpo de homens compactados para, primeiro, salvar cada um a sua própria alma, depois ajudar uns aos outros na realização de sua salvação e, depois, tanto quanto possível, salvar todos os homens (...)."[21]

Quem é Kenneth J. Collins?

"Dr. Kenneth J. Collins é professor de Teologia Histórica e Estudos Wesley. Ele recebeu em 2008 o Prêmio Professor do Ano por Excelência em Ensino e Aprendizagem.

"Dr. Kenneth J. Collins é professor de Teologia Histórica e Estudos Wesley. Ele recebeu em 2008 o Prêmio Professor do Ano por Excelência em Ensino e Aprendizagem[22]

É membro da Igreja Metodista Unidade e de diversas organizações.

"O Dr. Collins atua como Diretor do Seminário de Verão de Estudos Wesleyanos, que promove pesquisas, bolsas de estudo e publicações globalmente no amplo campo dos estudos wesleyanos".[23]

 

               Atitudes de Wesley em benefício dos pobres

 

"Durante toda a sua vida, ele não teve vergonha de implorar por eles. Da venda de livros e panfletos durante sua vida, estima-se que ele tenha acumulado £ 30.000 que ele doou. Em 1785, ele formou a Sociedade Amiga dos Estranhos 'instituída para o alívio não de nossa sociedade [metodista], mas de estranhos pobres, doentes e sem amigos".[24]

Micrômetro espaço para os pobres na capela

"Além de reuniões e adoração, a Sala Nova foi usada como dispensário e sala de aula para as pessoas pobres da área"

A capela em Bristol "foi construída em 1739 sob a direção de John Wesley - ele a chamou de "nossa Nova Sala na Feira de Cavalos" - tornando-se a capela metodista mais antiga do mundo. Acima da capela estão os quartos em que Wesley e outros pregadores ficaram. A capela inclui um púlpito de dois andares, que era comum na época, e uma janela de lanterna octogonal para reduzir o valor pago no imposto da janela. Além de reuniões e adoração, a Sala Nova foi usada como dispensário e sala de aula para as pessoas pobres da área. Os bancos e bancos eram feitos de madeira de navio Antigamente. Os grupos metodistas de Baldwin e Nicholas Street se uniram para formar a Sociedade Unida, que se reuniu na Sala Nova a partir de 3 de junho de 1739".[25]

Coleta para os pobres

"Fiz outra coleta na quinta-feira e uma terceira no domingo, pela qual pudemos alimentar cem, às vezes cento e cinquenta, por dia, daqueles que mais precisamos"

Na segunda-feira, 21 de janeiro de 1740, "eu preguei em Hannam, a quatro milhas de Bristol", disse Wesley. "À noite, fiz uma coleta em nossa congregação para o alívio dos pobres, sem o portão de Lawford; que, não tendo trabalho (por causa da geada severa) e sem assistência da paróquia em que viviam, foram reduzidos à última extremidade", escreveu Wesley. "Fiz outra coleta na quinta-feira e uma terceira no domingo, pela qual pudemos alimentar cem, às vezes cento e cinquenta, por dia, daqueles que mais precisamos."[26]

Escola para os filhos dos colisores

 "Para que seus filhos também pudessem conhecer as coisas que contribuem para a sua paz"

Na terça-feira, dia 27 de novembro de 1738, Wesley fez um breve relato do trabalho metodista em Kingswood e do atual empreendimento.

Os colisores (mineiros) de Kingswood era um povo famoso, ingovernável, chamado de selvagem rude. Poucas pessoas se aventuravam a ir até Kingswood.

Mas eles foram transformados pelas pregações de Whitefield e Wesley.

"Para que seus filhos também pudessem conhecer as coisas que contribuem para a sua paz, já fazia algum tempo que se propunha construir uma casa em Kingswood; e depois de muitas dificuldades previstas e imprevistas, em junho passado as bases foram lançadas. O terreno escolhido estava no meio da floresta, entre as estradas de Londres e Bath, não muito longe do chamado Two Mile Hill, a cerca de três milhas medidas de Bristol", [27] escreveu Wesley.

"Duas pessoas estão prontas para ensinar, assim que a casa estiver apta a recebê-las"

Wesley relatou: "Aqui uma grande sala foi iniciada para a escola, tendo quatro pequenas salas em cada extremidade para os professores (e, talvez, se agradasse a Deus, algumas crianças pobres) para se Alojarem. Duas pessoas estão prontas para ensinar, assim que a casa estiver apta a recebê-las, cuja concha está quase terminada; de modo que se espera que o todo seja concluído na primavera ou no início do verão".[28]

Ajudando aos pobres

"À noite, fiz uma coleta em nossa congregação para o alívio dos pobres"

Na segunda-feira, dia 21 de janeiro de 1740, "preguei em Hannam, a quatro milhas de Bristol", disse Wesley. "À noite, fiz uma coleta em nossa congregação para o alívio dos pobres, sem o portão de Lawford; que, não tendo trabalho (por causa da geada severa) e sem assistência da paróquia em que viviam, foram reduzidos à última extremidade. Fiz outra coleta na quinta-feira e uma terceira no domingo, pela qual pudemos alimentar cem, às vezes cento e cinquenta, por dia, daqueles que mais precisamos".[29]

Empregando pobres

"Levamos doze dos mais pobres e um professor para a sala da sociedade, onde eles foram empregados por quatro meses"

Na terça-feira, 25 de novembro de 1740, em Londres, "depois de vários métodos propostos para empregar aqueles que estavam for a do negócio, decidimos fazer um teste de um que vários de nossos irmãos nos recomendaram", [30]disse: Wesley

"E o projeto respondeu: eles foram empregados e mantidos com muito pouco mais do que o produto de seu próprio trabalho"

"Nosso objetivo era, com o menor gasto possível", disse Wesley, "mantê-los imediatamente longe da carência e da ociosidade, a fim de que, levamos doze dos mais pobres e um professor para a sala da sociedade, onde eles foram empregados por quatro meses, até que a primavera chegou, em cardagem e fiação de algodão. E o projeto respondeu: eles foram empregados e mantidos com muito pouco mais do que o produto de seu próprio trabalho".[31]

Plano para a sociedade ajudar aos carentes

"Muitos de nossos irmãos e irmãs não tinham comida necessária; muitos eram destituídos de roupas convenientes"

Na quinta-feira, 7 de maio de 1741, "lembrei à Sociedade Unida que muitos de nossos irmãos e irmãs não tinham comida necessária", disse Wesley, "muitos eram destituídos de roupas convenientes; muitos estavam for a do negócio, e isso sem culpa própria; e muitos doentes e prontos a perecer: que eu tinha feito o que em mim estava para alimentar os famintos, vestir os nus, empregar os pobres e visitar os doentes; mas não era, por si só, suficiente para essas coisas; e, portanto, desejava todos cujos corações eram como o meu coração:

1. Trazer as roupas que cada um poderia poupar para serem distribuídas entre as que mais quisessem.

2. Dar semanalmente um centavo, ou o que eles podiam pagar, para o alívio dos pobres e doentes.

Meu projeto, eu lhes disse, é empregar para o presente todas as mulheres que estão for a do negócio, e o desejam, no tricô.

A estes damos, em primeiro lugar, o preço comum pelo trabalho que fazem; e depois adicionar, de acordo com a necessidade.

Doze pessoas são designadas para inspecioná-los e para visitar e prover coisas necessárias para os doentes.

Cada um deles deve visitar todos os doentes dentro de seu distrito a cada dois dias e se reunir na terça-feira à noite, para dar conta do que ela fez e consultar o que pode ser feito ainda mais".[32]


              Visitando casas, assentamentos e aldeias pobres


"Desde que cheguei a Newcastle, meu espírito foi movido dentro de mim pelas multidões de pobres miseráveis que vagam aqui. Tanta embriaguez e xingamentos, mesmo entre crianças pequenas, eu nunca tinha ouvido antes. Desci até Sandgate, a parte mais pobre e desprezível da cidade, e comecei a cantar um salmo. Três ou quatro pessoas saíram para ver o que estava acontecendo, que logo aumentou para quatrocentos. Eles se levantaram e me olharam atônitos, então eu disse a eles que pregaria novamente às 5 horas".

 

Pregando aos pobres

"Preguei a uma pequena companhia de pobres"

 

Em outubro de 1739, por volta do meio-dia, Wesley chegou a Usk, no País de Gales, onde pregou "a uma pequena companhia de pobres, com aquelas palavras: O Filho do homem veio, para salvar o que está perdido. Um homem de cabeça cinzenta chorou e tremeu excessivamente: e outro que estava lá (eu já ouvi), bem como dois ou três que estavam no Devauden, se distraíram: isto é, eles choram e se recusam a ser consolados, até que tenham redenção através de seu sangue".[33]

Visita a uma aldeia de colisores

"Os pobres pecadores foram rapidamente reunidos e deram sincera atenção às coisas que eram faladas"

Na sexta-feira santa, em 1º de abril de 1743, Wesley escreveu: "Eu tinha um grande desejo de visitar uma pequena aldeia chamada Placey, cerca de dez milhas medidas ao norte de Newcastle. É habitada apenas por colisores, e como sempre estiveram no primeiro escalão por ignorância selvagem e maldade de todo tipo. Sua grande assembleia costumava ser no dia do Senhor; em que homens, mulheres e crianças se reuniam para dançar, lutar, amaldiçoar e xingar, e brincar de chuck ball, spanfarthing, ou o que quer que viesse ao lado. Senti grande compaixão por essas pobres criaturas desde o momento em que ouvi falar delas pela primeira vez; e o mais, porque todos os homens pareciam se desesperar deles".[34]

"Assim que estávamos um pouco recuperados, entrei na praça e declarei Aquele que "foi ferido por nossas transgressões" e "ferido por nossas iniquidades"

"Entre sete e oito eu parti com John Healy, meu guia", disse Wesley. "O vento norte, sendo extraordinariamente alto, empurrou o granizo em nosso rosto, que congelou quando caiu e nos cobriu no momento. Quando chegamos a Placey, mal podíamos ficar de pé. Assim que estávamos um pouco recuperados, entrei na praça e declarei Aquele que "foi ferido por nossas transgressões" e "ferido por nossas iniquidades". Os pobres pecadores foram rapidamente reunidos e deram sincera atenção às coisas que eram faladas. E assim fizeram de novo à tarde, apesar do vento e da neve, quando lhes implorei que O recebessem para o seu Rei; para "arrepender-se e crer no evangelho".[35]

Visitando um casal pobre doente

"Encontrei ele e sua esposa doentes em uma cama e com poucas esperanças de recuperação de ambos"

No dia 5 de janeiro de 1745, entre "Bath e Bristol, desejavam-me sinceramente que me desviasse e visitasse a casa de um homem pobre, William Shalwood", disse Wesley. "Encontrei ele e sua esposa doentes em uma cama e com poucas esperanças de recuperação de ambos. No entanto (depois da oração), eu acreditava que eles "não morreriam, mas viveriam e anunciariam a benignidade do Senhor". Na próxima vez que liguei, ele estava sentado no andar de baixo e sua esposa poderia viajar para o exterior.[36]

Num assentamento alemão

 

"Seriedade das pessoas pobres"

 

Na quarta-feira, dia 9 de julho de 1760, "cavalguei até Killiheen, um assentamento alemão, cerca de trinta quilômetros ao sul de Limerick", disse Wesley. "Choveu o tempo todo, mas a seriedade das pessoas pobres nos fez esquecê-lo completamente. À noite, preguei para outra colônia de alemães, em Ballygarane. A terceira fica em Court-Mattrass, a um quilômetro e meio de Killiheen. Suponho que três dessas cidades são escassas de serem encontradas. novamente na Inglaterra ou na Irlanda. Não há xingamentos ou palavrões, nem quebra do sábado, nem embriaguez, nem cervejaria, em nenhum deles. Como esses pobres estrangeiros se levantarão no julgamento contra aqueles que estão ao seu redor".[37]

Outro assentamento alemão

"Mas os pobres colonos, com toda a sua diligência e frugalidade, não conseguiam nem mesmo a comida mais grosseira para comer, e a roupa mais mesquinha para vestir".

Na quarta-feira, dia 16 de julho de 1760, "eu cavalguei para Newmarket, que era outro assentamento alemão", escreveu Wesley. "Mas os pobres colonos, com toda a sua diligência e frugalidade, não conseguiam nem mesmo a comida mais grosseira para comer, e a roupa mais mesquinha para vestir, sob seus senhores misericordiosos: de modo que a maioria deles, assim como os de Ballygarane, foram forçados a procurar pão em outros lugares; alguns deles em partes distantes da Irlanda, mas a maior parte na América".[38]

 

Os pobres da sociedade da aldeia

"Muitos deles eu encontrei em tal pobreza que poucos podem conceber sem vê-la"

Wesley registrou em seu diário na quarta-feira, em 15 de janeiro de 1777: "Comecei a visitar aqueles de nossa sociedade que moravam na aldeia de Bethnal Green. Muitos deles eu encontrei em tal pobreza que poucos podem conceber sem vê-la". [39]

"Oh, por que nem todos os ricos que temem a Deus visitam constantemente os pobres!"

E exclamou: "Oh, por que nem todos os ricos que temem a Deus visitam constantemente os pobres! Eles podem gastar melhor parte de seu tempo livre? De modo algum. Assim, eles encontrarão naquele dia em que "todo homem receberá sua própria recompensa de acordo com seu próprio trabalho",[40] disse.

Os pobres da outra parte da sociedade

"Quando alguém trazia um pedaço de pão, todos corriam, agarravam-no e rasgavam-no em pedaços num instante"

"Essa outra cena eu vi no dia seguinte ao visitar outra parte da sociedade", disse Wesley. "Eu não encontrei tal angústia, não, não na prisão de Newgate. Um pobre homem estava apenas rastejando de seu leito de enfermidade para sua esposa esfarrapada e três filhos pequenos, que estavam mais do que seminus e a própria imagem da fome. Quando alguém trazia um pedaço de pão, todos corriam, agarravam-no e rasgavam-no em pedaços num instante. Quem não se alegraria por haver outro mundo?"[41]

Pregando aos vizinhos pobres

"Ela desejava que eu fizesse um breve discurso para alguns de seus vizinhos pobres"

Na sexta-feira, dia 31 de maio de 1782, Wesley escreveu: "Enquanto eu me hospedava com Lady Maxwell em Saughtonhall (uma boa e velha mansão, a três milhas de Edimburgo), ela desejava que eu fizesse um breve discurso para alguns de seus vizinhos pobres. Fi-lo, às quatro da tarde, sobre a história de Dives e Lazarus. Por volta das sete eu preguei em nossa casa em Edimburgo e libertei totalmente minha própria alma",[42] disse Wesley.

Um tempo com 40 crianças pobres

 

“Eles estão rapidamente avançando na leitura e na escrita, e aprendem os princípios da religião”

 

No sábado, dia 1º de junho de 1782, Wesley disse que passou "um pouco de tempo com quarenta crianças pobres, que Lady Maxwell mantém na escola. Eles estão rapidamente avançando na leitura e na escrita, e aprendem os princípios da religião. Mas observo em todos eles o amor pela elegância. Sejam eles sempre tão pobres, eles devem ter um pedaço de elegância. Muitos deles não têm um sapato no pé, mas a menina de trapos não está sem seus babados",[43] disse Wesley.

Carvão e roupas para os pobres

 

"Costumamos distribuir carvão e pão entre os pobres da sociedade"

Na terça-feira, 4 de janeiro de 1785, Wesley escreveu em seu diário: "nesta época, costumamos distribuir carvão e pão entre os pobres da sociedade", [44] disse.

                              "Eles queriam roupas, bem como comida"

"Mas agora eu considerei, eles queriam roupas, bem como comida", disse Wesley. "Então, neste e nos quatro dias seguintes, caminhei pela cidade e implorei duzentas libras para vesti-las que mais precisavam. Mas foi um trabalho árduo, pois a maioria das ruas estava cheia de neve derretida, que muitas vezes ficava até o tornozelo; de modo que meus pés estavam mergulhados na água da neve quase de manhã até a noite".[45]

   

Preferindo pregar aos pobres 

"Se eu pudesse escolher, eu ainda deveria (como tenho feito até agora) pregar o evangelho aos pobres"

Pregando aos pobres

Em 1742, Wesley disse: "Desde que cheguei a Newcastle, meu espírito foi movido dentro de mim pelas multidões de pobres miseráveis que vagam aqui. Tanta embriaguez e xingamentos, mesmo entre crianças pequenas, eu nunca tinha ouvido antes. Desci até Sandgate, a parte mais pobre e desprezível da cidade, e comecei a cantar um salmo. Três ou quatro pessoas saíram para ver o que estava acontecendo, que logo aumentou para quatrocentos. Eles se levantaram e me olharam atônitos, então eu disse a eles que pregaria novamente às 5 horas.

"Às 5 horas o morro estava coberto de cima para baixo. Nunca vi um número tão grande de pessoas juntas e sabia que apenas metade seria capaz de ouvir minha voz. Depois da pregação, o povo pobre pressionou ao meu redor por puro amor e bondade, e implorou-me sinceramente que ficasse com eles alguns dias."[46]

A surpresa de Wesley

"Desci então a uma pequena companhia de pobres e passei meia hora com eles em oração"

Na quinta-feira, 29 março de 1750, navegando para o País de Gales,

"À noite, fiquei surpreso ao ver, em vez de algumas pessoas pobres e simples, uma sala cheia de homens, coberta de ouro e prata", disse Wesley. "Para que eu não saísse de suas profundezas, comecei a expor a história de Dives e Lazarus. Era mais aplicável do que eu sabia, vários deles (como aprendi mais tarde) sendo homens eminentemente maus. Eu libertei a minha própria alma; mas de modo algum podiam suportá-la. Um e outro se afastaram, murmurando dolorosamente. Quatro ficaram até eu chegar ao fim; eles então colocaram seus chapéus e começaram a conversar uns com os outros. Eu os repreendi levemente, sobre os quais eles se levantaram e foram embora, protestando e blasfemando. Tive então uma hora confortável com uma companhia de galeses simples e honestos".[47]

"Desci então a uma pequena companhia de pobres e passei meia hora com eles em oração,"[48] disse Wesley.

Hora agradável

"Alguns dos ricos e nobres são chamados e completou: Oh, que Deus aumentasse o número deles!"

No sábado, 17 de novembro de 1759, em Londres, "passei uma hora de forma agradável e proveitosa com Lady G—H—, e Sir C—H—.",[49] disse: Wesley.

Ele disse que "alguns dos ricos e nobres são chamados e completou: 'Oh, que Deus aumentasse o número deles! Mas eu deveria me alegrar (se fosse a vontade de Deus), se isso fosse feito pelo ministério dos outros. Se eu pudesse escolher, eu ainda deveria (como tenho feito até agora) pregar o evangelho aos pobres".[50]

Ajudando uma mulher pobre

"Uma pobre mulher estava muito agradecida pelos conselhos físicos e outra por um pouco de dinheiro para comprar sua comida"

Na quinta-feira, dia 7 de agosto de 1760, "à tarde parti para Kinsale", escreveu Wesley. "No caminho, uma violenta tempestade nos levou a uma pequena cabana, onde uma pobre mulher estava muito agradecida pelos conselhos físicos e outra por um pouco de dinheiro para comprar sua comida".[51]

Visitando doentes

"Visitei tantos doentes quanto pude. Quão melhor é, quando pode ser feito, levar ajuda aos pobres do que enviá-la! e isso tanto para o nosso próprio bem quanto para o deles"

 

Na segunda-feira, dia 24 de novembro de 1760, Wesley disse: "Visitei tantos doentes quanto pude. Quão melhor é, quando pode ser feito, levar ajuda aos pobres do que enviá-la! e isso tanto para o nosso próprio bem quanto para o deles. Para eles, pois é muito mais confortável para eles e podemos ajudá-los tanto no espiritual quanto no temporal; e para os nossos, pois é muito mais apto a abrandar nosso coração e nos fazer cuidar naturalmente uns dos outros". [52]

Pregando para os pobres

"Eram todos pobres"

Em abril de 1762, Wesley escreveu: "Onde pregar em Belfast eu não sabia", disse Wesley. "Estava muito molhado para pregar no exterior, e um mestre de dança estava ocupado na parte superior da casa do mercado, até que aos doze o soberano o colocou para for a, mantendo sua corte lá. Enquanto ele estava acima, comecei abaixo para um público muito sério e Atenção. Mas eram todos pobres; os ricos de Belfast "não se importavam com nenhuma dessas coisas".[53]

Preocupação com o povo pobre

 

"Embora o povo pobre tenha sido exposto a fortes chuvas durante todo o sermão"

 

Em maio de 1787, na Irlanda: "Eu não precisava ter tido tanta pressa, pois o culto da igreja não começou até os doze", exclamou Wesley. "Tal número de comungantes, suponho, nunca foi visto nesta igreja antes. O serviço terminou por volta das três e meia. A questão então era: onde eu deveria pregar. O vento furioso e a chuva violenta tornaram impraticável pregar (onde eu pretendia) à frente do mercado; mas eu fiz a mudança para ficar de um lado em uma porta, onde eu estava muito bem abrigado. Embora o povo pobre tenha sido exposto a fortes chuvas durante todo o sermão, nenhum deles parecia considerá-lo; e Deus realmente enviou uma chuva graciosa sobre suas almas, de modo que muitos se alegraram com alegria indescritível...".[54]

Diversão é visitar aos pobres

"Cerca de três eu conheci entre novecentos e mil das crianças pertencentes às nossas escolas dominicais"

No domingo, 20 de março de 1786, em Bolton, Wesley escreveu que às oito a casa "estava completamente cheia. Cerca de três eu conheci entre novecentos e mil das crianças pertencentes às nossas escolas dominicais. Eu nunca vi tal visão antes. Eles estavam todos exatamente limpos, bem como simples, em suas roupas. Todos eram sérios e bem comportados. Muitos, meninos e meninas, tinham rostos tão bonitos quanto, acredito, a Inglaterra ou a Europa podem pagar. Quando todos cantavam juntos, e nenhum deles for a de sintonia, a melodia estava além da de qualquer teatro; e, o que é melhor de tudo, muitos deles realmente temem a Deus e alguns se regozijam em Sua salvação. Estes são um padrão para toda a cidade. Sua diversão habitual é visitar os pobres que estão doentes (às vezes seis, ou oito, ou dez juntos), para exortar, confortar e orar com eles. Frequentemente dez ou mais deles se reúnem para cantar e orar sozinhos; às vezes trinta ou quarenta; e eles estão tão fervorosamente engajados, alternadamente cantando, orando e chorando, que não sabem como se separar. Vocês, filhos, que ouvem isso, por que vocês não deveriam ir e fazer o mesmo? Deus não está aqui e em Bolton? Que Deus se levante e mantenha Sua própria causa, mesmo "da boca de bebês e lactantes!",[55] disse: Wesley.

                                           

                                  Lutando pelos pobres

 

Cuidando dos pobres

"Costumamos distribuir carvão e pão entre os pobres da sociedade"

Na terça-feira, 4 de janeiro de 1784, Wesley disse: "Nesta época, costumamos distribuir carvão e pão entre os pobres da sociedade. Mas agora eu considerei, eles queriam roupas, bem como comida". [56]

Wesley foi à luta pelos pobres

"Implorei duzentas libras para vesti-las que mais precisavam"

"Então, neste e nos quatro dias seguintes, caminhei pela cidade e implorei duzentas libras para vesti-las que mais precisavam", disse Wesley. "Mas foi um trabalho árduo, pois a maioria das ruas estava cheia de neve derretida, que muitas vezes ficava até o tornozelo; de modo que meus pés estavam mergulhados na água da neve quase de manhã até a noite. Aguentei-o muito bem até sábado à noite; mas eu estava deitado com um fluxo violento, que aumentava a cada hora até que, às seis da manhã, o Dr. Whitehead me chamou".[57]

Implorando pelos pobres

"Fui implorar pelos pobres"

Na segunda-feira, 8 de janeiro de 1787, "e nos quatro dias seguintes, fui implorar pelos pobres.", disse Wesley. "Eu esperava poder fornecer comida e roupas para aqueles da sociedade que estavam em necessidade premente, mas não tinham subsídio semanal; estes eram cerca de duzentos. Mas fiquei muito desapontado. Seis ou sete, de fato, de nossos irmãos, deram dez libras cada. Se quarenta tivessem feito isso, eu poderia ter levado meu projeto à execução. No entanto, muito bem foi feito com duzentos quilos, e muitos corações tristes se alegraram".[58]

Ajudando os desempregados

"Descobrindo que muita gente estava sem emprego"

Eme seu tempo, aumentaram as injustiças sociais e o desemprego. Em seu diário, João Wesley comenta, em 1772, sobre um grande desemprego como nunca se tinha visto antes:

"Descobrindo que muita gente estava sem emprego, e consequentemente em necessidades, por causa de uma crise no comércio, crise tão grande como nunca houvera igual lembrança do homem (...)."[59]

 

Pacientes pobres

"Que remédios você usou?' e não fiquei nem um pouco surpreso"

No dia 14 de junho de 1773, Wesley pregou à noite em Lisburn.

Lisburn é uma cidade da Irlanda do Norte, no Reino ONUDI.

Wesley percebeu que havia muitos pacientes pobres na cidade.

"Eu geralmente perguntava", disse Wesley, "Que remédios você usou?" e não fiquei nem um pouco surpreso. O que a moda tem a ver com a física? Por que (na Irlanda, pelo menos), quase tanto quanto com o Cocar. Bolhas para qualquer coisa ou nada eram toda a moda quando eu estava na Irlanda por último. Agora, o grande remédio da moda para vinte doenças (quem imaginaria?) é o mercúrio sublimado! Por que não é um cabresto ou uma pistola? Eles curariam um pouco mais rapidamente".[60]

Mesmo tendo sofrido com os motins, quando foi perseguido por questões religiosas,[61] Wesley elogiou a ação de uma turba por agir sem violência, em James Town:

 "(...) estivera em atividade durante todo o dia; mas sua preocupação era apenas com os açambarcadores do mercado, que tinham comprado trigo em toda parte, para matar de fome os pobres e carregar um navio holandês, que estava no cais; mas a turba trouxe-o todo de volta para o mercado e vendeu-o pelos comerciantes ao preço comum. E isso fizeram com toda calma e compostura imagináveis, sem atacar nem ferir ninguém."[62]

 A aceitação das mensagens de Wesley e de seus companheiros, especialmente pela classe mais pobre, se deu porque elas atingiram suas necessidades:

  "Foi esta combinação de piedade e misericórdia que deu à espiritualidade wesleyana a sua vitalidade e ministério. Essa combinação impediu que as Sociedades Unidas se tornassem introvertidas e autossuficientes. Wesley fez do mundo a sua paróquia e desejava que os seus seguidores fizessem o mesmo."[63]

O teólogo metodista Steve Harper, por isso, define a espiritualidade wesleyana como espiritualidade social.[64] Ela surgiu da ênfase de Wesley nos Atos de Piedade e Obras de Misericórdia.[65]

 De acordo com o teólogo metodista norte-americano Theodore Jennings (1942-2020), "Wesley não podia mais imaginar uma semana sem visitar os casebres dos pobres do que poderia uma semana sem participação na Eucaristia" (Theodore Jennings Jr., "Wesley e os Pobres: um Agenda para os Wesleyanos", em A Parcela dos Pobres: Boa Nova aos Pobres na Tradição Wesleyana, p. 21). Seu compromisso era implacável".[66]

Transformando vidas nas fábricas

"Em três das fábricas, não se encontrava mais lascívia ou profanidade; porque Deus havia colocado um cântico novo em sua boca, e as blasfêmias se transformaram em louvor"

Na terça-feira, 14 de maio de 1782, Wesley escreveu em seu diário:

 "Há alguns anos, quatro fábricas de fiação e tecelagem foram instaladas em Epworth. Nelas, um grande número de mulheres jovens, meninos e meninas, foram empregados. Toda a conversa destes foi profana e solta até o último grau. Mas alguns desses tropeços na reunião de oração foram subitamente cortados no coração. Estes nunca descansaram até que tivessem ganhado seus companheiros. Toda a cena foi alterada. Eme três das fábricas, não se encontrava mais lascívia ou profanidade; porque Deus havia colocado um cântico novo em sua boca, e as blasfêmias se transformaram em louvor. Aqueles três que visitei hoje e descobri que a religião tinha se enraizado profundamente neles. Nenhuma palavra insignificante foi ouvida entre eles, e eles cuidam apaixonados uns dos outros. Achei extremamente bom estar lá, e nos regozijamos juntos no Deus de nossa salvação"[67] disse Wesley.

  

O cuidado de Wesley com a saúde dos pobres

 


 João Wesley se preocupava com a saúde das pessoas. Ele notava que os pobres não tinham condição de terem cuidados médios.

 

Em 1747, ele publicou Primitive Physick, ou um método fácil e natural de curar a maioria das doenças. Um livro de remédios caseiros para doenças comuns.


"Esse volume encadernado de 119 páginas custou um xelim e se tornou um dos livros mais populares de sua época, com 20 edições exigidas em 1781 e 36 em 1840".[68]

O estudo da medicina básica havia se tornado parte do treinamento de candidatos ao clero anglicano no século XVII",[69] do qual Wesley participou.

 

"Ele publicou vários outros trabalhos relacionados à manutenção ou restauração da saúde, incluindo uma carta a um amigo sobre o chá (1748); O Desideratum, ou eletricidade tornada simples e útil (1760); Pensamentos sobre o pecado de Onan, extraído principalmente deTissot] (1767); Conselhos sobre saúde, extraído de [Tissot] (1769); "Extrato de [William] Cadogan no Gota " (no vol. 26 de suas Obras , 1774); e uma estimativa das maneiras de Tempos Atuais (1782)". [70]

 

Wesley comunicou à Sociedade Metodista seu desejo e projeto de distribuir remédios aos pobres: "Cerca de trinta chegaram no dia seguinte e, em três semanas, cerca de Trezentos. Isso continuamos por vários anos, até que, com o número de pacientes ainda aumentando, a despesa foi maior do que poderíamos suportar". [71]

 

Nos seis primeiros meses, foram atendidos cerca de 600 pacientes.


Ele era também fascinado pelo corpo humano e "conduziu muitos experimentos consigo mesmo, levando ao desenvolvimento de mais de 800 remédios para 300 doenças únicas, que ele registrou em seu livro Primitive Physick."[72]

 

Sob a liderança de Wesley, pregadores e capelas metodistas eram conhecidos como distribuidores de remédios para doenças, especialmente para aqueles que não tinham dinheiro para ver um médico. Primitive Physick era sua referência primária".[73]

 

"Física Primitiva ou Método Fácil e Natural de Curar a Maioria das Doenças' foi escrito por João Wesley"

 

Wesley ensinava constantemente sobre o amor de Deus como o grande remédio: "o amor de Deus, pois é o remédio soberano de todas as misérias... pela alegria indizível e perfeita calma serenidade e tranquilidade que dá à mente ... torna-se o mais poderoso de todos os meios de saúde e longa vida."[74]

 

Em 1746, ele inaugurou uma clínica na Fundição para cuidar dos doentes.

 

"Em uma carta ao Vigário Perronet datada de 1748, Wesley relata que em 5 meses, mais de 500 pessoas passaram pela clínica e 71 'foram totalmente curados de doenças que há muito se pensava serem incuráveis' (WJW Letters 8: 265)".[75]

 

Wesley trabalhou para aliviar o sofrimento dos pobres. Ele estabeleceu três clínicas gratuitas em Londres, Bristol e Newcastle.


 "Como parte de suas investigações mais amplas, Wesley ficou fascinado pelo trabalho de Franklin e Priestley sobre o valor clínico da eletricidade e usou uma máquina de fricção (ainda a ser vista na Capela de Wesley em Londres), para fins terapêuticos sete anos antes do Hospital Middlesex."

Wesley tratou de 3.000 pacientes em dez anos e escreveu "The Desideratum ou Electricity made Plain and Useful ", que foi elogiado por Priestley.[76]

 Para entendermos a dimensão do ministério de Wesley na saúde, Franklin Wilder escreveu o livro: "O notável mundo de John Wesley, pioneiro em saúde mental".

 

Embora não seja amplamente apreciado pela ciência ou pela medicina, vários historiadores atribuíram a Wesley um dos mais notáveis eletroterapeutas do século XVIII e estimulantes desenvolvimentos do século XIX em psiquiatria e medicina geral.[77]

 

Ele também foi descrito como o maior educador de saúde na Grã-Bretanha do século 18.[78]

 

 

 

 

 


 



[1] https://www.amazon.com/Good-News-Poor-Evangelical-Economics/dp/0687155282

[2] https://viewpoint.pointloma.edu/john-wesley-on-homelessness-and-poverty/

[3] https://www.christianitytoday.com/history/issues/issue-19/four-lessons-on-money.html

[4] https://bandonmethodist.org/practical-expression-of-methodist-beliefs/

[5] https://fmcic.ca/compassion-and-the-poor/

[6] https://philpapers.org/rec/BETJWC

[7]"O avivamento wesleyano e a classe operária inglesa". Livro de Odilon Massolar Chaves, pela Amazon, 2019.

 

[8] https://www.webartigos.com/artigos/a-lei-dos-pobres-1601-primeira-lei-assistencialista-e-politica-de-bem-estar-social/101885/

[9] https://www.webartigos.com/artigos/a-lei-dos-pobres-1601-primeira-lei-assistencialista-e-politica-de-bem-estar-social/101885/

[10] Idem.

[11] https://www.bl.uk/earning/timeline/item106500.html#:~:text=Poverty%20rates

 

[12] https://www.bl.uk/earning/timeline/item106500.html#:~:text=Poverty%20rates%20throughout%20the%201700s,in%20poverty%20and%20often%20destitution.

[13] https://www.twinkl.ie/blog/18th-century-ireland-poverty

[14] https://www.britannica.com/topic/history-of-Europe/Poverty

[16] Idem.

[17] https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=2511&context=asburyjournal. A revista teológica de Asbury vol 50 nº 1 Primavera de 1995.

[19] Idem.

[20] Idem.

[21] A Teológica de Asbury Revista Vol 50 No. 1 Primavera 1995.

[22] https://asburyseminary.edu/faculty/kenneth-collins/

[23] Idem.

  [24] https://www.theguardian.com/ mundo/2008/jan/10/religion.uk

[25] https://www.gpsmycity.com/attractions/john-wesleys-chapel-and-new-room-museum-19450.html

[26] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.

[27] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.

[28] Idem.

[29] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4

[30] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/4

[31] Idem.

[32] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.

[33] https://www.devauden.org.uk/about/history/483-john-wesley.html

[34] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.

[35] A Revista de John Wesley, op.cit.

[36] Op.cit.

[37] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf

[38] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf

[39] https://www.visionofbritain.org.uk//travellers/J_Wesley/18

[40] https://www.visionofbritain.org.uk//travellers/J_Wesley/18

[41] Idem.

[42] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, ChicagoMoody Press, 1951.

[43] Op.cit.

[44] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20

[45]Idem.

[46] https://www.sermonindex.net/modules/newbb/viewtopic.php?topic_id=11975&forum=40

[47] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/8

[48] Idem.

[49] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/11

[50] Idem.

[51] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf

[52] https://wesleyscholar.com/wp-content/uploads/2019/01/Volume-3-Journal-1760-1773.pdf

[53] https://dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=288

[54]http://dmbi.online/index.php?do=app.entry&id=644

[55] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.

[56] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/19

[57] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/19

[58] https://www.visionofbritain.org.uk/travellers/J_Wesley/20

[59] Ibidem, p.110.

[60] https://www.visionofbritain.org.uk//travellers/J_Wesley/16

[61]Os motins contra Wesley e os metodistas foram, muitas vezes, incentivados por párocos. Contudo, em 1789, quando João Wesley voltou a Talmouth, depois de quarenta anos, aonde chegou a ser preso por um motim imenso, agora todos olhavam para ele com amor e bondade (Trechos do Diário de João Wesley. Ibidem, p.56-63).

[62] THOMPSON, Edward P. A Formação da Classe Operária Inglêsa. 1 v. Paz e Terra, 1987, p.67.

[63] HARPER,Steve, Ibidem, p.78.

[64] Ibidem, p.79

[65] “Steve Harper é um Élder Metodista Unido aposentado na Conferência Anual da Flórida e um professor aposentado do seminário que lecionou por 32 anos nas disciplinas de Formação Espiritual e Estudos Wesley. Ele é o autor de 22 livros, o coautor de 19 outros, numerosos artigos, e um orador frequente em igrejas, conferências e retiros”. https://www.abingdonpress.com/ steve_harper/

[66]https://backtothebible.app/library//solid-rock-church-of-the-nazarene/johnwesleystheologysolidrock/wesley-on-compassionate-ministry/oFNh3d5yCiX

[67] A Revista de John Wesley, com uma introdução por Hugh Price Hughes, m.a., editado por Percy Livingstone Parker, chicagomoody press, 1951.

[68]https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/

[70] https://core.ac.uk/download/pdf/37749078.pdf

[71] https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/

[72]https://sites.duke.edu/theconnection/2014/10/13/health-tips-from-john-wesley/

[73]https://www.resourceumc.org/en/content/wesley-and-physical-health-practicing-what-he-preached

[74]https://news.mhm.org/lifestyle-changes-and-population-health-the-words-of-john-wesley/

[75] https://place.asburyseminary.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=2480&context=asburyjournal

[76]https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/

[77] https://www.asa3.org/ASA/PSCF/1995/PSCF12-95Malony.html

[78]https://hekint.org/2017/01/30/john-wesley-amateur-physician-and-health-crusader/

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